Sei sulla pagina 1di 9

Padre Huberto Rohden – Um Longo Caminho

Pe. José Artulino Besen1

Padre Huberto Rohden, em 1920, por


ocasião de sua ordenação sacerdotal.

Filho de João Rohden e de Ana Locks, Huberto nasceu em São Ludgero em 31


de dezembro de 1893. Sentindo o chamado ao sacerdócio, iniciou os estudosem São
Ludgero, no seminário fundado na própria casa paroquial pelo Pe. Kloecker. Seguiu
para o Rio Grande do Sul, onde percorreu o caminho escolar nos seminários do padres
jesuítas. Retorna a Santa Catarina em fins de 1919, quando é ordenado padre em 1º de
janeiro de 1920, em cerimônia realizada na Catedral. Na mesma oportunidade também
eram ordenados Jaime de Barras Câmara, futuramente bispo de Mossoró, arcebispo de
Belém, Cardeal do Rio de Janeiro, e José Locks, depois Monsenhor. Três
personalidades fortes e de sensibilidade religiosa quase contraditórias. Era tio de dois
outros eclesiásticos de grande envergadura: Dom Afonso Niehues, que foi arcebispo de
Florianópolis e Mons. Huberto Brüning, missionário em Mossoró por uma vida.

1
Nasceu em Antônio Carlos – SC, em 17 de setembro de 1949. Após os estudos teológicos na Pontifícia
Universidade Gregoriana, de Roma, em 3 de julho de 1976 foi ordenado presbítero da Arquidiocese de
Florianópolis por Dom Afonso Niehues. Exerceu o ministério pastoral nas Paróquias de Saco Grande,
Saco dos Limões, Catedral e Agronômica em Florianópolis e Santíssimo Sacramento, em Itajaí. Desde
2011 é pároco no bairro Procasa, município de São José, SC. De 1986 a 1990 participou do Projeto
Missionário que a Igreja de Florianópolis vive com a Diocese de Barra, na Bahia. Ali foi pároco de
Oliveira dos Brejinhos, acumulando com as paróquias de Ipupiara e Brotas de Macaúbas. Lecionou
História das Religiões, da América Latina e Antropologia Religiosa na UNIFEBE – Brusque de 1977 a
1983 e História da Igreja no Instituto Teológico de Santa Catarina – ITESC de 1975 a 2013. É professor
emérito do ITESC e professor pesquisador do ITESC-FACASC. É Sócio emérito do Instituto Histórico e
Geográfico de Santa Catarina e Membro da Academia Catarinense de Letras, instituições para as quais foi
eleito em 1982. Dedica-se à pesquisa de História da Igreja na América Latina e no Brasil. Nos últimos
anos seu interesse está voltado para o estudo das Escolas e Movimentos de Espiritualidade, com acento
mais voltado para a Igreja Ortodoxa bizantina e eslava. Selecionou, organizou e traduziu pequenos textos
da espiritualidade dos Pais da Igreja, compondo uma FILOCALIA acessível na Internet. Publica coleção
de biografias de Santos e, pela Editora Mundo e Missão, editou um volume de História da Igreja, e outro
de História da Igreja no Brasil.

