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Aplique a pena, definindo o regime prisional e procedendo às substituições, se

cabíveis (faça destaque para as operações da dosimetria), para o caso de condenação


por crime de furto realizado durante o período de repouso noturno, por sujeito semi-
imputável cuja doença mental lhe prejudica muito o entendimento sobre a ilicitude do
fato, sendo que a coisa furtada era de pequeno valor, o condenado é reincidente em
crime doloso, portador de maus antecedentes, com personalidade avessa ao trabalho
honesto, era menor de 21 anos na data do fato e recebia pensão em razão da morte
do pai em valor equivalente a 05 salários mínimos mensais. (veja todas as disposições
relativas ao furto – art. 155 do CP)

Obs: o problema exige desenvolver argumentação e apreciação subjetiva: por isso,


não se pode esperar que todos cheguem a uma mesma quantidade de pena. Dica: a
primeira tarefa a fazer é distribuir corretamente as informações relevantes nas fases
da aplicação da pena. Não havendo informações disponíveis sobre determinada
circunstância (judicial ou legal) ou causa de variação de pena, não há a necessidade
de manifestação sobre a ausência.

Passo a fixar a pena.

Na primeira fase da dosimetria, considerando que a culpabilidade do condenado é a


normal para casos da mesma natureza, bem como que a constatação dos maus
antecedentes e da personalidade avessa ao trabalho honesto do condenado não
podem elevar a pena acima do limite estabelecido pela culpabilidade, bem como que
não há informações sobre as demais circunstâncias judiciais, fixo a pena-base em 01
(um) ano de reclusão e 10 dias-multa.

Na segunda fase, cabe considerar a existência de duas circunstâncias legais: a


atenuante da menoridade e a agravante da reincidência. Ambas as circunstâncias são
consideradas preponderantes. No entanto, se a pena-base não estivesse fixada no
mínimo legal, seria possível considerar o maior valor da atenuante já que o condenado
possui idade que mais se aproxima do limite da imputabilidade e que sua pouca idade
contribui para o pouco entendimento sobre o significado da condenação anterior.
Como a pena-base não estivesse fixada no mínimo legal e não é possível na segunda
fase estabelecer pena abaixo do mínimo (art. 59, I, do CP), mantenho a pena
provisóriaem 01 (um) ano de reclusão e 10 dias-multa.

Na terceira fase, é necessário considerar a existência uma causa de diminuição,


relativa à semi-imputabilidade, e uma causa de aumento, em razão do repouso
noturno. Não se aplica a redução de pena prevista no § 2º do art. 155 do CP, pois o
condenado foi considerado reincidente. Considerando que a doença mental importa
em grande dificuldade para o entendimento da natureza ilícita do fato, deve-se
proceder a uma redução de 2/3 (dois terços). O aumento é definido pelo CP em 1/3
(um terço). Aplicando-se o método sucessivo para a incidência das causas, chega-se
a uma pena definitiva de 05 (cinco) meses e 10 (dez) dias de reclusão e 04 (quatro)
dias-multa.

A pena privativa de liberdade deve ser cumprida inicialmente em regime aberto.

Considerando que o condenado possui rendimentos equivalentes a 05 (cinco) salários


mínimos mensais, fixo o valor do dia multa em 1/10 (um décimo) do salário mínimo.

Tendo em vista a reincidência em crime doloso, deixo de substituir a pena privativa de


liberdade por restritiva de direito e multa, nos termos do disposto no art. 44, inciso II,
do CP.
Memória de cálculo da operação da 3ª fase:

Privação de liberdade Multa


01 ano: 12 meses 10 dias-multa
- 2/3: - 8 meses - 2/3: - 7 dias-multa
--------------------- ------------
4 meses: 3 meses + 30 dias 3 dias-multa
+ 1/3: 1 mês + 10 dias + 1/3: + 1 dia-multa
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5 meses e 10 dias 4 dias-multa

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