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UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS


PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MATEMÁTICA

Atividade de Análise do Rn

Professor: Uberlandio Batista Severo


Aluno: Carlos Edilon Ferreira da Silva

João Pessoa, 12 de julho de 2018.

A demonstração da Proposição 1 será desenvolvida utilizando elementos de


álgebra moderna.

Definição 1. Uma relação ∼ sobre um conjunto E não vazio é chamada de rela-


ção de equivalência sobre E se, e somente se, satisfaz as seguintes condições:

(i) (∀x ∈ E)(x ∈ E ⇒ x ∼ x) (reflexiva);

(ii) (∀x, y ∈ E)(x ∼ y ⇒ y ∼ x) (simétrica);

(iii) (∀x, y, z ∈ E)(x ∼ y, y ∼ z ⇒ x ∼ z) (transitiva).

Exemplo 1. A relação de paralelismo sobre o conjunto E das retas do espaço é


uma relação de equivalência sobre E.

Definição 2. Seja R uma relação de equivalência sobre um conjunto E 6= ∅.


Dado a ∈ E, chama-se classe de equivalência determinada por a, módulo R, o
subconjunto a de E constituído pelos elementos x tais que xRa.

a = {b ∈ E; aRb}.

1
Definição 3. O cojunto das classes de equivalência módulo R será indicado por
E/R e chamado de conjunto quociente de E por R.

E/R = {a; a ∈ E}.

Definição 4. Seja E um conjunto não vazio. Diz-se que uma classe F de subcon-
juntos não vazios de E é uma partição de E se, e somente se:

a) dois membros quaisquer de F ou são iguais ou são disjuntos;

b) A união dos membros de F é igual a E.

Exemplo 2. P = {x ∈ Z; x é par} e I = {x ∈ Z; x é ímpar}


F = {P, I} é uma partição de Z

Lema 1. Seja ∼ uma relação de equivalência sobre E. As seguintes proposições


são equivalentes para a, b ∈ E.

(I) a ∼ b;
(II) a ∈ b;
(III) b ∈ a;
(IV) a = b.

Prova:
(I) ⇒ (II)decorre diretamente da definição de equivalência;
(II) ⇒ (III) a ∈ b ⇒ a ∼ b ⇒ b ∼ a ⇒ b ∈ a;
(III) ⇒ (IV ) da hipótese de b ∈ a decorre que b ∼ a ⇔ a ∼ b.
Assim,
transit.
x ∈ a ⇒ x ∼ a ⇒ x ∼ b ⇒ x ∈ b ⇒ a ⊂ b;
transit.
y ∈ b ⇒ y ∼ b ⇒ y ∼ a ⇒ y ∈ a ⇒ b ⊂ a.

2
Portanto, a = b.
(IV ) ⇒ (I) dado x ∈ a = b. Temos que x ∼ a e x ∼ b ⇒ a ∼ b.

Lema 2. Se ∼ é uma relação de equivalência sobre um conjunto E não vazio.


Então E/ ∼ é uma partição de E.
Prova:
Seja a ∈ E/ ∼. Como ∼ é reflexiva ⇒ a ∼ a ⇒ a 6= ∅, ∀a ∈ E. Dados a = b
Lema1
tais que a ∩ b 6= ∅. Considere x ∈ a ∩ b ⇒ x ∈ a e x ∈ b ⇒ x ∼ a e
transit. Lema1
[
x ∼ b ⇒ a ∼ b ⇒ a = b. Agora resta mostrar que a = E. De imedi-
a∈E
ato temos que a união das classes de equivalência está contida em E, visto que,
Lema1
[
são subconjuntos de E. Seja x ∈ E, temos que x ∼ x ⇒ x ∈ x ⇒ x ∈ a.
a∈E

Vale notar também que se F é uma partição de um conjunto não vazio E,


então existe uma relação de equivalência R sobre E de modo que E/R = F.

Agora vamos enunciar e demonstrar a proposição 7.1 mencionada no início


do texto.

Proposição 1. Seja A = {Aλ }λ∈Λ uma cobertura aberta de um paralelepípedo


K ⊂ Rn . Então, existe uma partição de K, tal que cada um dos subparalelepípe-
dos por ela determinados está contido em algum aberto de A.

Demonstração: Sendo K um paralelepípedo de Rn (não vazio), considere a se-


guinte relação relação sobre K.

x ∼ y ⇔ x ∈ Aλ e y ∈ Aλ para algum λ ∈ Λ.

Afirmação: ∼ é uma relação de equivalência.


De fato, dados x, y, z ∈ K,

(i) x ∈ Aλ e x ∈ Aλ para algum λ ∈ Λ ⇒ x ∼ x.


(ii) Se x ∼ y ⇒ x ∈ Aλ e y ∈ Aλ ⇒ y ∈ Aλ e x ∈ Aλ ⇒ y ∼ x.

3
(iii) Se x ∼ y e y ∼ z ⇔ x ∈ Aλ , y ∈ Aλ e z ∈ Aλ para algum λ ∈ Λ ⇒ x ∼ z.

