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São Luís – MA
2014
UBIRAJARA SANTOS DE CARVALHO
São Luís – MA
2014
UBIRAJARA SANTOS DE CARVALHO
BANCA EXAMINADORA:
___________________________________
Prof. Dr. Sanatiel de Jesus Pereira
(Orientador)
___________________________________
Prof. Dr. Denilson Moreira Santos
___________________________________
Profa. Dra. Patrícia Silva Azevedo
AGRADECIMENTOS
Agradeço a Deus pela força e pelas pessoas maravilhosas que ele colocou na
minha vida.
Ao Prof. Sanatiel de Jesus Pereira, por todos os ensinamentos e por ter me
despertado para a pesquisa.
A todos os professores que ajudaram no desenvolvimento da minha formação no
curso de Design.
A minha família, meu pai, Ubiracy Jardinopolis, a minha mãe, Angela Maria,
minha avó, Justina Aurita, e aos meus tios pelo apoio. Em especial para meu tio Uildenir
Carvalho pela confiança e incentivo.
Aos meus amigos pelo apoio que me deram no decorrer do curso e desse trabalho.
RESUMO
Este trabalho trata do estudo analítico das associações entre as diferentes espécies de madeiras
tropicais brasileiras, com características tecnológicas compatíveis, que permitam seu uso
conjunto em um mesmo produto. Foram catalogadas 232 espécies, distribuídas entre madeiras
Muito Leves (10), Leves (20), Moderadamente Pesadas (69), Pesadas (78) e Muito Pesadas
(46), pertencentes a 50 famílias. O levantamento das espécies, os valores de suas propriedades
e a classificação nas áreas de uso foram retirados das Fichas de Características das Madeiras
Brasileiras, de Mainieri e Chimelo (1989), os demais sistemas de classificação, tais como o
utilizado para a densidade e para o Coeficiente de Retratibilidade Volumétrica, seguiram as
normas do IPT, da SUDAM (1981) e os preceitos apresentados por Rodrigues (1996). As
espécies estudadas foram associadas matricialmente de acordo com as suas propriedades
físicas de densidade e retração, sobretudo em relação à retração tangencial devido a sua maior
influência nas variações volumétricas do material, e também foram correlacionadas às
principais áreas de utilização industrial, categorizadas em Brinquedos, Embalagens,
Esquadrias, Mobiliário e Tacos e tábuas para assoalho. Os resultados dessa análise são
apresentados de forma sistematizada, disponibilizando aos profissionais que atuam nas
indústrias de base florestal, principalmente os ligados ao projeto de produto, as possibilidades
de uso conjunto ou associado das diferentes espécies tropicais.
This work deals with the analytical study of the associations between different species of
Brazilian tropical woods, with technological characteristics compatible, allowing use together
in one product. Were cataloged 232 species distributed among wood Very Lightweight (10),
Lightweight (20), Moderately Heavy (69) Heavy (78) and Very Heavy (46), belonging to 50
families. The survey of the species, the values of its properties and classification in areas of
use were taken from Sheets Characteristics of Brazilian Woods, of Mainieri and Chimelo
(1989), other classification systems such as the one used for the Density and Coefficient of
Volumetric Shrinkage, followed the rules of IPT, SUDAM (1981) and the precepts presented
by Rodrigues (1996). The species studied were associated in matrix form according to their
physical properties of density and shrinkage, particularly in relation to the tangential
shrinkage due to its greater influence on volumetric variations of this material, and were also
correlated to the main areas of industrial use, categorized into Toys, Packaging, Miter,
Furniture & Tacos and planks to the floor. The results of this analysis are presented in a
systematic way, providing the professionals who work in the forest-based industries,
particularly those related to product design, the possibilities of joint use or associated of the
different tropical species.
1 INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 13
2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 16
3 REVISÃO DE LITERATURA ............................................................................. 17
3.1 Floresta tropical...................................................................................................... 17
3.1.1 Amazônia Legal ....................................................................................................... 18
3.2 Madeiras tropicais .................................................................................................. 19
3.2.1 Classificação............................................................................................................. 20
3.2.2 Principais famílias utilizadas na indústria ................................................................ 21
3.2.3 Principais espécies industriais .................................................................................. 22
3.3 Fatores que intercede m nas propriedades das madeiras.................................... 24
3.3.1 Higroscopicidade...................................................................................................... 24
3.3.1.1 Ponto de saturação das fibras ................................................................................... 24
3.3.1.2 Dessorção e adsorção ............................................................................................... 25
3.3.1.3 Umidade em árvores vivas ....................................................................................... 27
3.3.1.4 Umidade na madeira como um material .................................................................. 27
3.3.1.5 Como a umidade é retida na madeira ....................................................................... 28
3.3.1.6 Movimentação da água na madeira .......................................................................... 30
3.3.1.6.1 Movimentação de água capilar................................................................................. 30
3.3.1.6.2 Movimentação da água higroscópica ....................................................................... 31
3.3.1.7 Conteúdo de umidade máximo................................................................................. 32
3.3.1.8 Conteúdo de umidade sob condições atmosféricas constantes – Umidade de
equilíbrio.... ............................................................................................................................... 32
3.3.1.9 Importância da higroscopicidade ............................................................................. 35
3.3.2 Retração e Inchamento ............................................................................................. 35
3.3.2.1 Fatores que afetam a retração e inchamento ............................................................ 36
3.3.2.1.1 Umidade ................................................................................................................... 36
3.3.2.1.2 Densidade ................................................................................................................. 37
3.3.2.1.3 Estrutura ................................................................................................................... 38
3.3.2.1.4 Extrativos ................................................................................................................. 38
3.3.2.1.5 Composição química ................................................................................................ 38
3.3.2.1.6 Tensões mecânicas ................................................................................................... 39
3.3.2.2 Motivos da anisotropia da retração e inchamento .................................................... 39
3.3.2.3 Importância da retração e do inchamento ................................................................ 42
3.3.2.4 Controle de retração e inchamento ........................................................................... 44
3.4 Uniões entre madeiras............................................................................................ 45
3.4.1 Marchetaria............................................................................................................... 45
3.4.1.1 Histórico da técnica .................................................................................................. 45
3.4.1.2 Evolução da técnica.................................................................................................. 47
3.4.1.3 Estilos de marchetaria .............................................................................................. 48
3.4.2 Parquetaria................................................................................................................ 49
3.4.2.1 Histórico da técnica .................................................................................................. 49
3.4.3 Projetos de design com ligações entre madeiras ...................................................... 51
4 MATERIAIS E MÉTODOS.................................................................................. 54
4.1 Materiais ................................................................................................................. 54
4.2 Métodos ................................................................................................................... 55
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES ......................................................................... 56
5.1 Brinquedos .............................................................................................................. 56
5.2 Embalagens ............................................................................................................. 56
5.3 Esquadrias............................................................................................................... 57
5.4 Mobiliário................................................................................................................ 58
5.5 Tacos e tábuas para assoalho ................................................................................ 59
6 CONCLUSÕES ...................................................................................................... 72
REFERÊNCIAS ..................................................................................................... 73
ANEXO A – Relação das espécies tropicais catalogadas .................................... 80
13
1 INTRODUÇÃO
A madeira foi um dos mais antigos materiais usados pelo homem, inicialmente
sendo utilizada como combustível, na fabricação de ferramentas simples ou na construção de
abrigo. Tornou-se um material industrial com extensa aplicação em diferentes áreas, tais
como no mobiliário, esquadrias, embalagens, construção civil e naval.
Com o desenvolvimento tecnológico o homem não só ampliou as formas de
processamento da madeira, por meio do uso de ferramentas e maquinários modernos, como
também dominou o uso de outros tipos de materiais, como por exemplo, os metais e os
plásticos.
Apesar do surgimento de novas matérias-primas a madeira permanece sendo
bastante utilizada na indústria, por ser um material renovável e com formas de processamento
mais simples e modestas em relação aos demais materiais, que necessitam de maior
investimento tanto na obtenção quando no processamento.
Somente em 2010, o Brasil foi o quarto maior produtor de madeira em tora no
mundo, ficando atrás dos Estados Unidos, da Índia e da China. Permanecendo em segundo
lugar, no mesmo período, em relação à produção de madeira em tora proveniente de árvores
frondosas (FAO, 2012).
Grande parte da madeira produzida no país é destinada ao consumo interno,
distribuído entre os Estados da Região Sul que consomem 22%, seguidos dos demais Estados
do Sudeste com 18% do consumo, do Nordeste com 13%, da Amazônia Legal com 7% e da
Região Centro-Oeste, excluindo Mato Grosso com 6% (LENTINI et al, 2003).
A madeira produzida no Brasil é oriunda das coníferas e das espécies tropicais. As
coníferas tem origem nas florestas plantadas, formadas principalmente pelo cultivo de Pinus e
do Eucalipto no sul do país. As madeiras tropicais são provenientes das florestas naturais,
compostas pelas árvores folhosas, provindas da região Amazônica (PONCE, R. H & WATAI,
L. T, 1985).
As madeiras de reflorestamento, produzidas a partir das florestas plantadas, são
destinadas para a produção de celulose, carvão vegetal e painéis, e ainda não possuem a
madeira ideal para outros usos, como na indústria moveleira e construção civil (TEIXEIRA,
2008). Os usos das madeiras tropicais são bem mais extensos, apresentando espécies próprias
para utilização em praticamente todas as demais áreas.
14
2 OBJETIVOS
Gerais:
Esse trabalho visa orientar o uso combinado dos diferentes tipos de madeiras
tropicais de acordo com as suas características tecnológicas, indicando aos industriais e aos
projetistas, quais espécies podem ser associadas em um mesmo produto, sem que os efeitos
das variações de umidade na madeira, possam prejudicar as características físicas e funcionais
do produto.
