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APRESENTAÇÃO

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define o “Lixo” como sendo, "restos
das atividades humanas, considerados pelos geradores como inúteis, indesejáveis ou
descartáveis."

Considerando que o modo de produção dos resíduos, bem como suas características, se
modificam continuamente em conseqüência do desenvolvimento tecnológico e
econômico, o Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos deve ser desenvolvido
levando-se em consideração aspectos referentes à geração, segregação,
acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, tratamento e disposição final, de
forma integrada, baseando-se na redução, reutilização e reciclagem.

O Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos do Município de


Contagem foi desenvolvido por uma equipe multidisciplinar, através de levantamentos
efetuados em campo, considerando procedimentos, estudos e programas pré-
existentes. Com base na caracterização do município e a caracterização dos resíduos
gerados pela população, estão apresentados neste Plano em Versão Preliminar,
propostas adequadas à realidade de Contagem com o objetivo de aprimorar e promover
o gerenciamento integrado de cada tipo de resíduo.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


Plano de Gestão Integrada de
Resíduos Sólidos do
Município Contagem

CONTAGEM
2012
FICHA TÉCNICA
Marília Campos Discussão e Elaboração: Grupo de
Prefeita Municipal Trabalho da Secretaria Municipal Adjunta
de Limpeza Urbana e representantes de
Leonardo Borges Castro órgãos da administração direta e indireta
Secretário Municipal de Obras e Serviços Urbanos de Contagem.

Cláudia Rezende Lopes de Souza Santos


Secretária Adjunta de Limpeza Urbana

Fernanda Márcia Machado


Supervisora de Gestão Pública I

Geraldo
. Estevam Teodoro
Coordenador de Operações

Assessor Especial Nível III Marcos Oliveira Costa


Gerente de Aterro Inertes Mariana Celia N.F. Baldson
Diretor de Planejamento e Controle Operacional Jackson Jessé Nonato Pires
Gerente de Fiscalização Carlos Eduardo Gonçalves de Castro
Diretor de Varrição, Capina e Serviços Especiais Sebastião Vicente de Paula Diniz
Gerente do Aterro Sanitário Luciana Couto Rezende
Diretora de Projetos Especiais Ivany Francisca Silva
Gestora Técnica - Coleta Seletiva Adriane Aparecida Santos
Gestora Técnica - Mobilização Social Nilma Pena Souza Godinho
Gerente de Mobilização Social Fádua Gisele Silva
Gestora Técnica - Valorização do Servidor Anna Flávia Almeida Oliveira

Colaboradores: Engº. Civil João Batista de Lima Filho, Natalie de Oliveira Rates, Rafael Ávila Bueno e
Ramom Antônio Cândido dos Santos.

Secretaria Municipal Adjunta de Limpeza Urbana


Telefone/Fax: 3911 6945
E-mail: limpeza.urbana@contagem.mg.gov.br
Endereço: Rua Trajano de Araújo Viana nº 450, Bairro Cinco – Contagem (MG)
CEP 32 0910-090

Central de Tratamento de Resíduos Perobas


Telefone: 3356 8462
Endereço: Av. Helena Vasconcelos Costa, nº 201, Bairro Perobas – Contagem (MG)
CEP 32.371-685

Atendimento à população:
PREFEITURA (De segunda a sexta-feira, de 8h as 17h)
MUNICIPAL DE Ligação gratuita: 0800 283 1225
CONTAGEM Endereço: Rua Trajano de Araújo Viana nº 450, B. Cinco

Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ______________________________________________


ÓRGÃOS – ADMINISTRAÇÃO DIRETA E INDIRETA

Secretaria Municipal de Governo – SEGOV


Secretaria Municipal de Administração – SEAD
Secretaria Municipal de Fazenda – SEFAZ
Secretaria Municipal de Planejamento e Coordenação Geral – SEPLAN
Secretaria Municipal de Trabalho e Geração de Renda – SMGTR
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social – SMDS
Secretaria Municipal de Educação – SEDUC
Secretaria Municipal de Ação Social – SMAC
Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos – Secretaria Adjunta de Manutenção – SAMASP
Secretaria Municipal de Saúde – SMS
Secretaria Municipal de Meio Ambiente – SEMA
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano – SMDU
Fundação Parques e Jardins – CONPARQ
Autarquia Municipal de Trânsito e Transportes de Contagem - TRANSCON

Revisão Ortográfica: Aida Lopes de Souza Matos


Registro: MG 03552 - SJPMG

PREFEITURA Atendimento à população:


(De segunda a sexta-feira, de 8h as 17h)
MUNICIPAL DE
Ligação gratuita: 0800 283 1225
CONTAGEM Endereço: Rua Trajano de Araújo Viana nº 450, B. Cinco

Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ______________________________________________


OBJETIVO

O Plano de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos do Município de


Contagem - Versão Preliminar foi desenvolvido conforme determina a PNRS N.
12.305/10. O diagnóstico e o modelo de gestão de Resíduos Sólidos Urbanos foram
propostos pela Prefeitura Municipal de Contagem, através da Secretaria Municipal de
Obras – Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana.

Esse Plano terá como sustentação a decisão político administrativa sobre a forma como
o serviço será prestado, orientará a própria prestação do serviço e, por fim,
condicionará a ação das entidades reguladoras e fiscalizadoras voltadas ao
cumprimento de suas diretrizes.

O presente documento será submetido à consulta pública para apreciação da


população de Contagem, das entidades representativas dos segmentos sociais e
empresariais e das autoridades locais, com o objetivo de receber contribuições de todos
os seguimentos da sociedade.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


1
SUMÁRIO

I- INTRODUÇÃO: O MUNICÍPIO DE CONTAGEM ............................................01

I. 1 – Aspectos Históricos e Culturais...............................................................................1


I.2 - Aspectos Geográficos ..............................................................................................7
I.2.1 – Físicos ...................................................................................................................7
I.2.2 – Infraestrutura .......................................................................................................10
I.2.3 - Regiões Administrativas ......................................................................................11
I.2.3.1 - Regional Industrial ...........................................................................................12
I.2.3.2 - Regional Eldorado ............................................................................................12
I.2.3.3 - Regional Ressaca ..............................................................................................13
I.2.3.4 - Regional Nacional .............................................................................................13
I.2.3.5 - Regional Sede ...................................................................................................13
I.2.3.6 - Regional Petrolândia .........................................................................................14
I.2.3.7 - Regional Vargem das Flores .............................................................................14
I.2.3.8 - Regional Riacho ................................................................................................14
I.2.4 - Aspectos Econômicos ..........................................................................................15
I.2.5 - Aspectos Demográficos .......................................................................................17
I.2.5.1 – Aumento populacional, evolução etária e razão de sexos ................................18
I.2.5.2 - Grau de Urbanização .........................................................................................23

II - DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NO


RESPECTIVO TERRITÓRIO, CONTENDO A ORIGEM, O VOLUME, A
CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS E AS FORMAS DE DESTINAÇÃO E
DISPOSIÇÃO FINAL ADOTADAS .........................................................................24

II.1 – Considerações Gerais ............................................................................................24


II.2 – Classificações dos Resíduos Sólidos ....................................................................29
II.3 – Resíduos Sólidos no Município de Contagem ......................................................32
II. 3.1 – Resíduos Sólidos Classe I .................................................................................32
II. 3.1.1 – Resíduos Sólidos Industriais e de Mineração ...............................................32
II. 3.1.2 – Resíduos de Serviço de Saúde - RSS ...........................................................33
II. 3.1.3 – Óleo ..............................................................................................................33
II. 3.1.5 – Resíduos Eletro-Eletrônicos .........................................................................36
II. 3.2– Resíduos Sólidos Classe II ...............................................................................37
II.3.2.1–Resíduos Sólidos Domiciliares, Comerciais e de Prestação de
Serviços...........................................................................................................................37
II. 3.2.2 - Resíduos de Serviço de Saúde –RSS ............................................................39
II. 3.2.3 – Resíduos Públicos de Limpeza Urbana .........................................................41
II.3.2.4 – Resíduos com Características Domiciliares de Grandes Geradores...............45
II.3.2.4.1 - Resíduos de Veículos Transportadores de Resíduos de Empresas
Particulares......................................................................................................................46
II.3.2.5 – Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico ................................47
II.3.2.6 - Resíduos de Serviços de Transporte ...............................................................49
II. 3.2.7 - Resíduos Sólidos Urbanos Especiais – Classe II A .......................................49
II.3.2.7.1 - Pneus Inservíveis ..........................................................................................49
II.3.2.7.1.1 - Processo de coleta, transporte, armazenamento temporário e destinação
final adequada dos pneus inservíveis .............................................................................50
II.3.3 – Resíduos Sólidos Classe II B ............................................................................53
II.3.3.1 – Resíduos de Construção e Demolição de Geradores Domiciliares.................53
II. 3.3.2 - Resíduos Inertes Originários de Obras Públicas ............................................56

III – IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS FAVORÁVEIS PARA DISPOSIÇÃO FINAL DE


RESÍDUOS SÓLIDOS DO MUNICÍPIO DE CONTAGEM ........................................57

III.1 – O Plano Diretor ...................................................................................................57

IV – IDENTIFICAÇÃO DAS POSSIBILIDADES DE IMPLANTAÇÃO DE SOLUÇÕES


CONSORCIADAS OU COMPARTILHADAS COM OUTROS MUNICÍPIOS...........59

V – IDENTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS E DOS GERADORES SUJEITOS A


PLANO DE GERENCIAMENTO ESPECÍFICO OU A SISTEMA DE LOGÍSTICA
REVERSA DE ACORDO COM A LEGISLAÇÃO ......................................................62
V.1 – Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos ....................................................62
V.2 – Planos de Gerenciamento de Resíduos Perigosos ................................................62
V.3 – Sistemas de Logística Reversa ..............................................................................65
V.4 – Sanções Aplicáveis ...............................................................................................66
V.5 – Apresentação dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos ......................67
V.6 – Geradores e Operadores Sujeitos a Elaboração e Apresentação do Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Plano de Gerenciamento de Resíduos Perigosos
.........................................................................................................................................67

VI – PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS E ESPECIFICAÇÕES MÍNIMAS A


SEREM ADOTADOS NOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE LIMPEZA URBANA E DE
MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS ............................................................................68

VI.1 – Varrição ...............................................................................................................68


VI.1.1 - Varrição manual de vias e logradouros públicos (km de sarjeta)......................68
VI.1.2 - Varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas pós-feiras livres
(m2)..................................................................................................................................71
VI.1.3 - Varrição mecanizada de vias e logradouros públicos (km de sarjeta)................72
VI.1.4 -Fornecimento e instalação de cestos de resíduos leves.......................................73
VI.1.5 - Veículos e Equipamentos...................................................................................74
VI.1.6 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s e Ferramentas Necessárias......80
VI.2 – Capina...................................................................................................................91
VI.2.1 - Capina manual de vias e logradouros públicos em pavimento asfáltico (km de
via)...................................................................................................................................91
VI.2.2 - Capina manual de vias e logradouros públicos sem pavimento (km de via).....93
VI.2.3 - Pintura de meio-fio de vias e logradouros públicos (km de sarjeta) .................93
VI.2.4 - Capina mecanizada de vias e logradouros públicos com pavimentação
poliédrico, paralelepípedo e blocos de concreto (km de via)..........................................93
VI.2.5 - Roçada mecanizada com utilização de roçadeira costal (m2) ...........................95
VI.2.6 - Roçada mecanizada com utilização de roçadeira costal. (unid x dia) ..............97
VI.2.7 - Equipe padrão para realização de serviços diversos – Tipo I (equipe x
mês).................................................................................................................................97
VI.2.8 - Equipe padrão para realização de serviços diversos – Tipo II (equipe x
mês).................................................................................................................................98
VI.2.9 - Execução de serviços emergenciais (homem x hora) .......................................98
VI.2.10 - Veículos e Equipamentos................................................................................99
VI.2.11 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI’s e Ferramentas Necessárias....106
VI.3 – Coleta.................................................................................................................130
VI.3.1 - Coleta e transporte até o destino final de resíduos domiciliares, comerciais e
industriais de características domiciliares, com a utilização de caminhões coletores
compactadores (tonelada) .............................................................................................131
VI.3.2 - Coleta e transporte até o destino final de resíduos sólidos domiciliares, com
utilização de caminhões poliguindastes tipo brooks e caçambas estacionárias (tonelada)
.......................................................................................................................................133
VI.3.3 - Coleta seletiva e transporte de materiais potencialmente recicláveis
provenientes dos locais de entrega voluntária (LEV’s) e grandes geradores, incluso
transporte até destino final (equipexdia) ......................................................................134
VI.3.4 - Coleta e transporte de podação e resíduos volumosos tais como: geladeira,
fogão, armário, sofá, etc. com a utilização de caminhões carroceria ou basculantes
(equipe x dia) ................................................................................................................135
VI.3.5 - Coleta e transporte até o destino final de resíduos sólidos diversos, classificados
como entulho. Remoção com utilização de caminhões poliguindastes tipo Brooks e
caçambas estacionárias (equipe x dia)...........................................................................136
VI.3.6 -Coleta e transporte até o destino final de resíduos sólidos diversos, classificados
como entulho. Remoção com utilização de caminhões poliguindastes tipo Brooks e
caçambas estacionárias (tonelada).................................................................................136
VI.3.7 -Coleta e transporte de resíduos sólidos dos serviços de saúde (RSS), em
hospitais, clínicas médicas, odontológicas, veterinárias, pronto-socorros, postos de
atendimento médico, laboratórios, drogarias, farmácias e estabelecimentos congêneres
(tonelada) ......................................................................................................................138
VI.3.8 - Coleta de resíduos domiciliares em áreas de difícil acesso, com a utilização de
equipamentos /ferramentas específicas (homem x hora)...............................................138
VI.3.9 - Fornecimento e instalação de cercas de mourão de eucalipto com 08 fios de
arame farpado, em áreas de disposição inadequada de resíduos sólidos diversos........139
VI.3.10 - Fornecimento e instalação de cestos coletores de resíduos domiciliares em
locais de difícil acesso...................................................................................................139
VI.3.11 Carga e transporte de resíduos sólidos classificados como entulho e
diversificados em diversos logradouros – remoção mecanizada (tonelada)..................142
VI.3.12 - Carga e transporte de resíduos provenientes de limpeza de fossas em diversos
logradouros ...................................................................................................................144
VI.3.13 - Veículos e Equipamentos...............................................................................144
VI.3.14 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI’s...............................................148
VI.3.15 - Planejamento e Divulgação dos Serviços......................................................149
VI.4 – Disposição Final de Resíduos Sólidos Urbanos: Operacionalização, Manutenção
e Monitoramento do Aterro Sanitário Municipal..........................................................151
VI.4.1 - Recebimento dos resíduos...............................................................................151
VI.4.2 - Controle Tecnológico do Aterro Sanitário.......................................................153
VI.4.3 - Sistema de monitoramento da geometria, estabilidade e recalque do aterro
sanitário e outros serviços de topografia ......................................................................153
VI.4.3.1 - Operação dos resíduos .................................................................................153
VI.4.3.2 - Levantamento do volume de resíduos aterrados...........................................153
VI.4.3.3 - Monitoramento de deslocamentos verticais e horizontais ..........................153
VI.4.3.4 - Outros serviços..............................................................................................154
VI.4.3.5 - Equipamentos e materiais a serem utilizados...............................................154
VI.4.3.6 - Relatórios e apresentação dos serviços.........................................................155
VI.4.3.7 - Sistema de monitoramento de líquidos percolados, ruídos, gases e recursos
hídricos..........................................................................................................................155
VI.4.3.8 - Monitoramento das condições de operação .................................................158
VI.4.4 - Gerenciamento da unidade..............................................................................159
VI.4.4.1 - Vigilância da unidade e controle de acesso..................................................159
VI.4.4.2 - Manutenção preventiva e corretiva do sistema de pesagem.........................160
VI.4.4.3 - Pessoal (não inclui serviços especializados).................................................161
VI.4.4.4 - Equipamentos de operação do aterro e estimativas de utilização.................162
VI.4.5– Pessoal..............................................................................................................172
VI.4.6 - Edificações e Instalações.................................................................................174
VI.4.7 - Pesagem e Destino Final..................................................................................174
VI.4.8–Fiscalização.......................................................................................................175
VI.4.9 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s e Ferramentas Necessárias.....175
VI.5 -Preços e Medição dos Serviços............................................................................182

VII – INDICADORES DE DESEMPENHO OPERACIONAL E AMBIENTAL DOS


SERVIÇOS PÚBLICOS DE LIMPEZA URBANA E DE MANEJO DE RESÍDUOS
SÓLIDOS ......................................................................................................................184
VIII – REGRAS PARA TRANSPORTE E OUTRAS ETAPAS DO GERENCIAMENTO
DE RESÍDUOS SÓLIDOS ............................................................................................188

VIII.1 - Regras Relativas ao Transporte de Resíduos Sólidos e Resíduos Sólidos


Perigosos........................................................................................................................188
VIII. 2 – Outras Regras Relativas ao Gerenciamento de Resíduos Sólidos..................188

IX–DEFINIÇÃO DAS RESPONSABILIDADES QUANTO À IMPLEMENTAÇÃO DO


PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS
URBANOS E OPERACIONALIZAÇÃO, INCLUÍDAS AS ETAPAS DO PLANO DE
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS A QUE SE REFERE O ART. 20 A
CARGO DO PODER PUBLICO ..................................................................................198

IX. 1 - Implementação do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos


Urbanos .........................................................................................................................198
IX. 2 - Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico ...................................198
IX. 3 - Planos de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde em Estabelecimentos
Públicos.........................................................................................................................199

X - PROGRAMAS E AÇÕES DE CAPACITAÇÃO TÉCNICA VOLTADOS A


IMPLEMENTAÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE
GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS....................................................200

X.1 - Capacitação Técnica Continuada dos Servidores Públicos Municipais...............200


X.2 – Capacitação Técnica dos Responsáveis pelo Gerenciamento de Resíduos Sólidos
do Setor Privado ...........................................................................................................201

XI – PROGRAMAS E AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL QUE PROMOVAM A


NÃO GERAÇÃO, A REDUÇÃO, A REUTILIZAÇÃO E A RECICLAGEM DE
RESÍDUOS SÓLIDOS ..................................................................................................203

XI.1 - Mobilização social: participação popular como princípio da melhoria da limpeza


urbana............................................................................................................................203
XI.2 -Programa Municipal de Educação para a Limpeza Urbana.................................203
XI.2.1 – Histórico: “Programa Contagem Mais Limpa, A Gente Conta com Você”....203
XI.2.2 –Justificativa......................................................................................................205
XI.2.3–Objetivo Geral...................................................................................................206
XI.2.4–Objetivos Específicos........................................................................................206
XI.2.5–Metodologia de Trabalho: Ações de Mobilização Social................................206
XI.2.5.1–Campanhas Educativas Porta à Porta............................................................206
XI.2.5.2 – Realização de Reuniões em Comunidades do Município............................207
XI.2.5.3 – Participação em Eventos Municipais...........................................................208
XI.2.5.4 - Campanhas Educativas nos Semáforos – Blitz Educativa...........................209
XI.2.5.6 - Oficinas de Reaproveitamento de Material Reciclável.................................210
XI.2.5.7 - Monitoramento – Prestação dos Serviços SALU e Conduta do Munícipe.211
XI.2.5.8 - Ações Intersetoriais.......................................................................................212
XI.2.5.9 – Materiais Educativos e de divulgação.........................................................213
XI.2.6 – Avaliação de Resultados................................................................................214
XI.3 - Ações Educativas de Implantação do Programa Municipal de Coleta Seletiva..215

XII – PROGRAMAS E AÇÕES PARA A PARTICIPAÇÃO DOS GRUPOS


INTERESSADOS, EM ESPECIAL DAS COOPERATIVAS OU OUTRAS
FORMAS DE ASSOCIAÇÃO DE CATADORES DE MATERIAIS
REUTILIZÁVEIS E RECICLÁVEIS FORMADAS POR PESSOAS FÍSICAS DE
BAIXA RENDA ..........................................................................................................217

XII.1 - Concepções e Metodologia de Implementação da Coleta Seletiva em


Contagem.......................................................................................................................217
XII.2 - Situação dos catadores de materiais recicláveis ...............................................218
XII.2.1 - Perfil dos Catadores Não Associados ...........................................................218
XII.2.2 - Perfil Geral dos Catadores Associados ..........................................................224
XII.3 - Dados do diagnóstico gerencial das organizações de catadores .......................230
XII.3.1 - Caracterização dos Espaços de Trabalho .......................................................230
XII.3.2 - ASMAC – “Associação dos Catadores Autônomos de Materiais Recicláveis de
Contagem” ....................................................................................................................230
XII.3.3 - TRAMAR – “Trabalhando com Materiais Recicláveis para um Mundo
Melhor”..........................................................................................................................234
XII.3 - Situação atual dos Catadores.............................................................................235

XIII - MECANISMOS PARA A CRIAÇÃO DE FONTES DE NEGÓCIOS, EMPREGO E


RENDA, MEDIANTE A VALORIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS...................236

XIII.1 – Aspectos Teóricos ...........................................................................................236


XIII.2 - Aspectos Quantitativos ....................................................................................236
XIII.3 – Órgãos Envolvidos e Territórios dos Empreendimentos ................................237
XIII.4 - Sustentabilidade Econômica e Social ..............................................................238
XIII.5 – Valorização dos Resíduos Sólidos...................................................................239

XIV - SISTEMA DE CÁLCULO DOS CUSTOS DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS


PÚBLICOS DE LIMPEZA URBANA E DE MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E
FORMA DE COBRANÇA DESSES SERVIÇOS, OBSERVADA A LEI Nº 11.445, DE
2007 ...............................................................................................................................240

XIV. 1 – Legislação Correlata e Sistema de Cálculo Pela Prestação à População........240


XIV. 2 – Medições dos Serviços Executados e Pagamentos as Empresas
Contratadas....................................................................................................................243

XV - METAS DE REDUÇÃO, REUTILIZAÇÃO, COLETA SELETIVA E


RECICLAGEM, ENTRE OUTRAS, COM VISTAS A REDUZIR A QUANTIDADE DE
REJEITOS ENCAMINHADOS PARA DISPOSIÇÃO FINAL...................................244

XV. 1 – Projeções de População e Geração de Resíduos Sólidos ................................244


XV. 2 - Coleta Seletiva .................................................................................................245
XV. 3 - Resíduos de Construção e Demolição .............................................................247
XV. 4 - Educação Ambiental e Mobilização Social .....................................................248
XV. 5 - Resíduos de Serviço de Saúde..........................................................................252
XV. 6 - Indústria e Comércio........................................................................................252

XVI - DESCRIÇÃO DAS FORMAS E DOS LIMITES DA PARTICIPAÇÃO DO PODER


PÚBLICO LOCAL NA COLETA SELETIVA E NA LOGÍSTICA REVERSA,
RESPEITADO O DISPOSTO NO ART. 33 DA LEI FEDERAL 12.305/2010, E DE
OUTRAS AÇÕES RELATIVAS À RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA PELO
CICLO DE VIDA DOS PRODUTOS ...........................................................................258

XVI.1 - Coleta Seletiva ................................................................................................258


XVI.2 - Logística Reversa ............................................................................................258

XVII - MEIOS A SEREM UTILIZADOS PARA O CONTROLE E A FISCALIZAÇÃO,


NO ÂMBITO LOCAL, DA IMPLEMENTAÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DOS
PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE QUE TRATA O ART.
20 E DOS SISTEMAS DE LOGÍSTICA REVERSA PREVISTOS NO ART. 33............262
XVII. 1 - Cadastramento junto a Secretaria Municipal Adjunta de Limpeza Urbana
.......................................................................................................................................262
XVII. 2 - Apresentação de Plano de Gerenciamento à Secretaria Municipal Adjunta de
Limpeza Urbana ...........................................................................................................262
XVII. 3 - Vistoria nas empresas após implantação dos planos de gerenciamento de
resíduos sólidos ............................................................................................................263
XVII. 4 - Criação de Comitê Permanente de Avaliação e Auxílio à Implantação de
Sistemas de Logística Reversa .....................................................................................263
XVII. 5 - Criação do Inventário Anual de Geração de Resíduos .................................263
XVII. 6 - Estabelecer a apresentação do plano de gerenciamento de resíduos sólidos
como condicionante para licenciamentos ambientais em âmbito municipal e o inventário
como condicionante para renovação de licença de operação........................................264

XVIII - AÇÕES PREVENTIVAS E CORRETIVAS A SEREM PRATICADAS,


INCLUINDO PROGRAMA DE MONITORAMENTO ............................................265

XVIII. 1 - Medidas de Segurança nos Serviços Públicos de Limpeza Urbana.............265


XVIII. 1.1 – Capina e Varrição ....................................................................................265
XVIII. 1.2 – Coleta Domiciliar e Gerenciamento do Galpão de Pneus ........................266
XVIII. 1.3 – Operação e Monitoramentos do Aterro Sanitário ....................................267
XVIII. 1.3.1 - Plano de Monitoramento ...................................................................... 270
XVIII. 2 - Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde de Unidades Públicas...280

XIX - IDENTIFICAÇÃO DOS PASSIVOS AMBIENTAIS RELACIONADOS AOS


RESÍDUOS SÓLIDOS, INCLUINDO ÁREAS CONTAMINADAS, E RESPECTIVAS
MEDIDAS SANEADORAS ..........................................................................................281

XIX.1 - Estimativa do volume do antigo lixão .............................................................281


XIX.2 – Diretrizes do Plano de Recuperação da Área .................................................282
XIX.3 - Benefícios Esperados ......................................................................................282
XIX.3.1 - Poluição do solo ...........................................................................................282
XIX.3.2 - Poluição de águas superficiais próximas ......................................................283
XIX.3.3 - Poluição de águas subterrâneas ....................................................................283
XIX.3.4 - Desvalorização imobiliária do entorno imediato .........................................284
XIX.4 – Dimensionamento da Estrutura de Intervenção..............................................284
XIX.4.1 - De águas pluviais (quantitativos) .................................................................284
XIX.4.2 - Cálculos hidrológicos....................................................................................284
XIX.4.3 - Dimensionamento hidráulico .......................................................................284
XIX.4.4 - Canalização do córrego ................................................................................285
XIX.4.5 - De biogases ..................................................................................................285
XIX.5 - Situação Atual da Recuperação ......................................................................285

XX - PERIODICIDADE DE SUA REVISÃO, OBSERVADO PRIORITARIAMENTE O


PERÍODO DE VIGÊNCIA DO PLANO PLURIANUAL MUNICIPAL .....................286

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS....................................................................287
I - INTRODUÇÃO: O MUNICÍPIO DE CONTAGEM
I. 1 – Aspectos Históricos e Culturais
A origem da cidade de Contagem se dá na Fazenda Sítio das Abóboras. Esta fazenda
era um posto de registro de gado, onde eram fiscalizados e registrados todos os
movimentos das pessoas, mercadorias, cargas e tropas de viajantes.

Inicialmente, por volta do século XVIII, o município de Contagem tinha como principais
atividades econômicas, a agricultura, a pecuária e o comércio, oferecendo apoio às
áreas circunvizinhas mineradoras, sendo seu papel e o apoio e o controle das
atividades mineradoras, uma vez que a mesma não possuía as características de uma
região rica de minerais.

As terras onde hoje se delimita o município eram contíguas às terras exploradas no


período por Betim Paes Leme, cunhado de Fernão Dias.

O primeiro nome com o qual a localidade se tornou conhecida, segundo a Enciclopédia


dos Municípios Brasileiros do IBGE, foi “Abóboras”. A partir do ano de 1714, com a
instalação de um posto de contagem e de cobrança de impostos de artigos que vinham
da região da Bahia, passou então a ser chamada de Contagem das Abóboras. Surge
daí as denominações “Registro” e “Confisco”, que atualmente nomeiam localidades do
município.
Em 29 de Abril de 1854, por força da Lei Provincial nº. 671 foi denominado, oficialmente,
Distrito Contagem das Abóboras, pertencente à Santa Quitéria, condição esta que foi
reafirmada pela Lei Estadual nº. 2 de 14 de Setembro de 1891. A partir de 30 de agosto
de 1911, através da Lei Estadual nº. 556, o Distrito foi desmembrado de Santa Quitéria
e elevado a categoria de Vila com a denominação de Contagem. Neste período havia
4(quatro distritos): Contagem, Campanha, Vargem da Pantana e Vera Cruz. Ocorreram
ainda algumas mudanças no arranjo territorial local por força de leis estaduais
posteriores. Destacam-se a transferência do distrito de Vera Cruz para a formação do
novo Município de Pedro Leopoldo, a criação do Distrito de Neves com as demais terras
remanescentes do Distrito de Vera Cruz e a mudança de nome do Distrito de Vargem da
Pantana para Ibirité. Posteriormente algumas porções deste território foram
desmembradas para criação de novos municípios e Contagem recebeu ainda terras que
pertenciam ao Município de Belo Horizonte. Somente em 1953 por força da Lei Estadual
n.º 1039 de 12 de Dezembro.
Em 1914, por iniciativa do Governo do Estado, na época governado por Benedito
Valadares Ribeiro, foram desapropriadas terras com vistas à implantação de um parque
industrial que mirava destaque em nível estadual e nacional. Tal medida buscava
industrializar a economia mineira que era tida até então como fornecedora de matérias
primas e produtos agropecuários. Tal projeto se consolidou nas décadas de 60 e 70
quando, seguindo a iminente expansão industrial do país, Contagem recebeu dezenas

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de indústrias em sua Cidade Industrial, o Distrito Industrial Coronel Juventino
Dias(1941).
Paralelamente à chegada das indústrias, ocorreu a vinda de grande número de pessoas
de cidades do interior de Minas Gerais e até de outros estados em busca de
oportunidades de trabalho nas indústrias. Devido ao ocorrido, houve assim um grande
crescimento demográfico (verificar item 1.2.3) e, consequentemente um aumento da
demanda de infraestrutura e dos serviços públicos.
No quesito habitação, neste período, Contagem, a exemplo das grandes cidades
brasileiras que foram afetadas diretamente pelo processo de industrialização, não foi
alvo de políticas públicas de moradia. Decorrendo daí, o aparecimento de extensa área
de vilas contíguas à Cidade Industrial.
No âmbito cultural, Contagem tem como destaque comunidades negras que preservam
os costumes religiosos e culturais de seus ancestrais, o congado realizado na
Comunidade dos Arturos - comunidade de descendentes de escravos, que constituem
um grupo folclórico-cultural que se preocupa em divulgar as suas tradições através da
música e danças religiosas de origem africana e guardam ainda a pureza de suas
raízes - e, a Comunidade Ciriacos.
E, também a Tradição Cigana de Hugo Caldeira - Comunidade cigana que preserva e
divulga sua história e tradições.
Conta ainda, com a Orquestra Jovem de Contagem, composta por mais de cinquenta
músicos, com idade média de 14 anos, a Corporação Musical Santo Antônio de
Contagem e o Coral Municipal "Musicanto", os quais participam de eventos culturais,
como mais uma forma de preservação dos valores da identidade da cidade.
Além da referência das comunidades citadas, Contagem possui bens culturais
tombados, os quais retratam de modo panorâmico traços de sua cultura e de sua
história.
Segue abaixo a relação de alguns bens culturais e uma breve caracterização de cada,
de acordo com a Revista de Educação Patrimonial “Por Dentro da História” (Ano 1,
Número 1, Janeiro de 2009) publicada pela Secretaria Municipal de Educação e Cultura.

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Figura 1 Figura 2

Acervo ASCOM Acervo Mario Moreira

Casa da Cultura Nair Mendes Moreira - Museu Histórico de Centro Cultural Prefeito Francisco Firmo de Mattos Filho
Contagem (Tombada pelo Decreto 10.060 de 14 de dezembro de (Tombado pelo Decreto 9.987 de 31 de março de 1998)
1998)

Figura 4
Figura 3

Acervo Ronaldo Leandro Acervo ASCOM

Igreja Matriz de São Gonçalo (Tombada pelo Decreto 10.466 de Espaço Popular (Tombado pelo Decreto 10.695 de 6 de
2 de maio de 2000) dezembro de 2000)

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FIGURA 5 FIGURA 6

Acervo Alexandra Ponsa Acervo ASCOM

Cine Teatro Municipal (Tombado pelo Decreto 10.806 de 31 de Parque Municipal Gentil Diniz (Tombado pelo Decreto 9.886 de
maio de 2001) 31 de março de 1998)

FIGURA 7
FIGURA 8

Acervo Folha de Contagem

Casa de Cacos de Louça (Tombada pelo Decreto 10.445 de 14


de abril de 2000)

Acervo Atlas Escolar de Contagem

Capela Imaculada Conceição e Santa Edwiges (Tombada pelo


Decreto 10.446 de 14 de abril de 2000)

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Figura 9 Figura 10

Acervo Atlas Escolar de Contagem Acervo Casa de Cultura

Capela São Domingos de Gusmão (Tombada pelo Decreto Ruínas da Fazenda Vista Alegre (Tombada pelo Decreto 10.460
11.323 de 14 de julho de 2004) de 2 de maio de 2000)

FIGURA 11 FIGURA 12

Acervo Mario Moreira Acervo ASCOM

Chaminés e Prédio Administrativo da Itaú (Tombados pelo Conjunto Arquitetônico da Prefeitura Municipal.
Decreto 10.186 de 17 de junho de 1999) (Tombado pelo Decreto 190 de 22 de setembro de 2005)

Ainda no âmbito relativo à cultura, o próprio brasão do município (fig. 1) tem a


representação de aspectos que permeiam a construção histórica e cultural da cidade.

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FIGURA 13

Brasão do Município de Contagem

Observa-se na figura do brasão a representação de chaminés que fazem referência


direta a vocação industrial que Contagem assumiu. A jabuticabeira se fez presente pela
abundância desta espécie arbórea na região no período anterior ao processo de
urbanização e industrialização; os cruzados se referem a origem portuguesa;

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I.2 - Aspectos Geográficos
I.2.1 - Físicos
Contagem está localizada na região Central de Minas Gerais e no Campo das
Vertentes, na Zona Metalúrgica de Minas Gerais. A cidade pertence à Região
Metropolitana de Belo Horizonte e faz limite com os municípios de Ribeirão das Neves,
Esmeraldas, Betim, Ibirité e Belo Horizonte (mapa 1). A Sede do município está situada
a 902 metros acima do nível do mar.

Mapa 1

Tabela 1

Coordenadas Geográficas Área Territorial

19º 54' 40” de Latitude Sul


194, 586 km
44º 02' 40” de Longitude Oeste

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A área do município está localizada na macro-unidade de relevo denominada
“Depressão Sanfranciscana” (IGA/1977), recebendo o nome e Depressão Periférica de
Belo Horizonte (Barbosa, 1967). Depressão Periférica “é um arranjo regional particular
de relevo, e não um tipo de relevo”. A Depressão Periférica de Belo Horizonte é
delimitada ao sul por um longo alinhamento de cristas, que se estende desde a cidade
de Caeté até os arredores da cidade de Itatiaiuçu. Estas cristas formam o conjunto de
elevações do Quadrilátero Ferrífero. A forma de relevo predominante é colinas convexo
côncavas, formadas sobre rochas granito-gnáissicas, rochas estas bem freqüentes na
Região Sudeste do Brasil. As depressões periféricas são elementos fundamentais da
compartimentação do relevo brasileiro, e por isso são facilitadoras da dinâmica da
ocupação dos territórios. Em Minas Gerais, a Depressão Sanfranciscana se apresentam
como áreas rebaixadas o longo do rio São Francisco e seus afluentes (entre os
planaltos do São Francisco, localizados no setor noroeste do Estado, a serra do
Espinhaço no centro-leste e o Quadrilátero Ferrífero no centro-sul).

Essas áreas funcionam como corredores por onde penetraram no Estado, desde os
tempos coloniais, os desbravadores, os comerciantes e os criadores de gado.
Tabela 2

Características Topográficas

Altitude Máxima 1047 metros (Local Morro Vermelho)

Altitude Mínima 879 metros (Próximo ao Ribeirão Betim)


Altitude no Ponto Central da Cidade 902 metros

O desenvolvimento da Depressão Periférica de Belo Horizonte, onde se localiza o


município de Contagem, é conseqüência do trabalho erosivo dos rios devido,
principalmente, aos três eixos de drenagem: ribeirão Arrudas e ribeirão do Onça sentido
leste (bacia Rio das Velhas) e ribeirão Betim sentido oeste (bacia Rio Paraopeba).
O clima do município de Contagem é marcado por sazonalidade térmica e
pluviométrica, importante fato que classifica o regime climático como do tipo CwB Clima
tropical de altitude. A característica mais marcante é a presença de temperatura mínima
reduzida em torno de 16,70 ºC em julho, época que apresenta uma estiagem
pronunciada. No verão, as médias de temperatura podem chegar até aos 27,10ºC,
sendo o período de maiores índices pluviométricos. O índice médio é de 1497,3mm
anual. Tabela 3

Temperatura

Média Anual 21,1º C

Média Máxima Anual 27,1º C

Média Mínima Anual 16,7º C

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A vegetação que predomina no município, o Cerrado, está bastante devastada. A
presença de matas é restrita, destacando–se as capoeiras e as matas de galeria ou
ciliares, encontradas nos fundos de vale. Apesar do processo de intensa devastação
ambiental, em épocas passadas, o município conserva importantes áreas de cobertura
vegetal, como o Parque Municipal Gentil Diniz e a Vargem das Flores.
A vegetação original do município era de floresta perenifólia/ subperenifólia, formadas
por espécies que perdem sazonalmente as folhas em contato com formações do
Cerrado. Essa vegetação foi devastada, restando apenas “manchas” isoladas de
formações secundarias, já tendo sido cortadas uma ou mais vezes. Em Contagem,
essas “manchas” se restringem às áreas localizadas nas sub-bacias dos córregos Morro
Redondo, Campo Alegre e em pequenas sub-bacias que drenam diretamente para a
represa Vargem das Flores na sua margem esquerda.
Intera a drenagem hidrográfica do município a bacia do rio São Francisco, formada por
dois dos seus afluentes: rio Paraopeba e o rio das Velhas.
Sua reserva hídrica constitui, também, uma grande quantidade de córregos e
nascentes. Córregos: Água Suja, Morro Redondo, Abóboras, São João, Água Branca e
Riacho das Pedras. Ribeirões: Bom Jesus e Arrudas e Represa Vargem das Flores.
Assim, o município de Contagem está localizado completamente na grande bacia do
Rio São Francisco, denominado “Rio da Integração Nacional, pois para ele drenam as
águas de cinco estados brasileiros: Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e
Sergipe”.
Ao se analisar o município de Contagem, identifica-se no setor oriental (leste) do
município a rede de drenagem que escoa para o rio das Velhas, formada pelo Arrudas e
seus afluentes, em grande parte comprometidos pelo lançamento de esgoto e resíduos
diversos, e a rede de drenagem que escoa para a lagoa da Pampulha. Para a
Pampulha drenam: o ribeirão do Cabral, conhecido como Sarandi e o córrego Bom
Jesus e sés afluentes, que carreiam grande quantidades de sedimentos para a lagoa da
Pampulha.
Em 1974, ficou pronta a represa Vargem das Flores, formando um reservatório de água
com a finalidade de prover o abastecimento público. Está obra foi possível graças a um
convenio estabelecido entre Contagem e Betim. Na década de 1960, existia o Serviço
Autônomo Municipal de Águas e Esgotos (SAMAE), que implantou o sistema de
abastecimento mais moderno em Contagem, inclusive o sistema de Vargem das Flores.
Na primeira metade da década de 1970 o Governo Federal institui o Plano Nacional de
Saneamento (PLANASA), com o intuito de viabilizar a Política Nacional de Saneamento
e financiar obras neste setor. Os Municípios que não aderissem ao PLANASA
dificilmente receberiam os recursos. Essa adesão seria efetivada mediante a concessão
municipal dos serviços às companhias estaduais criadas para essa finalidade.
Diante dessa situação Contagem aderiu ao PLANASA, concedendo à COPASA a
execução, operação e exploração dos serviços de água e esgotos sanitários. Dessa

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maneira todo o sistema de abastecimento de Contagem foi repassado para a COPASA,
inclusive Vargem das Flores. Atualmente o sistema Vargem das Flores atende a 15% da
demanda de água da Região Metropolitana, abastecendo cerca de 700 mil pessoas.
No que tange ao aspecto geológico a geologia regional é composta por um conjunto de
rochas muito antigas, datadas do período pré-cambriano, em que os litotipos que
predominam são rochas granitóides, gnaisses, magmáticos, quartzo e feldspato. O Solo
do município é marcado pelo fenômeno da voçoroca, principalmente na região que
contorna Vargem das Flores. Há, também, a presença de areia, cascalho e argila em
grande quantidade.
I.2.2 – Infraestrutura
O serviço de distribuição de energia elétrica no município é prestado pela Campainha
Energética de Minas Gerais (CEMIG), verificando-se um consumo anual de
1.199.759.749 kwh.
Tabela 4

Consumidores (Kwh)

Área Industrial 2877

Área Comercial 17736

Área Residencial 171705

Área Rural 185

Outros 621
Total de Consumidores 193124

O município conta ainda com 12 agencias da Empresa Brasileira de Correios e


Telégrafos, sendo 05 próprias e 07 franqueadas. Já o serviço de telefonia fixa oferece
terminais de ondas ligadas aos sistemas DDD e DDI, atendendo inclusive a zona rural,
com telefones públicos e comunitários. O Sistema de telefonia celular é realizado por
quatro diferentes operadoras.
A cidade sinais de radio e televisão de emissoras locais de Belo Horizonte e outras
cidade, não possuindo uma emissora de TV local.
Contagem articula-se em uma malha rodoviária constituída de três rodovias federais e
duas estaduais: BR-040, BR-262, BR-381, MG-050 e MG-060, que fazem a ligação da
cidade com os grandes centros do país e demais regiões do estado.
O município conta também com a rede ferroviária Centro – Atlântica, que permite o
transporte sob trilhos até o Centro – Oeste, Nordeste e Sudeste, incluindo os principais
terminais marítimos.

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Tabela 5

Cidade Rodoviária Ferroviária

Belo Horizonte 21 14

Brasília 743 1148

Rio de Janeiro 445 641


São Paulo 600 887

Vitória 560 731

I.2.3 - Regiões Administrativas


Mapa 2

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I.2.3.1 - Regional Industrial

Com o advento da criação da Cidade Industrial Coronel Juventino Dias, em 1941 a


dinâmica de evolução do eixo oeste, mais especificamente Contagem, Betim passa a
ser mais acelerada. A escolha do local se deve a proximidade com a Capital e
apresentar relevo suave e ter boas condições de acesso como as estradas que ligam
Minas Gerais ao Rio de Janeiro e São Paulo (BR 040 e 381 Fernão Dias), mas o novo
parque industrial só vem a se efetivar década de 50 com a instalação de empresas
como: Cimentos Itaú e da Magnesita, no ramo de refratários que se instalaram
inicialmente na Cidade Industrial impulsionando a confiabilidade e credibilidade do local
perante outras grandes empresas, ao final dos anos 1950, a cidade industrial havia se
transformado no maior núcleo industrial de Minas Gerais.
Compõem a Regional Industrial diversos bairros e vilas com destaque para os
seguintes: Cidade Industrial, Jardim Industrial, Industrial 1ª, 2ª e 3ª secções, Vila
Barraginha, Vila Itaú, Bairro Vila São Paulo, Líder, Amazonas, Bandeirantes e Santa
Maria dentre outros.

I.2.3.2 - Regional Eldorado

O principal ponto de origem da Regional tem como polarizador o bairro Cidade Jardim
Eldorado, com planta original aprovada com 4.000 lotes, em 20 de junho de 1954. Seu
Plano previa cinemas, teatros, zonas comerciais em cada bairro da região,
abastecimento de água, região de brinquedos para as crianças, influenciado pelos
projetos de cidades jardins implementados na Capital paulista, na mesma época. O
principal objetivo era urbanizar uma grande área e construir conjuntos habitacionais
para resolver o problema de moradia e parte dos moradores que vieram trabalhar nas
indústrias de Contagem. O primeiro desses conjuntos foi o JK construído após a
construção da Avenida João César de Oliveira.
No inicio da década de 70, é implantado na Região do Eldorado o “CINCO” – Centro
Industrial de Contagem – para a instalação de cerca de 100 indústrias no intuito de
resolver o problema de saturação da Cidade Industrial.
Hoje, a Regional Eldorado possui um perfil diversificado, com atividades educacionais,
comerciais e residenciais. Acontece aos sábados e domingos, na Av.Portugal a Feira de
Artesanato de Contagem.
Compõem a Regional Eldorado os seguintes Bairros: Água Branca, Conjunto Água
Branca, Vila Paris, Oliveiras, Jardim Bandeirantes, Eldoradinho, Cincão, Cidade Jardim
Eldorado, Gloria, Novo Eldorado, Santa Cruz Industrial, São Pedro, Cinco, Bela Vista,
Parque São João, Beatriz e JK.

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I.2.3.3 - Regional Ressaca

A evolução urbana da região tem sua origem nas divisões sucessivas da fazenda do
Confisco, que começou a ser loteada nos anos de 1950. Ao longo de quatro décadas
surgiram novos bairros e vilas, originando a ocupação majoritariamente residencial que
encontramos na região.
Com o advento da construção da Central de Abastecimento de Minas Gerais (CEASA –
MG), na confluência da Av. Sarandi e da Rodovia BR – 040, Contagem passou a abrigar
o segundo maior entreposto deste tipo no País. Um conjunto de bairros foi formado sob
a influência do crescimento acelerado de Belo Horizonte, segundo duas frentes
principais: expansão do eixo Pedro II Padre Eustáquio, na direção da estrada de acesso
ao antigo núcleo da Ressaca (Bairro Colorado, Jardim Laguna e Ressaca) e expansão
originária a partir da Pampulha e que se integra as demais frentes (Bairro Nacional).
A Regional Ressaca é formada hoje pelos seguintes Bairros: Ressaca, Cândida
Ferreira, Campina Verde, Feijão Miúdo, Boa Vista, Novo Boa Vista, Presidente Kennedy,
São Sebastião, Jardim do Lago, Morada Nova, Oitis, Colorado, Milanês, Arvoredo,
Arpoador, Jardim Laguna, Parque Airton Sena, Novo Progresso, Progresso Industrial,
Parque Turista, Parque Recreio, São Joaquim, Balneário da Ressaca, Guanabara,
Jardim Balneário, São Gotardo, Vila Perola, Vila Santa Luzia, Vila União.

I.2.3.4 - Regional Nacional

Fortemente impactada na década de 1950 pelo processo de parcelamento


desencadeado a partir da Pampulha. Permaneceu desocupada por muito tempo, com a
ocorrência de loteamentos destinados apenas a sítios de recreio. Esse loteamento foi
feito para a criação do Bairro Nacional, a partir de divisões seqüenciais da Fazenda
Gangorra, pertencente a Joaquim Diniz Silveira e sua esposa.
Fazem parte dessa Regional os bairros: Nacional, Jardim Alvorada, Caiapós, Lua Nova
da Pampulha, Xangrilá, Estrela Dalva, Tijuco, Bom Jesus, Pedra Azul, Vale das
Amendoeiras, Novo Horizonte e Vila Francisco Mariano.

I.2.3.5 - Regional Sede

Relatos e documentações atestam a criação do Registro das “Abóboras” a partir de


1716, segundo o dicionário da terra da Gente de Minas, de Waldemar de Almeida
Barbosa, começando funcionar em 09 de agosto de 1716. O arraial iniciado com a
implantação do registro não se expandiu como núcleo urbano. O Arraial de “São
Gonçalo da Contagem das Abóboras” se constituiu enquanto núcleo original da
ocupação da sede municipal.
A Regional Sede atualmente abriga os seguintes bairros: Fonte Grande, Santa
Terezinha, Alvorada, Arcádia, Vila Belém, Camilo Alves, Central Parque, Colonial,
Coração de Jesus, Praia, Quintas Coloniais, Vila Militar, Chácaras Del Rey, Canadá,

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Europa, Granja Vista Alegre, Linda Vista, Maracanã, Três Barras, Perobas, Maria da
Conceição, Funcionários, São Gonçalo e Santa Helena.

I.2.3.6 - Regional Petrolândia

A região foi resultado de um conjunto de três fazendas compradas pela Cia Imobiliária e
construtora de Belo Horizonte, a CICOBE, em 1959 a Fazenda Olhos d´água e a
Gafurinha, ambas de propriedade de Jose Diniz da Costa Belém, e a fazenda Pau
Grande, de Oldemar Rocha. O bairro Petrolândia foi o primeiro a ser implantado na
região, sem dispor de nenhuma estrutura, exceto o arruamento. Alem disso, como o
loteamento tinha sido realizado por uma empresa privada, a Prefeitura só aprovou o
bairro oficialmente em 1977.
Compõem a regional os seguintes bairros: Petrolândia, São Luiz, Sapucaias I, II e III,
Campo Alto, Tropical, Beija Flor e São Caetano.

I.2.3.7 - Regional Vargem das Flores

Diversos bairros que fazem parte da região de Vargem das Flores foram loteados,
desrespeitando a legislação legal, em função da bacia hidrográfica de Vargem das
Flores. Com o crescimento de Contagem e Betim, já se nota fortes pressões de
ocupação de área da bacia. Loteamentos esparsos e desarticulados, clubes e
residências vão implantando-se aleatoriamente e já ameaçam o espaço natural com
uma descaracterização progressiva.
O principal bairro da região o Bairro de Nova Contagem foi construído para abrigar e
acomodar a população expulsa das regiões periféricas da Cidade Industrial e também
abrigar a Penitenciaria Nelson Hungria.
Atualmente a população dessa regional vem experimentando grandes mudanças, pois a
atual administração investe na requalificação dos espaços, no que tange a
investimentos na questão habitacional, de pavimentação das vias e também grandes
obras de saneamento, bem como a valorização cultural da população ali residente.
Integram a regional Vargem das Flores os bairros: Nova Contagem, Ipê Amarelo, Darcy
Ribeiro, Icaivera, Buganville I e II, Santa Filomena, Retiro e Tupã.

I.2.3.8 - Regional Riacho

A ausência de um zoneamento residencial na região da Cidade Industrial favoreceu a


ocupação do Riacho e de outros bairros vizinhos pela classe operaria que trabalhava
nas indústrias. No bairro Riacho das Pedras, foram construídas 250 casas, junto à
Cidade Industrial e em frente à Sociedade Hípica de Belo Horizonte. As casas foram
comercializadas pelo BNH, e o Bairro foi completamente urbanizado, com água, energia
elétrica, asfalto e arborização.

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Fazem parte da Regional Riacho os seguintes bairros: Granja Lempp, Riacho das
Pedras, Jardim Riacho das Pedras, Monte Castelo, Inconfidentes, Vera Cruz, Durval de
Barros e Riacho III.

I.2.4 - Aspectos Econômicos

Entre 2005 e 2008, segundo o IBGE, o Produto Interno Bruto (PIB) do município
cresceu 51,9%, passando de R$ 9.791,8 milhões para R$ 14.869,8 milhões. O
crescimento percentual foi superior ao verificado no Estado que foi de 46,7%. A
participação do PIB do município na composição do PIB estadual aumentou de 5,08%
para 5,26% no período de 2005 a 2008.

Gráfico 1

Econômica do Município de Contagem vem demonstrando participação expressiva do


setor de Serviços, que responde por 54,7% do PIB municipal. Cabe destacar o setor
secundário ou industrial, cuja participação no PIB era de 28,0% em 2008 contra 30,5%
em 2005. No mesmo sentido ao verificado no Estado, em que a participação industrial
decresceu de 30,5% em 2005 para 27,9% em 2008.

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Gráfico 2

O mercado de trabalho formal do município apresentou em todos os anos saldos


positivos na geração de novas vagas entre 2004 e 2010. O número de vagas criadas
neste período foi de 59.025. No último ano as novas contratações registraram 108.242
contratações contra 95.800 demissões.
Gráfico 3

Segundo dados do Ministério do Trabalho e Emprego, o mercado de trabalho formal em


2010 totalizava 191.989 postos, 37,6% a mais em relação a 2004. O desempenho do

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município ficou abaixo da média verificada para o Estado, que cresceu 39,4% no
mesmo período.
Serviços foi o setor com maior volume de empregos formais, com 60.889 postos de
trabalho, seguido pelo setor de Comércio com 56.818 postos em 2010. Somados, estes
dois setores representavam 61,3% do total dos empregos formais do município.
Gráfico 4

Os setores que mais aumentaram a participação entre 2004 e 2010 na estrutura do


emprego formal do município foram Comércio (de 25,53% em 2004 para 29,59% em
2010) e Construção Civil (de 3,63% para 5,75%). A que mais perdeu participação foi
Administração Pública de 8,15% para 4,85%.
A receita orçamentária do município passou de R$ 455,4 milhões em 2005 para R$
781,1 milhões em 2009, o que retrata uma alta de 71,5% no período ou 14,44% ao ano.
A proporção das receitas próprias, ou seja, geradas a partir das atividades econômicas
do município, em relação à receita orçamentária total, passou de 22,54% em 2005 para
24,53% em 2009, e quando se analisa todos os municípios juntos do estado, a
proporção aumentou de 24,48% para 23,71%.
A dependência em relação ao Fundo de Participação dos Municípios (FPM) diminuiu no
município, passando de 6,36% da receita orçamentária em 2005 para 5,39% em 2009.
Essa dependência foi inferior àquela registrada para todos os municípios do Estado,
que ficou em 23,76% em 2009.

I.2.5 - Aspectos Demográficos

Para a elaboração de breve quadro da evolução demográfica do município, foram


utilizados dados dos censos do IBGE dos anos de 1970, 1980, 1991, 2000 e 2010. Para

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a recuperação dos dados foram consultados os sites do IBGE1 e do SUS2 por meio dos
bancos de dados SIDRA3 e DATA SUS4 (este último pelo sistema de recuperação
Tabnet Win 32 2.7a).

I.2.5.1 – Aumento populacional, evolução etária e razão de sexos

O crescimento demográfico em Contagem, como se observa na tabela Y, foi significativo


em todos os censos amostrados. Porém, destacam-se os períodos de 1970 à 1980 e de
1980 à 1991. No primeiro, a população do município mais que dobrou saindo de
111.235 para 280.325. No segundo período citado a população não chega a dobrar, mas
teve aumento de 169.263 habitantes. Os anos seguintes também representaram
aumentos significativos, porém a proporção entre a população medida em um censo
anterior e a população que aumento no censo seguinte diminuiu. Como conseqüência
lógica do crescimento populacional a densidade demográfica do município passou de
570 habitantes por km2 no censo de 1980 para 3090 habitantes por km2 no censo de
2010.

TABELA 6
População Recenseada em Contagem de 1970 à 2010

Densidade
Ano População Demográfica
2
(hab/km )

1970 111.235 570

1980 280.325 1436

1991 449.588 2302

2000 538.017 2755

2010 603.442 3090


Fonte: Censos IBGE 1970, 1980, 1991, 2000 e 2010

Para fins de análise da evolução da estrutura etária dos habitantes do município, foram
elaboradas pirâmides etárias para cada ano de censo, com exceção do ano de 1970
para o qual não puderam ser recuperados dados de população dividida por faixa etária
devido a indisponibilidade dos mesmos nas fontes oficiais consultadas.

1
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
2
Sistema Único de Saúde
3
Sistema IBGE de Recuperação Automática
4
Departamento de Informática do SUS

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


18
Por meio da análise das pirâmides é possível verificar um processo gradual de
envelhecimento da população residente no município ao longo das décadas
observadas. Na pirâmide etária de 1980 verifica-se a predominância de faixas etárias
menores, com destaque para o significativo número de crianças e adolescentes em
relação ao restante da população.
GRÁFICO 5

Fonte: Censos IBGE 1980; gráfico elaborado em 11/04/2012.

Na pirâmide etária do ano de 1991, observa-se uma relativa manutenção das faixas
etárias de crianças e adolescentes e um aumento das faixas etárias de jovens e adultos
(20-29, 30-39 e 40-49). Manteve-se neste período número reduzido de idosos, porém
houve sensível aumento da população de faixa etária entre 60 e 69 anos.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


19
GRÁFICO 6

Fonte: Censo IBGE 1991; gráfico elaborado em 11/04/2012

Na pirâmide etária relativa ao censo de 2000, chama atenção a queda relativa da faixa
etária de 0 a 9 anos, fato este que pode estar ligado a uma diminuição da natalidade no
período. As demais faixas etárias apresentaram sensível aumento no período mantendo
uma certa uniformidade com relação as pirâmides anteriores com exceção da faixa
entre 20 e 29 anos que por pouco superou a faixa entre 10 e 19, invertendo assim a
relação existente no censo de 1991 quando a faixa de 10 a 19 anos era maior.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


20
GRÁFICO 7

Fonte: Censo IBGE 2000; gráfico elaborado em 11/04/2012

Na pirâmide etária relativa ao censo de 2010, observa-se a continuidade do


estreitamento da faixa etária entre 0 e 9 anos. A faixa etária entre 10 e 19 anos também
apresentou diminuição significativa em relação aos demais
GRÁFICO 8

Fonte: Censo IBGE 2010; gráfico elaborado em 11/04/2012

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


21
Logo, conclui-se que população de Contagem diminuiu o seu índice de crescimento
relativo ao longo dos censos e que sua população vem passando por contínuo processo
de envelhecimento, fato com o qual corrobora o cálculo de índice de envelhecimento
realizado a frente.
A seguir foram calculados alguns indicadores demográficos em título de
complementação à caracterização da população residente em Contagem, bem como do
processo de evolução demográfica desta população. Todas as fórmulas de cálculos
demográficos a seguir foram extraídas da biblioteca virtual em saúde da RIPSA (Rede
Interagencial de Informações Para a Saúde)5.

Razão de Sexos
A razão de sexos mede a relação de proporção entre habitantes do sexo masculino e
feminino em determinado ano. Calcula-se o número de homens para cada grupo de 100
mulheres da população residente. Caso o número calculado fosse igual a 100, a
população seria composta por número equivalente de homens e mulheres. Se menor
que 100 observa-se predominância de mulheres e acima de 100 predominância de
homens. Seu cálculo se dá pela seguinte fórmula:

Em Contagem, observa-se, conforme tabela Z, que até o censo de 1980 o número de


homens era maior que o de mulheres. Tal quadro passa a ser invertido à partir do censo
de 1991 o que se repete nos censos de 2000 e 2010.
TABELA 7

Ano Razão de Sexos

1980 101,0

1991 97,3

2000 95,9
2010 94,3
Fontes: IBGE, DATA SUS e RIPSA

Índice de Envelhecimento
O índice de envelhecimento mostra a relação de pessoas de 60 anos ou mais de idade
(considerados idosos de acordo com Lei Federal 8842/1994) para cada 100 pessoas
menores de 15 anos de idade. Tal indicador, em especial quando se consideram
períodos de tempo e não apenas um único ano, mostra a tendência de envelhecimento
ou não de determinada população. O cálculo se dá pela seguinte fórmula:

5
www.ripsa.org.br

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22
Em Contagem, observa-se, conforme tabela que houve desde o censo de 1980 até o
censo de 2010 um significativo envelhecimento da população. Entre os censos de 2000
e 2010 observa-se que o índice de envelhecimento praticamente dobrou.

TABELA 8

Ano Índice de Envelhecimento

1980 8,2

1991 13,3

2000 22,8

2010 43,1
Fontes: IBGE, DATA SUS e RIPSA

I.2.5.2 - Grau de Urbanização


Por fim, o cálculo do grau de urbanização evidencia o que se percebe em vários outros
dados e informações, bem como na própria história da cidade. O cálculo do grau de
urbanização é realizado através da seguinte fórmula:

Contagem é uma cidade de população tipicamente urbana conforme se verifica na


tabela.
TABELA 9
População Residente Por Situação - Contagem

Grau de
Ano Urbana Rural
Urbanização

1980 278119 2.206 99,21

1991 419975 29.613 93,41

2000 533330 4.687 99,13

2010 601400 2.042 99,66


Fontes: IBGE, DATA SUS e RIPSA

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23
II - DIAGNÓSTICO DA SITUAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS GERADOS NO
RESPECTIVO TERRITÓRIO, CONTENDO A ORIGEM, O VOLUME, A
CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS E AS FORMAS DE DESTINAÇÃO E
DISPOSIÇÃO FINAL ADOTADAS

II. 1 – Considerações Gerais


“O sistema de limpeza urbana da cidade deve ser institucionalizado
segundo um modelo de gestão que, tanto quanto possível, seja capaz de
promover a sustentabilidade econômica das operações, preservar o meio
ambiente, preservar a qualidade de vida da população e contribuir para a
solução dos aspectos sociais envolvidos com a questão”.
“O modelo de gestão deverá não somente permitir, mas sobretudo
facilitar a participação da população na questão da limpeza urbana da
cidade, para que esta se conscientize das várias atividades que
compõem o sistema e dos custos requeridos para a sua realização, bem
como se conscientize de seu papel como agente consumidor e, por
conseqüência, gerador de lixo. A conseqüência direta dessa participação
traduz-se na redução da geração de lixo, na manutenção dos
logradouros limpos, no acondicionamento e disposição para a coleta
adequados, e, como resultado final, em operações dos serviços menos
onerosas”.
“É importante que a população saiba que é ela quem remunera o
sistema [...]. Em última análise, está na própria população a chave para a
sustentação do sistema, implicando por parte do município a montagem
de uma gestão integrada que inclua, necessariamente, um programa de
sensibilização dos cidadãos e que tenha uma nítida predisposição
política voltada para a defesa das prioridades inerentes ao sistema de
limpeza urbana”.
“A base para a ação política está na satisfação da população com os
serviços de limpeza urbana, cuja qualidade se manifesta na
universalidade, regularidade e pontualidade dos serviços de coleta e
limpeza dos logradouros [...]. A ação política situa-se no envolvimento
das lideranças sociais da cidade, de empresas particulares e de
instituições estaduais e federais atuantes no município com
responsabilidades ambientais importantes. A instrumentação política
concretiza-se na aprovação do regulamento de limpeza urbana da
cidade que legitima o modelo de gestão adotado e as posturas de
comportamento social obrigatórias, assim, como as definições de
infrações e multas. O regulamento deverá espelhar com nitidez os
objetivos do poder público na conscientização da população para a
1
questão da limpeza urbana e ambiental” .
O Município de Contagem, por suas características de formação sintetizadas no capítulo I
e a exemplo de outros pertencentes às regiões metropolitanas, passou por situações
calamitosas com relação ao gerenciamento de resíduos sólidos. Estas situações
possivelmente ocorreram devido a deficiências de planejamento e inexistência, até certo
período, de marcos legais que orientassem a gestão e o gerenciamento ambientalmente
adequado de resíduos sólidos gerados no território municipal.

1
MONTEIRO, J. H. P. et al. Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos, Victor Zular Zveibil
(Coordenador). 15ª ed. Rio de Janeiro, IBAM, 2001, 200p.

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24
A primeira lei referente especificamente ao tema da Limpeza Urbana do Município de
Contagem foi sancionada no ano de 1994 (Lei Municipal Nº. 2.627).
O último lixão do município foi desativado no fim da década de 1990 através de projeto
desenvolvido no âmbito do PROSAM2 e executado com recursos do Fundo de
Saneamento Ambiental das Bacias dos Ribeirões Arrudas e Onça, criado pela Lei
Estadual 11.399/1994. Conhecido como “Lixão do Cinco” 3, o espaço de disposição final
inadequada se localizava em uma área de relevo deprimido, visível de uma das mais
extensas e movimentadas vias do município de Contagem, a Avenida João César de
Oliveira. Estava ainda cercado de um lado pelo “Córrego Bitácula” – afluente do “Córrego
Sarandí”, um dos maiores contribuintes hídricos da Lagoa da Pampulha – e de outro por
uma área de ocupação irregular anexa ao Bairro Bela Vista. Com o processo de
desativação do último lixão existente na cidade foi criado em 1997 o Aterro Sanitário
Municipal em uma área localizada no Bairro Perobas e cujo gerenciamento esteve a
cargo da Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Logo após foi criada a
Superintendência de Limpeza Urbana que durante algum tempo ficou a frente da
operacionalização do aterro e das demais atividades ligadas à Limpeza Urbana no
Município.
No ano de 2007 foi criada a SALU4, vinculada à SEMOBS5, que passou então a operar o
aterro e a se encarregar da Limpeza Urbana do Município de Contagem.
Segue abaixo o organograma da SALU aprovado pelo Decreto Municipal Nº. 1.105 de 12
de fevereiro de 2009:

2
Programa de Saneamento Ambiental das Bacias da Pampulha e do Onça
3
Cinco, neste caso, é referência ao Centro Industrial de Contagem (CINCO). Bairro industrial implantando na
década de 70 com recursos do então Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE) e da
Prefeitura Municipal de Contagem consolidando o destaque da cidade em sua função urbana industrial
4
Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana
5
Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


25
Figura 14: Fluxograma SALU

Secretaria Municipal
de Obras e Serviços
Urbanos

Secretaria Municipal
Adjunta de Limpeza
Urbana

Coordenadoria de
Operações

Diretoria de Diretoria de Diretoria de Diretoria de


Diretoria de Destinação e
Planejamento e Varrição, Capina Coleta de
Controle Projetos e Serviços Resíduos Sólidos Manejo de
Operacional Especiais Urbanos Resíduos Sólidos
Especiais

Gerência de
Gerência de
Fiscalização da
Mobilização
Limpeza Urbana Gerência do Gerência do
Social
Aterro Sanitário Aterro de Inertes

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


26
A Secretaria Municipal Adjunta de Limpeza Urbana – SALU é atualmente responsável
pelos serviços públicos de:

Coleta e Transporte de Resíduos Sólidos Urbanos com características domiciliares e de


serviços de saúde, inclusive coleta de materiais potencialmente recicláveis, Varrição
manual de vias e logradouros públicos, Varrição manual, Lavagem e desinfecção de vias
públicas pós-feiras livres, Instalação de cestos de resíduos leves, Capina manual de vias
e logradouros públicos com e/ou sem pavimento asfáltico, Pintura de meio-fio de vias e
logradouros públicos, Capina mecanizada de vias e logradouros públicos com
pavimentação poliédrico, paralelepípedo e blocos de concreto, Roçada mecanizada com
utilização de roçadeira costal, Equipes para realização de serviços diversos e serviços
emergenciais, Limpeza manual de córregos, Limpeza de Fossas, bem como a
Operacionalização, Manutenção e Monitoramento do Aterro Sanitário Municipal.

Diariamente, são coletadas em média 500 toneladas de lixo em toda a cidade a qual é
destinada ao Aterro Sanitário Municipal, sendo os resíduos dispostos adequadamente, de
acordo com legislação, normas técnicas e exigências da Fundação Estadual de Meio
Ambiente – FEAM.

Para a prestação desses serviços, a SALU conta com aproximadamente 500


trabalhadores, entre Agentes de Limpeza, Motoristas, Encarregados, Operadores de
Máquinas, Equipe Administrativa e Gerencial, além de diversos tipos de veículos,
máquinas e equipamentos, como descritos no Capítulo 6.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


27
Segue organograma da SALU conforme disposto no ano de 2011:
Figura 15: Fluxograma SALU

Secretaria Municipal
de Obras e Serviços
Urbanos

Secretaria Municipal
Adjunta de Limpeza
Urbana

Coordenadoria de
Operações

Diretoria de Diretoria de Diretoria de Diretoria de


Diretoria de Destinação e
Planejamento e Varrição, Capina Coleta de
Controle Projetos Manejo de
e Serviços Resíduos Sólidos
Operacional Especiais Resíduos Sólidos
Especiais Urbanos

Gerência de Gerência de Gerência do


Gerência de Gerência de Gerência de Aterro Sanitário e
Mobilização Valorização do Coleta de
Projetos Coleta Seletiva Aterro de Inertes
Servidor Resíduos Sólidos
Social

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


28
II. 2 – Classificação dos Resíduos Sólidos

Os resíduos sólidos gerados, por possuíram uma composição muito heterogênea, refletem a
densidade demográfica e o uso e ocupação do solo no Município, que tem como destaque sua
vocação para a função urbana industrial.
A base de classificação dos resíduos sólidos do Município segue conforme periculosidade e
origem, conforme orientação existente na Lei Federal Nº. 12.305/2010 que instituiu a Política
Nacional de Resíduos Sólidos.
Consideram-se resíduos sólidos segundo a Lei Federal Nº. 12.305/2010:

“material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades


humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe
proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido,
bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades
tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos
d’água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em
face da melhor tecnologia disponível;”

A classificação quanto à periculosidade é baseada em parâmetros propostos pela norma NBR


10.004/2004 da ABNT6 que organiza os resíduos sólidos segundo seus potenciais de risco ao
meio ambiente e a saúde pública.
Além da NBR 10.004/2004, foram consideradas na elaboração do presente documento todas
as disposições sobre classificação contidas na Política Nacional de Resíduos Sólidos e na
Política Nacional de Saneamento Básico - Lei Federal Nº. 11.445/2007, bem como as
Resoluções de órgãos do SISNAMA7, do SNVS8, Legislações Municipais e documentos da
Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos – SEMOBS e Secretária Adjunta de
Limpeza Urbana - SALU.
Classificação dos resíduos sólidos gerados no território de Contagem:

I. Resíduos Sólidos Domiciliares: originários de atividades domésticas realizadas em


residências da área urbana;
II. Resíduos dos Serviços Públicos de Limpeza Urbana: originários de varrição,
limpeza de logradouros e vias públicas e outros serviços de limpeza urbana;
III. Resíduos Comerciais e de Prestação de Serviços: originários de atividades de
comercialização de bens ou da prestação de serviços por pessoa física ou jurídica de
caráter privado no território urbano, incluindo aqui os resíduos oriundos de feiras livres.
Excetuam-se desta classe os resíduos sólidos derivados de serviços de saúde, de
construção civil e de serviços de transporte;
IV. Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico: os originários dos serviços
públicos de saneamento básico, excluídos os oriundos das atividades de limpeza
urbana e manejo de resíduos sólidos. São englobados neste caso, de acordo com a Lei
Federal Nº. 11.445/2007 e com a Lei Federal Nº. 12.305/2010, os resíduos sólidos

6
Associação Brasileira de Normas Técnicas
7
Sistema Nacional de Meio Ambiente
8
Sistema Nacional de Vigilância Sanitária
______________________________ Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos
provenientes de: abastecimento de água potável, esgotamento sanitário, drenagem e
manejo de águas pluviais urbanas;
V. Resíduos Industriais: originários de processos produtivos realizados em instalações
industriais no território municipal;
VI. Resíduos de Serviços de Saúde (RSS): originários dos serviços de saúde, conforme
definido pela Resolução CONAMA9 Nº. 358/2005, na Portaria RDC 306/2004 ou
regulamentos que porventura sejam expedidos por órgãos do SISNAMA ou SNVS, além
do Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde - PGRSS;
VII. Resíduos da Construção Civil (RCC) ou Resíduos da Construção e Demolição
(RCD)10: gerados em construções, reformas, reparos e demolições de obras de
construção civil, incluindo os resultantes de preparação e escavação de terrenos para
obras civis. São objeto de uma subclassificação pela Resolução CONAMA Nº.
307/2002;
VIII. Resíduos Agrossilvopastoris: originários de atividades de agropecuária e de
silvicultura, incluídos os relacionados a insumos utilizados nestas atividades;
IX. Resíduos de Serviços de Transporte: originários de portos, aeroportos, terminais
alfandegários, rodoviários e ferroviários;
X. Resíduos de Mineração: originários de atividades de pesquisa, extração ou
beneficiamento de minérios.