Pelo Lema 2 o conjunto quociente K/ ∼ é uma partição de K, sendo

K/ ∼= {x; x ∈ K}

x = {y ∈ K, y ∼ x} = {y ∈ K, y ∈ Aλ para algum λ ∈ Λ}.

Agora, sendo K compacto, passando para uma subcobertura aberta finita


A0 = {Ai }1≤i≤n e escolhendo elementos x1 , ..., xn ∈ K representantes das
n
[
classes de equivalência tais que K = xi , temos xi = {y ∈ K; y ∈ Ai } ⊂ Ai
i=1

como queríamos.

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Segue abaixo as outras atividades.

Proposição 2 (integrabilidade em termos de J-decomposições). Sejam C um con-


junto J-mensurável e f : C → R uma função limitada. Então
Z
f = sup m(f, D)
C D
Z
f = inf M (f, D),
C D

sendo que D varia no conjunto de todas as J-decomposições de C.

Prova:

Considere uma J-decomposição D = {C1 , ..., Ck }, de C e observamos que,


em virtude das desigualdades
Z Z
(inf f )vol C ≤ f≤ f ≤ (sup f )vol C
C C

Z k Z
X k Z
X Z
f≤ f e f≤ f
C i=1 Ci i=1 Ci C

resultam em

k
X k Z
X Z
M (f, D) = MCi (f )vol Ci ≥ f≥ f.
i=1 i=1 Ci C

Analogamente, m(f, D) ≤
R
C
f . Logo, valem as desigualdades.

Z Z
f ≤ inf M (f, D) e f ≥ sup m(f, D). (1)
C D C D

Seja K ⊃ C um paralelepípedo de P uma partição de K. Para cada S ∈ PP ,


façamos CS = C ∩ S e consideremos a J-decomposição de C, DP = {CS }S∈PP .
Denotando-se por f a extensão canônica de f a K e por P0 o conjunto formado

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pelos paralelepípedos de Pp que intersectam C, tem-se, para cada S ∈ P0 que
f e f coincidem em CS . Daí, uma vez que CS ⊂ S, tem-se

MS (f ) ≤ MCS (f ) e ms (f ) ≤ mCS (f ) ∀S ∈ P0 .

Desta forma, levando em conta que f é identicamente nula em K − C tem-se

X X
M (f , P ) = MS (f )vol S ≥ MCS (f )vol S = M (f, D),
S∈P0 S∈P0

e, analogamente, m(f , P ) ≤ m(f, D). Destas desigualdades, conclui-se que


Z Z
f= f = inf (f , P ) ≥ inf M (f, D)
C K P D

f ≤ supD m(f, D). Daí e de (1), segue o resultado.


R
e C

Proposição 3. Seja ϕ : U → V entre abertos do Rn um difeomorfismo pri-


mitivo ou translação.
Z Se C ⊂ U um conjunto J-mensurável compacto, então
0
vol(ϕ(C)) = |detϕ |.
C
Prova:
Seja C um conjunto J-mensurável arbritário e K ⊂ Rn um paralelepípedo, tal
que C ⊂ K. Temos ainda que, U e Rn − C são abertos, com x ∈ U e y ∈ K − C,
∃ rx , ry > 0, tais que B(x, rx ) ⊂ C e B(y, ry ) ⊂ Rn − C. É fácil perceber que A
é composta pelas bolas B(x, rx ), x ∈ C, e B(y, ry ), y ∈ K − C, constitui uma
cobertura aberta de K. Então, pela proposição 1, existe uma partição P , de K,
onde cada um dos subparalelepípedos S ∈ PP está contido em algum aberto de
A . Em particular, todo subparalelepípedo S ∈ PP que intersecta C está contido
em U . Assim temos que a família ϕ(S ∩ C)S∩C6=∅ está bem definida e, sendo ϕ
um difeomorfismo, constitui uma J-decomposição de ϕ(C).

Agora, seja dado um paralelepípedo K0 de Rn , tal que,

[
K0 ⊃ ϕ(S) ⊃ ϕ(C),
S∩C6=∅

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e denotemos por f a extensão canônica de f a K0 , a qual é integrável em K0 , pois
por hipótese, f é integrável em ϕ(C). Escrevendo-se, então, g = (f ◦ ϕ)|detϕ0 |
e denota-se por g a extensão canônica de g a K, tem-se, ∀ S ∈ (P )P cuja inter-
seção com C é não vazia, que as restrinções de g e (f ◦ ϕ)|detϕ0 | a S coincidem.
Logo, pela parte já estabelecida do teorema e pela escolha da partição P , para
S variando em PP , tem-se que:

Z Z
f= f
ϕ(C) K0
X Z
= f
S∩C6=∅ ϕ(S)
X Z
= (f ◦ ϕ)|detϕ0 |,
S∩C6=∅ S
X Z Z Z
= (g = g= (f ◦ ϕ)|detϕ0 |
S∩C6=∅ S K C

Como desejávamos provar.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

• LIMA, Ronaldo Freire. Topologia e Análise no Espaço Rn . 1a ed. 2015.

• DOMINGUES, Hygino Hugueros e Gelson Iezzi. Álgebra Moderna. 5a ed.


2018.

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