Específicos:
- Gerar um banco de dados das madeiras compatíveis;
- Sistematizar a escolha das madeiras compatíveis, correlacionada às áreas de uso;
- Ampliar as possibilidades de aproveitamento das madeiras como matéria-prima
nos projetos.
17
3 REVISÃO DE LITERATURA
As madeiras tropicais utilizadas pela indústria são aquelas nativas de países cujas
florestas estão situadas entre o Trópico de Câncer e o Trópico de Capricórnio (ITTO, 2006).
São provenientes de espécies definidas como latifoliadas e duras, oriundas de “não-
coníferas”, ou seja, árvores 1 classificadas como Angiospermas (FAO, 2012).
1
A árvore é uma planta lenhosa, de tronco simples e elevado, vivaz de mais de 5 metros de altura, com fuste
despido de ramos na parte inferior (REMADE, 2013).
20
3.2.1 Classificação
2
A classificação dos vegetais dispõe das seguintes categorias, conforme a importância: Reino, Divisão, Classe,
Ordem, Família, Gênero, Espécies (LANGENHEIM, 1982; GILG, 1959).
3
Quanto ao tipo de crescimento do caule as plantas podem ser: exógenas, o caule desenvolve-se de fora para
dentro, através da adição de camadas concêntricas externas. Ou endógenas, cujo crescimento ocorre de dentro
para fora, com há a adição células novas na parte interna do vegetal.
4
Monocotiledôneas e dicotiledôneas são classificadas dessa forma devido ao número de cotilédones presentes
em suas sementes, porém esses vegetais apresentam outras diferenças físicas, como nas flores, na raiz e no caule.
As monocotiledôneas possuem flores com número de sépalas em múltiplos de três, apresentam raiz fasciculada,
e crescimento do caule endógeno. Enquanto as dicotiledôneas possuem flores com número de sépalas em
múltiplos de quatro ou cinco, o tipo de raiz é axial ou pivotante, e o crescimento do caule é exogeno.
5
Cotilédone é a folha embrionária da semente, com ou sem reservas nutritivas (IBGE, 2004). Em geral armazena
alimento nas dicotiledôneas e é absorvido pelas monocotiledôneas (RAVEN, 2001).
21
pesadas e 6 muito pesadas (2 sem classificação). As principais áreas de uso são a de Móveis
com 19 espécies e a de Construção naval com 14, seguida de Tacos e assoalhos, Transporte e
Vigamentos, cada uma com 13 espécies. A madeira mais encontrada é o Pau d’arco (Tabebuia
serratifolia (G. Don) Nichols), aparecendo em vinte e três das 28 madeireiras pesquisadas,
vindo a seguir, o Angelim (Himenolobium petraeum Ducke) e o Jatobá (Hymenaea courbaril
L.), aparecendo em treze madeireiras. Ainda conclui que, temos neste mercado, cerca de treze
famílias, que incluem vinte e quatro gêneros e vinte e nove espécies.
Couto (1999) apresentou uma pesquisa sobre as principais espécies utilizadas no
mobiliário no município de São Luís - MA, indicando as mais adequadas para essa finalidade.
Analisou o total de 37 espécies de maior ocorrência na região. Com base neste estudo
apontam-se as principais espécies recomendadas para indústria moveleira, encontradas em
São Luís – MA, são elas: Cumaru (Dipterix odorata), Freijó (Cordia goeldiana), Maracatiara
(Astronium lecointei), Pau-roxo (Peltogyne maranhensis Huber & Ducke), Tauari (Couratari
oblongifolia), Tatajuba (Bagassa guianensis).
Salles (1999) catalogou as esquadrias fabricadas e comercializadas em São Luís –
MA, demonstrando as madeiras adequadas para este fim. Das 37 espécies estudadas, as mais
recorrentes nas madeireiras da região foram o Pau-d’arco (Tabebuia serratifolia) e a Tatajuba
(Bagassa guianensis). Em relação as mais recomendadas para uso em esquadrias, presentes na
indústria, são: Angelim-pedra (Hymenolobium Petraeum), Bruteiro (Erisma uncinatum),
Guanandi (Symphonia globulifera) e Louro-canela (Ocotea cymbarum).
Em UFMA/FAPEMA (1993) apud Soares (2010) foram encontradas 36 (trinta e
seis) espécies de madeira empregadas como matéria-prima nas indústrias de base florestal na
cidade de Imperatriz - MA, sendo o Cedro (16), Maracatiara (13) e Jatobá (10) as espécies
mais utilizadas. Na sua totalidade indústrias secundárias que atuavam em 7 (sete) áreas de
produção sendo a de Mobiliário a mais importante com 17 indústrias.
Lavôr (1998) realizou uma pesquisa de campo em Imperatriz em 15 indústrias de
base florestal, onde três eram de processamento primário da madeira e as doze restantes eram
do processamento secundário. Foram coletadas cinquenta e cinco amostras de madeiras
referentes a 19 famílias, 30 gêneros e 30 espécies. As espécies de madeiras mais utilizadas nas
indústrias eram: Cedro, Cumaru, Ipê, Jatobá, Maçaranduba e Tatajuba, existindo também
outras espécies.
Soares (2010) elaborou um diagnóstico do setor madeireiro da cidade de
Imperatriz, Maranhão, abordando 16 indústrias da região, sendo todas de processamento
24
3.3.1 Higroscopicidade
O termo ponto de saturação das fibras tem sido previamente definido. Ele
representa a umidade máxima que a madeira pode absorver dos vapores atmosféricos supondo
6
A madeira pode atrair e reter outros tipos de líquidos e gases, mas a água tem uma importância prática muito
grande. Os termos umidade e água são usados sem distinção.
25
que não ocorra condensação. O valor do ponto de saturação pode ser encontrado pela
extrapolação das curvas de adsorção determinada em uma temperatura constante, e umidade
relativas chegando perto de 100%. 7
Diferenças podem ser observadas em uma mesma espécie, dependendo do método
de determinação e outros fatores, tais como conteúdo de extratos, lenho juvenil e lenho tardio,
madeira de tensão e compressão, densidade e temperatura. A presença de extratos reduz o
ponto de saturação das fibras (TSOUMIS, G., 1991). Elevação da temperatura também tem
um efeito de redução, e madeiras de alta densidade mostram um menor ponto de saturação das
fibras, e isso se deve, no mínimo parcialmente, ao efeito crescente de um alto conteúdo de
extrativos na maioria desses tipos de madeira (SKAAR, C., 1972).
O conceito do ponto de saturação das fibras é útil do ponto de vista prático,
devido à maioria das propriedades mudarem quando o conteúdo de umidade da madeira está
abaixo deste ponto. Esta relação permite determinações experimentais do ponto de saturação
das fibras pela medida de certa propriedade (retração, propriedades mecânicas, resistência
elétrica, etc.) (STAMM, 1964) em sucessivamente alto e baixo conteúdo de umidade, até que
essa propriedade pare ou inicie a variar.
7
O controle de umidades relativas muito altas é difícil devido à condensação superficial de vapores, que resulta
na entrada gradual da água liquida dentro das cavidades celulares.
8
Bolhas expandem sob a influência da alta temperatura do ambiente, ou a tensão exercida pelo menisco. Na
madeira de árvores vivas, as cavidades celulares contem ar e somente em certos casos elas podem estar
preenchidas com água. Em madeiras saturadas podem-se formar bolhas de ar quando a taxa de desorção é
26
Figura 3 – Representação esquemática do movimento de água durante a dessorção. (A) Cavidades celulares
estão cheias, mas em f e h há ar nos bulbos (b 1 e b 2 ). A evaporação superficial tem reduzido o nível de água da
linha xy, abaixo da superfície mn (B, C e D). Queda gradual do nível de água (mn) pelo esvaziamento da
cavidades celulares. O menisco formado nas pontuações ajuda a saída de água, que é também empurrada para
fora pelo ar dos bulbos. Se os bulbos não existissem, o colapso poderia ocorrer.
A difusão acontece nas paredes a partir de posições de alta para baixa taxa de
umidade, mas a umidade também se move através das cavidades celulares. Se há uma
diferença na pressão de vapor, a água evapora na próxima cavidade. Ela é presa (e trocada
para liquido) na próxima parede e assim por diante. Sob pressão relativa de vapor igual à zero
praticamente toda umidade é perdida. De qualquer forma, a dessorção não é completa, devido
a certas ligações de hidrogênio que são difíceis de quebrar mesmo sob vácuo e alta
temperatura. Através do método padrão utilizado para determinar o conteúdo de umidade
(colocando a madeira em estufa a 103±2°C), é estimado que uma pequena quantidade de
umidade, menor que 0,5%, permanece fixada (STAMM, 1964).
O processo de adsorção é o reverso da dessorção 9 . A madeira seca, exposta a uma
atmosfera contendo vapor de água, adsorve através de sua superfície. No começo, uma
camada monomolecular é formada, depois uma polimolecular e, se a pressão relativa de vapor
na atmosfera é alta (perto da unidade), a condensação capilar pode acontecer. O movimento
da umidade proveniente do exterior para o interior da madeira é realizada por difusão, como
previamente descrito. Sob baixa pressão relativa de vapor, menor que a unidade, a água
líquida não entra nas cavidades das células, devido ao seu diâmetro ser grande e não permitir
a redução de pressão para níveis necessários para a condensação capilar (TSOUMIS, G.,
1991). Entretanto, se a pressão relativa é próxima da unidade, a condensação pode acontecer
pequena; a saída rápida de água, tais como na secagem em estufa que pode ocorrer colapso pela ação de tensões
de menisco (STAMM, 1964).
9
De acordo com Stamm (1964), acredita-se que a água entra livremente nas regiões amorfas da celulose, onde é
adsorvida pelos grupos de hidroxila disponíveis. Na região cristalina a água é adsorvida somente na superfície
devido o sua inabilidade em penetrar no entrelaçamento das moléculas cristalinas de celulose.