Além da classificação dos resíduos sólidos levando em conta periculosidade e origem, os


mesmos poderão ser incluídos na categoria de Resíduo Sólido Urbano Especial de acordo 30
com suas propriedades particulares. Serão considerados especiais aqueles cuja geração
diária, em uma mesma fonte geradora, exceda o volume ou o peso máximo fixado com base na
Lei Municipal Nº. 2.627/1994; ou que, por suas características qualitativas ou dimensionais
intrínsecas, exijam cuidados especiais em seus procedimentos de gerenciamento.
Sendo assim, os resíduos sólidos urbanos são categorizados como especiais quando
estiverem compreendidos em um dos seguintes casos:
Resíduos que apresentam riscos à saúde pública e ao meio ambiente, devido à
presença de agentes biológicos conforme classificação estabelecida na Resolução
CONAMA Nº. 358/2005 e suas possíveis alterações;
Resíduos de alimentos sujeitos a rápida deterioração, tais como carnes, vísceras e
sebos gerados em matadouros de aves e pequenos animais, açougues, feiras,
mercados, supermercados e estabelecimentos congêneres;
Alimentos deteriorados ou condenados;
Resíduos excepcionalmente volumosos ou de manejo complexo quanto à sua coleta ou
destinação final, tais como veículos, carcaças de máquinas e motores e grandes
eletrodomésticos, inservíveis ou irrecuperáveis;
Produtos de limpeza de terrenos não edificados ou não utilizados;

9
Conselho Nacional de Meio Ambiente, componente do Sistema Nacional de Meio Ambiente.
10
No presente trabalho será utilizado o nomenclatura RCD.

______________________________ Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos


Produtos de poda oriundos de propriedades particulares, cuja quantidade exceda o
volume de 100 (cem) litros/dia, ou a massa de 25 (vinte e cinco) quilogramas por dia;
Resíduos provenientes de desaterros, obras de terraplenagem em geral, construções,
reformas e/ou demolições (entulhos);
Resíduos sólidos ou pastosos resultantes de calamidades públicas;
Valores, documentos ou materiais gráficos ilegais apreendidos;
Resíduos sólidos comerciais, ainda que com características qualitativas idênticas ou
similares às dos Resíduos Domiciliares, cuja quantidade de geração, por fonte
geradora, exceda, em qualquer dia de coleta, o volume de 500 (quinhentos) litros ou a
massa de 200 (duzentos) quilogramas;
Quaisquer outros resíduos ou materiais que, por suas características qualitativas ou
quantitativas intrínsecas se enquadrem nesta classificação.
O presente diagnóstico reflete a situação atual dos resíduos sólidos utilizando a classificação
quanto à origem como predominante. A classificação quanto à periculosidade deverá ser
levantada na elaboração de planos de gerenciamento por parte dos geradores sujeitos a
elaboração dos mesmos.
Para melhor apresentação e detalhamento das informações deste diagnóstico foram
considerados dados e informações até o ano de 2010, exceto quando indicado.

31

______________________________ Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos


II. 3 – Resíduos Sólidos no Município de Contagem
II. 3.1 – Resíduos Sólidos Classe I
Devido às características que levam os resíduos a serem classificados como integrante da
classe I, os mesmos são invariavelmente enquadrados na categoria de Resíduos Sólidos
Especiais, pois exigem cuidados especiais em seu gerenciamento.

II. 3.1.1 – Resíduos Sólidos Industriais e de Mineração


Os ramos de atuação dos geradores industriais são os mais variados, indo desde produtos
alimentícios até estamparia, siderurgia, combustíveis e produção de equipamentos diversos o
que reflete na consequente variedade de resíduos gerados.
Em Minas Gerais, os geradores, de acordo com o seu porte ou potencial poluidor, estão
sujeitos à elaboração de inventário de geração de resíduos sólidos apresentado a FEAM
anualmente. O último relatório, com base em informações dos inventários recebidos pela
FEAM (2010 baseado em dados de 2009) referente à geração de resíduos sólidos de origem
industrial e de mineração, setores que detêm grande parcela da geração de resíduos sólidos
classe I – colocou o Município de Contagem em terceiro lugar dentre os municípios, de acordo
com o número de geradores instalados em seu território que apresentaram o referido inventário
(tabela 1).
TABELA 10
Municípios com maior concentração de empresas que apresentaram inventário de
produção de resíduos em 2010
Município Empresas Percentual
Nova Serrana 42 9,77 32
Itaúna 29 6,74
Contagem 26 6,05
Igaratinga 26 6,05
Sete Lagoas 23 5,35
Betim 22 5,12
Divinópolis 12 2,79
Ubá 11 2,56
Uberaba 9 2,09
Juiz de Fora 8 1,86
Total 208 48,38%
Fonte: FEAM - Inventário 2010 de Resíduos Industriais e Minerários

Atualmente, não é possível estimar qual a quantidade de resíduos industriais classe I ou de


resíduos de origem minerária gerados ou manejados por geradores instalados no município
devido à inexistência de um inventário municipal de resíduos industriais ou de um cadastro de
empresas instaladas em solo municipal, que apresente tais informações
Os geradores industriais são orientados a encaminhar os resíduos que não possuem
características qualitativas que os equiparem aos resíduos sólidos com características
domiciliares para aterros particulares devidamente licenciados e aptos a recebê-los.
Para fins de determinação de periculosidade dos resíduos sólidos deverão ser
adotadas os parâmetros contidos na norma ABNT/NBR 10004 e as orientações para
______________________________ Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos
ensaio de solubilidade e corrosividade contidas na norma USEPA SW 846, última
edição. Deve ser observada ainda a norma ABNT/NBR 10007/2004 que dispõe sobre
métodos e instrumentos de amostragem.

No que diz respeito aos empreendimentos da área de mineração instaladas no município,


conforme, existem dois: a Mineração Bela Vista (MBV) e outro da Construtora Martins Lanna.
Ambos os empreendimentos realizam a mineração de granito-gnáisse para utilização em
construção civil.
Existem hoje no território de Contagem, segundo dados da Secretaria Municipal de Fazenda,
cerca de 22.495 pessoas jurídicas em geral instaladas no território de Contagem. Com relação
aos ramo da indústrias, existem hoje (aguardando marcação de reunião com Sec. Des.
Econômico). Os ramos de atuação dos geradores industriais são os mais variados, desde a
categoria de produtos alimentícios até a estamparia, siderurgia, combustíveis e produção de
equipamentos diversos.

II. 3.1.2 – Resíduos de Serviço de Saúde - RSS


Os geradores de RSS são cadastrados previamente na SALU conforme orientações da
Resolução CONAMA Nº. 358/2005. Visto que uma parcela dos RSS pertence à classe I
(grupos A1, A2, A3, A, B e C) devido aos agentes contaminantes biológicos, aos aspectos
químicos, a presença de materiais radioativos, em alguns casos e até mesmo de
características físicas intrínsecas (perfuro-cortantes), as informações fornecidas nos cadastros
devem prever o tratamento adequado desta parcela de resíduos que exigem cuidados
especiais.
33
O Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde foi elaborado em
2007 e contêm as orientações de gerenciamento para as unidades de serviço de saúde com
base na resolução CONAMA Nº. 358/2005 e ainda na Portaria ANVISA RDC 306/2004.
A Vigilância Sanitária Municipal é responsável por acompanhar as unidades de serviço de
saúde na elaboração e implantação dos respectivos Planos de Gerenciamento de RSS.
De acordo com a classificação estabelecida pela resolução supracitada, os resíduos de serviço
de saúde podem ser englobados nos seguintes grupos:
Grupo A: resíduos infectantes ou biológicos;
Grupo B: resíduos ou produtos químicos;
Grupo C: resíduos radiativos;
Grupo D: resíduos com características físicas e químicas que os equipare aos
domiciliares.
Ainda não há um procedimento integrado entre a Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana e a
Vigilância Sanitária no sentido de mensurar anualmente a quantidade de resíduos gerados nas
separados por grupo.

II. 3.1.3 – Óleo


Atualmente no município os geradores deste tipo de resíduo não estão sujeitos á elaboração
de plano de gerenciamento. Existe o acompanhamento pela Vigilância Sanitária Municipal da
destinação feita por restaurantes e lanchonetes. Existe ainda uma lacuna no que diz respeito

______________________________ Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos


ao recolhimento e destinação adequada de óleo automotivo usado gerado em pequenas
oficinas mecânicas.

Óleo de Cozinha
O óleo de cozinha gerado pelos estabelecimentos acompanhados pela Secretaria Municipal de
Saúde por meio da Vigilância Sanitária (cozinhas de restaurantes e indústrias e ainda
lanchonetes), são destinados corretamente conforme exigências do órgão para validação de
alvará.
Além do acompanhamento dos estabelecimentos pela Vigilância Sanitária Municipal, existe
uma ação pontual voltada à reciclagem de óleo de cozinha realizada por uma empresa privada
denominada “Recóleo”.
Em Contagem, a “Recóleo” disponibiliza pontos de recebimento de óleo de cozinha usado em
supermercados, e ainda recolhe óleo de cozinhas industriais e restaurantes cadastrados.
O óleo recebido pela empresa é tratado e reutilizado na produção de biodiesel, cosméticos,
massa de vidraçaria e artigos de construção civil.
O processo pelo qual o óleo passa é, conforme informações do site da empresa11, o seguinte:
“Depois de transportado para a Recóleo, o óleo é peneirado, aquecido, e
colocado nas caixas de decantação, onde permanecerá por 24-48 horas. Após
esta etapa, o óleo passa por um sistema de filtragem (desenvolvido na própria
empresa), com retenção de partículas sólidas superiores ou igual a cem
microns (100 μm).
Todos os resíduos sólidos (farinhas, resto de alimentos) são separados, secos 34
e destinados à empresas de compostagem.
(...) O óleo já tratado é bombeado, a seguir, para os tanques de estocagem. Os
vasilhames (bombonas) serão lavados com detergente neutro e água quente,
ficando prontos para nova coleta. Todo o esgoto gerado no lavador (esgotos
12
não domésticos, END) é tratado segundo o programa PRECEND da
COPASA.”
De acordo com informações fornecidas por representantes da franquia de Contagem, o
recebimento efetivo se iniciou em janeiro de 2009 e tem se expandido conforme se pode
constatar pelos dados de recolhimento representados nos gráficos 1 e 2. Atualmente, conforme
informado por responsáveis da franquia da empresa em Contagem a empresa atualmente
atende cerca de 300 clientes no município.

11
www.recoleo.com.br
12
Programa de Recebimento e Controle de Efluentes Não Domésticos. O mesmo foi desenvolvido objetivando a
destinação adequada dos efluentes líquidos, gerados nos processos produtivos e na prestação de serviços,
contribuindo assim para a despoluição dos cursos d’água.

______________________________ Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos


GRÁFICO 9

Óleo de Cozinha Recolhido Pela Recóleo – 2009


(litros)

Fonte: Recóleo, 2011

GRÁFICO 10
35
Óleo de Cozinha Recolhido Pela Recóleo – 2010
(litros)

Fonte: Recóleo, 2011

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A- Óleo Lubrificante
Por não existir um inventário municipal de resíduos, ainda não é possível estimar em qual
volume o mesmo é descartado ou encaminhado para reciclagem mensalmente. Os principais
geradores são empresas do setor industrial e ainda oficinas mecânicas e postos de gasolina.

II. 3.1.5 – Resíduos Eletro-Eletrônicos


Assim como os resíduos oleosos, os eletro-eletrônicos possuem as mais diversas origens, não
possuindo atualmente nenhum tipo de recolhimento oficial, devido a deficiência de dispositivos
legais ou técnico normativos. Logo, não existem no momento dados que possam ser tomados
como indicadores da geração e gerenciamento destes resíduos em de Contagem.

Uma ação pontual, a exemplo da iniciativa da Recóleo é realizada pelo Banco Santander que
promove o recolhimento de pilhas e baterias usadas e pequenos eletroeletrônicos. São
disponibilizados pontos de recebimento em suas próprias agências. Conforme o site13 do
banco:

“O Papa-Pilhas é um programa do Santander que recolhe e recicla pilhas,


baterias portáteis, celulares, laptops, câmeras digitais e outros aparelhos
eletrônicos portáteis que caibam em nossos coletores. Os postos de coleta
estão instalados nas agências e prédios administrativos do Banco e ficam à
disposição de toda a sociedade.
Com o programa, queremos conscientizar as pessoas sobre a importância do
assunto e contribuir com a adequada destinação desses materiais, cujos
resíduos tóxicos trazem riscos ao meio ambiente e à saúde pública. Quando
depositados em lixões e aterros sanitários, esses resíduos, que levam séculos
para se decompor, podem vazar e contaminar os lençóis freáticos, o solo e os 36
rios, causando danos às pessoas e aos animais.
Desde que foi criado, em 2006, mais de 500 toneladas de materiais foram
recolhidas e recicladas pelo programa. A reciclagem é feita pela empresa
especializada e licenciada Suzaquim. O Santander é responsável por todos os
custos de coleta, transporte e reciclagem.”

Ainda segundo informações do site, existem em Contagem, duas agências que possuem o
programa Papa – Pilhas implantado. Uma delas situada no bairro Cidade Industrial à Avenida
General David Sarnoff, nº 6 e a outra situada no bairro Centro à Rua Doutor Cassiano, nº 18.

13
www.santander.com.br

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II. 3.2 – Resíduos Sólidos Classe II

No Município de Contagem, os resíduos sólidos com características domiciliares - classe II A -


são destinados ao Aterro Sanitário para disposição final conforme procedimentos e normas
específicas.
Para o cálculo da geração per capita diária de resíduos no município foram considerados
aqueles de origem domiciliar, de serviços de saúde e da construção e demolição, originários de
pequenos geradores, entre os anos de 2006 e 2010.

TABELA 11
Coleta e Geração Per Capita de Resíduos Sólidos Coletados
Geração
Resíduo Resíduo
RSS RCD Per
Domiciliar 3 Urbano Abrangência
Ano População¹ 2 Coletado Coletado Capita
Coletado Coletado da Coleta
(Tonelada) (Tonelada) Diária
(Tonelada) (Tonelada)
(kg)

2006 577.348,40 117.648 725,70 10.312 132.773,70 0,6

2007 583.871,80 118.342 662,31 19.473 140.511,00 0,7

2008 590.395,20 122.743 609,68 26.925 155.644,02 0,7 99%

2009 596.918,60 127.471 671,06 40.188 170.301,48 0,8

2010 603.442,00 130.273 694,25 47.058 177.900,81 0,8


37
¹ População 2006 à 2009: projetada. População 2010: Censo IBGE
² Coleta por caminhões compactadores e lixeiras comunitárias instaladas em locais de difícil acesso
³ De origem domiciliar
Fonte: IBGE, SNIS e Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana – Contagem/MG.

Conforme tabela apresentada acima podemos concluir:


Os resíduos domiciliares e comerciais e de serviços com características domiciliares,
coletados no município, apresentaram aumento de geração de 1,9%, ou seja, de 2.500
toneladas, nos últimos 5 anos, para um crescimento populacional de 4,51%.

Os RSS apresentaram pequena variação não linear ao longo dos 5 anos observados
com diferença de 4% entre os anos de 2006 e 2010. É importante salientar que a
influência relativa dos RSS no cálculo do índice de geração per capita urbana é ínfima,
como comumente ocorre. Em contrapartida os RCD originários de pequenas obras em
domicílios tiveram aumento de geração de 81%, influenciando substancialmente a
elevação do volume de resíduos urbanos coletados, que cresceu 25% em um período
de 5 anos.
A geração per capita diária de resíduos sólidos urbanos aumentou de 0,6 kg em 2006,
para 0,8 kg/habitante/dia em 2010. Tal geração per capita é menor do que o as taxas da
região Sudeste 1,2 kg/habitante/dia e do Brasil 1,1 kg/habitante/dia.

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Ao analisar a evolução da geração per capita diária de resíduos sólidos, é importante a
observação de que a coleta desde o ano inicial em estudo, ou seja, o ano de 2006,
atinge em 99% o município. Este percentual de atendimento se explica em função do
atendimento com a prestação dos serviços em locais de difícil acesso, como vilas;
inclusive áreas situadas no perímetro rural.

GRÁFICO 11

Resíduo Urbano Coletado


(Tonelada)

38

II. 3.2.1 – Resíduos Sólidos Domiciliares, Comerciais e de Prestação de


Serviços
Além das características quantitativas relacionadas apresentadas Título II. 3, deve-se conhecer
as características qualitativas dos resíduos gerados.
A última análise da composição gravimétrica realizada em 2009 pela SALU, para a
complementação do Programa Municipal de Coleta Seletiva no Município, teve como principal
objetivo verificar o potencial de reciclagem dos resíduos sólidos coletados por caminhões
compactadores da coleta convencional na cidade.
O método adotado para a amostragem foi baseado na estratificação sócio-econômica por
setores censitários do IBGE (base 2000), com o intuito de se vislumbrar na análise, um quadro
da composição dos resíduos sólidos destinados ao aterro; e ainda, verificar possíveis
diferenças das características de resíduos domiciliares de acordo com a classe social
predominante em cada área ( regional/ bairro) amostrada.

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Foram recolhidas 42 amostras originárias dos resíduos sólidos de cada uma das oito regionais
administrativas do município. A escolha das amostras se baseou nas rotas de coleta
convencional dos caminhões compactadores para que fossem recolhidas as amostras antes da
passagem do caminhão compactador.
A coleta das amostras foi efetuada por dois caminhões basculantes com capacidade de 6m³
cada um, cada um com uma equipe de motorista, 2 agentes de limpeza e um técnico.
Enquanto os agentes de limpeza realizavam a coleta, o técnico orientava a rota, indicava locais
de recolhimento e tomava nota do número de domicílios amostrados. Nas vias percorridas o
recolhimento das amostras foi efetuado a cada 3 casas com alternância dos dois lados da via.
Foram escolhidas também vias com predominância comercial para que fosse composta uma
representação de tal categoria de resíduo.
Após o recolhimento das amostras os caminhões foram pesados na balança rodoviária de 60 t
do aterro sanitário e as amostras descarregadas no galpão de triagem da ASMAC 14 localizado
no Bairro Kennedy. O método de quarteamento foi utilizado para a triagem dos resíduos.
Tanto os catadores da ASMAC quanto os recursos humanos envolvidos na coleta das
amostras receberam treinamento específico. O processo de quarteamento foi realizado por 7
catadores da ASMAC, com acompanhamento de representante do corpo técnico da SALU.
Posteriormente as parcelas de resíduos sólidos restantes do processo de quarteamento foram
colocados em tambores de duzentos litros com identificação de sua tara e tipo de material.
Após a triagem dos componentes das amostras os tambores foram pesados e os respectivos
pesos anotados, (tabela 4).
TABELA 12
39
Composição Gravimétrica Contagem – 2009

Percentual por classe social amostrada Média


Componente
A B C D E (%)
Matéria Orgânica 40 41 38 34 45 40
Papel 9 8 10 9 14 10
Plástico 5 9 8 7 5 7
Metal 2 3 2 2 1 1
Vidro 1 1 2 2 2 2
Trapo 8 7 1 2 2 4
Restos de Banheiro 14 5 19 20 15 15
Entulho 6 4 0 1 0 2
Outros 14 21 20 23 16 19
Fonte: Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana - Programa de Coleta Seletiva

II. 3.2.2 - Resíduos de Serviço de Saúde - RSS


Conforme verificado no capítulo II. 3.1 destinado aos resíduos sólidos classe I, o Aterro
Sanitário de Contagem recebe para disposição final apenas os RSS que não necessitem de

14
Associação dos Catadores de Materiais Recicláveis de Contagem

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tratamento prévio a sua disposição final, ou seja, apenas os resíduos que se enquadrem na
classe II A (não perigosos e não inertes).
A coleta de RSS atualmente é realizada pelo município por meio de caminhão de coleta
destinado exclusivamente a este fim denominado “Hospitalix” (figuras 2 e 3).
Atualmente estão cadastrados na Diretoria de Planejamento e Controle Operacional da SALU,
780 geradores de RSS, incluindo clínicas odontológicas, consultórios médicos, hospitais,
ambulatórios, laboratórios de análises patológicas, postos de coleta de material biológico,
clínicas de tatuagem, centros de estética, clínicas veterinárias, farmácias entre outros
estabelecimentos geradores deste tipo de resíduo.

Figura 16: Figura 17:


Coleta de RSS Coleta de RSS

Fonte: Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana, 2011 Fonte: Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana, 2011

40
Na tabela 5, verifica-se a variação anual, entre 2006 e 2010, dos RSS coletados na cidade e
recebidos para aterragem.
TABELA 13
Resíduos Sólidos de Serviços de Saúde Coletados

Total Média Mensal Variação Relativa Anual


Ano
(Ton.) (Ton.) (%)

2006 725,71 60,48 -


2007 652,80 55,19 -9,57
2008 625,85 50,81 -8,63
2009 661,46 55,92 9,15
2010 675,17 57,85 3,34
Fonte: Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana - 2011

A diminuição observada no total anual de resíduos de serviço de saúde coletados de 2006 a


2010 pode estar relacionada ao fato obrigatoriedade do cadastro dos geradores de tais
resíduos, desde o ano de 2006, no qual consta no mínimo a quantidade de cada grupo de
resíduos gerados. Ao indicar a quantidade por grupo de RSS, os geradores automaticamente
limitam a quantidade que será coletada e recebida no Aterro Sanitário.

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GRÁFICO 12

Fonte: Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana, 2011

II. 3.2.3 – Resíduos Públicos de Limpeza Urbana


41
Conforme o disposto no Título II. 2 os resíduos sólidos originários dos serviços públicos de
limpeza urbana no Município de Contagem podem ser organizados da seguinte forma:
Resíduos Sólidos de Capina (manual em pavimento asfáltico, manual em vias sem
pavimentação, capina mecanizada);
Resíduos Sólidos de Roçada;
Resíduos Sólidos de Varrição Manual;
Resíduos Sólidos de Limpeza de Feiras Livres.;
A descrição relativa à operacionalização dos serviços serão detalhadas no capítulo VI do
presente plano.
A seguir, os dados referentes aos resíduos acima citados:

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GRÁFICO 13

Ano
Fonte: Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana, 2011

GRÁFICO 14
42

Fonte: Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana, 2011

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GRÁFICO 15

Fonte: Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana, 2011


GRÁFICO 16

43

Fonte: Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana, 2011

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GRÁFICO 17

Fonte: Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana, 2011

GRÁFICO 18
44

Fonte: Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana, 2011

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GRÁFICO 19

Ano
Fonte: Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana, 2011

II.3.2.4 – Resíduos com Características Domiciliares de Grandes Geradores


45
Somente será autorizada a descarga de resíduos com características domiciliares e inertes de
empresas particulares sediadas no município de Contagem após o cadastramento da mesma
junto à Secretaria Municipal Adjunta de Limpeza Urbana (POP-SALU – 010 – Processo de
Cadastro de Empresas para descarte Aterro Inertes e POP-SALU – 011 – Processo de
Cadastro de Empresas para descarte Aterro Sanitário), visto que há a cobrança de taxa
pela utilização do Aterro Sanitário. Não são permitidos resíduos contendo produtos químicos,
tóxicos, inflamáveis e resíduos contaminados com óleos e graxas, como de oficinas mecânicas
(Classe I, ABNT NBR 10.004/04).

Quando for a primeira descarga de resíduos de alguma empresa particular ou pessoa física
cadastrados, orientar quanto aos procedimentos de pesagem e localização da frente de
operação (local de descarga dos resíduos).

Para a descarga de resíduos no Aterro Sanitário, é recomendado que os veículos sejam


equipados com descarga rápida (basculantes, poliguindastes e utilitários leves). É
recomendado evitar a entrada de veículos particulares com carrocerias fechadas, tipo baú,
para não atrapalhar a operação do aterro, visto que a descarga é mais demorada. O tempo
previsto para a descarga dos resíduos no aterro é de aproximadamente 20 minutos.

Todos os veículos com caçambas basculantes, poliguindastes e utilitários só poderão trafegar


no interior do Aterro Sanitário com a cobertura total dos resíduos transportados por meio de
lonas em perfeito estado. Orientar os motoristas que a lona que cobre os resíduos somente

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poderá ser retirada na frente de operação para não haver espalhamento do material nas vias
internas.

Não é permitida a entrada de pessoas acompanhando os motoristas que não forem ajudantes
e auxiliares. Não é permitida, em nenhuma circunstância, a entrada de crianças.
Acompanhantes dos motoristas deverão aguardar na Guarita.

Os veículos devem transitar no Aterro Sanitário com velocidade máxima de 20km/h.

Os motoristas e/ou ajudantes deverão vestir calças compridas, camisas ou camisetas com
mangas, calçado fechado tipo botinas e demais equipamentos de proteção individual
necessários.

NOTA: Sendo identificada alguma irregularidade durante a entrada de camihões ou veículos no


aterro, sejam com os veículos, sejam com seus ocupantes a vigilância do aterro deve notificar
e orientar os envolvidos informando que irregulridade / infração está sendo cometida e relatar o
corrido na Planilha de ocorrências (RSG – SALU – 056 – Notificação), onde semanalmente o
Gerente do aterro informa aos envolvidos (COOPE, Secretário Adjunto Limpeza Urbana,
Empresa contratada, etc) sobre as ocorrências registradas e solicita providencias para as
mesmas.

II.3.2.4.1 - CONTROLE DE VEÍCULOS TRANSPORTADORES DE RESÍDUOS DE EMPRESAS


PARTICULARES
46
1° Passo: Ao entrar no Aterro o Veículo passa pela balança de Pesagem onde é verificado:

* Peso do Veículo Carregado

* Se a empresa está em dia com o pagamento das Guias de arrecadação referente ao descarte
dos resíduos no aterro

* Tipo de resíduo a ser descartado.

NOTA: Se a empresa não estiver em dia com o pagamento da Guia de Arrecadação referente
aos descartes de resíduos no aterro sanitário ou o tipo de resíduo a ser descartado for
diferente daquele o qual ela está autorizada a descartar conforme cadastro o descarte não é
permitido e estas informações são enviadas a DIPLANCO para controle.

2º Passo: Na frente de operação o Fiscal do Aterro deve abordar o motorista do veículo e pedir
para verificar qual o tipo de resíduo que está sendo transportado. Identificar os resíduos com
características domiciliares e/ou inertes. É proibida a entrada de resíduos químicos, tóxicos e
altamente inflamáveis (Classe I, ABNT NBR 10.004/04);

3º Passo: Durante a descarga na frente de operação, um funcionário do aterro faz o


acompnhamento para observar as características dos resíduos que estão sendo descartados.

Obs.:

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Somente será autorizada a descarga dos resíduos de empresas particulares
cadastradas que estiverem em dia com o pagamento da taxa para a utilização do Aterro
Sanitário (Guia de Arrecadação). Solicitar ao motorista a entrega da cópia da Guia paga
para que seja liberada a entrada do veículo. O Pagamento da Guia deve ser realizado
no máximo etapa até 1º dia útil do mês subsequentente.
Para a descarga de resíduos de alimentos, como de supermercados, atacadistas ou
frigoríficos, solicitar acompanhamento da equipe de vigilância armada. Solicitar ao
responsável pela operação do aterro que seja aberta uma vala em meio aos resíduos
aterrados para a descarga dos materiais.
Para a descarga de materiais apreendidos pela Receita Estadual, como CD’s e DVD’s
piratas, é obrigatório o acompanhamento da descarga por um fiscal do órgão e solicitar
o acompanhamento também da equipe de vigilância armada.

4º Passo: Após o descarte dos resíduos o veículo passa novamente pela balança onde é
pesado vazio e impresso o ticket de Pesagem indicando a quantidade de resíduos que foi
descartado (kg).

A primeira via do ticket fica no aterro para controle e a 2ª via é entregue ao motorista do veículo.

A prestação do serviço de disposição final ambientalmente adequada de resíduos de comércio


e prestação de serviços com características domiciliares, classe IIA prestado aos grandes
geradores é pago através de tarifa. O pagamento da tarifa é efetuado através de emissão de
Guia de Arrecadação que deve ser solicitada, após recebimento de ofício da SALU, informando
o valor a ser pago, na Sede da Receita Municipal, na Sede da prefeitura situada à Praça
Presidente Tancredo Neves, 200, bairro Camilo Alves ou ainda na Secretaria de
Desenvolvimento Urbano situada à Avenida João César de Oliveira, 1410, bairro Eldorado. 47

Existem grandes geradores cadastrados na SALU, os quais enviam cerca de 2.000 toneladas
mensais de rejeitos para disposição final no Aterro Sanitário de Contagem, segundo dados da
SALU dos anos de 2006 a 2010.

II.3.2.5 – Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico


O Aterro Sanitário Municipal recebe cerca de 800 toneladas anuais de lodos originários das
estações de tratamento de efluentes da COPASA15 presentes no município.

15
Companhia de Saneamento de Minas Gerais

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TABELA 14
Quantidade de lodo descartado pela COPASA no Aterro Sanitário - 2010
Mês Quantidade (Ton.)
Janeiro 115,52
Fevereiro 1,20
Março 22,49
Abril 66,65
Maio 25,14
Junho 39,84
Julho 63,34
Agosto 78,30
Setembro 48,77
Outubro 109,27
Novembro 82,95
Dezembro 74,11
Total 727,58
Fonte: Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana, 2010

48
GRÁFICO 20

Fonte: Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana, 2011

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II.3.2.6 - Resíduos de Serviços de Transporte
O Município de Contagem não possui atualmente geradores de resíduos sólidos enquadrados
nesta categoria segundo a Lei Federal 12.305 art. 13.

II. 3.2.7 - Resíduos Sólidos Urbanos Especiais – Classe II A

II.3.2.7.1 - Pneus Inservíveis


A Resolução CONAMA Nº. 416/09, que trata da prevenção de degradação ambiental e riscos à
saúde pública causada por pneus inservíveis, apresenta a seguinte definição para os pneus
inservíveis:

“Pneu usado que apresente danos irreparáveis em sua estrutura não se


prestando mais a rodagem ou à reforma”.
Os resíduos pneumáticos ou pneus inservíveis, objeto da referida resolução, foram
classificados no presente diagnóstico e para fins de gerenciamento, como sendo classe II A,
pois embora não conste nos Anexos A ou B da NBR 10.004, os mesmos possuem substâncias
constituintes que solubilizadas se apresentam em concentrações superiores aos limites
estabelecidos como inofensivos pela norma.

A queima a céu aberto desses resíduos é outro grande problema em termos de destinação final
inadequada, pois é uma atividade que gera alta poluição atmosférica e substâncias com grau
de toxicidade alta. Além disto, sua disposição inadequada no meio ambiente pode ser foco de
reprodução de vetores de doenças de alto potencial epidemiológico. Sendo assim, os resíduos
pneumáticos exigem cuidados especiais em seu gerenciamento pertencendo à categoria de
49
Resíduos Sólidos Urbanos Especiais.

No Município de Contagem os pneus inservíveis são gerenciados pela SALU e Secretaria


Municipal de Saúde – Zoonoses. O gerenciamento e a operacionalização dos serviços de
coleta, transporte e armazenamento temporário são executados através de Termo de
Cooperação firmado em 2007, entre a SEMOBS/ SALU, com a RECICLANIP14.
A RECICLANIP entidade fundada em 2007 com o apoio de fabricantes de pneus é responsável
pela destinação adequada de resíduos pneumáticos.
A empresa responsável pela coleta dos pneus no ECOPONTO, bem como encaminhamento
para sua destinação final nos locais indicados pela RECICLANIP, é a Benecar.

A ação contínua de coleta, transporte, armazenamento temporário e destinação final adequada


dos pneus inservíveis, iniciou-se no município em 2007, data anterior à Resolução CONAMA
416/09, buscando reduzir o número de pneus queimados ou dispostos inadequadamente no
meio ambiente.

Segundo dados, somente no ano de 2010, o ECOPONTO, recebeu uma média mensal de
7.000 pneus inservíveis.

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II.3.2.7.1.1 - Processo de coleta, transporte, armazenamento temporário e destinação
final adequada dos pneus inservíveis

O processo de gerenciamento inicia-se com o recebimento “in loco” dos pneus ou pela coleta
através de caminhão disponibilizado pela Secretaria Municipal de Saúde – Zoonoses e
gerenciado pela SALU, no local denominado ECOPONTO (Figuras 3 e 4).

Figura 18: Figura 19:


ECOPONTO: Vista Frontal Veículo Coleta Pneus: Caminhão Baú –
Empresa Benecar

Fonte: Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana, 2011 Fonte: Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana, 2011

Figura 20: Figura 21:


Vista Interna do ECOPONTO Vista Interna do Caminhão Baú

50

Fonte: Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana, 2011 Fonte: Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana, 2011

O ECOPONTO é um galpão destinado ao recebimento e armazenamento temporário dos


pneus inservíveis, à Rua Bélgica nº. 8 (mapa 1), no bairro Eldorado, região central da cidade,
com horário de funcionamento de segunda a sábado de 8:00 às 16:20.

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Mapa 3

51

Fonte: Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana

A SALU disponibiliza 2 funcionários, para os serviços no ECOPONTO, os quais são


responsáveis tanto pelo recebimento, controle, organização e expedição dos pneus.
São disponibilizados 22 locais apropriados, distribuídos nas 8 regionais administrativas do
Município, denominados URPV1516, gerenciados pela SALU, os quais também recebem pneus
descartados pela população, sendo a coleta desses resíduos nessas unidades executada por
caminhão brook disponibilizado pela empresa prestadora do serviço de coleta e gerenciado
pela SALU.

16
Unidade de Recebimento de Pequenos Volumes.

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Segundo informações da RECICLANIP, os pneus passam por processo de beneficiamento que
os “recaracteriza”, tornando-os então um insumo para utilização em processos produtivos
variados. Encontra-se assim instituído um sistema de logística reversa voltado aos resíduos
pneumáticos.
Como exemplos de uso do resíduo após trituração (figuras 8 e 9), pode-se citar a utilização
como combustível alternativo em indústrias de cimento ou caldeiras, fabricação de asfalto
ecológico (“asfalto borracha”), borrachas de vedação, dutos pluviais, tapetes para automóveis
(figura 10), pisos industriais (figura 11), solado de calçados (figura 12), vasos de planta (figura
13).
Os pneus radiais passam antes da etapa de trituração, por retirada do aço (figura 14), que é
encaminhado para reutilização no setor siderúrgico.

Figura 22: Figura 23:


Trituração de Resíduos Pneumáticos Resíduo Pneumático Triturado

52
Fonte: Reciclanip, 2011 Fonte: Reciclanip, 2011

Figura 24: Figura 25:


Tapete Automotivo de Material Reciclado Placa de Piso Industrial

Fonte: Reciclanip, 2011 Fonte: Reciclanip, 2011

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Figura 26: Figura 27:
Calçados com Solado Reciclado Vaso com Material Reciclado

Fonte: Reciclanip, 2011 Fonte: Reciclanip, 2011

Figura 28:
Processo de Extração do Aço do Pneu

Fonte: Reciclanip, 2011


53

II.3.3 – Resíduos Sólidos Classe II B


II.3.3.1 – Resíduos de Construção e Demolição de Geradores Domiciliares
Os RCD de origem domiciliar no município de Contagem são coletados e mensurados nas
seguintes categorias:

1. Resíduos provenientes das Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes (URPV);


2. Resíduos Sólidos provenientes de Remoção Mecanizada;
3. Resíduos Sólidos provenientes de Remoção Manual.

Os gráficos a seguir apresentam os RCD coletados de 2006 a 2010 em toneladas e separados


levando em conta o modo de coleta dos mesmos, conforme levantamento executado em
conjunto com a Agência Metropolitana no ano de 2010

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GRÁFICO 21

Fonte: Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana, 2011

GRÁFICO 22
54

Resíduos de Construção e Demolição Por Tipo de Serviço – 2006 / 2010


(Toneladas)

Fonte: Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana, 2011

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Observa-se no gráfico 17 que a atividade de limpeza urbana que mais contribuiu para o
aumento da massa de RCD coletado foram os resíduos das URPV’s, seguidos pelos resíduos
de remoção mecanizada e remoção manual.
Atualmente, os RCD são utilizados, juntamente com os resíduos de capina e roçada, para
cobertura diária das vias do Aterro Sanitário.
Até o fim do ano de 2010 os RCD classe A (segundo Resolução CONAMA citada
anteriormente) eram recebidos pelo município no “Aterro de Inertes” localizado na Rua Ademar
Barbosa nº 12, Bairro São Sebastião. O início de sua operação foi em 2007, tendo recebido em
torno de 589.758 m³ de RCD gerados no território municipal neste período.
A partir do encerramento das atividades do mesmo no ano de 2010, os grandes geradores
passaram a ser orientados a prever em seus planos de gerenciamento de resíduos a
destinação dos mesmos à aterros devidamente licenciados e aptos a receber este tipo de
resíduo.
Além dos RCD coletados pela SALU e daqueles originados em obras de grandes geradores,
deve-se destacar os RCD recebidos de empresas locadoras de caçambas. As caçambas são
geralmente contratadas por munícipes que descartam entulho e terra oriundos de pequenas
obras.
Para terem a entrada de seus resíduos no Aterro Sanitário, as empresas de caçamba
legalmente constituídas são cadastradas na SALU e efetuam a compra de tickets para o
descarte. A tarifa cobrada pelo ticket é reajustada anualmente por meio de decreto e no ano de
2011 foi de R$ 33,40 (trinta e três reais e quarenta centavos).
Figura 29
55
Ticket de Transportadores de Caçambas

______________________________ Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos


II. 3.3.2 - Resíduos Inertes Originários de Obras Públicas

Para o descarte de resíduos de obras públicas é realizado cadastro na SALU. Após tal etapa
os resíduos são recebedos de acordo com os passos a seguir:

1° Passo: solicitar ao motorista a entrega do ticket de identificação da empresa e veículo e


procedência e tipo do resíduo transportado, esta verificação é realizada no ponto de controle
antes da frente de operação para descarte dos resíduos. Neste momento também deve ser
verificado a cor da caçamba, número da caçamba e número de cadastro da empresa conforme
definido junto a DIPLANCO no momento de cadastro da empresa para descarte.

NOTA: No momento do cadastro da empresa na DIPLANCO são definidos qual será a cor a ser
utilizada pela empresa nas caçambas, todas as caçambas devem ser numeradas e na
caçamba também dceve constar o numero do cadastro da empresa, tudo isso visando facilitar
o controle do descarte no aterro sanitário / inertes.

2° Passo: abordar o motorista do veículo e pedir para verificar qual o tipo de resíduo que está
sendo transportado e seguir os procedimentos estabelecidos para os transportadores:

No ponto de Fiscalização próximo a frente de operação do Aterro Sanitário, os resíduos


deverão ser descobertos pelo motorista ou seu ajudante para a identificação da carga pelo
Agente de Operação.

NOTA: Se os resíduos a serem descartados não forem provenientes do municipio de


Contagem ou o tipo de resíduo a ser descartado for diferente daquele o qual a empresa está 56
autorizada a descartar conforme cadastro o descarte não é permitido e estas informações são
enviadas a DIPLANCO para controle.

Observações Gerais:

o Observar o uso de uniformes e equipamentos de proteção individual, como luvas e


botinas, pelas equipes que prestam serviços para a Prefeitura (coleta de lixo, varrição,
capina e limpeza de fossas).
o Observar o uso de lonas para a cobertura dos resíduos dos veículos com caçambas
basculantes e poliguindastes das empresas que prestam serviços para a Prefeitura.
o Veículos transportadores de resíduos inertes devem entregar os tickets ao agente de
operação na portaria do aterro, Resíduos da capinha e abastecimento dos caminhões
pipa o motorista deve entregar o ticket de autorização ao fiscal da portaria.

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III – IDENTIFICAÇÃO DE ÁREAS FAVORAVEIS PARA DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS
SÓLIDOS DO MUNICÍPIO DE CONTAGEM

A escolha de um local para a implantação de um novo aterro sanitário destinado ao


recebimento dos resíduos sólidos gerados no território de Contagem será realizada em acordo
com o período de vida útil do aterro atual que é calculado atualmente para até o ano de 2019.
Esta escolha será realizada com a observância por um lado da legislação, neste caso
composta do Plano Diretor Municipal (previsto pelo § 1º do art. 182 da Constituição Federal e
com criação regulamentada pela Lei Federal 10.257/2001) acompanhado da Lei de Uso e
Ocupação do Solo atual. Por outro lado, seguirá os indicativos de estudos técnicos de
caracterização qualitativa e quantitativa dos resíduos sólidos gerados no território municipal (no
momento definido para a escolha de nova área) e ainda estudo de impacto ambiental para a
implantação de aterro sanitário no local disponível.

III.1 – O Plano Diretor

O Plano Diretor do Município de Contagem que está em fase de estudo foi instituído pela Lei
Municipal Complementar 33/2006 e traz a definição dos tipos de zona de uso e ocupação de
solo. A divisão primária do território da cidade define a existência dos perímetros urbano e
rural. A zona urbana subdividi-se então em mais cinco zonas, quais sejam:

I. Zona Adensável (ZAD);


II. Zona de Ocupação Restrita (ZOR);
III. Zona de Usos Incômodos (ZUI);
IV. Zona de Expansão Urbana (ZEU);
V. Zona de Especial Interesse Turístico (ZEIT).

O Aterro Sanitário pode ser entendido assim como um empreendimento com significativo
potencial de incômodo. Portanto, à luz da legislação vigente, as áreas compreendidas no
perímetro de uma ZUI são aquelas que admitiriam
a implantação de um novo aterro sanitário.
As Zonas de Uso Incômodo, por sua vez, são subdivididas em outros dois tipos de zona de
ocupação e uso: ZUI 1 e ZUI 2. Segundo o texto do Plano Diretor Municipal, as ZUI 1
compreendem as “áreas especializadas e vocacionadas a usos não residenciais de grande
porte, onde são permitidas atividades potencialmente geradoras de alto grau de
incomodidade”. O § 5º do art. 10 veta o uso residencial nesta zona. Já as parcelas do território
municipal classificadas como ZUI 2 são descritas na lei como aquelas “destinadas a usos
econômicos de grande porte em coexistência com o uso residencial, onde serão permitidas
atividades potencialmente geradoras de médio grau de incomodidade e, nas condições do §3º
deste artigo, atividades potencialmente geradoras de alto grau de incomodidade”. O § 3º citado
na caracterização possui a seguinte redação:
Na ZUI-2 poderá ser admitida a instalação de atividade potencialmente
geradora de alto grau de incomodidade, desde que autorizada pela Comissão
Permanente de Uso do Solo, mediante prévio parecer favorável do Conselho
Municipal de Meio Ambiente, que indicará as medidas obrigatórias para
redução do grau de incomodidade.
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
57
Existe ainda, segundo o art. 17 do Plano Diretor do Município de Contagem, a possibilidade de
implantação em zona rural do município de empreendimentos de caráter urbano desde que não
haja possibilidade de impacto negativo sobre a rede hidrográfica e respeitadas as disposições
legais existentes, não só municipais.

58

______________________________ Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos


IV – IDENTIFICAÇÃO DAS POSSIBILIDADES DE IMPLANTAÇÃO DE SOLUÇÕES
CONSORCIADAS OU COMPARTILHADAS COM OUTROS MUNICÍPIOS

A PNRS em seu art. 18 estabelece que os municípios que optarem por soluções
consorciadas e/ou implantarem a coleta seletiva com a participação de organização de
catadores de baixa renda, terão prioridade no acesso aos recursos da União
destinados a projetos na área de resíduos sólidos urbanos.

No momento atual as possibilidades de soluções consorciadas se resumem a diálogos


direcionados principalmente à etapa de disposição final adequada em parceria com
municípios vizinhos apontados por estudo da Fundação Estadual do Meio Ambiente -
FEAM como possíveis parceiros observando critérios técnicos e de economia de
escala.
O Plano Preliminar de Regionalização da Gestão Integrada dos Resíduos Sólidos
Urbanos do Estado de Minas Gerais dividiu os 853 municípios mineiros em micro-
regiões denominadas “Arranjos Territoriais Ótimos” ou ATO’s. O município de
Contagem está inserido no “ATO Belo Horizonte”, além de Contagem e a capital, estão
inseridos neste agrupamento os municípios de Esmeraldas e Ribeirão das Neves.
Inserir dados considerados para seleção dos municípios
Dentre os municípios sugeridos pelo Plano Preliminar de Regionalização da Gestão
Integrada dos Resíduos Sólidos, Esmeraldas é o que possui a maior extensão
territorial por suas características físicas, favorece a realização de estudos de
implantação de um possível aterro sanitário para recebimento de rejeitos dos demais
municípios consorciados.

Tabela 15: Dados dos Municípios do ATO Belo Horizonte

Densidade
Área
Município População Demográfica Tipo de Disposição
(km²)
(hab/km²)

Belo Horizonte 2.375.151 331,4 7.167 Aterro Sanitário


Contagem 603.442 195,3 3.090 Aterro Sanitário
Esmeraldas 60.271 912,3 66 Lixão
Ribeirão das Neves 296.317 154,6 1.918 Aterro Controlado
Fontes: Fundação Estadual de Meio Ambiente e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Para a existência de um consórcio entre os municípios com vistas à implantação de


um aterro sanitário ou outro empreendimento, ou ainda programa relacionado à
Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos, é necessário que haja um processo
de amadurecimento, diálogo entre as administrações municipais, além de estudos de
viabilidade técnica onde se verifique uma predisposição inicial à criação de um aterro
sanitário.
Além da possibilidade de implantação de um sistema de disposição final
ambientalmente adequado administrado conjuntamente, é possível e importante que
se discutam ações integradas na área de educação ambiental e coleta seletiva de
modo a atingir melhores resultados.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


59
O Mapa 1 mostra a situação (posição relativa) dos municípios envolvidos no arranjo
territorial proposto.

Mapa 4: ATO BH

Dentre os municípios relacionados, o de Belo Horizonte é o mais distante do Município


de Esmeraldas, existindo assim um fator inibidor da implantação do sistema de
disposição final em Esmeraldas.
Considerando que a ligação entre os quatro municípios é constituída de rodovias e
ferrovias distribuídas conforme o mapa 2, e que a rodovia BR-040 faz a ligação entre
as quatro cidades tornando a mais apta para o transporte dos resíduos originários de
Ribeirão das Neves e talvez Belo Horizonte numa hipótese de o local de disposição
final ser implantado no Município de Esmeraldas.
Entre Contagem e Esmeraldas o trânsito possivelmente seria viável pela MG-060 que
liga os dois municípios. Já com relação às ferrovias, apenas os municípios de Belo
Horizonte e Contagem possuem ligação entre si por este meio e transporte. Como
proposta poderia ser implantada malha ferroviária ligando os quatro municípios, como
uma etapa do transporte. Tal possibilidade, porém, só poderia ser caracterizada como
viável após estudos específicos e aprovação do órgão ambiental competente.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


60
Mapa 5 – ATO BH: Malha Viária

Ao optarem pela solução consorciada, os entes da federação envolvidos deverão


seguir todas as disposições contidas na Lei Federal 11.107/2005 e no Decreto Federal
6.017/2007 que disciplina a criação de consórcios públicos e a gestão associada de
serviços públicos. A legislação mencionada, a partir de sua criação, deu nova redação
a alguns artigos do Código Civil (Lei Federal 10.406/2002) e Lei de Licitações (Lei
Federal 8.666/1993).

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


61
V – IDENTIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS E DOS GERADORES SUJEITOS A PLANO
DE GERENCIAMENTO ESPECÍFICO OU A SISTEMA DE LOGÍSTICA REVERSA DE
ACORDO COM A LEGISLAÇÃO

No Município de Contagem existem muitas indústria instaladas que possuem diversos


processos produtivos. Alguns destes processos apresentam geração de resíduos sólidos
diversos, e em grande quantidade; e outros processos manejam ou têm como resultados
resíduos sólidos perigosos. Existem ainda, os produtos que podem gerar resíduos sólidos, os
quais necessitem ou favoreçam a implantação de sistemas de logística reversa.
Portanto, ao contrário de uma grande parcela de municípios que não possuem esta realidade
complexa do ponto de vista da diversidade produtiva, a identificação precisa dos geradores
sujeitos à elaboração e implantação de plano de gerenciamento de resíduos sólidos, plano de
gerenciamento de resíduos perigosos ou a sistema de logística reversa em Contagem,
demanda um estudo minucioso que subsidie sua identificação e posterior fiscalização.
Outro aspecto importante é a clareza quanto ao significado do gerenciamento de resíduos
sólidos em processos produtivos. Ao nos referirmos a este, pode-se entendê-lo como o manejo
dos resíduos sólidos de modo a garantir num primeiro momento sua não geração ou redução
de geração. Ao ter sido gerado que se garanta então, segundo suas características qualitativas
e quantitativas, a destinação ambientalmente adequada, ou seja, seu reaproveitamento nos
processos produtivos do empreendimento o qual proporcionou sua geração ou ainda em outros
empreendimentos no qual o mesmo possa servir como insumo ou matéria prima através da
reciclagem. E ao se esgotar as possibilidades de reaproveitamento, quando o resíduo sólido for
caracterizado como rejeito, que se garanta o tratamento adequado e a disposição final correta
deste. Percebe-se claramente a filosofia dos 3R’s embutida nesta lógica ou, mais que isto,
nesta necessidade. Portanto, ao estabelecer a obrigatoriedade de criação dos planos de
gerenciamento de resíduos sólidos, busca-se colocar em prática uma visão ambiental
sustentável e, responsável.

V.1 – Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos

De acordo com o art. 20 da Lei Federal 12.305/2010 estão sujeitos a elaboração de plano de
gerenciamento de resíduos sólidos:
A. Geradores ou Operadores de Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento
Básico: aqueles que lidem com resíduos desta natureza conforme Lei Federal 11.445/2007
excluindo apenas os resíduos domiciliares e os resíduos de limpeza urbana. Ou seja:
resíduos originários de serviços públicos de abastecimento de água potável; resíduos
originários de sistemas de esgotamento sanitário e resíduos originários de drenagem e
manejo de águas pluviais urbanas;
B. Geradores ou Operadores de Resíduos Industriais: aqueles que lidem com processos
produtivos ou possuam instalações industriais ou ainda aqueles que prestem serviços de
tratamento e/ou destinação final adequada destes resíduos;
C. Geradores ou Operadores de Resíduos de Serviço de Saúde: aqueles que prestem
serviços que tenham como resultado a geração de resíduos sólidos caracterizados como de
saúde conforme definido por regulamentos do SISNAMA e SNVS ou ainda aqueles que
prestem serviços de tratamento e/ou destinação final adequada destes resíduos;

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


62
D. Geradores ou Operadores de Resíduos de Mineração: aqueles que lidem com
atividades de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios ou ainda aqueles que
prestem serviços de tratamento e/ou destinação final adequada dos resíduos desta
natureza;
E. Estabelecimentos Comerciais e de Prestação de Serviços: que gerem resíduos
perigosos ou que gerem resíduos que, mesmo caracterizados como não perigosos, não
sejam equiparados aos resíduos domiciliares pelo poder público municipal em função de
suas características físicas intrínsecas ou volume de geração;
F. Empresas de Construção Civil: nos termos do regulamento ou de normas estabelecidas
pelos órgãos do SISNAMA;
G. Responsáveis por Terminais e Instalações de Serviços de Transporte: os responsáveis
por portos, aeroportos, terminais alfandegários, rodoviários e ferroviários nos termos do
regulamento ou normas estabelecidas pelos órgãos do SISNAMA e, se couber, do SNVS;
H. Responsáveis por Atividades Agrossilvopastoris: se exigido por órgão competente do
SISNAMA, do SNVS ou do SUASA.
Estão dispensadas de apresentar o plano de gerenciamento de resíduos sólidos, em acordo
com a PNRS, as microempresas e empresas de pequeno porte que gerem apenas resíduos de
característica domiciliar em volume que não os caracterize como resíduo sólido especial
(conforme categoria citada no capítulo 2 deste). Ficam caracterizadas como micro empresas e
empresas de pequeno porte, aquelas referidas nos incisos I e II do art. 3º da Lei Federal
Complementar 123/20061.
As microempresas e empresas de pequeno porte que não gerem apenas resíduos de
característica domiciliar e tenham que apresentar o plano de gerenciamento de resíduos
sólidos poderá inseri-lo no plano de gerenciamento de empresas com as quais opere de forma
integrada. Além de operar de forma integrada é necessário que as empresas estejam
localizadas na área de abrangência da mesma autoridade de licenciamento ambiental. Os
planos de microempresas e empresas de pequeno porte poderão ser apresentados em
formulário simplificado definido por ato do Ministério do Meio Ambiente.
A PNRS estabelece também que os planos de gerenciamento de resíduos deverão conter a
indicação individualizada das atividades realizadas em cada etapa operacional do
empreendimento e também dos resíduos sólidos gerados e respectivas ações com definição de
responsabilidades em cada uma delas.
No que diz respeito ao conteúdo mínimo que deverá ser contemplado no plano de
gerenciamento de resíduos sólidos têm-se a seguinte disposição:

“I - descrição do empreendimento ou atividade;


II - diagnóstico dos resíduos sólidos gerados ou administrados, contendo a origem,
o volume e a caracterização dos resíduos, incluindo os passivos ambientais a eles
relacionados;
III - observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do
Suasa e, se houver, o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos:
a) explicitação dos responsáveis por cada etapa do gerenciamento de resíduos
sólidos;
b) definição dos procedimentos operacionais relativos às etapas do gerenciamento
de resíduos sólidos sob responsabilidade do gerador;

1
Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos _______________________________
63
IV - identificação das soluções consorciadas ou compartilhadas com outros
geradores;
V - ações preventivas e corretivas a serem executadas em situações de
gerenciamento incorreto ou acidentes;
VI - metas e procedimentos relacionados à minimização da geração de resíduos
sólidos e, observadas as normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do
SNVS e do Suasa, à reutilização e reciclagem;
VII - se couber, ações relativas à responsabilidade compartilhada pelo ciclo de
vida dos produtos, na forma do art. 31;
VIII - medidas saneadoras dos passivos ambientais relacionados aos resíduos
sólidos;
IX - periodicidade de sua revisão, observado, se couber, o prazo de vigência da
respectiva licença de operação a cargo dos órgãos do Sisnama.”

O art. 57 do Decreto Federal 7.404/2010 estabelece que seja assegurada na aprovação do


plano de gerenciamento de resíduos sólidos a utilização dos resíduos dos subprodutos e
resíduos de valor econômico não descartados de origem animal ou vegetal referidos nas leis
federais 8.171/1991 e 9.972/2000 como insumos de cadeias produtivas. Além disto, orienta que
a elaboração do plano de gerenciamento assegure o uso de biomassa na produção de energia
e o rerrefino de óleos lubrificantes usados de acordo com regulamentos existentes.
Os responsáveis pelos planos poderão estabelecer a participação de cooperativa ou
associação de catadores do município. Para tanto é necessário que se constate capacitação
técnica e operacional da organização de catadores, viabilidade econômica desta alternativa e
inexistência de ameaça a segurança operacional do empreendimento relacionado ao plano de
gerenciamento de resíduos sólidos. O plano de gerenciamento neste caso deverá estabelecer
claramente a função a ser desempenhada pela associação ou cooperativa de catadores e a
etapa do gerenciamento onde ocorrerá a participação da entidade.

V.2 – Planos de Gerenciamento de Resíduos Perigosos

Para fins do cumprimento da PNRS, se consideram geradores e também operadores de


resíduos perigosos. Tanto um quanto o outro deverão apresentar plano de gerenciamento de
resíduos perigosos, o qual poderá estar inserido no plano de gerenciamento de resíduos
sólidos. Portanto, percebe-se que um plano não exclui a necessidade e obrigatoriedade do
outro pelo caráter abrangente de um e pelas especificidades e cuidados especiais
documentados no outro. Segundo a PNRS, definem-se como geradores ou operadores de
resíduos perigosos os empreendimentos ou atividades:

I - cujo processo produtivo gere resíduos perigosos;


II - cuja atividade envolva o comércio de produtos que possam gerar resíduos
perigosos e cujo risco seja significativo a critério do órgão ambiental;
III - que prestam serviços que envolvam a operação com produtos que possam
gerar resíduos perigosos e cujo risco seja significativo a critério do órgão
ambiental;
IV - que prestam serviços de coleta, transporte, transbordo, armazenamento,
tratamento, destinação e disposição final de resíduos ou rejeitos perigosos; ou
V - que exercerem atividades classificadas em normas emitidas pelos órgãos do
SISNAMA, SNVS ou SUASA como geradoras ou operadoras de resíduos
perigosos.

O conteúdo do plano de gerenciamento de resíduos perigosos, com possíveis ressalvas feitas


a partir da publicação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos, será o mesmo que se pede para
o plano de gerenciamento de resíduos sólidos. É importante neste caso que se produza e
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos _______________________________
64
implante um plano com ênfase aos cuidados de manejo com vistas a diminuir ao máximo os
aspectos de risco de possíveis impactos ambientais negativos provocados pelos resíduos
perigosos.

V.3 – Sistemas de Logística Reversa

Logística Reversa, conforme a Lei Federal 12.305/2010 é entendida como o:


“instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um
conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a
restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em
seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente
adequada”;

Figura 30: Fluxograma Logística Reversa

Tratamento
e/ou
Fabricante B Disposição Final

Fabricante A
Processo
Produtivo B
Processo
Produtivo A

Produto A Importador

Logística
Reversa

Distribuidor

Resíduo
Comerciante Consumidor Sólido

Os mecanismos para o estabelecimento de sistemas de logística reversa serão detalhados no


Plano Nacional de Resíduos Sólidos que se encontra em fase de elaboração. Porém, a PNRS
deixa claro que estes sistemas dependem da avaliação do ciclo de vida dos produtos e definiu
ainda os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes obrigados a projetar e
implantar sistemas de logística reversa. Em seu art. 33 a Lei Federal define que, de maneira
independente do sistema público de limpeza urbana, estão obrigados os fabricantes,
importadores, distribuidores e comerciantes que lidem com:

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos _______________________________


65
I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja
embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso, observadas as regras de
gerenciamento de resíduos perigosos previstas em lei ou regulamento, em normas
estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas
técnicas;
II - pilhas e baterias;
III - pneus;
IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

Além dos geradores citados anteriormente, a Lei estabelece que os demais também terão de
se adequar citando que conforme exigências legais e acordos entre o setor público e o setor
privado também os produtos comercializados em embalagens plásticas, metálicas ou de vidro
e a demais produtos e embalagens considerando o grau e extensão do impacto à saúde
pública e ao meio ambiente dos resíduos sólidos gerados.
A PNRS estabelece ainda que, dentre outras medidas, há a possibilidade (sugestão) de que o
responsável pela implantação de sistema de logística reversa crie formas de:
a) Implantar procedimentos de compra de produtos ou embalagens usados;
b) Disponibilizar postos de entrega de resíduos reutilizáveis e recicláveis;
c) Atuar em parceria com cooperativas ou outras formas de associação de
catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis (...)

V.4 – Sanções Aplicáveis

A PNRS, no Título IV da Lei Federal 12.305/2010, estabelece as sanções aplicáveis aos


responsáveis pela apresentação de plano de gerenciamento que não o fizerem ou que não
seguirem quaisquer das disposições legais existentes com relação aos resíduos sólidos como,
por exemplo, a da publicidade aos órgãos públicos competentes de dados e informações
relativos ao gerenciamento dos resíduos sólidos.
A PNRS estabelece que os responsáveis pelos planos de gerenciamento deverão disponibilizar
anualmente informações sobre a implantação e funcionamento de seu plano de gerenciamento
consoante regras estabelecidas pelo órgão coordenador do SINIR. Este procedimento é
considerado obrigação de relevante interesse ambiental conforme legislação vigente. Além
disto, os geradores e os operadores de resíduos perigosos deverão se inscrever e se atualizar
junto ao Cadastro Nacional de Operadores de Resíduos Perigosos.
É pertinente salientar ainda que, conforme definido pela legislação que estabeleceu a PNRS,
os planos de gerenciamento de resíduos devem ser elaborados, implantados e monitorados
por profissional apto, ou seja, um responsável técnico habilitado de acordo com a legislação e
com registro em seu respectivo conselho profissional.
As pessoas jurídicas que infringirem as previsões legais estarão sujeitas à aplicação de
diversas sanções, em especial aquelas relativas à Lei Federal 9605/1998 que “dispõe sobre as
sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio
ambiente” e ao Decreto Federal 3179/1999 que “dispõe sobre a especificação das sanções
aplicáveis às condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências.”

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos _______________________________


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V.5 – Apresentação dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos
Os planos de gerenciamento de resíduos sólidos e gerenciamento de resíduos perigosos
deverão ser apresentados pelos responsáveis pelos empreendimentos - conforme o conteúdo
mínimo previsto na PNRS e transcrito no capítulo 5.1 do presente PGIRSU - aos órgãos
competentes do SISNAMA, SNVS e ao órgão responsável da Prefeitura Municipal de
Contagem (no momento a Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana). Além de apresentar os
planos de gerenciamento de resíduos sólidos, os responsáveis pelos mesmos devem manter
registros do cumprimento das ações previstas no plano.

V.6 – Geradores e Operadores Sujeitos a Elaboração e Apresentação do Plano de


Gerenciamento de Resíduos Sólidos e Plano de Gerenciamento de Resíduos Perigosos

Após o processo inicial de levantamento de pessoas jurídicas instaladas no território do


Município de Contagem foi possível identificar alguns geradores ou operadores de resíduos
sólidos sujeitos ao plano de gerenciamento específico do qual trata o art. 20 da Lei Federal
12.305/2010. Porém, deve-se salientar que a esta lista cabem inclusões na medida em que se
constate a necessidade de planos de gerenciamento de outros geradores ou mesmo a partir da
instalação de novos geradores em solo municipal.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos _______________________________


67
VI – PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS E ESPECIFICAÇÕES MÍNIMAS A SEREM
ADOTADOS NOS SERVIÇOS PÚBLICOS DE LIMPEZA URBANA E DE MANEJO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS

Os procedimentos a seguir foram elaborados pela SALU observando todas as


especificações contidas nas leis federais 11.445/2007 e 12.305/2010 (citadas
anteriormente), bem como demais elementos técnicos voltados para o gerenciamento de
resíduos sólidos urbanos. As orientações a seguir deverão ser rigorosamente cumpridas na
execução dos serviços públicos de limpeza urbana no Município de Contagem com o
intuito de não só satisfazer as previsões legais como também de manter e elevar a
qualidade dos serviços prestados. Qualquer alteração nestes procedimentos, bem como
em todos os elementos do presente PGIRS deverá ser feita somente após criteriosa
análise técnica que indique mudanças capazes de maximizar os resultados positivos
alcançados nas operações de limpeza pública urbana.
Devido ao fato de os serviços públicos de limpeza urbana serem passíveis de execução
tanto pela Prefeitura Municipal quanto por empresa do setor privado vencedora de licitação
o texto a seguir tratará de “contratada” ou “executor” dos serviços públicos de limpeza
urbana ao se referir a quem o realizará. No caso de os serviços serem realizados por
empresa privada vencedora de processo licitatório, o desenvolvimento dos procedimentos
mínimos apresentados serão fiscalizados pela Prefeitura do Município de Contagem,
através da Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana ou do órgão competente existente à
época.

VI.1 – Varrição
a) Varrição manual de vias e logradouros públicos (km de sarjeta);
b) Varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas pós-feiras livres (m2);
c) Varrição mecanizada de vias e logradouros públicos (km de sarjeta);
d) Fornecimento e instalação de cestos de resíduos leves (unidade).

VI.1.1 - Varrição manual de vias e logradouros públicos (km de sarjeta)


Essas atividades deverão ser empreendidas com o uso de equipamentos e ferramentas
manuais. Qualquer que seja a forma de sua execução, entretanto, deverá abranger a

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


68
retirada de quaisquer resíduos sólidos soltos, inclusive terra e/ou areia, em pequena
quantidade, que se encontrem sobre a largura total dos passeios (calçadas) e, no mínimo,
em uma faixa com a largura de 60 cm ao longo das sarjetas das vias e logradouros
públicos, largura essa a ser contada a partir da face vertical dos meios-fios (“guias”), quer
limitadoras dos referidos passeios, quer de eventuais canteiros centrais de avenidas.
A equipe estimada para a execução da varrição manual de 01 (um) itinerário de varrição
será composta de varredeiras e carrinheiros, e 01 (um) fiscal de turma para cada 20 (vinte)
equipes, em função da extensão a ser atendida, utilizando-se carrinhos coletores do tipo
contêiner de PEAD, vassouras apropriadas, pás e sacos plásticos, com capacidade de 100
(cem) litros, identificados com o nome do executor e logomarca da Prefeitura Municipal de
Contagem.
As equipes dos serviços de varrição manual deverão apresentar-se ao trabalho,
devidamente uniformizadas e munidas de todos os equipamentos necessários, inclusive os
equipamentos de proteção individual – EPI’s, nos locais previstos para a execução dos
serviços, próximos às caixas de ferramentas.
A equipe deverá permanecer no setor de varrição durante toda a jornada de trabalho. Em
nenhuma hipótese, os varredores deverão ser deslocados, para a realização de outros
serviços, salvo em situações absolutamente indispensáveis, em casos emergenciais,
devidamente justificados, sob solicitação da SALU.
O produto do serviço de varrição manual de vias e logradouros públicos, não poderá, em
hipótese alguma, ser encaminhado para qualquer elemento do sistema de drenagem
pluvial.
Os serviços serão realizados de segunda a domingo, conforme previsto no Anexo III -
Mapa das vias e logradouros públicos do Município de Contagem a serem atendidas pela
varrição manual e respectivas freqüências. Nos feriados, a Varrição será realizada somente
em algumas avenidas principais das Regiões Eldorado, Sede e Industrial.
O turno de varrição manual poderá ser matutino ou vespertino, conforme as necessidades
de cada localidade.
O início dos serviços deverá se dar nos seguintes horários: matutino - 06 h e 07 h,
vespertino - 17 h. A partir do horário de início para cada turno será admitida tolerância
máxima de 30 minutos.
O executor deverá estar apto a atender situações eventuais de trabalho, de acordo com

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programação prévia a ser fornecida pela Contratante, quando deverá proceder a limpeza
das vias e logradouros públicos nos locais de realização de eventos esportivos, cultural e
artístico, antes e logo após o término dos mesmos, de forma a restaurar suas condições de
limpeza, além de disponibilizar lixeiras em número suficiente para o local, conforme
solicitação da SALU.
O produto dos serviços de varrição manual deverá ser disposto em pontos de concentração
nos passeios ou locais apropriados previamente definidos para seu posterior recolhimento
e remoção diária, no prazo de 12 (doze) horas após a conclusão dos serviços de varrição,
pelos veículos coletores específicos e destinados ao aterro sanitário. O executor deverá
incluir esses custos no valor global dos serviços de varrição. Nos casos que a natureza dos
resíduos de varrição impeça seu acondicionamento em sacos plásticos, os mesmos
deverão ser acumulados “in natura” nos pontos de concentração referidos, tomando-se
então os cuidados necessários e cabíveis para evitar o seu espalhamento pelas
intempéries até o momento da remoção.
Nos locais de grande fluxo de transeuntes, os resíduos, resultantes da execução dos
serviços de varrição, deverão ser recolhidos logo após a sua realização e levados para os
pontos de concentração em vias secundárias, sendo, transportados para o local de
destinação final, não podendo em hipótese alguma, permanecerem na via pública por
prazo superior a 12 (doze) horas.
A varrição manual das praças deverá contemplar além da limpeza das áreas
pavimentadas, a remoção de folhas caídas, papéis, plásticos e outros resíduos similares
acumulados sobre os gramados e áreas ajardinadas utilizando “espetinhos” e gadanhos
próprios, de modo a evitar danos à vegetação existente. Uma vez removidos, deverão ser
acumulados em sacos plásticos padronizados, a serem convenientemente depositados nos
pontos de confinamento de resíduos da varrição definidos pela SALU em cada itinerário,
para posterior transferência para os veículos coletores. Para tanto, adotar-se-á o critério de
conversão de medida de área (m²) para medida linear (km) tomando-se, como base, que
cada m² corresponde a 0,0002857 km.
Poderá a SALU, mediante oportuna e formal comunicação à empreiteira solicitar a
execução de serviços de varrição em áreas públicas em que venha ocorrer eventos de
natureza coletiva, promovidos ou não pela administração municipal aos domingos ou
feriados, ou em horários distintos daqueles regulares. Para tanto, adotar-se-á o critério de
conversão de medida de (m²) para medida linear (km) tomando-se, como base, que cada
m² corresponde a 0,0005714 km.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


70
O esvaziamento dos cestos coletores de pequenos resíduos instalados em vias e
logradouros públicos deverá ser realizado pelos agentes de limpeza da Varrição. Também
deverão ser removidos resíduos não acondicionados existentes nas lixeiras domiciliares
concomitantemente aos trabalhos de varrição nos respectivos roteiros. O produto do
esvaziamento deverá ser acondicionado juntamente com o produto da varrição. Estes
custos serão considerados no valor global dos serviços de varrição.
A limpeza interna e externa dos cestos coletores de resíduos leves existentes ou que
venham ser instalados em vias e logradouros públicos pela SALU, deverá ser realizada no
mínimo uma vez por mês ou quando solicitada pela fiscalização, utilizando-se
equipamentos e produtos de limpeza suficientes para remover quaisquer resíduos
impregnados nos mesmos, além de adesivos, pichações e outros. Estes custos serão
considerados no valor global dos serviços de varrição.
É importante salientar que, eventualmente, resíduos domésticos, podem ser indevidamente
e clandestinamente lançados, acondicionados ou não, nos pontos de confinamento dos
resíduos de varrição, devendo nesses casos, quando não possa ser identificado o
responsável por essas irregularidades, serem removidos junto com os de varrição.
VI.1.2 - Varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas pós-feiras livres
(m2)

Deverá ser feita a lavagem nas áreas onde forem comercializados peixes, carnes e
alimentação em geral, devendo ser realizada a desinfecção com produtos higienizadores,
aplicados manualmente, em quantidades suficientes para garantir a remoção de gordura e
odores existentes.
Os serviços de lavagem de vias nos locais de realização das feiras livres deverão ser
executados após o seu término e a desocupação completa do local por parte dos feirantes,
posteriormente a realização da varrição e respectiva coleta dos resíduos resultantes.
Caberá ao executor a provisão do caminhão pipa com água a ser utilizada, quando da
execução dos serviços.
A equipe estimada para a execução dos serviços de varrição manual, lavagem e
desinfecção de vias públicas pós-feiras livres será constituída de 01 (um) encarregado
(fiscal de turma) e a quantidade de varredeiras e carrinheiros, conforme Quadro nº 01,
integrantes de outras equipes dos serviços de Varrição manual.
A equipe dos serviços de varrição manual, lavagem e desinfecção de vias públicas pós-

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


71
feiras livres deverá apresentar-se ao trabalho devidamente uniformizada e munida de todos
as ferramentas necessárias, inclusive os equipamentos de proteção individual – EPI’s.
Deverão ser reunidos e coletados todos os resíduos existentes, de forma a não obstruir os
elementos do sistema de drenagem. Os resíduos deverão ser varridos acondicionados em
sacos plásticos, coletados e transportados ao Aterro Sanitário.
Para o acondicionamento dos resíduos gerados pelos expositores e usuários durante o
funcionamento das feiras livres a executora deverá disponibilizar contêineres de polietileno
com capacidade de 120 litros em locais a serem definidos conforme necessidade, em
quantidade especificada no Quadro 01 a seguir.
A reposição ou reforma dos containeres deverão ser efetuadas sempre que necessário. A
lavagem e higienização dos mesmos deverão ocorrer semanalmente. Após o vencimento
do contrato, os contêineres passarão a ser de propriedade da Prefeitura Municipal de
Contagem.
O executor deverá manter ainda um agente de limpeza durante a realização da feira para
manutenção das lixeiras, promovendo a reposição dos sacos plásticos e coleta dos
resíduos. Estes custos deverão ser incluídos no valor global dos serviços de varrição
manual, lavagem e desinfecção de vias pós feiras-livres.
VI.1.3 - Varrição mecanizada de vias e logradouros públicos (km de sarjeta)

A equipe estimada para a execução de varrição mecanizada de vias e logradouros públicos


será constituída de 01 (um) operador, 01 (um) ajudante e 01 (uma) Varredeira mecânica
com aspiração montada sobre chassis dotada de carroceria de 6m³ com basculamento
traseiro, sistema de aspersão de água, tanque para armazenamento de água com
capacidade mínima de 1.000 litros, 1 vassoura central de polipropileno e 2 laterais de aço.
Sistemas de iluminação e sinalização conforme normas do CONTRAN, bem como por
todas as ferramentas auxiliares necessárias ao bom andamento do trabalho.
Os resíduos provenientes dos serviços de varrição mecanizada deverão ser transportados
no compartimento de armazenamento e destinados ao Aterro Sanitário.
A equipe do serviço de varrição mecanizada deverá apresentar-se ao trabalho devidamente
uniformizada e munida de todos os equipamentos necessários, inclusive os equipamentos
de proteção individual - EPI’s.
Os serviços serão executados nos períodos diurno e noturno, iniciando às 6h e 19h

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72
respectivamente, admitindo-se tolerância máxima de 30 minutos, de Segunda-Feira a
Sábado, exceto feriados.
VI.1.4 - Fornecimento e instalação de cestos de resíduos leves
O executor deverá fornecer e instalar mensalmente 40 (quarenta) cestos coletores de
resíduos leves, em locais definidos pela SALU para reposição ou ampliação das unidades
existentes. A partir do momento de sua instalação, os cestos coletores constituirão
patrimônio da Prefeitura de Contagem e serão mantidos limpos pelo executor.
A equipe estimada para a instalação de 40 (quarenta) cestos coletores será constituída de
01 (um) motorista, 01 (um) servente e 01 (um) veículo equipado com carroceria aberta de
madeira de lei com capacidade mínima de 6m³, durante 04 dias por mês.
Especificação técnica dos cestos e pedestais:
Cesto coletor fabricado em chapas de aço galvanizado lisas de 1,2mm, capacidade
volumétrica entre 30 litros e 40 litros; sem arestas vivas ou elementos pontiagudos ou
cortantes; boca de descarte com altura entre 15cm e 20cm e largura mínima de 20cm,
localizada na parte frontal superior do bojo a uma altura de 80cm em relação ao piso;
fixação nos pedestais por dispositivo articulado que permita o basculamento dos resíduos
pelo giro dos cestos em 180º. O dispositivo de fixação não deverá permitir que os cestos
sejam retirados dos pedestais. O basculamento do cesto deverá ser possível sem o uso de
qualquer tipo de chave ou ferramenta. No fundo do cesto coletor deverá haver um orifício
para escoamento de líquidos com diâmetro entre 1cm e 2cm.
Pintura:
Os cestos coletores deverão ser pintados nas partes externa e interna com pintura
eletrostática em cor a ser definida pela Secretaria Municipal Adjunta de Limpeza Urbana.
Na frente e na parte posterior do cesto deverá ser impresso em serigrafia o logotipo do
Programa Contagem Mais Limpa e da Prefeitura Municipal, conforme cores, dimensões e
modelo especificados pela SALU;
Pedestais:
Confeccionados em tubo de aço com diâmetro mínimo de 38mm e espessura de parede
mínima de 2mm. Estrutura em forma de arco, contornando a parte superior dos cestos
coletores e fixados ao pavimento nos dois lados. Altura de modo a permitir a fixação do
pedestal a uma profundidade mínima de 15cm e a manter a boca de descarte do cesto

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coletor a 80cm do piso. Nas bases dos pedestais deverão ser soldados chumbadores para
reforçar a sua aderência ao concreto. Pintura com tinta poliéster na cor a ser definida pela
SALU.
Instalação:
A instalação deverá ser feita pelo chumbamento dos pedestais ao solo a uma profundidade
mínima de 15cm, com concreto de resistência à compressão, no mínimo, de 9MPa após a
cura total. Os pedestais deverão estar perfeitamente aprumados. Os pavimentos deverão
ser recompostos após a instalação dos cestos coletores, nas mesmas condições de
padrões e acabamentos que se encontravam antes da execução dos serviços. Além disso,
deverão ser removidos todos os resíduos resultantes dos serviços, deixando o local
totalmente limpo. Sempre que a instalação dos cestos não for feita imediatamente após a
abertura das valas, o local deverá ser sinalizado de forma a evitar acidentes. As valas
feitas para a instalação dos cestos coletores não poderão permanecer abertas por mais de
24h. Em hipótese alguma será permitida a confecção de concreto diretamente sobre o
pavimento.
Locais de instalação:
Passeios e logradouros públicos de Contagem, de acordo com a relação a ser fornecida
pela SALU.
Prazo de instalação e garantia:
Deverão ser entregues e instaladas 40 (quarenta) unidades por mês durante a execução
do contrato, com início 15 dias após a emissão da Ordem de Serviços. Os equipamentos
deverão ter garantia de 01 expedida pelo fabricante.
VI.1.5 - Veículos e Equipamentos
Considerações Gerais
Veículos automotores com os equipamentos adequados e necessários a cada tipo de
serviço foram dimensionados de forma a serem suficientes, em quantidade e qualidade,
para atender, de maneira adequada, a prestação dos serviços propostos.
A quantidade mínima de veículos e suas especificações técnicas constam do Anexo VII -
Relação do quantitativo mínimo de Veículos Automotores e Equipamentos necessários
para o início da execução dos serviços. O executor deverá providenciar imediata
substituição em caso de paralisação para manutenções, de forma a não prejudicar o

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andamento dos serviços.
Os veículos disponíveis e necessários para a execução dos serviços - Anexo VII - Relação
do quantitativo mínimo de Veículos Automotores e equipamentos necessários para o inicio
da execução dos serviços deverão, obrigatoriamente, ter sido fabricados, no máximo, um
(01) ano antes da abertura dos envelopes de habilitação e estarem mobilizados e
disponíveis para uso imediato antes da assinatura do Contrato, mediante vistoria prévia da
Prefeitura de Contagem, através da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos –
SEMOBS.
Durante o período contratual, os equipamentos, inclusive as unidades de reserva, deverão
ser mantidos com todos os seus componentes funcionando nas mesmas condições iniciais
especificadas, não obstante o desgaste normal por uso.
No decorrer do Contrato, cada um dos veículos e equipamentos utilizados para cada tipo
de serviços relacionados nos itens do Anexo VII – Relação do quantitativo mínimo de
Veículos Automotores e equipamentos necessários para o início da execução dos serviços,
não poderá ter idade superior a 06 (seis) anos de fabricação.
Caso sejam observadas idades superiores às descriminadas no item anterior, a SALU
determinará a imediata exclusão do cadastro do veículo e/ou equipamento e suspensão
das atividades até que as irregularidades sejam sanadas.
Os veículos coletores compactadores deverão trafegar até o aterro sanitário com o escudo
compactador e com a tampa da caçamba coletora de resíduos fechados, sendo proibida a
colocação de qualquer resíduo proveniente da coleta sobre a tampa e a caçamba coletora
dos veículos.
O formulário do Relatório Diário de Serviços deverá ser fornecido pelo executor em duas
vias numeradas que deverão ser preenchidos por todos os motoristas e operadores de
máquinas e assinadas pelo Supervisor dos serviços.
Caso os caminhões não atendam adequadamente o desenvolvimento dos serviços,
deverão ser substituídos por outros sem qualquer ônus para a SALU.
O executor deverá orientar seus funcionários quanto aos procedimentos internos do Aterro
Sanitário e se responsabilizar por quaisquer danos materiais a terceiros ou às instalações e
equipamentos de propriedade da Prefeitura Municipal de Contagem durante a execução
dos serviços.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


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Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
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Relação do quantitativo mínimo de Veículos Automotores e Equipamentos necessários para o
início da execução dos serviços

Tabela 16
Item Serviços Veículos Automotores e Equipamentos Qtdade
Veículo coletor com chassi de 02 eixos, peso bruto total mínimo 16.000 kg, equipado
com caçamba coletora compactadora de resíduos para 15 m³, de carga traseira, e 02
caixa coletora de chorume de 100 litros.
Carrinho tipo contêiner em polietileno de alta densidade, capacidade 120 litros.
Recipiente fabricado em polietileno de alta densidade (PEAD) aditivado contra ação
1 Varrição manual de vias e logradouros
de raios UV (Ultra Violeta), atendendo às normas ANSI Z 245-60 (Tipo B) e ANSI Z 66
públicos.
245-30, eixos em aço maciço com tratamento anti-corrosão feito a fogo, rodas de 200
mm com borracha maciça e núcleo em Polietileno de Alta Densidade.
Containeres metálicos com sanitário e espaço para adaptação de vestiário com
40
dimensões mínimas de 2,m x 5,0m para ponto de apoio à varrição manual.
Contêiner em polietileno de alta densidade, capacidade 120 litros. Recipiente
fabricado em polietileno de alta densidade (PEAD) aditivado contra ação de raios UV
(Ultra Violeta), atendendo às normas ANSI Z 245-60 (Tipo B) e ANSI Z 245-30, eixos 75
em aço maciço com tratamento anti-corrosão feito a fogo, rodas de 200 mm com

2 Varrição manual, lavagem e desinfecção de borracha maciça e núcleo em Polietileno de Alta Densidade.
vias públicas pós-feiras livres. Carrinho tipo contêiner em polietileno de alta densidade, capacidade 120 litros.
Recipiente fabricado em polietileno de alta densidade (PEAD) aditivado contra ação
de raios UV (Ultra Violeta), atendendo às normas ANSI Z 245-60 (Tipo B) e ANSI Z 09
245-30, eixos em aço maciço com tratamento anti-corrosão feito a fogo, rodas de 200
mm com borracha maciça e núcleo em Polietileno de Alta Densidade.

