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A IMPORTÂNCIA DA RESSURREIÇÃO

I Coríntios 15.1-2

Paulo escreve esta carta aos Coríntios por volta do ano 55, ocasião em que
está pregando o Evangelho na cidade de Éfeso. Contudo, esta não é a primeira,
mas a segunda carta que ele escreve aos coríntios (5.9 ver). A carta perdida

A igreja de Corinto foi plantada por Paulo em sua segunda viagem


missionária, ocasião em que encontrou grande resistência por parte dos judeus
daquela cidade, mas viu seu ministério prosperar quando os gentios receberam
o Evangelho e nele creram (Atos 18.1-17 ver).

A cidade de Corinto era uma cidade extremamente próspera, pois era a


principal rota comercial de toda a Grécia. Haviam ali, pessoas das mais diversas
partes do mundo, com suas culturas, crenças e religiões. O que fez com que a
igreja coríntia fosse um verdadeiro caldeirão de conceitos e culturas. E quando
Paulo escreve a estes irmãos, ele trata de diversos e controversos assuntos, a
exemplo das divisões existentes entre os membros daquela igreja; da
imoralidade instalada por uma relação incestuosa; das disputas entre crentes nos
tribunais; da fornicação e prostituição por parte de alguns; dos problemas de
ordem conjugal; das comidas sacrificadas aos ídolos; da incoerência na
ministração da Ceia do Senhor; da falta de ordem no culto e por fim, as questões
relativas à ressurreição.

Sem dúvidas, a igreja de Corinto foi a igreja que mais deu trabalho ao
apóstolo Paulo. Uma igreja carismática, possuidora de diversos dons espirituais
e de uma intensa efervescência religiosa; uma igreja amante do conhecimento,
mas incapaz de transformar teoria em prática. Uma igreja completamente imatura
e que agora precisava ser chamada de volta ao fundamento de sua fé: o
Evangelho (01-02). A questão é que o Evangelho é mais que uma conceituação
teórica sobre a salvação; é a consumação desta, mediante a ressurreição do
corpo. Ao tratar sobre este texto, João Calvino diz que Paulo “se refere à doutrina
da ressurreição como sendo o próprio Evangelho”.

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Para Paulo, o Evangelho é mais que uma introdução ao cristianismo, é mais
que uma nova religião, está além do abraçar conceitos morais e/ou espirituais.
Para ele, o Evangelho é vida. E essa vida perpassa o plano terreno e temporal
no qual estamos inseridos, pois ela não acaba aqui. O Evangelho, portanto, é
vida e vida eterna. Destarte, a ressurreição de Cristo é o ponto central de todo o
Evangelho, pois sem ela o Evangelho perde o sentido. Se Cristo não ressuscitou,
a morte tem a palavra final e a fé cristã é inútil. O fato é que se não há
ressurreição, não há Evangelho. Neste sentido, como diz o rev. Hernandes Dias
Lopes, “a cruz de Cristo sem a ressurreição é um símbolo de derrota e fracasso”.
E é essa a mensagem apresentada por Paulo neste capítulo.

A ressurreição de Cristo é tanto um fato consumado, quanto a garantia de


que também ressurgiremos no último dia. Não obstante, aqueles crentes estavam
Enclausuramento da alma

sendo influenciados, pelo pensamento filosófico-grego que negava a


ressurreição do corpo, ao passo que ensinava a perpetuidade da alma. E Paulo
precisa lembrá-los o que haviam aprendido nos dezoito meses em que foram por
ele evangelizados. Os coríntios precisam voltar ao fundamento de sua fé. Não
obstante, não devemos pensar que estes irmãos estavam abandonando sua fé,
pois não estavam, eles eram perseverantes (01 ver). Mas, negar a doutrina da
ressurreição, como afirma João Calvino, “era prova de que jamais haviam
entendido o que lhes fora ensinado, ou que seu conhecimento não passava de
algo frágil, sem resistência, desvanecendo logo depois”. O fato é que estes
irmãos não podiam retroceder em sua fé, negando uma doutrina tão importante
como a ressurreição.

Em sua exposição, Paulo afirma que é por meio deste Evangelho que os
σωζω – Presente contínuo

coríntios são salvos (02). Assim, Paul Beasley-Murray observa que “a salvação
é um processo presente, com suas raízes no passado e sua consumação
somente no futuro”. Os coríntios, portanto, precisavam permanecer no Evangelho
que lhes fora ensinado. Não havia como conciliar o pensamento filosófico-grego
com a verdade imutável e inegociável do Evangelho, pois este era loucura para
os gregos, mas para os crentes, poder de Deus para salvação (1.17-31 ver). O

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que fica evidente é que o Evangelho é mais que palavras, é mais que conceitos,
“é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e
também do grego”, diz Paulo em Romanos 1.16. Portanto, devemos pregar o
Evangelho de Cristo a todos os homens, mesmo que o rejeitem e dele
escarneçam, visto que é por seu intermédio que os eleitos são salvos e os
impenitentes são julgados, pois como diz o Paulo em II Coríntios 2.15-16: “Nós
somos para com Deus o bom perfume de Cristo, tanto nos que são salvos como
nos que se perdem. Para com estes, cheiro de morte para morte; para com
aqueles, aroma de vida para vida”. Logo, não podemos e não devemos minimizar
a ofensa que o Evangelho faz ao mundo, pois qualquer tentativa de fazê-lo seria
minar sua autoridade e poder para salvação. Pregar ao mundo um evangelho
doce e que não confronta o pecador com seus pecados, não é sinônimo de amor,
mas de indiferença. Pregar o Evangelho é pregar que Cristo de fato ressuscitou
e naquele grande e glorioso dia voltará e conforme Daniel 12.2: “Muitos dos que
dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna, e outros para
vergonha e horror eterno”.

Aplicação

Caminhando para o fim, quero fazer algumas rápidas aplicações a partir da


seguinte indagação: O que esta experiência de Paulo com os crentes de Corinto
tem a ver conosco, quase dois mil anos depois?

 Precisamos, assim como os coríntios, lembrar-nos do Evangelho puro


e simples, da Sagrada Escritura. O ensino Bíblico e não os conceitos
humanos, deve ser a base e fundamento de nossa fé. Bíblia x filosofia grega

 O Evangelho precisa ser pregado, ainda que seja uma ofensa aos
conceitos dos homens, parecendo loucura aos seus olhos, pois este
é o meio escolhido por Deus, para salvar os pecadores.

 Crer no Evangelho é desenvolver a firme esperança de que um dia,


o Cristo ressurreto voltará e nós também ressuscitaremos e
receberemos Dele o eterno galardão.
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