27
mesmo com uma pequena variação de temperatura. Desta forma, a água líquida entra nas
cavidades, acumulada gradualmente, e move-se internamente através de paredes e cavidades
contíguas. Quando a madeira seca é imersa em água, há movimento ativo de água através das
cavidades das células. O longo tempo de imersão resulta na quase completa saturação das
cavidades.
10
A árvore ao ser derrubada apresenta uma grande variabilidade do teor de umidade em relação ao seu peso
seco. Nestas condições, algumas espécies possuem 30%, outras, de a 20-200% em relação a seu peso seco,
significando assim que a massa de água em uma peça pode representar até duas vezes a massa da própria
madeira. À medida que a madeira é exposta ao ambiente, essa umidade tende a diminuir com maior ou menor
facilidade, conforme a estrutura anatômica e as condições ambientais.
28
11
Condensação em capilares ocorre em uma baixa pressão relativa de vapor (umidade relativa) em semelhança a
condensação de grandes volumes de vapor de água. Em adição há uma elevação de água nos capilares devido ao
fenômeno de coesão (entre moléculas de água) e adesão (entre moléculas de água e a substância da madeira), e
pela tensão superficial exercida no menisco; quanto menor diâmetro de capilar, maior elevação de água e a maior
curvatura (e tensão) do menisco.
29
Este é um termo útil na utilização da madeira, como previamente explicado. A umidade retida
na madeira no ponto de saturação das fibras varia entre espécies, mas em média ela é em
torno de 30%.
Em condição saturada, há somente água líquida. A razão básica para a umidade
entrar na massa da madeira é a atração das moléculas de água pelas hidroxilas com fortes
ligações de hidrogênio. A formação destas camadas resulta na separação das cadeias de
moléculas na região amorfa e entre os cristalitos das microfibrilas, de modo que a madeira
começa a inchar. Sob o efeito de forças atrativas secundárias, mais moléculas de água entram
e formam uma camada polimolecular (Fig. 2). Uma parte adicional pode ser introduzida por
condensação capilar nos vazios da parede da célula 12 e pontuações. Depois da saturação das
paredes, a água no estado líquido pode ser também introduzida pelas cavidades celulares
(STAMM, 1964).
Figura 2 – Água na madeira. (A) Camada monomolecular de água ligada a hidroxilas livres de ligações de
moléculas de celulose. (B) Formação gradual de camada monomolecular pela quebra de ligações entre hidroxilas
adjacentes. (C) Camada polimolecular. (D) Representação esquemática de camadas monomolecular e
polimolecular.
12
Espaços vazios, invisíveis muitos das vezes com um microscópio eletrônico, existem nas paredes das células,
mas sua proporção é pequena, em torno de 1 a 5%.
30
A água livre tem sido definida como sendo aquela existente na madeira quando o
seu teor de umidade está acima do ponto de saturação das fibras. O movimento capilar pode
ser definido como sendo aquele controlado por forças de tração determinadas pela tensão
superficial do líquido e pelos raios dos capilares 13 .
Uma vez que a movimentação da água capilar se realiza através das aberturas
naturais, o fator limitante à sua retirada é a permeabilidade da madeira, caracterizada pela
maior ou menor facilidade com que a água escoa através da madeira em uma determinada
direção, e que é afetada pela sua estrutura anatômica.
De modo geral, pode-se dizer que no primeiro estágio de secagem ocorre o
movimento de água livre através das cavidades celulares sob a ação de forças capilares. O
ponto de saturação das fibras situa-se entre 25-35% (SKAAR, C., 1972) de umidade em
relação ao peso seco do material, variando com a espécie, teor de extrativos, temperatura, etc.
Em termos práticos, considera-se como sendo de 30% para todas as espécies.
O ponto de saturação das fibras (PSF) é de grande importância devido às
alterações na resistência mecânica e nas propriedades físicas que ocorrem na madeira a partir
desse ponto. Estas alterações são decorrentes da retirada da água presente nos espaços
submicroscópicos da parede celular, fazendo com que as micelas se aproximem umas das
outras, conferindo- lhes maior rigidez.
A maneira pela qual se considera que água capilar se movimenta na madeira é
descrita por Skaar (1972). O termo capilar refere-se à água na forma líquida, existente nas
cavidades e nas aberturas ligando as cavidades celulares na madeira. A água capilar, portanto,
ocorre somente na madeira, cujo conteúdo de umidade está acima da umidade de saturação ao
ar.
13
As forças capilares são governadas pela equação T=2S/R, a qual estabelece que a tensão capilar T é
diretamente proporcional à tensão superficial S da interface ar/água, e inversamente proporcional ao raio da
curvatura R. A Fig. 2 Ab mostra a superfície capilar da qual o líquido está evaporando para o ar. O raio da
curvatura R é grande nesta etapa e, portanto, a tensão capilar é pequena. Esta tensão ocorre em todo o capilar e
exerce uma tração para dentro sobre as paredes do tubo assim como sobre o menisco da interface ar/água.
Continuando a evaporação, o raio da curvatura decresce até atingir o raio do orifício de evaporação (Fig. 2 Ad).
A tensão máxima ocorre quando o raio evaporante torna-se igual àquele de abertura (Fig. 2 Ac) (GALVÃO,
A.P.M. & JANKOWSKY, I.P., 1985; SKAAR, C., 1972). Em certas circunstâncias, as forças de tensão capilar
podem causar colapso nas células cheias de água, se as aberturas da membrana forem suficientemente pequenas
e a parede celular fraca. Este efeito é mais pronunciado em altas temperaturas, quando a parede celular se torna
bastante enfraquecida (GALVÃO, A.P.M. & JANKOWSKY, I.P., 1985; SKAAR, C., 1972).
31
14
A água higroscópica move-se pelo fenômeno de difusão em consequência dos gradientes de umidade, que se
estabelecem nas paredes celulares ou na madeira, de uma forma geral. A movimentação das moléculas de água,
adsorvidas junto aos grupos OH, de locais de alta para baixa umidade, requer menor quantidade de energia do
que a necessária para o deslocamento em sentido inverso. O vapor d'água move-se na madeira, pelo interior das
cavidades das células e das aberturas que as ligam, através do fenômeno de difusão que ocorre em consequência
de um gradiente de pressão de vapor.
Os coeficientes de difusão aumentam com a temperatura e a umidade e diminuem com a densidade da madeira.
A elevação da temperatura proporciona energia para as moléculas de água, provocando seu deslocamento de um
local de adsorção para outro (SIAU, 1971).
32
A umidade máxima que a madeira pode conter, quando tanto as paredes das
células como as cavidades celulares estão saturadas, depende do espaço avaliado da sua
massa. Este espaço, na sua forma de vazios das cavidades celulares, é praticamente expresso
pela densidade seca. Entretanto, o espaço tomado pela água nas paredes da célula deverá ser
adicionado. O conteúdo de umidade apresenta uma larga variação e, com base na densidade,
ele pode ser calculado com aproximação 15 (TSOUMIS, G., 1991).
A relação do conteúdo de umidade máximo e a densidade é mostrada na Figura 4.
O conteúdo de umidade máximo difere não somente entre espécies, mas também na mesma
espécie, especialmente entre cerne e alburno.
Fonte: 1. Densidade depois de seca (BRANDÃO, AT.O., 1989). 2. Densidade básica (BROTERO, F. A., 1941).
15
O conteúdo de umidade pode ser calculado, com aproximação, seguindo as relações (TSOUMIS, G., 1991):
- YMDC = 100 ((rw -R)/ rw R) = 100 (1/R -0,67);
do máximo possível de vapor, e 100% que o ar está saturado. A umidade absoluta é uma medida da massa de
vapor em uma unidade de volume. Relacionado à umidade relativa é a chamada pressão relativa de vapor. É a
taxa de pressão de vapor contido em certo volume do espaço em certa temperatura, para a pressão de vapor
saturado na mesmo temperatura. A pressão de vapor relativa multiplicada por 100 é igual à umidade relativa.
17
De acordo com Skaar (1972) os seguintes fatores influem na umidade de equilíbrio da madeira: umidade
relativa, temperatura, espécie da madeira e extrativos, a história da exposição, tensões mecânicas e radiação. A
umidade relativa e a temperatura são, entretanto, os fatores que predominam.
18
Embora a celulose seja insolúvel em água, possui grande afinidade com esta. Quando seca, ela adsorve a
umidade do ar até alcançar um equilíbrio com a atmosfera; a quantidade de água é progressivamente aumentada.
Se a adsorção é elevada até o ponto de saturação e a umidade relativa do ar é progressivamente diminuída, a
quantidade de água adsorvida também decresce de forma progressiva, os novos valores de equilíbrio, para uma
dada umidade relativa do ar são ligeiramente mais altos do que os para a curva de adsorção. Este fenômeno é
conhecido como histerese (BROWNING, B. L., 1963; FENGEL, Dietrich & WEGENER, Gerd., 1989; IPT,
1988).
34
Figura 5 – Isotérmicas da umidade de sorção para basswood (32ºC), a, dessorção inicial; b, adsorção; c,
dessorção seguida de secagem e saturação.
Figura 6 – Direção axial (A), tangencial (T) e radial (R), no tronco e na madeira serrada.
Tabela 1 – Retração.
Direção A B C
Axial 0,4 (0,1-0,6) - -
Radial 4,3 (2,3-6,8) 3,7 (2,1-5,1) 4,9 (3,0-7,9)
Tangencial 8,2 (6,0-11,8) 6,8 (4,4-9,1) 8,9 (6,2-12,7)
Volumétrico 12,9 (8,5-18,8) 10,6 (6,8-14,0) 14,2 (10,2-19,2)
Fonte: Tsoumis, G. (1991).
Nota: Valores médios e variação (em parênteses). A - espécies europeias. B e C - espécies norte americanas
(softwood e hardwood, respectivamente).
A retração e o inchamento da madeira são afetados por muitos fatores, tais como
umidade, densidade, estrutura anatômica, extrativos, composição química e tensões
mecânicas. A densidade, a estrutura, os extrativos e a composição química têm diferente
efeito sobre as espécies de madeira.