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Caminhão médio ou semi-pesado, peso bruto total mínimo de 23.000 kg, equipado
com tanque de 6.000 litros, dotado de conjunto caixa bomba, com alta pressão de
170 mca ou 250 psi, vazão mínima de 57 m³/hora, com barra irrigadora traseira
01
tubular com comando de abertura pneumático, com conjunto para alto carregamento
por escova hidráulica, carretel de mangote com mangueira Ø 1” e 25 m de extensão,
mais esguicho.
Varredeira mecânica com aspiração montada sobre chassis dotada de carroceria de
6m³ com basculamento traseiro, sistema de aspersão de água, barras de
espargimento em frente as escovas laterais e no interior do bocal de sucção, tanque
3 Varrição mecanizada de vias e logradouros para armazenamento de água com capacidade mínima de 1.000 litros, 1 vassoura 01
públicos central de polipropileno e 2 laterais de aço (direita e esquerda), e mangote de sucção
traseira. Sistemas de iluminação e sinalização conforme normas do CONTRAN,
alarme sonoro acoplado à marcha ré, bem como por todas as ferramentas auxiliares
necessárias ao bom andamento do trabalho.
Cesto coletor fabricado em chapas de aço galvanizado lisas de 1,2mm, capacidade
volumétrica entre 30 litros e 40 litros; sem arestas vivas ou elementos pontiagudos ou
cortantes; boca de descarte com altura entre 15cm e 20cm e largura mínima de
480
20cm, localizada na parte frontal superior do bojo a uma altura de 80cm em relação
4 Fornecimento e instalação de cestos de ao piso; fixação nos pedestais por dispositivo articulado que permita o basculamento
resíduos leves dos resíduos pelo giro dos cestos em 180º.
Veículo com chassi de 02 eixos, peso bruto total de no mínimo 11.000kg, equipado
com carroceria aberta de madeira, de lei com capacidade mínima de 6 m ³ 01
basculamento laterais e na parte traseira com fechamento com pinos e travas,

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Fica resguardado à SALU orientar motoristas e operadores, sobre o ponto de vista
disciplinar e/ou profissional, no andamento dos serviços;
A SALU, através da Supervisão, será responsável pelas apropriações, controle e
medições dos serviços em conjunto com o (s) apontador (es) do executor.
A SALU poderá, a seu critério, solicitar ao executor a realização dos serviços em horário
noturno, finais de semana ou feriados, se assim convier ao melhor andamento dos
trabalhos ou ao atendimento às demandas;
O executor deverá colocar à disposição todo tipo de sinalização necessária (placas de
advertência, cones de sinalização) de modo a garantir a segurança do pessoal nas
frentes de trabalho;
Deverá o executor manter a disposição da SALU para apoio à Fiscalização, quando e
enquanto exigido pela Supervisão, a partir da "1ª (primeira) Ordem de Serviço" até o
recebimento provisório dos serviços, 01 (um) veículo novo com no máximo 01 (um) ano
de uso, de no mínimo 1000cc, que deverá ser licenciado, coberto com seguro total,
respondendo pela conservação e manutenção total, além do fornecimento de combustível
de até 350 litros por mês. Durante paradas para manutenção, o executor deverá
disponibilizar outro veículo de apoio à Fiscalização. Os veículos não serão objeto de
medição, seus custos deverão estar incluídos no preço composto e ofertado pelo
executor.

Cadastro dos veículos


O executor deverá providenciar o cadastramento prévio dos veículos e equipamentos
junto à SALU para o início da execução dos serviços, acompanhado do laudo de
inspeção veicular emitido por empresa especializada, mantendo-os atualizados para fins
de informação sempre que solicitado.
O executor deverá fornecer cadastro atualizado, mensalmente, à SALU dos veículos e
equipamentos a serem utilizados nos serviços de coleta de resíduos com vistas à
fiscalização quanto à idade dos veículos que compõem a frota.
As alterações de veículos e/ou equipamentos no cadastro somente serão autorizadas
pela SALU, desde que atendidas todas as exigências acima descritas.

Identificação dos veículos


Os padrões de pintura incluindo aplicação de marca e cores, adesivos e identificação dos
veículos por tipo de serviço deverão seguir as normas definidas pela SALU, sendo os
custos integralmente de responsabilidade do executor, podendo a mesma propor projeto
a ser implantado nos veículos de coleta, alusivo às mensagens institucionais de
conscientização ambiental, que somente poderá ser implantado após a aprovação da
SALU.
Os veículos deverão ser identificados com a logomarca da Prefeitura Municipal de
Contagem e ter exposto nas caçambas coletoras o telefone da SALU para solicitações de
serviços, reclamações e sugestões da população (0800-2831225).
Em hipótese alguma será permitido o trânsito e/ou a execução de serviços pelos veículos
e/ou equipamentos objeto desta contratação, identificados com a logomarca da Prefeitura
de Contagem, em atividades diferentes daquelas designadas pela SALU.
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
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Manutenções corretivas e preventivas
O executor deverá aplicar o Plano de Manutenção dos veículos e equipamentos
utilizados nos serviços contratados, baseado em: inspeções diárias; programa de
manutenção preventiva e corretiva; programa de serviços internos e externos; programa
de limpeza e reforma (lavagem, desinfecção e pintura periódica); programa de controle
dos itens de segurança (iluminação, pneus etc.) e programa de manutenção, limpeza e
reparos dos demais equipamentos (coletor, carro-de-mão, cestos coletores e contêineres,
dentre outros). A SALU efetuará avaliações semestrais, ou quando se fizer necessário, na
frota do executor, buscando verificar as condições ideais de funcionamento.
Todos os veículos e equipamentos utilizados nos serviços de Limpeza Urbana deverão
respeitar os limites estabelecidos por lei para fontes sonoras e emissão de gases e
demais normas reguladoras do tráfego de veículos.
Os serviços de manutenção corretiva, preventiva, lubrificações e abastecimentos
necessários serão de responsabilidade do executor, devendo estes serviços ser
realizados antes ou após a jornada de trabalho, ou durante o horário de almoço.
Todos os serviços de manutenção preventiva e corretivas não urgentes nos veículos e
equipamentos deverão ser programados com antecedência com os responsáveis pelos
serviços da SALU.
Em caso de paralisações dos equipamentos para manutenção por um prazo superior a
04 (quatro) horas, o executor deverá providenciar a imediata substituição do mesmo.
O abastecimento e a manutenção, inclusive peças e serviços, equipamentos e veículos
locados correm por conta do executor.

Pesagem e destino final

O executor deverá transportar os resíduos recolhidos até o local de Destinação Final:


Aterro Sanitário de Contagem, localizado na Av. Helena de Vasconcelos Costa, no Bairro
Perobas.
Todos os veículos de coleta de resíduos de varrição serão pesados na entrada e na
saída, obrigatoriamente, na balança do Aterro Sanitário para fins de controle da
quantidade de resíduos recebidos no local. No caso de impedimento desta balança, a
SALU poderá determinar outros locais para a realização das pesagens.

VI.1.6 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s e Ferramentas Necessárias

Estão listados nes EPI’s e o consumo estimado dos equipamentos de proteção para cada
tipo de serviço. Ressalta-se que essa relação é uma estimativa e, portanto, não exime o
executor de manter o fornecimento em quantidade e qualidade adequados dos
Equipamentos de Proteção Individual a todos os funcionários durante toda a vigência do
Contrato, independentemente dos itens e quantitativos listados no referido anexo, bem
como implantar outros Equipamentos que a área de Segurança do Trabalho do executor
julgar necessários. A Contatada deverá disponibilizar para todos os funcionários
bloqueador solar, fator de proteção mínimo nº. 30 para raios UVA e UVB, em quantidade
necessária. O uniforme para as equipes que realizarão trabalhos durante o período
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
80
noturno e em locais com elevado risco de acidentes deverá incluir faixas refletivas para
aumentar a visibilidade do agente de limpeza presente nas vias públicas.
Especificações de Equipamentos de Proteção Individual - EPI’s para os agentes de
limpeza que atuarão na execução dos serviços relacionados no Anexo VIII - Relação do
quantitativo mínimo de pessoal necessário para o início da execução dos serviços:
Camisa de brim, tipo sol a sol ou similar, manga curta modelo e cor a serem
definidos pela SALU, com as marcas da Prefeitura de Contagem e da
empresa.
Jaqueta de brim, tipo sol a sol ou similar, manga longa para o inverno modelo
e cor a serem definidos pela SALU, com as marcas da Prefeitura de
Contagem e da empresa.
Calça de brim, tipo sol a sol ou similar, com elástico e cordão de algodão,
modelo e cor a serem definidos pela SALU, com as marcas da Prefeitura de
Contagem e da empresa.
Boné de brim, tipo sol a sol ou similar, com abas tipo touca árabe, modelo e
cor a serem definidos pela SALU, com as marcas da Prefeitura de Contagem
e da empresa.
Capa contra chuva em plástico na cor amarela, sem mangas, tipo morcego,
com as marcas da Prefeitura de Contagem e da empresa.
Luvas tipo cano curto, confeccionada em vaqueta de boa qualidade com 1 mm
de espessura, palma e dorso em vaqueta macia com forchetas, reforço
interno, inteiriço na palma, tira de reforço entre o polegar e o indicador, em
vaqueta, elástico no dorso, costurado internamente próximo ao punho, com 3
cm de largura, certificado de aprovação expedido pelo Ministério do Trabalho e
nome do fabricante gravado em baixo-relevo, totalmente costurado em linha
de nylon. Não serão aceitas as impressões em forma de carimbo, marcadas a
tinta em etiquetas ou similares.
Luvas tipo cano longo, confeccionadas em raspa e vaqueta de boa qualidade,
com 2 mm de espessura, certificado de aprovação expedido pelo Ministério do
Trabalho e nome do fabricante gravados de forma indelével em ambas as
mãos. Palmas e dorso totalmente em vaqueta macia, com forcheta modelo
tipo petroleiro, reforço interno, inteiriço, palma e dedos mínimo, anular e
indicador, em raspa de pequena espessura (para facilitar o movimento das
mãos), fixado por costura pespontada. Reforço interno no polegar em raspa de
pequena espessura, fixado por costura pespontada. Elástico interno no dorso,
próximo ao punho, com 2 cm de largura. Forquilha na base do polegar, em
vaqueta, cano em raspa, com 20 cm (vinte centímetros) de comprimento,
costurado em imaso lateral, com proteção para a veia do pulso (meia lua)
externa em raspa, fixada por costura dupla. As luvas deverão proporcionar
ótima flexibilidade maleabilidade, resistência e apresentar excelente
acabamento. Todas as costuras deverão ser em linha de nylon.
Sapato de amarrar, tipo tênis, com cadarço em algodão trançado e chato,
cabedal em vaqueta ao cromo de boa qualidade, com 2 mm de espessura, cor
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
81
preta, forro de bidim, palmilha de couro com 3 mm de espessura, com
cobertura acolchoada, cano acolchoado, com reforço de couro nos
atacadores, solado tipo anabela antiderrapante de poliuretano expandido
diretamente no cabedal, lingüeta acolchoada para maior conforto do usuário,
costurada na gáspea com o talão. Certificado de aprovação expedido pelo
Ministério do Trabalho e nome do fabricante gravado em baixo relevo no
cabedal de ambos os pés.

Com relação ao consumo de equipamentos de proteção individual anual, para a equipe


especificada no item 2, se adota o seguinte:

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


82
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
83
Relação do Consumo Estimado de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) - 12 meses
Tabela 17
Categoria Quantidade de EPI por Quantidade total de EPI
Item Descrição do serviço Quantidade EPI
Profissional servidor
Calça de brim 2 4
Camisa de brim 2 4
Motoristas 2 Jaqueta de brim 1 2
Botina 2 4
Capa para chuva 1 2
Boné 2 4
Varrição manual de vias
1 Calça de brim 2 6
e logradouros públicos Camisa de brim 2 6
Encarregado 3 Jaqueta de brim 1 3
Botina 2 6
Capa para chuva 1 3
Boné 2 6
Calça de brim 4 508
Camisa de brim 4 508
Jaqueta de brim 1 127
Varredeira 127 Sapato de amarrar 2 254
Varrição manual,
lavagem e desinfecção Capa para chuva 1 127
de vias públicas pós- Boné 4 508
2 Luvas cano curto 12 1524
feiras livres*
Calça de brim 4 264
Camisa de brim 4 264
Carrinheiro 66 Jaqueta de brim 1 66
Sapato de amarrar 2 132
Capa para chuva 1 66
Boné 4 264

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84
Luvas cano curto 12 792
Calça de brim 6 24
Camisa de brim 6 24
Coletor de Jaqueta de brim 1 4
Resíduos de 4 Botina 2 8
Varrição Capa para chuva 1 4
Boné 6 24
Luvas cano curto 24 96

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85
 (*) Considera-se que os funcionários que irão executar a Varrição manual, lavagem e desinfecção de vias pós feiras livres também
compõem o quadro do serviço de Varrição manual de vias e logradouros públicos.

Categoria Quantidade de EPI por Quantidade total de EPI


Item Descrição do serviço Quantidade EPI
Profissional servidor
Calça de brim 3 6
Camisa de brim 3 6
Jaqueta de brim 1 2
Operador 2 Botina 2 4
Capa para chuva 1 2
Boné 2 4
Varrição mecanizada de
Luvas cano curto 12 24
3 vias e logradouros
Calça de brim 4 8
públicos
Camisa de brim 4 8
Jaqueta de brim 1 2
Ajudantes 2 Sapato de amarrar 4 8
Capa para chuva 1 2
Boné 4 8
Luvas cano curto 12 24

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


86
Categoria
Descrição do Quantidade de EPI por Quantidade total de EPI
Item Profissiona Quantidade EPI
serviço servidor para 12 meses para 12 meses
l

Calça de brim 2 3
Camisa de brim 2 3
motorista 1
Jaqueta de brim 1 1
Botina 2 2

Fornecimento e Boné 2 2
4 instalação de cestos Calça de brim 4 4
de resíduos leves
Camisa de brim 4 4
Jaqueta de brim 1 1
servente 1
Botina 4 4
Boné 4 4
Luvas cano curto 12 12

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


87
Relação do consumo estimado de Ferramental e Materiais para o período de 12 meses
Tabela 18

Quantidade Vida útil Quantidade Quantidade


Descrição dos serviços Material
Item de equipes (dias) por equipe total

Pá 90 1,57 267

Vassoura 7 4,6 10.074

Sacos plásticos 1 60 1.216.800


Varrição manual de vias e
1 42
logradouros públicos Cone h=75cm 90 3 676

Garrafas térmicas – 1 litro 180 3 338

Caixas de ferramentas metálica


365 1 42
180x70x80cm

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


88
Relação do consumo estimado de Ferramental e Materiais para o período de 12 meses
Quantidade Vida útil Quantidade Quantidade
Item Descrição dos serviços Material
de equipes (dias) por equipe total
Pá 90 1,8 5

Vassoura 7 5,8 215


Varrição manual, lavagem e
2 desinfecção de vias públicas pós- 5 Sacos plásticos 1 75 19500
feiras livres.
Cone h=75cm 90 4 12

Garrafas térmicas 1 litro 365 5,8 4

Relação do consumo estimado de Ferramental e Materiais para o período de 12 meses


Quantidade Vida útil Quantidade Quantidade
Item Descrição dos serviços Material
de equipes (dias) por equipe total

Varrição mecanizada de vias e Garfo 60 1 12


3 2
logradouros públicos. Garrafas térmicas 5 litros 365 1 2

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


89
Relação do consumo estimado de Ferramental e Materiais para o período de 12 meses
Quantidade Vida útil Quantidade Quantidade
Item Descrição dos serviços Material
de equipes (dias) por equipe total

Pá de bico 180 1 2

Colher de pedreiro 180 1 2


Fornecimento e instalação de
4 1 Enxada 180 1 2
cestos de resíduos leves
Picareta 180 1 2

Garrafas térmicas 5 litros 365 1 1

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


90
VI.2 – Capina
 Capina manual de vias e logradouros públicos em pavimento asfáltico (km de via);
 Capina manual de vias e logradouros públicos sem pavimento (km de via);
 Pintura de meio-fio de vias e logradouros públicos (km de sarjeta);
 Capina mecanizada de vias e logradouros públicos com pavimentação poliédrico,
paralelepípedo e blocos de concreto (km de via).
 Roçada mecanizada com utilização de roçadeira costal (m2);
 Roçada mecanizada com utilização de roçadeira costal (unid x dia);
 Equipe padrão para realização de serviços diversos – Tipo I (equipe x mês);
 Equipe padrão para realização de serviços diversos – Tipo II (equipe x mês);
 Execução de serviços emergenciais (homem x hora).

VI.2.1 - Capina manual de vias e logradouros públicos em pavimento asfáltico (km


de via)
Deverá ser contemplada pelos serviços de capina manual a largura total das calçadas e
sarjetas das vias beneficiadas independente da largura da calçada, visto que a largura
média das calçadas no Município de Contagem corresponde aproximadamente 2,00m, e
em uma faixa com largura de 60cm ao longo das sarjetas. Onde não for possível a
identificação da largura da calçada através de limitadores, tais como muros ou cercas,
deverá ser adotada uma largura de 2,00m.
Não poderão ser deslocadas as equipes de capina para realização de outros serviços,
salvo em situações absolutamente indispensáveis para o atendimento, em casos
emergenciais devidamente justificados, sob solicitação da SALU, através da emissão de
Ordem de Serviço.
O serviço será executado no período diurno, iniciando às 07 horas, admitindo-se
tolerância máxima de 30 minutos, de segunda-feira a sexta-feira, exceto feriados; no
sábado deverá ser executado somente o recolhimento dos resíduos provenientes dos
serviços de capina e raspagem de terra.
O produto resultante dos serviços de capina manual e raspagem de terra deverá ser
confinado e removido, no prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas após sua realização
e destinados ao aterro sanitário. A contratada deverá incluir estes custos no valor global
dos serviços de capina manual de vias e logradouros públicos.
A equipe estimada para a execução destes serviços será constituída por 08 (oito)
capineiros e 01 (um) encarregado (fiscal de turma), 01 (um) veiculo coletor tipo carroceria
adaptado com cabine para transporte de pessoal, (01) motorista e (02) dois ajudantes do
caminhão aberto, bem como por todas as ferramentas e insumos necessários ao bom
andamento dos trabalhos, tais como pás, enxadas, vassouras, carrinhos de mão e outros.
Condições básicas para a execução dos serviços:
A efetiva execução do serviço ficará condicionada às emissões de Ordem de
Serviços expedidas diariamente pela SALU.
Durante a execução dos serviços de capina e raspagem de terra de vias e
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
91
logradouros públicos, deverá ser preservada a vegetação de interesse ornamental
ou paisagístico, plantada nos locais a serem beneficiados, seja ela de qualquer
porte e natureza. A Contratada responsabilizar-se-á, integralmente, pelos danos
causados àquela vegetação por conta da ação ou omissão de seus funcionários
operacionais e/ou encarregados de turma.
Os casos em que existam, nas calçadas laterais das vias e logradouros públicos,
gramados ou canteiros plantados e mantidos pelos moradores fronteiriços, será de
responsabilidade da Contratada a execução da capina em uma faixa com a largura
nominal de 10 cm (dez centímetros) ao longo do perímetro externo dos referidos
gramados e/ou canteiros.
Quando os tipos de resíduos provenientes das atividades de capina e raspagem de
terra de vias e logradouros públicos dificultar, por suas características, seu
acondicionamento, os resíduos deverão ser acumulados “in natura”, em locais e em
condições tais que não prejudiquem o trânsito de veículos e pessoas, bem como
tornem possível seu recolhimento. Nessas circunstâncias, todos os possíveis
cuidados necessários e cabíveis deverão ser adotados, de modo a evitar o
espalhamento dos resíduos acumulados e obstrução de estruturas de drenagem
pluvial, até o momento de seu recolhimento no prazo de 24 horas.
Durante a realização do serviço de capina deverá ser realizada a catação dos
resíduos com características domiciliares e comerciais, indevidamente lançados nas
vias e logradouros públicos, devendo ser acondicionados em sacos plásticos
separadamente dos resíduos da capina e destinados ao Aterro Sanitário.
A equipe do referido serviço deverá apresentar-se ao trabalho devidamente
uniformizada e munida de todos os equipamentos necessários, inclusive os
equipamentos de proteção individual – EPI’s.
Durante a execução das atividades inerentes a capina manual de vias e logradouros
públicos, todos os cuidados cabíveis deverão ser tomados no sentido de garantir a
segurança dos trabalhadores delas incumbidos, inclusive no que diz respeito ao uso
obrigatório de uniformes padronizados, Equipamentos de Proteção Individual -
EPI’s, Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC’s, e placas de sinalização,
conforme modelos aprovados pela SALU. Igualmente, deverão ser adotados
procedimentos operacionais adequados que minimizem os incômodos causados
aos moradores vizinhos e ao trânsito de veículos e de pedestres nas vias
beneficiadas com esses serviços.
Os serviços de capina manual e raspagem de terra serão executadas em vias e
logradouros públicos com pavimento asfáltico ou sem pavimentação. De acordo
com a programação da SALU.
Os resíduos transportados deverão ser cobertos com lonas em perfeito estado de
conservação, devidamente fixadas, cobrindo totalmente a carga transportada para
evitar derramamento durante todo o trajeto do veículo até a destinação final.
Todos os motoristas deverão portar telefones celulares em perfeito estado de
funcionamento durante toda a jornada de trabalho, de forma a sempre possibilitar
contatos necessários de maneira rápida e eficiente com a equipe. A lista com os

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


92
nomes dos motoristas e seus telefones de contato deverá ser disponibilizada à
Fiscalização e deverá ser mantida sempre atualizada. Os motoristas deverão ser
capacitados para tomar providências necessárias durante eventualidades ocorridas
na execução dos serviços.
A Contratada deverá apresentar, juntamente com as planilhas de medição mensal
dos serviços, as plantas dos locais onde os serviços foram executados no período,
com a indicação dos tipos de serviços executados por meio de legendas. As plantas
deverão ser elaboradas em programas de computador específicos e apresentadas
de forma impressa, de acordo com modelo aprovado pela SALU.
VI.2.2 - Capina manual de vias e logradouros públicos sem pavimento (km de via)
(Idem item VI.2.1- Capina manual de vias e logradouros públicos em pavimento asfáltico)

VI.2.3 - Pintura de meio-fio de vias e logradouros públicos (km de sarjeta)


A pintura do meio-fio tem como objetivo ressaltar a sinalização estratigráfica horizontal,
importante elemento para o balizamento do tráfego de veículos. Contribui, ainda, para
elevar o padrão estético das vias e logradouros. A efetiva execução do serviço ficará
condicionada às emissões de Ordem de Serviços expedidas diariamente pela SALU.
Esses serviços serão executados de forma contínua nos meios fios laterais e de canteiros
centrais das vias pavimentadas e logradouros públicos, seguindo uma programação
conjunta com os serviços de capina, de roçada e de remoção de terra a ser previamente
estabelecida pela SALU.
O serviço será executado no período diurno, iniciando às 07 horas, admitindo-se
tolerância máxima de 30 minutos, de segunda-feira a sexta-feira, exceto feriados.
Deve ser utilizada cal hidratada de primeira qualidade, com fixador, com vistas a
proporcionar maior durabilidade da pintura aplicada. Os meios-fios, sarjetas e canaletas
adjacentes deverão ser limpos e desobstruídos pela própria equipe do serviço de pintura
de meio-fio de vias e logradouros públicos antes de serem pintados, sendo esses custos
incluídos no preço do serviço.
Os locais destinados à preparação da mistura deverão ser protegidos com material
impermeável, a fim de evitar o derramamento sobre a superfície pavimentada.
A equipe utilizada para a execução desta atividade será a mesma prevista para
realização dos serviços de capina manual de vias e logradouros públicos.
A equipe do referido serviço deverá apresentar-se ao trabalho devidamente uniformizada
e munida de todos os equipamentos e ferramentas necessárias, inclusive os
equipamentos de proteção individual - EPI’s, e placas de sinalização conforme modelo a
ser fornecido pela SALU.

VI.2.4 - Capina mecanizada de vias e logradouros públicos com pavimentação


poliédrico, paralelepípedo e blocos de concreto (km de via).

A capina mecanizada deverá ser executada com a utilização de máquina capinadeira de


uso urbano, dotada de escova rotativa com cerdas de aço confeccionadas com cabos
metálicos com diâmetro de 1 polegada e carenagem de proteção para absorção de
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
93
impactos dos resíduos gerados pela ação do processo da capina. Este equipamento
deverá ser dotado de reservatório de água, com capacidade mínima de 300 litros, cuja
finalidade é aspergir água e umedecer o pavimento a ser mecanicamente capinado por
meio de aspersores posicionados à frente das escovas rotativas, evitando excessivo
levantamento de material particulado.
Logo após a capina mecanizada efetuada pelo equipamento acima descrito, a equipe de
capinadores deverá realizar o acabamento manual com enxadas, aparando alguma
rebarba não removida pelo equipamento e juntando os resíduos gerados pela capina
mecanizada com a retirada total da vegetação existente na via pública.
Este serviço deverá contemplar também a capina manual da largura total das calçadas
das vias beneficiadas, executando ainda a raspagem de terra e varrição. Onde não for
possível a identificação da largura da calçada através de limitadores, tais como muros ou
cercas, deverá ser adotada uma largura de 2,00m. Os custos da realização desses
serviços deverão estar incluídos no item da Capina mecanizada de vias e logradouros
públicos com pavimentação poliédrico, paralelepípedo e blocos de concreto.
A efetiva execução do serviço ficará condicionada às emissões de Ordem de Serviços
expedidas diariamente pela SALU.
Durante a realização do serviço de capina deverá ser realizada a catação dos resíduos
com características domiciliares e comerciais, indevidamente lançados nas vias e
logradouros públicos, devendo ser acondicionados em sacos plásticos separadamente
dos resíduos da capina e destinados ao Aterro Sanitário.
O abastecimento de combustível para o equipamento será de responsabilidade exclusiva
da Contratada. A estocagem desse combustível e o abastecimento dos reservatórios dos
equipamentos em campo deverão ser conduzidos com extremo cuidado, devendo ser
adotados procedimentos seguros que efetivamente minimizem a possibilidade de
ocorrência de acidentes com os operadores ou com terceiros.
Durante a execução das atividades inerentes a capina mecanizada de vias e logradouros
públicos, todos os cuidados cabíveis deverão ser tomados no sentido de garantir a
segurança dos trabalhadores delas incumbidos, inclusive no que diz respeito ao uso
obrigatório de uniformes padronizados, Equipamentos de Proteção Individual - EPI’s,
Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC’s, e placas de sinalização, conforme modelos
aprovados pela SALU. Igualmente, deverão ser adotados procedimentos operacionais
adequados que minimizem os incômodos causados aos moradores vizinhos e ao trânsito
de veículos e de pedestres nas vias beneficiadas com esses serviços. Uma especial
atenção deverá ser prestada no que diz respeito à freqüente possibilidade de lançamento
à distância, pelas escovas rotativas da capinadeira, de pequenas pedras e/ou de outros
fragmentos sólidos, potencialmente capazes de provocar ferimentos em pessoas e
animais e/ou causar danos a bens móveis ou imóveis próximos, tornando-se desta forma
obrigatório o uso de protetores de borracha no equipamento. O produto resultante dos
serviços de capina mecanizada deverá ser confinado e removido ao prazo máximo de 24
(vinte e quatro) horas após sua realização e destinados ao aterro sanitário.
Caberá integralmente à Contratada a responsabilidade por quaisquer conseqüências
decorrentes do uso inadequado e/ou negligente dos procedimentos de capina
mecanizada.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


94
A equipe estimada para realização desta atividade será composta de 01 (um) operador,
01 (uma) máquina capinadeira, 02 (dois) motoristas, 02 (dois) veículos coletores tipo
carroceria adaptado com cabine para transporte de pessoal com capacidade para 14
pessoas, 04 (quatro) ajudantes de caminhão aberto para recolhimento de resíduos,
equipe de 24 (vinte e quatro) capineiros, 02 (dois) encarregados (fiscais de turma) para a
necessária raspagem das vias e capina manual das calçadas e rebarbas deixadas pela
capinadeira mecanizada, além de 01 (um) motorista, 01(um) caminhão pipa para
aspersão de água nas vias, todos devidamente capacitados para o exercício das
atividades.
A equipe do referido serviço deverá apresentar-se ao trabalho devidamente uniformizada
e munida de todos os equipamentos necessários, inclusive os equipamentos de proteção
individual - EPI’s;
O serviço deverá ser executado no período diurno, iniciando às 07 horas, admitindo-se
tolerância máxima de 30 minutos, de segunda-feira a sexta-feira, exceto feriados; no
sábado deverá ser realizado somente o recolhimento dos resíduos.
Os resíduos transportados deverão ser cobertos com lonas em perfeito estado de
conservação, devidamente fixadas, cobrindo totalmente a carga transportada para evitar
derramamento durante todo o trajeto do veículo até a destinação final.
Todos os motoristas deverão portar telefones celulares em perfeito estado de
funcionamento durante toda a jornada de trabalho, de forma a sempre possibilitar
contatos necessários de maneira rápida e eficiente com a equipe. A lista com os nomes
dos motoristas e seus telefones de contato deverá ser disponibilizada à Fiscalização e
deverá ser mantida sempre atualizada. Os motoristas deverão ser capacitados para
tomar providências necessárias durante eventualidades ocorridas na execução dos
serviços.
A Contratada deverá apresentar, juntamente com as planilhas de medição mensal dos
serviços, as plantas dos locais onde os serviços foram executados no período, com a
indicação dos tipos de serviços executados por meio de legendas. As plantas deverão ser
elaboradas em programas de computador específicos e apresentadas de forma impressa,
de acordo com modelo aprovado pela SALU.
VI.2.5 - Roçada mecanizada com utilização de roçadeira costal (m2)

Este serviço deverá ser executado com a utilização de roçadeira costal mecânica em
vias, logradouros públicos municipais. A efetiva execução do serviço ficará condicionada
às emissões de Ordem de Serviços expedidas diariamente pela SALU.
Quando a roçada mecanizada contemplar gramados como os de canteiros centrais e
laterais das vias urbanas, praças, parques e jardins, deverá ser precedida de
despraguejamento manual, que é a remoção com enxadas e enxadões de pragas
diversas que possam estar contaminando a grama, tais como: vassouras e braquiarias,
dentre outras. A poda dos gramados deverá receber acabamento em suas extremidades
(muro, passeios, meios fios), denominado perfilamento, que é um corte alinhado,
realizado manualmente com enxadas ou com a roçadeira trabalhando inclinada,
afastando em 15 cm a grama de seus limites.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


95
A roçada manual de vias e logradouros públicos é considerada complementar ao serviço
de roçada mecanizada e será executada nos locais cujas características topográficas -
declividade elevada, desnível excessivo - não permitam a realização da roçada
mecanizada.
Estes serviços deverão incluir também a raspagem de terra e varrição das sarjetas dos
locais de execução dos serviços.
O abastecimento de combustível para as roçadeiras mecânicas será de responsabilidade
exclusiva da Contratada. A estocagem desse combustível e o abastecimento dos
reservatórios dos equipamentos em campo deverão ser conduzidos com extremo
cuidado, devendo ser adotados procedimentos seguros que efetivamente minimizem a
possibilidade de ocorrência de acidentes com os operadores ou com terceiros.
Durante a execução das atividades inerentes a roçada mecanizada de vias e logradouros
públicos, todos os cuidados cabíveis deverão ser tomados no sentido de garantir a
segurança dos trabalhadores delas incumbidos, inclusive no que diz respeito ao uso
obrigatório de uniformes padronizados, Equipamentos de Proteção Individual - EPI’s,
Equipamentos de Proteção Coletiva - EPC’s, e placas de sinalização, conforme modelos
aprovados pela SALU. Igualmente, deverão ser adotados procedimentos operacionais
adequados que minimizem os incômodos causados aos moradores vizinhos e ao trânsito
de veículos e de pedestres nas vias beneficiadas com esses serviços. Uma especial
atenção deverá ser prestada no que diz respeito à freqüente possibilidade de lançamento
à distância, pelas lâminas rotativas das roçadeiras, de pequenas pedras e/ou de outros
fragmentos sólidos, potencialmente capazes de provocar ferimentos em pessoas e
animais e/ou causar danos a bens móveis ou imóveis próximos, tornando-se desta forma
obrigatório o uso de tela de proteção fixada próxima à frente de operação. O produto
resultante dos serviços de roçada mecanizada com a utilização de roçadeira costal
deverá ser confinado e removido ao prazo máximo de 24 (vinte e quatro) horas após sua
realização e destinados ao aterro sanitário. Dessa forma, a Contratada deverá se
programar para realizar o recolhimento dos resíduos também aos sábados.
Caberá integralmente à Contratada a responsabilidade por quaisquer conseqüências
decorrentes do uso inadequado e/ou negligente dos procedimentos de roçada
mecanizada.
A equipe estimada para realização desta atividade será composta de 06 seis) operadores
de roçadeira e 10 (dez) rasteladores e 01 (um) encarregado (fiscal de turma), além de 02
(dois) motoristas, 04 (quatro) ajudantes de caminhão aberto para recolhimento dos
resíduos todos devidamente capacitados para o exercício das atividades e 02 (dois)
veículos coletores tipo carroceria adaptado com cabine para transporte de pessoal.
A equipe do referido serviço deverá apresentar-se ao trabalho devidamente uniformizada
e munida de todos os equipamentos necessários, inclusive os equipamentos de proteção
individual - EPI’s;
O serviço deverá ser executado no período diurno, iniciando às 07 horas, admitindo-se
tolerância máxima de 30 minutos, de segunda-feira a sexta-feira, exceto feriados; no
sábado deverá ser realizado somente o recolhimento dos resíduos.
Deverá ser realizada durante a execução do serviço de rastelagem dos resíduos
provenientes da roçada mecanizada a retirada dos resíduos com características
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
96
domiciliares e comerciais, indevidamente lançado nas vias e logradouros públicos, sendo
os mesmos acondicionados em sacos plásticos separadamente dos resíduos da roçada e
destinados ao Aterro Sanitário.
Os resíduos transportados deverão ser cobertos com lonas em perfeito estado de
conservação, devidamente fixadas, cobrindo totalmente a carga transportada para evitar
derramamento durante todo o trajeto do veículo até a destinação final.
Todos os motoristas deverão portar telefones celulares em perfeito estado de
funcionamento durante toda a jornada de trabalho, de forma a sempre possibilitar
contatos necessários de maneira rápida e eficiente com a equipe. A lista com os nomes
dos motoristas e seus telefones de contato deverá ser disponibilizada à Fiscalização e
deverá ser mantida sempre atualizada. Os motoristas deverão ser capacitados para
tomar providências necessárias durante eventualidades ocorridas na execução dos
serviços.
A Contratada deverá apresentar, juntamente com as planilhas de medição mensal dos
serviços, as plantas dos locais onde os serviços foram executados no período, com a
indicação dos tipos de serviços executados por meio de legendas. As plantas deverão ser
elaboradas em programas de computador específicos e apresentadas de forma impressa,
de acordo com modelo aprovado pela SALU.

VI.2.6 - Roçada mecanizada com utilização de roçadeira costal. (unid x dia)

Este serviço deverá ser executado por um roçador com a utilização de roçadeira costal
mecânica em vias, logradouros e áreas públicas complementando os serviços
executados pelas equipes padrão.
A efetiva execução do serviço ficará condicionada às emissões de Ordem de Serviços
expedidas diariamente pela SALU, devendo ser observados os demais critérios citados
no item anterior.

VI.2.7 - Equipe padrão para realização de serviços diversos – Tipo I (equipe x mês)

Compreende a execução dos serviços eventuais tais como, catação de resíduos nas vias
públicas e áreas verdes, recolhimento de podas ou quedas de árvores, raspagem de terra
/ lama de inundações, desobstrução superficial do sistema de drenagem pluvial, além de
serviços de capina manual, mediante programação da SALU, em locais diversos onde
não seja possível a medição por quilômetro linear ou manutenção da limpeza nas vias e
corredores principais.
A equipe estimada para a execução destes serviços será constituída de 01 (um)
encarregado (fiscal de turma), 01 (um) motorista e 08 (oito) garis, 01 veículo coletor tipo
carroceria adaptado com cabine para transporte de pessoal, 02 (dois) ajudantes de
caminhão aberto para recolhimento dos resíduos, bem como por todas as ferramentas
necessárias ao bom andamento dos trabalhos.
Os serviços executados pela equipe padrão deverão ser executados no período diurno,
de segunda-feira à sexta, exceto feriados, com início às 07 h.
A equipe padrão deverá apresentar-se ao trabalho devidamente uniformizada e munida
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
97
de todos os equipamentos, inclusive os Equipamentos de Proteção Individual - EPI’s,
necessários para cada situação de trabalho.
A empresa deverá realizar a roçada mecanizada sempre que a equipe padrão necessitar
dos serviços para complementação das atividades executadas pela mesma. Nesses
casos, a referida roçada será medida como (unid.x dia).
Todos os motoristas deverão portar telefones celulares em perfeito estado de
funcionamento durante toda a jornada de trabalho, de forma a sempre possibilitar
contatos necessários de maneira rápida e eficiente com a equipe. A lista com os nomes
dos motoristas e seus telefones de contato deverá ser disponibilizada à Fiscalização e
deverá ser mantida sempre atualizada. Os motoristas deverão ser capacitados para
tomar providências necessárias durante eventualidades ocorridas na execução dos
serviços.

VI.2.8 - Equipe padrão para realização de serviços diversos – Tipo II (equipe x mês)

Compreende a execução dos serviços de limpeza de córregos que serão executados de


acordo com a programação prévia emitida pela SALU.
Os serviços serão executados no período diurno, iniciando às 07 horas, de segunda-feira
a sábado e, conforme programação da SALU, nos feriados e dias santos.
A equipe estimada para a execução do serviço será composta de 08 (oito) garis,
observado o pagamento de insalubridade, 01 (um) encarregado (fiscal de turma), (01)
caminhão tipo carroceria adaptado com cabine para transporte de pessoal, 01 (um)
motorista e 02 (dois) ajudantes para o caminhão aberto, além de ferramentas necessárias
ao bom andamento dos trabalhos, tais como pás, vassouras sacos plásticos e outras
necessárias para execução dos serviços.
A equipe do referido serviço deverá apresentar-se ao trabalho devidamente uniformizada
e munida de todos os equipamentos necessários, inclusive os equipamentos de proteção
individual – EPI’s, e placas de sinalização conforme modelo a ser fornecido pela SALU,
para os serviços de Limpeza de Córregos.
A empresa deverá realizar a roçada mecanizada sempre que a equipe padrão necessitar
dos serviços para complementação das atividades executadas pela mesma. Nesses
casos, a referida roçada será medida como (unid.x dia).
Todos os motoristas deverão portar telefones celulares em perfeito estado de
funcionamento durante toda a jornada de trabalho, de forma a sempre possibilitar
contatos necessários de maneira rápida e eficiente com a equipe. A lista com os nomes
dos motoristas e seus telefones de contato deverá ser disponibilizada à Fiscalização e
deverá ser mantida sempre atualizada. Os motoristas deverão ser capacitados para
tomar providências necessárias durante eventualidades ocorridas na execução dos
serviços.
VI.2.9 - Execução de serviços emergenciais (homem x hora)

Compreende a execução de serviços emergenciais de limpeza urbana, que poderão


ocorrer fora do expediente normal de trabalho e necessitarão de atendimento imediato,
tais como recolhimento de resíduos derramados em vias públicas que venham obstruir o

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


98
trânsito de veículos e pedestres, raspagem de terra proveniente de inundações e
deslizamento de terra e outras situações que ofereçam riscos a saúde e segurança
públicas. Para esses serviços, serão utilizados funcionários que atuam diariamente nos
demais serviços durante o expediente normal de trabalho.
A efetiva execução dos serviços ficará condicionada a emissão de ordens de serviços
expedidas pela SALU.
Os agentes de limpeza deverão apresentar-se ao trabalho devidamente uniformizados e
munidos de todos os equipamentos necessários, inclusive os Equipamentos de Proteção
Individual - EPI’s.
VI.2.10 - Veículos e Equipamentos

Veículos automotores com os equipamentos adequados e necessários a cada tipo de


serviço foram dimensionados de forma a serem suficientes, em quantidade e qualidade,
para atender, de maneira adequada, a prestação dos serviços propostos.
A quantidade mínima de veículos e suas especificações técnicas constam do Anexo VIII -
Relação do quantitativo mínimo de Veículos Automotores e Equipamentos necessários
para o início da execução dos serviços, não havendo previsão de reserva técnica,
devendo a Contratada providenciar imediata substituição em caso de paralisação para
manutenções, de forma a não prejudicar o andamento dos serviços.
Os veículos disponíveis e necessários para a execução dos serviços relacionados na
tabela Relação do quantitativo mínimo de Veículos Automotores e equipamentos
necessários para o inicio da execução dos serviços deverão, obrigatoriamente, ter sido
fabricados, no máximo (15) quinze anos antes da abertura dos envelopes de habilitação e
estarem mobilizados e disponíveis para uso imediato antes da assinatura do Contrato,
mediante vistoria prévia da SALU.
Durante o período contratual, os equipamentos, inclusive as unidades de reserva,
deverão ser mantidos com todos os seus componentes funcionando nas mesmas
condições iniciais especificadas, não obstante o desgaste normal por uso.
No decorrer do Contrato, cada um dos veículos e equipamentos utilizados para cada tipo
de serviços relacionados na tabela Relação do quantitativo mínimo de Veículos
Automotores e equipamentos necessários para o início da execução dos serviços, não
poderá ter idade superior a 20 (vinte) anos.
Caso sejam observadas idades superiores às descriminadas no item anterior, a SALU
determinará a imediata exclusão do cadastro do veículo e/ou equipamento e suspensão
das atividades até que as irregularidades sejam sanadas.
O transporte das equipes de trabalho, das instalações de apoio aos respectivos setores
de limpeza deverá ser efetuado através de veículos equipados com cabine de alumínio
de acordo com as normas de segurança e do CONTRAN.
Os veículos disponíveis para os serviços de capina e roçada, bem como aqueles
integrantes das Equipes Padrão Tipos I e II, terão a função de transporte dos
funcionários, conforme parágrafo anterior, e de transporte dos resíduos gerados na
realização dos serviços. Desta forma, todos deverão ser equipados com lonas em
perfeito estado de conservação. Além disso, esses veículos deverão ser dotados de toldo
em estrutura metálica removível para servir de ponto de apoio às equipes, durante a
realização dos serviços.
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
99
O formulário do Relatório Diário de Serviços deverá ser fornecido pela Contratada em
duas vias numeradas que deverão ser preenchidos por todos os motoristas e operadores
de máquinas e assinadas pelo Supervisor dos serviços.
Os equipamentos, roçadeiras costais e demais máquinas deverão ser novos.
Caso os caminhões não atendam adequadamente o desenvolvimento dos serviços,
deverão ser substituídos por outros sem qualquer ônus para a SALU.
A Contratada deverá orientar seus funcionários quanto aos procedimentos internos do
Aterro Sanitário e se responsabilizar por quaisquer danos materiais a terceiros ou às
instalações e equipamentos de propriedade da Prefeitura Municipal de Contagem durante
a execução dos serviços.
Fica resguardado à SALU orientar motoristas e operadores, sobre o ponto de vista
disciplinar e/ou profissional, no andamento dos serviços;
A SALU, através da Supervisão, será responsável pelas apropriações, controle e
medições dos equipamentos solicitados em conjunto com o(s) apontador(es) da
Contratada.
A SALU poderá, a seu critério, solicitar à Contratada a execução dos serviços em horário
noturno, finais de semana ou feriados, se assim convier ao melhor andamento dos
trabalhos ou ao atendimento às demandas;
A Contratada deverá colocar à disposição todo tipo de sinalização necessária (placas de
advertência, cones de sinalização) de modo a garantir a segurança do pessoal nas
frentes de trabalho;
Deverá a Contratada manter a disposição da SALU para apoio à Fiscalização, quando e
enquanto exigido pela Supervisão, a partir da "1ª (primeira) Ordem de Serviço" até o
recebimento provisório dos serviços, 01 (um) veículo novo com no máximo 01 (hum) ano
de uso, de no mínimo 1000cc, que deverá ser licenciado, coberto com seguro total,
respondendo pela conservação e manutenção total, além do fornecimento de combustível
de até 350 litros por mês. Durante paradas para manutenção, a Contratada deverá
disponibilizar outro veículo de apoio à Fiscalização. Os veículos não serão objetos de
medição, seus custos deverão estar incluídos no preço composto e ofertado pela
Contratada.
Cadastro dos veículos
A Contratada deverá providenciar o cadastramento prévio dos veículos e equipamentos
junto à SALU para o início da execução dos serviços, acompanhado do laudo de
inspeção veicular emitido por empresa especializada, mantendo-os atualizados para fins
de informação sempre que solicitado.
A Contratada deverá fornecer cadastro atualizado, mensalmente, à SALU dos veículos e
equipamentos a serem utilizados nos serviços de coleta de resíduos com vistas à
fiscalização quanto à idade dos veículos que compõem a frota.
As alterações de veículos e/ou equipamentos no cadastro somente serão autorizadas
pela SALU, desde que atendidas todas as exigências acima descritas.
Identificação dos veículos
Os padrões de pintura incluindo aplicação de marca e cores, adesivos e identificação dos
veículos por tipo de serviço deverão seguir as normas definidas pela SALU, sendo os
custos integralmente de responsabilidade da Contratada, podendo a mesma propor
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
100
projeto a ser implantado nos veículos de coleta, alusivo às mensagens institucionais de
conscientização ambiental, que somente poderá ser implantado após a aprovação da
SALU.
Os veículos deverão ser identificados com a logomarga da Prefeitura Municipal de
Contagem e ter exposto nas caçambas coletoras o telefone da SALU para solicitações de
serviços, reclamações e sugestão da população (0800-2831225).
Em hipótese alguma será permitido o trânsito e/ou a execução de serviços pelos veículos
e/ou equipamentos objeto desta contratação, identificados com a logomarca da Prefeitura
de Contagem, em atividades diferentes daquelas designadas pela SALU.
Manutenções corretivas e preventivas
A Contratada deverá aplicar o Plano de Manutenção dos veículos e equipamentos
utilizados nos serviços contratados, baseado em: inspeções diárias; programa de
manutenção preventiva e corretiva; programa de serviços internos e externos; programa
de limpeza e reforma (lavagem, desinfecção e pintura periódica); programa de controle
dos itens de segurança (iluminação, pneus etc.) e programa de manutenção, limpeza e
reparos dos demais equipamentos (coletor, carro-de-mão, cestos coletores e contêineres,
dentre outros).
A SALU efetuará avaliações semestrais, ou quando se fizer necessário, na frota da
Contratada, buscando verificar as condições ideais de funcionamento.
Todos os veículos e equipamentos utilizados nos serviços de Limpeza Urbana deverão
respeitar os limites estabelecidos por lei para fontes sonoras e emissão de gases e
demais normas reguladoras do tráfego de veículos.
Os serviços de manutenção corretiva, preventiva, lubrificações e abastecimentos
necessários serão de responsabilidade da Contratada, devendo esses serviços ser
realizados antes ou após a jornada de trabalho, ou durante o horário de almoço.
Todos os serviços de manutenção preventiva e corretivas não urgentes nos veículos e
equipamentos deverão ser programados com antecedência com os responsáveis pelos
serviços da SALU.
Em caso de paralisações dos equipamentos para manutenção por um prazo superior a
04 (quatro) horas, a Contratada deverá providenciar a imediata substituição do mesmo.
O abastecimento e a manutenção, inclusive peças e serviços, de todas as máquinas,
equipamentos e veículos locados correm por conta da empresa CONTRATADA.
Pesagem e destino final

A Contratada deverá transportar os resíduos recolhidos até o local de Destinação Final:


Aterro Sanitário de Contagem, localizado na Av. Helena de Vasconcelos Costa, no Bairro
Perobas. Estes resíduos serão depositados sobre os taludes do maciço de resíduos,
desta forma os resíduos domiciliares e outros existentes no local de execução dos
serviços de capina e roçada deverão ser coletados separadamente e destinados a frente
de operação do aterro juntamente com os demais resíduos com características
domiciliares.
Todos os veículos carregados devem ser pesados, obrigatoriamente, na balança do
Aterro Sanitário. No caso de impedimento desta balança, a SALU poderá determinar
outros locais para a realização das pesagens. A Contratada deverá submeter seus
veículos de coleta ao controle de tara, sempre que a SALU o exigir.
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101
Relação do quantitativo mínimo de Veículos Automotores e Equipamentos necessários para o início da execução dos serviços
Tabela 19

Item Serviços Veículos Automotores e Equipamentos Qtdade

1 Capina manual de vias e logradouros Veículo coletor com chassi de 02 eixos, peso bruto total de no mínimo 11.000kg, equipado
públicos em pavimento asfáltico. com carroceria aberta de madeira, de lei com capacidade mínima de 6 m³ equipado com
2 Capina manual de vias e logradouros cabine para transporte de pessoal com capacidade para 10 pessoas, além de toldo com
públicos sem pavimento. estrutura metálica removível para apoio à equipe junto às frentes de trabalho, basculamento 10
laterais e na parte traseira com fechamento com pinos e travas, lona para a cobertura dos
Pintura de meio-fio de vias e
3 resíduos, com pára-choque de acordo com as normas do CONTRAN, com ganchos para
logradouros públicos.
amarração de lona.

Capinadeira de uso urbano, dotada de escova rotativa com cerdas de aço confeccionadas
com cabos metálicos com diâmetro de 1 polegada e carenagem de proteção para absorção
01
de impactos dos resíduos gerados pela ação do processo da capina. Este equipamento
deverá ser dotado de reservatório de água, com capacidade mínima de 300 litros.

Veículo coletor com chassi de 02 eixos, peso bruto total de no mínimo 11.000kg, equipado
³
Capina mecanizada de vias e com carroceria aberta de madeira, de lei com capacidade mínima de 6 m equipado com
logradouros públicos com cabine para transporte de pessoal com capacidade para 14 pessoas, além de toldo com 02
4
pavimentação poliédrico e blocos de estrutura metálica removível para apoio à equipe junto às frentes de trabalho, basculamento
concreto laterais e na parte traseira com fechamento com pinos e travas, lona para a cobertura dos
resíduos, com pára-choque de acordo com as normas do CONTRAN, com ganchos para
amarração
Caminhão de lona.ou semi-pesado, peso bruto total mínimo de 23.000 kg, equipado com
médio
tanque de 6.000 litros, dotado de conjunto caixa bomba, com alta pressão de 170 mca ou 250
psi, vazão mínima de 57 m³/hora, com barra irrigadora traseira tubular com comando de 01
abertura pneumático, com conjunto para alto carregamento por escova hidráulica, carretel de
mangote com mangueira Ø 1” e 25 m de extensão, mais esguicho.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


102
Veículo coletor com chassi de 02 eixos, peso bruto total de no mínimo 11.000kg, equipado
com carroceria aberta de madeira, de lei com capacidade mínima de 6 m³ equipado com
cabine para transporte de pessoal com capacidade para 10 pessoas, além de toldo com
estrutura metálica removível para apoio à equipe junto às frentes de trabalho, basculamento 4
laterais e na parte traseira com fechamento com pinos e travas, lona para a cobertura dos
Roçada mecanizada com utilização resíduos, com pára-choque de acordo com as normas do CONTRAN, com ganchos para
5
de roçadeira costal amarração de lona.
Roçadeira costal, movida por 01 (um) cilindro, a gasolina, refrigerada a ar, para corte de
vegetação leve, motor 2 (dois) tempos, refrigerado a ar, cilindrada mínima 33 c.c. (trinta e três
cm³), ignição eletrônica sistema de partida autoretrátil manual, peso máximo sem conjunto de 12
corte de 11 kg, embreagem centrífuga, lâmina de corte em disco com 3 facas e cortador com
fio de nylon e protetor de lâmina.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


103
Relação do quantitativo mínimo de Veículos Automotores e Equipamentos necessários para o início da execução dos serviços –
Item Serviços Veículos Automotores e Equipamentos Qtdade
Roçadeira costal, movida por 01 (um) cilindro, a gasolina, refrigerada a ar, para corte de
vegetação leve, motor 2 (dois) tempos, refrigerado a ar, cilindrada mínima 33 c.c. (trinta e três
Roçada mecanizada com utilização
6 cm³), ignição eletrônica sistema de partida autoretrátil manual, peso máximo sem conjunto de 03
de roçadeira costal
corte de 11 kg, embreagem centrífuga, lâmina de corte em disco com 3 facas e cortador com
fio de nylon e protetor de lâmina.
Veículo coletor com chassi de 02 eixos, peso bruto total de no mínimo 11.000kg, equipado
com carroceria aberta de madeira, de lei com capacidade mínima de 6 m³ equipado com
cabine para transporte de pessoal com capacidade para 10 pessoas, além de toldo com
Equipe padrão para realização de
7 estrutura metálica removível para apoio à equipe junto às frentes de trabalho, basculamento 04
serviços diversos – Tipo I
laterais e na parte traseira com fechamento com pinos e travas, lona para a cobertura dos
resíduos, com pára-choque de acordo com as normas do CONTRAN, com ganchos para
amarração de lona.
Veículo coletor com chassi de 02 eixos, peso bruto total de no mínimo 11.000kg, equipado
com carroceria aberta de madeira, de lei com capacidade mínima de 6 m³ equipado com
cabine para transporte de pessoal com capacidade para 10 pessoas, além de toldo com
8 Equipe padrão para realização de estrutura metálica removível para apoio à equipe junto às frentes de trabalho, basculamento 01
serviços diversos – Tipo II laterais e na parte traseira com fechamento com pinos e travas, lona para a cobertura dos
resíduos, com pára-choque de acordo com as normas do CONTRAN, com ganchos para
amarração de lona.

9 Execução de serviços emergenciais -

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


104
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
105
VI.2.11 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI’s e Ferramentas Necessárias

Estão listados na lista de EPI’s e o consumo estimado dos equipamentos de proteção para
cada tipo de serviço. Ressalta-se que essa relação é uma estimativa e, portanto, não exime
a Contratada de manter o fornecimento em quantidade e qualidade adequados dos
Equipamentos de Proteção Individual a todos os funcionários durante toda a vigência do
Contrato, independentemente dos itens e quantitativos listados no referido anexo, bem
como implantar outros Equipamentos que a área de Segurança do Trabalho da Contratada
julgar necessários. A Contatada deverá disponibilizar para todos os funcionários
bloqueador solar, fator de proteção mínimo nº. 30 para raios UVA e UVB, em quantidade
necessária. O uniforme para as equipes que realizarão trabalhos durante o período noturno
e em locais com elevado risco de acidentes deverá incluir faixas refletivas para aumentar a
visibilidade do agente de limpeza presente nas vias públicas.
Especificações de Equipamentos de Proteção Individual - EPI’s para os agentes de limpeza
que atuarão na execução dos serviços relacionados nos Itens 1 a 9 do V - Relação do
quantitativo mínimo de pessoal necessário para o início da execução dos serviços:
 Camisa de brim, tipo sol a sol ou similar, manga curta ou similar modelo e cor a
serem definidos pela SALU, com as marcas da Prefeitura de Contagem e da
empresa.
 Jaqueta manga, tipo sol a sol ou similar, longa para o inverno modelo e cor a serem
definidos pela SALU, com as marcas da Prefeitura de Contagem e da empresa.
 Calça de brim, tipo sol a sol ou similar, com elástico e cordão de algodão, modelo e
cor a serem definidos pela SALU, com as marcas da Prefeitura de Contagem e da
empresa.
 Boné de brim, tipo sol a sol ou similar, com abas tipo touca árabe, modelo e cor a
serem definidos pela SALU, com as marcas da Prefeitura de Contagem e da
empresa.
 Capa contra chuva em plástico na cor amarela, sem mangas, tipo morcego, com as
marcas da Prefeitura de Contagem e da empresa.
 Luvas tipo cano curto, confeccionada em vaqueta de boa qualidade com 1 mm de
espessura, palma e dorso em vaqueta macia com forchetas, reforço interno,

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


106
inteiriço na palma, tira de reforço entre o polegar e o indicador, em vaqueta, elástico
no dorso, costurado internamente próximo ao punho, com 3 cm de largura,
certificado de aprovação expedido pelo Ministério do Trabalho e nome do fabricante
gravado em baixo-relevo, totalmente costurado em linha de nylon. Não serão
aceitas as impressões em forma de carimbo, marcadas a tinta em etiquetas ou
similares.
 Luvas tipo cano longo, confeccionadas em raspa e vaqueta de boa qualidade, com
2 mm de espessura, certificado de aprovação expedido pelo Ministério do Trabalho
e nome do fabricante gravados de forma indelével em ambas as mãos. Palmas e
dorso totalmente em vaqueta macia, com forcheta modelo tipo petroleiro, reforço
interno, inteiriço, palma e dedos mínimo, anular e indicador, em raspa de pequena
espessura (para facilitar o movimento das mãos), fixado por costura pespontada.
Reforço interno no polegar em raspa de pequena espessura, fixado por costura
pespontada. Elástico interno no dorso, próximo ao punho, com 2 cm de largura.
Forquilha na base do polegar, em vaqueta, cano em raspa, com 20 cm (vinte
centímetros) de comprimento, costurado em imaso lateral, com proteção para a veia
do pulso (meia lua) externa em raspa, fixada por costura dupla. As luvas deverão
proporcionar ótima flexibilidade maleabilidade, resistência e apresentar excelente
acabamento. Todas as costuras deverão ser em linha de nylon.
 Botina de amarrar, com cadarço em algodão trançado e chato, cabedal de vaqueta
ao cromo de boa qualidade, cano acolchoado com três gomos, solado tipo anabela
em poliuretano expandido diretamente no cabedal, biqueira em material
termoplástico (trulyne), forrada internamente com bidim, palmilha em couro com 2
mm de espessura e acolchoada, língua em vaqueta costurada na gáspea com talão
(tipo morcego), taloneira sobreposta na cor amarela, contraforte embutido,
confeccionado em material termoplástico, rebite na junção da gáspea com o talão,
com ilhoses resistentes à corrosão, cano com proteção para o maleolo. Certificado
de aprovação expedido pelo Ministério do Trabalho impresso em baixo-relevo no
cabedal e o nome do fabricante em ambos os pés.
Equipamentos de Proteção Individual - EPI’s para agentes de limpeza que atuarão na
execução dos serviços relacionados nos itens 05 e 06 do Anexo V - Relação do
quantitativo mínimo de pessoal necessário para o inicio da execução dos serviços:
 Botas de borracha confeccionadas em borracha ou PVC, de cor preta, cano de 35
cm com 1 cm de tolerância, forrada internamente com algodão, solado e saltos

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


107
estriados.
 Perneira em raspa lisa, curtida ao cromo, hidrofugada com 2 mm de espessura,
com uma variação de 0,3mm, correias de fixação em vaqueta com 4 cm (quatro
centímetros) de largura e 28 cm (vinte e oito centímetros) de comprimento, rompido
ao meio e intercalada com elástico com 4 cm de largura por 10 cm (dez
centímetros) de comprimento, sendo uma correia em cada extremidade da parte
rígida da perneira. As correias serão presas por ilhoses de metal não ferroso ou
resistentes à corrosão, com botões de pressão nas extremidades, para a fixação da
mesma. A parte rígida deverá ser de plástico duro do tipo PVC ou similar cobrindo
toda a extensão da canela, recoberta internamente por uma espuma de 1,5cm de
espessura, densidade de 801 cm (oitocentos e um centímetros), com forma de
dupla cruz colada internamente.
 Viseira de proteção facial.
Equipamentos de Proteção Individual - EPI’s para agentes de limpeza que atuarão na
execução dos serviços relacionados no item 8 do Anexo V - Relação do quantitativo
mínimo de Pessoal necessário para o início da execução dos serviços:
 Jardineira de saneamento confeccionada em duas peças em trevira, com
suspensórios de ajustes, cordão na cintura para regulagem individual, botas
soldadas à jardineira.
 Botas de borracha confeccionadas em borracha ou PVC, de cor preta, cano de 35
cm com 1 cm de tolerância, forrada internamente com algodão, solado e saltos
estriados.
 Luva de cano longo em PVC corrugada e forrada em 100% (cem por cento)
algodão.
 Máscara para poeira tóxica e odores de vapores orgânicos, com válvula de
exaltação modelo moldex metric ou similar.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


108
Quantidade de EPI por
Categoria Quantidade total para
Item Descrição do serviço Quantidade EPI servidor para 12
profissional 12 meses
meses
Calça de brim 4 4
Camisa de brim 4 4
Encarregado 1 Jaqueta de brim 1 1
Botina 4 4
Capa para chuva 1 1
Boné 4 4
Calça de brim 3 3
Camisa de brim 3 3
Motorista 1 Jaqueta de brim 1 1
Botina 2 2
Capa para chuva 1 1
Boné 3 3
Calça de brim 4 8
Equipe padrão para
Camisa de brim 4 8
8 realização de serviços Ajudantes de
diversos – Tipo II 2 Jaqueta de brim 1 2
caminhão aberto Botina 4 8
Capa para chuva 1 2
Boné 4 16
Luvas cano curto 12 24
Calça de brim 4 32
Camisa de brim 4 32
Jaqueta de brim 1 8
Gari (observar Botina 4 32
8 Capa para chuva 1 8
insalubridade) Jardineira 1 8
Boné 4 32
Máscara 312 2496
Luvas PVC cano longo 12 96

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


109
Relação do Consumo Estimado de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s)

Quantidade
Quantidade total
Categoria de EPI por
Item Descrição do serviço Quantidade EPI de EPI para 12
profissional servidor para
meses
12 meses
Calça de brim
Camisa de brim
Execução de Agentes de Jaqueta de brim
09 * Botina * *
serviços Limpeza Capa para chuva
emergenciais. Boné
Máscara
Luvas cano curto

(*) Para os serviços emergenciais, serão utilizados funcionários que atuam diariamente nos demais serviços
durante o expediente normal de trabalho.

