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Apresentação
Como poderá ser constatado pelo leitor, o conteúdo foi tratado de forma leve e
direta, trazendo para esta leitura um pouco do clima presente durante as aulas
da disciplina.
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Os princípios da sinalização de trânsito
Apresentação Organização institucional Hierarquia Conceitos preliminares Os princípios Legalidade Padronização
Suficiência Clareza Precisão e Confiabilidade Visibilidade e legibilidade Manutenção e conservação Conclusão Anexo
O trânsito no Brasil está sob gestão geral do Ministério das Cidades. Existem
várias instâncias nos níveis federal, estadual e municipal que compõe o
chamado Sistema Nacional de Trânsito, cuja estrutura está mostrada no
Quadro I. 4
Os princípios da sinalização de trânsito
Apresentação Organização institucional Hierarquia Conceitos preliminares Os princípios Legalidade Padronização
Suficiência Clareza Precisão e Confiabilidade Visibilidade e legibilidade Manutenção e conservação Conclusão Anexo
HIERARQUIA DA LEGISLAÇÃO
DE TRÂNSITO NO BRASIL
Como o CTB e seus Anexos não são suficientes para elaboração de projetos, o
Contran colocou à disposição uma série de Manuais de Sinalização, publicados
por meio de Resoluções. Eles tem a força legal de uma legislação nacional. Não
podem, entretanto, se sobrepor ao CTB e seus anexos. São os manuais oficiais
brasileiros e todos os projetos elaborados a partir de sua publicação devem
seguir seus preceitos. São manuais completos, com todas as informações e
detalhes para subsidiar o técnico da área em seus projetos.
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Os princípios da sinalização de trânsito
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Suficiência Clareza Precisão e Confiabilidade Visibilidade e legibilidade Manutenção e conservação Conclusão Anexo
Quadro II –
Manuais de
Sinalização
de trânsito
vigentes no
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Brasil
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Suficiência Clareza Precisão e Confiabilidade Visibilidade e legibilidade Manutenção e conservação Conclusão Anexo
Não nos damos conta, mas, conduzir um automóvel requer uma série de ações
concentradas em curtos períodos de tempo. Enquanto o carro está em
movimento, temos que mudar de marcha, olhar para o retrovisor, dar seta,
virar o volante, levantar o vidro, abaixar o volume do som, vigiar os outros
veículos próximos, prestar atenção ao pedestre, desviar do buraco e assim por
diante. Uma das ações que não foi citada diz respeito à sinalização. Durante a
série de ações e decisões que o motorista deve tomar, existe o tempo
destinado a ver, entender e reagir corretamente à sinalização à sua frente.
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Sendo assim, o que não queremos é que a sinalização de trânsito tome muito
tempo do motorista. Na verdade, devemos minimizar esse tempo. Quanto
mais rápido for a sequência ver/entender/reagir (e reagir de forma correta),
mais tempo o condutor terá para se dedicar à tarefa de dirigir seu veículo com
segurança.
OS PRINCÍPIOS DA SINALIZAÇÃO
Existe uma condição básica para que a sinalização de trânsito funcione dentro
do espírito de passar uma informação de forma rápida e precisa, tomando o
menor tempo possível do usuário para reagir a ela.
Essa relação entre o sinal e seu significado deve ser biunívoca, ou seja, a um
determinado sinal só deverá haver um significado associado e vice-versa
(Figura II).
Sinal Significado
Uma primeira leitura dos princípios pode dar a impressão que se tratam de
ideias simples e básicas. De fato são. Entretanto, mais à frente, veremos como
esses princípios, mesmo sendo simples e básicos, são frequentemente
desobedecidos no Brasil.
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Duas coisas muito importantes estão ligadas a esses princípios: eles devem
ser obedecidos integralmente e o profissional da área deve conhece-los e
praticá-los de forma incessante.
Quadro III – Os
princípios da
sinalização
(fonte: Resolução
Contran 486/14)
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4.1. Legalidade
A Foto I traz uma placa que estava instalada em uma rodovia paulista e que
não existe no CTB, em seus anexos ou nas Resoluções do Contran. Foi uma
invenção. A menos que existisse uma autorização do Contran para sua
utilização em caráter experimental (o que é pouco provável), essa placa estava
desobedecendo ao princípio da legalidade.
