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O GRACIOSO CHAMADO DE JESUS

Mateus 4.18-22

Todos somos chamados ou vocacionados para os mais diversos ofícios e


atividades. Contudo, nenhum ofício e/ou atividade carrega consigo a
sublimidade da obra de Cristo, como a vocação ou chamado para a salvação.

No livro de suas confissões, Agostinho relata como vivera mergulhado em


suas paixões e pecados; distante de Deus, longe do seu amor e afastado de
sua graça. Até que um dia, sofrendo por suas mazelas morais, ouve a voz de
uma criança que cantarolava: “Toma e lê, toma e lê”. Entendendo que Deus o
mandava ler as Sagradas Escrituras, toma os Escritos do apóstolo Paulo aos
Romanos e lê a primeira passagem onde caem seus olhos, tendo assim, sua
vida transformada, mediante a leitura da Palavra de Deus. Seu chamado, no
entanto, não se deu por mérito próprio, senão resultado da graça Divina.

No texto lido, Jesus chama homens que assim, como Agostinho, não
tinham méritos, no tocante à salvação. Ainda assim, são chamados para
estarem com ele e mais que isso, para a ele pertencerem. Esse é o mais sublime
chamado que alguém pode receber, é a mais extraordinária de todas as
vocações, o chamado para a salvação, um convite para a vida e que tem sido
denominado na teologia de: “graça irresistível”. Como bem afirmou John Piper:
“A graça irresistível se refere à obra soberana de Deus em vencer a rebelião do
nosso coração e trazer-nos à fé em Cristo para que sejamos salvos”. Isto implica
em dizer que, quando Deus manifesta sua graça irresistível, ele quebra a dureza
do nosso coração e de forma espontânea nos rendemos ao seu gracioso
chamado. Tal graça tem, ao menos, três características:

1. Ela é seletiva

Isto porque, esta graça irresistível é dispensada a pessoas específicas, em


um momento específico, pelo único e verdadeiro Deus. Quando Jesus chama

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seus primeiros discípulos, ele está caminhando às margens do mar da Galileia.
Um grande lago, que é formado pelo degelo do monte Hermon, sendo uma
abundante fonte de alimento para os povos daquela região, devido à grande
variedade e quantidade de peixes ali encontrada. Tal fato atraía não apenas
pescadores, mas também, negociantes e pessoas das regiões próximas que
dependiam de alguma forma da abundância encontrada nestas águas. De forma
que para ali, afluíam grandes multidões. Isso é importante, especialmente,
porque mesmo diante das inúmeras pessoas que ali se encontravam, Jesus
escolheu especificamente quatro pescadores, incultos, despreparados, sem
merecimentos, e os chamou. Esse é um chamado não apenas para o
discipulado, mas para a vida. Nenhum deles jamais seria o mesmo, pois a
irresistível graça de Cristo os transformaria. Pedro, André, Tiago e João, foram
chamados, não por serem pessoas boas, praticantes de boas obras, por sua
capacidade intelectual ou por seus recursos financeiros; antes, foram escolhidos
porque Deus os amou.

Diante do exposto, podemos de forma simples, dizer que o chamado de


Jesus é eficaz, que sua graça é irresistível porque aqueles a quem Deus
escolheu, antes da fundação do mundo, aqueles a quem Ele amou, serão
efetivamente regenerados pelo Espirito Santo e atenderão ao chamado Divino,
entregando-se ao soberano Senhor. Outrossim, são escolhidos não com base
em sua justiça ou méritos, senão sobre o fundamento do supremo amor de Deus
e de sua maravilhosa graça. Graça que...