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110
Relação do consumo estimado de Ferramental e Materiais para o período de 12 meses - Tabela 20
Quantidade Vida útil Quantidade Quantidade
Item Descrição dos serviços Material
de equipes (dias) por equipe total
Enxada 30 5 487
Pá 90 6 195
Rastelo de Grama 30 3 292
Carrinho de Mão 150 4 78
Foice 180 1 16
Capina manual de vias e
01 logradouros públicos em Garfo 60 4 195
pavimento asfáltico. Rastelo Convencional 60 4 195

8 Lima 15 1 195
Mareta de 1 kg 365 1 8
Facão 180 1 16
Cone h=75cm 30 6 584
Garrafas térmicas 5 litros 180 2 32
Vassouras 15 6 1168
Picaretas 180 1 16

Placa de Sinalização 90 1 32

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


111
Relação do consumo estimado de Ferramental e Materiais para o período de 12 meses
Quantidade Vida útil Quantidade Quantidade
Item Descrição dos serviços Material
de equipes (dias) por equipe total
Enxada 30 5 61
Pá 90 6 24
Rastelo de Grama 30 3 37
Carrinho de Mão 150 4 10
Foice 180 1 2
Garfo 60 4 24
Rastelo Convencional 60 4 24
02 Capina manual de vias e 1 Lima 15 1 24
logradouros públicos sem
pavimento. Mareta de 1 kg 365 1 1
Facão 180 1 2
Cone h=75cm 30 6 73
Garrafas térmicas 5 litros 180 2 4
Vassouras 15 6 146
Picaretas 180 1 2
Placa de Sinalização 90 1 4

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


112
Quantidade Vida útil Quantidade Quantidade
Item Descrição dos serviços Material
de equipes (dias) por equipe total
Enxada 30 2 24
Pá 90 1 4
Rastelo de Grama 30 1 12
Carrinho de Mão 150 1 2
Cone h=75cm 30 12 146
1
Garrafas térmicas 5 litros 180 2 4
03 Pintura de meio-fio de vias e Vassouras 15 5 122
logradouros públicos. Brocha 30 8 97
Cal hidratada(20 Kg) 01 1700 1700
Placa de Sinalização 90 1 4

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


113
Relação do consumo estimado de Ferramental e Materiais para o período de 12 meses

Quantida
Quantidade
Item Descrição dos serviços Material Vida útil (dias) de por Quantida
de equipes
equipe de total
Enxada 30 5 121
Pá 90 5 40
Rastelo de Grama 30 5 121
Carrinho de Mão 150 5 24
Foice 180 2 8
Garfo 60 5 60
Rastelo Convencional 60 5 60

Roçada mecanizada com Lima 15 1 48


05 2
utilização de roçadeira costal Mareta de 1 kg 365 1 2
Facão 180 1 4
Cone h=75cm 30 10 243
Garrafas térmicas 5 litros 180 2 8
Vassouras 15 6 292
Picaretas 180 1 4
Tela de proteção 300 m 90 1 8
Placa de Sinalização 90 1 8

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


114
Quantida
Vida útil Quantidade Quantida
Item Descrição dos serviços de de Material
(dias) por equipe de total
equipes
Enxada 30 5 244
Pá 90 6 98
Rastelo de Grama 30 3 146
Carrinho de Mão 150 4 38
Foice 180 1 8
Garfo 60 4 98
Rastelo Convencional 60 4 98
Equipe padrão para realização
07 04 Lima 15 1 98
de serviços diversos – Tipo I.
Mareta de 1 kg 365 1 4
Facão 180 1 8
Cone h=75cm 30 6 292
Garrafas térmicas 5 litros 180 2 16
Vassouras 15 6 584
Picaretas 180 1 8
Placa de Sinalização 90 1 16

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


115
Relação do consumo estimado de Ferramental e Materiais para o período de 12 meses

Quanti
dade
Quantidade
Item Descrição dos serviços Material Vida útil (dias) por Quantidade
de roçadeiras total
roçade
ira
Roçada mecanizada com
06 03 Tela de proteção 50 m 90 1 12
utilização de roçadeira costal

Obs.: as demais ferramentas necessárias para realização dessa atividade foram previstas nas equipes
padrão tipos I e II.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


116
Relação do consumo estimado de Ferramental e Materiais para o período de 12 meses
Quantida
Quantidade por Quantid
Item Descrição dos serviços de de Material Vida útil (dias) ade
equipe
equipes total
Enxada 30 5 61
Pá 90 6 24
Rastelo de Grama 30 3 36
Carrinho de Mão 150 4 9
Foice 180 6 12
Garfo 60 4 24
Rastelo Convencional 60 4 24
Equipe padrão para realização
08 01 Lima 15 1 24
de serviços diversos – Tipo II.
Marreta de 1 kg 365 1 1
Facão 180 1 2
Cone h=75cm 30 6 73
Garrafas térmicas 5 litros 180 2 4
Vassouras 15 6 146
Picaretas 180 1 2
Placa de Sinalização 90 1 4

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


117
Relação do consumo estimado de Ferramental e Materiais para o período de 12 meses

Quantidade Quantidade Quantid


Descrição dos serviços Material Vida útil (dias) ade
Item de equipes por equipe
total
Execução de serviços
09 * * * * *
emergenciais.

(*) Serão utilizadas ferramentas já contempladas em outros itens, de acordo com os serviços executados.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


118
Relação dos Bairros a serem atendidos
REGIONAL – ELDORADO – Tabela 21
Água Branca
Beatriz
Bela Vista
Eldorado
Cidade Jardim Eldorado
Cincão
Cinco
Conjunto Água Branca
Glória
Glória
Jardim das Oliveiras
Jardim dos Bandeirantes
JK
Novo Eldorado
Parque São João
Perobas II
Santa Cruz
São Pedro
Vila Darcy Vargas
Vila Paris

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________ 119


Relação dos Bairros a serem atendidos
REGIONAL – INDUSTRIAL – Tabela 22

Amazonas
Cidade Industrial
Conj. Parque das Mangueiras
Flamengo
Industrial 1ª, 2ª e 3ª seção
Jardim Industrial
Jardim Industrial (área Industrial)
Vila Aparecida
Vila Barraginha
Vila da Paz
Vila do Canal
Vila Dom Bosco
Vila Industrial
Vila Itaú
Vila Júlia Kubitschek
Vila Líder
Vila Paulo Frontim
Vila Pedreira Santa Rita
Vila Santa Elizabeth
Vila Santo Antonio
Vila São José Operário
Vila São Nicodemos
Vila São Paulo
Vila São Vicente
Vila Tereza Cristina

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________ 120


Relação dos Bairros a serem atendidos
REGIONAL – RIACHO – Tabela 23

Inconfidentes
Vera Cruz
Conjunto Habitacional Califórnia
Parque Riacho das Pedras 1ª e 2ª Seção
Granja Lemp
Conjunto Tijolinho
Riacho das Pedras/Conjunto Columbia
Monte Castelo
Novo Riacho
Distrito Industrial Riacho das Pedras
Jardim Riacho das Pedras
Parque Durval de Barros

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________ 121


Relação dos Bairros a serem atendidos
REGIONAL – RESSACA – Tabela 24

Arpoador
Arvoredo 1ª e 2ª Seção
Balneário Ressaca
Cabral
Campina Verde
Colorado
Feijão Miúdo
Guanabara
Jardim do Lago
Jardim Laguna 1ª 2ª e 3ª Seção
Milanês 1ª e 2ª Seção
Morada Nova
Novo Boa Vista
Novo Progresso 1ª 2ª e 3ª
Oitis
Parque Airton Senna
Parque Recreio
Parque Turista
Presidente Kennedy 1ª e 2ª Seção
São Gotardo
São Joaquim 1ª 2ª e 3ª Seção
São Sebastião 1ª e 2ª Seção
Vila Avenida II
Vila Colorado
Vila Kenedy
Vila Novo Boa Vista
Vila Padre Dionízio
Vila Pérola
Vila Santa Luzia

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________ 122


Vila São Sebastião
Vila Sarandi
Vila Secóia
Vila Teleférico
Vila União
Vila União da Ressaca (Vila Maria Cristina)

Relação dos Bairros a serem atendidos


REGIONAL – NACIONAL – Tabela 25

Boa Vista
Bom Jesus
Chácaras Bom Jesus
Chácaras Campestre
Chácaras Cotia
Chácaras Novo Horizonte
Confisco
Conjunto Carajás
Conjunto Confisco
Estrela Dalva
Fazenda Confisco 1ª e 2ª Seção
Gangorras
Jardim Alvorada
Lua Nova da Pampulha
Nacional 1ª & 2ª Seção
Novo Horizonte
Novo Recanto da Pampulha
Parque Xangri-lá 1ª 2ª 3ª Seção
Pedra Azul 1ª 2ª 3ª Seção
Senhora da Conceição
Tijuca
Vale das Amendoeiras
Vila Alvorada

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________ 123


Vila Boa Vista
Vila Floriano Peixoto
Vila Francisco Mariano
Vila Jesus de Nazaré
Vila Monte Belo
Vila São Mateus
Vila Senhora Aparecida
Vila Urca

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________ 124


Relação dos Bairros a serem atendidos
REGIONAL – PETROLÂNDIA – Tabela 26

Campo Alto
Chácaras Contagem
Chácaras Estâncias Imperiais
Chácaras Solar do Madeira
Industrial São Luiz
Petrolândia
São Caetano
Sapucaias
Sapucaias II
Sapucaias III
Tropical
Vila Beija- Flor

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________ 125


Planilha de extensão de vias conforme tipos de pavimentação existente
REGIONAL – ELDORADO

ASFALTO CALÇAMENTO TERRA


SETORES TOTAL (KM)
(Km) (Km) (Km)

E. 1 44,839 0,000 0,000 44,839


E. 2 29,849 0,000 0,000 29,849
E. 4 31,196 0,000 0,000 31,196
E. 5 13,235 0,000 0,000 13,235
E. 7 13,662 0,000 0,000 13,662
E. 9 26,090 0,000 0,000 26,090
E. 10 41,161 0,000 0,000 41,161
E. 11 16,902 0,000 0,000 16,902

TOTAL (KM) 216,934 0,000 0,000 216,934

REGIONAL – INDUSTRIAL

ASFALTO CALÇAMENTO TERRA


SETORES TOTAL (KM)
(Km) (Km) (Km)

I. 1 36,365 0,928 0,000 37,293


I. 2 32,809 0,000 0,000 32,809
I. 3 22,345 0,000 0,000 22,345
I. 4 37,549 0,000 0,000 37,549
I. 5 26,355 0,000 0,000 26,355

TOTAL (KM) 155,423 0,928 0,000 156,351

REGIONAL – RIACHO

ASFALTO CALÇAMENTO TERRA


SETORES TOTAL (KM)
(Km) (Km) (Km)
RI1 36,437 0,000 0,000 36,437
RI2 31,942 0,000 0,000 31,942
RI3 44,312 0,000 0,000 44,312
RI4 39,710 0,000 0,000 39,710
TOTAL (KM) 152,401 0,000 0,000 152,401

126
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
REGIONAL – RESSACA

ASFALTO CALÇAMENTO TERRA


SETORES TOTAL (KM)
(Km) (Km) (Km)
R. 1 33,218 0,393 0,475 34,086
R. 2 31,318 0,576 0,000 31,894
R. 3 14,559 3,696 0,703 18,958
R. 4 30,831 0,178 0,346 31,355
R. 5 28,792 3,887 0,000 32,679
R. 6 35,941 0,276 0,000 36,217

TOTAL (KM) 174,659 9,006 1,524 185,189

Planilha de extensão de vias conforme tipos de pavimentação existente

REGIONAL – NACIONAL

ASFALTO CALÇAMENTO TERRA


SETORES TOTAL (KM)
(Km) (Km) (Km)

N.1 17,689 12,453 0,766 30,908


N.2 18,664 0,000 0,000 18,664
N.3 13,225 0,000 0,000 13,225
N.4 32,220 0,000 0,000 32,220
N.5 28,412 0,434 0,000 28,846
N.6 19,280 0,197 0,000 19,477

TOTAL (KM) 129,490 13,084 0,766 143,340

REGIONAL – PETROLÂNDIA

ASFALTO CALÇAMENTO TERRA


SETORES TOTAL (KM)
(Km) (Km) (Km)

P.1 22,585 0,000 0,000 22,585


P.2 24,882 0,000 0,000 24,882
P.3 20,539 0,000 0,000 20,539

127
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
P.4 15,070 24,960 0,000 40,030
P.8 2,547 5,956 7,027 15,530

TOTAL (KM) 85,623 30,916 7,027 123,566

REGIONAL – SEDE

ASFALTO CALÇAMENTO TERRA


SETORES TOTAL (KM)
(Km) (Km) (Km)

S.1 11,250 10,306 4,737 26,293


S.2 32,735 0,043 6,509 39,287
S.3 29,952 0,000 0,205 30,157
S.4 17,940 0,120 0,234 18,294
S.5 26,726 0,000 0,000 26,726
S.6 14,280 0,000 0,000 14,280
S.7 62,470 0,000 0,000 62,470
S.8 20,733 0,000 0,204 0,000

TOTAL (KM) 216,086 10,469 11,889 217,507

128
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
Planilha de extensão de vias conforme tipos de pavimentação existente

REGIONAL – VARGEM DAS FLORES

ASFALTO CALÇAMENTO TERRA


SETORES TOTAL (KM)
(Km) (Km) (Km)

VF. 1 0,392 0,788 6,392 7,572


VF. 2 3,450 6,447 1,587 11,484
VF. 3 13,660 0,000 8,000 21,660
VF. 4 0,203 0,000 5,272 5,475
VF. 5 1,437 0,000 4,156 5,593
VF. 6 3,352 0,000 2,233 5,585
VF. 7 12,788 1,051 2,643 16,482
VF. 8 6,048 5,251 7,066 18,365
VF. 9 11,056 0,000 13,408 24,464

TOTAL (KM) 52,386 13,537 50,757 116,680

ASFALTO CALÇAMENTO TERRA TOTAL


SETORES
(km) (km) (km) (km)

TOTAL
1.183,002 77,940 71,963 1.332,905
(KM)

129
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
VI.3 – Coleta
A coleta compreende a execução dos serviços a seguir relacionados:
a) Coleta e transporte até o destino final de resíduos domiciliares, comerciais e
industriais de características domiciliares, com utilização de caminhões coletores
compactadores (tonelada);
b) Coleta e transporte até o destino final de resíduos sólidos domiciliares, com
utilização de caminhões poliguindastes tipo Brooks e caçambas estacionárias
(tonelada);
c) Coleta seletiva e transporte de materiais potencialmente recicláveis, provenientes
dos locais de entrega voluntária (LEV’s) e grandes geradores, incluso transporte
até destino final (equipe x dia);
d) Coleta e transporte de podação e resíduos volumosos tais como: geladeira, fogão,
armário, sofá, etc com utilização de caminhões carroceria ou basculantes; (equipe
x dia);
e) Coleta e transporte até o destino final de resíduos sólidos diversos, classificados
como entulho. Remoção com utilização de caminhões poliguindastes tipo Brooks
e caçambas estacionárias. (equipe x dia)
f) Coleta e transporte até o destino final de resíduos sólidos diversos, classificados
como entulho. Remoção com utilização de caminhões poliguindastes tipo Brooks
e caçambas estacionárias (tonelada);
g) Coleta e transporte de resíduos sólidos dos serviços de saúde (RSS), em
hospitais, clínicas médicas, odontológicas, veterinárias, pronto-socorros, postos
de atendimento médico, laboratórios, drogarias, farmácias e estabelecimentos
congêneres (tonelada);
h) Coleta de resíduos domiciliares em áreas de difícil acesso, com a utilização de
ferramentas especificas (homem x hora);
i) Fornecimento e instalação de cercas de mourão de eucalipto com 08 fios de
arame farpado, em áreas de disposição inadequada de resíduos sólidos diversos
(Metro linear);
j) Fornecimento e instalação de cestos coletores de resíduos domiciliares em locais
de difícil acesso (unidade);
k) Carga e transporte de resíduos sólidos, classificados como entulhos e
diversificados em diversos logradouros – Remoção Mecanizada (tonelada);
l) Carga e transporte de resíduos provenientes de limpeza de fossa em diversos
logradouros (tonelada);

130
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
VI.3.1 - Coleta e transporte até o destino final de resíduos domiciliares, comerciais
e industriais de características domiciliares, com a utilização de caminhões
coletores compactadores (tonelada);

O serviço de coleta e transporte de resíduos sólidos compreende o recolhimento de todos


os resíduos, a seguir especificados, utilizando-se veículos coletores compactadores,
conforme apresentado Anexo XVIII - Relação do quantitativo mínimo de Veículos
Automotores e Equipamentos necessários para o início da execução dos serviços,
devendo ser executada de forma manual ou mecanizada. O serviço de coleta e
transporte de resíduos sólidos será executado nas vias e logradouros públicos.
Especificação dos resíduos a serem recolhidos:
Resíduos sólidos domiciliares, devidamente acondicionados, limitando-se à
quantidade máxima diária de 100 (cem) litros por domicílio, desde que devidamente
acondicionados;
Resíduos sólidos resultantes de poda de jardins, devidamente acondicionados,
limitando-se à quantidade máxima diária de 100 (cem) litros por domicílio, desde que
devidamente acondicionados;
Resíduos sólidos originários de estabelecimentos públicos, institucionais, de
prestação de serviços e comerciais, limitando-se à quantidade máxima diária de 500
(quinhentos) litros ou 200 (duzentos) quilos por estabelecimento, desde que
devidamente acondicionados.
A coleta e transporte de resíduos sólidos deverão ser executados de acordo com as
freqüências e turnos, juntamente com seus bairros de abrangência, adotados no Anexo
VI - Relação dos bairros a serem atendidos e freqüência do serviço de Coleta e
Transporte de Resíduos Sólidos Domiciliares, Comerciais e Industriais de características
domiciliares, desse Edital.
A coleta dos resíduos deverá ser executada de segunda-feira à sábado, em qualquer
condição climática, inclusive nos feriados e dias santos, exceto naqueles que ocorram às
quartas e quintas-feiras. Nesses dias a coleta deverá ser executada somente em
algumas avenidas e corredores principais, a serem definidos pela SALU.
A coleta deverá ser executada em 02 (dois) turnos de acordo com os horários de início e
término definidos abaixo, admitindo-se tolerância máxima de 30 minutos para o início dos
serviços:
DIURNO: O início da coleta deverá se dar às 7 h e 30 min e o término, às 15 h 50
min.
NOTURNO: O início da coleta deverá se dar às 18 h e término, à 2 h.
Obs.: Excepcionalmente nas segundas-feiras e terças-feiras o horário de término poderá
ser prolongado em no máximo 02 (duas) horas.
Após o final de cada itinerário de coleta, o veículo deverá ser encaminhado ao Aterro
Sanitário, onde será procedida a sua pesagem e posterior disposição final dos resíduos.
O horário de funcionamento do Aterro Sanitário é de 7h e 20min às 18h e 20min, de
segunda-feira à sábado. Para possibilitar o adequado encerramento da jornada de

131
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
recebimento, compactação e cobertura dos resíduos, os veículos coletores deverão
chegar ao local até às 17h50min. Os veículos coletores que concluírem a coleta do
período diurno após o horário de encerramento das atividades do aterro deverão ser
descarregados a partir das 7h e 20min do dia seguinte.
As principais avenidas e corredores da cidade deverão receber coleta diária noturna,
conforme apresentado no Anexo VII - Relação de Vias atendidas Diariamente pelo
serviço de Coleta e transporte até o destino final de resíduos domiciliares, comerciais e
industriais de características domiciliares. Estas vias serão atendidas por itinerários e
setores específicos. Somente os resíduos provenientes da coleta noturna serão
recebidos no aterro sanitário no período de 17h e 50 min até às 2h e 30 min.
Havendo um aumento de resíduos a recolher em conseqüência do crescimento da
população e/ou do número de estabelecimentos comerciais ou em função do dia da
semana, da época do ano, ou por outra ocorrência não prevista, a Contratada deverá
adequar seus recursos às necessidades do serviço, de forma a manter os padrões
estabelecidos.
Em nenhuma circunstância será permitido deixar de realizar os serviços em setores e
itinerários no dia estabelecido para a coleta. Para isso, a Contratada deverá manter
equipe e veículos de reserva para o atendimento a eventualidades ou reforçar as equipes
regulares.
Os coletores deverão manusear e carregar os resíduos, adequadamente acondicionados
em recipientes ou sacos plásticos, com o cuidado necessário para não danificá-los e
evitar o derramamento nas vias públicas. Nos casos de danificação ou rompimento
acidental dos mesmos, será de responsabilidade dos coletores o recolhimento integral
dos resíduos, utilizando as ferramentas auxiliares de coleta.
Os resíduos deverão ser transportados pelos veículos coletores de forma a não acarretar
nenhum tipo de derramamento nas vias públicas. Os veículos deverão ser equipados
com caixa coletora de chorume com capacidade de 100 litros, que deverá ser
descarregada somente no aterro sanitário, juntamente com os resíduos sólidos coletados.
Os resíduos depositados nas vias públicas, pelos munícipes, que estiverem fora dos
recipientes deverão ser, obrigatoriamente, recolhidos pela Contratada.
A identificação dos setores de coleta deverá seguir a padronização definida pela SALU e
deverá estar exposta de forma clara e legível nos veículos coletores, em local
previamente definido, de forma a possibilitar a fiscalização e a identificação dos setores
no ato da pesagem no Aterro Sanitário. Não serão permitidos a realização dos serviços
de coleta e o acesso ao Aterro Sanitário dos veículos que não tiverem a identificação dos
setores.
A equipe estimada para a execução da coleta e transporte de resíduos domiciliares,
comerciais é composta de 01 (um) motorista, 04 (quatro) coletores e 01 (um) veículo
coletor compactador, bem como as ferramentas auxiliares de trabalho necessárias ao
bom desempenho das funções, tais como pás e vassouras.
O motorista e os coletores deverão apresentar-se aos trabalhos devidamente
uniformizados e munidos de todos os equipamentos necessários, inclusive os
equipamentos de proteção individual - EPI’s.

132
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
O motorista deverá seguir rigorosamente o itinerário de coleta, previsto no Planejamento
da SALU e ser capacitado para atuar como líder da equipe de coleta para orientar e
fiscalizar a atuação dos coletadores e tomar as providências necessárias durante
eventualidades.
Todos os encarregados e motoristas deverão portar telefones celulares em perfeito
estado de funcionamento durante toda a jornada de trabalho, de forma a sempre
possibilitar contatos necessários de maneira rápida e eficiente com a equipe. A lista com
os nomes dos funcionários e seus telefones de contato deverá ser disponibilizada à
Fiscalização e deverá ser mantida sempre atualizada.
VI.3.2 - Coleta e transporte até o destino final de resíduos sólidos domiciliares, com
utilização de caminhões poliguindastes tipo brooks e caçambas estacionárias
(tonelada)

Compreende a disposição de caçambas estacionárias com capacidade mínima de 5 m³,


para a coleta pontual de resíduos sólidos em diversos locais de difícil acesso, que
posteriormente serão recolhidas por veículo coletor poliguindaste simples, então
conduzidas ao destino final.
Os serviços serão executados nas áreas, vias e logradouros públicos, na freqüência
estabelecida no Anexo IX - Relação dos locais de Coleta e Transporte de Resíduos
Sólidos Domiciliares - Remoção Poliguindaste.
A coleta será executada no período diurno, iniciando às 08 horas, admitindo-se tolerância
máxima de 30 minutos, de segunda-feira a sábado, inclusive feriados e dias santos,
exceto aqueles que ocorram às quartas e quintas-feiras.
O fornecimento das caçambas estacionárias será de responsabilidade da
CONTRATADA. As caçambas estacionárias deverão ser distribuídas nos locais definidos
no Anexo IX. Todas as caçambas deverão ser pintadas na cor laranja e reformadas a
cada seis meses ou sempre que se fizer necessário. São estimadas São estimadas 22
caçambas no total.
Para casos específicos e localizados, verificados após o início da implantação e operação
do recolhimento pontual, poderá a Contratada propor alteração da quantidade de
caçambas, desde que previamente aprovadas pela SALU.
A equipe estimada para a execução do serviço será composta de 01 (um) motorista, 01
(um) coletor e 01 (um) veículo coletor poliguindaste simples, além de ferramentas
auxiliares necessárias ao bom andamento dos trabalhos, tais como pás e vassouras.
Os resíduos eventualmente derramados nas proximidades das caçambas estacionárias
deverão ser coletados durante a reposição das mesmas.
A equipe do referido serviço deverá apresentar-se ao trabalho devidamente uniformizada
e munida de todos os equipamentos necessários, inclusive os equipamentos de proteção
individual – EPI’s.
Após o carregamento pleno do veículo transportador, o mesmo deverá ser encaminhado
ao Aterro Sanitário no período de 7h e 20min às 18hs, onde será procedida a sua
pesagem e posterior disposição final dos resíduos.

133
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
Os resíduos transportados deverão ser cobertos com lona, em perfeito estado de
conservação, devidamente fixada, cobrindo totalmente a carga transportada para evitar
derramamento durante todo o trajeto do veículo até o destino final.
A identificação dos locais onde são disponibilizadas as caçambas deverá seguir a
padronização definida pela Salu deverá estar exposta de forma clara e legível nos
veículos coletores, em local previamente definido, de forma a possibilitar a fiscalização e
a identificação dos locais no ato da pesagem no Aterro Sanitário. Não será permitido o
acesso ao Aterro Sanitário dos veículos que não tiverem a identificação dos locais.
Todos os motoristas deverão portar telefones celulares em perfeito estado de
funcionamento durante toda a jornada de trabalho, de forma a sempre possibilitar
contatos necessários de maneira rápida e eficiente com a equipe. A lista com os nomes
dos motoristas e seus telefones de contato deverá ser disponibilizada à Fiscalização e
deverá ser mantida sempre atualizada. Os motoristas deverão ser capacitados para
tomar providências necessárias durante eventualidades ocorridas na execução dos
serviços.

VI.3.3 - Coleta seletiva e transporte de materiais potencialmente recicláveis


provenientes dos locais de entrega voluntária (LEV’s) e grandes geradores, incluso
transporte até destino final (equipexdia)

Consiste na coleta dos materiais potencialmente recicláveis, em locais de entrega


voluntária depositados pela população em coletores metálicos distribuídos no município,
em empresas classificadas como grandes geradores, ou porta a porta em diversos
bairros. Os materiais deverão ser transportados aos galpões de triagem de materiais
recicláveis, indicado no Anexo III – Mapa de localização do Aterro Sanitário e Núcleos de
Apoio à Coleta Seletiva.
O recolhimento dos materiais potencialmente recicláveis, nos locais de entrega voluntária
e grandes geradores, deverá ser realizado em conformidade com o Planejamento da
SALU, conforme anexo X -Relação dos locais a serem atendidos pelo serviço de Coleta
seletiva e transporte de materiais potencialmente recicláveis, provenientes dos locais de
entrega voluntária (LEV’s) e grandes geradores, incluso transporte até destino final.
Após o início da implantação e operação do recolhimento pontual a SALU definirá novos
locais para a coleta de materiais potencialmente recicláveis, em conformidade com a
ampliação do programa de coleta seletiva municipal.
A equipe estimada para a coleta será constituída de 01 (um) motorista e 02 (dois)
coletores e 01 (um) veículo coletor tipo baú, com capacidade de 20 m³, identificado para
a atividade conforme modelo a ser apresentado pela Contratante.
Cada equipe para a Coleta Seletiva deverá ser disponibilizada a partir da emissão de
Ordens de Serviços específicas para este item.
A equipe de coleta do referido serviço deverá apresentar-se ao trabalho devidamente
uniformizada e munida de todos os equipamentos necessários, inclusive os
equipamentos de proteção individual – EPI’s, e deverá ser orientada quanto ao trabalho e
esclarecida a respeito da importância da Coleta Seletiva e os benefícios sócio-ambientais
para o Município.

134
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
A coleta deverá ser iniciada às 08 horas, admitindo-se tolerância máxima de 30 minutos,
de segunda-feira a sábado, exceto feriados.
Todos os motoristas deverão portar telefones celulares em perfeito estado de
funcionamento durante toda a jornada de trabalho, de forma a sempre possibilitar
contatos necessários de maneira rápida e eficiente com a equipe. A lista com os nomes
dos motoristas e seus telefones de contato deverá ser disponibilizada à Fiscalização e
deverá ser mantida sempre atualizada. Os motoristas deverão ser capacitados para
tomar providências necessárias durante eventualidades ocorridas na execução dos
serviços.

VI.3.4 - Coleta e transporte de podação e resíduos volumosos tais como: geladeira,


fogão, armário, sofá, etc. com a utilização de caminhões carroceria ou basculantes
(equipe x dia)
Este serviço compreende o recolhimento manual de resíduos provenientes de podas ou
quedas de árvores, móveis velhos e demais bagulhos volumosos descartados em vias e
logradouros públicos, e o seu transporte por veículos coletores. A execução do serviço
acontecerá nas vias e logradouros públicos conforme anexo XI - Relação dos locais a
serem atendidos pelo serviço de Carga e transporte de resíduos volumosos tais como:
geladeira, fogão, armário, sofá, etc. com utilização de caminhões carroceria ou
basculantes.
A coleta será executada no período diurno, iniciando às 07 horas, de segunda-feira a
sábado.
A equipe estimada para a execução do serviço será constituída de 01 (um) motorista, 02
(dois) agentes de limpeza e 01 (um) veículo coletor tipo carroceria de madeira com
dispositivo auxiliar para descarga rápida ou basculante com tampa traseira com
possibilidade de abertura lateral com capacidade de 6 m³, bem como de ferramentas
necessárias ao bom andamento dos trabalhos.
A equipe de coleta do referido serviço deverá apresentar-se ao trabalho, devidamente
uniformizada e munida de todos os equipamentos necessários, inclusive os
equipamentos de proteção individual - EPI’s.
Após o carregamento pleno do veículo transportador, o mesmo deverá ser encaminhado
ao Aterro Sanitário no período de 07h às 16h, onde será procedida a sua pesagem e
posterior disposição final dos resíduos.
Os resíduos transportados deverão ser cobertos com lona, em perfeito estado de
conservação, devidamente fixada, cobrindo totalmente a carga transportada para evitar
derramamento durante todo o trajeto do veículo até o destino final.
Todos os motoristas deverão portar telefones celulares em perfeito estado de
funcionamento durante toda a jornada de trabalho, de forma a sempre possibilitar
contatos necessários de maneira rápida e eficiente com a equipe. A lista com os nomes
dos motoristas e seus telefones de contato deverá ser disponibilizada à Fiscalização e
deverá ser mantida sempre atualizada. Os motoristas deverão ser capacitados para
tomar providências necessárias durante eventualidades ocorridas na execução dos
serviços.

135
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
VI.3.5 - Coleta e transporte até o destino final de resíduos sólidos diversos,
classificados como entulho. Remoção com utilização de caminhões poliguindastes
tipo Brooks e caçambas estacionárias. (equipe x dia)

Compreende a disposição de caçambas estacionárias com capacidade mínima de 5 m³,


para a coleta pontual de resíduos sólidos em (04) quatro locais, que posteriormente serão
recolhidas por veículo coletor poliguindaste, então conduzidas ao destino final.
Os serviços serão executados nas áreas, vias e logradouros públicos, na região de
Vargem das Flores. Conforme anexo XII onde serão implantadas as URPV’s – Unidades
de Recebimento de Pequenos Volumes. A coleta será executada no período diurno,
iniciando às 08 horas, de segunda-feira a sábado, inclusive feriados e dias santos.
Para casos específicos e localizados, verificados após o início da implantação e
operação do recolhimento pontual, poderá a Contratante solicitar a instalação de
caçambas para atendimento às demandas eventuais como reforma ou limpeza de
prédios públicos bem como outros locais não previstos anteriormente.
O fornecimento das caçambas estacionárias será de responsabilidade da Contratada.
Sendo que todas as caçambas deverão ser reformadas e pintadas na cor verde pela
contratada que deverá incluir os custos correspondentes no preço unitário do serviço.
Sendo estimado 10 caçambas no total.
A equipe estimada para a execução do serviço será composta de 01 (um) motorista e
(04) quatro agentes de limpeza que serão distribuídos nos locais de instalação das
caçambas estacionárias e 01 (um) veículo coletor poliguindaste, além de ferramentas
auxiliares necessárias ao bom andamento dos trabalhos, tais como pás e vassouras.
Quando da necessidade de remoção de caçamba para reformas ou manutenções, a
Contratada deverá disponibilizar outra caçamba de igual capacidade para o período.
A equipe do referido serviço deverá apresentar-se ao trabalho devidamente uniformizada
e munida de todos os equipamentos necessários, inclusive os equipamentos de proteção
individual - EPI’s.
Após o carregamento pleno do veículo transportador, o mesmo deverá ser encaminhado
ao destino final localizado na região de Vargem das Flores.
Os resíduos transportados deverão ser cobertos com lona, em perfeito estado de
conservação, devidamente fixada, cobrindo totalmente a carga transportada para evitar
derramamento durante todo o trajeto do veículo até o destino final.

VI.3.6 - Coleta e transporte até o destino final de resíduos sólidos diversos,


classificados como entulho. Remoção com utilização de caminhões poliguindastes
tipo Brooks e caçambas estacionárias (tonelada)

Compreende a disposição de caçambas estacionárias com capacidade mínima de 5 m³,


para a coleta pontual de resíduos sólidos nas URPV’s – Unidades de Recebimento de
Pequenos Volumes, que posteriormente serão recolhidas por veículo coletor
poliguindaste, então conduzidas ao Aterro Sanitário.
A coleta será executada no período diurno, iniciando às 08 horas, admitindo-se tolerância
máxima de 30 minutos, de segunda-feira a sábado, inclusive feriados e dias santos.

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Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
O fornecimento das caçambas estacionárias será de responsabilidade da Contratada,
devendo ainda disponibilizar a mão de obra necessária para a manutenção da limpeza do
local, auxilio aos usuários na descarga dos resíduos e aos motoristas no recolhimento
das caçambas. Todas as caçambas deverão ser pintadas na cor verde e reformadas a
cada seis meses ou sempre que se fizer necessário. São estimadas 73 caçambas e 23
agentes de limpeza no total, devendo a Contratada incluir os custos correspondentes no
preço unitário do serviço. Quando da necessidade de remoção de caçamba para
reformas ou manutenções, a Contratada deverá disponibilizar outra caçamba de igual
capacidade para o período.
A contratada deverá ainda instalar em cada URPV um ponto de apoio para uso do
funcionário, sendo um container metálico de aproximadamente 13m², equipado com
sanitário, vestiário e copa.
As caçambas estacionárias e a equipe de manutenção e limpeza deverão ser distribuídas
nos locais definidos no Anexo XIII - Relação de locais de Coleta de Resíduos Sólidos
diversos, classificados como entulho – Remoção Poliguindaste. Deverão ainda ser
coletados os animais mortos de médio e grande porte (eqüinos, bovinos, etc.), nas vias e
logradouros públicos mediante solicitação da SALU ou quando os mesmos se
encontrarem no itinerário de coleta. Para casos específicos e localizados, verificados
após o início da implantação e operação do recolhimento pontual, poderá a Contratante
solicitar a instalação de caçambas para atendimento às demandas eventuais como
reforma ou limpeza de prédios públicos bem como outros locais não previstos no Anexo
XIII.
A equipe estimada para execução do serviço de será constituída de 06 (seis) motoristas
em 06 (seis) veículos coletores e 23 agentes de limpeza, bem como de todas as
ferramentas necessárias ao bom andamento dos trabalhos.
A equipe do referido serviço deverá apresentar-se ao trabalho devidamente uniformizada
e munida de todos os equipamentos necessários, inclusive os equipamentos de proteção
individual - EPI’s.
Após o carregamento pleno do veículo transportador, o mesmo deverá ser encaminhado
ao Aterro Sanitário, onde será procedido o controle de entrada e posterior disposição final
dos resíduos.
Os resíduos transportados deverão ser cobertos com lona, em perfeito estado de
conservação, devidamente fixada, cobrindo totalmente a carga transportada para evitar
derramamento durante todo o trajeto do veículo até o destino final.
Todos os motoristas deverão portar telefones celulares em perfeito estado de
funcionamento durante toda a jornada de trabalho, de forma a sempre possibilitar
contatos necessários de maneira rápida e eficiente com a equipe. A lista com os nomes
dos motoristas e seus telefones de contato deverá ser disponibilizada à Fiscalização e
deverá ser mantida sempre atualizada. Os motoristas deverão ser capacitados para
tomar providências necessárias durante eventualidades ocorridas na execução dos
serviços.

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Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
VI.3.7 - Coleta e transporte de resíduos sólidos dos serviços de saúde (RSS), em
hospitais, clínicas médicas, odontológicas, veterinárias, pronto-socorros, postos
de atendimento médico, laboratórios, drogarias, farmácias e estabelecimentos
congêneres (tonelada)

Consiste no recolhimento manual, ou através de contêineres, dos resíduos que podem


ser destinados ao Aterro Sanitário Municipal, conforme Resolução CONAMA nº 358, e
possíveis alterações, provenientes de unidades de saúde, tais como: hospitais, clínicas
médicas, odontológicas, veterinárias, pronto-socorros, postos de atendimento de saúde,
laboratórios, drogarias, farmácias e estabelecimentos congêneres. Deverão ainda ser
coletados os animais mortos de pequeno porte (cachorros, gatos e outros), nas vias e
logradouros públicos mediante solicitação da SALU ou quando os mesmos se
encontrarem no itinerário de coleta. Este serviço deverá ser executado por veículo coletor
dotado de caixa coletora, capacidade volumétrica mínima de 6 m³.
O recolhimento dos resíduos de serviços de saúde deverá ser realizado, em
conformidade com o Anexo XIV - Relação dos estabelecimentos a serem atendidos pela
Coleta de Resíduos Sólidos dos Serviços de Saúde (RSS).
A equipe estimada para execução do serviço será constituída de 01 (um) motorista, 01
(um) coletor de resíduos hospitalares e 01 (um) veículo coletor, bem como de todas as
ferramentas necessárias ao bom andamento dos trabalhos.
A equipe do referido serviço deverá apresentar-se ao trabalho devidamente uniformizada
e munida de todos os equipamentos necessários, inclusive os equipamentos de proteção
individual - EPI’s.
Após o carregamento pleno do veículo transportador, o mesmo deverá ser encaminhado
ao Aterro Sanitário, 07hs e 20min às 18 h onde será procedida a sua pesagem e posterior
disposição final dos resíduos.
A coleta será executada no período diurno, iniciando às 08 horas, admitindo-se tolerância
máxima de 30 minutos, de segunda-feira a sábado, inclusive feriados, exceto aqueles
que ocorram às quartas e quintas-feiras.
Todos os motoristas deverão portar telefones celulares em perfeito estado de
funcionamento durante toda a jornada de trabalho, de forma a sempre possibilitar
contatos necessários de maneira rápida e eficiente com a equipe. A lista com os nomes
dos motoristas e seus telefones de contato deverá ser disponibilizada à Fiscalização e
deverá ser mantida sempre atualizada. Os motoristas deverão ser capacitados para
tomar providências necessárias durante eventualidades ocorridas na execução dos
serviços.

VI.3.8 - Coleta de resíduos domiciliares em áreas de difícil acesso, com a utilização


de equipamentos / ferramentas específicas (homem x hora)

Compreende na utilização de mão de obra para coleta de resíduos domiciliares em áreas


de difícil acesso que impossibilitam até mesmo a instalação de caçambas estacionárias,
devendo ser realizada com utilização de carrinhos de mão para transporte até os locais
de armazenamento dos resíduos para posterior coleta com caminhões compactadores ou
basculantes e encaminhamento ao Aterro Sanitário no período de 7h e 20min às 18h.

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Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
Os serviços serão executados nas áreas, vias e logradouros públicos, na mesma
freqüência de realização da coleta e transporte de resíduos na região.
A coleta será executada no período diurno, iniciando às 07 h e 30 min, de segunda-feira a
sábado, inclusive feriados e dias santos, exceto aqueles que ocorram às quartas e
quintas-feiras.
Os agentes de limpeza serão distribuídos em áreas definidas pela SALU.
A equipe estimada para a execução do serviço será composta de 02 (dois) coletores,
além de ferramentas necessárias ao bom andamento dos trabalhos, tais como carrinhos
de mão, pás, vassouras, sacos plásticos e outras.
Os resíduos eventualmente derramados nas áreas e vias públicas deverão ser coletados
e ensacados e transportados aos pontos de coleta.
A equipe do referido serviço deverá apresentar-se ao trabalho devidamente uniformizada
e munida de todos os equipamentos necessários, inclusive os equipamentos de proteção
individual – EPI’s.
VI.3.9 - Fornecimento e instalação de cercas de mourão de eucalipto com 08 fios de
arame farpado, em áreas de disposição inadequada de resíduos sólidos diversos.
Compreende no fornecimento de material e mão de obra necessários para instalação de
cercas de mourão de eucalipto D= 8 a 10cm, a cada 1,50m, altura livre de 1,60m, com 08
fios de arame farpado, em áreas de disposição inadequada de resíduos sólidos diversos,
com o objetivo de coibir a ação de descarga de resíduos em áreas públicas, cuja pratica
acarreta diversos problemas ao ambiente.
Os serviços serão executados nos locais definidos pela SALU conforme planejamento da
mesma.
A equipe estimada para a execução do serviço será composta de 01 oficial, 02 ajudantes,
01 motorista além de 01 veículo (caminhão tipo carroceria), durante 08(oito) horas de
trabalho em 01(um) dia por mês para a execução do quantitativo apresentado no anexo
XXI – Relação do quantitativo dos serviços a serem executados, munidos de todas as
ferramentas necessárias além dos equipamentos de proteção individual – EPI’s.
VI.3.10 Fornecimento e instalação de cestos coletores de resíduos domiciliares em
locais de difícil acesso.
A Contratada deverá fornecer e instalar cestos coletores de resíduos domiciliares em
locais de difícil acesso a serem indicados pela SALU. A partir do momento de sua
instalação, os cestos coletores constituirão patrimônio da Prefeitura de Contagem. As
especificações técnicas dos cestos estão representadas a seguir nas figura 31 e 32.

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Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
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Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
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Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
Instalação:
A instalação deverá ser feita pelo chumbamento dos pedestais ao solo a uma
profundidade mínima de 40 cm, com concreto de resistência à compressão, no mínimo,
de 9 MPa após a cura total. Os pedestais deverão estar perfeitamente aprumados. Os
pavimentos deverão ser recompostos após a instalação dos cestos coletores, nas
mesmas condições de padrões e acabamentos que se encontravam antes da execução
dos serviços, quando tratar-se de locais sem pavimento o mesmo deverá ser executado
em concreto com espessura mínima de 6 cm. Além disso, deverão ser removidos todos
os resíduos resultantes dos serviços, deixando o local totalmente limpo. Sempre que a
instalação dos cestos não for feita imediatamente após a abertura das valas, o local
deverá ser sinalizado de forma a evitar acidentes. As valas feitas para a instalação dos
cestos coletores não poderão permanecer abertos por mais de 24h. Em hipótese alguma
será permitida a confecção de concreto diretamente sobre o pavimento.
Locais de instalação:
Passeios e logradouros públicos em locais de difícil acesso, para atendimento á
domicílios situado em vilas e favelas do município, de acordo com a relação a ser
fornecida pela SALU.
Prazo de instalação e garantia:
Deverão ser entregues e instaladas durante a execução do contrato, com início 15 dias
após a emissão da Ordem de Serviços. Os equipamentos deverão ter garantia de 01 ano
expedida pelo fabricante.
A equipe estimada para a execução do serviço será composta de 01 oficial, 02 ajudantes,
01 motorista além de 01 veículo (caminhão tipo carroceria), durante 08(oito) horas de
trabalho em 01 (um) dia por mês para a execução do quantitativo apresentado no anexo
XXI – Relação do quantitativo dos serviços a serem executados, munidos de todas as
ferramentas necessárias além dos equipamentos de proteção individual – EPI’s

VI.3.11 - Carga e transporte de resíduos sólidos classificados como entulho e


diversificados em diversos logradouros – remoção mecanizada (tonelada)

Este serviço compreende no recolhimento e transporte de resíduos sólidos de diversas


naturezas: entulho de construção ou demolição, resíduos domiciliares e restos de podas
lançados clandestinamente em locais diversos nas vias e logradouros públicos do
município de Contagem.
A remoção dos resíduos é realizada através de retroescavadeira e transportada em
caminhões basculantes. Este serviço será executado somente em locais relacionados no
anexo XV - Relação dos locais de Carga e transporte de resíduos sólidos classificados
como entulho e diversificados em diversos logradouros – remoção mecanizada, onde não
é possível identificar o gerador / infrator responsável pela disposição inadequada dos
resíduos, visto que esta prática contribui consideravelmente para obstruir a drenagem
pluvial, além de dificultar a passagem de pedestres e a execução dos serviços de
varrição e capina no local.
Deverá ser promovida manualmente a retirada dos resíduos remanescentes da remoção
mecanizada, realizando a limpeza do local por meio de ferramentas adequadas.

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Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
Cada equipe é composta por 01 (um) operador, 03 (três) motoristas e 01 ajudante de
caminhão aberto, 01 (uma) retroescavadeira e 03 (três) caminhões basculantes.
Os resíduos provenientes dessa atividade deverão ser transportados ao aterro sanitário
onde será procedida a sua pesagem e posterior disposição final dos resíduos.

 Retroescavadeira
Descrição do Equipamento: Retroescavadeira com potência líquida mínima de 75 a
90 HP, dotada de cabine / capota tipo ROPS que permita a proteção do operador
contra sol e chuva, em bom estado de conservação;
Quantidade: Prevê-se a utilização mensal de 01 (uma) Retroescavadeira com 176
horas produtivas;
Descrição dos Serviços: coleta de resíduos sólidos classificados como entulho e
diversificados - remoção mecanizada nas vias e logradouros públicos do município de
Contagem/MG;
Pessoal: Será necessário 01 (um) operador de retroescavadeira, devidamente
uniformizado e com os equipamentos de proteção individual – EPI's necessários;
Horário de operação: de segunda-feira à sexta-feira das 08h00min às 17h00min,
com um intervalo de 01 (uma) hora, devidamente abastecida e em perfeito estado de
funcionamento e com o respectivo operador.

 Caminhão Basculante Capacidade – 6 m³

Descrição do Equipamento: Caminhão basculante aberto com sistema de abertura


da báscula na face lateral, para evitar que materiais fiquem agarrados na tampa,
equipado com motor diesel de potência mínima de 162 HP, chassis PTB 16,8
toneladas, equipado com caçamba basculante com capacidade para 6 m³, em bom
estado de conservação;
Descrição dos Serviços: Estes veículos destinam-se a execução de serviços de
coleta e transporte de resíduos sólidos classificados como entulho e diversificados –
provenientes da remoção mecânica nas vias e logradouros públicos;
Quantidade: Prevê-se a utilização de 03 (três) Caminhões Basculantes, cada um
com 176 horas produtivas;
Pessoal: Serão necessários 03 (seis) motoristas de caminhão, devidamente
uniformizados e com os equipamentos de proteção individual – EPI's necessários;
Horário de operação: de segunda-feira à sexta-feira das 8:00 às 17:00h, com um
intervalo de 01 (uma) hora, devidamente abastecido e em perfeito estado de
funcionamento e com o respectivo motorista; eventualmente a SALU poderá solicitar
a realização dessa atividade aos sábados e feriados.

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Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
VI.3.12 - Carga e transporte de resíduos provenientes de limpeza de fossas em
diversos logradouros

Algumas residências de Contagem ainda não dispõem de rede de esgoto sanitário,


conforme anexo XVI Relação dos bairros a serem atendidos pelo serviço de Carga e
transporte de resíduos provenientes de limpeza de fossa em diversos logradouros.
Nestes locais, os moradores utilizam fossas negras, que são buracos escavados por
onde a água permeia para o solo. Quando a capacidade volumétrica esgota-se, é
necessário esvaziar a fossa para que não haja transbordamento, evitando transtornos,
principalmente mau cheiro e atração de insetos.
Este serviço, denominado limpeza de fossas, é prestado através de caminhões tanques
especiais, dotados de bombas de alta potência de sucção e mangueiras que esvaziam as
fossas e lançam estes resíduos em local apropriado no Aterro Sanitário, que tem conexão
com a rede coletora da Copasa.

a) Caminhão Limpa Fossa (tonelada)

Descrição do Equipamento: Caminhão Limpa-Fossa com tanque cilíndrico


construído em chapa de aço de 3/16” com capacidade de 8.000 litros, adaptado com
bomba de vácuo e sistemas auxiliares, capacidade de deslocamento de ar 12 m3/min,
com pressão 2 kgf/cm2, tubulação de diâmetro 4”, acionada pela tomada de força do
caminhão, com 50 m de mangote de sucção, em 02 lances, totalmente estanque;
Quantidade: prevê-se a utilização de 04 (quatro) caminhões Limpa Fossa, cada um
com 176 horas produtivas.
Descrição dos Serviços: Os 04 (quatro) caminhões, tipo limpa fossa destinam-se a
execução de serviços de limpeza e desobstrução de fossas existentes no município
de Contagem /MG;
Pessoal: Serão necessários de 04 (quatro) motoristas e 08 (oito) limpadores de
fossas, devidamente uniformizados e com os equipamentos de proteção individual –
EPI's necessário, devendo estar incluídos no preço do serviço de locação do
equipamento os custos de pessoal, ferramentas, materiais e EPI’s;
Horário de operação: de segunda-feira à sexta-feira das 8:00 às 17:00h, com um
intervalo de 01 (uma) hora, devidamente abastecido e em perfeito estado de
funcionamento e com o respectivo motorista e ajudantes; eventualmente a SALU
poderá solicitar a realização dessa atividade nos feriados.

VI.3.13 - Veículos e Equipamentos

Veículos automotores com os equipamentos adequados e necessários a cada tipo de


serviço foram dimensionados de forma a serem suficientes, em quantidade e qualidade,
para atender, de maneira adequada, a prestação dos serviços propostos.
A quantidade mínima de veículos e suas especificações técnicas constam do Anexo XV -
Relação do quantitativo mínimo de Veículos Automotores e Equipamentos necessários
para o início da execução dos serviços, não havendo previsão de reserva técnica, exceto

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Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
no caso dos veículos coletores compactadores de 15 m³ utilizados na coleta e transporte
de resíduos domiciliares, comerciais. Para os demais veículos, a Contratada deverá
providenciar imediata substituição em caso de paralisação para manutenções, de forma a
não prejudicar o andamento dos serviços.
Os veículos disponíveis e necessários para a execução dos serviços relacionados nos
itens (1, 7) e (2,3,4,5,6,9,10,11,12) do Anexo XVIII - Relação do quantitativo mínimo de
Veículos Automotores e equipamentos necessários para o inicio da execução dos
serviços deverão, obrigatoriamente, ter sido fabricados, no máximo, (01) um ano e (05)
cinco anos respectivamente antes da abertura dos envelopes de habilitação e estarem
mobilizados e disponíveis para uso imediato antes da assinatura do Contrato, mediante
vistoria prévia da SALU.
Durante o período contratual, os equipamentos, inclusive as unidades de reserva,
deverão ser mantidos com todos os seus componentes funcionando nas mesmas
condições iniciais especificadas, não obstante o desgaste normal por uso.
No decorrer do Contrato, cada um dos veículos e equipamentos utilizados para cada tipo
de serviços relacionados nos itens do Anexo XVIII – Relação do quantitativo mínimo de
Veículos Automotores e equipamentos necessários para o início da execução dos
serviços, não poderá ter idade superior a 06 (seis) anos para os itens (1, 7) e 10(dez)
anos para os itens (2,3,4,5,6,9,10,11,12).
A contratada deverá dispor de sistema de rastreamento de veículos, instalados em todos
os caminhões de coleta e transporte de resíduos e deverá ainda disponibilizá-lo para
acesso da SALU.
Caso sejam observadas idades superiores às descriminadas no item anterior, a SALU
determinará a imediata exclusão do cadastro do veículo e/ou equipamento e suspensão
das atividades até que as irregularidades sejam sanadas.
Os veículos coletores compactadores deverão trafegar até a unidade de destino final
determinada pela SALU, com o escudo compactador e com a tampa da caçamba coletora
de resíduos fechados, sendo proibida a colocação de qualquer resíduo proveniente da
coleta sobre a tampa e a caçamba coletora dos veículos.
O formulário do Relatório Diário de Serviços deverá ser fornecido pela Contratada em
duas vias numeradas que deverão ser preenchidos por todos os motoristas e operadores
de máquinas e assinadas pelo Supervisor dos serviços.
Caso os caminhões não atendam adequadamente o desenvolvimento dos serviços,
deverão ser substituídos por outros sem qualquer ônus para a SALU.
A Contratada deverá orientar seus funcionários quanto aos procedimentos internos do
Aterro Sanitário e se responsabilizar por quaisquer danos materiais a terceiros ou às
instalações e equipamentos de propriedade da Prefeitura Municipal de Contagem durante
a execução dos serviços.
Fica resguardado à SALU orientar motoristas e operadores, sobre o ponto de vista
disciplinar e/ou profissional, no andamento dos serviços;
A SALU, através da Supervisão, será responsável pelas apropriações, controle e
medições dos e serviços em conjunto com o(s) apontador (es) da Contratada.

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Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
A SALU poderá, a seu critério, solicitar à Contratada a execução dos serviços em horário
noturno, finais de semana ou feriados, se assim convier ao melhor andamento dos
trabalhos ou ao atendimento às demandas;
A Contratada deverá colocar à disposição todo tipo de sinalização necessária (placas de
advertência, cones de sinalização) de modo a garantir a segurança do pessoal nas
frentes de trabalho.
A Contratada deverá disponibilizar telefones celulares para todos os motoristas e para os
operadores de retroescavadeira dos serviços de remoção mecanizada de entulhos para
possibilitar rápido contato entre os mesmos e os responsáveis pela execução dos
serviços, durante toda a jornada de trabalho. A Contratada deverá manter atualizada a
lista com os nomes e telefones dos motoristas e operadores de retroescavadeira junto à
SALU.
Deverá a Contratada manter a disposição da SALU para apoio à Fiscalização, quando e
enquanto exigido pela Supervisão, a partir da "1ª (primeira) Ordem de Serviço" até o
recebimento provisório dos serviços, 02 (dois) veículos novos com no máximo 01 (um)
ano de uso, de no mínimo 1000cc, que deverão ser licenciados, cobertos com seguro
total, respondendo pela conservação e manutenção total, inclusive o fornecimento de
combustível de até 350 litros por mês para cada veículo. Durante paradas para
manutenção, a Contratada deverá disponibilizar outro veículo de apoio à Fiscalização. Os
veículos não serão objetos de medição, seus custos deverão estar incluídos no preço
composto e ofertado pela Contratada.

Cadastro dos veículos

A Contratada deverá providenciar o cadastramento prévio dos veículos e equipamentos


junto à SALU para o início da execução dos serviços, acompanhado do laudo de
inspeção veicular emitido por empresa especializada, mantendo-os atualizados para fins
de informação sempre que solicitado.
A Contratada deverá fornecer cadastro atualizado, mensalmente, à SALU dos veículos e
equipamentos a serem utilizados nos serviços de coleta de resíduos com vistas à
fiscalização quanto à idade dos veículos que compõem a frota.
As alterações de veículos e/ou equipamentos no cadastro somente serão autorizadas
pela SALU, desde que atendidas todas as exigências acima descritas.
Identificação dos veículos

Os padrões de pintura incluindo aplicação de marca e cores, adesivos e identificação dos


veículos por tipo de serviço deverão seguir as normas definidas pela SALU, sendo os
custos integralmente de responsabilidade da Contratada, podendo a mesma propor
projeto a ser implantado nos veículos de coleta, alusivo às mensagens institucionais de
conscientização ambiental, que somente poderá ser implantado após a aprovação da
SALU.
Os veículos deverão ser identificados com adesivos da logomarca da Prefeitura Municipal
de Contagem nas portas e placas de chapa metálica de 01mm de espessura afixadas
nas laterais do baú compactador com o slogan da campanha - Contagem mais limpa -

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Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
medindo 1,20m x 3,0m com adesivo impresso em processo digital e ter exposto nas
caçambas coletoras o telefone da SALU para solicitações de serviços, reclamações e
sugestões da população (0800-2831225). Além desta identificação, os veículos da coleta
de resíduos domiciliares deverão identificar, por meio de placas expostas junto ao pára-
brisa, os setores de coleta em que estão trabalhando.
A Contratada deverá colocar adesivo magnetizado com logotipo da Prefeitura de
Contagem, nos equipamentos e caminhões que ficarão a disposição da Contratante para
os serviços de operação e manutenção do aterro sanitário, carga e transporte de
resíduos classificados como entulhos e limpeza de fossas. Em hipótese alguma será
permitido o trânsito e/ou a execução de serviços pelos veículos e/ou equipamentos objeto
desta contratação, identificados com a logomarca da Prefeitura de Contagem, em
atividades diferentes daquelas designadas pela SALU.

Manutenções corretivas e preventivas

A Contratada deverá aplicar o Plano de Manutenção dos veículos e equipamentos


utilizados nos serviços contratados, baseado em: inspeções diárias; programa de
manutenção preventiva e corretiva; programa de serviços internos e externos; programa
de limpeza e reforma (lavagem, desinfecção e pintura periódica); programa de controle
dos itens de segurança (iluminação, pneus etc.) e programa de manutenção, limpeza e
reparos dos demais equipamentos (coletor, carro de mão, cestos coletores e contêineres,
dentre outros). A SALU efetuará avaliações semestrais, ou quando se fizer necessário, na
frota da Contratada, buscando verificar as condições ideais de funcionamento.
Todos os veículos e equipamentos utilizados nos serviços de Limpeza Urbana deverão
respeitar os limites estabelecidos por lei para fontes sonoras e emissão de gases e
demais normas reguladoras do tráfego de veículos.
Os serviços de manutenção corretiva, preventiva, lubrificações e abastecimentos
necessários serão de responsabilidade da Contratada. Não será apropriado o tempo em
que os caminhões e equipamentos estiverem à disposição dos serviços de manutenção,
lubrificação e/ou abastecimento, devendo estes serviços serem realizados antes ou após
a jornada de trabalho, ou durante o horário de almoço.
Todos os serviços de manutenção preventiva e corretivas não urgentes nos veículos e
equipamentos deverão ser programados com antecedência com os responsáveis pelos
serviços da SALU.
Em caso de defeitos mecânicos ou problemas com pneus apresentados pelos
equipamentos, a Contratada terá um prazo de 02 (duas) horas para substituí-lo ou
repará-lo, a contar do horário de paralisação.
O abastecimento e a manutenção, inclusive peças e serviços, de todas as máquinas,
equipamentos e veículos locados correm por conta da empresa CONTRATADA.

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Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
VI.3.14 - Equipamentos de Proteção Individual - EPI’s e Ferramentas Necessárias

Estão listados os EPI’s e o consumo estimado dos equipamentos de proteção para cada
tipo de serviço. Ressalta-se que essa relação é uma estimativa e, portanto, não exime a
Contratada de manter o fornecimento em quantidade e qualidade adequadas dos
Equipamentos de Proteção Individual a todos os funcionários durante toda a vigência do
Contrato, independentemente dos itens e quantitativos listados no referido anexo, bem
como implantar outros Equipamentos que a área de Segurança do Trabalho da
Contratada julgar necessário. A Contatada deverá disponibilizar para todos os
funcionários bloqueadores solar, fator de proteção mínimo nº. 30 para raios UVA e UVB,
em quantidade necessária. O uniforme para as equipes que realizarão trabalhos durante
o período noturno e em locais com elevado risco de acidentes deverá incluir faixas
refletivas para aumentar a visibilidade do agente de limpeza presente nas vias públicas.
Especificações de Equipamentos de Proteção Individual - EPI’s para os agentes de
limpeza que atuarão na execução dos serviços relacionados nos Itens 1 a 12 exceto item
07 do Anexo XVII - Relação do quantitativo mínimo de pessoal necessário para o início
da execução dos serviços:
Camisa de brim tipo sol a sol ou similar, manga curta ou similar modelo e cor a
serem definidos pela SALU, com as marcas da Prefeitura de Contagem e da
empresa.
Jaqueta de brim tipo sol a sol ou similar, manga longa para o inverno modelo e cor a
serem definidos pela SALU, com as marcas da Prefeitura de Contagem e da
empresa.
Calça de brim, tipo sol a sol ou similar, com elástico e cordão de algodão, modelo e
cor a serem definidos pela SALU, com as marcas da Prefeitura de Contagem e da
empresa.
Boné de brim, tipo sol a sol ou similar, com abas tipo touca árabe, modelo e cor a
serem definidos pela SALU, com as marcas da Prefeitura de Contagem e da
empresa.
Capa contra chuva em plástico na cor amarela, sem mangas, tipo morcego, com as
marcas da Prefeitura de Contagem e da empresa.
Luvas tipo cano curto, confeccionada em vaqueta de boa qualidade com 1 mm de
espessura, palma e dorso em vaqueta macia com forchetas, reforço interno, inteiriço
na palma, tira de reforço entre o polegar e o indicador, em vaqueta, elástico no
dorso, costurado internamente próximo ao punho, com 3 cm de largura, certificado
de aprovação expedido pelo Ministério do Trabalho e nome do fabricante gravado
em baixo-relevo, totalmente costurado em linha de nylon. Não serão aceitas as
impressões em forma de carimbo, marcadas a tinta em etiquetas ou similares.
Luvas tipo cano longo, confeccionadas em raspa e vaqueta de boa qualidade, com 2
mm de espessura, certificado de aprovação expedido pelo Ministério do Trabalho e
nome do fabricante gravado de forma indelével em ambas as mãos. Palmas e dorso
totalmente em vaqueta macia, com forcheta modelo tipo petroleiro, reforço interno,
inteiriço, palma e dedos mínimo, anular e indicador, em raspa de pequena espessura

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Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
(para facilitar o movimento das mãos), fixado por costura pespontada. Reforço
interno no polegar em raspa de pequena espessura, fixado por costura pespontada.
Elástico interno no dorso, próximo ao punho, com 2 cm de largura. Forquilha na base
do polegar, em vaqueta, cano em raspa, com 20 cm (vinte centímetros) de
comprimento, costurado em imaso lateral, com proteção para a veia do pulso (meia
lua) externa em raspa, fixada por costura dupla. As luvas deverão proporcionar ótima
flexibilidade maleabilidade, resistência e apresentar excelente acabamento. Todas as
costuras deverão ser em linha de nylon.

VI.3.15 - Planejamento e Divulgação dos Serviços

O planejamento dos serviços é de responsabilidade da SALU, fato este que não impede
que sua elaboração se faça por empresa especializada, ou pela própria empreiteira
incumbida de sua realização, no interesse do incremento de sua produtividade e, neste
caso, às suas expensas, desde que a sua implementação seja precedida da apreciação e
aprovação da SALU.
A Contratada deverá fornecer a SALU, material necessário para a mais ampla divulgação
possível dos horários, frequências e locais em que os serviços contratuais serão
executados, dando ciência da realização dos serviços prestados, conforme modelo
definido pela Prefeitura Municipal de Contagem
Quando ocorrer alteração no Planejamento dos Serviços de Coleta de Resíduos
domiciliares, a Contratada deverá providenciar prévia comunicação aos munícipes,
através de material impresso, a cada residência ou estabelecimento abrangido pela
alteração, em um prazo de até 48 (quarenta e oito) horas antes da implantação da
alteração dos serviços, devidamente autorizados pela SALU.
A Contratada deverá contribuir diretamente para a implantação e manutenção dos
projetos educativos e lúdicos concebidos pela SALU voltados para ao atendimento a
população e educação para a limpeza urbana.
A Contratada deverá executar os serviços de coleta obedecendo a recursos planejados,
adequados ao sistema viário e sua legislação, de forma a conferir uma regularidade de
horário de atendimento em cada domicílio e garantir confiabilidade na completa
universalização dos mesmos.
A SALU poderá propor a implantação de novas técnicas operacionais, ao longo do
contrato, de forma a assegurar a atualização e melhoria da qualidade da prestação dos
serviços à população, desde que não haja alteração dos custos.
Os itinerários de coleta deverão desenvolver-se dentro dos limites do setor de coleta e
cada um dos itinerários corresponderá à atividade de uma equipe, dentro de um turno de
coleta, conforme Planejamento da SALU.
Os itinerários de coleta deverão, obrigatoriamente, ser executados pela Contratada,
conforme previsto no Planejamento da SALU. Poderão ser sugeridas alterações destes
itinerários, visando adequação às alterações no trânsito, ou otimização de percursos.
Tais alterações, entretanto, deverão ser aprovadas pela SALU e precedidas de
comunicação aos munícipes. Nesses casos, a Contratada deverá fornecer materiais

149
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
impressos, de acordo com especificações da SALU, e disponibilizar equipe devidamente
treinada para a divulgação das informações.
A impossibilidade de atendimento aos itinerários de coleta definidos, seja por obras nas
vias públicas, alterações no trânsito ou qualquer outra razão, deverá ser comunicada à
Fiscalização da SALU, no momento da constatação da ocorrência, de forma que esta
fiscalização possa orientar a Contratada quanto à alternativa a ser seguida. Em qualquer
circunstância, deverá ser assegurado o recolhimento total dos resíduos em todos os
imóveis do setor.
O itinerário de coleta deve ser completamente executado pelo veículo coletor, dentro do
horário estabelecido para o turno. Ressalta-se que, em nenhuma circunstância será
permitido deixar de realizar os serviços em setores e itinerários no dia estabelecido para
a coleta. Para isso, a Contratada deverá manter equipe e veículos de reserva para o
atendimento a eventualidades ou reforçar as equipes regulares.
Nas vias de grande fluxo de veículos, ou com canteiros centrais, a coleta deverá ser
realizada em etapas distintas para cada lado das mesmas, de forma a evitar a travessia
pelos agentes de limpeza a todo o momento e/ou disposição dos resíduos nos canteiros
centrais.

150
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
VI.4 – Disposição Final de Resíduos Sólidos Urbanos: Operacionalização,
Manutenção e Monitoramento do Aterro Sanitário Municipal

VI.4.1 - Recebimento dos resíduos

Todos os resíduos sólidos com CARACTERÍSTICAS domiciliares, comerciais e públicos


coletados pelo sistema de coleta e transporte da Prefeitura Municipal de Contagem são
destinados ao aterro sanitário.
Os resíduos coletados no período diurno são descarregados nos dias de 2ª a sábado no
período de 07h às 19h, os demais resíduos coletados no período noturno são
descarregados até as 2h e 50min.
O recebimento, a descarga e o acompanhamento dos resíduos no Aterro Sanitário
seguem o seguinte fluxo: Figura 33

COLETA E TRANSPORTE
DE RESÍDUOS –
SISTEMA DE LIMPEZA
URBANA

BALANÇA DO DESCARGA DOS


ATERRO SANITÁRIO: RESÍDUOS NA
1° PESAGEM FRENTE DE
OPERAÇÃO
(veículo carregado)

BALANÇA DO
ATERRO SANITÁRIO:

2° PESAGEM

(veículo vazio)

REGISTRO DO PESO PRESTADOR DE


DOS RESÍDUOS: SERVIÇO:
EMISSÃO DE TICKETS MEDIÇÃO DOS
DA BALANÇA SERVIÇOS

ACOMPANHAMENTO
DA QUANTIDADE DE
RESÍDUOS
ATERRADOS E
MEDIÇÃO DOS
SERVIÇOS
151
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
O recebimento, a descarga e o acompanhamento dos resíduos provenientes de grandes
geradores no Aterro Sanitário seguem o seguinte fluxo:

COLETA E TRANSPORTE DE
RESÍDUOS
(GERADOR PREVIAMENTE
CADASTRADO)

PORTARIA DO ATERRO
SANITÁRIO:
VERIFICAÇÃO PRÉVIA DO
RESÍDUO E CONDIÇÕES DE
TRANSPORTE

BALANÇA DO ATERRO DESCARGA DOS RESÍDUOS


SANITÁRIO: NA FRENTE DE OPERAÇÃO
1° PESAGEM
(veículo carregado)

BALANÇA DO ATERRO
SANITÁRIO:

2° PESAGEM
(veículo vazio)

GERADOR DO
REGISTRO DO PESO
RESÍDUO:
DOS RESÍDUOS:
ACOMPANHAMENT
EMISSÃO DE TICKETS
O DA QUANTIDADE
DA BALANÇA
DE RESÍDUOS
DESTINADOS AO
ATERRO

ACOMPANHAMENTO
DA QUANTIDADE DE
RESÍDUOS
ATERRADOS E
COBRANÇA DE TAXA
DE UTILIZAÇÃO DO
ATERRO E MEDIÇÃO
DOS SERVIÇOS DE
OPERAÇÃO

152
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
O trânsito de pessoas e veículos no interior do empreendimento deve ser disciplinado por
procedimentos que são previamente informados aos usuários.
Durante a descarga dos resíduos, toda anormalidade ou dúvidas sobre os materiais
descarregados devem ser informadas imediatamente ao Engenheiro Responsável para
as devidas providências.

VI.4.2 - Controle Tecnológico do Aterro Sanitário

VI.4.3 - Sistema de monitoramento da geometria, estabilidade e recalque do aterro


sanitário e outros serviços de topografia:

O Aterro Sanitário deverá contar com serviços de topografia para levantamentos


planimétricos e planialtimétricos diversos na área do empreendimento, tanto para fins de
monitoramento de deslocamentos verticais e horizontais, quanto para demarcação das
frentes de operação, linhas de drenos de percolado e de águas pluviais, além de drenos
de gás. Os serviços de topografia deverão incluir também o monitoramento do
aterramento de resíduos para o cálculo de densidade dos resíduos aterrados e o
acompanhamento de obras de expansão de plataformas, cortes e aterros na área do
Aterro, entre outros. A seguir, são descritos de forma sucinta os serviços de topografia a
serem executados no Aterro Sanitário:

VI.4.3.1 - Operação dos resíduos:

Ao início de cada dia de trabalho, deverão ser demarcados, através de estacas


facilmente visíveis pelo operador do Trator de Esteira (a serem removidas no final de
cada dia e reinstaladas no dia seguinte na nova frente de trabalho), os limites laterais (l ≈
15 m), a altura projetada (a ≈ 5 m) e o avanço previsto (c ≈ 11,3 m) da frente de serviço
ao longo do dia. A equipe de topografia deverá efetuar a locação dos drenos de chorume
e de gases, observando as inclinações necessárias para os primeiros, para possibilitar a
execução dos serviços pela equipe.

VI.4.3.2 - Levantamento do volume de resíduos aterrados:

Levantamento planialtimétrico com periodicidade mensal da camada de resíduos


aterrados, com o cálculo do volume de resíduos, considerando o volume de material de
cobertura utilizado, para a verificação da densidade dos resíduos compactados.

VI.4.3.3 - Monitoramento de deslocamentos verticais e horizontais:

Ao longo do tempo, com a decomposição dos resíduos, o maciço sofre recalques, cujo
monitoramento é importante para a previsão das cotas finais e previsão da vida útil do
empreendimento. O monitoramento de deslocamentos horizontais é de fundamental
importância para a garantia da estabilidade do maciço de resíduos. Estes
monitoramentos deverão ser executados quinzenalmente a partir de marcos fixos no

153
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
terreno e marcos que deverão ser instalados pela executor nas cristas dos taludes do
maciço, de acordo com orientação da SALU e conforme figura 34.

VI.4.3.4 - Outros serviços


Locação e demarcação de off-set de aterros e escavações, locação, acompanhamento e
controle de obras de terraplenagem (taludes de aterro e de corte, valetas de drenagem,
etc.), inclusive obras de expansão das áreas de aterro de resíduos, levantamentos
diversos de perímetros, áreas e volumes, de acordo com a solicitação da SALU, e
serviços como levantamentos para a previsão da ocupação das plataformas de aterros de
resíduos domiciliares no Aterro. O prazo de execução será de acordo com os serviços
solicitados pela SALU, em acordo com a executor.

Observação: Todos os serviços deverão ser executados de acordo com as normas da


ABNT.

VI.4.3.5 - Equipamentos e materiais a serem utilizados


A executora deverá dispor de um veículo e de todos os equipamentos e materiais para a
realização dos serviços, inclusive piquetes e estacas necessárias para locações e
demarcações. Para os levantamentos de campo deverão ser utilizados os seguintes
equipamentos: Estação Total Eletrônica TC 600 e TC 400NL/Wild ou similar, Nível Wild
NA-2 com acessórios ou similar e GPS geodésico para o transporte de coordenadas,
balizas e trenas, caso necessário. Os dados coletados em campo deverão ser
processados em programas de computador específicos, sendo os desenhos editados em

154
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
extensão dwg do AutoCAD.

VI.4.3.6 - Relatórios e apresentação dos serviços

Todos os serviços deverão ser entregues na forma impressa e digital, com emprego de
programas de computador específicos, gerando arquivos com extensão .dwg. Os
arquivos de projetos do aterro sanitário serão fornecidos pela SALU em AutoCAD como
base para a execução dos levantamentos. Os arquivos digitais em AutoCAD deverão ser
entregues na versão AutoCAD 2005. O prazo de entrega de relatórios com o
levantamento do volume de resíduos aterrado e monitoramento de deslocamentos
verticais e horizontais e das plantas atualizadas do Aterro será de até 5 dias úteis do mês
subseqüente.