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Padronização
Figura V – os dois
tipos de faixa de
pedestres previstos
na legislação
fonte: CTB 26
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Isso é tão importante que deveria ser estendido ao mundo todo. Afinal um
motorista brasileiro que dirigir em outros países tem que entender a
sinalização. Considerando que já há uma dificuldade natural em dirigir em um
lugar totalmente desconhecido, com outros hábitos e cultura, ter pleno
entendimento da sinalização facilitaria muito, não é mesmo? Por incrível que
pareça, diante da globalização e da confecção de produtos em escala mundial,
a sinalização não é padronizada! Cada país tem a sua. 31
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Muitas tentativas foram feitas tentando corrigir esse problema. A última delas
foi em 1968, em Viena. Foi um evento patrocinado pela ONU e resultou um
documento que passou a ser chamado de “Convenção de Viena”, do qual o
Brasil foi signatário e que buscava uma padronização das regras de trânsito e
da sinalização, entre outras providências. Claramente fracassou.
Figura IX – Placas de
advertência de
crianças/escola à
frente em países
europeus
(fonte: Wikipedia) 33
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Suficiência
O princípio da suficiência diz, com outras palavras, que a sinalização deve ser
usada na medida certa, nem a menos e nem a mais. Não há muito que
comentar quanto ao uso de sinalização a menos. Todo mundo entende que
isso é um fator de risco. O outro lado da questão é a sinalização “a mais”, ou,
usando o jargão dos técnicos da área de trânsito, o célebre “reforço”.
Sinalização vertical
fonte: CTB
Figura X – amostra de
placas de advertência 38
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Sinalização horizontal
Sinalização semafórica
Foi aí então que a CET resolveu adotar novos critérios, que passaram a
constituir o manual usado na companhia, até a publicação da Resolução
483/14. Para ilustrar o avanço que foi esse manual e, também, retornar ao
tema da suficiência, passo a relatar um caso que aconteceu quando eu era o
responsável pela gestão dos semáforos da área central da cidade. Estávamos
no final de ano quando eu recebi uma ligação de um dos encarregados da
manutenção semafórica dizendo que eles não aguentavam mais substituir
cabos de alguns semáforos de certa região. Já haviam substituídos mais de
cinco vezes os cabos e eles sempre eram roubados, deixando os semáforos
desligados. Esse tipo de furto, infelizmente, ainda é muito comum naquela
área, conhecida como “Cracolândia”.
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(*) os cruzamentos eram: Al. Nothman X R. Barão de Piracicaba; Al. Nothman X R. Dino Bueno; Al. Glete X R. Barão
de Piracicaba; Al. Glete X R. Dino Bueno e Al. Glete X Al. Cleveland.
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Foto V –
exemplo de
excesso de
sinalização
vertical
A antessinalização
Uma análise sobre todos esses fatores pode resultar em medidas positivas
para redução de acidentes em um determinado local, sem que
necessariamente se utilize ou se acrescente nova sinalização de trânsito”.
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Clareza
Como foi dito no início, os princípios são simples e, até certo ponto, óbvios,
mas a desobediência a eles é muito mais frequente do que se imagina. 53
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A frase em questão está voltada para apenas uma das aproximações. Como
temos uma rotatória, em geral são quatro aproximações. As outras três não
recebem mensagem nenhuma?
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A segunda placa usa um termo pouco comum: “contra fluxo”. Será que esse
termo é de domínio da maioria? A utilização de faixas exclusivas de ônibus
operando no sentido oposto é uma intervenção potencialmente perigosa e
deve ser evitada, por vários motivos, principalmente pelo risco de
atropelamentos. Porém, a questão aqui em discussão não é essa, mas sim a
clareza da placa.
Precisão e confiabilidade
Entretanto, a falta de precisão pode quebrar essa cadeia, fazendo com que o
usuário perca a confiança na sinalização. 59
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Com base no exemplo anterior, vamos imaginar que a curva que foi sinalizada
como acentuada era, na verdade, bem suave. O motorista que acreditou na
sinalização e se preparou para uma curva forte acaba perdendo a confiança na
informação. Caso a situação se repita mais à frente, ou seja, uma nova placa de
curva acentuada surja, é provável que ele o motorista vá desconsiderá-la e aí,
se desta vez a curva for realmente acentuada, ele estará sob risco de se
acidentar.
Vamos ver alguns casos em que esses princípios não foram seguidos.