1
Em 5 de janeiro de 1920 foi nomeado vigário paroquial da Catedral de
Florianópolis e vigário encarregado da Santíssima Trindade, um trabalho de muito
cansaço e privação através das comunidades pobres da Ilha de SC. O trabalho excessivo
prejudicou-lhe a saúde. Em 1921 foi provisionado vigário paroquial de Braço do Norte
e, em 1922, pároco da Laguna.
Aluno de jesuítas, amante dos estudos, Pe. Huberto percebeu que sua vocação
não era a pastoral direta com o povo, mas a vida acadêmica. Obtendo licença de Dom
Joaquim, bispo diocesano, foi recebido na Companhia de Jesus. Em 1924 ingressou no
Noviciado com os Jesuítas em Pareci Novo, RS.
Na condição ainda de noviço, foi enviado, já em abril de 1924, para a Europa,
onde esteve em diferentes casas da Ordem, complementando seus estudos, com o título
de Doutor em Filosofia. Primeiramente, passou em Innsbruck (Áustria) no segundo ano
do seu noviciado. Em outubro de 1926, seguiu para o Colégio de Valkenburg
(Holanda), mas, não se adaptando ao clima, em fevereiro de 1927 seguiu para Nápoles
(Itália), cursando uma Faculdade de Filosofia.
Em 1928 retornou ao Rio Grande do Sul. Como jesuíta ainda não professo, Pe.
Huberto Rohden trabalhou de1928 a1930 na paróquia de Santa Cruz do Sul, atendendo
à população lusa, porquanto os demais jesuítas daquela paróquia, por serem
estrangeiros, atendiam as áreas germânicas. De1930 a1931 foi recolhido ao Terciado de
Pareci (etapa final da formação jesuítica) e ali decidiu não integrar-se definitivamente à
Ordem.
Em 15 de maio de 1931 retornou à Arquidiocese, sendo nomeado vigário
paroquial de Urussanga e encarregado de Cocal, pequena colônia de polacos. Com a
grande bagagem intelectual já adquirida, sentiu-se desvalorizado. Esse era, porém, o
costume de Dom Joaquim: não era humilhar, mas provar a obediência.
Em 14 de novembro de 1931 recebe Cartas Demissórias para deixar a
arquidiocese de Florianópolis e ir para a diocese de Santa Maria,RS. Ali foi nomeado
Inspetor das escolas ferroviárias, com centro em Santa Maria.

A Liga da Boa Imprensa

Numa época de poucas obras católicas ao alcance do povo, Pe. Rohden teve o
apoio firme e amigo do Cardeal Dom Sebastião Leme, do Rio de Janeiro e empenhou-se
na Cruzada da Boa Imprensa: lançar, a preços acessíveis, obras de formação católica. O

2
sucesso foi imenso e sua pessoa conheceu fama rápida em todo o cenário nacional,
como dinâmico executor desse plano. Viajou por todos os Estados brasileiros,
praticamente todas as dioceses, estabelecendo centros para a Cruzada. O apoio do
episcopado foi entusiasta e generoso. Tem início agora um novo tempo na trajetória de
Pe. Huberto Rohden, em que atuará de1931 a 1945. Seu nome era sinônimo de boa
imprensa.
Em São Paulo, de onde saem muitas publicações para o restante do país,
diversos eclesiásticos ofereceram sutis objeções a algumas afirmativas de Rohden.
Depois da morte, em 17 de outubro de 1942, do Cardeal Leme, consolidou-se a
oposição agora clara e pública.
Carta Circular dos Bispos de São Paulo, com a assinatura principal do Arcebispo
Dom José Fonseca, de 26 de novembro de 1942, condena os livros de Pe. Rohden. No
ano seguinte, Dom João Becker, Arcebispo de Porto Alegre, também emite um ato da
Cúria, que os condena. Como empreendimento, aCruzada da Boa Imprensa estava
mortalmente atingida. As principais obras em questão eram PAULO DE TARSO e
AGOSTINHO. De fato, algumas afirmações davam ocasião de serem mais protestantes
que católicas. Ele, de fato, começa a relativizar a Igreja como instituição.
Pe. Rohden, atingido tão fortemente em sua integridade intelectual e cristã, sentiu o
baque. Vive, de1943 a 1945, num sítio do Estado do Rio de Janeiro. Decide abandonar
o ministério sacerdotal em 1943. Entrega a sua carta de desistência do uso das ordens
eclesiásticas em janeiro de 1945, ao arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Jaime de Barros
Câmara, colega de estudo e de ordenação. Deixa a Igreja católica e o Cristianismo como
religião revelada. Profundas mágoas marcaram para sempre essa decisão. Da parte da
Igreja, faltou também a compreensão frente ao sofrimento desse zeloso padre e, por que
não?, faltou valorizá-lo. O apostolado católico ficou mais pobre. Suas obras,
continuamente reeditadas, provam o quanto de bom a Igreja deixou escapar, motivada
por um dogmatismo não bem fundamentado. Da parte do Cardeal Dom Jaime, seu
conterrâneo catarinense e colega de estudos e ordenação, não houve um olhar que não
fosse o dogmático, frio, sem uma análise mais profunda de sua obra e obras.

