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O DEVER CRISTÃO PARA COM A SAGRADA ESCRITURA

II Timóteo 4.1-5

Quando Paulo escreve esta carta a Timóteo seu objetivo é fortalecer a


fé e as convicções desse jovem pastor e igualmente orientá-lo quanto à sua
vida cristã. Para isto, Paulo recorre aos ensinos que Timóteo recebera
desde seus primeiros anos de vida, bem como ao seu próprio ensino e
exemplo. Mas, sobretudo, Timóteo deveria atentar para o fato de que a
Escritura é inspirada pelo próprio Deus e por essa razão, “é útil para o
ensino, para a repreensão, para a correção, para a educação na justiça, a
fim de que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente habilitado para
toda boa obra” (I Timóteo 3.16-17). Com isto em mente, Paulo parte para
uma nova etapa de sua admoestação ao seu filho na fé, ou seja, ele
acrescenta, fundamentado no princípio de que a Escritura é a Palavra de
Deus, alguns deveres de Timóteo frente aos mais diversos desafios de sua
vida, tanto no aspecto ministerial, como pessoal (pregação e
evangelização).

Paulo sabe que o tempo da sua partida está próximo. Assim, precisa
ἐπιφάνεια
ter certeza de que Timóteo cumprirá com fidelidade seu ministério, por isso,
ele faz uma conjuração (01 ver). A ideia aqui é de uma solene ordenança
dada a alguém com o objetivo de fazê-lo realmente cumprir com seu dever.
Neste sentido, John Stott salienta que o verbo grego διαμαρτύρομαι
(conjuro-te), tem “conotações legais”. De forma, que esta não é uma ordem
qualquer; é uma ordenança solene, uma conjuração que é feita perante
Deus e Cristo Jesus, tornando o caráter do dever de Timóteo ainda mais
sério e irrevogável. Ele não pode ficar em cima do muro, indeciso e
vacilante, senão que deve ser firme em sua decisão de servir a Cristo, que
na sua manifestação há de julgar os vivos e os mortos. Neste sentido é
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preciso ressaltar que o Senhor Jesus já não virá como salvador e redentor,
mas como supremo juiz e a sua manifestação será repentina (Mateus
24.42-44). De maneira que Timóteo deve esmerar-se no cumprimento do
seu dever.

Diante disto, Paulo determina que Timóteo pregue insistentemente a


Palavra, mesmo que seja inoportuno (1-2 ver). Timóteo não deve perder
qualquer oportunidade. A proclamação da verdade deve ser seu objetivo
maior e isto, não pode acontecer de uma forma tímida ou covarde, mas com
a autoridade de um arauto, de um mensageiro do Rei, posto que ele leva
consigo a autoridade de quem o comissionou, daquele que o enviou, Cristo
Jesus. Outrossim, além do seu dever de pregar em todo tempo, ele tem a
solene incumbência de corrigir, repreender e exortar e isso com toda
longanimidade e doutrina, ou seja, este jovem pastor precisa agir com o
vigor necessário na confrontação e reprovação dos erros e pecados
cometidos. Neste sentido, William Hendriksen alerta que “no processo de
reprovar ou de convencer o pecador, este deve ser repreendido
severamente. Não se deve reduzir a gravidade do seu pecado”. Na mesma
linha, Hernandes Dias Lopes diz que “repreender é o confronto direto”.

Isto porque há uma tendência em nossos dias de lidar de forma


“politicamente correta” com os pecados das pessoas. Por vezes somos
levados a acreditar que não podemos confrontá-las por seu pecado ou seu
modo de agir, pois corremos o risco de perdê-las, de vê-las abandonar a fé,
desviando-se do caminho. Há uma ideia crescente de que devemos fazer
todo o possível para mantê-las na igreja. Contudo, este pensamento não se
coaduna com o ensino das Escrituras, pois Paulo orienta seu filho na fé, a
que confronte os rebeldes, que repreenda seu proceder ímpio e abra os
seus olhos. Não obstante, há algo que não podemos ignorar neste
processo: a correção, repreensão e exortação devem ser feitas com toda
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longanimidade e doutrina. A ideia aqui é que a doutrina (teologia) deve ser
aplicada com paciente perseverança. Paciência e perseverança andam de
mãos dadas, inseparáveis; uma depende da outra.