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Visibilidade e legibilidade
Art. 80. Sempre que necessário, será colocada ao longo da via, sinalização
prevista neste Código e em legislação complementar, destinada a condutores e
pedestres, vedada a utilização de qualquer outra.
Art. 81. Nas vias públicas e nos imóveis é proibido colocar luzes, publicidade,
inscrições, vegetação e mobiliário que possam gerar confusão, interferir
na visibilidade da sinalização e comprometer a segurança do trânsito.
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Figura XIV – variação da distância de visibilidade em função da velocidade
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Foto XVIII – já foi citado algumas páginas atrás que o uso de sinalização vertical de advertência é de uso
predominantemente rural. A foto mostra uma placa de advertência (A-6, “cruzamento de vias”) que parece ser
desnecessária, pois os elementos urbanos indicam que ali há uma via cruzando (interrupção das guias, espaço
entre os imóveis e, ainda, o fato que comumente nas áreas urbanas as quadras seguem um padrão aproximado
de tamanho, de modo que não é surpresa que uma via seja cortada por transversais ao longo de sua extensão).
Entretanto, esse não é o único problema. A placa foi colocada em posição que bloqueia a modesta calçada, de
modo que o pedestre, provavelmente, terá que passar pelo leito. O terceiro problema é o que diz respeito ao
princípio abordado. A advertência foi instalada a poucos metros do motivo do aviso – a existência de um
cruzamento à frente. Próximo demais para que haja uma reação adequada.
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Fotos XIX e XX – mais dois exemplos de obstrução da visibilidade, desta vez envolvendo a sinalização
semafórica. A foto da esquerda mostra o encobrimento completo do grupo focal projetado que fica do lado
esquerdo, simetricamente instalado ao que está com o vermelho aceso. Na foto da direita, a placa que está
instalada no braço projetado tem sua legibilidade muito comprometida pelo excesso de cabos que passam à sua
frente.
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Foto XXI – o círculo amarelo destaca uma iluminação verde que fazia parte da decoração externa de uma loja.
Essas luzes geravam confusão com o semáforo (a foto, cuja qualidade não está boa – peço desculpas, foi tirada
durante o vermelho). Uma conversa com o lojista foi o suficiente para que ele retirasse a iluminação. Não foi
preciso recorrer aos artigos 81 e 84 do CTB (reproduzidos algumas páginas atrás) para resolver o problema.
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Manutenção e conservação
Nada justifica permitir que a sinalização perca sua eficiência. O raciocínio para
isso é simples. Se a sinalização era importante e necessária quando foi
implantada, então sua apresentação deve permanecer a mesma dali em
diante. Afinal, o trânsito não vai parar de passar por ali e sempre haverá
usuários que estão circulando no local pela primeira vez.
Conclusão
Ou seja, que ela está sendo usada na medida certa, sem excessos ou faltas. Está
visível, sem ser apenas mais um dos estímulos visuais perdidos na paisagem
urbana. Que está plenamente clara e confiável, proporcionado segurança e
conforto nos deslocamentos. Suas mensagens, sinais e informações estão
recebendo os devidos cuidados para que estejam sempre em ordem. Tudo isso
devidamente escorado por uma legislação nacional, que garante os direitos e
deveres dos usuários das vias.
Elaboração:
Prof. João Cucci Neto
As fotos e figuras não creditadas foram feitas pelo autor e, em alguns poucos casos, como a ilustração utilizada
na capa, tem origem desconhecida
Agosto de 2015
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CAPÍTULO III
II - abster-se de obstruir o trânsito ou torná-lo I - a circulação far-se-á pelo lado direito da via,
perigoso, atirando, depositando ou abandonando na via objetos admitindo-se as exceções devidamente sinalizadas;
ou substâncias, ou nela criando qualquer outro obstáculo.
II - o condutor deverá guardar distância de
Art. 27. Antes de colocar o veículo em circulação segurança lateral e frontal entre o seu e os demais veículos,
nas vias públicas, o condutor deverá verificar a existência e as bem como em relação ao bordo da pista, considerando-se, no
boas condições de funcionamento dos equipamentos de uso momento, a velocidade e as condições do local, da circulação,
obrigatório, bem como assegurar-se da existência de do veículo e as condições climáticas;
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combustível suficiente para chegar ao local de destino.