3.3.2.1.1 Umidade
19
Linearmente, pode ser afetado pela densificação da água presa nas paredes celulares, mas o efeito é
desprezível; a densificação de tais águas foi calculada ser 1,67% ou 1,014 g/cm3 (TSOUMIS, G., 1991). É digno
de nota que durante adsorção de vapor proveniente da atmosfera, em torno da metade ou do total do inchamento
acontece na umidade relativa, variando de 0-80%, e o resto entre 86-100% (TSOUMIS, G., 1991).
37
Figura 7 – Relações de inchamento e teor de umidade em madeira de faia (beech). A área axuriada é a região do
ponto de saturação das fibras.
Fonte: (BRANDÃO, AT.O., 1989) axial, (BROTERO, F. A., 1941) radial, (BROWNING, B. L., 1963)
tangencial, (DURAND. P. Y., 1985) volumétrico.
3.3.2.1.2 Densidade
3.3.2.1.3 Estrutura
3.3.2.1.4 Extrativos
20
Esta influência dos extrativos é evidente na temperatura ambiente. Em altas temperaturas, como aplicadas em
secagem em estufa, madeiras com um alto teor de extrativos mostram alta retração e estão sujeitas a colapso
(SIAU, 1971).
39
além disso, seu conteúdo é reduzido com o aumento da densidade (TSOUMIS, G., 1991).
Hardwoods retraem mais do que as softwoods, em madeiras de similar densidade, e isso é
atribuído ao baixo conteúdo de lignina das hardwoods (TSOUMIS, G., 1991) (na média, em
torno de menos de 20%). A relativamente baixa retração de certas madeiras, tais como teak, é
devida a extrativos, mas tem sido também atribuída ao baixo conteúdo de hemicelulose
hidrolizada.
21
Inchamento cria pressões fortes, que aumentam com o aumento da densidade (SKAAR, C., 1972). A pressão
da madeira de compressão de Pinus foi encontrada 460% maior na direção longitudinal e 40% maior na direção
transversal em comparação com a madeira de pinus de estrutura normal.
22
Se a madeira adsorve umidade durante baixa compressão, o inchamento externo é reprimido, e o inchamento,
ao invés, ocorre internamente, reduzindo o volume das cavidades das células.
40
Esta pequena magnitude é devido ao pequeno desvio ao paralelismo. Grandes desvios (e.g.
em compressão ou madeira juvenil) contribuem para aumentar a retração e o inchamento
(Figura 9) (TSOUMIS, G., 1991).
comprimento (raios longos). Por outro lado, em outras espécies, raios e madeira (basswood),
ou madeira com ou sem raios (pinus), mostraram similar retração. O efeito restritivo dos raios
é atribuído à direção das microfibrilas nas paredes de suas células parenquimáticas. Tais
microfibrilas são, em sua grande parte, paralelas ao comprimento das células, como acontece
em outros tipos de células (TSOUMIS, G., 1991). A decisiva influência dos raios é
questionada, de qualquer forma, se tal influência existiu, madeiras com um conteúdo alto de
raios deveriam exibir uma grande diferença de retração radial e tangencial - que não é o caso.
Todavia, uma relação entre retração e o número de raios tem sido observada, especialmente
em hardwoods (TSOUMIS, G., 1991).
Outro fator que é considerado para produzir uma baixa retração radial,
principalmente em softwoods, é o desvio das microfibrilas causado pela presença de um
grande número de pontuações na parede radial dos traqueídeos axiais. Todavia, a magnitude
de tais desvios não explica as diferenças existentes entre a retração radial e tangencial
(TSOUMIS, G., 1991). A diferença na densidade entre lenho juvenil e tardio é também
considerada uma causa da anisotropia (TSOUMIS, G., 1991). O lenho tardio retrai e incha
mais devido sua alta densidade - acima de 3,5 vezes. Portanto, isso tem um efeito
predominante, causando a ligação do lenho juvenil para seguir a mesma tendência. Devido
aos anéis de crescimento terem um arranjo tangencial, retrações tangenciais tornam-se
grandes. Esta explicação é aplicável especialmente para madeiras com pronunciadas
diferenças de densidade entre lenho juvenil e lenho tardio. Todavia, muitas espécies (com
poros difusos) exibem uma retração tangencial maior que a radial, embora elas não tenham
tais diferenças.
De acordo com outro ponto de vista, retração e inchamento são influenciados pela
lamela média, que é feita de lignina e substâncias pectinas. Tem sido observado que a
remoção parcial de lignina causa um aumento de retração. Isso é fácil de explicar, devido aos
espaços ocupados pela lignina estarem ocos, e seu lugar é ocupado pela água. O efeito é
similar aos dos extrativos, mas deverá ser notado que as substâncias pectinas remanescentes
podem inchar menos. O aumento da retração causada pela remoção da lignina mostrou-se
maior na direção radial, e isso foi experimentalmente verificado (TSOUMIS, G., 1991). O
efeito da lignina é maior nas madeiras de baixa densidade. Por outro lado, em madeiras de alta
densidade, a retração é também influenciada pela espessura das paredes das células.
42
23
A inclinação da grã é a medida de desvio dos tecidos componentes da madeira em relação ao eixo longitudinal
da peça. Se uma peça contendo tecidos axiais em um determinado ângulo do eixo longitudinal é sujeita aos
esforços de tração ou compressão, o efeito dos componentes da força acompanha a direção da grã e a madeira se
torna mais fraca nesta direção do que ao longo do eixo longitudinal da peça. A inclinação excessiva da grã torna
a madeira mais frágil e aumenta sua tendência para o empenamento com a variação no teor de umidade
(KOLLMANN, F. F. P. & COTÊ JR, W. A., 1968). A orientação da grã (excluindo-se os nós) e a massa
especifica são responsáveis pela maior parte da variação da resistência da madeira.
24
A dificuldade de controlar a retração e o inchamento é devido à imensa superfície interna da madeira (área de
contato com agentes de inchamento). A superfície interior de inchamento de madeiras limpas tem sido calculada
de aproximadamente 250m2 /g, geralmente, os valores para madeira estão em torno de 1000 vezes a superfície
microscopicamente visível (SKAAR, C., 1972).
25
Quase todas as propriedades mecânicas da madeira têm seus valores aumentados com o decréscimo no teor de
umidade abaixo do ponto de saturação das fibras, sendo que esse efeito se deve à contração da peça, pois, ao se
remover a umidade, as unidades estruturais (microfibrilas) se aproximam, aumentando significativamente a
quantidade de ligações por meio de pontes de hidrogênio (STAMM, 1964). Acima do ponto de saturação das
fibras, as mudanças no conteúdo de umidade não têm efeitos aparentes sobre a resistência da madeira
(KOLLMANN, F. F. P. & COTÊ JR, W. A., 1968). O aumento da resistência da madeira com o decréscimo no
teor de umidade pode ser considerado resultado tanto do fortalecimento e rigidez dos elementos estruturais da
madeira como da sua compactação, devido o encolhimento que acompanha a perda de água.
26
Os tratamentos aplicados para madeira a fim de reduzir a retração anisotrópica modifica outras propriedades
também, neste caso, o produto é algumas vezes chamado de madeira modificada.
45
3.4.1 Marchetaria
27
Na França tanto as técnicas que envolvem embutir ornamentos como as de sobreposição são definidas
unicamente como “marqueterie”, não há distinção entre intarsia e a marchetaria (AMERICAN MARQUETRY
SOCIETY, 2007).
28
Madeira é o material mais consagrado nas técnicas de decoração, porém os artistas também usavam prata,
madrepérola, casco de tartaruga e até mesmo vidro ou azulejo (THE MARQUETRY SHACK, 2013).
46
Figura 10 – Escrivaninha criada por Jean Henri Figura 11 – Armário Oyster (1680-1700), o
Riesener em 1790, atualmente está exposta no Frick fabricante é desconhecido, permanece exposto no
Museum em Nova York. (marchetaria em Freixo, Rijks museum em Amsterdam. (marchetaria em
Tulipeiro e Campeche). Carvalho, Cedro e Oliveira).
No entanto foi através de André-Charles Boulle que o oficio tornou-se famoso, ele
utilizava em seus projetos materiais exóticos, tais como latão, estanho, marfim, casco de
tartaruga e madeira (EDWARDS, 1993). Esse procedimento foi desenvolvido inicialmente na
47
Figura 12 – Cômoda criada por André- Figura 13 – Caixa criada por André-Charles
Charles Boulle, de 1705 - 1715. (marchetaria Boulle, de 1675 - 1680. (marchetaria com
com Carvalho revestido em Campeche e Carvalho revestido em diversas madeiras,
Bronze). Bronze, Chifre e Estanho).
Fonte: The J. Paul Getty Museum (2002) Fonte: The J. Paul Getty Museum (2002)
diferentes, e em seguida essas peças eram colocadas dentro do vão formado nos folheados das
outras espécies.
Figura 14 – Mesa holandesa criada no estilo Figura 15 –Tuilpe de l’est (1900) de Émile Gallé,
francês em 1680, exposto em Victoria and Art Nouveau. (marchetaria em Carvalho e
Albert Museum. (marchetaria em Jacarandá Pearlwood).
asiático e Ébano).
Figura 16 – Armário criado por Emile Figura 17 – Baú criado por Raymond Dominique e Eric
Jacques Ruhlmann, em 1923, Art Déco. Sanson, Período Contemporâneo. (marchetaria em
(marchetaria em Marfim e Ébano). Jacarandá-violeta, Jacarandá de Madagascar e Latão).