Nos Estados Unidos

Tendo clareza de mudança de vida e de convicções, de 1945 a1946 recebe uma


Bolsa de estudos para Pesquisas Científicas, na Universidade de Princeton, New Jersey

3
(Estados Unidos), onde conheceu Albert Einstein. Ali lançou os alicerces para o
movimento de âmbito mundial da Filosofia Univérsica, tomando por base do
pensamento e da vida humana a constituição do próprio Universo, evidenciando a
afinidade entre Matemática, Metafísica e Mística.
Rohden conheceu Einstein assim como um fã conhece um ídolo. Sabia o local e
horário das caminhadas de Einstein no final da tarde em Princeton e, assim como outras
pessoas, aproveitava para tentar se aproximar. E isso durante um ano entre 1945 e 1946.
Ele até comenta que “conversar com Einstein seria profanar sua sagrada solidão“, tal
era sua “amizade” platônica.
Em 1946, foi convidado pela American University, de Washington, D.C., para
reger as cátedras de Filosofia Universal e de Religiões Comparadas, cargo esse que
exerceu durante cinco anos.
Durante a última Guerra Mundial foi convidado pelo Bureau of Inter-American
Affairs, de Washington, para fazer parte do corpo de tradutores das notícias de guerra,
do inglês para o português.
Na capital norte-americana, Rohden freqüentou, durante 3 anos, o Golden Lotus
Temple, onde foi iniciado em Kiriya Yoga por Sawami Premananda, diretor hindu
desse ashram (mosteiro).
Pelo fim de sua permanência lá, Rohden foi convidado para fazer parte do corpo
docente da nova Universidade Internacional (International Christian University-ICU),
de Metaka, Japão, afim de reger as cátedras de Filosofia Universal e Religiões
Comparadas; mas, devido à guerra na Coréia (1950-1953), a Universidade japonesa não
foi inaugurada e Rohden regressou ao Brasil. Em São Paulo foi nomeado professor de
filosofia na Universidade Mackenzie, cargo do qual não tomou posse.
Contraiu núpcias com uma norte-americana, da qual teve um filho. Mais tarde,
não querendo permanecer no Brasil, ela retornou com o filho aos Estrados Unidos.
Rohden permaneceu celibatário.

4
Prof. Huberto Rohden, em 1963

Movimento Alvorada

Em 1952, fundou em São Paulo a Instituição Cultural e Beneficente Alvorada,


que mantém cursos permanentes, em S. Paulo, Rio de Janeiro e Goiânia, sobre Filosofia
Univérsica do Evangelho, e dirige Casas de Retiro Espiritual (ashrams) em diversos
Estados do Brasil.
Precursor do Espiritualismo Universalista, defendia a harmonia cósmica e
a cosmocracia: autogoverno pelas leis éticas universais, conexão do ser humano com a
consciência coletiva do universo e florescimento da essência divina do indivíduo,
reconhecendo que deve assumir as conseqüências dos atos e buscar a reforma íntima,
sem atribuir à autoridade eclesiástica o poder de eliminar os débitos morais do fiel.
Segundo analistas de suas obras, Rohden escreveu livros tentando tratar de
questões que não dominava perfeitamente, fora de suas especialidades, como
matemática, física, química, biologia, história e até apicultura, por vezes misturando os
temas e invadindo, com pouca qualificação, em debates complexos como Relatividade
versus Física Quântica ou Darwin versus Teilhard de Chardin.
Rohden faz um “amálgama de ciência, filosofia e esoterismo gnóstico” e tenta às vezes
causar a impressão de dominar a Ciência. Emite comentários científicos sobre entropia,
física quântica, relatividade, evolucionismo, conceitos que não conhecia profundamente,
pois os recebera de fontes de divulgação leiga e não de pesquisa científica.
Para explicar Deus, Rohden passeia pela filosofia e pela teologia de várias
religiões, forçando a barra. Um especialista em história das religiões sabe que não
podemos comparar crenças, línguas, rituais ou conceitos de diferentes religiões como se
significassem a mesma coisa. Fruto desse equívoco é uma espécie de espiritualidade

5
universal e transcultural, com a conclusão que Deus não tem nome ou tem vários
nomes. A obra de Rohden padece desse equívoco.

