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Futebol Nacional: E se a crise chegar aqui?

Com a recente crise no Campeonato Espanhol, transformado em uma disputa


particular entre Barcelona e Real Madrid, podemos começar a nos preocupar e
pensar – ‘afinal, e se essa situação se repetir aqui?’

Não é de hoje que a crise financeira começa a afetar o futebol mundial. Há poucas
temporadas, vimos os clubes tradicionalmente ricos, que gastavam cifras
incalculáveis em contratações, pisarem no freio, realizando transferências mais
econômicas. Contudo, o dinheiro vai, mas a dívida fica. E o saldo é grande nesses
casos.

Este não é necessariamente o caso dos gigantes espanhóis – Barcelona e Real


Madrid – já que, apesar de ser especulado que os dois clubes devam milhões em
dívidas diversas, estes ainda conseguem angariar patrocínios milionários, que
mantém o clube em alta financeiramente, gerando um imenso contraste com o
restante das equipes nacionais, que afundam em dívidas e mal conseguem pagar
os salários de seus jogadores e montarem equipes competitivas.

E, se pensarmos, esse quadro pode não estar tão distante do caminho traçado no
futebol brasileiro.

As dívidas já existem, pois todos os clubes da Série A lutam com credores a cada
mês. A divisão de renda, se nos lembrarmos do racha no Clube dos 13 pelas cotas
de transmissão do brasileirão no início do ano, caminha para a desigualdade. E, a
saída de jogadores considerados promissores para o exterior já é uma realidade há
anos no Brasil, dada a necessidade dos clubes em saldar suas dívidas.

Em um escopo reduzido, esse quadro já pode ser visualizado nos fatídicos


estaduais Brasil a fora. Com exceção do eixo Rio-São Paulo, em que há quatro
equipes maiores disputando o título em cada estadual, nos restantes – Minas,
Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, por exemplo – são campeonatos
polarizados, em que dois clubes disputam a vitória, como no exemplo espanhol.

Raramente uma ou outra equipe menor entra nessa disputa regional, se


sobressaindo mediante um desempenho que pode ser considerado um feito heroico,
considerando as grandes dificuldades que estas possuem em montar uma equipe
competitiva. Ainda, vez que outra uma equipe local surpreende na Copa do Brasil,
torneio criado exclusivamente para dar visibilidade aos times conhecidos somente
em suas regiões de origem.

Em nível nacional, sempre que uma equipe de menor expressão alcança a


promoção para a primeira divisão do Campeonato Brasileiro, no ano seguinte ela é
considerada candidata ao rebaixamento, antes mesmo da competição iniciar. E,
mesmo que muitos especialistas insistam que o título do campeonato, nos pontos
corridos, é disputado normalmente por cinco a dez equipes, isso não ocorre
literalmente.

Porém, essa é uma situação que parece ainda não incomodar os times tradicionais
brasileiros. Contudo, somados os fatores dívidas sobre rendas, e baseado no
exemplo espanhol, não seria prudente demais que os clubes começassem a
repensar seus planejamentos financeiros para que, quando a crise chegue aqui, não
ocorra um desmonte generalizado destes e uma consequente quebra no futebol
brasileiro.

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