3.4.2 Parquetaria
A parquetaria 29 é a arte de criar padrões geométricos com madeiras de cores diferentes, essas
devem possuir corte preciso e idêntico, para garantir a uniformidade da sua repetição na peça
(TAYLOR, 2003; SEDGWICK, 2013). As formas criadas geralmente são construídas a partir
de quadrados, triângulos e diamantes (SEDGWICK, 2013). Exemplos de formatos de
desenhos que podem ser obtidos com as peças de parquetaria aplicadas na pavimentação 30
estão demonstrados na Figura 18.
29
A marchetaria e a parquetaria são formas de revestimentos da superfície com padrões decorativos montados a
partir de peças de madeiras. Parquetaria consiste em arranjos com padrões puramente geométricos, já a
marchetaria é composta por formas mais curvas e naturalistas (EDWARDS, 1993).
30
A técnica de parquetaria que utiliza peças mais pesadas na decoração de pavimentos é descrita como “Parquet”
(TAYLOR, 2003).
50
Figura 19 - Parquet Versailles criado por Figura 20 – Boudoir no Winter Palace em São
Sebastiano Serlio e Andrea Palladio no Petersburgo.
século 16. Esse estilo de parquet tornou-se
padrão nos quartos dos castelos franceses.
Na mesma época este oficio foi introduzido na Inglaterra pela rainha Henrietta
Maria. Filha do rei Henrique IV da França, fez Somerset House sua residência oficial por
volta de 1620, e casou-se em 1627 com Charles I. Contratou Inigo Jones para supervisionar a
reconstrução e decoração da sua casa (Figura 21-22). Até aquele momento, os pisos nas casas
de campo inglesas e dos palácios reais eram feitos de pedra ou tabua (DEJEAN, 2009;
FAWCETT, 2007).
Figura 21 – Layout do parquet utilizado Figura 22 – Cômoda criada em Londres 1772, por
nos quartos em Somerset House, Beck e Christopher Fuhrlogh. (marchetaria em
Londres, 1661-62. Mogno, Tulipeiro, Nogueira e outras madeiras).
31
Área no meio do caminho entre os andares onde ocorre a mudança de direção da escada.
51
de 22 Hanover Square (exposto no Victoria and Albert Museum), são ótimos exemplos da
elaboração dos pisos parquet da época. Os trabalhos da marchetaria e parquetaria foram
desestimulados, com a popularização do uso de tapetes a partir de 1725. Já na última parte do
século 18, a intarsia foi utilizada como uma demarcação para os tapetes, incentivando
novamente a produção de trabalhos nesse ramo. Em 1837 essa arte estava de volta à moda e
no final do século era parte dominante da arquitetura. Como demonstrado no Blackpool’s
opulent tower ballroom, projetado pelo arquiteto Frank Matcham, e inaugurado para o público
geral em 1899 (WELDON, 2006).
O chão em parquet inicialmente estava disponível apenas para os ricos, isso
começou a mudar no final do século 19 com a produção de pisos de madeira “macho e
fêmea”, embora fossem muito ineficientes, pois tinham uma camada de desgaste com apenas
3 mm. A ideia de criar um piso em parquet durável a um preço acessível surgiu em 1970, com
Anatoli Efros na União Soviética. Foi em 1975, nos Estados Unidos, que Efros após 25 anos
de pesquisa conseguiu realizar sua meta, e criou um piso parquet com qualidade excelente e
bastante durável, quando utilizado com os acabamentos corretos (ATFA, 2013).
Figura 31 – Mesa com módulo Baru em Figura 32 – Mesa com módulo Indígena em marupá,
Muirapiranga, Marupá, Muiracatiara-rajada e goiabão e muiracatiara-rajada.
Linheiro marfim.
4 MATERIAIS E MÉTODOS
4.1 Materiais
Tabela 2 – Densidade
Classificação da Densidade
Muito leve D ≤ 0,40
Leve 0,40 < D ≤ 0,55
Moderadamente Pesada 0,55 < D ≤ 0,75
Pesada 0,75 < D ≤ 0,95
Muito Pesada 0,95 < D
Fonte: IPT
32
O coeficiente de retratibilidade volumétrica é obtido por: δ v = (ΔV)/U, onde:
- ΔV é a retração volumétrica, dada por: (Vu - Vseco ).100;
Vseco
- U é o teor de umidade no instante do ensaio, expresso em %;
- Vu é o volume do corpo de prova com U% de umidade, expresso em cm3 ;
- Vseco é o volume do corpo de prova a 0% de umidade, expresso em cm3 .
55
4.2 Métodos
33
A densidade aparente é a relação entre a massa e o volume da madeira, determinada nas mesmas condições de
umidade, nesse caso considera-se a porosidade do material (espaços vazios). Ela é calculada pela divisão entre a
massa aparente (madeira + umidade) e o volume aparente (madeira + umidade + ar), dada por: Dap = map /v ap .
56
5 RESULTADOS E DISCUSSÕES
5.1 Brinquedos
5.2 Embalagens
5.3 Esquadrias
5.4 Mobiliário
Tabela 6 – Características físicas e mecânicas das madeiras brasileiras para brinquedos: Madeiras leves.
PROPRIEDADES FÍSICAS
DENSIDADE CONTRAÇÕES
ITEM NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA Coeficiente de
Aparente a Radial Tangencial Volumétrica
Retratibilidade
15% (g/cm³) (%) (%) (%)
Volumétrica (%)
1 Macacarecuia Couropita guianensis Aubl. Lecythidaceae 0,42 3,20 6,30 9,80 -
2 Tapiá / Caixeta Alchornea triplinervia (Spreng) Muell. Arg. Euphorbiaceae 0,44 2,30 6,10 9,50 0,33
3 Pinho-bravo Podocarpus lambertii Kl. Podocarpaceae 0,45 2,70 6,70 10,60 0,38
4 Caixeta Simarouba versicolor St. Hill. Simaroubaceae 0,48 3,10 6,70 10,70 0,43
5 Sangue-de-drago Croton echinocarpus Muell. Arg. Euphorbiaceae 0,49 2,50 6,40 9,60 0,40
6 Boleiro Joannesia princeps Vell. Euphorbiaceae 0,49 3,00 6,50 10,90 0,44
7 Jacarandá-mimoso Jacaranda acutifolia (R. Br.) H. B. Bignoniaceae 0,52 3,30 6,00 10,90 0,40
8 Canela-ferrugem Nectandra rigida Nees Lauraceae 0,54 3,90 6,70 11,60 0,47
9 Peroba-d'água-amarela Tetrorchidium rubrivenium & Endl. Euphorbiaceae 0,46 3,20 7,20 11,70 0,41
10 Ucuúba-branca Virola surinamensis (Rol.) Warb. Myristicaceae 0,48 4,70 7,00 11,60 0,41
11 Pau-pombo Tapirira guianensis Aubl. Anacardiaceae 0,51 2,90 7,30 11,70 0,42
12 Pinho-do-paraná Araucaria angustifolia (Bert.) O. Kuntze. Araucariaceae 0,55 4,00 7,80 13,20 0,52
60
Tabela 7 – Características físicas e mecânicas das madeiras brasileiras para brinquedos: Madeiras moderadamente pesadas.
PROPRIEDADES FÍSICAS
DENSIDADE CONTRAÇÕES
ITEM NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA Coeficiente de
Aparente a Radial Tangencial Volumétrica
Retratibilidade
15% (g/cm³) (%) (%) (%)
Volumétrica (%)
1 Baguaçu Talauma ovata St. Hill. Magnoliaceae 0,56 3,90 9,40 14,40 0,50
2 Grubixá Micropholis sp Sapotaceae 0,70 4,40 8,80 15,40 0,62
3 Jacarandá-branco Jacaranda semiserrata Cham. Bignoniaceae 0,57 3,40 11,10 20,80 0,41
Chrysophyllum viride Mart. et Eichl. ex.
4 Coerana Sapotaceae 0,70 4,30 11,20 17,10 0,59
Miq.
EMBALAGENS
Tabela 8 – Características físicas e mecânicas das madeiras brasileiras para embalagens: Madeiras muito leves.
PROPRIEDADES FÍSICAS
DENSIDADE CONTRAÇÕES
ITEM NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA Coeficiente de
Aparente a Radial Tangencial Volumétrica
Retratibilidade
15% (g/cm³) (%) (%) (%)
Volumétrica (%)
1 Guapuruvu Schizolobium parahyba (Vell.) Blake Caesalpiniaceae 0,32 1,80 5,50 8,40 0,32
2 Sumaúma Ceiba pentandra (L.) Gaertn. Bombacaceae 0,37 3,20 5,50 9,10 0,35
3 Caixeta Tabebuia cassinioides (Lam.) Bignoniaceae 0,39 3,30 5,90 10,00 0,34
4 Faveira Parkia sp Mimosaceae 0,34 2,50 6,50 9,40 0,37
Pseudobombax grandiflorum (Cav) A.
5 Imbiruçu Bombacaceae 0,39 3,80 6,90 13,90 0,37
Robyns
61
Tabela 9 – Características físicas e mecânicas das madeiras brasileiras para embalagens: Madeiras leves.