Um homem e sua obra

Publicou quase 100 livros de Religião, Filosofia e Ciência. Ao longo da vida


revisou, atualizou e reescreveu o conjunto de seus escritos, hoje editados pela Fundação
Alvorada e por ele condensados em 65 obras.
Importante para conhecê-lo a partir de si mesmo e de seu ponto de vista: POR
UM IDEAL – o que por ele vivi e sofri em meio século (2 volumes – 1962): é a
autobiografia de Rohden. É onde transpira seu ressentimento contra a Igreja (em
praticamente todos os capítulos). Todas as suas memórias são lembradas sob este
enfoque.
Por ocasião de sua ordenação sacerdotal, em 1920, publicou Mistério de
Amor, nacionalmente apreciado mesmo após ter abandonado a Igreja. Lembro-me da
edificação que sentíamos no Seminário de Azambuja quando, durante a Adoração ao
Santíssimo, o padre espiritual lia trechos dessa obra, profundamente piedosa e
inspiradora. Era conhecida como Centelhas eucarísticas. Isso na década de 60. Rohden
não o inclui entre suas obras.
Em 1930 publicou uma tradução sua do Novo Testamento. Posteriormente ele
mesmo cita somente a tradução dos Evangelhos, pois as outras partes eram inferiores à
tradução, quase simultânea, do Pe. Matos Soares.
Além de livros de inspiração cristã (Jesus Nazareno, Myriam, a Mãe de Jesus,
As Bem-aventuranças, etc.), traduziu o Bhagavad Gita e do Tao Te Ching, textos
fundamentais do Hinduísmo e que foram inspiração para diversos livros seus.
Em suas obras, Rohden idealiza um Cristo Cósmico muito semelhante ao do
Movimento Nova Era. Além disso, e estranhamente, sua obra é divulgada por vários
institutos espíritas e de teosofia. Faz distinções entre CREAR (Deus) e CRIAR (criar
animais), CRER e TER FÉ, pobres EM ESPÍRITO, pobres PELO ESPÍRITO. Questões
mais lingüísticas são transformadas em filosóficas.
O cunho científico de suas obras não oculta o moralismo que sufoca o
humanismo: faça isto e não faça isto – prevalece. Rohden, fundamentalmente, deseja
ensinar a viver e a ser feliz. Para ele, o homem não precisa de ninguém: apenas
“meditação, autodidatismo e experiência pessoal“. Em outras palavras, por mais que se

6
aprofunde nas ciências, Rohden tem como núcleo a moral, o domínio da vontade, a
purificação interior. Nos dias atuais, poderia ser chamado de conferencista de auto-
ajuda. Essa centralidade da vontade é perfeitamente compreensível num homem que na
juventude estudou filosofia e teologia com os padres jesuítas e depois, como padre, com
eles viveu e estudou mais 6 anos. O núcleo de sua formação é jesuítico, e ali encontra
sede a vontade.
As duas obras que seguem marcaram o início público das denúncias contra ele e
definem seu abandono da Igreja:

PAULO DE TARSO, o maior bandeirante do Evangelho (1939), sua obra


principal. Foi acusado de inspirado na obra do jesuíta alemão Urban Holzmeister. Nela
se percebe a crítica às instituições católicas em favor de um cristianismo essencialmente
evangélico.

AGOSTINHO, um drama de humana miséria e divina misericórdia (1939).


“Fizeste-nos para ti, Senhor, e inquieto está o nosso coração até que ache quietação em
ti”, escreveu Agostinho em suas “Confissões”. Talvez, ao exarar o livro, o coração de
Pe. Rohden já tivesse sido tomado pela angústia da busca da Verdade e do encontro
com Deus. É claro o viés protestante. Essa obra é apresentada em colunas de teologia,
filosofia e esoterismo, o que não deixa de ser estranho.

Escreve: “E a distinção nítida que faço entre o “catolicismo” e “catolicidade”


(ou seja, entre teologia e Evangelho) não é nenhuma invenção minha. A catolicidade
cristã remonta ao primeiro século e vem do próprio Cristo - mas o catolicismo romano
principia no século quarto e tem raízes no espírito profano de Constantino Magno e seus
apaniguados”.