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III - quando veículos, transitando por fluxos que VII - os veículos destinados a socorro de incêndio
se cruzem, se aproximarem de local não sinalizado, terá e salvamento, os de polícia, os de fiscalização e operação de
preferência de passagem: trânsito e as ambulâncias, além de prioridade de trânsito,
gozam de livre circulação, estacionamento e parada, quando em
a) no caso de apenas um fluxo ser proveniente de serviço de urgência e devidamente identificados por
rodovia, aquele que estiver circulando por ela; dispositivos regulamentares de alarme sonoro e iluminação
vermelha intermitente, observadas as seguintes disposições:
b) no caso de rotatória, aquele que estiver
circulando por ela; a) quando os dispositivos estiverem acionados,
indicando a proximidade dos veículos, todos os condutores
c) nos demais casos, o que vier pela direita do
deverão deixar livre a passagem pela faixa da esquerda, indo
condutor;
para a direita da via e parando, se necessário;
IV - quando uma pista de rolamento comportar
b) os pedestres, ao ouvir o alarme sonoro,
várias faixas de circulação no mesmo sentido, são as da direita
deverão aguardar no passeio, só atravessando a via quando o
destinadas ao deslocamento dos veículos mais lentos e de
veículo já tiver passado pelo local;
maior porte, quando não houver faixa especial a eles destinada,
e as da esquerda, destinadas à ultrapassagem e ao c) o uso de dispositivos de alarme sonoro e de
deslocamento dos veículos de maior velocidade; iluminação vermelha intermitente só poderá ocorrer quando da
efetiva prestação de serviço de urgência;
V - o trânsito de veículos sobre passeios, calçadas
e nos acostamentos, só poderá ocorrer para que se adentre ou d) a prioridade de passagem na via e no
se saia dos imóveis ou áreas especiais de estacionamento; cruzamento deverá se dar com velocidade reduzida e com os
devidos cuidados de segurança, obedecidas as demais normas
VI - os veículos precedidos de batedores terão
deste Código;
prioridade de passagem, respeitadas as demais normas de
circulação;
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II - se estiver circulando pelas demais faixas, Art. 35. Antes de iniciar qualquer manobra que
manter-se naquela na qual está circulando, sem acelerar a implique um deslocamento lateral, o condutor deverá indicar
marcha. seu propósito de forma clara e com a devida antecedência, por
meio da luz indicadora de direção de seu veículo, ou fazendo
Parágrafo único. Os veículos mais lentos, quando gesto convencional de braço.
em fila, deverão manter distância suficiente entre si para
permitir que veículos que os ultrapassem possam se intercalar Parágrafo único. Entende-se por deslocamento
na fila com segurança. lateral a transposição de faixas, movimentos de conversão à
direita, à esquerda e retornos.
Art. 31. O condutor que tenha o propósito de
ultrapassar um veículo de transporte coletivo que esteja Art. 36. O condutor que for ingressar numa via,
parado, efetuando embarque ou desembarque de passageiros, procedente de um lote lindeiro a essa via, deverá dar
deverá reduzir a velocidade, dirigindo com atenção redobrada preferência aos veículos e pedestres que por ela estejam
ou parar o veículo com vistas à segurança dos pedestres. transitando.
Art. 32. O condutor não poderá ultrapassar Art. 37. Nas vias providas de acostamento, a
veículos em vias com duplo sentido de direção e pista única, conversão à esquerda e a operação de retorno deverão ser
nos trechos em curvas e em aclives sem visibilidade suficiente, feitas nos locais apropriados e, onde estes não existirem, o
nas passagens de nível, nas pontes e viadutos e nas travessias condutor deverá aguardar no acostamento, à direita, para
de pedestres, exceto quando houver sinalização permitindo a cruzar a pista com segurança.
ultrapassagem.
Art. 38. Antes de entrar à direita ou à esquerda,
Art. 33. Nas interseções e suas proximidades, o em outra via ou em lotes lindeiros, o condutor deverá:
condutor não poderá efetuar ultrapassagem.