VI.4.3.7 - Sistema de monitoramento de líquidos percolados, ruídos, gases e


recursos hídricos

O lençol freático e as águas superficiais deverão ser monitorados de forma a se conhecer


e avaliar o impacto causado pelo Aterro Sanitário às águas sub-superficiais e superficiais.
As análises têm como objetivo conhecer a qualidade do aquífero antes e após sua
passagem pela área do aterro. Os pontos de amostras a serem coletadas nos pontos
indicados na Tabela 27 a seguir:

Tabela: Pontos de Monitoramento de Líquidos, Ruídos e Gases

Item de Monitoramento Pontos de Coleta de Amostras

Líquidos percolados Caixa de passagem do tratamento preliminar: 01 ponto

Córrego São João: 01 ponto (poço de visita da galeria à


montante da área do Aterro Sanitário)
Córrego São João: 01 ponto (poço de visita da galeria à
Superficiais jusante da área do Aterro Sanitário)
Recursos
Hídricos Nascente de água: 01 ponto na saída do sistema de
drenos desta nascente
Poços de monitoramento: 02 poços à montante do Aterro
Subterrâneos
Poços de monitoramento: 02 poços à jusante do Aterro
Saída do sistema de drenagem de gases (03 pontos a
Gases
serem definidos em conjunto com a SALU)

RUIDOS (04 pontos a serem definidos em conjunto com a SALU)

As análises físico-químicas e bacteriológicas das águas subterrâneas e superficiais e do


líquido percolado deverão ser realizadas de acordo com a Nota Técnica nº 003/2005 da
Diretoria de Monitoramento e Geoprocessamento – DIMOG, da Fundação Estadual do

155
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
Meio Ambiente – FEAM, cujos parâmetros a serem analisados e as freqüências estão
descritos na Tabela 28 a seguir:

Item de
Parâmetros de Análise Periodicidade
Monitoramento
Cádmio total (mg/L) Semestral
Chumbo total (mg/L) Semestral
Cobre dissolvido (mg/L) Semestral
Condutividade elétrica (mS/cm) Bimestral
Cromo total (mg/L) Semestral
Recursos Hídricos
DBO (mg/L) Bimestral
Águas DQO (mg/L) Bimestral
E. coli (NMP) Bimestral
Superficiais
Fósforo total (mg/L) Semestral
Níquel total (mg/L) Semestral
Nitrogênio amoniacal total (mg/L) Semestral
Nitratos (mg/L) Semestral
Óleos e graxas Semestral
Oxigênio Dissolvido (mg/L) Bimestral
Recursos Hídricos pH Bimestral
Substâncias tensoativas (mg/L) Semestral
Zinco total (mg/L) Semestral
Águas Clorofila a (mg/L) Trimestral
Superficiais Densidade de cianobactérias (cel/mL ou
Trimestral
mm3/L)
Cádmio total (mg/L) Anual
Chumbo total (mg/L) Anual
Cobre dissolvido (mg/L) Anual
Condutividade elétrica (mS/cm) Anual
Cloretos (mg/L) Anual
Recursos Hídricos Cromo total (mg/L) Anual
E. coli (NMP) Anual
Nitratos (mg/L) Anual
Águas Nitrogênio amoniacal total (mg/L) Anual
Subterrâneas Nível d’água Anual
pH Anual
Zinco total (mg/L) Anual
Cádmio total (mg/L) Trimestral
Chumbo total (mg/L) Trimestral
Cobre dissolvido (mg/L) Trimestral
Condutividade elétrica (mS/cm) Bimestral
Cromo total (mg/L) Trimestral
DBO (mg/L) Bimestral
DQO (mg/L) Bimestral
E. coli (NMP) Bimestral

156
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
Líquidos Fósforo total (mg/L) Trimestral
percolados Níquel total (mg/L) Trimestral
Chumbo total (mg/L) Trimestral
Cobre dissolvido (mg/L) Trimestral
Condutividade elétrica (mS/cm) Bimestral
Cromo total (mg/L) Trimestral
DBO (mg/L) Bimestral
DQO (mg/L) Bimestral
E. coli (NMP) Bimestral
Fósforo total (mg/L) Trimestral
Níquel total (mg/L) Trimestral
Nitrogênio amoniacal total (mg/L) Trimestral
Nitratos (mg/L) Trimestral
pH Bimestral
Sólidos sedimentáveis (mg/L) Bimestral
Substâncias tensoativas (mg/L) Trimestral
Cloretos (mg/L) Trimestral
Teste de toxicidade aguda Anual
Zinco total (mg/L) Trimestral
Substâncias explosivas, inflamáveis ou
semestral
orgânicas tóxicas
Alumínio total semestral
Arsênio total semestral
Bário total semestral
Boro total semestral
Cobalto total semestral
Cobre total semestral
Cromo hexavalente semestral
Estanho total semestral
Ferro solúvel semestral
Mercúrio total semestral
Prata total semestral
Selênio total semestral
Vanádio total semestral
Amônia semestral
Cianetos totais semestral
Índice de fenóis semestral
Fluoreto total semestral
Sulfeto total semestral
Sulfatos semestral

As análises físico-químicas de gases deverão ser realizadas de acordo com os


parâmetros e as frequências descritas na Tabela 29 a seguir:

157
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
Item de Monitoramento Parâmetros de Análise Periodicidade

Gases SO2, O2, CH4, CO2 TRIMESTRAL


3

Ruídos - TRIMESTRAL
4

O laboratório que irá realizar as análises de águas superficiais, subterrâneas e líquidos


percolados deve ser devidamente credenciado pelo INMETRO, Fundação Estadual do
Meio Ambiente – FEAM, e Agência Nacional de Vigilância Sanitária e deverá seguir todas
as Normas Técnicas pertinentes. Para a coleta de amostras de águas subterrâneas, o
técnico do Laboratório contratado deverá esgotar os poços de monitoramento com vinte
quatro horas de antecedência à realização das análises e deverá utilizar Bayler para
reduzir a possibilidade de contaminação da amostra.

A executor deverá indicar os métodos de ensaio empregado, que deverão estar de


acordo com o padrão adotado pelo INMETRO ou pelo Standard Methods for Examination
of Water and Wastewater. Todas as análises deverão ser realizadas por meio de
Engenheiro Químico credenciado e registrado no CRQ.

A executor deverá elaborar relatórios com os resultados das análises de cada ponto de
coleta de amostra, contendo a devida identificação dos mesmos, a data e a hora de
coleta das amostras, temperatura ambiente e das condições do clima das últimas 24
horas (existência ou não de chuvas). Os resultados originais deverão ser entregues a
SALU até 10 dias após a coleta das amostras.

As análises dos parâmetros físico-químicos e bacteriológicos, indicadas no relatório de


monitoramento e acompanhamento da operação deverá constar dos relatórios mensais
de operação do Aterro Sanitário e nos relatórios semestrais que serão enviados à FEAM.
Todas as análises deverão ser realizadas por meio de Engenheiro Químico credenciado e
registrado no CRQ.

VI.4.3.8 - Monitoramento das condições de operação:

Deverão ser verificados os aspectos gerais da área e a integridade dos componentes do


aterro, tais como a segurança do trabalhador, a condição dos equipamentos, o
recobrimento dos taludes, as condições do cinturão verde e do alambrado e os elementos
estruturais do aterro, conforme a Tabela 30 a seguir:

158
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
Cinturão verde e revegetação de taludes Diário
Cercamento da área (alambrado) Diário
Equipamentos Diário
Ruptura de taludes Diário
Operação
Vazamentos Diário
Recalques Quinzenal
Massa a aterrar / tratar Diário
Ruído Semestral

VI.4.4 - Gerenciamento da unidade

O executor deverá estabelecer, em conjunto com a SALU através da Diretoria de Manejo


e Destinação Final de Resíduos Sólidos, todos os procedimentos de operação da
unidade, inclusive de segurança do trabalhador, e descrevê-los na forma de Instruções de
Trabalho ou Procedimentos Operacionais Padrão, no prazo máximo de quatro meses, a
partir da emissão da Ordem de Serviço. Toda a equipe de operação deverá ser treinada
em tais procedimentos, com a devida comprovação por meio de listas de presença.

O gerenciamento da unidade também deverá apresentar resultados, dados e outras


informações em indicadores de desempenho, na forma de gráficos expostos em painéis
na área administrativa e que deverão constar dos relatórios mensais. Os indicadores a
serem monitorados e expostos deverão ser atualizados mensalmente e serão definidos
em conjunto com a fiscalização da SALU.

Diariamente, o Encarregado Geral do Aterro Sanitário deverá preencher Relatório Diário


de Serviços, em modelo a ser aprovado previamente pela SALU, constando todas as
informações das condições de operação do dia, equipamentos utilizados, vazão de
percolado na saída do sistema de drenagem, condições meteorológicas, serviços de
monitoramento realizados, visitas técnicas, obras diversas, inclusive aquelas de
responsabilidade da SALU, problemas operacionais, entre outras informações relevantes.

Todas as informações relativas a operação do Aterro Sanitário no mês deverão ser


apresentadas na forma de Relatório Técnico Mensal de Operação da unidade. Este
relatório deverá incluir todas as informações de monitoramento realizado (topográfico, de
recursos hídricos e líquido percolado, de ruídos, de biogás e das condições de operação),
fotografias, gráficos e textos descritivos dos serviços e obras realizados e deverá ser
elaborado pela executor e entregue em até 10 dias úteis do mês subseqüente, de acordo
com modelo proposto pela executor e aprovado pela SALU.

VI.4.4.1 - Vigilância da unidade e controle de acesso

O executor deverá impedir a entrada de pessoas não autorizadas à unidade para o


atendimento às normas técnicas e legislação de operação da unidade e para a

159
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
manutenção do patrimônio municipal. Para isso, deverá contratar serviço especializado
de vigilância armada 24 horas, composta por dois postos no período diurno e dois postos
no período noturno, sendo um posto motorizado em cada período em razão da área a ser
percorrida constantemente pelos vigilantes.

Todos os vigilantes armados deverão contar com rádios-comunicadores, lanternas e


outros instrumentos e equipamentos, inclusive de proteção individual, necessários para
os serviços e deverão ser treinados nos procedimentos de acesso e segurança do
empreendimento, visando inclusive o monitoramento e orientação de pessoas e veículos
autorizados a entrarem na área do Aterro Sanitário.

A executor deverá manter também porteiros na Guarita do Aterro Sanitário durante todos
os dias e períodos de operação da unidade, que deverão registrar e controlar todas as
entradas e saídas de pessoas e veículos. Além disso, deverá manter a cerca de
isolamento da área, realizando pequenos reparos sempre que necessários, como
substituição de mourões, emendas e complementação de fios de arame partidos na
cerca.

VI.4.4.2 - Manutenção preventiva e corretiva do sistema de pesagem

O sistema de pesagem do Aterro Sanitário de Contagem é composto por 01 (uma)


balança rodoviária com plataforma de pesagem em concreto, capacidade de 60
(sessenta) toneladas, modelo PIT LESS, com 18 (dezoito) metros de comprimento por 03
(três) metros de largura, adaptada com 06 (seis) células de carga e placa balanceadora,
estrutura marca FILlZOLA, indicadores digitais (módulo de carga) marca FILlZOLA,
microcomputador, no-break e impressora.

Por este sistema são aferidas as pesagens cujas medições são usadas para medição dos
serviços de coleta de resíduos sólidos urbanos e operação do aterro sanitário e serve de
parâmetro de planejamento tanto da destinação final dos resíduos, quanto dos setores de
coleta. Além disso, as pesagens dos resíduos oriundos de grandes geradores são
utilizadas para a cobrança, pela SALU, dos serviços de destinação final.

Por ser um sistema de precisão, o INMETRO determina que a manutenção, a


conservação e a aferição dessa balança devem ser feitas por empresa especializada,
capacitada para tal e credenciada pelo órgão. A empresa deverá ser cadastrada e
credenciada pelo IPEM - Órgão da Rede Nacional de Meteorologia, conforme portaria
INMETRO 88/87 e a norma do IPEM 01/95. A executor deverá contratar empresa com
tais competências para a realização das manutenções preventivas e corretivas, inclusive
com aplicação de peças e mão-de-obra, às suas expensas.

A empresa executor realizará manutenção preventiva mensalmente em todos os


equipamentos mencionados e corretiva sempre que solicitada em caráter de urgência. Os
serviços de manutenção preventiva deverão ser realizados em dias e horários de menor
movimento no Aterro Sanitário para afetar o mínimo possível a rotina de pesagem dos
veículos. Em caso de manutenção corretiva, a empresa especializada contratada pelo

160
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
executor deverá atender a solicitação, enviando pessoal técnico em até 4 (quatro) horas
(dentro do horário de expediente), após o chamado via telefone.

Em caso de imobilização da unidade defeituosa, a empresa deverá informar a previsão


de liberação da mesma, com a respectiva justificativa técnica para análise da SALU.

O executor, através dos técnicos da empresa especializada executor para a


manutenção, deverá efetuar inspeção geral em todo o sistema de pesagem de forma a
planejar e executar a manutenção preventiva e corretiva continuamente dos
equipamentos, fornecendo ao final de cada mês, relatório detalhado das condições
técnicas e de serviços realizados.

Todos os custos dos serviços de manutenção, incluindo mão-de-obra e peças eletrônicas


e mecânicas, serão de responsabilidade da executor. Todos os materiais substituídos
deverão ser de qualidade igual ou superior ao original em especial, as peças metálicas.

Na manutenção eletrônica dos equipamentos, deverá estar inclusa a reposição de peças


necessárias ao funcionamento, tantas vezes quanto se fizer necessárias,
indiferentemente de desgaste dos equipamentos, quebras ou danos causados por
agentes externos da natureza.

Em caso de acidentes ocorridos por terceiros e que ocasionarem danos às plataformas,


caberá à executor promover a reposição das peças danificadas e emitir laudo técnico
destes danos à SALU. Caberá a executor providenciar, junto ao agente causador, seja
pessoa física ou jurídica, o ressarcimento referente aos danos causados, devendo o
pagamento ser feito pelo agente causador.

Todos os encargos com vistorias/verificação do INMETRO para aprovação de


funcionamento, programadas ou não, correrão e serão de total responsabilidade da
empresa executor, as quais ocorrerem 02 (duas) vezes no ano. O executor deverá
também arcar com eventuais penalidades/multas em caso de irregularidades detectadas
em vistorias do INMETRO e entregar a SALU o "CERTIFICADO DE AFERIÇÃO DE
BALANÇA" com seus anexos devidamente aprovados.

A empresa especializada executor para os serviços deverá fornecer a indicação de um


responsável técnico, que será a pessoa credenciada para resolver questões técnicas e
administrativas contratuais junto à executor e à SALU.

VI.4.4.3 - Pessoal (não inclui serviços especializados)


Encarregado geral, para coordenar da frente de operação, acompanhar da
execução de drenos de gases e de chorume, acompanhar os serviços de
compactação e cobertura dos resíduos, apontamento de horas de máquinas,
entre outros serviços inerentes a frente de operação, além de coordenar as
demais atividades de manutenção e operação;

161
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
Fiscal da portaria, para controle de acesso, fiscalização dos resíduos
transportados, em especial dos grandes geradores, fiscalização dos
transportadores da própria executor e de terceiros, entre outros serviços
inerentes;
Fiscal de serviços, para auxiliar a coordenação e acompanhar as atividades
externas a frente de operação realizada pela equipe de roçada, jardinagem,
limpeza e manutenção.
Ajudante de serviços gerais, que deverá indicar os locais de descarga dos
caminhões e realização das seguintes atividades junto aos tratores de esteira:
inclinação da lâmina, limpeza das máquinas, engate de cabos no trator para
descarga de caminhões com carroceria de madeira e desatolamento de
caminhões e máquinas;
Jardineiro, para serviços de manutenção e conservação das áreas ajardinadas,
como execução de podas de plantas ornamentais, plantio de mudas diversas,
produção de mudas e outros serviços inerentes à função;
Operador de roçadeira, para a manutenção dos gramados e taludes do maciço
de resíduos;
Gari/Rastelador, que deverá auxiliar o operador da roçadeira;
Garis, para serviços como construção e desobstrução de drenos de gases e de
chorume, instalação dos marcos de monitoramento de deslocamentos horizontais
e verticais, limpeza manual das áreas do aterro e vias internas, limpeza de
canaletas de drenagem pluvial, auxílio no monitoramento, espalhamento dos
resíduos provenientes da capina e roçada nos taludes do maciço, entre outros
serviços. Para esses trabalhadores, deverá ser verificado o pagamento de
insalubridade;
Servente/ copeiro, para os serviços de conservação e limpeza da área
administrativa;

VI.4.4.4 - Equipamentos de operação do aterro e estimativas de utilização

Escavadeira Hidráulica
 Descrição do Equipamento: Escavadeira Hidráulica sobre esteira, equipada com
motor de 6 cilindros em linha, turbo diesel de potência mínima de 135 HP; sistema
hidráulico composto de bomba de fluxo variável para sistema principal e bomba de
engrenagem, para sistema de piloto. Comando hidráulico de escavação através de
“Joystick”, e deslocamento através de duas alavancas independentes, dois motores
hidráulicos de translação, motor hidráulico de giro, freio incorporado, 04 (quatro)
cilindros hidráulicos de dupla ação. Profundidade de escavação máxima de no
mínimo 6.000 mm e lança mínima de 5.600mm, caçamba com capacidade de no
mínimo de 1,50m³, sapata com largura mínima de 600mm, esteiras reforçadas,
sistema descentralizados de lubrificação, cabine fechada, ano de fabricação apartir de
2005, em bom estado de conservação;

162
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
 Descrição dos Serviços: Esta máquina destina-se a execução dos serviços de
manutenção e operação do Aterro sanitário de Contagem/MG, compreendendo o
corte e carregamento de material para cobertura dos resíduos, em área de expansão
da plataforma do maciço dos resíduos e carregamento de caminhões basculantes de
12 m³.
 Horário de operação: A máquina deverá se apresentar no Aterro Sanitário, de 2ª à
sábado das 8:00h às 17:00h, com um intervalo de 01 (uma) hora, devidamente
abastecida e em perfeito estado de funcionamento e com o respectivo operador;
 Pessoal: Serão necessários 01 (um) operador de escavadeira hidráulica,
devidamente uniformizado e com os equipamentos de proteção individual – EPI's
necessários;
 Quantidade: Prevê-se a utilização mensal de (01) uma escavadeira, com 208 horas
(187 horas produtivas e 21 horas improdutivas).

Caminhão Basculante Capacidade – 12 m³

 Descrição do Equipamento: Caminhão basculante aberto com sistema de abertura


da báscula na face lateral, para evitar que materiais fiquem agarrados na tampa,
equipado com motor diesel de potência mínima de 162 HP, chassis PTB 16,8
toneladas, equipado com caçamba basculante com capacidade para 12 m³, ano
de fabricação apartir de 2005, em bom estado de conservação;
 Descrição dos Serviços: Estes veículos destinam-se a execução de serviços de
manutenção e operação do Aterro Sanitário, bem como transporte de material
existente na área do aterro para cobertura dos resíduos e manutenção das vias
internas de diversos locais até o Aterro (por exemplo, escória de indústrias
siderúrgicas existentes na região metropolitana de Belo Horizonte);
 Pessoal: Serão necessários 02 (dois) motoristas de caminhão, devidamente
uniformizados e com os equipamentos de proteção individual – EPI's necessários;
 Horário de operação: Estes veículos deverão se apresentar no Aterro Sanitário, de
segunda-feira à sábado, devidamente abastecido e em perfeito estado de
funcionamento e com o respectivo motorista;
 Prevê-se a utilização mensal de 02 (dois) caminhões, cada um com 208 horas
(187 horas produtivas e 21 horas improdutivas).

Trator de Esteira

 Descrição do Equipamento: Trator sobre esteira equipado com lâmina, com


potência líquida mínima no volante de 170 HP, peso operacional acima de 22.000
kg, dotado de cabine / capota tipo ROPS que permita a proteção do operador
contra sol e chuva, ano de fabricação a partir de 2005, em bom estado de
conservação;
 Prevê-se a utilização de 01 (um) Trator de Esteiras.

163
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
 Descrição dos Serviços: As máquinas destinam-se a execução de serviços de
operação do Aterro Sanitário de Contagem/MG.
 Pessoal: Serão necessários 01 (um) operador de Trator de esteira;
 Horário de operação: A máquina deverá se apresentar no Aterro Sanitário de 2ª a
sábado das 08h00min às 19h00min, com um intervalo de 01 (uma) hora.
 Prevê-se a utilização mensal do equipamento em 260 horas (255 horas produtivas
e 5 horas improdutivas) no Aterro Sanitário.
 O abastecimento dos tratores não poderá ocorrer no horário de pico da operação
do aterro sanitário, compreendido das 08h00min às 14h00min e após as
16h00min.

Trator de Esteira

 Descrição do Equipamento: Trator sobre esteira equipado com lâmina, com


potência líquida mínima no volante de 170 HP, peso operacional entre 15.000 a
22.000 kg, dotado de cabine / capota tipo ROPS que permita a proteção do
operador contra sol e chuva, ano de fabricação a partir de 2005, em bom estado
de conservação;
 Prevê-se a utilização de 02 (dois) Tratores de Esteiras, Descrição dos Serviços:
As máquinas destinam-se a execução de serviços de operação do Aterro Sanitário
de Contagem/MG.
 Pessoal: Serão necessários 02 (dois) operadores de Trator de esteira;
 Horário de operação: As máquinas deverão se apresentar no Aterro Sanitário de
2ª a sábado das 8:00h às 19:00h, com um intervalo de 01 (uma) hora.
 Prevê-se a utilização mensal de cada equipamento em 260 horas (255 horas
produtivas e 5 horas improdutivas) no Aterro Sanitário.
 O abastecimento dos tratores não poderá ocorrer no horário de pico da operação
do aterro sanitário, compreendido das 8:00h às 14:00h e após as 16:00h.

Rolo Compactador Vibratório, tipo Pé-de-Carneiro Auto Propulsor

 Descrição do Equipamento: Rolo Compactador tipo pé-de-carneiro pata longa,


auto propulsor com peso operacional acima de 12.000 kg, potência líquida mínima
de 76,5 HP, o equipamento deverá ser dotado de cabine / capota que permita
proteção do operador contra sol e chuva, ano de fabricação a partir de 2005 em
bom estado de conservação;
 Descrição dos Serviços: Esta máquina destina-se a execução e manutenção das
vias internas de acesso do Aterro Sanitário de Contagem/MG;
 Pessoal: Será necessário 01 (um) operador de Rolo Compactador, devidamente
uniformizado e com os equipamentos de proteção individual – EPI's necessário;
 Horário de operação: Esta máquina deverá se apresentar no Aterro Sanitário de

164
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
Contagem/MG, quando previamente solicitado, devidamente abastecido e em
perfeito estado de funcionamento e com o respectivo operador.
 Prevê-se a utilização mensal de 01 (um) equipamento em 16 horas (14 horas
produtivas e 2 horas improdutivas), conforme programação prévia.

Caminhão Pipa – 8.000 Litros

 Descrição do Equipamento: Caminhão médio ou semi-pesado, peso bruto total


mínimo de 23.000 kg, equipado com tanque de 8.000 litros, dotado de conjunto
caixa bomba, com alta pressão de 170 mca ou 250 psi, vazão mínima de 57
m³/hora, com barra irrigadora traseira tubular com comando de abertura
pneumático, com conjunto para alto carregamento por escova hidráulica, carretel
de mangote com mangueira Ø 1” e 25 m de extensão, mais esguicho, ano de
fabricação a partir de 2005, em bom estado de conservação;
 Descrição dos Serviços: Estes caminhões destinam-se a execução de serviços de
operação do Aterro Sanitário de Contagem/MG
 Pessoal: Serão necessários 02 (dois) motoristas, devidamente uniformizados e
com os equipamentos de proteção individual – EPI'S necessários.
 Horário de operação: Estes caminhões deverão se apresentar no Aterro Sanitário
de segunda-feira a sábado , com um intervalo de 01 (uma) hora.
 Prevê-se a utilização mensal de 02 caminhões pipa, com em 208 horas (187
horas produtivas e 21 horas improdutivas).

Motoniveladora

 Descrição do Equipamento: Motoniveladora com potência mínima liquida igual ou


superior a 120 HP, peso entre 11.000 e 15.000 kg, dotada de cabine / capota que
permita a proteção do operador contra sol e chuva, ano de fabricação a partir de
2005 em bom estado de conservação;
 Quantidade: Será efetuada a locação de 01 (uma) Motoniveladora;
 Descrição dos Serviços: Esta máquina destina-se a execução e manutenção de
vias internas de acesso ao Aterro Sanitário de Contagem/MG e das bermas e das
estruturas de drenagem pluvial do maciço de resíduos;
 Pessoal: Será necessário 01 (um) operador de Motoniveladora, devidamente
uniformizado e com os equipamentos de proteção individual – EPI's - necessários;
 Horário de operação: Esta máquina deverá se apresentar no Aterro Sanitário do
município de Contagem quando previamente solicitada, devidamente abastecida e
em perfeito estado de funcionamento e com o respectivo operador;
 Prevê-se a utilização mensal de 01 (uma) motoniveladora com 48 horas (42 horas
produtivas e 6 horas improdutivas), conforme programação prévia.

165
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
Retro escavadeira

 Descrição do Equipamento: Retro escavadeira com potência líquida mínima de 75


a 90 HP, dotada de cabine / capota tipo ROPS que permita a proteção do
operador contra sol e chuva, ano de fabricação a partir de 2005 em bom estado
de conservação;
 Quantidade: Será efetuada a locação de 01 (uma) Retro escavadeira;
 Descrição dos Serviços: Execução de serviços de manutenção e operação do
Aterro Sanitário;
 Pessoal: Será necessário 01 (um) operador de retro escavadeira, devidamente
uniformizados e com os equipamentos de proteção individual – EPI's necessários;
 Horário de operação: As máquinas deverão se apresentar no Aterro Sanitário, de
2ª à sábado, devidamente abastecida e em perfeito estado de funcionamento e
com o respectivo operador;
 Prevê-se a utilização mensal de 01 (uma) Retro escavadeira, com 208 horas (160
horas produtivas e 48 horas improdutivas).

VI.4.4.5 - Veículos e Equipamentos

Veículos automotores com os equipamentos adequados e necessários a cada tipo de


serviço foram dimensionados de forma a serem suficientes, em quantidade e qualidade,
para atender, de maneira adequada, a prestação dos serviços propostos.
A quantidade mínima de veículos e suas especificações técnicas constam do Anexo VI -
Relação do quantitativo mínimo de Veículos Automotores e Equipamentos necessários
para o início da execução dos serviços, não havendo previsão de reserva técnica,
devendo a executor deverá providenciar imediata substituição em caso de paralisação
para manutenções, de forma a não prejudicar o andamento dos serviços.
Os veículos disponíveis e necessários para a execução dos serviços relacionados no
Anexo VI - Relação do quantitativo mínimo de Veículos Automotores e equipamentos
necessários para o inicio da execução dos serviços deverão, obrigatoriamente, ter sido
fabricados a partir da data indicada no anexo VI, , mediante vistoria prévia da Prefeitura
de Contagem, através da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Urbanos – SEMOBS.
Durante o período contratual, os equipamentos, inclusive as unidades de reserva,
deverão ser mantidos com todos os seus componentes funcionando nas mesmas
condições iniciais especificadas, não obstante o desgaste normal por uso.
No decorrer do Contrato, cada um dos veículos e equipamentos utilizados para cada tipo
de serviços relacionados nos itens do Anexo VI – Relação do quantitativo mínimo de
Veículos Automotores e equipamentos necessários para o início da execução dos
serviços, não poderá ter idade superior a 10 (dez) anos.
Caso sejam observadas idades superiores às descriminadas no item anterior, a SALU
determinará a imediata exclusão do cadastro do veículo e/ou equipamento e suspensão
das atividades até que as irregularidades sejam sanadas.

166
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
O formulário do Relatório Diário de Serviços deverá ser fornecido pela executor em duas
vias numeradas que deverão ser preenchidos por todos os motoristas e operadores de
máquinas e assinadas pelo Supervisor dos serviços.
Caso os caminhões não atendam adequadamente o desenvolvimento dos serviços,
deverão ser substituídos por outros sem qualquer ônus para a SALU.
A executor deverá orientar seus funcionários quanto aos procedimentos internos do
Aterro Sanitário e se responsabilizar por quaisquer danos materiais a terceiros ou às
instalações e equipamentos de propriedade da Prefeitura Municipal de Contagem durante
a execução dos serviços.
Fica resguardado à SALU orientar motoristas e operadores, sobre o ponto de vista
disciplinar e/ou profissional, no andamento dos serviços;
A SALU poderá, a seu critério, solicitar à executor a execução dos serviços em horário
noturno, finais de semana ou feriados, se assim convier ao melhor andamento dos
trabalhos ou ao atendimento às demandas;
A executor deverá colocar à disposição todo tipo de sinalização necessária (placas de
advertência, cones de sinalização) de modo a garantir a segurança do pessoal nas
frentes de trabalho;
Deverá a executor manter a disposição da SALU para apoio à Fiscalização, quando e
enquanto exigido pela Supervisão, a partir da "1ª (primeira) Ordem de Serviço" até o
recebimento provisório dos serviços, 01 (um) veículo novo com no máximo 01 (hum) ano
de uso, de no mínimo 1000cc, que deverá ser licenciado, coberto com seguro total,
respondendo pela conservação e manutenção total,inclusive o fornecimento de
combustível de até 350 litros por mês para cada veículo. Durante paradas para
manutenção, a executor deverá disponibilizar outro veículo de apoio à Fiscalização. Os
veículos não serão objetos de medição, seus custos deverão estar incluídos no preço
composto e ofertado pela executor.

Cadastro dos veículos

A executor deverá providenciar o cadastramento prévio dos veículos e equipamentos


junto à SALU para o início da execução dos serviços, acompanhado do laudo de
inspeção veicular emitido por empresa especializada, mantendo-os atualizados para fins
de informação sempre que solicitado.

A executor deverá fornecer cadastro atualizado, mensalmente, à SALU dos veículos e


equipamentos a serem utilizados, com vistas à fiscalização quanto à idade dos veículos
que compõem a frota.

As alterações de veículos e/ou equipamentos no cadastro somente serão autorizadas


pela SALU, desde que atendidas todas as exigências acima descritas.

Identificação dos veículos

Os padrões de pintura incluindo aplicação de marca e cores, adesivos e identificação dos

167
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
veículos por tipo de serviço deverão seguir as normas definidas pela SALU, sendo os
custos integralmente de responsabilidade da executor, podendo a mesma propor projeto
a ser implantado nos veículos de coleta, alusivo às mensagens institucionais de
conscientização ambiental, que somente poderá ser implantado após a aprovação da
SALU.

A executor deverá colocar adesivo magnetizado com logotipo da Prefeitura de


Contagem, nos equipamentos e caminhões que ficarão a disposição da Contratante para
os serviços de operação e manutenção do aterro sanitário. Em hipótese alguma será
permitido o trânsito e/ou a execução de serviços pelos veículos e/ou equipamentos objeto
desta contratação, identificados com a logomarca da Prefeitura de Contagem, em
atividades diferentes daquelas designadas pela SALU.

Pátio de máquinas

A SALU irá disponibilizar pátio em área do Aterro Sanitário para os veículos e


equipamentos para a operação do Aterro Sanitário, sendo de total responsabilidade da
executor a guarda dos mesmos, inclusive pernoites, feriados e finais de semana.

A executor deverá manter, junto ao pátio de máquinas, um Auxiliar Administrativo e/ou


Apontador. Este profissional deverá executar o controle dos relatórios diários de serviços,
providenciar os serviços de manutenção dos equipamentos quando necessários.

O executor deverá disponibilizar um escritório para o seu funcionário junto ao pátio de


máquinas, que deverá ter local apropriado para a guarda de ferramentas, EPI’s e artigos
de uso pessoal dos motoristas e operadores de máquinas. A instalação e a manutenção
desse local serão de total responsabilidade da executor e deverão estar incluídos nos
preços unitários dos serviços.

Manutenções corretivas e preventivas

O executor deverá aplicar o Plano de Manutenção dos veículos e equipamentos


utilizados nos serviços contratados, baseado em: inspeções diárias; programa de
manutenção preventiva e corretiva; programa de serviços internos e externos; programa
de limpeza e reforma (lavagem, desinfecção e pintura periódica); programa de controle
dos itens de segurança (iluminação, pneus etc.) e programa de manutenção, limpeza e
reparos dos demais equipamentos. A SALU efetuará avaliações semestrais, ou quando
se fizer necessário, na frota do executor, buscando verificar as condições ideais de
funcionamento.

Todos os veículos e equipamentos utilizados nos serviços de Limpeza Urbana deverão


respeitar os limites estabelecidos por lei para fontes sonoras e emissão de gases e
demais normas reguladoras do tráfego de veículos.

Os serviços de manutenção corretiva, preventiva, lubrificações e abastecimentos


necessários serão de responsabilidade da executor. Não será apropriado o tempo em

168
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
que os caminhões e equipamentos estiverem à disposição dos serviços de manutenção,
lubrificação e/ou abastecimento, devendo estes serviços serem realizados antes ou após
a jornada de trabalho, ou durante o horário de almoço.

Todos os serviços de manutenção preventiva e corretivas não urgentes nos veículos e


equipamentos deverão ser programados com antecedência com os responsáveis pelos
serviços da SALU.

Em caso de paralisações dos equipamentos para manutenção por um prazo superior a


04 (quatro) horas, a executor deverá providenciar a imediata substituição do mesmo.

Em caso de defeitos mecânicos ou problemas com pneus apresentados pelos


equipamentos, a executor terá um prazo de 04 (quatro) horas para substitui-lo ou repará-
lo, a contar do horário de paralisação, Acima deste limite de horas será cobrada multa
equivalente ao valor da tonelada pelo número total de horas de paralisação.

O abastecimento e a manutenção, inclusive peças e serviços, de todas as máquinas,


equipamentos e veículos locados correm por conta da empresa EXECUTORA.

169
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
Relação do quantitativo mínimo de Veículos Automotores e Equipamentos
necessários para o início da execução dos serviços conforme Tabela 31

Quant. Mensal de
horas previstas
tem Serviços Veículos Automotores e Equipamentos Quant.
para cada
Prod. Improd.
Escavadeira Hidráulica sobre esteria,
equipada com motor de 6 cilindros em linha,
turbo diesel de potência mínima de 135 HP;
sistema hidráulico composto de bomba de
fluxo variável para sistema principal e bomba
de engrenagem, para sistema de piloto.
Comando hidráulico de escavação através de
“Joystick”, e deslocamento através de duas
alavancas independentes, dois motores
hidráulicos de translação, motor hidráulico de 01 187,00 21,00
Operacionalização
giro, freio incorporado, 04 (quatro) cilindros
1 , Manutenção e
hidráulicos de dupla ação. Profundidade de
Monitoramento do
escação máxima de no mínimo 6.000 mm e
Aterro Sanitário
lança mínima de 5.600mm, caçamba com
capacidade de no mínimo de 1,50m³, sapata
com largura mínima de 600mm, esteiras
reforçadas, sistema descentralizados de
lubrificação, cabine fechada, ano de
2 Serviços fabricação a partir de 2005, em bom estado
complementares de conservação;
Caminhão basculante aberto com sistema de
abertura da báscula na face lateral, para
evitar que materiais fiquem agarrados na
tampa, equipado com motor diesel de
potência mínima de 162 HP, chassis PTB 16,8 02 187,00 21,00
toneladas, equipado com caçamba
basculante com capacidade para 12 m³. ano
de fabricação a partir de 2005, em bom
estado de conservação;

170
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
Relação do quantitativo mínimo de Veículos Automotores e Equipamentos
necessários para o início da execução dos serviços – Tabela 32
Quant. Mensal de
Quant. de horas previstas
Item Serviços Veículos Automotores e Equipamentos para cada
máquinas Prod. Improd
.
Trator sobre esteira equipado com lâmina,
com potência líquida mínima no volante de
170 HP, peso operacional acima de 22.000
kg, dotado de cabine / capota tipo ROPS, 01 255,00 5,00
fechada, que permita a proteção do
operador contra sol e chuva, ano de
fabricação a partir de 2005, em bom estado
de conservação;
Trator sobre esteira equipado com lâmina,
com potência líquida mínima no volante de
170 HP, peso operacional entre 15000 e
22.000 kg, dotado de cabine / capota tipo 02 255,00 5,00
ROPS, fechada, que permita a proteção do
Operacionalização, operador contra sol e chuva, ano de
1 Manutenção e fabricação a partir de 2005, em bom estado
Monitoramento do de conservação;
Aterro Sanitário Caminhão médio ou semi-pesado, peso
bruto total mínimo de 23.000 kg, equipado
com tanque de 8.000 litros, dotado de
conjunto caixa bomba, com alta pressão de
170 mca ou 250 psi, vazão mínima de 57
2 m³/hora, com barra irrigadora traseira
Serviços tubular com comando de abertura 02 187,00 21,00
complementares pneumático, com conjunto para alto
carregamento por escova hidráulica,
carretel de mangote com mangueira Ø 1” e
25 m de extensão, mais esguicho. ano de
fabricação a partir de 2005, em bom estado
de conservação;
Rolo Compactador tipo pé-de-carneiro pata
longa, auto propulsor com peso operacional
acima de 12.000 kg, potência líquida
mínima de 76,5 HP, o equipamento deverá
ser dotado de cabine / capota que permita 01 14,00 2,00
proteção do operador contra sol e chuva,
ano de fabricação a partir de 2005, em bom
estado de conservação;

171
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
Retroescavadeira com potência líquida
mínima de 75 a 90 HP, dotada de cabine /
capota tipo ROPS que permita a proteção 1
do operador contra sol e chuva, ano de 160,00 48,00
fabricação a partir de 2005, em bom estado
Motoniveladora
de conservação; com potência mínima
liquida igual ou superior a 120 HP, peso
entre 11.000 e 15.000 kg, dotada de cabine
/ capota que permita a proteção do 01 42,00 6,00
operador contra sol e chuva, ano de
fabricação a partir de 2005, em bom estado
de conservação;

VI.4.5 - Pessoal

Competirá à executor a admissão de gerentes, motoristas, técnicos, encarregados,


fiscais, agentes de limpeza e demais funções necessárias ao desempenho dos serviços
contratados, correndo por conta desta todos os encargos necessários e demais
exigências das leis trabalhistas, previdenciárias, fiscais e outras de qualquer natureza.

O executor deverá manter em horário integral, no mínimo, 01 (um) Engenheiro(a),


responsável técnico pelos serviços, 01 (um) encarregado geral e 02 (dois) fiscais, pessoal
administrativo, além de 01 (um) profissional de nível superior para a execução de ações
de mobilização social e educação para a limpeza urbana elaborados pela SALU. A
equipe de engenheiro e encarregado geral deverá ter a sua disposição pelo menos 01
(um) veículo, 01 (uma) caminhonete. A seleção do profissional para a mobilização social
será realizada pela SALU. Seus custos, bem como os custos dos demais integrantes da
equipe de gerência e pessoal administrativo, deverão estar incluídos no preço composto
e ofertado pela executor.

O executor deverá apresentar, como requisito para a emissão da Ordem de Serviço, um


organograma da equipe, informando sobre os seus componentes, explicitando as funções
e responsabilidades, grau de autonomia para a tomada de decisões, formas de contatos
com esses elementos (telefone, fax, e outros), vinculando essa equipe a estrutura
hierárquica da empresa. Esse organograma deverá ser representado graficamente.

O executor deverá manter pessoal reserva para suprir falta de funcionários por qualquer
motivo, assegurando que todas as equipes estejam completas durante a execução dos
serviços.

Só poderão ser mantidos em serviços os funcionários atenciosos e educados no


tratamento dado ao munícipe, bem como cuidadosos com o bem público.

A fiscalização poderá determinar o afastamento imediato de todo funcionário cuja


conduta seja prejudicial ao bom andamento do serviço. Se o afastamento der origem à

172
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
ação judicial, a Contratante estará isenta de qualquer ônus decorrente da determinação
quanto do afastamento.

Durante a execução dos serviços, é absolutamente vedada aos funcionários da executor


a execução de outras tarefas não especificadas no objeto contratual.

Será terminantemente proibido aos funcionários da executor fazer catação ou triagem


entre os resíduos proveniente de qualquer que seja o serviço executado para benefício
próprio ou de terceiros.

É proibida a ingestão de bebidas alcoólicas ou drogas, a solicitação de gratificações e


donativos de qualquer espécie, sob qualquer circunstância de qualquer funcionário da
executor.

Todos os funcionários da executor deverão apresentar-se nos locais e no horário de


trabalho portando a identidade funcional, sempre uniformizado e devidamente asseado,
com vestimenta e calçados adequados, bonés, capas protetoras e demais equipamentos
de segurança, quando a situação os exigir, estando sempre em conformidade com as
Legislações e Normas Regulamentadoras do Ministério do Trabalho.

Caberá à executor apresentar, nos locais e no horário de trabalho, o veículo e


equipamentos necessários e suficientes para a realização dos serviços.

A SALU fornecerá o modelo detalhado dos uniformes a serem utilizados por todos os
funcionários em conformidade com os serviços constantes no objeto contratual.

O executor deverá, já no início dos serviços, treinar todo o seu pessoal da área
operacional, através da realização de cursos de capacitação técnica e gerencial de forma
a garantir o perfeito desempenho e segurança dos seus empregados na realização dos
serviços.

O executor deverá efetuar um programa de capacitação para atender, anualmente, 100%


(cem por cento) dos seus funcionários.

O programa de capacitação deverá abordar, no mínimo, os seguintes temas:

 Gerenciamento dos Sistemas de Limpeza Urbana;


 Cidadania e Meio Ambiente;
 Qualidade no atendimento;
 Importância dos Equipamentos de Proteção Individual - EPI’s, e Equipamentos de
Proteção Coletiva - EPC’s.

A executor deverá implementar ações de Saúde do Trabalhador:

 A executor deverá implementar um Programa de Atendimento à Saúde do


Trabalhador, bem como ações educativas e preventivas em saúde, tais como:

173
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
palestras, vacinação, verificação de pressão, entre outras.

 A executor deverá identificar o índice de funcionários com problemas vinculados


à dependência química (alcoolismo e drogas) e acompanhar o seu tratamento
caso a caso.

A SALU desenvolve o Programa de Valorização dos Agentes de Limpeza Urbana, com o


principal objetivo de integrá-los aos programas sociais desenvolvidos no município e
melhorar sua qualificação profissional. A criação de projetos para a composição desse
programa envolve diversas áreas, como a técnica-operacional, a educação, a saúde, a
cultura, o esporte, a habitação, a mobilização e o serviço social. Deste modo, torna-se
necessário o desenvolvimento de trabalhos inter-setoriais com os órgãos municipais e de
outras esferas, conforme as demandas apresentadas. A executor deverá ser parceira na
implementação do Programa através de apoio técnico, divulgação e mobilização para as
atividades desenvolvidas e auxílio nos eventos promovidos.

VI.4.6 - Edificações e Instalações

A executor na época da execução dos serviços utilizará duas salas, sanitário, copa e
guarita existentes nas dependências da área administrativa para a equipe de
coordenação e administração e pátio de estacionamento do aterro sanitário. A
executor deverá manter em perfeito estado de conservação as instalações e ainda
adequar espaços no pátio de estacionamento ao número de empregados como
vestiários, refeitório, salas de treinamento, dentre outros, seguindo rigorosamente
os critérios estabelecidos pela Legislação Trabalhista vigente, quanto à
segurança, salubridade e conforto dos trabalhadores;
• Local e limpeza dos veículos e equipamentos, seguindo rigorosamente as
exigências da Legislação vigente quanto às normas de proteção ao meio
ambiente;
• Almoxarifado e adendos, providos de ferramentas, estoque de componentes e
peças.
Os investimentos eventualmente realizados pela executor na melhoria das instalações
serão incorporados ao patrimônio da Prefeitura Municipal de Contagem ao final do
contrato.
A executor deverá manter todas as edificações e instalações do aterro sanitário, como
materiais de consumo em geral (de escritório, copa e limpeza) e materiais de informática,
correndo por sua conta as despesas necessárias para o adequado funcionamento.

VI.4.7 - Pesagem e Destino Final

O controle quantitativo dos resíduos recebidos no aterro sanitário é de responsabilidade


da SALU através da Diretoria de manejo e destinação final de resíduos sólidos urbanos.

Todos os veículos carregados serão pesados na entrada e saída, obrigatoriamente, na


balança do Aterro Sanitário. No caso de impedimento desta balança, a SALU poderá
determinar outros locais para a realização das pesagens.

174
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
VI.4.8 - Fiscalização

A fiscalização do fiel cumprimento do contrato caberá, unicamente, à SALU ou pessoas e


empresas por ela indicados ou contratados para esta finalidade, que atuará diária e
rotineiramente durante a execução dos serviços, quando serão acompanhados os
serviços executados, bem como a qualidade da execução. As medições mensais
somente serão liberadas após a verificação completa de todos os serviços e quantitativos
executados.

O executor se obriga a permitir ao pessoal da fiscalização livre acesso a todas as suas


dependências, possibilitando o exame das instalações e também das anotações relativas
aos equipamentos, registro de pessoal e todos os materiais referentes aos serviços
contratados.

O executor deverá cooperar quanto à observância dos dispositivos referentes à higiene


pública, informando a fiscalização sobre casos de infrações previstas na Lei Municipal nº
2627/94, notadamente sobre os casos de descargas irregulares de resíduos.

A equipe de fiscalização irá aferir diariamente os quantitativos dos serviços realizados


pelo executor juntamente com o representante da mesma.

Sempre que necessário, a SALU irá comunicar verbalmente e por escrito à executor dos
problemas identificados durante a realização dos serviços. As comunicações por escrito
deverão ser protocoladas pelo representante ou encarregado do executor, que deverá
corrigir imediatamente os problemas identificados e comunicar as medidas tomadas no
prazo máximo de 48 horas. Caso os problemas identificados não sejam corrigidos ou as
medidas implantadas forem insuficientes, o executor estará sujeita às penalidades
previstas no Contrato.

VI.4.9 - Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s e Ferramentas Necessárias

Estão listados no Anexo VIII a lista de EPI’s e o consumo estimado dos equipamentos de
proteção para cada tipo de serviço. Ressalta-se que essa relação é uma estimativa e,
portanto, não exime a executor de manter o fornecimento em quantidade e qualidade
adequados dos Equipamentos de Proteção Individual a todos os funcionários durante
toda a vigência do Contrato, independentemente dos itens e quantitativos listados no
referido anexo, bem como implantar outros Equipamentos que a área de Segurança do
Trabalho da executor julgar necessários. A Contatada deverá disponibilizar para todos os
funcionários bloqueador solar, fator de proteção mínimo nº. 30 para raios UVA e UVB, em
quantidade necessária. O uniforme para as equipes que realizarão trabalhos durante o
período noturno e em locais com elevado risco de acidentes deverá incluir faixas
refletivas para aumentar a visibilidade do agente de limpeza presente nas vias públicas.

Especificações de Equipamentos de Proteção Individual - EPI’s para os agentes de


limpeza que atuarão na execução dos serviços relacionados no Anexo VII - Relação do
quantitativo mínimo de pessoal necessário para o início da execução dos serviços:

175
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
 Camisa de brim, tipo sol a sol ou similar, manga curta ou similar modelo e cor a
serem definidos pela SALU, com as marcas da Prefeitura de Contagem e da
empresa.

 Jaqueta de brim, tipo sol a sol ou similar manga longa para o inverno modelo e cor
a serem definidos pela SALU, com as marcas da Prefeitura de Contagem e da
empresa.

 Calça de brim, tipo sol a sol ou similar, com elástico e cordão de algodão, modelo
e cor a serem definidos pela SALU, com as marcas da Prefeitura de Contagem e
da empresa.

 Boné de brim, tipo sol a sol ou similar, com abas tipo touca árabe, modelo e cor a
serem definidos pela SALU, com as marcas da Prefeitura de Contagem e da
empresa.

 Capa contra chuva em plástico na cor amarela, sem mangas, tipo morcego, com
as marcas da Prefeitura de Contagem e da empresa.

 Luvas tipo cano curto, confeccionada em vaqueta de boa qualidade com 1 mm de


espessura, palma e dorso em vaqueta macia com forchetas, reforço interno,
inteiriço na palma, tira de reforço entre o polegar e o indicador, em vaqueta,
elástico no dorso, costurado internamente próximo ao punho, com 3 cm de
largura, certificado de aprovação expedido pelo Ministério do Trabalho e nome do
fabricante gravado em baixo-relevo, totalmente costurado em linha de nylon. Não
serão aceitas as impressões em forma de carimbo, marcadas a tinta em etiquetas
ou similares.

 Luvas tipo cano longo, confeccionadas em raspa e vaqueta de boa qualidade,


com 2 mm de espessura, certificado de aprovação expedido pelo Ministério do
Trabalho e nome do fabricante gravados de forma indelével em ambas as mãos.
Palmas e dorso totalmente em vaqueta macia, com forcheta modelo tipo
petroleiro, reforço interno, inteiriço, palma e dedos mínimo, anular e indicador, em
raspa de pequena espessura (para facilitar o movimento das mãos), fixado por
costura pespontada. Reforço interno no polegar em raspa de pequena espessura,
fixado por costura pespontada. Elástico interno no dorso, próximo ao punho, com
2 cm de largura. Forquilha na base do polegar, em vaqueta, cano em raspa, com
20 cm (vinte centímetros) de comprimento, costurado em imaso lateral, com
proteção para a veia do pulso (meia lua) externa em raspa, fixada por costura
dupla. As luvas deverão proporcionar ótima flexibilidade maleabilidade, resistência
e apresentar excelente acabamento. Todas as costuras deverão ser em linha de
nylon.

 Botas de borracha confeccionadas em borracha ou PVC, de cor preta, cano de 35


cm com 1 cm de tolerância, forrada internamente com algodão, solado e saltos
estriados.

176
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
 Luva de cano longo em PVC corrugada e forrada em 100% (cem por cento)
algodão.

 Máscara para poeira tóxica e odores de vapores orgânicos, com válvula de


exalação modelo moldex metric ou similar.

Relação do Consumo Estimado de Equipamentos de proteção Individual (EPI’s)


Tabela 33
Quantida
Quantidade
de total
Descrição do Categoria de EPI por
Item Quant EPI de EPI
serviço profissional servidor para
para 12
12 meses
meses
Calça de brim 03 03
Camisa de 03 03
Encarregado brim
Jaqueta de 01 01
01 Botina
brim 02 02
geral
Capa para 01 01
chuva
Boné 01 01
Calça de brim 03 06
Camisa de 03 06
Fiscais 02 brim
Jaqueta de 01 02
Operacionalizaçã, brim
Botina 02 04
1 Manutenção e Capa para 01 02
Monitoramento do chuva
Boné 01 02
Aterro Sanitário Calça de brim 04 32
Camisa de 04 32
Jaqueta
brim de 01 08
brim
Garis
Botina 04 32
(observar
2 Serviços 08
insalubridade Capa para 01 08
complementares ) chuva
Boné 04 32
Máscara 312 2.496
Luvas de cano 12 96
curto
Calça de brim 04 04
Camisa de
Servente 01 04 04
brim
Jaqueta de 01 01
brim

177
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
Sapato de 04 04
amarrar
Boné 04 04
Capa para 01 01
chuva
Luva PVC 24 24
cano longo
Calça de brim 04 16
Camisa de
04 16
brim
Jaqueta de
01 04
brim
Porteiro 04
Sapato de
04 16
amarrar
Capa para
01 04
chuva
Boné 04 16
Calça de brim 04 04
Camisa de
04 04
brim
Jaqueta de 01 01
brim
Jardineiro 01 Botina 04 04
Capa para
01 01
chuva
Boné 04 04
Luvas cano
12 12
curto

178
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
Relação do Consumo Estimado de Equipamentos de proteção Individual (EPI’s)
Tabela 34
Quantidad
e de EPI Quantidad
Descrição do Categoria por e total de
Item Quant EPI
serviço profissional servidor EPI para
para 12 12 meses
meses
Calça de brim 04 04
Camisa de brim
04 04
manga longa

Botina 04 04
Capa para 01 01
Operador de
01 chuva
Roçadeira
Boné 04 04
Viseira 04 04
Perneira 04 04
Luvas de cano 12 12
curto
Operacionalizaçã
Calça de brim 04 04
o, Manutenção e
1 Monitoramento Camisa de brim 04 04
do Aterro
Jaqueta de brim 01 01
Sanitário
Botina 04 04
Rastelador 01
Capa para 01 01
chuva
Boné 04 04
2
Serviços Luvas cano 12 12
complementares curto
Calça de brim 04 04
Camisa de brim 04 04
Jaqueta de brim 01 01
Botina 04 04
Ajudante 01 Capa para 01 01
chuva
Boné 04 04
Luvas cano
12 12
curto
Calça de brim 03 21
Operadores 07
Camisa de brim 03 21

179
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
Jaqueta de brim 01 07
Botina 02 14
Capa para
01 07
chuva
Boné 01 07
Luvas cano 24 168
Calça
curto de brim 03 12
Camisa de brim 03 12
Jaqueta de brim 01 04
Motoristas 04
Botina 02 08
Capa para 01 04
chuva
Boné 01 04

180
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
Relação do consumo estimado de Ferramental e Materiais para o período de 12
meses – Tabela 35
Vida
Quantidade Quantidade Quantidade
Item Descrição dos serviços Material (*) útil
de equipes por equipe total
(dias)
Enxada 30 10 120
Pá 90 10 40
Rastelo de Grama 30 05 60
Carrinho de Mão 150 02 05
Foice 180 02 04
Garfo 60 02 12
Rastelo 60 05 30
Operacionalização,
Convencional
Lima 15 01 24
1 Manutenção e
Monitoramento do Aterro Mareta de 1 kg 365 01 01
Sanitário Facão 180 02 04
Cone h=75cm 30 10 120
01 Vassouras 15 02 48
Lona plástica
preta, 150 micras, 60 04 24
rolo 8,00x100m
2 Serviços Picaretas 180 02 04
complementares Talhadeira 365 02 02
Torque Armador
365 02 02
(turquesa)
Ponteiro 365 02 02
hexagonal
Cavadeira 365 02 02
articulada
Garrafas térmicas
180 05 10
5 litros

181
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
VI.5 - Preços e Medição dos Serviços

O valor das medições será obtido mediante aplicação dos preços unitários constantes
das planilhas de orçamento, Anexo XII - Modelo de planilha de orçamento proposta. que
integrarão o contrato, contendo as quantidades efetivamente executadas e aprovadas
pela SALU.

Somente serão medidos e pagos os serviços efetivamente executados, de acordo com as


especificações técnicas contratuais previstas neste Edital.

Preços Unitários são os valores correspondentes à realização de uma unidade de um


determinado serviço. Todos os preços unitários deverão conter em sua composição as
despesas relativas a:

 Fornecimento, carga, transporte, descarga, manuseio, armazenagem, proteção e


guarda dos materiais de consumo, tais como: combustíveis, graxas, lubrificantes,
pneus, câmaras, filtros, sabão em pó, desinfetantes, detergentes, impressos,
softwares e demais materiais de uso geral, necessários às atividades
relacionadas ao planejamento.

 Mobilização e desmobilização, uniformes nos padrões determinados pela


Prefeitura, transporte, alimentação, equipamentos de proteção individual e
quaisquer outros necessários à segurança pessoal e/ou execução dos serviços.

 Fornecimento, operação e manutenção de todos os veículos e equipamentos


utilizados pela executor e necessários à execução dos serviços objeto do
contrato.

 Fornecimento, operação e manutenção de todas as ferramentas necessárias à


execução adequada dos serviços objeto do contrato, tais como vassouras, pás,
contêineres, garfos, escovas, Equipamentos de Proteção Individual – EPI’s e
Equipamentos de Proteção Coletiva – EPC’s.

 Disponibilização, utilização e manutenção de todas as instalações necessárias


para o cumprimento do objeto contratual, em consonância com o disposto no
edital de concorrência e nas especificações técnicas.

 Salários, encargos sociais e administrativos, benefícios, impostos e taxas,


amortizações, licenciamentos, inclusive os ambientais, seguros, despesas
financeiras de capital e de administração, depreciação, capital de giro, lucro e
quaisquer outros relativos a benefícios e despesas diretas ou indiretas.

Todas as medições serão realizadas mensalmente, considerando-se os serviços


executados no período compreendido entre o primeiro e o último dia de cada mês,
exceto a primeira, que será realizada a partir da assinatura da Ordem de Serviço
inicial e a final, que será realizada quando do encerramento do contrato.

182
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
As medições deverão ser realizadas pela executor e conferidas e aprovadas pela SALU,
até o 10º (décimo) dia útil subseqüente ao período de abrangência da medição
considerada.

O executor enviará, mensalmente, à SALU, requerimento da medição em modelo


apropriado além dos relatórios e mapas, onde constem os serviços efetivamente
realizados e devidamente atestados pelo mesmo, para fins de pagamento.

Depois de verificada a medição e todas as providências necessárias, a SALU


providenciará o envio de toda documentação pertinente ao setor responsável da
SEMOBS para fins de pagamento.

Caberá à SALU, a seu critério, determinar o formulário padrão das medições resultantes
da execução dos serviços objeto do contrato, sendo estes, compostos por planilhas com
a descrição dos serviços. Os formulários supra citados (planilhas e gráficos deverão ser
entregues, pela executor, devidamente preenchida na forma impressa).

Mensalmente, a SALU encaminhará à executor, até o 5º (quinto) dia útil subseqüente ao


período de abrangência da medição considerada, o relatório dos sistemas de pesagem,
onde se totaliza todas as operações de pesagens realizadas pela SALU dos resíduos
recolhidos e transportados.

Na hipótese de impedimento temporário do uso de balança, por caso fortuito ou de força


maior, a SALU poderá determinar outras balanças para a realização das pesagens ou
apurar o peso diário coletado por estimativa, considerando-se o setor de coleta que
originou o resíduo, mediante a média dos pesos registrados pelo Sistema de Pesagem
nos mesmos dias da semana, das últimas quatro semanas que antecederem à
interrupção de funcionamento da balança.

183
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
VII – INDICADORES DE DESEMPENHO OPERACIONAL E AMBIENTAL DOS SERVIÇOS
PÚBLICOS DE LIMPEZA URBANA E DE MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

A Secretaria Municipal Adjunta de Limpeza Urbana já trabalha atualmente com um Sistema de


Gestão da Qualidade voltado a padronizar e medir a eficiência dos processos desenvolvidos
pelas diretorias e gerências do órgão. Este sistema é baseado na norma ISO 9001 e é
composto por documentos, registros e indicadores. Os documentos elaborados pela SALU
para cada diretoria são chamados de POP1, os registros são chamados de RSG2 e os
indicadores são chamados de IG3 sendo que cada um deles possui uma numeração que
acompanha sua denominação facilitando sua indexação e consulta.
No momento atual existem POP’s, RSG’s e IG’s divididos por setor da secretaria de acordo
com os serviços que cabem a cada diretoria segundo suas atribuições. O número divergente
de POP’s, RSG’s e IG’s advêm do fato de um mesmo POP poder gerar mais de um RSG ou IG.
O acompanhamento dos componentes do sistema de gestão é realizado pela SALU, através da
Coordenadoria de Operações.

As tabelas dispõem sobre todos os componentes do sistema de gestão e as informações a eles


relacionadas.

Tabela: 36

INDICADORES DE GESTÃO SALU


Diretoria Denominação Referência
Controle de Irregularidades no Acesso ao
IG POP SALU 022
Aterro Sanitário

Quantidade de Resíduos Descartados de


IG POP SALU 024 A
Empresas Particulares

Quantidade de Resíduos Domiciliares


IG POP SALU 024 B
Descartados (Compactadores)

Quantidade de Resíduo de Serviço de


IG POP SALU 024 C
Saúde Descartado
IMARS ¹
Quantidade de Resíduos de Caçambas
IG POP SALU 024 D
Domiciliares Descartados

Quantidade de Resíduos Descartados


IG POP SALU 024 E
pelo Serviço de Remoção Manual

Quantidade de Entulhos Descartados


IG POP SALU 024 F
URPV's

Quantidade de Resíduos Descartados


IG POP SALU 024 G
pelo Serviço de Varrição

1
Procedimento Operacional Padrão
2
Registro de Sistema de Gestão
3
Indicador de Gestão
Quantidade de Resíduos Descartados
IG POP SALU 024 H
pelo Serviço de Remoção Manual

Total de Resíduos Descartados no Aterro


IG POP SALU 024 I
Sanitário

IG POP SALU 025 Eficiência na Utilização da Balança

Tempo Médio Cadastro de Empresa para


IG POP SALU 010
Descarte no Aterro de Inertes

Percentual de Empresas Habilitadas ao


IG POP SALU 011
Descarte segundo PGRS³

Tempo Médio Cadastro de Empresa para


IG POP SALU 011 B Descarte de Resíduo de Característica
Domiciliar no Aterro Sanitário

DIPLANCO ² Tempo Médio Cadastro de Empresa para


IG POP SALU 011 C
Descarte de RSS no Aterro Sanitário

Média Diária de Tickets de Empresas


IG POP SALU 013 A
Particulares (Emitidos e Recebidos)

Média Diária de Tickets de Obras


IG POP SALU 013 B
Públicas

IG POP SALU 016 Tempo Médio de Aprovação de Projetos

Quantidade de Autos de Fiscalização


IG POP SALU 004 A Emitidos para Prestadora de Serviços de
Coleta Porta a Porta

Quantidade de Autos de Fiscalização


IG POP SALU 004 B Emitidos para Prestadora de Serviços de
Coleta de Resíduos nas URPV's

Controle de Reclamações / Solicitações


IG POP SALU 005
Recebidas x Atendidas
4
DICORSU
Quantidade de Lixeiras Comunitárias
IG POP SALU 007
Instaladas

Quantidade de Pneus Inservíveis no


IG POP SALU 008
ECOPONTO

Média da Quantidade de Resíduos


IG POP SALU 009
Coletados em Mutirões da Dengue
Mobilizaç
ão Social

5 Atendimento as Reclamações e
DIPROES IG POP SALU 015 A
Solicitações - Abordagens Porta a Porta

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


185
Acompanhamento da Realização de
IG POP SALU 015 B
Serviços

Controle de Atendimento Mensal de


IG POP SALU 015 C
Solicitações e Retornos

IG POP SALU 015 D Distribuição de Material Educativo

IG POP SALU 015 E Participação em Eventos

Abordagens durante Realização de


IG POP SALU 015 F
Palestras e Reuniões Externas

Controle Mensal de Implantação da


IG POP SALU 027 A
Coleta Seletiva em Prédios Públicos
Controle Mensal de Recolhimento de
IG POP SALU 027 B Materiais Recicláveis em Prédios
Públicos
Controle Mensal de Implantação da
IG POP SALU 030 A
Coleta Seletiva em Escolas

Controle Mensal de Recolhimento de


IG POP SALU 030 B
Materiais Recicláveis em Escolas

Controle Mensal de Implantação da


IG POP SALU 031 A Coleta Seletiva em Conjuntos
Habitacionais

Controle Mensal do Recolhimento de


IG POP SALU 031 B Materiais Recicláveis em Conjuntos
Coleta Seletiva

Habitacionais

Controle Mensal de Implantação da


IG POP SALU 032 A Coleta Seletiva em Centros e Corredores
Comerciais

Controle Mensal de Recolhimento de


IG POP SALU 032 B Materiais Recicláveis em Centros e
Corredores Comerciais

Controle Mensal de Implantação de


IG POP SALU 033 A Coleta Seletiva para Geradores
Comerciais e Industriais

Controle Mensal de Recolhimento de


IG POP SALU 033 B Materiais Recicláveis de Geradores
Comerciais e Industriais

Controle de Implantação de Coleta


IG POP SALU 034 A
Seletiva em Setores Porta a Porta

Controle de Recolhimento de Materiais


IG POP SALU 034 B
Recicláveis em Setores Porta a Porta

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


186
Número de Eventos Previstos x Número
IG POP SALU 026 A
de Eventos Realizados

Valorização do Servidor
Número de Participantes Previstos em
IG POP SALU 026 B
Curso de Capacitação de Catadores

Número de Participantes Previstos em


IG POP SALU 026 C
Atividades x Presentes

Média de Participantes nas Atividades de


IG POP SALU 026 D Planejamento do Galpão de Triagem e
Palestras
1
Diretoria de Destinação e Manejo de Resíduos Sólidos
2
Diretoria de Planejamento e Controle Operacional
3
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos - em acordo com Lei Federal 11.445/2007
4
Diretoria de Coleta de Resíduos Sólidos Urbanos
5
Diretoria de Projetos Especiais
Fonte: Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana

Os componentes do sistema de gestão são baseados em necessidades existentes atualmente


e, assim como todos os itens do PGIRSU, podem variar com o tempo de acordo com novos
serviços ou necessidades que se apresentem no contexto momentâneo.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


187
VIII – REGRAS PARA TRANSPORTE E OUTRAS ETAPAS DO GERENCIAMENTO DE
RESÍDUOS SÓLIDOS

Todo o processo de gerenciamento de resíduos sólidos, ou seja, cada etapa do manejo destes
deverá observar todo o arcabouço de legislação, regulamentos de órgãos deliberativos e
reguladores governamentais e normas técnicas em vigor. Logo, ao elaborar ou revisar planos
de gerenciamento de resíduos sólidos é importante que o profissional habilitado esteja ciente e
de posse destas referências legislativas e técnico-normativas relativas às características dos
geradores e dos resíduos que forem objeto do plano de gerenciamento em questão.
O processo de gerenciamento de resíduos sólidos pode ser dividido nas seguintes etapas de
manejo: geração, caracterização, acondicionamento, coleta e transporte, destinação,
tratamento ou disposição final.
Durante qualquer processo de manejo, conforme disposto pela PNRS, é importante que se
tenha em mente um entendimento relativo ao gerenciamento de resíduos baseado nos 3R’s,
conforme citado no capítulo V deste PGIRS, para que se alcancem os melhores resultados
ambientais.

VIII. 1 - Regras Relativas ao Transporte de Resíduos Sólidos e Resíduos Sólidos


Perigosos
As regras gerais a serem observadas para o transporte de resíduos sólidos classes II A e B,
são aquelas contidas na norma ABNT NBR 13221 / 2010.
Ao tratar especificamente da etapa de transporte dos resíduos sólidos perigosos deve ser
observada a Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Plano Nacional de Resíduos Sólidos.
As outras principais referências nesta etapa do gerenciamento são: o Regulamento do
Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos, aprovado pelo Decreto Federal 96.044/1988, o
Regulamento do Transporte Ferroviário de Produtos Perigosos aprovado pelo Decreto Federal
98.973/1990, incluindo as orientações contidas no Anexo ―Instruções Complementares ao
Regulamento do Transporte Terrestre de Produtos Perigosos que teve sua última alteração na
Portaria MT 204/1997 expedida pelo Ministério dos Transportes. Estes regulamentos e
instruções devem ser observados pois se referem aos resíduos sólidos e à diversas
substâncias perigosas que podem vir a resultar de algum processo de produção dos geradores.
Existe ainda a resolução CONAMA Nº 001-A/1986 que trata do tema do transporte
de resíduos sólidos e deverá ser considerada.
As empresas que lidam com importação e exportação devem observar as disposições contidas
no Decreto Federal 875/1993 que promulga o texto da Convenção de Basiléia que dispõe
sobre o Controle da Movimentação Transfronteiriça de Resíduos Perigosos e sua Disposição
(1989).
Portanto, observa-se que todas as etapas do plano de gerenciamento de resíduos sólidos
devem ser desenvolvidas em observância a um conjunto de regulamentos e a legislação, além
de normas técnicas que garantam a legalidade e a qualidade dos processos desenvolvidos
pela empresa na sua rotina gerencial.

VIII. 2 – Outras Regras Relativas ao Gerenciamento de Resíduos Sólidos


Os planos de gerenciamento de resíduos sólidos deverão ser elaborados levando em
consideração as disposições da PNRS e, naturalmente, as especificidades dos resíduos aos
quais o gerenciamento se refere. Há algumas resoluções de órgãos regulatórios que
estabelecem procedimentos em conformidade com normas de segurança ambiental. Certos
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
188
resíduos, conforme citado anteriormente neste PGIRS, por suas características químicas e
físicas intrínsecas são objeto de regulamentos específicos. Tais regulamentos dispõem sobre
os cuidados envolvidos nas etapas de gerenciamento destes resíduos. Os que se destacam
neste quesito são os resíduos de serviço de saúde, os resíduos de construção civil, os resíduos
pneumáticos, as pilhas e baterias e o óleo lubrificante usado.
A tabela 1 contêm as principais resoluções CONAMA relacionadas ao gerenciamento dos
resíduos sólidos.

Tabela 37
Resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente

Resolução Referência

CONAMA Nº 431/2011 "Altera o art. 3o da Resolução 307, de 5 de julho de 2002, do


Conselho Nacional do Meio Ambiente-CONAMA, estabelecendo
nova classificação para o gesso" - Data da legislação: 24/05/2011
- Publicação DOU nº 99, de 25/05/2011, pág. 123

CONAMA Nº 430/2011 "Dispõe sobre condições e padrões de lançamento de efluentes,


complementa e altera a Resolução no 357, de 17 de março de
2005, do Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA." -
Data da legislação: 13/05/2011 - Publicação DOU nº 92, de
16/05/2011, pág. 89

CONAMA Nº 416/2009 "Dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental causada por


pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada, e
dá outras providências." - Data da legislação: 30/09/2009 -
Publicação DOU Nº 188, de 01/10/2009, págs. 64-65

CONAMA Nº 411/2009 "Dispõe sobre procedimentos para inspeção de indústrias


consumidoras ou transformadoras de produtos e subprodutos
florestais madeireiros de origem nativa, bem como os respectivos
padrões de nomenclatura e coeficientes de rendimento
volumétricos, inclusive carvão vegetal e resíduos de serraria." -
Data da legislação: 06/05/2009 - Publicação DOU nº 86, de
08/05/2009, págs. 93-96

CONAMA Nº 410/2009 "Prorroga o prazo para complementação das condições e padrões


de lançamento de efluentes, previsto no art. 44 da Resolução nº
357, de 17 de março de 2005, e no Art. 3o da Resolução nº 397,
de 3 de abril de 2008." - Data da legislação: 04/05/2009 -
Publicação DOU nº 83, de 05/05/2009, pág. 106

CONAMA Nº 404/2008 "Estabelece critérios e diretrizes para o licenciamento ambiental


de aterro sanitário de pequeno porte de resíduos sólidos urbanos."
- Data da legislação: 11/11/2008 - Publicação DOU nº 220, de
12/11/2008, pág. 93

CONAMA Nº 401/2008 "Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio


para pilhas e baterias comercializadas no território nacional e os
critérios e padrões para o seu gerenciamento ambientalmente
adequado, e dá outras providências". Alterada pela Resolução nº
424, de 2010. - Data da legislação: 04/11/2008 - Publicação DOU
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
189
nº 215, de 05/11/2008, págs. 108-109

CONAMA Nº 362/2005 "Dispõe sobre o recolhimento, coleta e destinação final de óleo


lubrificante usado ou contaminado." - Data da legislação:
23/06/2005 - Publicação DOU nº 121, de 27/06/2005, págs. 128-
130

CONAMA Nº 358/2005 "Dispõe sobre o tratamento e a disposição final dos resíduos dos
serviços de saúde e dá outras providências." - Data da legislação:
29/04/2005 - Publicação DOU nº 084, de 04/05/2005, págs. 63-65

CONAMA Nº 348/2004 "Altera a Resolução CONAMA no 307, de 5 de julho de 2002,


incluindo o amianto na classe de resíduos perigosos." - Data da
legislação: 16/08/2004 - Publicação DOU nº 158, de 17/08/2004,
pág. 070

CONAMA Nº 316/2002 "Dispõe sobre procedimentos e critérios para o funcionamento de


sistemas de tratamento térmico de resíduos". Alterada pela
Resolução nº 386, de 2006. - Data da legislação: 29/10/2002 -
Publicação DOU nº 224, de 20/11/2002, págs. 92-95

CONAMA Nº 313/2002 "Dispõe sobre o Inventário Nacional de Resíduos Sólidos


Industriais" - Data da legislação: 29/10/2002 - Publicação DOU nº
226, de 22/11/2002, págs. 85-91

CONAMA Nº 307/2002 "Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos


resíduos da construção civil". Alterada pelas Resoluções 348, de
2004, e nº 431, de 2011. - Data da legislação: 05/07/2002 -
Publicação DOU nº 136, de 17/07/2002, págs. 95-96

CONAMA Nº 275/2001 "Estabelece código de cores para diferentes tipos de resíduos na


coleta seletiva" - Data da legislação: 25/04/2001 - Publicação DOU
nº 117, de 19/06/2001, pág. 080

CONAMA Nº 273/2000 "Dispõe sobre prevenção e controle da poluição em postos de


combustíveis e serviços". Alterada pelas Resoluções nº 276, de
2001, e nº 319, de 2002. - Data da legislação: 29/11/2000 -
Publicação DOU nº 005, de 08/01/2001, págs. 20-23

CONAMA Nº 264/1999 "Licenciamento de fornos rotativos de produção de clínquer para


atividades de co-processamento de resíduos" - Data da legislação:
26/08/1999 - Publicação DOU nº 054, de 20/03/2000, págs. 80-83

CONAMA Nº 244/1998 "Exclui item do anexo 10 da Resolução CONAMA nº 23, de 12 de


dezembro de 1996" - Data da legislação: 16/10/1998 - Publicação
DOU nº 199, de 19/10/1998, pág. 051

CONAMA Nº 235/1998 "Altera o anexo 10 da Resolução CONAMA nº 23, de 12 de


dezembro de 1996" - Data da legislação: 07/01/1998 - Publicação
DOU nº 006, de 09/01/1998, pág. 167

CONAMA Nº 023/1996 "Regulamenta a importação e uso de resíduos perigosos".