PROPRIEDADES FÍSICAS
DENSIDADE CONTRAÇÕES
ITEM NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA Coeficiente de
Aparente a Radial Tangencial Volumétrica
Retratibilidade
15% (g/cm³) (%) (%) (%)
Volumétrica (%)
1 Macacarecuia Couropita guianensis Aubl. Lecythidaceae 0,42 3,20 6,30 9,80 -
2 Tapiá / Caixeta Alchornea triplinervia (Spreng) M uell. Arg. Euphorbiaceae 0,44 2,30 6,10 9,50 0,33
3 Pinho-bravo Podocarpus lambertii Kl. Podocarpaceae 0,45 2,70 6,70 10,60 0,38
4 Caixeta Simarouba versicolor St. Hill. Simaroubaceae 0,48 3,10 6,70 10,70 0,43
5 Sangue-de-drago Croton echinocarpus Muell. Arg. Euphorbiaceae 0,49 2,50 6,40 9,60 0,40
6 Boleiro Joannesia princeps Vell. Euphorbiaceae 0,49 3,00 6,50 10,90 0,44
7 Jacarandá-mimoso Jacaranda acutifolia (R. Br.) H. B. Bignoniaceae 0,52 3,30 6,00 10,90 0,40
8 Caju-açu Anacardium giganteum Hanc. Ex. Engl. Anacardiaceae 0,52 3,40 6,30 10,30 0,43
9 Cedro Cedrela sp Meliaceae 0,53 4,00 6,20 11,60 0,40
10 Canela-ferrugem Nectandra rigida Nees Lauraceae 0,54 3,90 6,70 11,60 0,47
11 Peroba-d'água-amarela Tetrorchidium rubrivenium & Endl. Euphorbiaceae 0,46 3,20 7,20 11,70 0,41
12 Ucuúba-branca Virola surinamensis (Rol.) Warb. Myristicaceae 0,48 4,70 7,00 11,60 0,41
13 Pau-pombo Tapirira guianensis Aubl. Anacardiaceae 0,51 2,90 7,30 11,70 0,42
14 Juerana Macrosamanea pedicellaris Kleinh. Mimosaceae 0,53 3,00 7,20 12,20 0,49
15 Pinho-do-paraná Araucaria angustifolia (Bert.) O. Kuntze. Araucariaceae 0,55 4,00 7,80 13,20 0,52
16 Pau-sangue Pterocarpus violaceus Vog. Fabaceae 0,55 3,90 8,20 17,90 0,51
17 Mandioqueira Didymopanax morototoni Decne et. Planch. Araliaceae 0,55 4,20 8,60 17,20 0,50
18 Abobreiro Neea sp Nyctaginaceae 0,52 5,10 9,50 17,30 0,60
19 Mandioqueira Didymopanax calvum Decne & Planch Araliaceae 0,52 5,60 9,60 18,20 0,49
62
Tabela 10 – Características físicas e mecânicas das madeiras brasileiras para embalagens: Madeiras moderadamente pesadas.
PROPRIEDADES FÍSICAS
DENSIDADE CONTRAÇÕES
ITEM NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA Coeficiente de
Aparente a Radial Tangencial Volumétrica
Retratibilidade
15% (g/cm³) (%) (%) (%)
Volumétrica (%)
1 Faveira-bolota Parkia pendula Benth. Mimosaceae 0,57 2,40 7,10 9,90 0,42
Cedrinho /
2 Erisma uncinatum Warm. Vochysiaceae 0,59 3,30 7,70 12,50 0,45
Quarubarana
3 Ingá-chi-chi Inga alba (Sw.) Willd. Mimosaceae 0,63 3,20 7,00 11,90 0,48
4 Faveira-vermelha Dimorphandra sp Caesalpiniaceae 0,64 3,90 7,00 12,10 0,49
5 Canjerana Cabralea canjerana Sald. Meliaceae 0,67 3,60 7,00 11,60 0,46
6 Canela-branca Cryptocarya moschata (Nees & M art.) M ez. Lauraceae 0,58 3,30 8,80 13,10 0,47
7 Guacá Ecclinusa sp Sapotaceae 0,62 3,40 8,60 12,80 0,49
8 Jacareúba Calophyllum brasiliense Camb. Clusiaceae 0,62 5,60 8,70 16,90 0,56
9 Paçuaré Sclerolobium sp Caesalpiniaceae 0,63 2,50 8,30 12,80 0,48
10 Açoita-cavalo Luehea divaricata Mart. Tiliaceae 0,64 3,50 8,30 12,40 0,46
11 Arariba Sickingia sp Rubiaceae 0,64 3,00 8,90 11,80 0,50
12 Tauari Couratari cf. oblongifolia Ducke Lecythidaceae 0,66 4,60 8,00 13,80 0,55
13 Pau-d'alho Gallesia gorazema (Vell.) Moq. Phytolaccaceae 0,66 3,80 8,70 14,60 0,54
14 Amapá Brosimum parinarioides Ducke Moraceae 0,68 5,00 8,70 14,70 0,58
15 Baguaçu Talauma ovata St. Hill. Magnoliaceae 0,56 3,90 9,40 14,40 0,50
16 Limão-bravo Seguieria langsdorffii Brig. Phytolaccaceae 0,59 5,70 9,50 18,00 0,51
17 Capixingui Croton floribundus Spreng. Euphorbiaceae 0,60 3,20 9,00 14,00 0,53
18 Barriga-d'água Hidrogaster trinerve Kuhlmann Tiliaceae 0,63 3,40 9,10 13,40 0,52
19 Bicuíba-branca Virola sp Myristicaceae 0,56 5,70 10,30 17,80 0,64
20 Guanandi Calophyllum brasiliense Camb. Clusiaceae 0,62 5,20 10,50 17,00 0,48
Sangue-de-boi /
21 Hieronyma alchorneoides Fr. Allem. Euphorbiaceae 0,69 5,20 11,40 18,50 0,50
Urucurana
22 Coerana Chrysophyllum viride M art. et Eichl. ex. M iq. Sapotaceae 0,70 4,30 11,20 17,10 0,59
63
Tabela 11 – Características físicas e mecânicas das madeiras brasileiras para embalagens: Madeiras pesadas.
PROPRIEDADES FÍSICAS
DENSIDADE CONTRAÇÕES
ITEM NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA Coeficiente de
Aparente a Radial Tangencial Volumétrica
Retratibilidade
15% (g/cm³) (%) (%) (%)
Volumétrica (%)
1 Cupiúba Goupia glabra Aubl. Goupiaceae 0,87 4,80 9,10 16,10 0,62
2 Cega-olho Pachystroma illicifolium Muell. Arg. Euphorbiaceae 0,80 4,50 9,20 14,20 0,53
3 Melancieira Alexa grandiflora Ducke Fabaceae 0,80 5,10 9,70 15,50 0,60
4 Canela-sassafrás Ocotea pretiosa (Nees) Mez. Lauraceae 0,76 4,10 11,00 16,00 0,47
5 Pau-ripa Moriri cf. chamissoana Cogn. Melastomataceae 0,81 6,20 11,20 18,20 0,62
ESQUADRIAS
Tabela 12 – Características físicas e mecânicas das madeiras brasileiras para esquadrias: Madeiras moderadamente pesadas.
PROPRIEDADES FÍSICAS
DENSIDADE CONTRAÇÕES
ITEM NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA Coeficiente de
Aparente a Radial Tangencial Volumétrica
Retratibilidade
15% (g/cm³) (%) (%) (%)
Volumétrica (%)
1 Guariúba Clarisia racemosa R. & Pav. Moraceae 0,56 2,20 4,40 7,30 0,40
2 Mogno / Aguano Swietenia macrophylla King. Meliaceae 0,63 3,20 4,50 8,60 0,39
3 Freijó Cordia goeldiana Huber Boraginaceae 0,59 3,20 6,70 9,10 0,48
4 Louro-preto Ocotea sp Lauraceae 0,63 2,60 6,60 10,60 0,48
5 Imbuia Ocotea porosa (Nees ex. Mart.) Barroso Lauraceae 0,65 2,70 6,30 9,80 0,40
6 Angelim-araroba Vataireopsis araroba (Aguiar) Ducke Fabaceae 0,68 4,60 6,50 11,00 0,58
7 Copaíba Copaifera cf. lagsdorffii Caesalpiniaceae 0,70 4,10 6,70 11,50 0,49
8 Candeia / Cambará Moquinia polymorpha (Less.) DC. Compositae 0,75 4,00 6,80 12,60 0,45
9 Canjerana Cabralea canjerana Sald. Meliaceae 0,67 3,60 7,00 11,60 0,46
10 Andiroba Carapa guianensis Aubl. Meliaceae 0,72 4,30 7,40 13,40 0,50
64
Tabela 13 – Características físicas e mecânicas das madeiras brasileiras para esquadrias: Madeiras pesadas.
PROPRIEDADES FÍSICAS
DENSIDADE CONTRAÇÕES
ITEM NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA Coeficiente de
Aparente a Radial Tangencial Volumétrica
Retratibilidade
15% (g/cm³) (%) (%) (%)
Volumétrica (%)
1 Sucupira-açu Diplotropis incexis Rizz. & Matt. Fabaceae 0,80 4,40 5,60 10,20 0,60
2 Taiúva / Amoreira Chlorophora tinctoria (L.) Gaud. Moraceae 0,88 2,30 4,30 7,20 0,44
Jacarandá-pardo /
3 Machaerium villosum Vog. Fabaceae 0,85 2,90 6,90 11,20 0,50
Jacarandá-paulista
4 Canafístula Cassia ferruginea Schrad Caesalpiniaceae 0,87 2,70 6,00 9,70 0,50
5 Caviúna / Pau-ferro Machaerium scleroxylon Tul. Fabaceae 0,88 2,90 6,70 10,60 0,52
6 Faveiro Pterodon pubescens Benth. Fabaceae 0,94 3,50 6,80 12,00 0,63
Cabriúva-vermelha /
7 Myroxylon balsamum (L.) Harms. Fabaceae 0,95 4,00 6,70 11,00 0,52
Bálsamo
8 Louro-pardo Cordia trichotoma (Vell.) Arrab. Boraginaceae 0,78 4,60 7,50 12,90 0,55
9 Peroba-rosa Aspidosperma polyneuron Muell. Arg. Apocynaceae 0,79 4,00 7,80 13,10 0,57
10 Guarucaia Peltophorum vogelianum Walp Caesalpiniaceae 0,80 3,70 7,90 12,50 0,50
Sacambu /
11 Platymiscium floribundum Vog. Fabaceae 0,89 3,90 7,20 11,20 0,53
Jacarandá-do-litoral
12 Cabriúva-parda Myrocarpus frondosus Fr. Allem. Fabaceae 0,91 3,60 7,40 12,80 0,55
13 Copaíba Copaifera cf. reticulata Leguminosae 0,78 4,20 8,10 12,50 0,52
14 Guaiuvira Patagonula americana L. Boraginaceae 0,78 4,30 8,20 13,20 0,59
15 Pelada Terminalia januarensis D.C. Combretaceae 0,79 4,00 8,00 12,20 0,58
65
Tabela 14 – Características físicas e mecânicas das madeiras brasileiras para esquadrias: Madeiras muito pesadas.