I - ao sair da via pelo lado direito, aproximar-se o
Art. 34. O condutor que queira executar uma máximo possível do bordo direito da pista e executar sua
manobra deverá certificar-se de que pode executá-la sem manobra no menor espaço possível;
perigo para os demais usuários da via que o seguem, precedem
ou vão cruzar com ele, considerando sua posição, sua direção e
sua velocidade. 82
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II - ao sair da via pelo lado esquerdo, aproximar- III - a troca de luz baixa e alta, de forma
se o máximo possível de seu eixo ou da linha divisória da pista, intermitente e por curto período de tempo, com o objetivo de
quando houver, caso se trate de uma pista com circulação nos advertir outros motoristas, só poderá ser utilizada para indicar
dois sentidos, ou do bordo esquerdo, tratando-se de uma pista a intenção de ultrapassar o veículo que segue à frente ou para
de um só sentido. indicar a existência de risco à segurança para os veículos que
circulam no sentido contrário;
Parágrafo único. Durante a manobra de mudança
de direção, o condutor deverá ceder passagem aos pedestres e IV - o condutor manterá acesas pelo menos as
ciclistas, aos veículos que transitem em sentido contrário pela luzes de posição do veículo quando sob chuva forte, neblina ou
pista da via da qual vai sair, respeitadas as normas de cerração;
preferência de passagem.
V - O condutor utilizará o pisca-alerta nas
Art. 39. Nas vias urbanas, a operação de retorno seguintes situações:
deverá ser feita nos locais para isto determinados, quer por
meio de sinalização, quer pela existência de locais apropriados, a) em imobilizações ou situações de emergência;
ou, ainda, em outros locais que ofereçam condições de
b) quando a regulamentação da via assim o
segurança e fluidez, observadas as características da via, do
determinar;
veículo, das condições meteorológicas e da movimentação de
pedestres e ciclistas. VI - durante a noite, em circulação, o condutor
manterá acesa a luz de placa;
Art. 40. O uso de luzes em veículo obedecerá às
seguintes determinações: VII - o condutor manterá acesas, à noite, as luzes
de posição quando o veículo estiver parado para fins de
I - o condutor manterá acesos os faróis do veículo,
embarque ou desembarque de passageiros e carga ou descarga
utilizando luz baixa, durante a noite e durante o dia nos túneis
de mercadorias.
providos de iluminação pública;
Parágrafo único. Os veículos de transporte
II - nas vias não iluminadas o condutor deve usar
coletivo regular de passageiros, quando circularem em faixas
luz alta, exceto ao cruzar com outro veículo ou ao segui-lo;
próprias a eles destinadas, e os ciclos motorizados deverão
utilizar-se de farol de luz baixa durante o dia e a noite.
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Art. 41. O condutor de veículo só poderá fazer uso Art. 44. Ao aproximar-se de qualquer tipo de
de buzina, desde que em toque breve, nas seguintes situações: cruzamento, o condutor do veículo deve demonstrar prudência
especial, transitando em velocidade moderada, de forma que
I - para fazer as advertências necessárias a fim de possa deter seu veículo com segurança para dar passagem a
evitar acidentes; pedestre e a veículos que tenham o direito de preferência.
II - fora das áreas urbanas, quando for Art. 45. Mesmo que a indicação luminosa do
conveniente advertir a um condutor que se tem o propósito de semáforo lhe seja favorável, nenhum condutor pode entrar em
ultrapassá-lo. uma interseção se houver possibilidade de ser obrigado a
imobilizar o veículo na área do cruzamento, obstruindo ou
Art. 42. Nenhum condutor deverá frear
impedindo a passagem do trânsito transversal.
bruscamente seu veículo, salvo por razões de segurança.
Art. 46. Sempre que for necessária a imobilização
Art. 43. Ao regular a velocidade, o condutor
temporária de um veículo no leito viário, em situação de
deverá observar constantemente as condições físicas da via, do
emergência, deverá ser providenciada a imediata sinalização de
veículo e da carga, as condições meteorológicas e a intensidade
advertência, na forma estabelecida pelo CONTRAN.
do trânsito, obedecendo aos limites máximos de velocidade
estabelecidos para a via, além de: Art. 47. Quando proibido o estacionamento na
via, a parada deverá restringir-se ao tempo indispensável para
I - não obstruir a marcha normal dos demais embarque ou desembarque de passageiros, desde que não
veículos em circulação sem causa justificada, transitando a uma interrompa ou perturbe o fluxo de veículos ou a locomoção de
velocidade anormalmente reduzida; pedestres.