Alterada pelas Resoluções nº 235, de 1998, e nº 244, de 1998. -
Data da legislação: 12/12/1996 - Publicação DOU nº 013, de
20/01/1997, págs. 1116-1124

CONAMA Nº 005/1993 "Dispõe sobre o gerenciamento de resíduos sólidos gerados nos


portos, aeroportos, terminais ferroviários e rodoviários.". Alterada
pela Resolução nº 358, de 2005. - Data da legislação: 05/08/1993
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
190
- Publicação DOU nº 166, de 31/08/1993, págs. 12996-12998

CONAMA Nº 008/1991 "Dispõe sobre a entrada no país de materiais residuais" - Data da


legislação: 19/09/1991 - Publicação DOU, de 30/10/1991, pág.
24063

CONAMA Nº 006/1991 "Dispõe sobre a incineração de resíduos sólidos provenientes de


estabelecimentos de saúde, portos e aeroportos" - Data da
legislação: 19/09/1991 - Publicação DOU, de 30/10/1991, pág.
24063

CONAMA Nº 002/1991 "Dispõe sobre adoção de ações corretivas, de tratamento e de


disposição final de cargas deterioradas, contaminadas ou fora das
especificações ou abandonadas" - Data da legislação: 22/08/1991
- Publicação DOU, de 20/09/1991, págs. 20293-2029

CONAMA Nº 007/1987 "Dispõe sobre a regulamentação do uso do Amianto/Asbestos no


Brasil". Alterada pela Resolução nº 09, de 1988. - Data da
legislação: 16/09/1987 - Publicação DOU, de 22/10/1987, págs.
17500-17501

CONAMA Nº 001-A/1986 "Dispõe sobre transporte de produtos perigosos em território


nacional" - Data da legislação: 23/01/1986 - Publicação DOU, de
04/08/1986
Fonte: Conselho Nacional de Meio Ambiente, 2011

A tabela 2 contém a legislação e as resoluções de outros órgãos relacionadas ao


gerenciamento de resíduos sólidos comuns e resíduos sólidos perigosos.

Tabela 38

Legislação, Resoluções e Portarias Relacionados à Resíduos Sólidos

Regulamento / Órgão (s) Referência


Legislação

RES 56 / 2008 Ministério da Saúde / ANVISA "Dispõe sobre o regulamento técnico de


boas práticas sanitárias no gerenciamento
de resíduos sólidos nas áreas de portos,
aeroportos, passagens de fronteiras e
recintos alfandegados."

RES 306 / 2004 Ministério da Saúde / ANVISA "Dispõe sobre o regulamento técnico para o
gerenciamento de resíduos de serviços de
saúde."

RES 175 / 2004 Ministério da Saúde / ANVISA "Dispõe sobre o regulamento técnico para o
gerenciamento de resíduos de serviços de
saúde."

Decreto-Lei 2.063 / Presidência da República "Dispõe sobre multas a serem aplicadas por
1983 infrações à regulamentação para a execução
dos serviços de transporte rodoviário de
cargas ou produtos perigosos e dá outras
providências."

Decreto 96.044 / Presidência da República "Aprova o Regulamento para o Transporte

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


191
1988 Rodoviário de Produtos Perigosos e dá
outras providências."

Decreto 98.973/1990 Presidência da República "Aprova o Regulamento do Transporte


Ferroviário de Produtos Perigosos e dá
outras providências."

Res. ANTT 420/2004 Agência Nacional de "Aprova as Instruções Complementares ao


Transportes Terrestres Regulamento do Transporte Terrestre de
Produtos Perigosos*. (*) Consolidado com
as alterações introduzidas pelas Resoluções
nº 701, nº 1.644, nº 2657 e nº 2975/08."

Portaria INMETRO Instituto Nacional de "Aprova o Regulamento Técnico para


172 / 1991 Metrologia, Normalização e 'Equipamento para o Transporte Rodoviário
Qualidade Industrial de Produtos Perigosos à Granel - RT-7'."

Portaria INMETRO Instituto Nacional de "Aprova o Regulamento Técnico 'Inspeção


221 / 1991 Metrologia, Normalização e em Equipamentos destinados ao Transporte
Qualidade Industrial de Produtos Perigosos à Granel não
incluídos em outros Regulamentos - RT-27'."

Portaria INMETRO Instituto Nacional de "Aprova o Regulamento Técnico 'Veículo


277 / 1991 Metrologia, Normalização e Rodoviário destinado ao Transporte de
Qualidade Industrial Produtos Perigosos - Construção, Instalação
e Inspeção de Pára-Choque Traseiro' - RTQ-
32."

Portaria INMETRO Instituto Nacional de "Aprova o Regulamento Técnico da


275 / 1993 Metrologia, Normalização e Qualidade - RTQ-36 Revestimento interno
Qualidade Industrial de tanque rodoviário de produtos perigosos
com resina éster vinílica reforçada com fibra
de vidro - aplicação e inspeção."

Portaria INMETRO Instituto Nacional de "Aprova os Regulamentos Técnicos da


276 / 1993 Metrologia, Normalização e Qualidade, RTQ-2 - Revisão 01 -
Qualidade Industrial Equipamentos para o Transporte Rodoviário
de Produtos à Granel - Construção e
Inspeção Inicial e RTQ-34 - Equipamento
para o Transporte Rodoviário de Produtos
Perigosos à Granel - Geral - Construção."

Portaria INMETRO Instituto Nacional de "Aprova o 'Regulamento Técnico da


199 / 1994 Metrologia, Normalização e Qualidade nº 5 (RTQ-5) - Veículo destinado
Qualidade Industrial ao Transporte Rodoviário de Produtos
Perigosos - Inspeção'."

Portaria Ministério da Justiça / "Acrescenta ao Anexo IV da Portaria nº


DENATRAN/MJ Departamento Nacional de 01/98 - DENATRAN, os códigos das
38/1998 Trânsito infrações referentes ao Transporte
Rodoviário de Produtos Perigosos."

Decreto Federal Presidência da República "Dá nova redação ao Regulamento para a


3.665 / 2000 Fiscalização de Produtos Controlados (R-
105)."
o
Decreto Federal Presidência da República "Altera a redação dos arts. 7 e 19º dos
4.097 / 2002 Regulamentos para os transportes rodoviário
e ferroviário de produtos perigosos,

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


192
os
aprovados pelos Decretos n 96.044, de 18
de maio de 1988, e 98.973, de 21 de
fevereiro de 1990, respectivamente."

Decreto Federal 875 Presidência da República "Promulga o texto da Convenção sobre o


/ 1993 Controle de Movimentos Transfronteiriços de
Resíduos Perigosos e seu Depósito."

Portaria MT 261 / Ministério dos Transportes "Promove ajustamentos técnico-operacionais


1989 no Regulamento para o Transporte
Rodoviário de Produtos Perigosos."

DN COPAM nº 90 / Conselho Estadual de Política "Dispõe sobre a declaração de informações


2005 Ambiental relativas às diversas fases de gerenciamento
dos resíduos sólidos industriais no Estado
de Minas Gerais"

Lei Federal 10.165 / Congresso Federal "Altera a Lei nº 6.938, de 31/8/81, que
2000 dispõe sobre a Política Nacional do Meio
Ambiente, seus fins e mecanismos de
formulação e aplicação, e dá outras
providências."

Lei Federal 10.357 / Congresso Federal "Estabelece normas de controle e


2001 fiscalização sobre produtos químicos que
direta ou indiretamente possam ser
destinados à elaboração ilícita de
substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou
que determinem dependência física ou
psíquica, e dá outras providências."

Decreto Federal Presidência "Estabelece normas de controle e


4.262 / 2002 fiscalização sobre produtos químicos que
da
direta ou indiretamente possam ser
República destinados à elaboração ilícita de
substâncias entorpecentes, psicotrópicas ou
que determinem dependência física ou
psíquica, e dá outras providências."

Lei Federal 12.305 / Congresso Nacional Institui a Política Nacional de Resíduos


2010 Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de
fevereiro de 1998; e dá outras providências.

Decreto Federal Presidência da República Regulamenta a Lei nº 12.305, de 2 de


7404 / 2010 agosto de 2010, que institui a Política
Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê
Interministerial da Política Nacional de
Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador
para a Implantação dos Sistemas de
Logística Reversa, e dá outras providências.
Fontes: Sites dos Órgãos, 2011

A tabela Z contém as normas técnicas da ABNT com o tema de gerenciamento de resíduos.


Aquelas que são citadas em regulamentos de órgãos normativos governamentais ou em leis e
decretos têm de ser obrigatoriamente adotadas. Já aquelas que não são citadas nestes
documentos, podem ser adotadas com vistas ao resguardo da qualidade dos processos com
os quais os geradores ou operadores dos resíduos lidam. Sugere-se que os responsáveis pela
elaboração, implantação e supervisão dos planos de gerenciamento consultem, além das
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
193
resoluções e diretrizes normativas referentes ao tipo de resíduo o qual geram ou com o qual
operam, as normas da ABNT a seguir de acordo com a atividade geradora dos resíduos já que
as mesmas dissertam sobre etapas de manejo recorrentes no procedimento de gerenciamento.

Tabela 39

Normas Técnicas Sobre Gerenciamento de Resíduos Sólidos

Norma Técnica Referência

ABNT NBR 15911-2:2010; Errata Contentor móvel de plástico - Parte 2: Contentor de duas rodas, com
1:2011 capacidade de 120 L, 240 L e 360 L, destinado à coleta de resíduos
sólidos urbanos (RSU) e de saúde (RSS) por coletor compactador.

ABNT NBR 15911-3:2010 Errata Contentor móvel de plástico - Parte 3: Contentor de quatro rodas
1:2011 com capacidade de 660 L, 770 L e 1 000 L, destinado à coleta de
resíduos sólidos urbanos (RSU) e de saúde (RSS) por coletor
compactador.

ABNT NBR 16725:2011 Resíduo químico — Informações sobre segurança, saúde e meio
ambiente — Ficha com dados de segurança de resíduos químicos
(FDSR) e rotulagem.

ABNT NBR 15911-2:2010 Versão Contentor móvel de plástico - Parte 2: Contentor de duas rodas, com
Corrigida:2011 capacidade de 120 L, 240 L e 360 L, destinado à coleta de resíduos
sólidos urbanos (RSU) e de saúde (RSS) por coletor compactador

ABNT NBR 15911-3:2010 Versão Contentor móvel de plástico - Parte 3: Contentor de quatro rodas
Corrigida:2011 com capacidade de 660 L, 770 L e 1 000 L, destinado à coleta de
resíduos sólidos urbanos (RSU) e de saúde (RSS) por coletor
compactador

ABNT NBR 13332:2010 Implementos rodoviários — Coletor-compactador de resíduos sólidos


e seus principais componentes — Terminologia

ABNT NBR 13221:2010 Transporte terrestre de resíduos

ABNT NBR 13842:2008 Artigos têxteis hospitalares - Determinação de pureza (resíduos de


incineração, corantes corretivos, substâncias gordurosas e de
substâncias solúveis em água)

ABNT NBR 13334:2007 Contentor metálico de 0,80 m³, 1,2 m³ e 1,6 m³ para coleta de
resíduos sólidos por coletores-compactadores de carregamento
traseiro – Requisitos.

ABNT NBR ISO 10993-7:2005 Avaliação biológica de produtos para saúde. Parte 7: Resíduos da
esterilização por óxido de etileno

ABNT NBR 15116:2004 Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil -


Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função
estrutural – Requisitos

ABNT NBR 15112:2004 Resíduos da construção civil e resíduos volumosos - Áreas de


transbordo e triagem - Diretrizes para projeto, implantação e
operação

ABNT NBR 15113:2004 Resíduos sólidos da construção civil e resíduos inertes - Aterros -

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


194
Diretrizes para projeto, implantação e operação.

ABNT NBR 15114:2004 Resíduos sólidos da construção civil - Áreas de reciclagem -


Diretrizes para projeto, implantação e operação

ABNT NBR 15115:2004 Agregados reciclados de resíduos sólidos da construção civil -


Execução de camadas de pavimentação: Procedimentos

ABNT NBR 10004:2004 Resíduos sólidos – Classificação

ABNT NBR 10005:2004 Procedimento para obtenção de extrato lixiviado de resíduos sólidos

ABNT NBR 10006:2004 Procedimento para obtenção de extrato solubilizado de resíduos


sólidos

ABNT NBR 10007:2004 Amostragem de resíduos sólidos

ABNT NBR 11342:2004 Hidrocarbonetos líquidos e resíduos de destilação - Determinação


qualitativa de acidez ou de basicidade

ABNT NBR 15051:2004 Laboratórios clínicos - Gerenciamento de resíduos

ABNT NBR 14652:2001 Coletor-transportador rodoviário de resíduos de serviços de saúde -


Requisitos de construção e inspeção - Resíduos do grupo A

ABNT NBR 14283:1999 Resíduos em solos - Determinação da biodegradação pelo método


respirométrico

ABNT NBR 13896:1997 Aterros de resíduos não perigosos - Critérios para projeto,
implantação e operação

ABNT NBR 13853:1997 Coletores para resíduos de serviços de saúde perfurantes ou


cortantes - Requisitos e métodos de ensaio

ABNT NBR 8843:1996 Aeroportos - Gerenciamento de resíduos sólidos

ABNT NBR 8419:1992 Errata Apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos
1:1996 urbanos – Procedimento

ABNT NBR 13463:1995 Coleta de resíduos sólidos

ABNT NBR 13404:1995 Água - Determinação de resíduos de pesticidas organoclorados por


cromatografia gasosa - Método de ensaio

ABNT NBR 13405:1995 Água - Determinação de resíduos de pesticidas organofosforados


por cromatografia gasosa - Método de ensaio

ABNT NBR 13406:1995 Água - Determinação de resíduos de herbicidas fenoxiácidos


clorados por cromatografia gasosa - Método de ensaio

ABNT NBR 13408:1995 Sedimento - Determinação de resíduos de pesticidas organoclorados


por cromatografia gasosa - Método de ensaio

ABNT NBR 13409:1995 Peixe - Determinação de resíduos de pesticidas organoclorados por


cromatografia gasosa - Método de ensaio

ABNT NBR 12988:1993 Líquidos livres - Verificação em amostra de resíduos - Método de


ensaio

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


195
ABNT NBR 12980:1993 Coleta, varrição e acondicionamento de resíduos sólidos urbanos –
Terminologia

ABNT NBR 12809:1993 Manuseio de resíduos de serviços de saúde – Procedimento

ABNT NBR 12807:1993 Resíduos de serviços de saúde – Terminologia

ABNT NBR 12808:1993 Resíduos de serviço de saúde – Classificação

ABNT NBR 12810:1993 Coleta de resíduos de serviços de saúde - Procedimento

ABNT NBR 12235:1992 Armazenamento de resíduos sólidos perigosos – Procedimento

ABNT NBR 8419:1992 Versão Apresentação de projetos de aterros sanitários de resíduos sólidos
Corrigida:1996 urbanos – Procedimento

ABNT NBR 11174:1990 Armazenamento de resíduos classes II - não inertes e III - inertes –
Procedimento

ABNT NBR 11175:1990 Incineração de resíduos sólidos perigosos - Padrões de


desempenho – Procedimento

ABNT NBR 10664:1989 Águas - Determinação de resíduos (sólidos) - Método gravimétrico -


Método de ensaio

ABNT NBR 10157:1987 Aterros de resíduos perigosos - Critérios para projeto, construção e
operação – Procedimento

ABNT NBR 8849:1985 Apresentação de projetos de aterros controlados de resíduos sólidos


urbanos – Procedimento

ABNT NBR 8418:1984 Apresentação de projetos de aterros de resíduos industriais


perigosos- Procedimento

ABNT NBR 15911-1:2010 Versão Contentor móvel de plástico - Parte 1: Requisitos gerais
Corrigida:2011

ABNT NBR 15833:2010 Manufatura reversa – Aparelhos de refrigeração

ABNT NBR 15638:2008 Qualidade de água - Determinação da toxicidade aguda de


sedimentos marinhos ou estuarino com anfípodos.

ABNT NBR 15448-2: 2008 Embalagens plásticas degradáveis e/ou de fontes renováveis. Parte
2: Biodegradação e compostagem - Requisitos e métodos de ensaio

ABNT NBR 17505-1:2006 Armazenamento de líquidos inflamáveis e combustíveis. Parte 1:


Disposições gerais

ABNT NBR 14599:2003 Requisitos de segurança para coletores-compactadores de


carregamento traseiro e lateral

ABNT NBR 6293:2001 Materiais betuminosos - Determinação da ductilidade

ABNT NBR 13741:1996 Destinação de bifenilas policloradas

ABNT NBR 13591:1996 Compostagem – Terminologia


Fonte: Associação Brasileira de Normas Técnicas, 2011

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


196
A legislação, regulamentos e normas especificados neste capítulo não excluem a necessidade
de consideração de novos dispositivos legais e técnico normativos que venham a ser
estabelecidos após a publicação do presente PGIRS.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


197
IX - DEFINIÇÃO DAS RESPONSABILIDADES QUANTO À IMPLEMENTAÇÃO DO
PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS
URBANOS E OPERACIONALIZAÇÃO, INCLUÍDAS AS ETAPAS DO PLANO DE
GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS A QUE SE REFERE O ART. 20 A
CARGO DO PODER PÚBLICO

IX. 1 - Implementação do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos


Sólidos Urbanos

A responsabilidade relativa à implantação do referido plano está a cargo da


administração pública municipal e se dará de modo conjunto entre todos os órgãos da
administração, secretarias municipais e autarquias, porém, sob a elaboração e
monitoramento da Secretaria Municipal Adjunta de Limpeza Urbana – SALU ou órgão
equivalente à época da operacionalização de quaisquer disposições existentes.
Incluem-se nestas disposições as diretrizes gerais estipuladas pelo PGRS e ainda,
aquelas que possam vir a existir ou ser alteradas em função de novas
regulamentações de órgãos técnicos oficiais, órgãos do SISNAMA, do SNVS e SUASA
ou ainda de exigências ou revisões do Plano Nacional de Resíduos Sólidos.
A implementação das ações previstas nas áreas de trabalho da limpeza urbana
deverão ter suas atividades regulamentadas, com responsabilidade definidas no
organograma da secretaria ou órgão equivalente.
As etapas do plano cuja execução caiba ao setor privado serão realizadas com a
orientação e acompanhamento da secretaria ou órgão equivalente como, por exemplo,
no caso da garantia de observância do conteúdo mínimo necessário em Planos de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos por parte de geradores do setor privado.

IX. 2 - Resíduos dos Serviços Públicos de Saneamento Básico

Os resíduos dos serviços públicos de saneamento básico são objeto de elaboração de


plano de gerenciamento específico. Entende-se aqui, conforme o art. 20 da Lei
Federal 12305, os resíduos dos serviços públicos de saneamento básico aqueles
determinados pela Lei Federal 11445/2007, com exceção dos resíduos domiciliares e
originários de atividades da limpeza urbana (capina, varrição, limpeza de córregos e
etc.).

De acordo com o texto da Lei Federal 11.445/2007 que trata da Política Nacional de
Saneamento Básico, além dos serviços públicos de limpeza urbana, as atividades de
saneamento básico tratam ainda dos serviços públicos de:

a) Abastecimento de água potável: constituído pelas atividades,


infra-estruturas e instalações necessárias ao abastecimento
público de água potável, desde a captação até as ligações
prediais e respectivos instrumentos de medição;
b) Esgotamento sanitário: constituído pelas atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de
coleta, transporte, tratamento e disposição final adequados dos esgotos sanitários, desde as ligações
prediais até o seu lançamento final no meio ambiente;
(...)
d) Drenagem e manejo das águas pluviais urbanas: conjunto de
atividades, infra-estruturas e instalações operacionais de
drenagem urbana de águas pluviais, de transporte, detenção
ou retenção para o amortecimento de vazões de cheias,

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


198
tratamento e disposição final das águas pluviais drenadas nas
áreas urbanas;
Para cada atividade de saneamento, deverá ser observada a titularidade legal pelo
cumprimento das demandas da área no âmbito municipal. No caso dos serviços
públicos de saneamento básico mencionados pela legislação e citados acima, a
responsabilidade é atribuída a Companhia de Saneamento de Minas Gerais –
COPASA, instituição esta que cobra tarifa da população referente à manutenção e
oferecimento dos serviços prestados.
Devido a este contexto, as etapas do plano de gerenciamento de resíduos sólidos
originários de saneamento básico citada no art. 20 cabe a referida companhia, a qual é
responsável pela implementação e operacionalização dos empreendimentos.
A participação da administração local com relação ao gerenciamento de resíduos
destes serviços refere-se somente ao recebimento para disposição final dos lodos
provenientes de estações de tratamento de esgoto no Aterro sanitário de Contagem.

IX. 3 - Planos de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde em


Estabelecimentos Públicos

Em atendimento as determinações da Resolução CONAMA 358/2005 e da Portaria


ANVISA RES 306/2004, os estabelecimentos públicos geradores de resíduos de
serviço de saúde no município de Contagem, são responsáveis pela elaboração do
Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde.
Neste contexto, a Secretaria Municipal de Saúde, responsável pela criação e
implantação do Programa Municipal de Gerenciamento de RSS no município,
acompanhará a implantação, nas unidades de saúde, das etapas de gerenciamento
adequado de manejo dos resíduos dentro dos estabelecimentos e ainda realizará
monitoramento .
O PGRSS disciplina não só as atividades dos estabelecimentos públicos, mas também
geradores particulares, devendo apresentar o plano para aprovação e fiscalização da
Vigilância Sanitária.
Os serviços de coleta e transporte dos resíduos provenientes das unidades
prestadores de serviços de saúde, classificados com característica domiciliar são
realizados pela Secretaria Municipal Adjunta de Limpeza Urbana.
Os demais resíduos são encaminhados para tratamento adequado em locais
especializados, a fiscalização do gerenciamento dos resíduos é atribuição da
Vigilância Sanitária.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


199
X - PROGRAMAS E AÇÕES DE CAPACITAÇÃO TÉCNICA VOLTADOS A
IMPLEMENTAÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO
INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Os programas e ações deste âmbito deverão ter como diretriz a efetiva divulgação e
incentivo a adoção de práticas relacionadas aos 3R’s propostos pela Agenda 21
Global e referendados pela Política Nacional de Resíduos Sólidos. Neste sentido, cabe
ressaltar que se deve buscar uma abordagem que esclareça que o grau de relevância
de cada elemento da tríade reduzir, reutilizar e reciclar é idêntico, sendo assim, todas
as ações em torno dos resíduos sólidos devem passar por estes três pressupostos
básicos do gerenciamento ambientalmente adequado. Outro aspecto que deve ser
observado no planejamento de ações e programas de capacitação é o de conciliar o
esclarecimento das obrigatoriedades estabelecidas em lei com uma visão consciente
da elevada importância de tais determinações para a saúde pública e o meio
ambiente. Ou seja, se deve buscar envolver os geradores em um processo
educacional que permita fazê-los ter a dimensão da importância do correto
gerenciamento de resíduos e que culmine com a incorporação efetiva de boas práticas
(tanto as exigidas pela legislação quanto as facultativas) na rotina do gerador de
maneira consciente.

X.1 - Capacitação Técnica Continuada dos Servidores Públicos Municipais

A capacitação técnica continuada dos servidores públicos ocorrerá por meio de ações
periódicas com vistas a uma evolução programática dos recursos humanos envolvidos
com a limpeza urbana municipal. As ações realizadas se dividirão em duas linhas,
sendo:
Seminário Municipal da Limpeza Urbana: O seminário tem o objetivo geral
de discutir o tema da limpeza urbana apresentando ainda os resultados obtidos
no último ano nas atividades de limpeza urbana do Município. A frequência
desta atividade será anual. O público alvo será composto pelos servidores
municipais (objetiva-se a participação de pelo menos um representante de
cada setor da administração), de discentes e docentes de instituições de
ensino superior e pela população em geral. A quantidade absoluta ou relativa
de vagas para cada grupo componente do público alvo não será de início
estipulada, mas poderá vir a ser estipulada pela organização do evento. O
evento será organizado por pelo menos 2 representantes da SALU (ou órgão
equivalente à época do seminário em questão) e outros órgãos da
administração tendo como suporte representantes do cerimonial e do setor de
comunicação da Prefeitura Municipal. A definição do tema de cada seminário
deverá ser feita preferencialmente no ano anterior a realização do mesmo e
seus preparativos iniciados com uma antecedência em torno de 3 meses de
sua realização de modo.

Treinamento dos Profissionais da Limpeza Urbana: O referido treinamento


será realizado uma vez por semestre e terá como participantes os recursos

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


200
humanos envolvidos no planejamento da limpeza urbana do município.
Consistirá em dois encontros com exposição e discussão de temas
previamente definidos em reunião de planejamento da SALU. Os temas
poderão ser apresentados pelos próprios profissionais do órgão a serem
escolhidos previamente em função do tema abordado no referido treinamento
ou ainda por convidados de instituições diversas com capacitação no tema
proposto. A definição do tema deve atender as prioridades estratégicas de
conteúdo requeridas pelos serviços da limpeza urbana ou demandadas
naquele momento. A dinâmica do treinamento seguirá a seguinte ordem:
1) Apresentação do tema pelo expositor responsável;
2) Discussão do tema pelos participantes.
Todos os treinamentos devem ser registrados por meio de ficha desenvolvida
para tal finalidade ou por ata a ser lavrada ao final do treinamento onde conste,
no mínimo, o tema do treinamento, o nome do expositor do tema e dos demais
participantes, o horário de início e término bem como a data de realização.

X.2 – Capacitação Técnica dos Responsáveis pelo Gerenciamento de Resíduos


Sólidos do Setor Privado

A referida capacitação será realizada anualmente ou em frequência a ser definida pela


SALU de acordo com a demanda apresentada pelos responsáveis pelo gerenciamento
de resíduos sólidos do setor privado.
Será realizada por meio de treinamentos com representantes de grandes geradores e
manipuladores ou geradores de resíduos sólidos classe I, perigosos e classe II
instalados em território municipal. Estes treinamentos têm como objetivo capacitar aos
representantes dos grandes geradores para o desenvolvimento e operação de planos
de gerenciamento de resíduos sólidos em acordo com a PNRS e ainda disseminar
informações em geral relacionadas a limpeza urbana no município com ênfase ao
Programa Municipal de Coleta Seletiva. Além destes objetivos, será incluída a critério
da SALU a discussão e apoio técnico facultativo no estabelecimento de sistemas de
logística reversa para os geradores que tenham a obrigatoriedade de desenvolvê-la
como também para os que optarem por desenvolver tais sistemas em seus processos
de produção ainda que não sejam obrigados perante a legislação correlata.
Os treinamentos terão sua duração e período de realização definidos pela SALU à
época de planejamento dos mesmos, tendo como critério a necessidade momentânea
constatada por meio da rotina de fiscalização de cadastro e da SALU.
Além dos treinamentos citados poderão ocorrer mini-cursos voltados a grandes
geradores ou trabalhadores em geral envolvidos no processo de gerenciamento de
resíduos sólidos no Município de Contagem, de acordo com definição da SALU,
durante a realização do seminário municipal de limpeza urbana.
A capacitação técnica poderá ser realizada mediante consulta aos grandes geradores
indagando-os a respeito de suas maiores dificuldades em relação a capacitação
técnica.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


201
A realização desta ação poderá ocorrer em parceria com instituição de ensino que
possua em seu corpo de recursos humanos, profissionais com capacitação técnica na
área de gerenciamento de resíduos sólidos urbanos.
A seguir, o esquema gráfico da figura 35, representando o planejamento relativo à
capacitação técnica para a consecução dos objetivos da Política Nacional de Resíduos
Sólidos e do Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos.

Capacitação Técnica Voltada à


Implantação e Operacionalização
do Plano Municipal de Gestão Integrada
de Resíduos Sólidos Urbanos

Capacitação Técnica dos


Capacitação técnica
Responsáveis pelo
continuada dos servidores
gerenciamento de geradores
públicos municipais
do setor privado

Seminário
Treinamento Semestral Treinamentos
Municipal da
dos Profissionais da
Esporádicos
Limpeza Urbana Limpeza Urbana

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


202
XI – PROGRAMAS E AÇÕES DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL QUE PROMOVAM A NÃO
GERAÇÃO, A REDUÇÃO, A REUTILIZAÇÃO E A RECICLAGEM DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Os projetos de educação ambiental desenvolvidos na SALU partem do princípio de que


somente haverá mudanças na relação da população com os resíduos a partir da formação de
uma consciência da responsabilidade individual e coletiva e isso trata-se de um processo. Um
processo que envolva diversos “atores” e estratégias para que a população passe a ter uma
atitude consciente em relação aos resíduos e em relação ao ambiente no qual vive.

XI.1 - Mobilização social: participação popular como princípio da melhoria da limpeza


urbana

Considerando que muitas mudanças nos âmbitos políticos, sociais e econômicos foram
conquistadas através da mobilização da sociedade, enfatiza-se que o primeiro passo para se
atingir grandes objetivos de interesse coletivo deve ser dado de forma firme e consciente.
As comunidades são formadas de sujeitos potencialmente ativos. Dessa forma, o ato de
participar deve acontecer de forma planejada e constante no decorrer das formulações e
implantações das políticas públicas. A consolidação dessas políticas contribuirá em maior ou
menor escala para organizar as ações humanas direcionando-as ao interesse da população,
pois as ações do poder público não devem se restringir somente a algumas categorias, mas
alcançar a todos os membros de uma sociedade.
Promover mudanças significativas na sociedade torna-se possível a partir do momento que as
vontades são reunidas a fim de atingir um propósito comum. E essa atuação se resume em um
ato de mobilizar. Para Bernardo Toro e Nísia Werneck (TORO e WERNECK, 2004) a
mobilização social é a forma de construir a democracia e a participação. Onde mobilizar é
convocar vontades para atuar em busca de um propósito comum, sob uma interpretação e um
sentido também compartilhados.
Dentro de um processo de mobilização social a participação é paralelamente um objetivo a ser
alcançado e um meio para que se alcancem outros objetivos. Uma mobilização social não é
constituída de um objetivo ou vontades imediatistas, pois nesse formato, ela se converteria
somente em um evento passageiro ou simplesmente um procedimento de manifestação
pública. Logo, também não pode ser compreendida como uma forma de propaganda ou
divulgação de algo, requerendo então ações organizadas, articuladas e permanentes que
compartilhem das mesmas visões.

XI.2 - Programa Municipal de Educação para a Limpeza Urbana


XI.2.1 – Histórico: “Programa Contagem Mais Limpa, A Gente Conta com Você”

Em um processo de mobilização social a comunicação constitui uma ferramenta fundamental.


Seja qual for o objetivo, é ela quem possibilita que as ações de mobilização sejam
coordenadas e que os interesses sejam compartilhados. Focado no propósito de criar
estratégias para trabalhar a educação para limpeza urbana na cidade, a Secretaria Municipal
Adjunta de Limpeza Urbana em parceria com outros setores da PMC elaborou o Programa
Municipal Contagem Mais Limpa: a gente conta com você.
O programa Contagem Mais Limpa foi formulado no ano de 2006 por meio da produção de
uma campanha publicitária envolvendo as Secretarias Municipais de Obras e Serviços
Urbanos, Adjunta de Limpeza Urbana, Desenvolvimento Urbano e Meio Ambiente, em
integração com outros órgãos da Administração Municipal, com o propósito de gerar uma
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
203
identificação entre a Limpeza Urbana e a população do município de Contagem. Na campanha
foi criada a logomarca do programa e produzido um conjunto de recursos materiais de caráter
educativo, informativo e de divulgação (folders, cartazes, adesivos, banners,).
O lançamento do Programa ocorreu no dia 05/06/2007 durante a Semana do Meio Ambiente
na área selecionada como projeto piloto no Bairro Eldorado.
A mobilização para lançamento do programa Contagem Mais Limpa foi entremeada de várias
atividades lúdico-educativas: caminhada pela avenida principal do bairro, estruturas montadas
em pontos estratégicos da via com banners e faixa, campanha educativa nos semáforos com
distribuição de “lixocar” e materiais educativos, apresentações de esquetes teatrais e uma
tenda de exposição, tendo como público-alvo os transeuntes, comerciantes, ambulantes,
moradores da região e motoristas. As ações de mobilização social percorreram toda a Regional
Eldorado através de campanhas educativas porta à porta nos estabelecimentos comerciais e
residências.
Figura 35

Campanha Educativa Porta à Porta

Nas demais regionais administrativas do município os lançamentos ocorreram de forma


contínua conforme acordado em reuniões com representantes da SALU, Administrações
Regionais, associações e lideranças comunitárias e outros setores identificados. Esses
lançamentos ocorreram na forma de eventos públicos, campanhas educativas, palestras em
escolas, atividades lúdicas e blitz educativas realizadas pela equipe de Mobilização Social.
Todas as intervenção da SALU nas Regionais corroboraram para o início de uma aproximação
com a população contagense, além de possibilitar um estreitamento e formação de parcerias
com outros setores da Prefeitura, instituições públicas e privadas e diferentes órgãos e
seguimentos sociais.
O principal objetivo do programa é educar, mobilizar e sensibilizar a população do município
quanto às responsabilidades do poder público e da sociedade civil na manutenção da limpeza
e no cuidado com a cidade. O envolvimento da população, busca potencializar as ações de
melhoria nas condições de limpeza da cidade. A equipe de mobilização atua principalmente de
modo complementar à prestação dos demais serviços prestados pela SALU como: coleta de
resíduos, remoções de resíduos em áreas e vias públicas, varrição, capina, limpeza de
córregos, fiscalização e implantação e ampliação de serviços.
Ressaltar a importância do trabalho do agente de limpeza, também é um dos objetivos do
trabalho da equipe de mobilização do Programa Contagem Mais Limpa tendo em vista a
valorização e respeito à esse profissional.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


204
O programa vem se consolidando cada vez mais junto à população levando as informações
sobre os serviços e, sensibilizando-a para a responsabilidade de seu papel na manutenção da
limpeza pública.
XI.2.2 - Justificativa
A vida em sociedade, em especial em grandes concentrações urbanas, implica em co-
responsabilidades, especialmente no que se refere aos cuidados que cada indivíduo deve ter
para a manutenção de um ambiente equilibrado e saudável.
O surgimento e desenvolvimento das cidades, o crescimento demográfico, a consolidação do
sistema econômico capitalista e os processos das revoluções industriais e técnico científicas
fomentaram a produção e consumo em massa, e consequentemente a geração de resíduos
em grandes parcelas pela sociedade.
Historicamente foi construída uma concepção equivocada pela população em relação ao lixo
produzido. Era hábito descartar o lixo gerado em qualquer lugar. Obviamente que a geração
era muito pequena, com predominância de matéria orgânica, que geravam pouco impacto no
ambiente. Entretanto, as evoluções econômicas e sociais não foram capazes de suplantar
esses hábitos culturais.
O serviço de limpeza urbana enfrenta um grande desafio relacionado ao comportamento da
população que, em geral, não lida de forma responsável em relação aos resíduos gerados,
causando efeitos como:
A disposição inadequada de lixo formando locais de acúmulo em vias públicas, lotes
vagos, terrenos baldios, áreas verdes, cursos d'água, encostas;
A não observância dos dias e horários de coleta, deixando os resíduos dispostos
irregularmente sofrendo ações de terceiros na catação e/ou dispersão e intempéries;
Lançamento indiscriminado de resíduos em vias e espaços públicos causando o
entupimento dos bueiros, consequentemente riscos de alagamentos, enchentes e outras
catástrofes;
Descarte de materiais inservíveis e animais mortos em logradouros e vias públicas;
Descarte de resíduos de construção e demolição em espaços impróprios, dentre outras.
Enfatiza-se que essas e outras ações, por parte do gerador, representam um grande risco à
saúde pública, em função dos resíduos caracterizarem-se como abrigo, alimentação e
reprodução de micro-organismos causadores de doenças.
Do ponto de vista dos investimentos públicos, a disposição inadequada dos resíduos sólidos
provoca aumento dos custos do serviço de limpeza urbana na medida em que exige maior
aplicação de recursos para a manutenção da limpeza de vias públicas, em remoção manual e
mecanizada de resíduos em vias e logradouros públicos e limpeza de córregos. Outros
impactos estão relacionados com o aumento do custo de manutenção da infra-estrutura
urbana, como desentupimento de galerias pluviais, na recuperação ambiental, no serviço de
saúde, dentre outros.
Todos esses problemas podem ser evitados a partir de atitudes cotidianas corretas e
ambientalmente responsáveis por parte da população. Novos hábitos podem ser difundidos
entre a população a partir de campanhas e processos educativos.
Algumas experiências realizadas pelo setor público, destacando-se em MG, a Prefeitura
Municipal de Belo Horizonte, que desenvolveu de 1993 à 1996 as campanhas “BH Mais Limpa”
e “BH Reciclada”, através de metodologias aplicadas com sucesso que têm sido referência
para outros municípios no desenvolvimento de atividades educativas e de mobilização da
população.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


205
A Secretaria Municipal Adjunta de Limpeza Urbana tendo em vista implementar o princípio da
participação popular na manutenção da limpeza da cidade estabeleceu diversas ações
descritas neste documento que constituem atribuições da Gerência de Mobilização Social, mas
que têm importância multisetorial, servindo como uma referência para aplicação em outros
municípios.

XI.2.3 - Objetivo Geral


A Mobilização Social visa realizar a interlocução entre o poder público e os munícipes para a
sensibilização e o comprometimento da participação de todos na manutenção da limpeza
pública, promoção da saúde e a preservação ambiental.
XI.2.4 - Objetivos Específicos
Divulgar informações sobre os serviços da limpeza urbana;
Estimular a participação consciente da população através de mudança de hábitos e
atitudes positivas em relação aos resíduos sólidos;
Formar, em diversos seguimentos sociais e na população, multiplicadores de promoção
da limpeza urbana;
Despertar na população a capacidade reflexiva e crítica sobre a relação entre os
possíveis impactos na saúde pública e ambiental dos resíduos sólidos;
XI.2.5 - Metodologia de Trabalho: Ações de Mobilização Social
A mobilização social da Salu está dentre as atribuições da Diretoria de Projetos Especiais,
através da Gerência de Mobilização Social - GEMS.
Cada ação desenvolvida pela equipe da Gerência de Mobilização Social, está vinculada ao
objetivo proposto e a meta a ser alcançada remetendo à resultados concretos para melhoria
das condições de limpeza do município, para a qualidade ambiental e de saúde da população,
além da consequente diminuição dos custos relativos aos serviços de limpeza urbana.
No desenvolvimento das várias atividades, as formas de abordagens à população devem ser
diversificadas, contemplando as especificidades de cada público; o meio físico no qual esse
público está inserido e o grau de interesse e de envolvimento do conjunto dos “atores” na
resolução dos problemas de determinada localidade.
XI.2.5.1 - Campanhas Educativas Porta à Porta
As campanhas educativas porta à porta, constituem a principal forma de interlocução com os
munícipes sobre os papéis da prefeitura e da população na manutenção da limpeza da cidade.
As campanhas educativas são definidas a partir de demandas internas e externas. Através
dessas atividades são realizadas abordagens diretas aos munícipes nas diversas localidades
do município (bairros, vilas, comércios e outros). As campanhas educativas porta a porta são
especialmente direcionadas às residências e comércios, o que representa uma forma de
acesso entre a prefeitura e a população, atendendo demandas distintas e específicas como:
Orientar a população nos locais que apresentam problemas como lixo mal
acondicionado, não observância dos dias e horários da coleta, disposição
inadequada (em lotes vagos, córregos, áreas verdes e pontos de confinamento ou
acumulados em vias públicas e calçadas);
lnformar à população quanto a implantação e ampliação de serviços: coleta
convencional, coleta seletiva, Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes -
URPVs, instalação de lixeiras comunitárias e cestos coletores.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


206
Informar à população quanto à mudanças no serviço de limpeza (alteração de dias
e horários de coleta, de rota de caminhão, retirada de caçambas, alteração de
endereço de URPVs).
Acompanhar a realização de outros serviços a fim de orientar a população e
reforçar a importância da participação dos mesmos na manutenção do local como:
(remoção manual e mecanizada de lixo, entulhos, inservíveis em áreas e vias
públicas, limpeza de córregos e os serviços de capina e roçada mecanizada, cuja
metodologia encontra-se descrita neste documento);
Divulgar informações sobre os mutirões de limpeza, realizados em parceria com a
Secretaria Municipal de Saúde, ou diante alguma necessidade identificada pela
própria Limpeza Urbana, informando sobre data específica para a coleta de
materiais volumosos e outros resíduos que possam acumular água formando focos
de disseminação da doença;
Acompanhar as ações emergenciais de atendimento às populações atingidas por
intempéries; desabamentos de encostas, alagamentos ou inundações, chuvas de
granizo, como por exemplo, o recolhimento de entulhos na Regional Nacional,
oriundos de telhados danificados pela tempestade de granizo ocorrida no mês de
setembro de 2008.

XI.2.5.2 – Realização de Reuniões em Comunidades do Município


A sociedade democrática possibilitou a efetivação da participação e atuação popular de forma
direta ou indireta nos âmbitos social, político e econômico. O termo cidadania, do latim “civita”,
(cidade) é o conjunto de direitos e deveres ao qual um indivíduo está sujeito em relação à
sociedade em que vive.
O conceito de cidadania está atrelado à noção de direitos, que num modelo de democracia,
pressupõe a contrapartida de deveres a cumprir, a fim de regular a vida em sociedade. Ou
seja, na coletividade, os direitos do cidadão são garantidos em consonância ao cumprimento
dos seus deveres e da sociedade.
A cidadania acaba por expressar o conjunto de direitos que possibilita às pessoas a
participarem de forma ativa da vida da cidade e do governo. Como reza a Constituição
Brasileira de 1988, que além de assegurar os direitos tradicionalmente já reconhecidos,
possibilitou uma ampliação nos direitos da cidadania. Ser cidadão, por sua vez, remete à
condição de ter direitos e fazer cumprir os seus deveres.
Um fator relevante para a democratização da sociedade é a possibilidade de um cidadão ativo
poder representar a sua comunidade e/ou o seu grupo em tomadas de decisão da vida social.
Para as administrações municipais, a participação efetiva dos indivíduos em diferentes âmbitos
remete ao exercício de cidadania. O município de Contagem, com toda a sua expressão no
cenário econômico e político da RMBH, os órgãos e setores públicos enfrentam grandes
desafios em envolver as comunidades nas ações de interesse público.
A Secretaria Municipal Adjunta de Limpeza Urbana busca promover várias ações que permitam
a participação popular no contexto do gerenciamento dos resíduos sólidos no município. Além
de todas as intervenções de cunho educativo, informativo e lúdico, a SALU disponibiliza um
atendimento via telefone (0800) no qual os munícipes podem solicitar serviços, fazer
reclamações e dar sugestões de melhorias.
O principal objetivo da realização de reuniões em comunidades do Município é proporcionar o
diálogo entre os moradores e a prefeitura constituindo um espaço de troca de informação,
socialização de problemas e construção coletiva de propostas e plano de ação para melhorias,
que além fomentar uma aproximação entre as partes, contribui para a formação de parcerias
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
207
com agentes sociais multiplicadores locais, que irão atuar junto a sua comunidade no sentido
de fortalecer as ações da Limpeza Urbana.
Os conceitos de comunidade podem ser apresentados sob diversas variações, de acordo com
as áreas do conhecimento. Do ponto de vista sociológico, comunidade pode ser definido como
um conjunto de pessoas que se organizam sob o mesmo conjunto de normas, geralmente
vivem em um mesmo local, sob o mesmo governo ou compartilham do mesmo legado
cultural e histórico.
A realização de reuniões junto às comunidades do município representa um avanço no setor
de limpeza urbana na atual gestão administrativa. A percepção e diagnóstico das melhorias
estruturais e sanitárias em um determinado local pelo poder público, nem sempre estão em
consonância com as aspirações dos moradores. Portanto, conhecer as comunidades, seus
representantes e referências, suas pré-disposições para mudanças de hábitos, iniciativas e
pequenos projetos em execução é o que rege o interesse da SALU em estar presente, sempre
que solicitada.

XI.2.5.3 - Participação em Eventos Municipais


Evento é considerado algo não permanente, casual, ou seja, um acontecimento que foge à
uma rotina convencional. Em linhas gerais, os eventos podem ser classificados como
acontecimentos previamente planejamentos e organizados, com a finalidade de reunir e/ou
concentrar um número maior de pessoas em um mesmo espaço físico e num mesmo período
de tempo.
Os eventos podem apresentar características diversificadas em função do objetivo que se
deseja atingir através da ação, podendo ser cultural, esportivo, artístico, tecnológico, científico,
divulgação, promocionais, comunitários, dentre outros. Desse modo, os eventos podem
assumir proporções em diferentes níveis (local, regional, nacional e internacional).
A SALU ao participar de eventos, tem como finalidade interagir com um público mais amplo
com os objetivos de:
Divulgar os serviços da Limpeza Urbana na Cidade;
Educar, capacitar e integrar o público participante;
Promover as ações do Programa Contagem Mais Limpa;
Realizar atividades específicas e motivadoras que despertem na população reflexões e
interesse sobre a temática resíduos sólidos urbanos – RSU.
Essa participação possibilita ainda, uma forma descontraída e lúdica de aproximação com a
população do município. Os eventos interagem de forma complementar com as várias outras
ações educativas e de mobilização social que a SALU vem desenvolvendo em Contagem.
A efetiva participação nos eventos ocorre em parcerias com outras secretarias e órgãos da
Prefeitura, com setores privados, instituições, comunidades e outras organizações e
seguimentos sociais, limitando-se a jurisdição do município.
Esses momentos possibilitam a socialização de informações de projetos em desenvolvimento,
além de fortalecer parcerias que comunguem de objetivos comuns que podem resultar na
promoção de outras ações conjuntas.
O fato de a Limpeza Urbana estar presente nas ruas, praças, instituições, de forma mais
abrangente, fomenta uma maior credibilidade, aceitação e envolvimento dos munícipes em
relação ao setor. Esse tipo de atuação caracteriza um dos passos de abordagem junto à
comunidade participante, que se completam com as demais atividades planejadas e
executadas pela SALU.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


208
XI.2.5.4 - Campanhas Educativas nos Semáforos – Blitz Educativa
É comum os meios de comunicação destacarem uma imagem negativa relacionada com a
economia, saúde, meio ambiente, porém não incitam a reflexão de que cada indivíduo é um
agente potencial responsável por diversos problemas que ele próprio enfrenta.
Em Contagem, assim como em outros municípios, habitualmente as pessoas que circulam em
seus veículos pela cidade lançam lixo nas vias públicas, prática muito comum nos centros
urbanos. A relação de causualidade intrínseca a essa conduta por parte do cidadão resulta, do
ponto de vista estético, na sujeira das vias e espaços públicos, mas o maior impacto se
apresenta no entupimento das redes de drenagem que causam alagamentos, inundações e
poluição dos recursos hídricos.
Dessa forma, as vias públicas são locais estratégicos para realizar abordagens com ações
educativas e de mobilização social junto à população que transita em veículos. A Gerência de
Mobilização Social utiliza campanhas educativas unto à semáforos da cidade (sinais de
trânsito). A ação não caracteriza-se por um método alternativo de transmitir à população a
mensagem do programa e convocá-las a participação na manutenção da limpeza da cidade
Essas campanhas educativas são realizadas em vias públicas com fluxo mais intenso de
circulação de veículos e as abordagens, direta aos motoristas, acontecem no momento em que
estão parados no semáforo. Os integrantes da equipe, previamente treinados para a ação,
abordam os condutores entregando um lixocar contendo informativos do Programa Contagem
Mais Limpa.
O lixocar, sacolinha em material tnt, serve para acondicionar o lixo gerado pelos motoristas no
interior dos automóveis, evitando dessa forma, o descarte inadequado no meio ambiente.
Figura 36

Blitz Educativa

XI.2.5.5 – Realização de Palestras Educativas


As palestras educativas tem como objetivos informar, orientar, esclarecer e conscientizar o
público alvo sobre a realidade que os envolvem numa abordagem socio-ambiental sobre os
resíduos sólidos urbanos. Nessas ações são privilegiados os problemas cotidianos
relacionados com hábitos que a população tem em relação ao lixo produzido.
Para realização da atividade se utiliza recursos tecnológicos e de mídia (computador,
datashow, software, vídeo, imagem e outros) disponibilizados pela SALU ou órgão/setor
solicitante da palestra.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


209
Geralmente as palestras são ministradas pela Gerência de Mobilização ou outros membros da
Diretoria de Projetos Especiais, a fim de motivar o público à participação e à mudança de
atitudes em relação à limpeza urbana e ao meio ambiente com o intuito que essas novas
atitudes sejam multiplicadas nas famílias, na comunidade e nos locais de trabalho.
As instituições de ensino demandam frequentemente palestras em torno do tema resíduos
sólidos e meio ambiente. Para viabilizar o atendimento mais amplo, a Salu está investindo na
capacitação de professores através de cursos em parceria com a Secretaria Municipal de
Educação e Cultura como ação do projeto “Reciclar é Preservar, Essa Escola Participa”. Outra
forma de atuação junto às escolas é a participação em feiras culturais, projetos ambientais,
semana do meio ambiente, semana do conhecimento e outras atividades correlatas.

Figura 37

XI.2.5.6 - Oficinas de Reaproveitamento de Material Reciclável

O consumismo é a engrenagem da sociedade capitalista, pois faz com que as pessoas


comprem mais do que necessitam. A melhoria no padrão de vida, geralmente está associada
e ao aumento na aquisição de bens de consumo, que por sua vez fomenta o aumento da
produção e a consequente necessidade de extração de quantidades cada vez maiories de
recursos naturais.
As oficinas de materiais recicláveis, são instrumentos para proporcionar a reflexão sobre o
esse consumismo exagerado e as formas inadequadas de descarte do lixo no meio ambiente.
Enfatiza as várias possibilidades de reciclagem, reaproveitamento e reutilização dos materiais

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


210
recicláveis, estimulando a mudança de hábitos e contribuindo para a sustentabilidade social e
ambiental do planeta.
O município de Contagem está em processo de implantação dos projetos de Coleta Seletiva,
previstos no Programa Municipal de Coleta Seletiva, o qual estabelece alguns benefícios:
redução dos materiais lançados à céu aberto;
redução da quantidade de resíduos, com potencial reciclável, que vai
para o aterro sanitário municipal, contribuindo para o prolongamento da vida útil do
equipamento;
redução na retirada de recursos naturais não renováveis;
redução nos custos da energia gasta na produção de bens;
sustentabilidade ambiental;
iInclusão social e geração de trabalho e renda para os catadores de materiais recicláveis.

Os resíduos como, garrafas pets, latas, vidros e papéis que geralmente vão para a coleta
regular podem ser reutilizados, através de oficinas para a produção de embalagens,
acessórios, objetos de ornamentação e decoração, vestimentas, instrumentos de atividades
culturais, materiais e jogos educativos, etc. A GEMS realiza essas oficinas em eventos, em
instituições de ensino, espaços comunitários, projetos sociais e outros.

XI.2.5.7 - Monitoramento – Prestação dos Serviços SALU e Conduta do Munícipe


Dentre as atividades realizadas pela Gerência de Mobilização Social destacam-se também as
ações de monitoramento dos serviços prestados ou da postura dos munícipes em relação ao
descarte dos resíduos.
Geralmente a população está habituada a demandar e apresentar reclamações sobre os
serviços executados pela Prefeitura, entretanto, muitas vezes são as atitudes dos próprios
moradores que geram os problemas.
O município, é responsável para levar ao conhecimento da população as informações
necessárias, sempre que for realizar alguma intervenção como: alteração de um horário de
coleta, instalação e mudança de algum equipamento, execução de limpezas e remoções
dentre outros.
Sabe-se que muitas pessoas demoram processar novas informações, assimilar mudanças e a
readequar as suas atitudes. Através das ações de monitoramento e de fiscalização, a Salu
verifica a adequação da população às mudanças e as necessidades de outras intervenções
educativas, informativas e operacionais, além da aplicação da legislação, de acordo com a Lei
nº 2627/94, em caso de infrações dos munícipes.

As ações regulares de monitoramento tem como propósito conter o retorno dos problemas já
trabalhados pela Limpeza Urbana em determinado local. Torna possível também avaliar a
qualidade na prestação dos serviços da SALU no munícipio , identificar possíveis situações a
serem regularizadas e a necessidade de retorno das atividades educativas.
Como resultado, observa-se que áreas consideradas “desafios” pela Secretaria Municipal
Adjunta de Limpeza Urbana sofreram mudanças significativas em relação a geração e
destinação inadequada dos resíduos em função dos monitoramentos.

XI.2.5.8 - Ações Intersetoriais

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


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A intersetorialidade é uma articulação entre sujeitos de setores sociais diversos que possibilita
o compartilhamento de saberes, poderes, objetivos e vontades para enfrentar problemas
complexos.
A ação intersetorial , como um processo organizado e coletivo, requer o respeito à diversidade
e às particularidades de cada setor ou participante. Envolve espaços comunicativos,
capacidade de negociação e intermediação de conflitos para a resolução ou enfrentamento
de problemas e para a acumulação de forças.
Seguem algumas parcerias já consolidadas com a Limpeza Urbana:
Secretaria Municipal de Saúde – SMS Mutirões de Limpeza de Prevenção e
Combate à Dengue: A dengue, assim como outras doenças endêmicas constitui um risco à
saúde da população. Sua disseminação pode ser potencializada, além de outros fatores, pela
disposição inadequada dos resíduos sólidos em vários pontos da cidade. Os resíduos sólidos
urbanos podem conter rejeitos que por suas características físicas, acumulem água e sirvam
como criadouros para reprodução do mosquito da dengue.
As ações são organizadas em conjunto com a Secretaria Municipal de Saúde, sempre que se
faz necessário abranger territórios mais extensos. Os mutirões visam promover o
recolhimento de resíduos sólidos dispostos pela população nos espaços e vias públicas da
cidade e mobilizar os munícipes de modo a eliminar de suas residências os focos de
disseminação da doença. Essas intervenções promovem a educação da limpeza urbana no
município, coscientizando a população sobre os impactos sobre a saúde do homem do lixo
mau acondicionado e disposto incorretamente.
Secretaria Municipal de Educação e Cultura – SEDUC: A parceria entre a Salu e a
SEDUC solidificou-se a partir da realização de um concurso para escolher a Mascote da
Limpeza Urbana em 2008. O processo envolveu as escolas da rede municipal de ensino de
Contagem. Para concorrer as premiações, por categoria, os alunos confeccionaram
personagens representativos da limpeza urbana, que dialogavam com a temática dos
resíduos.
Ao final de todo processo (média de 3 meses) foram premiados os alunos que elaboraram os
desenhos e nomes mais votados pelos estudantes das escolas do município, compondo a
“Turma do Mano Limpo”.
Anualmente, na Semana do Meio Ambiente, a SEDUC realiza a Mostra Ambiental de
Contagem que aborda temáticas diversificadas que reportam ao meio ambiente. A equipe de
Mobilização Social, representando a Salu, já participou de 4 edições do evento. No ano de
2010, por ter sido abordada a questão dos resíduos no mundo, representantes da GEMS
puderam compor a comissão organizadora da mostra trabalhando a temática “Lixo: reflexões,
desafios e possibilidades”.
A parceria com esse setor se solidifica com o tempo por meio da elaboração e execução de
projetos em comum, participações em eventos, seminários, conferências, concursos, etc.
Secretaria Municipal de Habitação e Equipes Técnicas Sociais dos Projetos de
Reassentamento.
Com os investimentos dos programas de moradia do governo federal vinculados ao Programa
de Aceleração do Crescimento – PAC e o Minha Casa, Minha Vida, o município de Contagem
vem proporciando desde 2009 melhorias nas condições de vida da população de baixa renda
que vive em áreas de risco (inundações e desabamentos).
Além de requalificar a Bacia do Arrudas (parceria com outros municípios da RMBH), as novas
intervenções da prefeitura estimulam o desenvolvimento econômico da região, geram
empregos.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


212
A construção de conjuntos habitacionais no município possibilita as famílias de baixa renda
renda uma nova condição de moradia, onde os hábitos individuais não devem gerar conflitos
na convivência coletiva.
A participação da Salu neste processso se dá através das parcerias com as quipe da
Secretaria Municipal Adjunta de Habitação e empresas de consultoria u que realizam o
acompanhamento técnico social das famílias nas diferentes etapas do processo de
reassentamento.
Nas estapas Pré-Morar e Pós-Morar as famílias são preparadas para uma melhor adaptação à
nova realidade. Em linhas gerais, na relação com os resíduos, muitas famílias tinham hábitos
de descartá-los de formas inadequadas, em cursos d´água, encostas, lotes vagos e áreas
verdes, dentre outros. O modelo de moradia vertical, requer um cuidado muito maior por parte
dos moradores na destinação do lixo gerado a fim de evitar problemas sanitários e ambientais,
bem como conflitos entre os condôminos. A Salu contribui nas atividades de capacitação dos
moradores realizando campanhas educativas e palestras junto aos moradores. Nessas
intervenções são tratados temas em torno do consumismo, acondicionamento e descarte
adequado do resíduos, coleta seletiva, problemas sócio-ambientais, prestação de serviços de
limpeza urbana no município etc.
Secretaria Municipal de Meio Ambiente - SEMA: As ações conjuntas com a
Secretaria de Meio Ambiente estão relacionadas principalmente ao processo de implantação
dos projetos de coleta seletiva. A Sema contribui com recursos materiais e recursos humanos e
com atividades lúdicas em eventos de implantação da coleta seletiva nas escolas e prédios
públicos. Outras parceriais se dão através dea participação em eventos e reuniões da Agenda
21.

Coordenadoria de Segurança Alimentar: A parceria ocorre através da participação


em eventos, oficinas de plantio e agricultura urbana, educação alimentar e reaproveitamento
integral dos alimentos e no grupo de trabalho que envolve diversos setores da prefeitura
denominado GTSANS.

Fundação de Parques, Jardins e Áreas Verdes – CONPARQ: Um dos objetivos do


setor é a manutenção das áreas verdes municipais. A principal relação com a Salu se
estabeleceu por meio da realização das Brigadas Verdes (plantio de mudas de árvores) em
diversas áreas da cidade, priorizando-se os locais que são pontos de descarte irregular de lixo.

XI.2.5.9 – MATERIAIS EDUCATIVOS E DE DIVULGAÇÃO


A Salu utiliza como instrumento principal nas ações de mobilização social folders e folhetos
com informações da Limpeza Urbana. Esses instrumentos devem apresentar-se num formato
motivante para quem os recebe, ou seja, pode ser contemplado por imagens e ilustrações e
as informações devem claras e objetivas tornando compreenssível a todo público a mensagem
a ser transmitida.
Atualmente são utilizados os seguintes informativos:
 Folder Porta à Porta trás as informações básicas sobre os cuidados que cada um
deve ter em relação aos resíduos gerados e permite também que sejam assinalados os dias
e horários de atendimento do serviço de coleta de acordo com o local a ser mobilizado.
 Folder Regional trás a descrição da frequência e o turno de coleta distribuídos por
bairros de acordo com a regional administrativa.
 Folder URPV trás o endereço de todas as caçambas estacionários instaladas no
município, essas conhecidas por Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes (URPVs)

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


213
são destinadas aos recebimento: de entulhos, móveis velhos, sucatas, madeira e outros
resíduos de pequenos geradores.
 Folder Varrição e Cestos Coletores trás informações sobre os serviços de varrição e
orienta sobre a importância da utilização do equipamento cesto coletor para descarte de
resíduos leves gerados pelos transeuntes nos espaços e vias públicas.
 Folder Capina trás informações sobre a prestação dos serviços de capina e roçada no
município. Aponta os benefícios e intervalos de tempo para execução, ressaltando a
importância da participação dos moradores na manutenção dos espaços onde esses foram
executados.
Em todos esses materiais educativos e de divulgação do programa Contagem Mais Limpa está
disponível o telefone 0800 para contato com a Secretaria Municipal Adjunta de Limpeza
Urbana, que permite à população receber informações, fazer solicitações reclamações,
sugestões e esclarecimento de dúvidas.
Cartazes - são utilizados principalmente nas ações realizadas em comércios da
cidades e/ou conjuntos residenciais de apartamentos para serem afixados em pontos
estratégicos. Nesses constam as informações básicas sobre dias e horários de coleta dos
resíduos no local em tamanho adequado que favorece a melhor visualização e exposição
das informações.
Lixocar - são sacolinhas confeccionadas em TNT para serem utilizadas em veículos para
o recolhimento de resíduos. São entregues juntamente com folders.
Bóton - são adesivos em formato circular utilizados em eventos como forma de
abordagem rápida aos participantes e com o objetivo de produzir um impacto visual.

XI.2.6 – AVALIAÇÃO DE RESULTADOS


Por estar voltada para a sociedade e envolver recursos públicos e sociais, toda política pública
deve ser sistematicamente avaliada do ponto de vista de sua relevância e adequação às
necessidades sociais, além de abordar os aspectos de eficiência, eficácia e efetividade das
ações empreendidas. A avaliação abrange o processo, os resultados e os impactos.
A avaliação de processo é importante no sentido de se identificar os aspectos positivos, os
equívocos e as insuficiências das ações realizadas, as quais apontam para a necessidade ou
não de reformulações de conteúdos, dos instrumentos utilizados, das formas e outros
procedimentos metodológicos, bem como fundamenta a definição de novas etapas. A
avaliação de resultados é realizada a partir da verificação do índice de consecução dos
objetivos, exigindo uma definição à priori desses objetivos a serem alcançados e dos
indicadores a serem mensurados. Já a avaliação de impacto analisa os efeitos do conjunto das
ações a médio longo prazo levando-se em conta a finalidade estabelecida no objetivo geral do
programa ou projeto.
As principais dificuldades de avaliação da mobilização social nos três níveis estão relacionadas
a uma rotina dinâmica, que embora o serviço esteja balizado por seus objetivos e pela
continuidade e pela regularidade, no dia-a-dia surgem novas demandas que implicam em
constantes revisões de planejamentos.
Para se avaliar a mobilização social no contexto da limpeza urbana não se pode restringir às
atividades realizadas pela equipe de mobilização, pois dentro do conceito de gestão integrada
dos resíduos sólidos, todos os serviços são complementares com interferências diretas entre
si. A implementação do Sistema de Gestão da Qualidade – SGQ na Secretaria Municipal
Adjunta de Limpeza Urbana no segundo semestre de 2012 resultou em um novo modelo de
gestão dos processos. As intervenções e ações desenvolvidas pela Gerência de Mobilização
Social - GEMS passaram a ser controladas através do ciclo PDCA (planejar, executar, verificar

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


214
e agir), o que resultou na organização dos procedimentos, planejamento das ações e controle
dos resultados.
As atividades Gems foram sistematizadas e descritas em um Procedimento Operacional
Padrão - POP Nº 015, que registra o Processo de Elaboração e Condução de Campanhas de
Mobilização Social. As planilhas de controle de atividades da gerência foram organizadas e
padronizadas em 08 Registros de Sistema de Gestão – RSG, nesses são descritos todas as
informações e dados quantitativos resultantes das atividades diversas e ações desenvolvidas
pela Gems, são eles:
RSG – SALU – 088 – Controle de Atendimento à Reclamações e Solicitações;
RSG – SALU – 089 – Controle de Acompanhamento à Realização dos Serviços;
RSG – SALU – 090 – Controle de Solicitações Internas e Externas;
RSG – SALU – 091 – Controle de Campanhas Educativas Realizadas;
RSG – SALU – 092 – Controle de Distribuição de Materiais Educativos no Município;
RSG – SALU – 093 - Controle de Participação em Eventos Municipais;
RSG – SALU – 094 – Controle de Realização de Palestras Educativas e Participação
em Reuniões Externas.
Os demonstrativos das ações e os seus resultados foram formatados em gráficos,
apresentando os seus objetivos e metas denominados Indicadores de Sistema de Gestão – IG,
são eles;
 IG-POP - SALU – 15A – Controle de Abordagens – Atendimento à Reclamação e
Solicitação. Esse indicador apresenta o número de abordagens mensais no atendimento às
reclamações e solicitações internas e externas, nessa avaliação quanto menor for o número de
abordagens e campanhas mais positivo será o resultado.
 IG-POP - SALU – 15B – Controle de Abordagens – Acompanhamento à Realização dos
Serviços. Esse indicador apresenta o número de abordagens à munícipes informando e
divulgando a realização dos serviços de limpeza urbana.
 IG-POP - SALU – 15C – Controle de Atendimento Mensal à Solicitações e Retornos.
Esse indicador objetiva apresentar a quantidade de demandas recebidas pela gerência e sua
eficiência em atendê-las mensalmente.
 IG-POP - SALU – 15D – Demonstrativo de Distribuição Mensal de Materiais Educativos
no Município. Esse indicador apresenta o quantitativo de materiais educativos distribuídos na
divulgação dos serviços no município.
 IG-POP - SALU – 15E – Demonstrativo de Participação em Eventos Municipais. Esse
indicador apresenta a quantidade de participação e distribuição de materiais educativos em
eventos realizados pela Prefeitura, Ong´s e outras instituições.
 IG-POP - SALU – 15F – Demonstrativo de Participação e Realização de Palestras
Educativas e Reuniões Externas. Esse indicador apresenta o total de participações e
realizações mensais de palestras educativas e reuniões.

XI.3 - AÇÕES EDUCATIVAS DE IMPLANTAÇÃO DO PROGRAMA MUNICIPAL DE COLETA


SELETIVA
Nas implantações e acompanhamentos dos projetos de coleta seletiva estão previstas
atividades de mobilização, formação e a organização de grupos de multiplicadores locais. No
processo de implantação da coleta seletiva, a Salu realiza atividades de formação através de
reuniões e palestras, da entrega de material informativo e de orientação às equipes de limpeza
quanto aos procedimentos de segregação dos resíduos.
Em escolas e alguns prédios públicos com maior número de funcionários são utilizadas
também apresentações visuais, esquetes teatrais e outras apresentações culturais. As escolas
são estimuladas a desenvolverem projetos pedagógicos e a organizarem eventos de
lançamento da coleta seletiva em suas unidades. Os prédios públicos com menor número de
funcionários recebem orientação sala por sala e os servidores da limpeza recebem orientação
específica.
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
215
Na implantação da coleta seletiva porta a porta e em conjuntos habitacionais a equipe da
coleta seletiva e da Gerência de Mobilização abordam cada morador orientando-o como
proceder na segregação dos resíduos e acondicionamento dos materiais recicláveis.
Os geradores comerciais e industriais que aderem ao programa, geralmente convidam a
equipe da coleta seletiva da Salu para realizarem palestras com vistas a formar e informar os
funcionários e motivá-los para participarem ativamente, ou seja, se comprometerem com a
coleta seletiva na empresa.
Os catadores, em 2010 e 2011, foram contemplados com atividades de capacitação previstas
no Projeto de Trabalho Técnico Social – PTTS do Projeto de Construção de Galpão de
Triagem para Catadores em parceria com o Ministério das Cidades/ PAC Resíduos, através do
qual foi implantado o galpão do Perobas.
Através do projeto foram realizadas palestras incluindo abordagem de temas vinculados ao
meio ambiente e visita ao aterro sanitário municipal. Através do PTTS também foi realizado o
curso de capacitação Cataforte - Fortalecimento do Associativismo e Cooperativismo dos
Catadores de Materiais Recicláveis, executado em parceria com a ong Instituto Nenuca de
Desenvolvimento Sustentável – Insea.
Foram realizadas 96 horas de capacitação, atendendo 86 catadores, abordando conteúdos
dentre eles: histórico da atividade de catação e do movimento social dos catadores,
biodiversidade, evolução dos resíduos, coleta seletiva e reciclagem, ciclo de vida dos produtos,
serviços da limpeza urbana de Contagem, gestão ambiental, economia solidária.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


216
XII – PROGRAMAS E AÇÕES PARA A PARTICIPAÇÃO DOS GRUPOS INTERESSADOS,
EM ESPECIAL DAS COOPERATIVAS OU OUTRAS FORMAS DE ASSOCIAÇÃO DE
CATADORES DE MATERIAIS REUTILIZÁVEIS E RECICLÁVEIS FORMADAS POR
PESSOAS FÍSICAS DE BAIXA RENDA

O Programa Municipal de Coleta Seletiva em consonância com a legislação referente a gestão


dos resíduos sólidos estabelece a inclusão dos catadores de materiais recicláveis no processo
de planejamento e operacionalização do serviço de coleta seletiva.
A Prefeitura de Contagem possui um vínculo de parceria com a Associação de Catadores de
Materiais Recicláveis de Contagem – Asmac, com a qual possui convênio de cooperação
técnica desde 2002. Existe no município uma outra organização de catadores denominada
Trabalhando com Materiais Recicláveis por um Mundo Melhor – Tramar/Consol, cooperativa
em processo de formalização, que também vem recebendo apoio material do prefeitura
através de cessão de área e caminhão uma vez por semana.
Tanto a Asmac quanto a Tramar/Consol são organizações constituídas por pessoas de baixa
renda e vulnerabilidade social que tem na atividade de reciclagem um ponto de apoio
importante para a sustentação de sua dignidade.

