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II Timóteo 4.1-5
Paulo sabe que o tempo da sua partida está próximo. Assim, precisa
ἐπιφάνεια
ter certeza de que Timóteo cumprirá com fidelidade seu ministério, por isso,
ele faz uma conjuração (01 ver). A ideia aqui é de uma solene ordenança
dada a alguém com o objetivo de fazê-lo realmente cumprir com seu dever.
Neste sentido, John Stott salienta que o verbo grego διαμαρτύρομαι
(conjuro-te), tem “conotações legais”. De forma, que esta não é uma ordem
qualquer; é uma ordenança solene, uma conjuração que é feita perante
Deus e Cristo Jesus, tornando o caráter do dever de Timóteo ainda mais
sério e irrevogável. Ele não pode ficar em cima do muro, indeciso e
vacilante, senão que deve ser firme em sua decisão de servir a Cristo, que
na sua manifestação há de julgar os vivos e os mortos. Neste sentido é
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preciso ressaltar que o Senhor Jesus já não virá como salvador e redentor,
mas como supremo juiz e a sua manifestação será repentina (Mateus
24.42-44). De maneira que Timóteo deve esmerar-se no cumprimento do
seu dever.
A razão para Timóteo agir desta forma está no fato de que as pessoas
abandonariam o verdadeiro ensino das Sagradas Escrituras por não
suportarem a sã doutrina, isto é, a verdade da Palavra de Deus. E dessa
forma buscariam os que falam ao coração e não à consciência (3-4 ver). A
questão é que, via de regra, o ser humano não gosta de ter seus erros e
defeitos apontados por outrem, não aceita ser corrigido e/ou disciplinado.
Assim, ouvir o que as Escrituras falam sobre seu procedimento, caráter e
moral, é ouvir uma acusação formal contra seus propósitos e atitudes
reprováveis. Logo, concordo com Hernandes Dias Lopes quando diz que
“as pessoas querem mestres que falem o que elas querem ouvir. Acercam-
se daqueles que lhes darão exatamente o que desejam. Preferem os
pregadores da conveniência. Procuram não a verdade, mas o que lhes
acalme o coração, enquanto permanecem em seus pecados”. A
consequência disto é que em muitas igrejas encontramos mais
consumidores que adoradores.
Aplicação
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Não podemos e não devemos negociar a verdade das Sagradas
Escrituras para torná-la mais agradável a quem quer que seja. Elas
são a Palavra de Deus e devem ser proclamadas como tal.