Parágrafo único. A operação de carga ou descarga
II - sempre que quiser diminuir a velocidade de será regulamentada pelo órgão ou entidade com circunscrição
seu veículo deverá antes certificar-se de que pode fazê-lo sem sobre a via e é considerada estacionamento.
risco nem inconvenientes para os outros condutores, a não ser
que haja perigo iminente; Art. 48. Nas paradas, operações de carga ou
descarga e nos estacionamentos, o veículo deverá ser
III - indicar, de forma clara, com a antecedência posicionado no sentido do fluxo, paralelo ao bordo da pista de
necessária e a sinalização devida, a manobra de redução de rolamento e junto à guia da calçada (meio-fio), admitidas as
velocidade. exceções devidamente sinalizadas.
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§ 1º. Nas vias providas de acostamento, os Art. 51. Nas vias internas pertencentes a
veículos parados, estacionados ou em operação de carga ou condomínios constituídos por unidades autônomas, a
descarga deverão estar situados fora da pista de rolamento. sinalização de regulamentação da via será implantada e
mantida às expensas do condomínio, após aprovação dos
§ 2º. O estacionamento dos veículos motorizados projetos pelo órgão ou entidade com circunscrição sobre a via.
de duas rodas será feito em posição perpendicular à guia da
calçada (meio-fio) e junto a ela, salvo quando houver Art. 52. Os veículos de tração animal serão
sinalização que determine outra condição. conduzidos pela direita da pista, junto à guia da calçada (meio-
fio) ou acostamento, sempre que não houver faixa especial a
§ 3º. O estacionamento dos veículos sem eles destinada, devendo seus condutores obedecer, no que
abandono do condutor poderá ser feito somente nos locais couber, às normas de circulação previstas neste Código e às que
previstos neste Código ou naqueles regulamentados por vierem a ser fixadas pelo órgão ou entidade com circunscrição
sinalização específica. sobre a via.
Art. 49. O condutor e os passageiros não deverão Art. 53. Os animais isolados ou em grupos só
abrir a porta do veículo, deixá-la aberta ou descer do veículo podem circular nas vias quando conduzidos por um guia,
sem antes se certificarem de que isso não constitui perigo para observado o seguinte:
eles e para outros usuários da via.
I - para facilitar os deslocamentos, os rebanhos
Parágrafo único. O embarque e o desembarque deverão ser divididos em grupos de tamanho moderado e
devem ocorrer sempre do lado da calçada, exceto para o separados uns dos outros por espaços suficientes para não
condutor. obstruir o trânsito;
Art. 50. O uso de faixas laterais de domínio e das II - os animais que circularem pela pista de
áreas adjacentes às estradas e rodovias obedecerá às condições rolamento deverão ser mantidos junto ao bordo da pista;
de segurança do trânsito estabelecidas pelo órgão ou entidade
com circunscrição sobre a via. Art. 54. Os condutores de motocicletas,
motonetas e ciclomotores só poderão circular nas vias:
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I - utilizando capacete de segurança, com viseira Ademais, a segurança dos motoristas está, em
ou óculos protetores; maior escala, relacionada aos quesitos de velocidade, de
prudência e de utilização dos equipamentos de segurança
II - segurando o guidom com as duas mãos; obrigatórios, os quais encontram no Código limitações e
padrões rígidos para todos os tipos de veículos motorizados.
III - usando vestuário de proteção, de acordo com Importante também ressaltar que, pelo disposto no art. 57 do
as especificações do CONTRAN. Código, a restrição fica mantida para os ciclomotores, uma vez
que, em função de suas limitações de velocidade e de estrutura,
Art. 55. Os passageiros de motocicletas, poderiam estar expostos a maior risco de acidente nessas
motonetas e ciclomotores só poderão ser transportados: situações.‘
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Art. 63. A circulação de veículo transportando Ressalte-se que o artigo 101 e seus parágrafos
carga perigosa que possa danificar a via pública ou colocar a contêm disciplina normativa específica sobre as cargas
população ou o meio ambiente em risco ou, ainda, indivisíveis que podem danificar a via ou comprometer a
comprometer a segurança do trânsito, só será permitida segurança de trânsito, em razão de seu peso ou dimensão.
quando devidamente autorizada pelo órgão ou entidade de
trânsito com circunscrição sobre a via. (VETADO) A exigência constante da disposição em
apreço apresenta alguns inconvenientes:
§ 1º. A circulação de veículos que não se
desloquem sobre pneus, salvo se de uso bélico, em vias públicas a) dificulta e torna mais onerosa a circulação
pavimentadas, só poderá ser realizada mediante prévia de veículos cujo carregamento seja composto de produtos
autorização do órgão ou entidade com circunscrição sobre a perigosos que transitam em vias sob diversas circunscrições;
via.