A razão para Timóteo agir desta forma está no fato de que as pessoas
abandonariam o verdadeiro ensino das Sagradas Escrituras por não
suportarem a sã doutrina, isto é, a verdade da Palavra de Deus. E dessa
forma buscariam os que falam ao coração e não à consciência (3-4 ver). A
questão é que, via de regra, o ser humano não gosta de ter seus erros e
defeitos apontados por outrem, não aceita ser corrigido e/ou disciplinado.
Assim, ouvir o que as Escrituras falam sobre seu procedimento, caráter e
moral, é ouvir uma acusação formal contra seus propósitos e atitudes
reprováveis. Logo, concordo com Hernandes Dias Lopes quando diz que
“as pessoas querem mestres que falem o que elas querem ouvir. Acercam-
se daqueles que lhes darão exatamente o que desejam. Preferem os
pregadores da conveniência. Procuram não a verdade, mas o que lhes
acalme o coração, enquanto permanecem em seus pecados”. A
consequência disto é que em muitas igrejas encontramos mais
consumidores que adoradores.

Destarte em contraste com estes que negam a eficácia da Escritura,


buscando a autossatisfação e procurando por “mestres segundo as suas
próprias cobiças”, Timóteo deveria cumprir seu papel como pregador do
Evangelho. Ele deveria suportar as lutas e sofrimentos próprios de sua
vocação ministerial, pois pregar a Palavra de Deus de forma fiel e
verdadeira não seria tarefa fácil (05 ver). Na verdade, Paulo já o havia
alertado, no capítulo 3, verso 12, de que “todos quantos querem viver
piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos”. Mas, o que nos chama
a atenção aqui é que mesmo passando por aflições em seu ministério, este
jovem pastor, deveria permanecer firme no exercício do seu ofício. Neste
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sentido, John Stott ressalta que “mesmo que as pessoas abandonem o
ministério de Timóteo em favor de mestres que lhes cocem as ideias
fantasiosas, Timóteo deve cumprir o seu ministério”. A questão é que a
despeito das lutas e dificuldades encontradas no ministério e em sua vida
pessoal, Timóteo não deveria adaptar a mensagem do Evangelho,
tornando-a mais doce e palatável aos seus ouvintes e muito menos, deveria
silenciar-se ante seus opositores. Pelo contrário, tais lutas deveriam antes,
“estimulá-lo a pregar ainda mais” (Stott).

Aplicação

Caminhando par o fim e diante do exposto; cientes de que a realidade


hodierna é a mesma dos tempos apostólicos, o que devemos nós fazer?

 Nosso dever é pregar o Evangelho a tempo e fora de tempo. Não


podemos usar a desculpa de que não estamos preparados para pregar
a determinados grupos. O Evangelho não faz discriminação de
pessoas.

 Não podemos nos acovardar frente aos opositores do Evangelho.


Temos o dever de pregar a Palavra de Deus e não devemos recuar
neste propósito. Tendo a mesma consciência do apóstolo Paulo,
expressa em I Coríntios 9.16: Se anuncio o evangelho, não tenho de
que me gloriar, pois sobre mim pesa essa obrigação; porque ai de mim
se não pregar o evangelho!

 De igual modo, devemos nos submeter àqueles que são


comissionados por Deus para falarem em seu nome, pois são arautos
da mensagem Real, proclamadores da verdade. Responsáveis pela
correção, repreensão e exortação, bem como o paciente e
perseverante ensino das Escrituras Sagradas.

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 Não podemos e não devemos negociar a verdade das Sagradas
Escrituras para torná-la mais agradável a quem quer que seja. Elas
são a Palavra de Deus e devem ser proclamadas como tal.

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