XII.1 - Concepções e Metodologia de Implementação da Coleta Seletiva em Contagem

A coleta seletiva foi instituída no município de Contagem a partir da Lei Municipal 3.676 de 03
de Junho de 2003, que estabeleceu a criação de um programa de municipal de coleta seletiva
e a parceria com os catadores de materiais recicláveis organizados em associações, desde que
as atividades exercidas pelas mesmas promovam benefícios sociais, ambientais e econômicos.
A concepção de coleta seletiva em implantação no município, prevê a segregação dos
resíduos sólidos em dois tipos: Materiais Recicláveis (papéis, papelão, plásticos, metais,
vidros) e Lixo Comum (restos de comida, cascas e bagaços de frutas e verduras, aparas de
jardins e resíduos provenientes de sanitários). Estão previstos os seguintes projetos como
modalidades de implantação da coleta seletiva: geradores comerciais e industriais, porta a
porta, escolas, prédios públicos, centros e corredores comerciais e conjuntos habitacionais.
Os instrumentos e equipamentos utilizados pelo município são: caminhões baú plotados
identificados com a marca da coleta seletiva do município, coletores (LEVs) instalados em
prédios públicos, instituições e escolas, caixas de papelão com a identificação da coleta
seletiva disponibilizadas em salas dos prédios públicos para acondicionamento interno dos
materiais recicláveis, latas pintadas em duas cores diferentes identificadas para receber “lixo
comum” e “materiais recicláveis” colocadas nas salas de aula, ecobags (100 litros) entregues
à população para acondicionamento dos materiais recicláveis nos projetos de coleta seletiva
porta à porta e bigbags (1 m³) para acondicionamento dos materiais recicláveis dentro dos
coletores e transporte nos caminhões.
Os recursos humanos disponibilizados são: técnicos e estagiários da Salu, equipes compostas
de 01 motorista e 02 agentes contratados por empresa responsável pela prestação do serviço
terceirizado de coleta de resíduos no município e os catadores de materiais recicláveis
organizados formalmente.
A metodologia de implantação dos projetos da coleta seletiva nas repartições públicas, porta a
porta, escolas, conjuntos habitacionais, centros e corredores comerciais consta de elaboração
de um diagnóstico, da formação de multiplicadores e planejamento operacional. No caso dos
geradores comerciais e industriais a doação ocorre por adesão espontânea da empresa ou
sensibilização para doação dos materiais recicláveis à Asmac através das vistorias técnicas
realizadas pela Salu ou pela própria associação.
Os procedimentos de planejamento e implementação do serviço de coleta seletiva em
Contagem foram formulados a partir das diretrizes e legislações relativas aos resíduos
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
217
sólidos, análise de outras experiências vivenciadas em municípios cujos processos de coleta
seletiva estão mais avançados e levantamento de informações das instituições envolvidas no
planejamento e gestão dos resíduos, organizações dos catadores e ongs que realizam estudos
e assessoria na área.
Em 2009, o município estabeleceu uma importante parceria com a Fundação Centro
Tecnológico - Cetec contratada pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado de
Minas Gerais que articulou diversos municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte aos
quais prestou assessoria na elaboração de diagnóstico gerencial, operacional e social e na
realização da caracterização dos resíduos sólidos.
Em setembro de 2011 foi inaugurado o galpão de triagem instalado na Central de Tratamento
de Resíduos Perobas, destinado a atender catadores de materiais recicláveis da Asmac. O
projeto do galpão foi apresentado em 2008 ao Ministério das Cidades/Programa de Aceleração
do Crescimento PAC Resíduos o qual previa como principais beneficiários os catadores
organizados formalmente em associação.
O galpão de triagem possui 1.200m² e tem capacidade para a triagem de 12,8t/dia através da
atuação de 110 catadores divididos em dois turnos de trabalho. Os materiais destinados ao
galpão são coletados pelo município nas diversas modalidades de coleta seletiva implantadas
através de caminhões baús. O gerenciamento do equipamento é de responsabilidade da
associação respeitando-se os documentos de parceria assinados pela Prefeitura de Contagem
e a Asmac.
Outros equipamentos previstos para atendimento aos catadores são os Núcleos de Apoio
Coleta Seletiva (NACS). Os NACS, são locais com uma estrutura básica para atender os
catadores que atuarem na coleta porta a porta com carrinho e coletores para entrega
voluntária. O material coletado será confinado temporariamente e encaminhado para o galpão
de triagem. Está prevista a instalação de NACS nas Unidades de Recebimento de Pequenos
Volumes – URPV’s potencializando os serviços prestados à população.

XII.2. Situação dos catadores de materiais recicláveis

Em 2009, entre os meses de maio e julho, com a assessoria do Cetec foi realizado um
diagnóstico social junto aos catadores de materiais recicláveis organizados e não organizados
a partir de um treinamento denominado de “Oficina Social”.
A metodologia adotada foi a aplicação de questionários para entrevistas aos catadores, por
amostragem, com o intuito de verificar dados referentes a vida social, econômica e profissional
dos mesmos.
As informações obtidas estão apresentadas à seguir.

XII.2.1 - Perfil dos Catadores Não Associados

O conhecimento das principais características inerentes ao perfil dos catadores não associados
foi baseado na realização de entrevistas individuais através de abordagens nas ruas onde os
catadores exercem suas atividades . Foram realizadas também visitas domiciliares nos bairros
Parque São João e Vila Beatriz na Regional Eldorado, onde os catadores recebem apoio social
da igreja católica local.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


218
(Fig 38.1) (Fig. 38.2)

As entrevistas foram realizadas por amostragem, com 30 catadores, sendo 77% do sexo
masculino e 33% do sexo feminino. De acordo com os resultados, a maioria dos catadores
entrevistados não são naturais de Contagem, são oriundos de outras cidades do interior de
Minas Gerais, como Itaúna, Conselheiro Lafaiete, Guanhães, Juiz de Fora, Coroaci, Ipatinga,
Curvelo, Corinto, Ouro Preto e de outras cidades mais próximas como Ibirité e Belo Horizonte.
Cerca de 68% deles residem no município há mais de 10 anos.
De acordo com os dados, a maior parte dos catadores teve pouco acesso à escola: 44%
cursaram entre 1ª a 4ª série do ensino fundamental e 17% não frequentaram a escola, e
apenas um dos catadores entrevistados chegou a ingressar no ensino médio, porém não o
concluiu (Gráfico 12.1).
Gráfico 23.1

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


219
Quanto ao aspecto faixa etária, os dados revelaram uma predominância de catadores entre 40
e 55 anos (Gráfico 12.2). Segundo os entrevistados a idade é um obstáculo no acesso ao
mercado de trabalho formal, sendo esse, um dos motivos que os levaram a trabalhar com
materiais recicláveis.

Gráfico 23.2

A situação de desemprego aparece como elemento fundamental para o ingresso na atividade


de catação, chegando esse número a 56% entre os entrevistados. As atividades citadas como
profissões anteriores à catação foram: vigia, estoquista, doméstica, garçom, eletricista e
algumas relacionadas à construção civil e ao setor de transportes. Dos entrevistados apenas
um, o mais novo deles, nunca exerceu outra atividade além da catação. Cerca de 40% estão
exercendo a atividade de catador há menos de cinco anos (Gráfico 12.3).

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


220
Gráfico 23.3

Quanto aos dados referentes ao trabalho e renda, 74% dos entrevistados têm na catação a
única forma de prover rendimento. Apenas 27% relatou ter outro rendimento, no caso, a
aposentadoria, e justificam o trabalho de catador como forma de complementar a renda
mensal. Dentre os entrevistados 17% declararam receber benefícios de programas
governamentais, sendo citado o benefício Bolsa Família (Gráfico 12.4).

Gráfico 23.4

Em relação à família, a maioria dos entrevistados, 47%, afirmam não ter dependentes. Quanto
à residência, 60% declararam ter casa própria, 10% moram de aluguel, outros 10% vivem em
casas cedidas, sendo que todos afirmaram que as suas residências são de alvenaria. Dentre
os entrevistados, 20% afirmaram que são moradores de rua.
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
221
Quanto às condições de trabalho a primeira pergunta refere-se ao tipo de material coletado.
Grande parte dos catadores entrevistados (53%) disse que recolhem todo tipo de material
reciclável, encontrado ou doado. Outros 37% afirmaram recolher apenas pet, e 20% recolhem
papelão e papéis em geral. Os entrevistados alegaram ter dificuldade de encontrar certos
materiais de maior valor comercial, principalmente a latinha de alumínio, já que muitas pessoas
mesmo sem serem catadores, recolhem e vendem esse produto.
O principal local de catação citado pelos entrevistados foram as adjacências da Avenida João
César de Oliveira nos bairros Eldorado e Novo Eldorado. Nessa avenida, encontra-se o maior
centro comercial do município, com uma grande variedade de segmentos comerciais como
lojas de venda de eletrodomésticos, material de construção, joalherias, lojas de calçados,
vestuário e alimentação, hipermercado, shoppings. Além desses, há uma grande variedade de
estabelecimentos de prestação de serviços como: estabelecimentos de ensino, escritórios,
cartório e clinicas de saúde e estética.
Em relação ao trabalho, os catadores entrevistados, em sua maioria, exercem suas atividades
sozinhos e por conta própria, ou seja, 60% deles não têm fornecedores fixos. Saem às ruas a
procura de materiais recicláveis e vendem no final do dia, ou seja, não estocam os materiais
para vender uma quantidade maior e obterem um melhor preço.
Quanto à comercialização, 100% dos catadores vendem diretamente para os chamados "ferros
velhos", estabelecimentos estes que podem ser considerados como “atravessadores” pois
compram e revendem os materiais. Os ferros velhos são também conhecidos pelos catadores
de Contagem como "depósitos". São eles que estabelecem os preços pagos a cada tipo de
reciclável. Os “ferros velhos” acumulam os materiais, prensando-os em fardos, até
conseguirem uma quantidade que viabilize a venda para grandes indústrias ou empresas de
reciclagem.
Os catadores de materiais recicláveis exercem uma atividade com significativo grau de
periculosidade, porque seu trabalho se desenvolve nas ruas, onde estão expostos a riscos
biológicos (poeira, vermes, bactérias), riscos químicos (materiais tóxicos e contaminantes),
ergonômicos devido ao peso que carregam e a forma de conduzirem os carrinhos, riscos de
acidentes e exposição à criminalidade.

(Fig.38.3)

De acordo com as entrevistas, os catadores trabalham em média de cinco a sete dias por
semana cumprindo carga horária de cinco a oito horas diárias. De acordo com as informações
dos catadores, o rendimento mensal deles gira em torno de R$ 100,00 a R$300,00 e que
muitas vezes recebem R$2,00 ou R$3,00 por dia.
Em relação à organização da categoria de catadores, foi indagado se participavam de algum
grupo e se tinham interesse em integrar-se a alguma associação de catadores de materiais
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
222
recicláveis. A maioria das respostas foi positiva: 67% dos entrevistados disseram ter interesse
em participar e 13% não souberam informar; 73% não participam de nenhuma organização,
grupo ou associação (Gráficos 12.4 e 12.5).

Gráfico 23.5

Gráfico 23.6

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


223
XII.2.2 - Perfil Geral dos Catadores Associados

a) ASMAC - Associação de Catadores Autônomos de Materiais Recicláveis de Contagem

A institucionalização da coleta de materiais recicláveis no município ocorreu a partir da


organização dos catadores que criaram a Associação de Catadores Autônomos de Materiais
Recicláveis de Contagem – Asmac.

Logomarca da ASMAC

(Fig.38.4)
A história da Asmac iniciou-se por meio de uma iniciativa da Pastoral de Rua da Arquidiocese
de Belo Horizonte em parceria com a Prefeitura Municipal de Contagem tendo em vista
melhorar as condições de vulnerabilidade social que os catadores de materiais recicláveis do
município estavam submetidos. Diante dessa demanda, a Pastoral realizou uma abordagem
com o intuito de organizar esses trabalhadores e formar um grupo que pudesse lutar pelos
seus direitos. Em abril de 2002 um grupo de 25 catadores fundou a Asmac, criando o primeiro
galpão de triagem no bairro Novo Riacho.
No mesmo ano, a Prefeitura Municipal de Contagem através da Secretaria Municipal de
Desenvolvimento Social firmou um convênio com a Providência Nossa Senhora da Conceição
(Arquidiocese de Belo Horizonte), através do qual a prefeitura disponibiliza recursos
financeiros para locação e manutenção dos galpões de triagem e pagamento de pessoal
técnico de apoio à referida associação.
A Asmac conta (2009) com dois galpões: um localizado no bairro Novo Riacho e outro no
bairro Kennedy, além de um ponto de apoio na CeasaMinas. Nesses locais os materiais são
triados, prensados e armazenados até sua comercialização. Para realização das atividades, os
catadores contam com 04 prensas, 04 balanças com capacidade para 400 Kg, 03 carrinhos de
fardo, 70 carrinhos para a coleta e 01 computador. Os catadores exercem suas atividades
regidos por um estatuto social próprio e em consonância com a Lei Municipal nº 3.676/2003
que dispõe sobre a Coleta Seletiva em Contagem.
Em entrevista realizada com representantes da associação, foi descrito pelos catadores que na
Asmac todos trabalham individualmente, em média cinco dias na semana, cumprindo de oito a
dez horas diárias com a coleta porta a porta e quando se forma um volume significativo de
materiais realiza-se individualmente também a triagem desses materiais.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


224
O recebimento do pagamento é feito pela quantidade de material coletado ou por diária.
Segundo os entrevistados, o catador com baixa produtividade recebe em torno de R$36,00 por
semana e o de maior produtividade chega a R$50,00 por semana. As despesas dos catadores
são com a aquisição de bags. A associação não possui um fundo de reserva.
A Asmac é constituída por 49 catadores, porém a participação é variável. Um representante
declarou que a associação tem por finalidade apoiar e defender os interesses dos catadores
favorecendo a união e a organização dos mesmos. Frequentemente são realizadas reuniões
para a resolução de questões de interesse do grupo, com a ajuda da Pastoral de Rua.
A associação participa da Rede de Economia Solidária – CATAUNIDOS, juntamente com oito
outras associações de catadores de materiais recicláveis da Região Metropolitana de Belo
Horizonte. Além disso, possui um representante no Movimento Nacional dos Catadores de
Materiais Recicláveis - MNCR, um delegado no grupo municipal de discussão da Agenda 21, e
um conselheiro na Rede de Economia Solidária de Contagem.

b) TRAMAR - Trabalhando com Materiais Recicláveis por um Mundo Melhor

A Tramar foi criada no ano de 2004, como uma cooperativa e está sediada no Bairro São
Joaquim, Regional Ressaca. A Tramar iniciou seu trabalho com nove fundadores, contudo na
ocasião do diagnóstico atuava com apenas quatro participantes, sendo dois homens e duas
mulheres. A organização possui um estatuto social, mas não possui regimento interno. Os
catadores trabalham de forma mista, ou seja, dois trabalham de forma individual e outros dois
coletivamente. Sempre que necessário, realizam reuniões para discutir assuntos de interesse
em comum. A prestação de contas é realizada anualmente. A entidade possui fundo de reserva,
referente a 10% do lucro dos catadores.

(Fig. 38.5)

A cooperativa recebe apoio da prefeitura através da cessão de espaço para o desenvolvimento


de suas atividades e ainda para o transporte uma vez por semana, através da Salu, para
recolhimento de materiais recicláveis em empresas e instituições doadoras e para
comercialização do material coletado. Outro apoio recebido pela Tramar é o da Paróquia São
Joaquim que, segundo o presidente da cooperativa, doou R$500,00 à entidade como capital de
giro inicial e acompanha os processos organizativos do grupo .
Em entrevista com representantes da Tramar foi informado que os catadores realizam as suas
atividades com uma carga horária de oito horas diárias, dispõem de uniformes e EPIs.
Trabalham com coleta porta a porta e recebem doações de grandes geradores. Relatam que as
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225
principais dificuldades enfrentadas são as ladeiras do bairro e o carrinho pesado. A renda
mensal declarada foi de R$300,00 em média por catador.
A Tramar participa da Cooperativa Solidária de Contagem – Consol, organizada pela Secretaria
Municipal de Trabalho e Geração de Renda, através do Centro Público de Economia Solidária.
O Centro Público visa incentivar a organização de grupos, na forma de associação ou
cooperativa, com o objetivo de gerar renda através da produção de bem ou serviço. O Centro
atende pessoas com dificuldade de acesso ao mercado de trabalho oferecendo palestras,
cursos de capacitação, orientação profissional e acompanhamento técnico.
O perfil socioeconômico dos catadores de materiais recicláveis vinculados às organizações do
município de Contagem, apresenta consideráveis semelhanças com os dados dos catadores
não associados, contudo os aspectos “Formato das famílias” e das “Moradias” demonstram
estruturas mais consolidadas. A construção do perfil social dos catadores associados foi
realizada através da aplicação de questionários contendo perguntas fechadas que atingiram
um universo de 63% desses trabalhadores. Dos catadores entrevistados 50% são do sexo
masculino e 50% são do sexo feminino, dos quais, 47% possuem idade entre 41 e 55 anos
(Gráfico 12.6). Em relação ao grau de instrução (Gráfico 12.7), 44% dos catadores têm entre a
1ª e a 4ª série, sendo que, a maioria declarou não ter intenção de concluir os estudos (Gráfico
12.8).

Gráfico 23.7

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


226
Gráfico 23.8

Gráfico 23.9

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


227
Quanto ao aspecto familiar, 61% dos catadores têm união estável, sendo 32% dos
entrevistados casados e 29% amasiados (Gráfico 23.10), 88% disseram ter filhos e 44% têm o
núcleo familiar composto por de 01 a 03 pessoas.

Em relação à residência, 44% têm casa própria, 100% têm acesso à água tratada, porém nem
todos têm acesso à rede de esgoto e à energia elétrica.
Quanto aos dados relacionados à vida profissional e renda, foi perguntado se gostavam da
atividade de catador e 97% dos entrevistados disseram que sim (Gráfico 12.10); e quanto ao
tempo na atividade, 41% informaram que estão na atividade há menos de 5 anos (Gráfico
12.11).

Gráfico 23.11

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


228
Gráfico 23.12

A maioria dos catadores afirmaram não possuir outra ocupação para completar sua renda, a
qual gira em torno de R$500,00 (Gráfico 12.12). Poucos catadores (6%) declaram possuir outro
rendimento, como pensão ou aposentadoria. Quanto ao item benefícios concedidos pelo
governo, 26% dos entrevistados disseram não receber nenhum benefício, 41% dos cooperados
recebem cesta básica, concedida pela Secretaria Municipal de Trabalho e Renda e 35% é
beneficiário do Programa Bolsa Família do Governo Federal (Gráfico 12.13).

Gráfico 23.13

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


229
Gráfico 23.14

XII.3 - Dados do diagnóstico gerencial das organizações de catadores


XII.3.1 - Caracterização dos Espaços de Trabalho
As informações referentes aos locais utilizados para a triagem de materiais recicláveis pelas
organizações foram obtidas através de visitas realizadas no período de junho a setembro de
2009. Durante as visitas foram realizadas observações e questionamentos aos catadores
presentes sobre as características físicas e gerenciais do local, seguindo o roteiro de entrevista
proposto pelo Cetec.

XII.3.2 - ASMAC - Associação dos Catadores Autônomos de Materiais Recicláveis de


Contagem
a) Rotina dos trabalhadores do galpão de triagem
A rotina dos trabalhadores da Asmac inicia-se em torno das 8:00 da manhã, e tem sua duração
conforme a quantidade de material disponibilizada em suas áreas de trabalho. As quais são
compostas por três espaços: o primeiro galpão com área de aproximadamente 720m²,
localizado na Rua Rio Paranaguá, nº 234, bairro Novo Riacho (Figura 12.6), o segundo galpão
com área semelhante, localizado na rua Três, 85, bairro Kennedy (Figura 12.7 ) e um local de
aproximadamente 300m² que serve como ponto de apoio, localizada no interior da Ceasa
Minas, BR 040, km 688, bairro Guanabara.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


230
(Fig. 38.6 e 38.7)

A realização do trabalho de cada catador tem especificidades de acordo com o local de


atuação, contudo em todos os três espaços de trabalho são atendidos catadores que realizam
a coleta com carrinho nas vias públicas (porta a porta). Outra forma de atuação é o trabalho
fixo, nesse formato de trabalho, os catadores recebem diárias para a realização da pesagem e
prensagem dos materiais a serem comercializados, o valor dessas diárias era de R$ 30,00 na
ocasião do levantamento.
A triagem é realizada em espaços individualizados, sendo cada catador responsável pela
separação de seu material e remunerado pela sua produção.

b) Dificuldades operacionais e gargalos das atividades

A organização das atividades em distintos locais de trabalho é bastante comprometida pela


falta de instrumentos e de pessoal, o que afeta o gerenciamento da comercialização dos
materiais e a manutenção dos equipamentos de trabalho e da estrutura física desses espaços.
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
231
Durante as visitas foram observadas algumas situações que ilustram esse cenário: no primeiro
e no segundo galpão haviam telhas quebradas há mais de um ano, no segundo galpão um
vazamento na descarga do sanitário desperdiçava água continuamente durante mais de dois
meses e no ponto de apoio a rede elétrica estava exposta e com emendas, caracterizando alto
risco de incêndio. Nesse local, os materiais recicláveis ficam expostos ao tempo
comprometendo a qualidade para a sua comercialização.

c) Funcionamento e estado de conservação dos equipamentos

Os principais equipamentos utilizados pela associação são carrinhos de madeira (Figura 12.8),
balança industrial (Figura 12.9), caçambas (Figura 12.10), máquinas para triturar papéis e
prensas. Tais equipamentos, exceto os carrinhos, ficam dispostos nos galpões, em bom estado
de conservação, mas em caso de demanda por manutenção a produção fica interrompida e o
conserto é realizado através de contratação de serviço.

(Fig 38.8)

(Fig 38.9)

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


232
(Fig 38.10)

Os carrinhos foram adquiridos através de doação de uma empresa privada, a manutenção é de


responsabilidade de seus proprietários e ficam abrigados no local de trabalho ou são levados
para casa, conforme a demanda do catador.

d) Uso de Equipamentos de Segurança Individual (EPI’s)

Através das visitas pode-se observar que o maior comprometimento das condições de trabalho
dos catadores associados à Asmac está relacionado à segurança, pois o uso de EPIs é
deficiente. A maioria dos catadores não utiliza equipamentos básicos como calçados de
segurança, luvas e máscaras. Tal condição se dá ora por falta do fornecimento desses
equipamentos pela associação, ora pela resistência dos associados em se adaptarem ao uso
contínuo dos mesmos.
Não há o registro de treinamento dos associados sobre a importância do uso adequado
desses equipamentos.

e) Uniformes

São disponibilizadas aos catadores pela associação, camisetas com identificação da entidade,
porém observou-se que a maioria não as utiliza, com alegação de que são fornecidas poucas
peças, não dando tempo para lavá-las e que se acabam rapidamente. As outras peças como
calças e bonés são as mesmas de uso pessoal dos catadores.

f) Ânimo e o humor dos Catadores

Durante a entrevista os catadores não demonstraram ânimo e o humor que caracterizasse


grande entusiasmo, entretanto de acordo com as respostas do questionário referente a esse
tema, todos os associados afirmaram que gostam do ambiente de trabalho e a maioria (70%)
considera a equipe unida e solidária.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


233
g) Condições a higiene e limpeza dos locais de trabalho

(Fig. 38.11)
As condições de higiene dos galpões são distintas. Contudo, a falta de uma organização para a
realização dos serviços de limpeza é comum aos três locais de trabalho da Asmac. Observou-
se sujeira e acúmulo de sucatas nos espaços de uso comum (banheiros e refeitórios) (Figura
12.11).
A situação do segundo galpão (Kennedy) foi a mais complexa: o banheiro, a cozinha e um
espaço de convivência existente no local ficam muito sujos, os alimentos são armazenados de
forma inadequada e muitas vezes ocorre o consumo de restos encontrados no lixo em estados
de putrefação adiantado. Tal cenário proporciona uma proliferação desordenada de roedores
que transitam, mesmo durante o dia, em todos os espaços do galpão, logo os riscos do
comprometimento da saúde dos associados que atuam nesse local é muito elevado. Diante
desse contexto a Secretaria de Desenvolvimento Social foi acionada para dar suporte e
orientações para organização e limpeza do local e a Zoonoses para realização de desratização
e monitoramento periódico.

XII.3.3 - Trabalhando com Materiais Recicláveis para um Mundo Melhor - Tramar

a) Rotina dos trabalhadores do galpão de triagem

A área de trabalho da Tramar, localizada à rua Turquesa, nº 709, bairro São Joaquim, mede
aproximadamente 360m² e não possui as características de um galpão convencional: a maior
parte da área é aberta, o local de triagem é configurado pela sequência de cinco baias
divididas por bancadas confeccionadas em madeira e cobertas por telhas de amianto.

b) Dificuldades operacionais e gargalos das atividades

São desafios observados no funcionamento da Tramar: a falta de um sistema de


gerenciamento e de registro da comercialização; de equipamentos fundamentais, como a
prensa, e maior disponibilidade de transporte para recolhimento de materiais doados por
grandes geradores.
A infra-estrutura do local também compromete as condições de trabalho, além das questões
relacionadas à edificação, existe ainda a precariedade da rede de energia elétrica que está
exposta e com emendas, caracterizando alto risco de incêndio. Deve-se ressaltar que no local

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


234
não existe nenhum tipo de equipamento de prevenção e/ou combate a esse tipo de
eventualidade.

XII.3 - Situação atual dos Catadores

A parceria entre a Prefeitura Municipal de Contagem e o Ministério das Cidades para a


construção de um Galpão de Triagem para Materiais Recicláveis na área da Central de
Tratamento de Resíduos Sólidos – Perobas constituiu uma nova realidade para os catadores
da Asmac a partir de 2011.
O galpão foi inaugurado no dia 01 de setembro de 2011 com a assinatura de um Termo de
Cessão de Uso e iniciou suas atividades em 30 de outubro do mesmo ano, com a desativação
gradativa do galpão do bairro Kennedy.
A etapa inicial de planejamento das atividades foi marcada por diversas reuniões entre a
Asmac, a Pastoral de Rua (instituição responsável pelo apoio técnico-operacional à Asmac) e
a Salu para definir e aprovar os procedimentos referentes ao Plano de Trabalho e Instrução de
Trabalho para o funcionamento do referido galpão.
Além do galpão do Perobas, continuaram funcionando o galpão do Novo Riacho e o ponto de
apoio da CeasaMinas. O número de catadores da Asmac continua sendo 49, entretanto,
ocorreram várias substituições principalmente com adesão de novos catadores para atuarem
no galpão do Perobas. Considerando a distribuição por gênero, são 13 homens e 36 mulheres.

Em 2011 as organizações Asmac e Tramar juntas, comercializaram cerca de 1% do total de


resíduos gerados no município, segundo tabela 40 abaixo:
ORGANIZAÇÃO TIPO DE MATERIAL COMERCIALIZADO TOTAL (Kg)
PAPEL PLÁSTICO METAL OUTROS
ASMAC 837.200,10 140.166,20 90.232,80 2.861,00 1.070.460,00
TRAMAR 148.310,48 28.871,20 66.358,65 5.150,00 248.690,33
TOTAL 985.510,58 169.037,40 156.591,45 8.011,00 1.319.150,30

Fonte: Asmac e Tramar

Na relação com os demais catadores do município está previsto para 2012 o apoio financeiro à
Tramar para locação e manutenção de galpão de triagem e ações de mobilização, capacitação
e assessoria aos catadores informais para a constituição de novas organizações e ampliação
da participação nas organizações já existentes.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


235
XIII - MECANISMOS PARA A CRIAÇÃO DE FONTES DE NEGÓCIOS, EMPREGO E
RENDA, MEDIANTE A VALORIZAÇÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

XIII.1 – Aspectos Teóricos


Os moldes adotados no Município de Contagem para a criação de fontes de negócio e
geração de renda à partir da valorização dos resíduos sólidos são baseados nos
princípios da economia solidária.
Parte-se destes princípios por se acreditar que o fomento a formação de
empreendimentos solidários, a incubação de novos grupos e assessoria a
empreendimentos existentes podem contribuir de forma sistemática para a construção
de um novo paradigma na cidade: possibilitar não só uma nova realidade em que este
público acesse a renda, o trabalho e os serviços públicos, mas também, construam
uma nova perspectiva de vida com valores éticos, de organização solidária e de
sustentabilidade ambiental.
Neste sentido, atualmente se encontra em fase de execução o Plano de Consolidação
das Políticas Públicas de Economia Solidária de Contagem e no âmbito deste é
destacada a valorização dos resíduos sólidos potencialmente recicláveis como matéria
prima fundamental no processo de incubação de empreendimentos de economia
solidária. O plano em questão foi elaborado pela Secretaria Municipal de Trabalho e
Geração de Renda e foi um dos beneficiados pelo Ministério do Trabalho e Emprego
por meio do edital 004/2011, recebendo, assim, verba do Governo Federal para sua
execução.
Para construir um processo de execução que considere as características de cada
território, bem como sua trajetória sócio-cultural, sua espacialidade e, “visando que os
agentes sociais se mobilizem em torno de uma visão de futuro”, a Secretaria do
Trabalho e Geração de Renda assumiu uma metodologia que prima pela
sustentabilidade, em sua ampla concepção, inclusive ambiental.
Sendo assim, cabe não apenas garantir a participação dos agentes locais e sociais
envolvidos no processo, mas antes, construir uma proposta metodológica que partisse
de um consenso coletivo quanto às suas potencialidades, baseado em informações e
diagnósticos (Plano de Desenvolvimento Local), e através disto, construir uma
proposta em que os atores sociais se reconheçam e tenham sentimento de
pertencimento quanto ao “modus operandi” proposto e seus desdobramentos.
Valorizar a linguagem, o ambiente, a utilização de resíduos potencialmente recicláveis
e as características que unem os atores e constroem um sentimento comunitário são
premissas metodológicas que são consideradas na execução deste projeto.
XIII.2 - Aspectos Quantitativos
O plano utilizou como bases para sua elaboração, além dos princípios relacionados à
economia solidária, informações da Secretaria de Trabalho e Geração de Renda
relativas ao cenário sócio-econômico do município em que, atualmente, cerca de 7%
(42.197 habitantes) se encontram em situação de pobreza (renda per capita entre...).
Destes, cerca de 1,9% (11.382 habitantes) se encontram em situação de extrema
pobreza (renda per capta de até R$ 70,00). Deste público 22,7% estão na faixa etária
entre 20 e 39 anos e 15,4% estão na faixa etária entre 40 e 59 anos para os quais é
de grande importância o acesso a oportunidades de geração de emprego e renda,
uma vez que sem estas iniciativas dificilmente poderiam ser contemplados no quadro
da previdência social.
Com base nestes dados o plano em execução se insere entre outros projetos da
Secretaria Municipal de Trabalho e Renda que tem como objetivo contribuir para a
transformação desta realidade.
O objetivo geral do plano é o de promover a geração de renda e a inclusão social por
meio do fomento, fortalecimento, assessoria e incubação de 25 empreendimentos
solidários na cidade de Contagem, de forma a emancipar econômica e socialmente
250 famílias em situação de extrema pobreza, através da perspectiva da economia
solidária e valorização dos resíduos sólidos.
Tabela 41

Número de Beneficiários Diretos Indiretos

Homens 50 200
Mulheres 200 800

Total 250 1000

XIII.3 – Órgãos Envolvidos e Territórios dos Empreendimentos


Além da Secretaria Municipal de Trabalho e Renda e da Secretaria Municipal Adjunta
de Limpeza Urbana, existem outros órgãos e entidades parceiras no desenvolvimento
do plano.
O Fórum Municipal de Economia Solidária de Contagem se apresenta como um forte
aliado na construção deste processo, com participação efetiva, e se constituindo em
um espaço em que os empreendimentos se fortalecem em rede e onde foi feita uma
escuta na pré-elaboração deste projeto. Para garantir a gestão participativa das
comunidades beneficiadas, todos os trabalhadores serão convidados a integrar o
Fórum, e esta sendo articulada em cada território beneficiado uma Comissão de
Gestão, com o objetivo acerca de todas as peculiaridades durante a execução do
projeto. Com isso estaremos fortalecendo não somente o diálogo e o controle social,
mas acima de tudo, fomentando nos trabalhadores o costume em construir processos
de decisão coletiva.
Outro ator importante na interlocução, concepção e execução da formação dos
trabalhadores em economia solidária é o CEFES (Centro de Formação em Economia
Solidária). Instalado em Contagem, o mesmo trará para o projeto por meio de uma
efetiva parceria institucional todo o acúmulo de experiências consolidadas, sua visão
atual em termos de economia solidária e sua notoriedade enquanto instituição voltada
à formação dos trabalhadores de empreendimentos solidários.
Potencializando toda a execução do projeto estarão presentes também os CRAS
(Centros de Referência da Assistência Social) que fazem a articulação e o
encaminhamento das demandas sociais dos trabalhadores e verificam sua
composição familiar, agregando no processo a oferta de serviços públicos e
contribuindo com o aparato de segurança social aos trabalhadores.
Outro ator importante é o Centro Público de Economia Solidária que, entre outras
atividades acompanha de forma sistemática grupos que atuam em diversas áreas, tais
como: artesanato, confecção, produtos de limpeza, materiais recicláveis, beleza e
estética. Por meio da equipe do Centro Público de Economia Solidária os grupos deste
plano estão sendo, de modo semelhante aos atendidos anteriormente, incubados e
assessorados.
Os empreendimentos atendidos encontram-se em áreas que concentram habitantes
em situação de extrema pobreza e, me alguns casos, que foram inclusive retiradas de
áreas de risco e reassentadas através de projetos executados com recursos do PAC
(Programa de Aceleração do Crescimento) do Governo Federal. Este é o caso, por
exemplo, do conjunto habitacional de 108 unidades, localizado no Bairro Bernardo
Monteiro onde foram assentadas famílias de aglomerados da região. Um dos
empreendimentos possui a participação de componentes de família que estão hoje
alocadas neste conjunto.
Também atuaremos num território em que várias outras políticas estão concentradas
devido ao alto índice de violência e vulnerabilidade social: trata-se da região do
Nacional. Esta região foi uma das últimas a se desenvolveram na cidade, e
conseqüentemente, carente de serviços públicos.
O projeto traz ainda uma novidade para a gestão das políticas de economia solidária
em Contagem que é trabalho com a Comunidade dos Arturos, que materializa uma
relação direta da cultura negra com a cidade, que se inicia a partir do processo de
formação do município.
XIII.4 - Sustentabilidade Econômica e Social
No que diz respeito à sustentabilidade econômica dos empreendimentos caberá
assegurar a “capacidade de gerar fluxo de renda suficiente para cobrir, ao longo do
tempo, suas despesas correntes e para recompor o capital desgastado, bem como
para financiar ações referentes à manutenção e expansão de participação no
mercado” (Guia de Geração de Trabalho e Renda. MDS, 2008). Para além do plano
financeiro cabe garantir que a pluralidade de gênero, raça e faixa etária esteja
efetivada de forma horizontalizada, garantindo que a proposta de execução tenha
caráter dialógico, claro e ético, e acima de tudo, emancipador.
Para que esta concepção metodológica se efetive é importante a figura do Agente de
Desenvolvimento Solidário, que fará o monitoramento e avaliação constante de todos
os fluxos do empreendimento como conflitos, anseios, ajuda na formação de
identidade e etc. Com o objetivo de construir um canal fluente de comunicação serão
contratados também agentes na própria comunidade, de forma que eles representem
o território na gestão e execução do projeto.
No que se refere à sustentabilidade social o empreendimento buscará garantir o
atendimento das expectativas dos trabalhadores, para que assim construa sua
legitimidade junto aos próprios beneficiários e a comunidade local. Para isso alguns
fatores são importantes:
Propiciar o sentimento de ter uma ocupação com a qual o trabalhador se
identifique;
Fazer com que os trabalhadores sintam-se donos do empreendimento;
A valorização de um novo campo do conhecimento que passa a ser dominado
pelos mesmos;
O aumento da auto-estima dos beneficiários, fazendo-as sentir-se inclusos em
uma rede solidária.
Conceber uma proposta metodológica compatível com o público é condição
necessária para o cumprimento de metas e para construção de indicadores
qualitativos em projetos como a economia solidária e esperamos consolidar uma
proposta que seja coerente, coesa, ética e acima de tudo, fruto de um processo
coletivo de decisões.
Por fim, a execução deste projeto será marcada pela construção de processos
emancipatórios, sejam eles em suas faces política, econômica, tecnológica ou
educacional.

XIII.5 – Valorização dos Resíduos Sólidos


A valorização dos resíduos sólidos no processo de desenvolvimentos dos
empreendimentos de economia solidária se dará por meio do incentivo ao incremento
de produtos artesanais feitos em parte ou integralmente com a utilização de materiais
recicláveis pelos grupos.
O desenvolvimento dos produtos se dará por meio de oficinas de elaboração destes
programadas e realizadas em conjunto pela Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria
Adjunta de Limpeza Urbana, Secretaria de Trabalho e Geração de Renda e o Centro
Público de Economia Solidária.
Após o desenvolvimento dos produtos, os grupos terão os mesmos expostos em feiras
de economia solidária previstas no calendário da Secretaria de Trabalho e Geração de
Renda.
XIV - SISTEMA DE CÁLCULO DOS CUSTOS DA PRESTAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS
DE LIMPEZA URBANA E DE MANEJO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E FORMA DE COBRANÇA
DESSES SERVIÇOS, OBSERVADA A LEI Nº 11.445, DE 2007

XIV. 1 – Legislação Correlata e Sistema de Cálculo Pela Prestação à População

No Município de Contagem, a remuneração dos serviços de limpeza urbana é disciplinada pela


Lei Municipal 1611/1983 e suas respectivas alterações e pelo Decreto Municipal 1509/2011. A
primeira lei citada, acompanhada de alterações introduzidas por outras leis, contém o Código
Tributário Municipal. O decreto em questão dispõe sobre o lançamento do IPTU1, da TCRS2, da
TCVLP3 e da CCSIP4 para o exercício financeiro de 2011.
Outra lei importante ao se tratar da questão de tributos municipais é a Lei Municipal 3496/2001
que dispõe sobre a isenção do IPTU e taxas com este cobradas, referentes aos imóveis citados
na legislação. O texto da lei citada que qualifica os imóveis com direito à isenção é o seguinte:

Art. 1º Ficam isentos do Imposto Sobre a Propriedade Predial e


Territorial Urbana (IPTU) e das Taxas que com ele são cobradas:
I - o imóvel predial, de proprietário, titular do domínio útil ou possuidor a
qualquer título, utilizado exclusivamente como residência;
II - o imóvel construído, situado na Rua Ignez Glanzman de Almeida, nº
132 ("Casa de Cacos");
III - o imóvel construído e que seja utilizado exclusivamente para
ministrar ensino especial e gratuito a deficiente físico e/ou excepcional,
nos termos da legislação federal e estadual;
IV - o imóvel não edificado, doado pelo Município de Contagem, até o
final do exercício subseqüente ao da doação;
V - a associação ou entidade sem fins lucrativos e declarados de
utilidade pública pelo Município de Contagem, proprietária, titular do
domínio útil ou possuidora a qualquer título do imóvel, com ou sem
edificação;
VI - o imóvel próprio, cedido ou alugado, que esteja sendo utilizado
como templo religioso.

O Código Tributário Municipal estabelece que o Sistema Tributário do Município de Contagem


é composto por:
A. Impostos (IPTU, ISSQN5 e ITBI6);
B. Taxas advindas do exercício regular do “Poder de Polícia7” do Município;
C. Contribuições de Melhoria;
D. Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública;
Além destes componentes o Código Tributário ainda estabelece que constituam rendas
municipais a prestação de serviços públicos, dentre os quais se enquadram os serviços de
limpeza urbana. Ainda é determinado pelo Código que o chefe do executivo irá estabelecer
anualmente (por meio de decreto municipal) os preços públicos mencionados no art. 3ºB,

1
Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana
2
Taxa de Coleta de Resíduos Sólidos
3
Taxa de Conservação de Vias e Logradouros Públicos
4
Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública
5
Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza
6
Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis e de Direitos a Eles Relativos por Ato Oneroso "Inter Vivos”
7
Fiscalização
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
240
dentre os quais estão a TCRS e a TCVLP. Sobre o percentual de reajuste, o art. 6ºB
estabelece que:
(...) os tributos, contribuições, multas e demais valores fixados na
legislação municipal serão atualizados, no dia 1º de janeiro de cada
exercício, com base na variação do IGP-M/FGV (Índice Geral de
Preços de Mercado) acumulado nos últimos 12 (doze) meses
imediatamente anteriores ao da atualização ou outro índice que vier a
substituí-lo.

Segundo o art. 179 a TCRS é uma taxa que tem como fato gerador:

(...) a utilização, efetiva ou potencial, dos serviços públicos, específicos


e divisíveis, de coleta, transporte, tratamento e destinação final de
resíduos sólidos, residenciais e não-residenciais, prestados ou postos à
disposição pelo Município, diretamente ou mediante concessão.

O artigo em questão possui ainda um parágrafo único que dispõe sobre o lançamento do
tributo. O mesmo estabelece que a TCRS incida sobre todos os imóveis edificados localizados
em vias ou logradouros nos quais os serviços são prestados. A legislação ainda cita que são
considerados pela coleta pública de resíduos sólidos, apenas aqueles cujo volume por coleta
não ultrapassem duzentos litros ou aproximadamente cem quilos. O parágrafo único do art.
179A estabelece que fiquem excluídos dos serviços de coleta, transporte, tratamento e
destinação final os resíduos sólidos a seguir:

I - móveis, colchões, utensílios de mudanças e outros similares;


II - eletrodomésticos ou assemelhados;
III - resíduos de oficinas e indústrias;
IV - entulhos, terras e resto de materiais de construção;
V - restos de limpeza e poda de jardins, pomares, hortas e quintais
particulares;
VI - o resíduo perigoso produzido em unidades industriais e que
apresente ou possa apresentar riscos à saúde pública ou ao meio
ambiente;
VII - o resíduo infectante produzido nas unidades de trato de saúde
humana ou animal, composto por materiais biológicos ou perfuro-
cortantes, que apresentem ou possam apresentar riscos potenciais à
saúde pública ou ao meio ambiente;
VIII - o resíduo radioativo;
IX - os resíduos como lodos e lamas, gerados em estações de
tratamento de água ou de esgotos sanitários ou de fossas sépticas ou
postos de lubrificação de veículos ou similares;
X - os materiais de embalagens de mercadorias para proteção e/ou
transporte, que apresentem algum tipo de risco ao meio ambiente;
XI - resíduos outros não definidos como resíduos sólidos, a critério da
administração pública.

Já o art. 179 B complementa as disposições sobre remuneração dos serviços públicos de


coleta, transporte, tratamento e destinação final de resíduos sólidos com o estabelecimento de
que a base cálculo da TCRS terá como referência o custo global dos serviços públicos
compreendidos pelo tributo e este será dividido pelos beneficiários do serviço, ou seja, os
contribuintes da taxa. A divisão terá como base a proporção do volume de resíduos sólidos
efetivamente gerados ou o potencial de geração de acordo com a destinação do imóvel. Ou
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
241
seja, a legislação estabelece que os imóveis com fim diverso do residencial terão uma alíquota
de cobrança diferenciada. O parágrafo segundo do artigo em questão estabelece que haja uma
classificação de cada imóvel (unidade autônoma) feita em conformidade com a tabela VI do
anexo V da mesma lei, conforme a destinação do mesmo. No que diz respeito ao uso de
caráter industrial o Decreto Municipal 1509/2011 estabelece em parágrafo único do art. 12 que
a TCRS será lançada apenas para as quatro primeiras unidades imobiliárias do mesmo
contribuinte.
Ainda em relação a este tributo, o art. 180 estabelece que o contribuinte da referida taxa é o
proprietário, o titular do domínio útil ou o possuidor de imóvel edificado localizado em via ou
logradouro beneficiado pelo serviço público em questão.
O art. 181 especifica ainda mais a maneira como é calculado o valor da taxa. Tem-se que o
mesmo será obtido ao se multiplicar o valor da área construída pelos valores de referência
constantes da tabela anteriormente citada observando-se limites mínimos e máximos previstos.
Em relação a TCVLP, o art. 182 estabelece como fato gerador da cobrança a necessidade de
conservação dos leitos pavimentados das vias e logradouros públicos compreendidos na zona
urbana municipal. O contribuinte da taxa em questão será o proprietário, o titular do domínio útil
ou o possuidor de imóvel situado na zona urbana em que exista pavimentação. A
condicionante da pavimentação se faz em função de o serviço em questão ser viável apenas
em vias pavimentadas. O valor calculado para o pagamento do tributo pelos contribuintes terá
como referência a razão de R$ 7,34 (valor definido pelo Decreto Municipal 1509/2011) por
metro linear de testada ou fração em toda a extensão do imóvel no limite com a via ou
logradouro público atendido pelo serviço.
Não sendo cobrado o IPTU residencial, conforme legislação citada anteriormente, não há
atualmente nenhuma taxa de serviço público cobrada em Contagem dos imóveis de uso
exclusivamente residencial. Os imóveis não citados na legislação pagam os impostos
normalmente e contribuem para a remuneração dos serviços públicos de limpeza urbana. Os
recursos arrecadados destinados à limpeza urbana compreendem hoje cerca de 4 % do
orçamento municipal de acordo com dados do ano de 2010. Em 2010 foram investidos cerca
de trinta e três milhões de reais nas operações de limpeza urbana do Município de Contagem.
Os percentuais deste valor gastos com cada serviço público prestado são os constantes da
tabela a seguir

Serviço Percentual do Total Investido

Coleta e Transporte 38,00

Varrição e Serviços Complementares 20,10

Capina, Roçada e Serviços Complementares 25,48

Operacionalização do Aterro Sanitário 13,17

Limpeza de Fossas 2,01

Monitoramento Ambiental do Aterro Sanitário 1,24


Fonte: Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana – SALU /2010

Além das taxas estabelecidas conforme descrito, a limpeza urbana ainda possui uma tarifa
vinculada a aterragem de rejeitos cobrada de grandes geradores (geradores de personalidade
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
242
jurídica) para aterragem de rejeitos no aterro sanitário municipal. A tarifa é reajustada
anualmente por meio de Decreto Municipal anual que reajusta os preços públicos com base na
variação do IGP-M/FGV. O transporte até o Aterro Sanitário Municipal é realizado por
empresas transportadoras contratadas para tal fim pelos geradores como relatado
anteriormente neste PGIRSU.

XIV. 2 – Medições dos Serviços Executados e Pagamentos as Empresas Contratadas

Os serviços de limpeza urbana no Município de Contagem atualmente são executados por


empresas do setor privado vencedoras de processo licitatório onde devem comprovar
capacidade técnica e financeira para a execução dos serviços. As licitações, quando são
realizadas, ocorrem com empresas concorrendo aos serviços divididos por Coleta, Capina,
Varrição e Operacionalização do Aterro Sanitário Municipal.
A partir do momento em que estão executando as atividades de limpeza urbana, as empresas
passam a medir todos os serviços efetivamente realizados a cada mês sendo monitorados
pelas diretorias da SALU responsáveis pelo acompanhamento da execução dos serviços. Os
diretores acompanham as atividades através de vistorias em campo e com o auxílio de fiscais
da limpeza urbana que realizam rondas diárias em toda a cidade, além de averiguar
reclamações referentes à realização dos serviços.
As empresas enviam os relatórios dos serviços prestados até o quinto dia útil de cada mês e a
partir da conferência pelos diretores ligados a cada serviço e aprovação dos relatórios pelos
mesmos é realizado então o processo de pagamento dos executores por meio da Secretaria
Municipal de Obras e Serviços Públicos - SEMOBS.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


243
XV - METAS DE REDUÇÃO, REUTILIZAÇÃO, COLETA SELETIVA E
RECICLAGEM, ENTRE OUTRAS, COM VISTAS A REDUZIR A QUANTIDADE DE
REJEITOS ENCAMINHADOS PARA DISPOSIÇÃO FINAL

XV. 1 – Projeções de População e Geração de Resíduos Sólidos


Para fins da definição de metas para a limpeza urbana, utilizando o horizonte de 20
anos estabelecidos pela Política Nacional de Resíduos Sólidos. Considerou-se na
definição o período se iniciando no ano seguinte ao da conclusão do conteúdo do
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos e indo até o ano de 2032.
Após tal definição, procedeu-se então a elaboração de projeção de população e ainda
de projeção de geração de resíduos sólidos para os próximos 20 anos no Município de
Contagem. Tais cálculos foram realizados com vistas a não negligenciar no momento
do planejamento alterações do número de habitantes que certamente irão impactar na
geração de resíduos sólidos.
Para a projeção de população foi utilizado o método de projeção aritmética e ainda os
dados dos censos de 2000 e 2010 como subsídio à fórmula de projeção. As
populações projetadas são as constantes da tabela.

Tabela: 42 Projeção de População 2012 à 2032 – Contagem / MG

Ano Habitantes
2013 623.070
2014 629.612
2015 636.155
2016 642.697
2017 649.240
2018 655.782
2019 662.325
2020 668.867
2021 675.410
2022 681.952
2023 688.495
2024 695.037
2025 701.580
2026 708.122
2027 714.665
2028 721.207
2029 727.750
2030 734.292
2031 740.835
2032 747.377
Fonte: Censo IBGE 2000 e 2010 (subsídio as projeções)
Através dos valores calculados para a população foi possível projetar também a
geração de resíduos sólidos no município. Para tanto, foram utilizadas, além das
projeções de população constantes da tabela anterior, o valor de geração per capita
diária de 0,9 kg / habitante encontrado nos dados do diagnóstico (capítulo II deste).
Os resultados encontrados nas projeções são os constantes da tabela a seguir.

Tabela: 43 Projeção de Geração de Resíduos Sólidos* - Contagem / MG

Resíduos Sólidos
Ano Domiciliares Gerados Geração Diária (ton./dia)
(ton.)

2013 181.936 498


2014 183.847 504
2015 185.757 509
2016 187.668 514
2017 189.578 519
2018 191.488 525
2019 193.399 530
2020 195.309 535
2021 197.220 540
2022 199.130 546
2023 201.040 551
2024 202.951 556
2025 204.861 561
2026 206.772 566
2027 208.682 572
2028 210.592 577
2029 212.503 582
2030 214.413 587
2031 216.324 593
2032 218.234 598
*com base em geração per capita 2010 e projeção de população

Após a elaboração das projeções em questão procedeu-se então a elaboração das


metas relativas à redução, reutilização e coleta seletiva, dentre outras.

XV. 2 - Coleta Seletiva


A diminuição da quantidade de resíduos sólidos caracterizados como rejeito
encaminhados para disposição final no Aterro Sanitário tem na coleta seletiva uma das
principais contribuintes.
A capacidade de triagem de materiais potencialmente recicláveis do galpão existente
no Centro Municipal de Tratamento de Resíduos Sólidos é de cerca de 12 toneladas
por dia. Tal quantidade representa algo em torno de 20% dos resíduos potencialmente
recicláveis gerados em domicílios e áreas comerciais com baixa geração diária de
resíduos. No ano de 2011 (ano da inauguração do galpão) conseguiu-se chegar a
cerca de 3 toneladas diárias de resíduos potencialmente recicláveis triados. Levando-
se em conta a extensão da malha urbana do município, sua população, a capacidade
do único galpão em operação atualmente e ainda a quantidade de resíduos
potencialmente recicláveis, além das estratégias de expansão da coleta seletiva no
município, foram estabelecidas as seguintes metas para a coleta seletiva no sistema
porta a porta.

Tabela: 44 Expansão da Coleta Seletiva Porta a Porta

Meta Prazo
Expandir a coleta seletiva domiciliar
porta a porta a 10% dos bairros de 2014
Contagem
Estender a coleta seletiva domiciliar
porta a porta a 15% dos bairros de 2016
Contagem
Estender a coleta seletiva domiciliar
porta a porta a 20% dos bairros de 2018
Contagem
Implantar o 2º galpão de triagem de
resíduos potencialmente recicláveis 2020
do Município de Contagem
Estender a coleta seletiva domiciliar
porta a porta a 36% dos bairros de 2022
Contagem
Estender a coleta seletiva domiciliar
porta a porta a 42% dos bairros de 2024
Contagem
Estender a coleta seletiva domiciliar
porta a porta a 48% dos bairros de 2026
Contagem
Estender a coleta seletiva domiciliar
porta a porta a 54% dos bairros de 2028
Contagem
Implantar o 3º galpão de triagem de
resíduos potencialmente recicláveis 2030
do Município de Contagem
Estender a coleta seletiva domiciliar
porta a porta a 60% dos bairros de 2032
Contagem

Os percentuais relativos ao quantitativo dos materiais potencialmente recicláveis


gerados no município e inclusos no sistema de coleta seletiva serão considerados
como aproximações dos percentuais relacionados aos bairros em que a coleta seletiva
será implantada. No entanto, os bairros possuem, naturalmente, variações de
população, de uso do solo e consequentemente de geração de resíduos. Devido a
este fato os percentuais de bairros atingidos e de resíduos potencialmente recicláveis
trabalhados pela coleta seletiva, na prática, dificilmente coincidirão. Portanto, no
momento da definição dos bairros onde gradativamente ocorrerá a implantação da
coleta seletiva, poderá se realizar um dimensionamento adequado do percentual de
resíduos sólidos potencialmente recicláveis atingidos pela coleta seletiva no bairro e
cumulativamente no município.
Com relação à implantação da coleta seletiva em escolas municipais, as metas
estabelecidas foram as seguintes:

Tabela: 45 Implantação da Coleta Seletiva em Escolas Municipais

Meta Prazo
Expandir a coleta seletiva a 25%
das escolas municipais de 2014
Contagem
Expandir a coleta seletiva a 50%
das escolas municipais de 2016
Contagem
Expandir a coleta seletiva a 75%
das escolas municipais de 2018
Contagem
Expandir a coleta seletiva a
100% das escolas municipais de 2020
Contagem

Observa-se que com relação às escolas municipais a meta é de atingir 100% destas já
em 2020.

XV. 3 - Resíduos de Construção e Demolição


Com relação aos resíduos de construção e demolição as metas estabelecidas se
referem em um primeiro momento à adequação das 22 URPV’s existentes atualmente
de modo que se possibilite a triagem dos resíduos no momento de seu recebimento
facilitando assim as etapas seguintes de gerenciamento dos resíduos. Após as
adequações as URPV’s passarão a ser denominadas ECOPONTOS.
Outra meta advém da demanda de criação de mais 17 unidades com o intuito de se
extinguir pontos de disposição clandestina de resíduos onde são realizadas
atualmente remoções manuais e mecanizadas. Com base em experiências anteriores
na criação dos pontos de recebimento prevê-se que cada unidade de recebimento
criada, aliada ao processo de educação ambiental realizado pela SALU, terá o
potencial de contribuir para a eliminação de até 6 pontos de disposição clandestina de
resíduos.
A expansão das unidades de recebimento favorecerá ainda o aumento da capilaridade
dos serviços públicos no território municipal visto que as regionais terão mais unidades
de recebimento.
Meta Prazo
Conversão de 50% das URPV's
2014
em ECOPONTOS.
Conversão de 100% das URPV's
2016
em ECOPONTOS.
Criar Usina de Reciclagem de
Resíduos de Construção e
Demolição e Reciclar 80% dos 2016
resíduos desta categoria
gerados no município.
Criar 17 novos ECOPONTOS. 2018
Reduzir 75% dos pontos fixos de
disposição clandestina de
2020
resíduos (que atualmente
somam 90 locais de remoção).
Reduzir 100% dos pontos fixos
de disposição clandestina de 2022
resíduos.

XV. 4 - Educação Ambiental e Mobilização Social

As ações de mobilização social, conforme explicitado no capítulo... são formas de


apoio fundamental para a implantação e consolidação de atividades planejadas para a
limpeza urbana no município. Sendo assim tais atividades devem receber, ao longo da
implantação do plano municipal e das inovações propiciadas pelos planos nacional e
estadual de resíduos sólidos, atenção efetiva dos gestores da limpeza urbana a
exemplo de todas as demais temáticas objeto das metas.
Meta Prazo

Realizar atividades educativas


periódicas de apoio a coleta
2014
seletiva em 25% das escolas
municipais de Contagem

Realizar atividades educativas


periódicas de apoio a coleta
2016
seletiva em 50% das escolas
municipais de Contagem

Realizar atividades educativas


periódicas de apoio a coleta
2018
seletiva em 75% das escolas
municipais de Contagem

Realizar atividades educativas


periódicas de apoio a coleta
2020
seletiva em 100% das escolas
municipais de Contagem

Meta Prazo
Realizar palestras educativas em
25% dos condomínios
residenciais originários de 2014
programas de habitação do
Governo Federal.

Realizar palestras educativas em


50% dos condomínios
residenciais originários de 2016
programas de habitação do
Governo Federal.

Realizar palestras educativas em


75% dos condomínios
residenciais originários de 2018
programas de habitação do
Governo Federal.

Realizar palestras educativas em


100% dos condomínios
residenciais originários de 2020
programas de habitação do
Governo Federal.
Meta Prazo
Realizar campanhas educativas
porta a porta em
2013 a 2014
aproximadamente 30.000
domicílios do município.
Dar continuidade as campanhas
educativas porta a porta
2016
acumulando aproximadamente
60.000 visitas no município.
Dar continuidade as campanhas
educativas porta a porta
2018
acumulando aproximadamente
90.000 visitas no município.
Dar continuidade as campanhas
educativas porta a porta
2020
acumulando aproximadamente
120.000 visitas no município.
Dar continuidade as campanhas
educativas porta a porta
2022
acumulando aproximadamente
150.000 visitas no município.
Dar continuidade as campanhas
educativas porta a porta
2024
acumulando aproximadamente
180.000 visitas no município.
Dar continuidade as campanhas
educativas porta a porta
2026
acumulando aproximadamente
210.000 visitas no município.
Dar continuidade as campanhas
educativas porta a porta
2028
acumulando aproximadamente
240.000 visitas no município.
Dar continuidade as campanhas
educativas porta a porta
2030
acumulando aproximadamente
270.000 visitas no município.
Dar continuidade as campanhas
educativas porta a porta
2032
acumulando aproximadamente
300.000 visitas no município.

Em 20 anos a contar do ano de 2013 – primeiro ano de aplicação das metas


Meta Prazo
Mapear e formar 80 voluntários divididos
igualitariamente pelas regionais administrativas para
2014
apoio à fiscalização e mobilização social da limpeza
urbana.

Mapear e formar 20 novos voluntários e manter


contato com 80 voluntários mapeados anteriormente e
divididos igualitariamente pelas regionais 2016
administrativas para apoio à fiscalização e
mobilização social da limpeza urbana.

Mapear e formar 20 novos voluntários e manter


contato com 100 voluntários mapeados anteriormente
e divididos igualitariamente pelas regionais 2018
administrativas para apoio à fiscalização e
mobilização social da limpeza urbana.

Mapear e formar 20 novos voluntários e manter


contato com 120 voluntários mapeados anteriormente
e divididos igualitariamente pelas regionais 2020
administrativas para apoio à fiscalização e
mobilização social da limpeza urbana.

Mapear e formar 20 novos voluntários e manter


contato com 140 voluntários mapeados anteriormente
e divididos igualitariamente pelas regionais 2022
administrativas para apoio à fiscalização e
mobilização social da limpeza urbana.

Mapear e formar 20 novos voluntários e manter


contato com 160 voluntários mapeados anteriormente
e divididos igualitariamente pelas regionais 2024
administrativas para apoio à fiscalização e
mobilização social da limpeza urbana.

Mapear e formar 20 novos voluntários e manter


contato com 180 voluntários mapeados anteriormente
e divididos igualitariamente pelas regionais 2026
administrativas para apoio à fiscalização e
mobilização social da limpeza urbana.

Mapear e formar 20 novos voluntários e manter


contato com 200 voluntários mapeados anteriormente
e divididos igualitariamente pelas regionais 2028
administrativas para apoio à fiscalização e
mobilização social da limpeza urbana.

Mapear e formar 20 novos voluntários e manter


contato com 220 voluntários mapeados anteriormente
e divididos igualitariamente pelas regionais 2030
administrativas para apoio à fiscalização e
mobilização social da limpeza urbana.
Mapear e formar 20 novos voluntários e manter
contato com 240 voluntários mapeados anteriormente
e divididos igualitariamente pelas regionais 2032
administrativas para apoio à fiscalização e
mobilização social da limpeza urbana.

XV. 5 - Resíduos de Serviço de Saúde


Com relação aos resíduos dos serviços públicos de saúde as metas propostas aqui
são baseadas no Plano Municipal de Saúde do quadriênio 2010-2013, elaborado pela
Secretaria Municipal de Saúde de Contagem. A meta definida no referido plano para
os resíduos de serviço de saúde prevê que busque “minimizar a produção de resíduos
e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente,
visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos
naturais e do meio ambiente”. O modo de atingir a referida meta é a extensão do
Plano de Gerenciamento de Resíduos do Serviço de Saúde para todas as unidades
públicas de saúde gradualmente. Pretende-se chegar ao ano de 2012 com 70% das
unidades efetivamente implantadas e em 90% das unidades em 2013. A elaboração e
implantação do plano de gerenciamento e seu cumprimento devem obedecer a todas
as disposições contidas no Programa Municipal de Gerenciamento de Resíduos do
Serviço de Saúde, lançado no ano de 2007.
XV. 6 - Indústria e Comércio
Para as indústrias e estabelecimentos comerciais, além da tentativa de inclusão dos
mesmos entre os parceiros da coleta seletiva, um segundo
Para a indústria e o comércio que tenham a caracterização de grande gerador o foco
principal para se buscar a redução e reutilização de resíduos é a garantia da
observância do conteúdo exigido na Lei Federal 12.305/2010 que, dentre outras
disposições, atenta para que os planos sejam pautados pela sequência: redução,
reutilização e reciclagem.
Apresentações
Dicorsu
URPV’s
• Ampliação de instalação de URPV, conforme diagnóstico e Programa de
Gerenciamento Integrado dos Resíduos da Construção Civil – 2013 a 2032
• Elaboração e execução de atividades de mobilização social, cadastro e
orientação dos serviços executados para os carroceiros – 2012 a 2032.
• Elaborar diagnóstico de áreas institucionais
• Ampliar fiscalização de áreas particulares, dentro do programa “Gentileza
Urbana” nas Regionais
• Cercamento de áreas institucionais
• Colocação de placas educativas
• Distribuição de material educativo
• Criar parcerias com outras Secretarias, para eliminação destes pontos.
• Atualização do diagnóstico de pontos clandestino de materiais inertes.
• Realizar levantamento de pontos existentes de lixeiras nas regionais.
• Instalação e substituição de lixeiras – total 120
• Realizar recadastramento das borracharias
• Construção do Galpão de Pneus no Aterro Sanitário
• Buscar parceria para um local de armazenamento de pneus em Nova
Contagem

Diproes
Coleta Seletiva
Meta de atendimento
2012
PROJETOS
Quantidade/ (% do universo Quantidade/mês
Locais Recursos de
atendimento atendimento) (m³)

Riacho 3º caminhão

Eldorado 10 mil 150 bags


Porta a Porta 6% população 4000
Sede residências 2 agentes

Ressaca 8 catadores

Riacho 3º caminhão

Eldorado 2 agentes 12% das


Escolas 10 escolas do 108
Sede 10 bags município
Ressaca 10 coletores

3º caminhao

Prédios 2 agentes 80% prédios


Município __ 120
Públicos 5 mil ecobags públicos

10 coletores

Riacho
3º caminhão
Eldorado
Condomínios Por adesão __ __
Sede
2 agentes
Ressaca
3º caminhão
Geradores
Comerciais e Município 200 __ 90(toneladas)
Industriais 2 agentes

Riacho 3º caminhão

Eldorado 2 agentes 100% dos


Centros e
Sede 4 15 bags corredores 360
Corredores
mapeados
15 estruturas
Ressaca
para bags

Meta de atendimento
2014-2018
PROJETOS
Quantidade/ (% do Quantidade/mês
Locais Recursos universo de
Atendimento atendimento) (m³)

4º e 5º
Riacho
caminhão

Ressaca
4 agentes
Eldorado

Sede 50 mil 30%


Porta a Porta 20000
residências 750 bags população

Nacional

Petrolândia 10 catadores

Industrial

4º e 5º
Riacho
caminhão

Eldorado
4 agentes
Sede 48% das
Escolas 40 escolas do 525
Ressaca
40 bags município
Nacional

Petrolândia
40 coletores
Industrial
Prédios 80% prédios
Município __ __ 120
Públicos públicos

Riacho
4º e 5º
Eldorado
caminhão
Sede
Por adesão e
Condomínios Ressaca atendendo às __ __
diretrizes
Nacional
4 agentes
Petrolândia

Industrial

4º e 5º
Geradores
caminhão
Comerciais e Município 600 __ 270(toneladas)
Industriais 4 agentes

Riacho

Eldorado
100% dos
Centros e Sede
__ __ corredores 360
Corredores Ressaca mapeados
Petrolândia

Industrial

Meta de atendimento
2020-2032
PROJETOS
Quantidade/ (% do Quantidade/mês
Locais Recursos universo de
atendimento atendimento) (m³)

Ampliar
frota para
Riacho
10
caminhões
160 mil 100%
Porta a Porta Ressaca 67.000
residências 20 agentes população
Eldorado

Sede
2.400 bags
Nacional
Petrolândia 30
Industrial catadores

Ampliar
frota para
Riacho
10
caminhões

Eldorado
20 agentes 80% das
Escolas Sede 60 escolas do 788
município
Ressaca
60 bags
Nacional

Petrolândia 60
Industrial coletores

Prédios 80% prédios


Município __ __ 120
Públicos públicos

Riacho Ampliar
frota para
Eldorado
10
Sede caminhões
Por adesão
Condomínios Ressaca e atendendo __ __
às diretrizes
Nacional
20 agentes
Petrolândia

Industrial

Ampliar
Geradores frota para
Comerciais e Município 1000 10 __ 540 (toneladas)
Industriais caminhões

20 agentes

Riacho

Eldorado
100% dos
Centros e Sede
__ __ corredores 360
Corredores Ressaca mapeados
Nacional

Petrolândia
Industrial

Verificar o percentual de reciclagem atual, a capacidade do galpão existente e o prazo


(meta) para se chegar ao ápice desta capacidade.
Definir metas de avanço da coleta seletiva em todo o município (bairros, escolas e
comércio) e calcular percentuais médios de redução de resíduos sólidos
encaminhados ao Centro Municipal de Tratamento de Resíduos Sólidos definindo
metas através dos valores encontrados no cálculo de redução pela implantação.
Horizonte de 20 anos conforme determinado pela Lei.
Considerar o crescimento populacional (projeção) e ainda o aumento da geração de
resíduos per capita (buscar metodologia / bibliografia).
-Projeção de população para o ano de 2032:
-Redução, através da coleta seletiva, de resíduos encaminhados para disposição final:
5% dos resíduos urbanos coletados em 4 anos
8% dos resíduos urbanos coletados em 8 anos
10% dos resíduos urbanos coletados em 12 anos
12% dos resíduos urbanos coletados em 16 anos
15% dos resíduos urbanos coletados em 20 anos
-Reciclagem diária de RCD em uma unidade (usina) de reciclagem: 240 toneladas /
dia;
-Geração diária: em torno de 130 toneladas = 29,5% dos resíduos urbanos coletados;
-Um projeto de implantação de usina de reciclagem de RCD deverá necessariamente
conter um estudo de caracterização qualitativa deste tipo de resíduo gerado no
Município de Contagem;
-Meta de Redução:
10% dos resíduos urbanos coletados em 4 anos (2,5 %)
14% dos resíduos urbanos coletados em 8 anos
18% dos resíduos coletados em 12 anos
22% dos resíduos urbanos coletados em 16 anos
26% dos resíduos urbanos coletados em 20 anos
XVI - DESCRIÇÃO DAS FORMAS E DOS LIMITES DA PARTICIPAÇÃO DO PODER
PÚBLICO LOCAL NA COLETA SELETIVA E NA LOGÍSTICA REVERSA,
RESPEITADO O DISPOSTO NO ART. 33 DA LEI FEDERAL 12.305/2010, E DE
OUTRAS AÇÕES RELATIVAS À RESPONSABILIDADE COMPARTILHADA PELO
CICLO DE VIDA DOS PRODUTOS

XVI.1 - Coleta Seletiva

A participação do poder público local na coleta seletiva se dará por meio do exposto no
Programa Municipal de Coleta Seletiva conforme descrito no Capítulo 12 deste plano.
A responsabilidade do Município de Contagem com relação a coleta se inicia logo
após o término da responsabilidade dos geradores conforme o art. 35 da Lei Federal
12.305/2010 conforme segue:

“Art. 35. Sempre que estabelecido sistema de coleta seletiva pelo plano
municipal de gestão integrada de resíduos sólidos e na aplicação do art. 33,
os consumidores são obrigados a:
I - Acondicionar adequadamente e de forma diferenciada os resíduos sólidos
gerados;
II - Disponibilizar adequadamente os resíduos sólidos reutilizáveis e
recicláveis para coleta ou devolução.”

Em suma, pode-se dizer que o Poder Público Municipal atua no incentivo à


organização e capacitação técnica do trabalho dos catadores e ainda na estruturação
de um sistema de coleta seletiva que subsidie ao trabalho dos grupos de catadores
organizados. Tal estrutura compreende a disponibilização de caminhões de coleta
específicos para este fim (caminhões baú), a construção e parte da manutenção do
galpão de triagem de resíduos recicláveis, a disponibilização dos LEV’s (Locais de
Entrega Voluntária) e ainda o processo de conscientização contínua da população e
de grandes geradores para a importância da coleta seletiva coincidindo com o
processo de expansão dos locais onde se realiza a mesma no município. Portanto, o
Município de Contagem além de atuar no manejo que sucede o acondicionamento e a
etapa de triagem secundária, assume também, a etapa de potencialização da coleta
seletiva por meio da conscientização do cidadão para com o seu papel perante as
etapas de gerenciamento de resíduos sólidos sob seu encargo.

XVI.2 - Logística Reversa

O estabelecimento dos sistemas de logística reversa deverão se dar em acordo com


as disposições do Plano Nacional de Resíduos Sólidos ainda em fase de elaboração.
O poder público local irá atuar como facilitador do processo por meio da criação de
espaços de diálogo e capacitação técnica de geradores, com prioridade aos citados no
caput do art. 33 da Lei Federal 12.305/2010, quais sejam, à partir do princípio da
responsabilidade compartilhada, os fabricantes, importadores, distribuidores e
comerciantes de (conforme já citado no Capítulo 5.3 deste):

I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros


produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso,
observadas as regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas
em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do
Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas técnicas;
II - pilhas e baterias;

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


258
III - pneus;
IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens;
V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista;
VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

No que diz respeito aos resíduos e embalagens de produtos agrotóxicos, referidos na


alínea I, devem ser seguidas as disposições contidas na Lei Federal 7.802/1989 e no
Decreto Federal 4.074/2002, que tratam especificamente dos itens referidos.

A implantação dos sistemas de logística reversa deverá ser realizada buscando a


otimização técnico-econômica dos recursos empregados. Neste sentido o poder
público poderá auxiliar, de acordo com definição do órgão responsável designado pela
Administração Pública, no desenvolvimento de estudos para implantação destes
sistemas. Os estudos referidos podem se limitar a orientações técnicas previamente
compiladas repassadas aos responsáveis pela elaboração e implantação de sistemas
de logística reversa instalados em solo municipal.

Conforme determinação do parágrafo 7º do art. 33 da Lei Federal 12.305/2010, o


poder público, por meio do titular dos serviços públicos de limpeza urbana, poderá
ainda se encarregar de atividades de responsabilidade de fabricantes, importadores,
distribuidores e comerciantes em especial dos produtos e embalagens a que se refere
o artigo em questão. Porém, tal situação só poderá ocorrer quando prevista por termo
de compromisso e acordo setorial que prevejam a remuneração adequada ao
Município de Contagem pela execução de tal atividade.

Há ainda a possibilidade de se estabelecer novas formas de atuação do Poder Público


Municipal por meio de disposições estabelecidas no Plano Nacional de Resíduos
Sólidos e ainda em Acordos Setoriais e Termos de Compromisso firmados em âmbito
nacional, regional ou estadual de acordo com ordem de prevalência estabelecida pela
Política Nacional de Resíduos Sólidos ou ainda em regulamentos expedidos pelo
Poder Público Federal ou Estadual. As especificidades municipais, entretanto, devem
ser observadas nestes casos no intuito de se criar condições reais de atendimento ao
sistema objeto do acordo setorial em âmbito local. Ainda que haja esta observância
cabe salientar que na aplicação de regras concorrentes em sistemas de logística
reversa deve ser observada, também a ordem de prevalência estabelecida conforme
determinação do parágrafo 8º do art. 33 conforme segue:

§ 2º Na aplicação de regras concorrentes, consoante o § 1º, os acordos


firmados com menor abrangência geográfica podem ampliar, mas não
abrandar, as medidas de proteção ambiental constantes nos acordos setoriais
e termos de compromisso firmados com maior abrangência geográfica.

A Lei Federal 12.305/2010 define para os efeitos da PNRS, os acordos setoriais como
sendo:
“Ato de natureza contratual firmado entre o Poder Público e os fabricantes,
importadores, distribuidores e comerciantes, tendo em vista a implantação da
responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto”;

A responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto, como exposto na


PNRS é um dos princípios de tal política e se refere a atribuição à coletividade do
dever de zelar pelo correto manejo e destinação dos resíduos, ou seja, a sociedade
como um todo possui uma parcela de responsabilidade dividida por todos os atores da
mesma. Além disto, atribui-se ainda dentro deste princípio o estudo do ciclo de vida de
produtos em geral para determinação do período de vida útil dos mesmos e
consequentemente para um subsídio consistente ao estabelecimento dos referidos

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


259
sistemas de logística reversa. A PNRS estabeleceu, portanto, como um dos
instrumentos de efetivação da responsabilidade compartilhada a criação e implantação
de sistemas de logística reversa que atendam não só aos produtos e resíduos
relacionados no caput do art. 33, mas também, progressivamente, a todos os resíduos
sólidos e produtos sobre os quais se constate viabilidade técnica com relação ao
estabelecimento de sistemas de logística reversa.

