UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ - UESC

Departamento de Ciências da Educação – DCIE

TURMA DISCIPLINA Prof. AUGUSTO MARCOS FAGUNDES

OLIVEIRA
Noturno Antropologia e Educação NOTA: DATA: 31/07/2019
ALUNO/A: Laís de Jesus Santana

Elaborar um resumo crítico sobre três capítulos. MUNANGA, R(ORG) Superando o

racismo na escola: Min. Educação, SECRETÁRIA DE EDUCAÇÃO, Fundamental, 2001.

O texto ‘’A desconstrução da discriminação no livro didático’’ da Autora Ana Célia Da

Silva vem discutir a importância da pedagogia antirracista nas escolas brasileiras,
afirmando como é importante conhecer, respeitar e integrar os fatores das culturas Africana
e Indígena, que infelizmente estão sendo representadas em livros didáticos com homens e
mulheres extremamente estereotipados e sem subjetividade, como um ser que existe, mas
não é humano.

A discussão sobre isso é de extrema urgência, pois ao longo do tempo toda a

desvalorização, o recalque e rejeição (verbal, física e até mesmo a separação espacial) aos
valores históricos pertencentes a essas culturas criaram sim no momento atual uma situação
em que os jovens vêm criando uma autorrejeição a sua própria origem, o que é perigoso,
pois é negar sua própria identidade.

A autora defende o ponto em que os professores devem estar aptos a identificar e contornar
as práticas estereotipadas que os livros didáticos muitas vezes contem, com correção em
suas próprias práticas pedagógicas (a autora também ressalta que os professores não tem
culpa pelos livros didáticos ainda estarem sendo fabricados assim, visto que isso vai muito
além da sala de aula, incluindo outros fatores como o Estado e suas políticas pregadas).

Já no texto ‘’Historia e Conceitos Básicos Sobre o Racismo e seus Derivados’’ do autor

Antônio Olímpio de Sant’ Ana vem destacando a importância do diálogo em sala de aula, a
postura do professor quando frente a frente com esse problema, trás uma reflexão sobre
quantos milhões de pessoas sofreram e ainda sofrem com essa prática e como uma
discussão séria e sem maquiagem pode ser significativa para o entendimento dos alunos.

O racismo que foi difundido principalmente pela ciência europeia nos séculos passados e
usado como justificativa para subjugar a América, Ásia e África em expansões
colonizadoras, infelizmente, ainda é algo que existe e deve ser combatido pela educação.
Por isso, saber a postura dos professores também é importante, pois também é a partir deste
que muitos conceitos serão absorvidos pelos alunos, o diálogo e a postura correta deve sim
ser o esperado para que ocorra a diminuição ou o fim da prática do racismo.
Em ‘’ O Direito a Diferença’’ a autora Gloria Moura trabalha em qual realmente é o papel
da escola em afirmar a identidade dos alunos e diferente do autor anterior que apontou a
autorrejeição dos jovens a suas origens, Moura também trata do perigo que é simplesmente
não conhecer suas origens porque não há um interesse por parte das escolas em valorizar
fatores importantes das culturas estudadas e como isso pode contribuir de forma negativa
no entendimento dos jovens, se não for feito.

O estudo feito nas comunidades apresentadas no texto procurou entender como as

festividades contribuem para formar e recriar a identidade das pessoas, como os laços e
valores morais não necessariamente precisam ser ditos ou explicados a regra para que
exista uma assimilação e internalização de sua identidade, seus antepassados e como ao
fazer isso, as comemorações também se tornam um convite para pensar sobre seu presente
e as perspectivas a respeito do futuro, como esse currículo invisível pode ser integrado às
escolas e contribuir para a aceitação e até mesmo autodescoberta de muitos jovens.