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Gênesis 1.1-2
Uma realidade que assalta a todos, não importando o tempo, a idade, a cor
ou sexo, é o medo. Todos em algum momento da vida somos tomados pelo temor.
Tememos os desastres naturais, as más ações dos homens; mas também
tememos o inesperado e desconhecido. Essa mesma realidade tomou conta do
povo de Deus. Eles haviam saído do Egito rumo a uma terra desconhecida, onde
teriam que enfrentar inimigos poderosos e conquistar suas terras. É nesse contexto
que o livro de Gênesis é escrito.
A essa altura, devemos lembrar que este livro foi originalmente escrito para
o povo de Israel; um povo que carregava consigo incertezas e temores; um povo
de fé débil e instável. O que nos leva à razão porquê Moisés escreveu esse livro;
dentre outros motivos, certamente foi para mostrar a grandeza e majestade do
Deus que os havia livrado da escravidão e que era também o Criador de todas as
coisas em contraste com as divindades adoradas pelos povos pagãos, a exemplo
dos egípcios. Entretanto é preciso salientar que em Gênesis Deus não é apenas o
grande Criador, mas o Deus que se relaciona com suas criaturas, de sorte que em
Gênesis os quatro grandes temas do Evangelho são pré-anunciados: Criação,
Queda, Redenção e Consumação. Isso ocorre de tal forma, que somente
compreenderemos o plano redentor de Deus, se olharmos corretamente para as
verdades ressaltadas neste precioso livro, pois nele está sendo montado o grande
palco do teatro Divino, onde a história da redenção dos eleitos há de ser
apresentada. No entanto, há muitos que se negam a reconhecer tais verdades,
chegando ao cúmulo de negar a existência de Deus.
1
entrevista que “antes que a ciência fosse compreendida era comum a crença em
Deus, mas que na atualidade, ela não faz sentido”.
O verso 2, por sua vez, nos diz que “a terra, porém, estava sem forma e vazia;
havia trevas sobre a face do abismo, e o Espírito de Deus pairava por sobre as
águas”. Algumas explicações têm sido propostas para esclarecer essa
deformidade na terra. Alguns chegam ao ponto de identificar tal realidade com a
queda dos anjos. Contudo, não há nada nas Escrituras que possam comprovar tal
linha de pensamento. O mais óbvio a partir do próprio contexto é que a terra ainda
era disforme, não haviam os montes, vegetação ou luz do sol, ou seja, a terra era
um lugar inóspito para a vida.
E é sobre as águas que compõem esse planeta ainda informe que passeia o
Espírito de Deus. Nos diz o Texto Sagrado que o “Espírito de Deus pairava por
sobre as águas”. Contudo, ele não era parte desse caos primevo, ele está acima
2
ָ aqui traduzido como “pairava” é o de uma
do caos. A ideia do termo hebraico ()רחַ ף,
águia que sobrevoa o ninho a cuidar de seus filhotes. Assim também, o Espírito
Santo está cuidando e analisando a criação inicial, de maneira que lhe fosse dada,
na sequência, sua forma final, onde espelha cheia de vida a glória do seu Criador,
conforme é exposto pelo autor bíblico a partir do verso 3.
Note, porém, que não há referência direta ao Deus Filho nessa narrativa, sua
pessoa e seus atos não são citados. De forma que alguém poderia questionar:
“Deus Filho foi deixado de lado na criação”? Nossa resposta é um altissonante não.
Pois, o Evangelho de João, nos mostra todas as coisas vieram à existência por
intermédio do Deus Filho e que nada foi feito sem ele (ver João 1.1-3). O apóstolo
Paulo segue na mesma linha ao afirmar em Colossenses 1.15-16 que “Este é a
imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; pois, nele, foram
criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, sejam
tronos, sejam soberanias, quer principados, quer potestades. Tudo foi criado por
meio dele e para ele”.
Conclusão e aplicação
Esse Deus soberano, criador dos céus e da terra, tem poder suficiente
para transformar a realidade na qual estamos inseridos. Não existe
nada que fuja ao seu controle. Assim como ele pôs ordem na desordem
inicial existente na terra, Ele pode pôr em ordem as nossas vidas...