O estabelecimento dos sistemas de logística reversa apoiados em acordos setoriais no


município poderão se dar através da iniciativa de diálogo por parte do setor privado
(fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes) ou pelo Poder Público. Os
diálogos com vistas ao estabelecimento de acordos setoriais, quando por iniciativa do
Poder Público se iniciarão por meio de edital a ser publicado pelo órgão competente
da Administração para estabelecer diálogo visando firmar termo de compromisso
contendo as responsabilidades dos setores público e privado no estabelecimento da
logística reversa do setor.

A PNRS estabeleceu ainda que a União por meio do Ministério do Meio Ambiente irá
estabelecer editais de chamamento ao setor privado com vistas ao estabelecimento
dos sistemas de logística reversa referentes aos produtos e resíduos sólidos referidos
no caput do art. 33 da Lei Federal 12.305/2010. Tais editais poderão conter com
especificações: os produtos e embalagens objeto da logística que se visa estabelecer;
o prazo para que o setor empresarial apresente proposta de logística reversa; a
abrangência dos acordos setoriais projetados, entre outras previsões. Cabe neste
sentido aos municípios, vista a ordem de prevalência determinada pela lei, acatar aos
e buscar contribuir para a execução em âmbito local dos acordos setoriais firmados
em nível federal.

Outra forma de atuação do Poder Público Municipal em sistemas de logística que


venham a ser desenvolvidos no âmbito restrito de seu território e por meio de acordos
setoriais se refere à observância e garantia do conteúdo mínimo com o qual deve ser
composto o referido acordo setorial, qual seja:

i. Indicação dos produtos e embalagens objeto do acordo setorial;


ii. Descrição das etapas do ciclo de vida em que o sistema de logística reversa se
insere, observado o disposto no inciso IV do art. 3º da Lei nº 12.305, de 2010;
iii. Descrição da forma de operacionalização da logística reversa;
iv. Possibilidade de contratação de entidades, cooperativas ou outras formas de
associação de catadores de materiais recicláveis ou reutilizáveis, para
execução das ações propostas no sistema a ser implantado;
v. Participação de órgãos públicos nas ações propostas, quando estes se
encarregarem de alguma etapa da logística a ser implantada;
vi. Definição das formas de participação do consumidor;
vii. Mecanismos para a divulgação de informações relativas aos métodos
existentes para evitar, reciclar e eliminar os resíduos sólidos associados a seus
respectivos produtos e embalagens;
viii. Metas a serem alcançadas no âmbito do sistema de logística reversa a ser
implantado;
ix. Cronograma para a implantação da logística reversa, contendo a previsão de
evolução até o cumprimento da meta final estabelecida;

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


260
x. Informações sobre a possibilidade ou a viabilidade de aproveitamento dos
resíduos gerados, alertando para os riscos decorrentes do seu manuseio;
xi. Identificação dos resíduos perigosos presentes nas várias ações propostas e
os cuidados e procedimentos previstos para minimizar ou eliminar seus riscos;
xii. Avaliação dos impactos sociais e econômicos da implantação da logística
reversa;
xiii. Descrição do conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos
participantes do sistema de logística reversa no processo de recolhimento,
armazenamento, transporte dos resíduos e embalagens vazias, com vistas à
reutilização, reciclagem ou disposição final ambientalmente adequada,
contendo o fluxo reverso de resíduos, a discriminação das várias etapas da
logística reversa e a destinação dos resíduos gerados, das embalagens usadas
ou pós-consumo e, quando for o caso, das sobras do produto, devendo incluir:
a. Recomendações técnicas a serem observadas em cada etapa da
logística, inclusive pelos consumidores e recicladores;
b. Formas de coleta ou de entrega adotadas, identificando os responsáveis
e respectivas responsabilidades;
c. Ações necessárias e critérios para a implantação, operação e atribuição
de responsabilidades pelos pontos de coleta;
d. Operações de transporte entre os empreendimentos ou atividades
participantes, identificando as responsabilidades; e
e. Procedimentos e responsáveis pelas ações de reutilização, de
reciclagem e de tratamento, inclusive triagem, dos resíduos, bem como
pela disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.
xiv. Cláusulas prevendo as penalidades aplicáveis no caso de descumprimento das
obrigações previstas no acordo.

O Município de Contagem verificará ainda a observância, pelos acordos e sistemas de


logística reversa que venham a ser estabelecidos, de leis, regulamentos de órgãos
oficiais e ainda normas técnicas relacionadas ao tema específico objeto do acordo
setorial, termo de compromisso ou sistema de logística reversa que venham a ser
estabelecidos em território municipal.

Além de verificar a observância deste conteúdo mínimo nos acordos setoriais em seu
âmbito administrativo, o Município de Contagem terá acesso irrestrito às informações
relacionadas aos sistemas de logística reversa estabelecidos sob seu território e
jurisdição de acordo com o parágrafo 8º do art. 33 da Lei Federal 12.305/2010
conforme segue:
§ 8º Com exceção dos consumidores, todos os participantes dos sistemas de
logística reversa manterão atualizadas e disponíveis ao órgão municipal
competente e a outras autoridades, informações completas sobre a
realização das ações sob sua responsabilidade.

Há também a possibilidade de participação do Poder Público no desenvolvimento de


estudos do ciclo de vida útil de produtos com vistas a subsidiar a elaboração dos
termos de compromisso e acordos setoriais bem como dos sistemas de logística
reversa. O Poder Público Municipal irá, na medida do possível, levando em
consideração os critérios de viabilidade técnica e econômica, incluir as organizações
de catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis nos sistemas de logística reversa
desenvolvidos em âmbito local, bem como naqueles de abrangência estadual, regional
ou nacional, desde que não hajam fatores impeditivos nos referidos sistemas.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


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XVII - MEIOS A SEREM UTILIZADOS PARA O CONTROLE E A FISCALIZAÇÃO,
NO ÂMBITO LOCAL, DA IMPLEMENTAÇÃO E OPERACIONALIZAÇÃO DOS
PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS DE QUE TRATA O ART.
20 E DOS SISTEMAS DE LOGÍSTICA REVERSA PREVISTOS NO ART. 33

A tarefa de se criar meios de controle e fiscalização, bem como no caso de


gerenciamento relacionadas a este plano, aponta para uma possível reestruturação do
organograma da Secretaria Municipal Adjunta de Limpeza Urbana – SALU visando a
atender de modo eficaz um aumento da demanda de atividades relacionadas aos
serviços públicos da área em atendimento as determinações da Política Nacional de
Resíduos Sólidos.
O Princípio da Responsabilidade Compartilhada, no qual se podem enquadrar as
ações de fiscalização e controle, é um dos princípios que mais apontam para uma
possível reestruturação. Sendo assim, serão avaliadas constantemente a existência de
deficiências nos mecanismos de controle e fiscalização com vistas a corrigi-las para
que se tenha um modo de gestão eficiente.

XVII. 1 - Cadastramento junto a Secretaria Municipal Adjunta de Limpeza


Urbana

A etapa do cadastramento de grandes geradores junto a Secretaria Municipal


Adjunta de Limpeza Urbana para o descarte de rejeitos no Aterro Sanitário
Municipal (conforme citado no capítulo II) constitui um meio de controle que
pode ser utilizado para o levantamento da classificação e quantitativos dos
resíduos gerados nos processos do gerador.
Conseqüentemente, o conhecimento destas informações possibilita que a
Secretaria Municipal Adjunta de Limpeza Urbana possa informar ao gerador
sobre a necessidade de elaboração e implantação de Plano de Gerenciamento
de Resíduos Sólidos através da análise das características do gerador bem
como dos resíduos sob a gerência do mesmo.

XVII. 2 - Apresentação de Plano de Gerenciamento à Secretaria Municipal


Adjunta de Limpeza Urbana

Os Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos a serem desenvolvidos pelos


geradores já instalados em território municipal, conforme exposto no capitulo 5 do
presente plano, serão apresentados à Secretaria Municipal Adjunta de Limpeza
Urbana para análise e aprovação. Além disto, os geradores responsáveis por cada
plano deverão manter registros que comprovem o cumprimento das disposições
contidas nos mesmos, ou seja, que demonstrem a efetiva implantação e manutenção
do plano.

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XVII. 3 - Vistoria nas empresas após implantação dos planos de gerenciamento
de resíduos sólidos

Após a elaboração dos planos e aprovação dos mesmos pela Secretaria Municipal
Adjunta de Limpeza Urbana, será dado o prazo de 3 meses aos responsáveis por
cada plano para sua implantação. Após o prazo de implantação, o gerador deverá
receber visita técnica de representante da SALU para vistoria para verificação da
implantação efetiva de cada etapa exposta no plano aprovado, inclusive com
apresentação de documentos e registros relacionados ao cumprimento do plano de
gerenciamento.
A efetiva implantação será fator condicionante para que geradores que descartem
rejeitos caracterizados como classe II A no Aterro Sanitário Municipal possam
continuar a fazê-lo e não tenham restrições relativas a licenciamentos no município.
Os geradores que não descartem rejeitos no Aterro Sanitário Municipal, mas que são
responsáveis por empreendimentos licenciados no Município de Contagem terão a
implantação do plano como fator condicionante.
Caso se constate que a operacionalização do plano de gerenciamento não esteja
ocorrendo de modo eficiente o gerador deverá ser notificado, com prazo de 21 dias
corridos para realizar as adequações necessárias. A notificação deverá conter as
observações relativas às etapas do gerenciamento que não estejam sendo realizadas
conforme o plano de gerenciamento aprovado pela SALU.

XVII. 4 - Criação de Comitê Permanente de Avaliação e Auxílio à Implantação de


Sistemas de Logística Reversa

Propõe se a criação de Comitê Municipal para a avaliação e para o auxilio à


implantação de sistemas de logística reversa no Município de Contagem.
O comitê será composto por um representante de cada órgão que compõe a
administração local direta e indireta. A Secretaria Municipal Adjunta de Limpeza
Urbana (ou órgão que desempenhe suas funções à época de implantação) coordenará
os trabalhos deste comitê.
A agenda do comitê será composta de reuniões ordinárias em freqüência semestral e
de reuniões extraordinárias de acordo com a necessidade apresentada por novos
sistemas de logística reversa que estejam em vias de ser estabelecidos. As reuniões
ordinárias terão pauta mínima composta pela apresentação de resultados da logística
reversa no município e novos ou possíveis termos de compromisso visando o
estabelecimento de sistemas deste tipo.

XVII. 5 - Criação do Inventário Anual de Geração de Resíduos

Haverá a implantação do Inventário Municipal Anual de Geração de Resíduos a ser


preenchido pelos grandes geradores de resíduos e pelos geradores de resíduos
especiais em geral. O inventário será realizado em meio digital, através de link
disponibilizado no site da Prefeitura Municipal de Contagem. Os dados e informações
solicitados no Inventário Municipal deverão ser similares aos solicitados pelo Sistema
Nacional de Informações Sobre Resíduos (SNIR).

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


263
A criação do Inventário Municipal em meio digital deverá ocorrer em até 2 anos após
a aprovação deste plano. Os dados e informações prestados irão compor banco de
dados denominado Sistema Municipal de Informações Sobre Resíduos. Irão ainda
oferecer subsídios à SALU na elaboração de relatórios e documentos em geral cujo
conteúdo esteja relacionado aos serviços públicos sobre seu encargo e à dinâmica da
geração de resíduos no Município de Contagem.
Os dados e informações declarados neste inventário servirão ainda para o
planejamento dos serviços de limpeza urbana no município e conseqüentemente para
o desenvolvimento de ações relativas à Política Nacional de Resíduos Sólidos, ao
Plano Nacional de Resíduos Sólidos e ao Plano Estadual de Resíduos Sólidos ou à
qualquer novo regulamento que futuramente venha entrar em vigor.

XVII. 6 - Estabelecer a apresentação do plano de gerenciamento de resíduos


sólidos como condicionante para licenciamentos ambientais em âmbito
municipal e o inventário como condicionante para renovação de licença de
operação

À partir da aprovação do presente plano, em prazo a ser especificado e amplamente


divulgado, todos os novos empreendimentos a serem instalados no Município de
Contagem deverão apresentar Plano de Gerenciamento de Resíduos. Este plano, a
exemplo dos planos desenvolvidos por geradores já presentes no município, deverão
ser repassados à Secretaria Municipal Adjunta de Limpeza Urbana para avaliação. A
não apresentação do plano de gerenciamento implicará em situação de irregularidade
perante os órgãos ambientais do município, especialmente aquele responsável pelo
licenciamento ambiental de novos empreendimentos.

Tal irregularidade coloca o gerador como inapto para a solicitação de novos


licenciamentos e ainda como inapto ao requerimento de renovação de licença
ambiental municipal. Além do plano de gerenciamento, os geradores que não
apresentem o Inventário Municipal Anual de Geração de Resíduos, estarão sujeitos as
mesmas penas estabelecidas no parágrafo anterior.
As ações deverão ser realizadas de maneira integrada pelo órgão municipal
responsável pelo licenciamento ambiental dos empreendimentos, em conformidade
com as legislações ambientais vigentes e em atendimento a exigências apresentadas
no Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos - PGIRSU.
A constatação de inconformidades com relação ao gerenciamento dos resíduos por
meio das informações provenientes do inventário será comunicada ao respectivo
gerador para a tomada de providências buscando a solução do problema. O prazo
dado para os geradores que estejam inadimplentes com relação à apresentação de
Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos e ou de declaração para o Inventário
Anual Municipal de Geração de Resíduos será de 30 dias contados à partir da data de
notificação do gerador pela Secretaria Municipal Adjunta de Limpeza Urbana ou órgão
equivalente.

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XVIII - AÇÕES PREVENTIVAS E CORRETIVAS A SEREM PRATICADAS, INCLUINDO
PROGRAMA DE MONITORAMENTO

XVIII. 1 - Medidas de Segurança nos Serviços Públicos de Limpeza Urbana

XVIII. 1.1 – Capina e Varrição

Os serviços de capina e varrição, conforme exposto anteriormente, são executados por empresa
vencedora de processo licitatório. Os mesmos devem ser realizados tomando-se medidas de
Segurança e Saúde Ocupacional como ações preventivas de acidentes e de garantia de
manutenção de condições de trabalho saudáveis.
A empresa executora dos serviços de varrição tem de apresentar para a Secretaria Adjunta de
Limpeza Urbana seu plano de segurança e ainda uma ficha de controle mensal do quadro
funcional e segurança do trabalho (Anexo A). A presente ficha contém além de informações sobre
número de agentes de limpeza demitidos ou admitidos no mês, dados relacionados a possíveis
acidentes de trabalho e ainda possíveis afastamentos pelo INSS. O intuito do recebimento de tais
informações é o de monitorar as ações nesta área e ainda intervir, caso seja necessário, com
sugestões de temas e possíveis mudanças nos treinamentos de segurança.
Com relação as ações nesta área adotadas pela empresa, as mesmas são realizadas em acordo
com normas regulamentadoras do Ministério do Trabalho e Emprego. Os objetivos destas ações,
de acordo com o plano de segurança da empresa prestadora de serviços, são:

Eliminar, neutralizar e/ou controlar os riscos ambientais e de acidentes existentes no local


de trabalho, levando aqueles a níveis de exposição ocupacional abaixo dos seus níveis de
ação ou, no mínimo inferiores ao limite de tolerância da NR-15 da Portaria Mtb 3214/78.
Conscientizar empregados da empresa quanto à importância da prevenção dos riscos que
possam causar danos à saúde dos mesmos;
Preservar a saúde e a integridade física do trabalhador através de antecipação,
reconhecimento, avaliação e conseqüente controle dos riscos ambientais existentes ou
que eventualmente venham a existir no ambiente de trabalho;
Manter a integridade do patrimônio da empresa.
As ações para consecução dos objetivos ocorrem por meio de treinamentos e campanhas de
segurança, na etapa de transporte dos agentes de limpeza e escolha dos equipamentos de
proteção individual e de equipamentos de proteção coletiva.
Os treinamentos dos agentes de limpeza relativos à segurança ocorrem desde a fase admissional
e se desdobram durante todo o período de permanência do agente de limpeza na empresa
executora do serviço. Além do treinamento admissional, ocorre o Diálogo Diário de Segurança
(DDS), onde são levantados temas do cotidiano dos agentes de limpeza. Os treinamentos diários
podem ocorrer tanto no pátio da empresa com em campo. Como exemplos de temas abordados
recorrentemente pode-se citar: uso e preservação dos EPI’s, orientações sobre sinalização com
cones, o acidente e suas conseqüências, noções básicas de primeiros socorros, prevenção e
combate a incêndios, alcoolismo e tabagismo.

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O transporte dos agentes de limpeza, quando necessário, é realizado com veículos apropriados e
conduzido por motorista habilitado. Os veículos são vistoriados previamente observando-se o
estado de conservação dos veículos e a existência de todos os itens de segurança (extintor, cinto
de segurança, saídas de emergência e etc).
Com relação aos EPI’s utilizados, conforme citado no capítulo VI, pode se citar os seguintes:
protetor auricular plug, calçado de proteção, luvas, máscara respiratória, uniforme completo,
colete refletivo, protetor solar e capa de chuva. Além dos equipamentos de proteção individual,
são utilizados durante o trabalho cones de sinalização como equipamentos de proteção coletiva
dos agentes de limpeza.
Outro procedimento de segurança são as inspeções periódicas com vistas a detectar e corrigir
possíveis inconformidades que levem a riscos de acidentes.

XVIII. 1.2 – Coleta Domiciliar e Gerenciamento do Galpão de Pneus

Conforme previsto em processo licitatório, a empresa vencedora do processo para a execução


dos serviços de coleta convencional domiciliar se responsabiliza ainda pelo apoio na implantação
da coleta seletiva e pelo gerenciamento do galpão de pneus inservíveis.
A atual empresa executora dos serviços de coleta de resíduos sólidos possui para atendimento de
sua rotina de segurança nas operações citadas um Plano de Atendimento à Emergência (PAE).
No referido documento se estabeleceram, conforme orientações da Secretaria Adjunta de
Limpeza Urbana, ações a serem tomadas relacionadas a prevenção de acidentes e emergências
ainda ações de contingência.
Os objetivos gerais expressos no PAE são de garantir o cumprimento da legislação em vigor,
buscando manter a integridade dos agentes de limpeza e demais colaboradores, a preservação
do meio ambiente e recursos naturais e definir ações seguras a serem tomadas na ocorrência de
emergências ambientais e/ou acidentes de trabalho. Salientam-se ainda a necessidade de manter
os funcionários treinados e informados sobre o conteúdo do plano e a importância de se informar
encarregados e líderes de equipe do exemplo a ser dado e da cobrança dos demais agentes de
limpeza na observância dos procedimentos.
O PAE prevê a formação de equipes específicas para primeiros socorros e combate a incêndios.
O PAE compreende ainda um Plano de Atendimento a Emergências de Transporte (PAET);
especificação de procedimentos de segurança; fluxograma de comunicação referente a situações
emergenciais e o cronograma anual de atividades e treinamentos previstos.
No que diz respeito as equipes de primeiros socorros, o PAE, estabelece como objetivo específico
o estabelecimento de recursos e instruções para ações seguras e coordenadas de atendimento,
remoção e transporte adequados de vítimas de acidente ou mal súbito com vistas a proteção da
vida e minimização de conseqüências advindas de quaisquer lesões que possam causar
incapacidade para o trabalho temporária ou permanentemente.
Com relação a equipe de combate a incêndios o objetivo específico é o de eliminar ou minimizar o
risco de incêndio e/ou explosão nos locais de atuação dos agentes e instalações utilizadas pela
executora dos serviços. Busca-se assim garantir não só a saúde e integridade física dos agentes

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de limpeza, mas também da comunidade vizinha a instalações utilizadas na operacionalização
dos serviços.
No conteúdo do PAET (compreendido no PAE) são detalhados os procedimentos de primeiro
atendimento de acidentados em operação de transporte, tanto em acidentes leves quanto em
acidentes graves. O primeiro procedimento a ser realizado é comunicar à empresa executora que
acionará o resgate médico e informará à Secretaria Adjunta de Limpeza Urbana do ocorrido. Os
locais para atendimento são dois pronto-socorros públicos de fácil acesso no município sendo:
Pronto Socorro JK (Rua Delfim Moreira, 215, bairro JK) e Pronto Atendimento Unidade 16 (Centro
de Contagem).
Buscar-se-á de modo geral evitar por meio dos treinamentos periódicos previstos e com o
cumprimento dos procedimentos preventivos e emergenciais as seguintes situações:
Surdez (proveniente de eventuais ruídos);
Contusões, cortes, perfurações, dilacerações (provenientes de batidas, trabalhos com
objetos cortantes ou perfurantes, trabalhos com ferramentas manuais);
Doenças respiratórias e alergias (proveniente do uso de tintas, gases perigosos e poeiras
incômodas);
Queimaduras (provenientes de trabalhos com produtos inflamáveis e eletricidade);
Irritação dos olhos (provenientes de partículas volantes e de poeiras);
Fraturas (provenientes de quedas);
Cansaço, dores musculares, problemas de coluna, hipertensão (provenientes de transporte
de pesos e posturas);
Paradas cardíacas e respiratórias (provenientes de trabalhos com eletricidade);
Doenças infecto-contagiosas (provenientes de trabalhos de escavação manual do solo).
XVIII. 1.3 – Operação e Monitoramentos do Aterro Sanitário

A operação do Aterro Sanitário de Contagem obedece aos seguintes horários:


Recebimento dos resíduos domiciliares, comerciais e públicos: de segunda-feira à sexta-feira das
8:00 às 18:00 e aos sábados e feriados das 8:00 às 17:00; (horário de verão: de segunda-feira à
sexta-feira das 8:00 às 19:00 e aos sábados e feriados das 8:00 às 18:00). Os resíduos
provenientes da coleta noturna de resíduos domiciliares são recebidos de segunda a sábado de
18:00 à 01:00.
Recebimento dos resíduos de grandes geradores: de segunda-feira à sexta-feira das 08:30 às
16:00 e aos sábados e feriados das 8:30 às 14:00.

O Aterro Sanitário conta com uma equipe administrativa e uma equipe operacional, coordenada
pelo Engenheiro Responsável, alimenta o banco de dados de monitoramento da quantidade de
resíduos recebidos e aterrados, realiza o atendimento pessoal e telefônico, medição dos serviços
terceirizados, entre outras atividades de operação e manutenção do empreendimento.
Para a mantermos as instalações em perfeito estado, são realizadas diversas atividades de rotina,
como: limpeza da área administrativa e das vias internas, manutenção das áreas ajardinadas,
vigilância armada e controle de portaria.
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Para a realização das atividades administrativas e operacionais, o Aterro Sanitário conta com uma
equipe composta por:
01 Engenheiro Civil;
01 Diretor;
01 Gerente;
01 Auxiliar Administrativo;
02 Estagiários;
01 Servente/copeira;
02 Operadores de Balança;
01 Encarregado da Frente de Operação;
03 Auxiliares de Serviços Gerais;
01 Jardineiro;
02 Agentes de Limpeza (capina e roçada);
08 Vigilantes Armados (em turnos de 12x36h), incluindo controle da portaria, mantendo dois (02)
postos de vigilância funcionando 24 horas por dia, sendo um (01) posto fixo e um (01) móvel com
uso de motocicleta.
Equipe de Topografia, composta por 01 topógrafo e 02 auxiliares de topografia (conforme
programação);
Equipe de roçada mecanizada e capina manual (eventual).
Todos os veículos transportadores de resíduos que são recebidos no Aterro Sanitário de
Contagem são pesados na entrada e na saída para a determinação do peso dos materiais. Para
essa pesagem o Aterro Sanitário de Contagem conta com uma balança com capacidade de 60
toneladas, cujas células de carga são interligadas a um microcomputador com impressora para o
registro e a emissão dos tickets de pesagem. Desde setembro/06, a empresa Balanças Vargas
Ltda, credenciada pelo IPEM – MG (Instituto de Pesos e Medidas) vem efetuando a manutenção
preventiva e corretiva no equipamento.
Após a primeira pesagem dos resíduos, o veículo é encaminhado à frente de operação, onde é
orientado para efetuar a descarga. Durante a descarga, é feita uma inspeção visual pelo
encarregado da frente de operação a fim de verificar a conformidade do resíduo, ao final da qual
poderá ser autorizada a operação de compactação. Após descarregar, o veículo é pesado pela
segunda vez e em seguida emitido o ticket com os dados da pesagem.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


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Figura 39.1 Execução mensal da manutenção
Figura 39.2 Pesagem na balança rodoviária – 60t.
preventiva da balança.

A operação do Aterro Sanitário de Contagem segue rigorosamente as normas técnicas pertinentes


e as orientações da Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM. São recebidos no Aterro
Sanitário os resíduos Classe II – A (domiciliares, comerciais e públicos), segundo NBR 10.004,
coletados e transportados pelo sistema de limpeza urbana municipal; e os provenientes de
grandes geradores (comerciais, industriais e prestadores de serviços).
Resíduos Domiciliares e Comerciais: resíduos com características domiciliares, coletados pelo
sistema de coleta convencional, em caminhões compactadores;
Resíduos Domiciliares em Caçambas Estacionárias: resíduos com características domiciliares,
oriundos de áreas de difícil acesso. Nestes locais, são disponibilizadas caçambas estacionárias
em locais estratégicos;
Resíduos Diversificados em Caçambas Estacionárias - URPV`s (Unidades de Recebimento
de Pequenos Volumes): são resíduos sólidos diversos (terra, entulho, podas de jardins e
resíduos com características domiciliares), provenientes de pequenos geradores e coletados com
utilização de caminhões poliguindaste tipo Brooks e caçambas estacionárias;
Resíduos de Serviços de Saúde: resíduos coletados em estabelecimentos de saúde por equipe
especial, segundo Resolução CONAMA 358/2005; Esses resíduos são assimilados aos resíduos
de Classe II-A e são aterrados juntamente com os resíduos domiciliares. A coleta é feita
diariamente por veículo especializado, seguindo rotas pré-estabelecidas e atendendo aos
protocolos de segurança e de comunicação estabelecidos nas normas legais. Seu controle na
entrada do Aterro Sanitário também é feito através de pesagem em balança, seguindo-se registro
e autorização para entrada na área de aterramento;
Resíduos de Empresas Particulares: São resíduos “Classe II – A”, provenientes de grandes
geradores do município de Contagem. Para seu recebimento é realizado um cadastramento prévio
em que o gerador fornece os dados da empresa e declara os tipos de resíduos gerados e sua
destinação final. Após autorizado o cadastro, essas empresas passam a efetuar o pagamento pela
utilização do Aterro Sanitário, através da Guia de Arrecadação no valor de R$47,43 por tonelada
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reajustado a partir de 14/06/2010. A coleta, o transporte e a destinação final destes resíduos são
de responsabilidade dos geradores, conforme a Lei Municipal 2627/94;
Resíduos de Varrição: resíduos coletados pelo serviço de varrição de vias e logradouros
públicos;
Resíduos de Remoção Manual: Resíduos em pequenos volumes, compostos por: podas de
jardins, entulhos de construção e resíduos domiciliares, que são dispostos de forma inadequada
em áreas públicas e são coletados por caminhões do tipo basculante ou carroceria;
Resíduos de Remoção Mecanizada: São aqueles resíduos dispostos em locais públicos onde
não se consegue identificar o gerador ou transportador. São compostos em sua maioria de
resíduos da construção civil, porém apresentam certa heterogeneidade, mudando assim a sua
faixa de classificação, podendo ser prejudicial ao solo se forem dispostos no Aterro de Resíduos
de Inertes. Em função disso, esses resíduos são dispostos no Aterro Sanitário e utilizados como
material de cobertura diária dos resíduos com característica domiciliar e também para
revestimento da pista de acesso à frente de operação principalmente em períodos chuvosos. Para
a coleta desses resíduos são utilizados três (03) caminhões basculantes e uma (01) retro-
escavadeira.
Coleta e transporte de pneus inservíveis (Ecoponto): A Secretaria Municipal Adjunta de
Limpeza Urbana, em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, contemplando o Plano de
Gerenciamento de Resíduos Sólidos do Município, no ano de 2007, firmou um convênio com a
Reciclanip (Associação Nacional das Indústrias de Pneumáticos) para coleta e destinação final de
pneus inservíveis. O objetivo do convênio é cumprir a legislação vigente, reduzindo o número de
pneus inservíveis que são queimados ou dispostos de maneira incorreta no meio ambiente,
representando focos de doenças.
A Prefeitura Municipal de Contagem disponibiliza um galpão situado à Rua Portugal nº. 8, Bairro
Eldorado, para recebimento e armazenagem temporária dos pneus, local denominado de
ECOPONTO, onde são coletados mensalmente em média 7.000 pneus, os quais são destinados a
locais adequados para recebimento. No primeiro semestre de 2010 foram coletados 42.000
pneus inservíveis.
Os pneus inservíveis chegam ao ECOPONTO através da entrega pela população, especialmente
provenientes de borracharias e pelos caminhões contratados pela Prefeitura, que os coletam nas
URPV’s – Unidades de Recebimento de Pequenos Volumes ou em locais impróprios para sua
disposição, como córregos e vias públicas.

XVIII. 1.3.1 Plano de Monitorameto

Monitoramento de Águas Subterrâneas, Superficiais e do Percolado


Conforme descrito do Plano de Controle Ambiental – PCA, continuam são realizadas baterias de
análises de águas subterrâneas e superficiais e do percolado do Aterro Sanitário de Contagem.
Águas Subterrâneas: Uma das medidas de vital importância ao controle ambiental do Aterro
Sanitário é o procedimento de monitoramento do lençol freático, a fim de avaliar a eficiência dos

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


270
sistemas de impermeabilização e de drenagem dos efluentes. A periodicidade de amostragem e
análise laboratorial é realizada anualmente.
Águas Superficiais: O monitoramento das águas superficiais permite avaliação das alterações
causadas pelo Aterro Sanitário nos cursos d’água da região por migração lateral de chorume e
contaminação das águas pluviais drenadas da superfície do aterro. A coleta de amostras,
realização de análises físico-químicas e demais dados referente à qualidade das águas
superficiais do Aterro Sanitário é de grande importância para determinação de contaminação
nesses cursos d’água.
Para o monitoramento das águas superficiais, foram determinados dois pontos, um à montante, e
outro à jusante do Aterro Sanitário, no Córrego São João.
Percolado: O monitoramento do percolado consiste na sua avaliação quali-quantitativa, ou seja,
na medição da vazão e na análise físico-química. O controle dos parâmetros físicos-químicos do
percolado possibilita a verificação da ocorrência de problemas, tais como infiltração na massa de
resíduos, vazamentos, etc., além de fornecer parâmetros capazes de indicar a existência de
desequilíbrios nos fatores abióticos que interferem no processo. Segue quadro com os parâmetros
de analise estabelecidos pela Copasa, através da Norma Técnica T-187/2.
Com o objetivo de atender às exigências da Copasa em relação ao chorume descartado na ETE
onça, foi contratada a empresa Ecolabor Comercial Consultoria e Análises Ltda para fazer a
análise dos parâmetros. Na Tabela 46, indicado estão relacionados alguns dos parâmetros
exigidos pela Copasa, e os resultados encontram-se no anexo I e II deste relatório.
Os demais parâmetros exigidos pela Norma Técnica T-187/2 da Copasa são monitorados pela
empresa Laboratório Limnos Sanear, conforme Tabela 47.

TABELA 46

PARÂMETROS UNIDADE LIMITE PERMITIDO

Substâncias explosivas, inflamáveis ou orgânicas Valor Máximo Permitido


mg/l
tóxicas pela COPASA

Alumínio total mg/l 3,0

Arsênio total mg/l 3,0

Bário total mg/l 5,0

Boro total mg/l 5,0

Cobalto total mg/l 1,0

Cobre total mg/l 10,0

Cromo hexavalente mg/l 1,5

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


271
Estanho total mg/l 5,0

Ferro solúvel mg/l 15,0

Mercúrio total mg/l 1,5

Prata total mg/l 5,0

Selênio mg/l 5,0

Vanádio total mg/l 4,0

Amônia mg/l 500,0

Cianetos totais mg/l 5,0

Índice de fenóis mg/l 5,0

Fluoreto total mg/l 10,0

Sulfeto total mg/l 1,0

Sulfatos mg/l 1.000,0

Temperatura ºC 20 a 40

Figura 39.3 Figura 39.4

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


272
Figura 39.5 Figura 39.6

Coleta de amostras do percolado

TABELA 47

PARÂMETROS UNIDADE LIMITE PERMITIDO

Mínimo: 6,0
ph -
Máximo: 10,00

Sólidos Sedimentáveis mg/l 20

Gorduras, óleos e Graxas mg/l 150

Figura 39.8
Figura 39.7

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


273
Figura 39.9 Figura 39.10

Coleta de amostras de águas subterrâneas

Figura 39.12
Figura 39.11

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


274
Coleta de amostras de águas superficiais

Figura 39.14 Figura 39.13

Coleta de amostras do percolado

Monitoramento da Vazão do Percolado


Com o objetivo de monitorar a eficiência dos drenos de percolado e conhecer a produção desse líquido no
interior do maciço, é executada diariamente a medição da vazão, obtendo média de 0,95litros/s, no
período de janeiro a junho de 2009 e 1,19litros/s durante o 1º semestre do ano de 2010.

Fig. 39.14 Ponto de medição do percolado. Fig. 39.15 Medição de vazão do percolado.

Monitoramento das Emissões Atmosféricas e Qualidade do Ar


O Termo de Referência do monitoramento das Emissões Atmosféricas e da Qualidade do Ar está
em fase de elaboração, após sua conclusão será encaminhado para a Secretaria Municipal de

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


275
Obras e Serviços Urbanos – SEMOBS para licitação e posterior contratação de empresa
especializada para a realização do serviço.
O programa de monitoramento das Emissões Atmosféricas contemplará os seguintes parâmetros,
de acordo com a Norma 003/91.
1 – Partículas em suspensão;
2 – Concentração de O2;
3 – Concentração de CH4;
4 – Concentração de CO2;
5 – Concentração de SO2.
As leituras serão feitas trimestralmente, sendo escolhidos 5 (cinco) pontos para o monitoramento:
02 (dois) pontos no Bairro Perobas e 03 (três) pontos na área do Aterro Sanitário.
O programa de monitoramento será executado conforme tabela abaixo:

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


276
Pontos de Coleta de Amostras - Aterro Sanitário

ITEM Pontos de coleta de Amostras

PTS - 02 pontos no bairro (entorno)


QUALIDADE DO AR
PI - 03 pontos na área central do empreendimento

– Partículas Totais em Suspensão (PTS) serão 02 (dois) pontos, monitorados durante 24 (vinte e
quatro) horas em intervalos de 06 (seis) dias, portanto 05 (cinco) amostras por mês/ponto por um
período de 12 meses, perfazendo um total de 60 (sessenta) amostras/ ponto/ano; e,
consequentemente 120 amostras totais.
– Partículas Inaláveis (PI) serão 03 (três) pontos, monitorados durante 24 (vinte e quatro) horas
em intervalos de 06 (seis) dias, portanto 05 (cinco) amostras por mês/ ponto por um período 12
meses, perfazendo um total de 60 (sessenta) amostras/ ponto/ ano; e, consequentemente 180
amostras totais.
Monitoramento dos Ruídos
Conforme descrito no Plano de Controle Ambiental – PCA do Aterro Sanitário vem sendo
monitorada a pressão sonora (ruídos), tendo como objetivo monitorar o nível de ruídos resultantes
do processo operacional do aterro sanitário junto a comunidade do entorno. São coletadas
amostras dos ruídos em quatro pontos, sendo dois dentro das dependências do aterro e dois
externos, para controle de seus possíveis efeitos junto à área de entorno; e os resultados
encontram-se no anexo V, deste relatório.

Fig. 39.16 Coleta do nível de ruídos – Ponto 1 Fig. 39.17 Coleta do nível de ruídos – Ponto 2

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


277
Fig. 39.18 Coleta do nível de ruídos – Ponto 3 Fig. 39.19 Coleta do nível de ruídos – Ponto 4

Monitoramento do Índice Pluviométrico


A operação de aterros sanitários é fortemente condicionada às condições climáticas, sendo assim,
para um melhor monitoramento da precipitação foi instalado um pluviômetro no Aterro Sanitário do
tipo Ville de Paris disponibilizado pela Defesa Civil do Município de Contagem.
A coleta da água da chuva é feita na parte da manhã entre 8h e 9h, utilizando recipiente de
acrílico com volume de 10 mm, sendo o resultado da coleta repassado á Defesa Civil de
Contagem.

Fig. 39.20

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


278
Monitoramento de recalques

Para o monitoramento dos recalques do maciço, foram instaladas placas pré-moldadas de


concreto nas bermas, onde a superfície se encontra em fase acabada.
As leituras são realizadas quinzenalmente e comparadas às leituras de referência. No anexo IV
estão apresentados os resultados do monitoramento de fevereiro de 2010 a junho de 2010.
Em decorrência da instalação das canaletas nos taludes foram retirados alguns marcos os quais
estão sendo instalados novamente.
Fig. 39.21 Fig. 39.22

Execução dos Marcos de Recalque

Fig. 39.23 Marco de Monitoramento de Recalque Fig. 39.24 Verificação instrumental da medição do recalque

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279
XVIII. 2 - Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde de Unidades Públicas

As medidas relacionadas à segurança no âmbito do gerenciamento de resíduos em


estabelecimentos de saúde estão registradas no Programa de Gerenciamento de
Resíduos de Serviço de Saúde do Município de Contagem. Tais medidas, conforme
descrito no programa, são baseadas nas resoluções RDC ANVISA 306/2004, além de
normas da ABNT e atos normativos do município.
As orientações a serem observadas são:
1. Durante o manuseio dos resíduos, o funcionário deverá utilizar os seguintes
equipamentos de proteção individual:
Luvas: de PVC ou borracha de cano longo, impermeáveis, resistentes,
na cor clara, antiderrapantes;
Avental: de PVC, impermeável e de médio comprimento;
Calçados: fechados e antiderrapantes;
Óculos.
2. Após a coleta interna, o funcionário deve lavar as mãos ainda enluvadas,
retirando as luvas e colocando-as em local apropriado. O funcionário deve lavar
as mãos antes de calçar as luvas e depois de retirá-las.
3. Em caso de ruptura das luvas, o funcionário deve descartá-las imediatamente,
não as reutilizando. Estes equipamentos de proteção individual devem ser
lavados e desinfetados diariamente. Sempre que houver contaminação com
material infectante, devem ser substituídos imediatamente, lavados e
esterilizados.
4. As pessoas envolvidas com o manuseio de resíduos devem ser vacinadas
contra tétano e hepatite B e observar ainda as normas do Plano Nacional de
Imunização.
5. Para a prevenção de acidentes e exposição do trabalhador e agentes
biológicos devem ser adotadas as seguintes medidas:
a) Realizar anti-sepsia das mãos sempre que houver contato da pele com
sangue e secreções;
b) Usar luvas sempre e, após retirá-las realizar lavagem das mãos;
c) Não fumar e não alimentar-se durante o manuseio dos resíduos;
d) Retirar as luvas e lavar as mãos sempre que exercer outra atividade não
relacionada aos resíduos (ir ao sanitário, atender ao telefone, beber água,
etc.)
e) Manter o ambiente sempre limpo.
Com relação ao acondicionamento, de acordo com o Programa de Gerenciamento de
Resíduos de Saúde do Município de Contagem os resíduos sólidos de serviços
públicos de saúde, devem seguir as orientações contidas na norma técnica NBR 7500

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280
da ABNT ou em normas que venham a substituí-la. O principal motivo para o
atendimento a norma é justamente o fator segurança.
Em caso de acidente com resíduos perfurantes e cortantes, as seguintes medidas
deverão ser tomadas:
A primeira medida a ser tomada após exposição acidental ao material biológico
consiste em lavação do local com água abundante e sabão em caso de
exposição percutânea. Em exposições mucosas, recomenda-se a lavação com
soro fisiológico abundante. Substâncias irritantes com éter e glutaraldeído
devem ser evitadas. O uso de anti-sépticos como álcool a 70% e PVPI em
solução aquosa não tem eficácia comprovada.
No Município de Contagem, o atendimento inicial (de urgência) é realizado no
Pronto Socorro Geraldo Pinto Vieira (PS-GPV), para onde o paciente
acidentado deverá ser imediatamente encaminhado.
Em termos de medida de segurança ainda se destaca o registro de acidente de
trabalho na Secretaria Municipal de Saúde. Consta no programa que todos os
acidentes com material biológico, incluindo obviamente os relativos a resíduos, devem
ser comunicados imediatamente, ou no prazo máximo de 24 horas ao Serviço de
Engenharia, Segurança e Medicina do Trabalho (SESMT) de Contagem para registro.
O comunicado deve ser realizado por meio da Comunicação de Acidente de Trabalho
(CIAT para servidores efetivos e CAT para servidores contratados ou comissionados)
devidamente assinada pela chefia e médico. O servidor é o responsável pela
comunicação imediata do acidente à chefia do seu local de trabalho e a chefia é
responsável, após receber a informação, deve emitir a comunicação de acidente.
-Segurança do Trabalho
-Segurança no transporte
-Preventivas/Monitoramento:
-Controle Tecnológico Aterro Sanitário
-Prevenção de Acidentes Caminhões de Coleta
-Caminhões Reserva da Coleta
-Programa de Prevenção de Incêndio do Galpão de Pneus

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


281
XIX - IDENTIFICAÇÃO DOS PASSIVOS AMBIENTAIS RELACIONADOS AOS
RESÍDUOS SÓLIDOS, INCLUINDO ÁREAS CONTAMINADAS, E RESPECTIVAS
MEDIDAS SANEADORAS

No Município de Contagem a disposição final de resíduos sólidos, no que se tem


registro, foi feita de modo inadequado em um lixão que funcionou de 1979 a 1997 no
Centro Industrial de Contagem (CINCO), motivo pelo qual a referida área de
disposição final inadequada era chamada de “lixão do cinco”. Em período anterior a
este não foram encontrados registros relacionados a concentração em um local da
disposição final dos resíduos sólidos do município.
Em 1997, quando foi iniciada a operação do aterro sanitário do município a área onde
se encontra o lixão deixou de receber resíduos e passou a receber fiscalização de
modo a evitar que a área continuasse tendo uso como um “bota-fora”.
A área onde se situa o antigo lixão é localizada na Rua Haeckel Ben-Hur Salvador,
entre a Avenida João César de Oliveira e a Rua Trajano de Araújo Viana, ao lado do
Horto Florestal e às margens do Córrego Bitácula.
As medidas saneadoras para a área estão descritas no plano “Antigo lixão de
Contagem: projeto executivo para recuperação” elaborado no ano de 2007.
As informações relacionadas a área ocupada pela massa de resíduos apresentadas
no projeto e obtidas por meio de levantamento topográfico são as seguintes:
Área total do terreno: 16,1 hectares
Perímetro total do terreno: 2,16 km
Área efetivamente ocupada pelo lixão: 11,7 hectares
Perímetro do lixão: 1,82 km
Não foram encontrados registros da topografia original do terreno ocupado pelo lixão
e, sendo assim, a altimetria considerando a massa de resíduos não é conhecida.
Estimativas realizadas no referido projeto de recuperação da área consideraram uma
altura média de 13,5 metros em função do volume estimado aterrado na área.

XIX.1 - Estimativa do volume do antigo lixão

Com base nos dados relacionados ao tempo de funcionamento e a outras informações


disponíveis relacionadas ao lixão, realizou-se no projeto de recuperação da área, além
da estimativa de altura da massa de resíduos, a estimativa do volume ocupado pela
referida massa. A seguir, as estimativas bem como os dados e informações
considerados para a realização das mesmas.

Início de funcionamento: 1979


Data de fechamento: 1997
Tempo de recebimento de RSU: 18 anos.
População média considerada no período de disposição: 380.900 habitantes
(período de 1979 a 1997)
Porcentagem de atendimento média do período considerado: 100%
Composição média de matéria orgânica: 67,5%
Estimativa da massa de RSU de 1979 a 1997:
M=(380.900x0,578x365x18)/1000 = 1.446.452 toneladas.
3
Massa específica dos resíduos dispostos no lixão: 0,6 ton./m .
3
Volume estimado para o lixão: V = 1.446.452/0,60 = 2.410.753m .

XIX.2 – Diretrizes do Plano de Recuperação da Área

Para a realização do estudo referente a um plano de recuperação da área foram


estabelecidas previamente diretrizes oriundas de uma análise preliminar contextual
envolvendo o referido passivo. O conceito mais abrangente de recuperação de áreas
degradadas tem por objetivo principal o retorno do sítio degradado a uma forma de
utilização, de acordo com um plano pré-estabelecido para o uso do solo e visando à
obtenção da estabilidade do meio ambiente.
Estendendo este raciocínio ao caso do lixão de Contagem, a Prefeitura Municipal
estabeleceu as seguintes diretrizes para o presente projeto:

a) A estabilidade do meio ambiente deverá ser obtida a médio e longo prazo, com
a atenuação natural dos contaminantes oriundos do chorume pelos
mecanismos de diluição, adsorção e decaimento biológico; e pela captação e
queima do biogás;
b) O nível de intervenção deverá ser baseado no fundamento de que os recursos
hídricos na área diretamente afetada não são utilizados pela população e que,
portanto, a presumida contaminação atual não está causando danos à sua
saúde;
c) A recuperação pressupõe, com maior ênfase, a garantia imediata da
estabilidade física do maciço, buscando alcançar as estabilidades, química e
biológica, a médio e longo prazo;
d) Os resultados esperados do plano de recuperação deverão atender aos
princípios de atenuar o impacto visual atualmente existente e cessar a
produção de contaminantes que estão impactando os recursos ar e água.

XIX.3 - Benefícios Esperados

A Prefeitura de Contagem, considerando a inaplicabilidade de algumas das


intervenções discutidas acima e a sensibilidade da área em relação à ocupação do
entorno – notoriamente desenvolvida após a instalação do lixão – optou pela
metodologia da recuperação parcial, que exigiu a elaboração deste projeto
executivo.
Os benefícios ambientais esperados em cada área com esta decisão metodológica
são descritos a seguir.

XIX.3.1 - Poluição do solo

Em qualquer área de lixão e seu entorno imediato, o solo estará inevitavelmente


contaminado. Isto ocorrerá devido aos mecanismos de transporte atuando
interativamente (advecção, dispersão, difusão) e será tão mais intenso quanto mais
poroso e fraturado for o solo de fundação do lixão.
Entretanto, a proposta da recuperação parcial facilitará a interrupção do suprimento
de chorume porque ela se baseia na técnica de isolamento dos resíduos através de
uma cobertura impermeável (geomembrana ou argila compactada). Esta técnica,
útil por si mesma, ainda é valiosamente coadjuvada pela drenagem de águas
pluviais na superfície e cabeceiras do lixão e na sua reconformação geométrica.
Uma vez cortado o suprimento de água, fator mais influente na formação do
chorume, sua produção será fortemente minimizada. Em seguida, o solo passa a
ter aumentada a sua capacidade de atenuação ou recuperação (mecanismos de
adsorção e decaimento biológico), abreviando o processo de descontaminação.
Como se trata de um mecanismo natural, portanto lento, é preciso considerar que a
recuperação do solo poderá levar alguns anos, possivelmente décadas, de modo
que o uso do solo no local deve ser restringido por meio de legislação municipal.
À ilusão de que o solo local e adjacente se encontra muito fertilizado (devido à
presença dos macronutrientes nitratos e fosfatos do chorume) deve-se contrapor,
prudentemente, a outra realidade: a de que o chorume também está contaminado
por metais pesados e íons metálicos.
Em razão disto, o uso do solo com fins agrícolas ou pecuários na área ocupada
pelo antigo lixão deverá ser proibido por um período não inferior a dez anos após a
intervenção.

XIX.3.2 - Poluição de águas superficiais próximas

Os corpos de água abertos das proximidades poderão ser contaminados pelo


encaminhamento de chorume. Esta contaminação é inversamente proporcional à
vazão do curso de água ou ao volume do reservatório, pois quanto maiores, maior
será o poder de diluição e menor será a concentração dos constituintes do
chorume.
Dentre os contaminantes de águas superficiais que a tornam imprópria para
diversos fins – consumo humano ou animal, recreação, irrigação, etc. – citam-se os
nitratos e fosfatos e a carga orgânica, expressa sob a forma de DBO ou DQO. A
carga orgânica depleciona o oxigênio dissolvido na água (OD), tornando-a
imprópria para a sobrevivência da população de peixes e plânctons.
Nos depósitos de águas paradas a contaminação ainda se agrava devido à
superfertilização que poderá ocorrer em razão da acumulação de nitratos e
fosfatos, acarretando a proliferação de algas (eutrofização), o que acaba
interferindo na fotossíntese e diminuindo as possibilidades de vida nos lagos.
A proposta de recuperação parcial corta os fluxos superficiais de chorume, pois ele
passa a ser coletado e encaminhado para alguma estação de tratamento em vez de
correr para os corpos hídricos das proximidades.

XIX.3.3 - Poluição de águas subterrâneas

A poluição das águas subterrâneas é, certamente, o maior prejuízo ambiental


causado pela presença de lixões numa determinada área. Tal prejuízo se resume
em alterar os parâmetros de qualidade das águas, incluindo o seu pH, e tornando-a
imprópria para consumo humano a distâncias consideráveis da fonte.
Dependendo da ocupação humana no entorno do lixão e da eventual existência de
poços rasos de abastecimento de água (cisternas), o problema se reflete, inclusive,
na saúde da população e na sua qualidade de vida.
A proposta de recuperação parcial acaba interferindo, positivamente, na poluição de
águas subterrâneas, pois o conceito de isolamento da superfície do lixão
minimizará a produção de chorume e, conseqüentemente, levará ao cessamento
dos contaminantes até o lençol freático.

XIX.3.4 - Desvalorização imobiliária do entorno imediato

A desvalorização imobiliária do entorno de um lixão sem recuperação é óbvia,


devido aos gases, aos odores desagradáveis e aos vetores de doenças
transmissíveis à população.
Tais fatores, ao serem eliminados pela proposta de recuperação parcial, poderão
restaurar o valor original dos imóveis e até mesmo valorizá-los no mercado
imobiliário. Há exemplos de entornos de antigos lixões na cidade de São Paulo que,
após a recuperação e a reinserção paisagística, acabaram por se transformar em
áreas de construções de classe média alta. Logo, embora a área não possa ser
utilizada para quaisquer fins, se não o de educação ambiental, durante um longo
prazo, o seu entorno imediato certamente foi impactado positivamente com o
encerramento do lixão assim como será com as medidas de recuperação tomadas.

XIX.4 – Dimensionamento da Estrutura de Intervenção

XIX.4.1 - De águas pluviais (quantitativos)


Canaletas de concreto pré-moldadas para drenagem de pé de talude
DN300: 3.402m.
Descidas d’água em gabião tipo colchão Reno: 218m.
XIX.4.2 - Cálculos hidrológicos
Tempo de concentração = 5 minutos
Intensidade de chuva = 2.982 mm/min.
Coeficiente de escoamento superficial: C=0,20
Área de drenagem (aproximada): A=11,7ha
Método Racional: Q=166,67CIA = 166,67 x 0,20 x 2,982 x 11,7 =
3
1161l/s ou 1,16m /s.
Esta vazão será repartida para 15 micro-bacias, sendo a maior delas
com vazão igual a 79,5l/s (a ser usada no dimensionamento das
canaletas de pé de talude).
XIX.4.3 - Dimensionamento hidráulico
Coeficiente de Manning: n = 0,013 (concreto das canaletas ½ cana)
Declividade das canaletas (mínima): I =1,5% ou 0,015
3
Vazão de projeto: Q = 0,0795m /s (79,5l/s)
Raio Hidráulico: RH (m)
2
Seção da canaleta: A (m ).
0,5 2/3
Fórmula de Chézy-Manning: (nQ)/I =A.R
H
A verificação foi feita pelas tabelas de Bandini: D=0,30m com borda
livre de 0,1m.
XIX.4.4 - Canalização do córrego
Está prevista, neste projeto, a canalização do córrego Bitácula, com
extensão de 360m aproximadamente, a ser construída com bueiro
ARMCO.

XIX.4.5 - De biogases
Número de chaminés: 28
Comprimento médio: 13,5
Comprimento total das chaminés: 28 x 13,5 = 378m.
Diâmetro das chaminés: D = 0,6m
Material de preenchimento: brita 04
2 3
Volume de brita: V = (πD /4) x 378 = 107 m
Extensão dos tubos de concreto (queimadores) na extremidade das
chaminés: 1,5m
Total de tubos de concreto (D=0,6m) = 28m;
Tubos cerâmicos de 1,5, DN=150: 42m.

XIX.5 - Situação Atual da Recuperação

Atualmente, o lixão se encontra completamente sob controle do ponto de vista de


presença de catadores e de animais domésticos. Não há resíduos espalhados, pois
toda a área se encontra coberta por material inerte e totalmente revegetada.
No momento atual está se realizando a implantação da drenagem pluvial constituída
de canaletas e descidas de água tipo gabião. Já foi implantado o sistema de drenagem
de gases e o sistema de drenagem de líquidos percolados. Foi realizada a
reconformação da massa de resíduos e a instalação de placas de medição de
recalque e no momento observa-se que a massa de resíduos sob a superfície da área
ocupada pelo antigo lixão se encontra estabilizada.
XX - PERIODICIDADE DE SUA REVISÃO, OBSERVADO PRIORITARIAMENTE O
PERÍODO DE VIGÊNCIA DO PLANO PLURIANUAL MUNICIPAL

O Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de Contagem terá sua


revisão realizada a cada 4 anos, se possível, em período concomitante com a
elaboração do Plano Plurianual de Gestão Municipal. Isto se fará com o intuito de
dimensionar os recursos humanos e monetários o mais próximo possível das
atividades a serem realizadas e em função das necessidades de cumprimento das
metas previstas no plano de gestão.

A revisão do plano deverá então ser realizada no primeiro semestre do primeiro ano
de cada novo mandato de administração do município. Assim deverá se proceder com
vistas ao término da revisão em tempo hábil para a inclusão de seus apontamentos no
plano plurianual do município, uma vez que o mesmo deve ser fechado no primeiro
ano de governo para sua aplicação nos três anos seguintes da administração.

A referida revisão deve verificar a consonância entre as metas propostas no Plano de


Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos, que possui horizonte de 20 anos, e
os resultados que se teve nos últimos 4 anos buscando assim equalizar o ritmo dos
avanços com as metas propostas inicialmente. Deve-se verificar o que favoreceu ou
desfavoreceu o alcance de cada uma das metas e propor à administração medidas
que garantam, dentro das possibilidades, um bom andamento das atividades previstas
no Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos Urbanos.

Durante os Seminários Anuais da Limpeza Urbana, anteriores ao processo de revisão,


devem ser observadas demandas que venham a surgir e a possível necessidade de
adequações para o cumprimento dos compromissos da administração para com os
serviços públicos de limpeza urbana. Vale salientar neste caso que, dentro das
possibilidades orçamentárias, a administração deve buscar levar os serviços públicos
à toda a área dentro de seus perímetros, tanto urbanos quanto rurais. Portanto as
revisões devem evitar a diminuição da área de abrangência dos serviços públicos
prestados.

Ao fim da revisão o Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos deverá incorporar,


se necessário, o redimensionamento das metas, bem como, diretrizes
complementares que poderão ser estabelecidas em função de adequações à
legislação e regulamentos de órgãos oficiais, do quadro financeiro municipal no
momento da revisão ou ainda da dinâmica própria de cada período de mandato na
administração pública municipal. Deve-se ressaltar que as revisões, de modo algum,
poderão desconsiderar as obrigações mínimas municipais estabelecidas em legislação
e regulamentos de órgãos oficiais. Sendo assim, as ações que dizem respeito ao
referido plano, deverão estar relacionadas na categoria de programas de duração
continuada, os quais têm recursos garantidos nos planos plurianuais por se tratarem
de políticas de Estado e não apenas de um determinado governo.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


286
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Lei nº 12.305 de 02 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos


o
Sólidos; altera a Lei n 9.605, de 12 de fevereiro de 1998; e dá outras providências. Diário
Oficial da União, Brasília, 03 de Agosto de 2010. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/lei/l12305.htm

o
BRASIL. Decreto nº 7.404 de 23 de dezembro de 2010. Regulamenta a Lei n 12.305, de 2
de agosto de 2010, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cria o Comitê
Interministerial da Política Nacional de Resíduos Sólidos e o Comitê Orientador para a
Implantação dos Sistemas de Logística Reversa, e dá outras providências. Diário Oficial da
União, Brasília, 23 de dezembro de 2010. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2010/Decreto/D7404.htm.

BRASIL. Lei nº 11.445 de 05 de janeiro de 2007. Estabelece diretrizes nacionais para o


os
saneamento básico; altera as Leis n 6.766, de 19 de dezembro de 1979, 8.036, de 11 de
maio de 1990, 8.666, de 21 de junho de 1993, 8.987, de 13 de fevereiro de 1995; revoga a
o
Lei n 6.528, de 11 de maio de 1978; e dá outras providências. Diário Oficial da União,
Brasília, 8 de janeiro de 2007. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2007/lei/l11445.htm

o
BRASIL. Lei nº 10.165 de 27 de dezembro de 2000. Altera a Lei n 6.938, de 31 de agosto
de 1981, que dispõe sobre a Política Nacional do Meio Ambiente, seus fins e mecanismos
de formulação e aplicação, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 28 de
dezembro de 2000. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente - Conselho Nacional de Meio Ambiente. Resolução


nº 416 de 30 de setembro de 2009. Dispõe sobre a prevenção à degradação ambiental
causada por pneus inservíveis e sua destinação ambientalmente adequada, e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Brasília, 01 de outubro de 2009. Disponível em
http://www.mma.gov.br/port/conama/legiabre.cfm?codlegi=616

BRASIL. Decreto nº 875 de 19 de julho de 1993. Promulga o texto da Convenção sobre o


Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu Depósito. Diário
Oficial da União, Brasília, 20 de julho de 1993. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L10165.htm

BRASIL. Lei nº 9605 de 12 de fevereiro de 1998. Dispõe sobre as sanções penais e


administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras
providências. Diário Oficial da União, Brasília, 13 de fevereiro de 1998. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9605.htm

BRASIL. Decreto nº 6514 de 22 de julho de 2008. Dispõe sobre as infrações e sanções


administrativas ao meio ambiente, estabelece o processo administrativo federal para apuração
destas infrações, e dá outras providências. Diário Oficial da União, Brasília, 23 de julho de

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


287
2008. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-
2010/2008/decreto/D6514.htm

CONTAGEM. Lei nº 2627 de 01 de agosto de 1994. Dispõe sobre a Limpeza no Município


de Contagem e dá outras providências. Disponível em:
http://www.contagem.mg.gov.br/arquivos/legislacao/lei_2627.pdf

CONTAGEM. Lei Complementar nº 033 de 26 de dezembro de 2006. Institui o Plano


Diretor do Município de Contagem e dá outras providências. Diário Oficial de Contagem ,
Contagem, 29 de dezembro de 2006. Disponível em:
http://www.contagem.mg.gov.br/?legislacao=312330

CONTAGEM. Lei nº 4070 de 23 de março de 2007. Acrescenta dispositivo à Lei


Complementar nº 033, de 26 de dezembro de 2006, que institui o Plano Diretor do
Município de Contagem, e dá outras providências. Diário Oficial de Contagem, Contagem,
02 de abril de 2007. Disponível em: http://www.contagem.mg.gov.br/?legislacao=676217

CONTAGEM. Lei Complementar nº 082 de 11 de janeiro de 2010 e seus anexos. Disciplina


o parcelamento, a ocupação e o uso do solo no Município de Contagem, e dá outras
providências . Diário Oficial de Contagem, Contagem, 08 de fevereiro de 2010. Disponível
em: http://www.contagem.mg.gov.br/?legislacao=105811

CONTAGEM. Lei Complementar nº 087 de 05 de julho de 2010. Altera e acrescenta


dispositivos a Lei nº 1.611, de 30 de dezembro de 1983, revoga dispositivos da Lei
Complementar nº 70, de 17 de dezembro de 2009, altera a Lei Complementar nº 80, de 05
de janeiro de 2010, a Lei Complementar nº 82, de 11 de janeiro de 2010 e dá outras
providências. Diário Oficial de Contagem, Contagem, 05 de julho de 2010. Disponível em:
http://www.contagem.mg.gov.br/?legislacao=135234

CONTAGEM. Decreto nº 1430 de 15 de setembro de 2010. Regulamenta a aplicação das


normas da Lei Complementar n° 082, de 11 de janeiro de 2010, relativas à ocupação do
solo, e das normas da Lei Complementar nº 055, de 23 de dezembro de 2008, relativas ao
licenciamento da construção, e dá outras providências. Diário Oficial de Contagem,
Contagem, 20 de setembro de 2010. Disponível em:
http://www.contagem.mg.gov.br/?legislacao=316581

BRASIL. Decreto nº 96.044 de 18 de maio de 1988. Aprova o Regulamento para o


Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e dá outras providências. Diário Oficial da
União, Brasília, 19 de maio de 1988. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d96044.htm

BRASIL. Decreto nº 98973 de 21 de fevereiro de 1990. Aprova o Regulamento do


Transporte Ferroviário de Produtos Perigosos, e dá outras providências. Diário Oficial da
União, Brasília, 22 de fevereiro de 1990. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/antigos/d98973.htm

BRASIL. Lei Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006. Institui o Estatuto


Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis no

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


288
8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho -
CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, da Lei no 10.189, de 14
de fevereiro de 2001, da Lei Complementar no 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as
Leis no 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de outubro de 1999. Diário Oficial
da União, Brasília, 15 de dezembro de 2006. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/LCP/Lcp123.htm

BRASIL. PORTARIA MINISTÉRIO DOS TRANPORTES 204 de 20 de maio de1997 e seus


anexos. Disponível em:
http://200.223.40.100/bolsa/bolsa.nsf/%28anexos_chave%29/63A71EC990F382A5032573
22005DF09B~flagArq/$File/portaria_204-97_min_transp.pdf

CONTAGEM. Lei nº 1611 de 30 de dezembro de 1983. Institui o Código Tributário do


Município de Contagem. Disponível em:
http://www.contagem.mg.gov.br/arquivos/legislacao/ctmc_2011.pdf

CONTAGEM. Decreto nº 1509 de 06 de janeiro de 2011. Dispõe sobre o lançamento do


Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana - IPTU, da Taxa de Coleta de
Resíduos Sólidos - TCRS, da Taxa de Conservação de Vias e Logradouros Públicos -
TCVLP e da Contribuição para Custeio do Serviço de Iluminação Pública - CCSIP, para o
exercício financeiro de 2011, fixa forma e prazos de recolhimento e dá outras providências.
Diário Oficial de Contagem, Contagem, 07 de janeiro de 2011. Disponível em:
http://www.contagem.mg.gov.br/?legislacao=592085

CONTAGEM. Decreto 1439 de 28 de setembro de 2010. Altera o Decreto nº 1209, de 24


de agosto de 2009, que relaciona os serviços não compulsórios prestados pelo Poder
Executivo Municipal, fixa os respectivos preços, estabelece prazos para o seu pagamento e
dá outras providências. Diário Oficial de Contagem, Contagem, 04 de outubro de 2010.
Disponível em: http://www.contagem.mg.gov.br/?legislacao=116964

CONTAGEM. Lei nº 3496 de 26 de dezembro de 2001. Dispõe sobre os tributos que


menciona e dá outras providências. Disponível em:
http://www.contagem.mg.gov.br/?legislacao=234156

BRASIL. MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE. PLANO NACIONAL DE RESÍDUOS


SÓLIDOS – Versão Preliminar Para Consulta Pública. 2011

BRASIL. MINISTÉRIO DAS CIDADES. Sistema Nacional de Informações sobre


Saneamento. Diagnóstico de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos. Brasília, 2006.

BRASIL. MINISTÉRIO DAS CIDADES. Sistema Nacional de Informações sobre


Saneamento. Diagnóstico de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos. Brasília, 2007.

BRASIL. MINISTÉRIO DAS CIDADES. Sistema Nacional de Informações sobre


Saneamento. Diagnóstico de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos. Brasília, 2008.

BRASIL. MINISTÉRIO DAS CIDADES. Sistema Nacional de Informações sobre


Saneamento. Diagnóstico de Manejo de Resíduos Sólidos Urbanos. Brasília, 2009.
Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________
289
MINAS GERAIS. Fundação Estadual do Meio Ambiente. Orientações técnicas para a
operação de usina de triagem e compostagem do lixo. Belo Horizonte, 2005.

MINAS GERAIS. Fundação Estadual do Meio Ambiente. Orientações técnicas para a


operação de aterros sanitários. Belo Horizonte, 2005.

MINAS GERAIS. Fundação Estadual do Meio Ambiente. Orientações técnicas para a


operação de estações de tratamento de esgoto. Belo Horizonte, 2005.

MINAS GERAIS. Fundação Estadual do Meio Ambiente: Fundação Israel Pinheiro. Plano
de Gerenciamento Integrado de Coleta Seletiva – PGICS. Belo Horizonte, 2009.

MINAS GERAIS. Fundação Estadual do Meio Ambiente: Fundação Israel Pinheiro. Plano
de Gerenciamento Integrado de Resíduos da Construção Civil – PGIRCC. Belo Horizonte,
2009.

MINAS GERAIS. Fundação Estadual do Meio Ambiente: Fundação Israel Pinheiro. Plano
de Gerenciamento Integrado de Resíduos Plásticos – PGIRP. Belo Horizonte, 2009.

MINAS GERAIS. Fundação Estadual do Meio Ambiente: Fundação Israel Pinheiro. Plano
de Gerenciamento Integrado de Resíduos Pneumáticos – PGIRPN. Belo Horizonte, 2009.

MINAS GERAIS. Fundação Estadual do Meio Ambiente: Fundação Israel Pinheiro. Plano
de Gerenciamento Integrado de Resíduos Vítreos – PGIRV. Belo Horizonte, 2009.

CONTAGEM. SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE. Plano de Controle


Ambiental: Aterro Sanitário de Contagem – MG. Contagem, 2001.

CONTAGEM. SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE. Programa de Gerenciamento de


Resíduos de Serviço de Saúde do Município de Contagem. Contagem, 2007.

CONTAGEM. SECRETARIA MUNICIPAL ADJUNTA DE LIMPEZA URBANA. Aterro


Sanitário de Contagem: Relatório de Atividades - Janeiro a Junho 2010. Prefeitura
Municipal, Contagem, 2010.

CONTAGEM. SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO. Plano de


Estrutura Urbana de Contagem. Prefeitura Municipal, Contagem, 1990.

CONTAGEM. SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO. Boletim de


Informações e Dados Urbanos, nº5. Prefeitura Municipal, Contagem, 2009.

CONTAGEM. SECRETARIA MUNICIPAL DE DESENVOLVIMENTO URBANO. Boletim de


Informações e Dados Urbanos, nº4. Prefeitura Municipal, Contagem, 2006.

CONTAGEM. SECRETARIA MUNICIPAL ADJUNTA DE LIMPEZA URBANA. Diagnóstico


de Coleta Seletiva do Município de Contagem – MG. Prefeitura Municipal, Contagem, 2009.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


290
CONTAGEM. SECRETARIA MUNICIPAL ADJUNTA DE LIMPEZA URBANA. Programa
Municipal de Coleta Seletiva. Contagem, 2011.

CONTAGEM. SECRETARIA MUNICIPAL ADJUNTA DE LIMPEZA URBANA. Plano de


Gerenciamento de Resíduos Sólidos Urbanos. Prefeitura Municipal, Contagem, 2007.

CONTAGEM. SECRETARIA MUNICIPAL ADJUNTA DE LIMPEZA URBANA. RADA –


Relatório de Desempenho Ambiental Para Renovação Licença de Operação, Aterro
Sanitário de Contagem – MG. Belo Horizonte, 2009.

CONTAGEM. SECRETARIA MUNICIPAL ADJUNTA DE LIMPEZA URBANA. Antigo Lixão


de Contagem: Projeto Executivo de Fechamento e Recuperação, Prefeitura Municipal,
Contagem, 2007.

CONTAGEM. SECRETARIA MUNICIPAL ADJUNTA DE LIMPEZA URBANA. Programa


Municipal de Gerenciamento Integrado dos Resíduos da Construção Civil. Prefeitura
Municipal, Contagem, 2007.

CONTAGEM. SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE. Plano Municipal de Saúde 2010-


2013. Prefeitura Municipal, Contagem, 2011.

CONTAGEM. SECRETARIA MUNICIPAL ADJUNTA DE LIMPEZA URBANA. Relatório


Técnico Semestral de Atividades – Janeiro à Junho 2006: Aterro Sanitário Municipal,
Contagem, 2006.

CONTAGEM. SECRETARIA MUNICIPAL ADJUNTA DE LIMPEZA URBANA. Relatório


Técnico Semestral de Atividades – Julho à Dezembro 2006: Aterro Sanitário Municipal,
Contagem, 2006.

CONTAGEM. SECRETARIA MUNICIPAL ADJUNTA DE LIMPEZA URBANA. Relatório


Técnico Semestral de Atividades – Janeiro à Junho: Aterro Sanitário Municipal, Contagem,
2007.

CONTAGEM. SECRETARIA MUNICIPAL ADJUNTA DE LIMPEZA URBANA. Relatório


Técnico Semestral de Atividades – Julho à Dezembro: Aterro Sanitário Municipal,
Contagem, 2007.

CONTAGEM. SECRETARIA MUNICIPAL ADJUNTA DE LIMPEZA URBANA. Relatório


Técnico Semestral de Atividades – Janeiro à Junho: Aterro Sanitário Municipal, Contagem,
2008.

CONTAGEM. SECRETARIA MUNICIPAL ADJUNTA DE LIMPEZA URBANA. Relatório


Técnico Semestral de Atividades – Julho à Dezembro: Aterro Sanitário Municipal,
Contagem, 2008.

CONTAGEM. SECRETARIA MUNICIPAL ADJUNTA DE LIMPEZA URBANA. Relatório


Técnico Semestral de Atividades – Janeiro à Junho: Aterro Sanitário Municipal, Contagem,
2009.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


291
CONTAGEM. SECRETARIA MUNICIPAL ADJUNTA DE LIMPEZA URBANA. Relatório
Técnico Semestral de Atividades – Julho à Dezembro: Aterro Sanitário Municipal,
Contagem, 2009.

CONTAGEM. SECRETARIA MUNICIPAL ADJUNTA DE LIMPEZA URBANA. Relatório


Técnico Semestral de Atividades – Janeiro à Junho: Aterro Sanitário Municipal, Contagem,
2010.

CONTAGEM. SECRETARIA MUNICIPAL ADJUNTA DE LIMPEZA URBANA. Relatório


Técnico Semestral de Atividades – Julho à Dezembro: Aterro Sanitário Municipal,
Contagem, 2010.

CONTAGEM. SECRETARIA MUNICIPAL ADJUNTA DE LIMPEZA URBANA. Diretrizes


Básicas para Abrigo Externo para Resíduos Sólidos e Abrigo Externo para Materiais
Recicláveis. Contagem, – MG. Prefeitura Municipal, Contagem, 2011.

CONTAGEM. SECRETARIA MUNICIPAL ADJUNTA DE LIMPEZA URBANA. Programa


Municipal de Mobilização e Educação para Limpeza Urbana. Contagem, – MG. Prefeitura
Municipal, Contagem, 2011.

CONTAGEM. SECRETARIA MUNICIPAL ADJUNTA DE LIMPEZA URBANA. Programa


Municipal de Valorização do Servidor. Contagem, – MG. Prefeitura Municipal, Contagem,
2011.

MONTEIRO, J. H. P. et al. Manual de Gerenciamento Integrado de Resíduos Sólidos,


Victor Zular Zveibil (Coordenador). 15ª ed. Rio de Janeiro, IBAM, 2001, 200p.

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos ___________________________


292

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