PROPRIEDADES FÍSICAS
DENSIDADE CONTRAÇÕES
ITEM NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA Coeficiente de
Aparente a Radial Tangencial Volumétrica
Retratibilidade
15% (g/cm³) (%) (%) (%)
Volumétrica (%)
1 Itaúba-preta Mezilaurus itauba (Meissn.) Taub. Lauraceae 0,96 2,30 6,70 12,10 0,51
2 Muiracatiara Astronium leicointei Ducke Anacardiaceae 0,97 3,33 6,28 11,19 0,49
3 Ipê-roxo / Ipê-una Tabebuia impetiginosa (Mart.) Standl. Bignoniaceae 0,96 4,30 7,20 11,40 0,54
4 Jatoba / Jataí Hymenaea stilbocarpa Ducke Caesalpiniaceae 0,96 3,10 7,20 10,70 0,54
Sucupira-amarela /
5 Ferreirea spectabilis Fr. Allem. Fabaceae 0,99 4,10 7,00 12,80 0,63
Guaiçara
6 Braúna-preta Melanoxylon brauna Schott Caesalpiniaceae 1,05 3,60 7,40 10,50 0,50
MOBILIÁRIO
Tabela 15 – Características físicas e mecânicas das madeiras brasileiras para mobiliário: Madeiras leves.
PROPRIEDADES FÍSICAS
DENSIDADE CONTRAÇÕES
ITEM NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA Coeficiente de
Aparente a Radial Tangencial Volumétrica
Retratibilidade
15% (g/cm³) (%) (%) (%)
Volumétrica (%)
1 Jequitibá-rosa Cariniana legalis (Mart.) O. Kuntze. Lecythidaceae 0,53 3,00 5,70 9,80 0,40
2 Louro-amarelo Ocotea sp Lauraceae 0,54 2,60 5,60 8,90 0,39
3 Pau-pombo Tapirira guianensis Aubl. Anacardiaceae 0,51 2,90 7,30 11,70 0,42
4 Juerana Macrosamanea pedicellaris Kleinh. Mimosaceae 0,53 3,00 7,20 12,20 0,49
66
Tabela 16 – Características físicas e mecânicas das madeiras brasileiras para mobiliário: Madeiras moderadamente pesadas.
PROPRIEDADES FÍSICAS
DENSIDADE CONTRAÇÕES
ITEM NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA Coeficiente de
Aparente a Radial Tangencial Volumétrica
Retratibilidade
15% (g/cm³) (%) (%) (%)
Volumétrica (%)
Oiticica-amarela /
1 Clarisia racemosa R. & Pav. Moraceae 0,56 2,20 4,40 7,30 0,40
Guariúba
2 Mogno / Aguano Swietenia macrophylla King. Meliaceae 0,63 3,20 4,50 8,60 0,39
3 Freijó Cordia goeldiana Huber Boraginaceae 0,59 3,20 6,70 9,10 0,48
Amburana /
4 Amburana cearensis Fr. Allem. Fabaceae 0,60 2,90 6,20 9,30 0,45
Cerejeira
5 Louro-preto Ocotea sp Lauraceae 0,63 2,60 6,60 10,60 0,48
6 Imbuia Ocotea porosa (Nees ex. Mart.) Barroso Lauraceae 0,65 2,70 6,30 9,80 0,40
7 Faveira-vermelha Dimorphandra sp Caesalpiniaceae 0,64 3,90 7,00 12,10 0,49
8 Grumixava Micropholis gardnerianum (A.C.) Pierre Sapotaceae 0,65 3,90 7,90 13,00 0,49
9 Canjerana Cabralea canjerana Sald. Meliaceae 0,67 3,60 7,00 11,60 0,46
10 Copaiba Copaifera multijuga Hayne Caesalpiniaceae 0,69 3,80 7,10 13,40 0,50
11 Andiroba Carapa guianensis Aubl. Meliaceae 0,72 4,30 7,40 13,40 0,50
Ipê-peroba / Peroba-
12 Paracetoma peroba (Record.) Kuhl. Bignoniaceae 0,73 4,00 7,00 11,70 0,55
de-campos
13 Guacá Ecclinusa sp Sapotaceae 0,62 3,40 8,60 12,80 0,49
14 Paçuaré Sclerolobium sp Caesalpiniaceae 0,63 2,50 8,30 12,80 0,48
Louro-inamuí/
15 Ocotea cymbarum H. B. K. Lauraceae 0,66 3,90 8,10 13,60 0,52
louro-cravo
67
Tabela 17 – Características físicas e mecânicas das madeiras brasileiras para mobiliário: Madeiras pesadas.
PROPRIEDADES FÍSICAS
DENSIDADE CONTRAÇÕES
ITEM NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA Coeficiente de
Aparente a Radial Tangencial Volumétrica
Retratibilidade
15% (g/cm³) (%) (%) (%)
Volumétrica (%)
1 Araribá Centrolobium robustum (Vell.) Mart. Fabaceae 0,79 3,10 5,80 9,70 0,49
2 Sucupira-açu Diplotropis incexis Rizz. & Matt. Fabaceae 0,80 4,40 5,60 10,20 0,60
Jacarandá-pardo /
3 Machaerium villosum Vog. Fabaceae 0,85 2,90 6,90 11,20 0,50
Jacarandá-paulista
4 Canafístula Cassia ferruginea Schrad Caesalpiniaceae 0,87 2,70 6,00 9,70 0,50
5 Caviúna / Pau-ferro Machaerium scleroxylon Tul. Fabaceae 0,88 2,90 6,70 10,60 0,52
6 Louro-pardo Cordia trichotoma (Vell.) Arrab. Boraginaceae 0,78 4,60 7,50 12,90 0,55
7 Peroba-rosa Aspidosperma polyneuron Muell. Arg. Apocynaceae 0,79 4,00 7,80 13,10 0,57
8 Guarucaia Peltophorum vogelianum Walp Caesalpiniaceae 0,80 3,70 7,90 12,50 0,50
Angelim-rosa / Pau-
9 Platycyamus regnellii Benth. Fabaceae 0,81 4,10 7,30 12,70 0,55
pereira
Sacambu /
10 Platymiscium floribundum Vog. Fabaceae 0,89 3,90 7,20 11,20 0,53
Jacarandá-do-litoral
11 Cabriúva-parda Myrocarpus frondosus Fr. Allem. Fabaceae 0,91 3,60 7,40 12,80 0,55
12 Copaíba Copaifera cf. reticulata Leguminosae 0,78 4,20 8,10 12,50 0,52
13 Guaiuvira Patagonula americana L. Boraginaceae 0,78 4,30 8,20 13,20 0,59
14 Pelada Terminalia januarensis D.C. Combretaceae 0,79 4,00 8,00 12,20 0,58
68
Tabela 18 – Características físicas e mecânicas das madeiras brasileiras para mobiliário: Madeiras muito pesadas.
PROPRIEDADES FÍSICAS
DENSIDADE CONTRAÇÕES
ITEM NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA Coeficiente de
Aparente a Radial Tangencial Volumétrica
Retratibilidade
15% (g/cm³) (%) (%) (%)
Volumétrica (%)
1 Itaúba-preta Mezilaurus itauba (Meissn.) Taub. Lauraceae 0,96 2,30 6,70 12,10 0,51
2 Muiracatiara Astronium leicointei Ducke Anacardiaceae 0,97 3,33 6,28 11,19 0,49
3 Ipê-roxo / Ipê-una Tabebuia impetiginosa (Mart.) Standl. Bignoniaceae 0,96 4,30 7,20 11,40 0,54
4 Jatoba / Jataí Hymenaea stilbocarpa Ducke Caesalpiniaceae 0,96 3,10 7,20 10,70 0,54
5 Jatobá Hymenaea sp Leguminosae 0,97 3,10 7,20 10,70 -
Sucupira-amarela /
6 Ferreirea spectabilis Fr. Allem. Fabaceae 0,99 4,10 7,00 12,80 0,63
Guaiçara
69
Tabela 20 – Características físicas e mecânicas das madeiras brasileiras para tacos e tábuas para assoalho: Madeiras pesadas.
PROPRIEDADES FÍSICAS
DENSIDADE CONTRAÇÕES
ITEM NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA Coeficiente de
Aparente a Radial Tangencial Volumétrica
Retratibilidade
15% (g/cm³) (%) (%) (%)
Volumétrica (%)
1 Araribá Centrolobium robustum (Vell.) Mart. Fabaceae 0,79 3,10 5,80 9,70 0,49
2 Sucupira-açu Diplotropis incexis Rizz. & Matt. Fabaceae 0,80 4,40 5,60 10,20 0,60
Jacarandá-pardo /
3 Machaerium villosum Vog. Fabaceae 0,85 2,90 6,90 11,20 0,50
Jacarandá-paulista
4 Canafístula Cassia ferruginea Schrad Caesalpiniaceae 0,87 2,70 6,00 9,70 0,50
5 Caviúna / Pau-ferro Machaerium scleroxylon Tul. Fabaceae 0,88 2,90 6,70 10,60 0,52
6 Faveiro Pterodon pubescens Benth. Fabaceae 0,94 3,50 6,80 12,00 0,63
Cabriúva-vermelha /
7 Myroxylon balsamum (L.) Harms. Fabaceae 0,95 4,00 6,70 11,00 0,52
Bálsamo
8 Peroba-rosa Aspidosperma polyneuron Muell. Arg. Apocynaceae 0,79 4,00 7,80 13,10 0,57
9 Guarucaia Peltophorum vogelianum Walp Caesalpiniaceae 0,80 3,70 7,90 12,50 0,50
Sacambu /
10 Platymiscium floribundum Vog. Fabaceae 0,89 3,90 7,20 11,20 0,53
Jacarandá-do-litoral
11 Cabriúva-parda Myrocarpus frondosus Fr. Allem. Fabaceae 0,91 3,60 7,40 12,80 0,55
12 Guaiuvira Patagonula americana L. Boraginaceae 0,78 4,30 8,20 13,20 0,59
13 Pelada Terminalia januarensis D.C. Combretaceae 0,79 4,00 8,00 12,20 0,58
70
Tabela 21 – Características físicas e mecânicas das madeiras brasileiras para tacos e tábuas para assoalho: Madeiras muito pesadas.