2. Requer uma resposta

Não poucas pessoas confundem a doutrina da eleição com o insipiente


determinismo. Acreditam que essa preciosa doutrina, faz do homem um mero
fantoche no teatro Divino. Entretanto, a doutrina da eleição, nos mostra que
embora, seja tão grandioso, esse Deus soberano ama e agracia pecadores
rebeldes, que nada merecem, senão juízo e condenação. Ela também nos
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ensina que os homens são responsáveis por suas decisões. Destarte, alguém
já disse que a soberania de Deus e a responsabilidade humana, são duas vias
que correm lado a lado, mas que jamais se encontram. As duas verdades são
ensinadas nas Escrituras, não estando jamais em oposição uma à outra. Não
obstante seja Deus quem nos dá a fé, é ele que também exige que creiamos;
conquanto seja ele quem gera o arrependimento, é ele também quem ordena
que nos arrependamos. Embora nossa salvação não dependa de nós, sendo
obra exclusiva do soberano Deus, é nossa a responsabilidade de responder
positivamente a essa tão graciosa oferta de amor. Tão logo, Pedro, André, Tiago
e João, foram vocacionados por Cristo, deixaram para trás seus barcos, seus
projetos de vida e seus sonhos. Negaram a si mesmos, rejeitaram sua própria
vida para que pudessem receber a preciosa dádiva que somente Jesus Cristo
pode dar. Consideraram o chamado de Cristo, superior a tudo o que tinham e
eram. Eles não escolheram a Cristo, foram escolhidos. Não obstante, foi deles
a responsabilidade de atenderem ao chamado Divino, pois é um chamado para
a vida, uma convocação para a renúncia, um convite que exige uma resposta
imediata, urgente. Destarte, a graça de Cristo, exige uma resposta porquê...

3. Ela tem um propósito

Não há dúvidas de que o maior e mais sublime propósito do chamado de


Cristo é para a salvação, reconciliando o pecador com seu Criador, operando
em sua vida uma transformação tal, que jamais, homem algum poderia realizar.
Mas o chamado de Jesus vai além, Ele convoca aqueles a quem chamou para
anunciarem esta mesma salvação a outros, de forma que a mensagem do
Evangelho seja propagada e os eleitos de Deus, possam ser chamados
eficazmente à fé, ouvindo o gracioso chamado de Jesus. É exatamente isso que
ocorre com os quatro pescadores apresentados no Texto Sagrado. Jesus os
chama para serem por ele salvos, mas também os convoca para serem “αλιευς
ανθρωπος”, pescadores de homens.

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É interessante observarmos que ninguém é vocacionado para ficar parado,
sentado no banco da igreja ou deitado numa confortável rede. Aquele que é
vocacionado, assim o é, para exercer um ofício, para realizar um trabalho, para
cumprir uma missão. E a mais digna missão que poderíamos receber não é
outra, senão anunciarmos o que Deus em Cristo, fez por nós, proclamando ao
mundo seu maravilhoso amor, que o levou a enviar seu Filho Unigênito para
morrer por nós na cruz do Calvário. Somos chamados não apenas para a
salvação, mas para anunciarmos o grande amor de Deus. Assim, o chamado
para salvação é também um chamado para o serviço, pois a graça irresistível,
tem o propósito final de glorificar ao próprio Senhor. Não anunciar a salvação
em Cristo, é falharmos na nossa vocação, sonegando a Deus, a glória devida
ao seu santo nome.

Conclusão

Caminhando para o fim, ressalto que precisamos entender que fomos


escolhidos e chamados por Deus e por assim o ser, esse chamado traz consigo
bênçãos incomparáveis, mas também responsabilidades inadiáveis.

 A primeira responsabilidade é a de nos entregarmos completa e


confiantemente ao Senhor. Os discípulos não fizeram perguntas,
apenas seguiram quando foram chamados...

 A segunda responsabilidade é a de renunciarmos a nós mesmos e a


tudo o que temos e somos em favor de Deus e do seu Reino, declarando
assim como o apóstolo Paulo em Filipenses 1.21: “Porquanto, para
mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro”.

 A terceira responsabilidade é a de anunciarmos a verdade de Cristo


àqueles que não o conhecem e carecem de perdão e salvação,
glorificando assim o nosso Senhor e Deus.

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