b) a autoridade de trânsito, de um modo
§ 2º. Na hipótese de a carga consistir em produto geral, não tem conhecimento especializado sobre a natureza e
perigoso, as condições de transporte deverão atender às os riscos apresentados pelos diversos tipos de produtos;
condições previstas na legislação pertinente, vedado o
c) resultará na emissão de mais documentos
transporte em veículo coletivo de passageiros.
a serem portados pelos condutores dos veículos.
Razões do veto:
Ressalte-se que, nos termos do Regulamento para
"O transporte de produtos perigosos é regido o Transporte de Produtos Perigosos, as autoridades
por legislação própria (Lei n° 7.092, de 19 de abril de 1983, competentes podem estabelecer restrições ao uso das vias e
Decreto-Lei n° 2.063, de 6 de outubro de 1983, Decreto n° proibir a circulação em determinados trechos e horários, desde
96.044, de 18 de maio de 1988, e Portaria n° 409, de 12 de que haja alternativa de percurso.“
setembro de 1997, do Ministério dos Transportes), o que o § 2°
Art. 64. As crianças com idade inferior a dez anos
do artigo em questão reconhece.
devem ser transportadas nos bancos traseiros, salvo exceções
regulamentadas pelo CONTRAN.
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Os princípios da sinalização de trânsito
Apresentação Organização institucional Hierarquia Conceitos preliminares Os princípios Legalidade Padronização
Suficiência Clareza Precisão e Confiabilidade Visibilidade e legibilidade Manutenção e conservação Conclusão Anexo
Art. 65. É obrigatório o uso do cinto de segurança A presente disposição pode dar ensejo a um
para condutor e passageiros em todas as vias do território indesejável conflito de atribuições entre órgãos federais e/ou
nacional, salvo em situações regulamentadas pelo CONTRAN. órgãos federais, estaduais e municipais no exercício de suas
competências, o que poderá ocasionar um quadro de grave
Art. 66. Nenhum veículo poderá transitar sem insegurança jurídica. Nessas condições, recomenda-se o veto ao
atender às normas gerais estabelecidas pelo Conselho Nacional artigo, por contrariar o interesse público, tal como formulado,
do Meio Ambiente - CONAMA, pelo Instituto Brasileiro do Meio sem prejuízo de eventual iniciativa no sentido da regulação da
Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis - IBAMA e pelo matéria em um novo projeto de lei.
Programa Nacional de Controle de Poluição por Veículos
Automotores - PROCONVE com relação à emissão de poluentes. Art. 67. As provas ou competições desportivas,
(VETADO) inclusive seus ensaios, em via aberta à circulação, só poderão
ser realizadas mediante prévia permissão da autoridade de
Parágrafo único. O CONTRAN e os Municípios, no trânsito com circunscrição sobre a via e dependerão de:
âmbito de suas competências, e os Estados e o Distrito Federal,
em caráter concorrente, estabelecerão os procedimentos I
- autorização expressa da respectiva
adequados para o atendimento do disposto neste artigo. confederação desportiva ou de entidades estaduais a ela
filiadas;
Razões do veto:
II - caução ou fiança para cobrir possíveis danos
"A regulamentação da emissão de gases e ruídos materiais à via;
dos veículos automotores é da competência do CONAMA,
entretanto, a fiscalização e a licença para estes veículos (LCVM) III - contrato de seguro contra riscos e acidentes
são efetivadas por outros órgãos, como é o caso do IBAMA, por em favor de terceiros;
intermédio do PROCONVE e do INMETRO.
IV - prévio recolhimento do valor correspondente
Há que se considerar o fato de que a inspeção aos custos operacionais em que o órgão ou entidade
se apresenta em dois momentos distintos: o primeiro para os permissionária incorrerá.
veículos novos, que estão saindo de fábrica e o segundo para os
veículos que já estão em circulação. Para os diferentes Parágrafo único. A autoridade com circunscrição
momentos, tem-se a atuação de diferentes órgãos na sobre a via arbitrará os valores mínimos da caução ou fiança e
fiscalização. do contrato de seguro.
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