PROPRIEDADES FÍSICAS
DENSIDADE CONTRAÇÕES
ITEM NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA Coeficiente de
Aparente a Radial Tangencial Volumétrica
Retratibilidade
15% (g/cm³) (%) (%) (%)
Volumétrica (%)
1 Itaúba-preta Mezilaurus itauba (Meissn.) Taub. Lauraceae 0,96 2,30 6,70 12,10 0,51
2 Muiracatiara Astronium leicointei Ducke Anacardiaceae 0,97 3,33 6,28 11,19 0,49
3 Ipê-roxo / Ipê-una Tabebuia impetiginosa (Mart.) Standl. Bignoniaceae 0,96 4,30 7,20 11,40 0,54
4 Jatoba / Jataí Hymenaea stilbocarpa Ducke Caesalpiniaceae 0,96 3,10 7,20 10,70 0,54
Sucupira-amarela /
5 Ferreirea spectabilis Fr. Allem. Fabaceae 0,99 4,10 7,00 12,80 0,63
Guaiçara
6 Braúna-preta Melanoxylon brauna Schott Caesalpiniaceae 1,05 3,60 7,40 10,50 0,50
Aroeira-do-sertão /
7 Astronium urundeuva (Fr. Allem.) Engl. Anacardiaceae 1,19 3,80 7,20 12,60 0,54
Urundeúva
QUADRO GERAL
Tabela 22 – Quantificação geral das espécies nas categorias de uso.
ÁREAS DE USO
Densidade Brinquedos Embalagens Esquadrias Mobiliário Tacos e tábuas para assoalho
Muito Leve 3 5 - - -
Leve 12 19 - 4 -
Moderadamente Pesadas 4 22 10 15 4
Pesadas - 5 15 14 13
Muito Pesadas - - 6 6 7
TOTAL 19 51 31 39 24
71
72
6 CONCLUSÕES
3 - A área de brinquedos é a que apresenta o menor número de espécies que podem trabalhar
juntas de acordo com as suas propriedades tecnológicas (19).
REFERÊNCIAS
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- MA para a utilização no mobiliário. São Luís, 1999, 72p. Monografia. Universidade
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Home Began. New York, N.Y.: Bloomsbury Press, 2009. 295 p.
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Series 201. Roma: Food and Agriculture Organization, 2012. 344 p. Disponível em:
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JACKSON, F. Hamilton. Intarsia and Marquetry. Londres: Sands and Company, 1903.
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KOPF, Silas. A Marquetry Odyssey: Historical Objects and Personal Work. Hudson
Hills, 2008. Ed. ilustrada. 220p.
LADY LEVER ART GALLERY. Commode c1772, Christopher Fuhrlohg (active 1762 –
1787). Lady Lever Art Gallery: Merseyside, 2003. Disponível em:
<http://www.liverpoolmuseums.org.uk/ladylever/collections/furniture/christopherfuhrlohgco
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75
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York: John Wiley & Sons, 1982. 624p.
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LOPES, Camila Santos Doubek. Desenho de pequenos objetos de madeira com resíduo da
indústria de processamento mecânico da madeira. INTERFACEHS – Revista de Gestão
Integrada em Saúde do Trabalho e Meio Ambiente - v.4, n.3, Artigo 1, set./dez. 2009.
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76
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<http://www.remade.com.br/br/revistadamadeira_materia.php?num=72&subject=Pesquisa&ti
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STAMM, Alfred J. Wood and Celulose Science. New York: The Ronald Press Company,
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Disponível em: < http://themarquetryshack.com/some-background- information.php>. Acesso
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VOGT, Rick. Conservation of a Boulle Marquetry Bracket Clock. Antiques & Fine Art:
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ZANOTELLI, Darci Vieira. Estudo tecnológico das madeiras utilizadas nas indústrias da
Região Maranhense. São Luís, 1996, 201p. Monografia. Universidade Federal do Maranhão.
79
ANEXOS
80
MADEIRAS LEVES
ITEM NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA
1 Imbaúba Cecropia sp Moraceae
2 Macacarecuia Couropita guianensis Aubl. Lecythidaceae
3 Paineira Eryotheca pentaphylla (Vell.) A. Robyns Bombacaceae
4 Tapiá / Caixeta Alchornea triplinervia (Spreng) Muell. Arg. Euphorbiaceae
5 Pinho-bravo Podocarpus lambertii Kl. Podocarpaceae
6 Peroba-d'água-amarela Tetrorchidium rubrivenium & Endl. Euphorbiaceae
7 Mandioqueira Didymopanax navarroi A. Samp. Araliaceae
8 Caju Anacardium excelsum Benth Anacardiaceae
9 Ucuúba-branca Virola surinamensis (Rol.) Warb. Myristicaceae
10 Caixeta Simarouba versicolor St. Hill. Simaroubaceae
11 Boleiro Joannesia princeps Vell. Euphorbiaceae
12 Sangue-de-drago Croton echinocarpus Muell. Arg. Euphorbiaceae
13 Vinhático Plathymenia foliolosa Benth. Mimosaceae
14 Marupá Simarouba amara Aubl. Simaroubaceae
15 Guaricica Vochysia laurifolia Warm. Vochysiaceae
16 Pau-pombo Tapirira guianensis Aubl. Anacardiaceae
17 Caju-açu Anacardium giganteum Hanc. Ex. Engl. Anacardiaceae
18 Mandioqueira Didymopanax calvum Decne & Planch Araliaceae
19 Jacarandá-mimoso Jacaranda acutifolia (R. Br.) H. B. Bignoniaceae
20 Abobreiro Neea sp Nyctaginaceae
21 Jequitibá-rosa Cariniana legalis (Mart.) O. Kuntze. Lecythidaceae
22 Cedro Cedrela sp Meliaceae
23 Juerana Macrosamanea pedicellaris Kleinh. Mimosaceae
24 Canela-ferrugem Nectandra rigida Nees Lauraceae
25 Louro-amarelo Ocotea sp Lauraceae
26 Tamboril / Timbuva Enterolobium contortisiliquum (Vell.) Morong. Mimosaceae
27 Caixeta / Mandioqueira Didymopanax morototoni Decne et. Planch. Araliaceae
28 Pinho-do-paraná Araucaria angustifolia (Bert.) O. Kuntze. Araucariaceae
29 Pau-sangue Pterocarpus violaceus Vog. Fabaceae
MADEIRAS PESADAS
ITEM NOME VULGAR NOME CIENTÍFICO FAMÍLIA
1 Paratudo / Caraíba Tabebuia caraiba Mart. Bignoniaceae
2 Canela-sassafrás Ocotea pretiosa (Nees) Mez. Lauraceae
3 Amendoim Pterogyne nitens Tul. Caesalpiniaceae
4 Louro-vermelho Nectandra rubra Mez Lauraceae
5 Guaiuvira Patagonula americana L. Boraginaceae
6 Louro-pardo Cordia trichotoma (Vell.) Arrab. Boraginaceae
7 Bacuri-de-anta Moronobea coccinea Aubl. Clusiaceae
8 Jequitibá-branco Cariniana estrellensis (Raddi) O. Kuntze. Lecythidaceae
9 Copaíba Copaifera cf. reticulata Leguminosae
10 Murici Byrsonima sp Malpighiaceae
11 Peroba-rosa Aspidosperma polyneuron Muell. Arg. Apocynaceae
12 Pelada Terminalia januarensis D.C. Combretaceae
13 Cuiarana Buchenavia huberi Ducke Combretaceae
14 Araribá Centrolobium robustum (Vell.) Mart. Fabaceae
15 Fava-de-rosca Enterolobium schomburgkii Benth. Mimosaceae
16 Araracanga Aspidosperma desmanthun Benth. Ex. M uell. Arg. Apocynaceae
17 Guarucaia Peltophorum vogelianum Walp Caesalpiniaceae
18 Cega-olho Pachystroma illicifolium Muell. Arg. Euphorbiaceae
19 Melancieira Alexa grandiflora Ducke Fabaceae
20 Sucupira-açu Diplotropis incexis Rizz. & Matt. Fabaceae
21 Caingá Moldenhawera blanchetiana Tul. Caesalpiniaceae
22 Piquiarana Caryocar glabrum (Aubl.) Pers. Caryocaraceae
23 Milho-cozido-de-folha-miúda Licania rigida Benth. Chrysobalanaceae
24 Angelim-rosa / Pau-pereira Platycyamus regnellii Benth. Fabaceae
25 Angelim-pedra Hymenolobium petraeum Ducke Fabaceae
26 Pau-ripa Moriri cf. chamissoana Cogn. Melastomataceae
27 Guatambu-peroba Aspidosperma populifolium A.D.C. Apocynaceae
28 Tatajuba Bagassa guianensis Aubl. Moraceae
29 Mata-mata Eschweilera corrugata Miers Lecythidaceae
30 Cuvantã Cupania vernalis Camb. Sapindaceae
31 Pequiá / Pitiá Aspidosperma sp Apocynaceae
32 Garapa / Grapiapunha Apuleia leiocarpa (Vog.) Macbr. Caesalpiniaceae
33 Angelim-amargoso Vatairea sp Fabaceae
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