Um olhar final

Analisando as críticas feitas a Pe. Huberto Rohden nota-se a falta de


objetividade: ou se está diante de admiradores tomados pelo encantamento ou por
adversários que nada enxergam além de erro e soberba. Penso que o ensaio do Prof.
Evaldo Pauli, publicado na Enciclopédia SIMPOZIO (internet) é o melhor pela
objetividade, conhecimento pessoal e semelhante experiência de vida.

7
De certa maneira, Rohden considerava-se superior a muitos outros clérigos,
porque acreditava ter descoberto o verdadeiro cristianismo e compreendido a verdade
contida no Evangelho. Dessa certeza deriva seu autoritarismo e pouca capacidade para o
diálogo. Historicamente isso é constatado em pessoas que passam por uma profunda
experiência religiosa, mesmo que a causa dessa experiência tenha sido conflitual.
Infelizmente, Huberto Rohden não superou a amarga experiência da “invidia clericalis”
perante o sucesso de sua obra na Boa Imprensa. E não foi capaz de aceitar as
ponderações de seus amigos, alguns parentes próximos e de idoneidade cristã
comprovada. Dizia-se “Ele não escuta ninguém!”.
Apesar disso, Pe. Huberto Rohden não pode ser entendido sem suas raízes
católicas e sólida formação jesuítica. Sua contínua preocupação em criticar o
Catolicismo e seu anticlericalismo revelam e escondem uma alma cristã e católica,
forjada em meio às famílias profundamente católicas de São Ludgero. Sofreu
influências de Agostinho e Tomás de Aquino – aos quais critica e cujo pensamento
mistura.
Depois de sair da Igreja, talvez por motivo de mágoas, fica nítido o seu
anticlericalismo. Por exemplo, em pouco tempo escreve um livro em homenagem a
Blaise Pascal, que polemizou com os jesuítas em favor do Jansenismo. A ironia está em
que o Jansenismo nunca aceitaria suas novas idéias (ou seja, é mais provável que sua
homenagem tenha sido por terem a Igreja Católica como inimigo comum do que uma
verdadeira admiração por Pascal).

Morte – o fim de um longo caminho

Huberto Rohden teve uma vida agitada por muitas conferências pelo Brasil
afora, normalmente freqüentadas por piedosos católicos que gostavam de ouvi-lo e
permaneciam católicos. Sua figura, postura e comunicação atraíam.
Uma seqüência de viagens, com partida de São Paulo na tarde de 2 de agosto de
1969, levou Huberto Rohden à Palestina, Egito, Índia e Nepal. Participou de estudos e
fez conferências, contatando grupos deYoguis da Índia. Seguiu em 1976 para Portugal,
realizando ali, à convite, conferências sobre autoconhecimento e auto-realização. Na
oportunidade, fundou em Lisboa um Centro de Auto-Realização Alvorada, setor
daquele do Brasil.

8
Nos últimos anos levou vida de meditação, contato com a natureza, trabalho na
horta, revisão de suas obras. Escrevia para seus amigos e parentes (Dom Afonso
Niehues, Mons. José Locks, Mons. Huberto Brüning e outros): cartas de um homem
sereno e seguro, mas que sentia saudades de um mundo que lhe estava definitivamente
distante.
À zero hora do dia 7 de outubro de 1981, após longa internação em uma clínica
naturista de S. Paulo, aos 87 anos de vida e 61 de ordenação sacerdotal, o professor
Huberto Rohden partiu deste mundo e do convívio de seus amigos e discípulos. Suas
ultimas palavras, em estado consciente, foram: “Eu vim para servir a humanidade”.
Hoje seus restos mortais repousam no túmulo de seus pais,em São Ludgero.

Notas:

[1] Alguns admiradores de Rohden escrevem que eram amigos íntimos. Não há
fundamento para essa afirmação.

[2] HUBERTO ROHDEN – “UM FILÓSOFO DA RELIGIÃO” – Conferência de


EVALDO PAULI no Centenário de nascimento de Rohden..

[3] “Etapas da minha jornada a Deus”, in: Em Comunhão com Deus, Ed. Martin Claret,
2008.

[4] “O baluarte dentro da alma”, in: Em Comunhão com Deus.

Potrebbero piacerti anche