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1ª Aula
Iniciar a aula apresentando o vídeo “O que é arte contemporânea?” (ícone ao lado)
À 1min38s, dê uma pausa no vídeo para, em seguida, questionar os alunos:
Anotar numa folha de papel craft (papel bobina), presa ao quadro, todas as ideias apresentadas pelos alunos. O que importa nessa
ação é provocar a sensibilidade perceptiva dos alunos para questões estéticas e culturais que envolvem aquilo que entendemos por
Arte contemporânea. Guardar as anotações feitas no craft para resgatar na próxima aula.
A partir da colocação dos alunos, apresentar as imagens dos artistas Lygia Clark, Cildo Meirelles e Helio Oiticica, sem mostrar os
títulos das obras. Pedir para que observem as obras apresentadas e digam: O que estão vendo? Isso é Arte contemporânea? Por quê?
Posteriormente, pedir para que os alunos descrevam as imagens. Depois, questione-os sobre o que as obras comunicam. (Desenvolver
discussões sobre o que as obras comunicam é essencial, pois estimula o aluno a formular hipóteses que digam respeito às ideias que
os artistas quiseram apresentar com seus trabalhos.).
Após as primeiras impressões, é fundamental estudar as possibilidades de compreensão da obra: procedimentos empregados,
materiais utilizados, elementos constitutivos, poética e conceitos. Peça para os alunos observarem e falarem sobre esses aspectos.
Complete as respostas dos alunos retomando aspectos não compreendidos, ao mesmo tempo em que apresenta o conceito das obras,
bem como os elementos formais e de composição. O ideal é orientar a turma para que perceba os conteúdos e as singularidades das
obras, buscando trazer a inquietude que há nelas.
Obras e artistas:
1. Lygia Clark
Lygia Pimentel Lins (1920-1998), mineira, foi pintora e escultora; mudou-se para o Rio de Janeiro em 1947. A artista estudou as
possibilidades terapêuticas da arte sensorial com uma abordagem diferente para cada pessoa, usando os “Objetos relacionais", que é a
designação genérica atribuída por Lygia Clark a todos os elementos que utilizava nas sessões de Estruturação do Self – trabalho
praticado de 1976 a 1988, no qual Lygia trabalha o “arquivo de memórias” dos seus pacientes, os seus medos e fragilidades, através
do sensorial. A artista desenvolve também, de 1967 a 68, seus projetos para “Proposições existenciais”. Dentre esses projetos estão:
Questione:
a) O que você está vendo? Descreva.
b) Qual a provável ideia que a artista quis passar?
c) Isso é Arte contemporânea? Por quê?
d) Você vê algum sentimento nessa obra? Qual(is)?
Informações sobre a obra: A obra Diálogo: Óculos (1968) deve ser vivenciada a dois, esboçando as investigações de propostas
coletivas da artista.
Questione:
a) O que você está vendo? Descreva.
b) Isso é Arte contemporânea? Por quê?
c) Quais texturas visuais e/ou táteis podem ser encontradas?
d) Qual a sua interpretação da obra? O que está “dizendo” a você?
e) Ela é sedutora, bela? Por quê?
Informações sobre a obra: Em Objeto Relacional Máscara Abismo (1968), temos um saco de rede sintética alaranjado (usado ainda
hoje em supermercados para empacotar cebolas, batatas etc.) que envolve um saco plástico cheio de ar. Criado em diversas versões,
este objeto era usado como máscara para cobrir o rosto, cuja extremidade prolongava-se sobre seu peito como a tromba de um
animal.
Mais informações sobre a artista, acesse o site O mundo de Lígia Clark, disponível em:
<http://www.lygiaclark.org.br/defaultpt.asp> (Acesso em: 09/08/2013).
2. Cildo Meireles
Cildo Campos Meirelles (Rio de Janeiro/RJ, 1948), artista multimídia, é reconhecido como um dos mais importantes
artistas brasileiros contemporâneos. Ele é um artista conceitual com uma reputação internacional, que cria os objetos e
as instalações que acoplam diretamente o visor em uma experiência sensorial completa, questionando, entre outros
temas, o regime militar brasileiro (1964-1984) e a dependência do país na economia global. Dentre suas obras conceito
estão:
Projeto Coca-cola.
Questione:
a) O que você está vendo? Descreva.
b) Qual a provável ideia que a artista quis passar?
c) Isso é Arte contemporânea? Por quê?
d) Qual a maneira usada pela artista para expor suas ideias e questionamentos? Por que escolheu fazer dessa maneira e não de outra?
Informações sobre a obra: Cildo Meireles, no Projeto Coca-cola, gravou nas garrafas de refrigerantes (embalagens de retorno) um dos
símbolos mais eminentes do imperialismo norte-americano, a frase “Yankees go home”, para, posteriormente, devolvê-la à circulação.
Utiliza-se o processo de decalque (silk-screen) com tinta branca vitrificada, que não aparece quando a garrafa está vazia e sim
quando cheia, pois fica visível a inscrição contra o fundo escuro do liquido da Coca-Cola.
Através (1983-1989).
Questione:
a) O que você está vendo? Descreva.
b) O que esta obra comunica?
c) Isso é Arte contemporânea? Por quê?
d) Como a obra foi composta? Descreva alguns dos elementos que a compõem.
Informações sobre a obra: Através está entre as obras de Cildo Meireles nas quais, por meio de jogos formais com materiais
cotidianos, o artista lida com questões mais amplas, como a nossa maneira de perceber o espaço e, em última análise, o mundo.
Trata-se de uma coleção de materiais e objetos utilizados comumente para criar barreiras com os mais diferentes tipos de usos e
cargas psicológicas: de uma cortina de chuveiro a uma grade de prisão, passando por materiais de origem doméstica, industrial,
institucional. Sempre em dupla, os elementos se organizam com rigor geométrico sobre um chão de vidro estilhaçado, oferecendo
diferentes tipos de transparência para os olhos, que a distancia penetra a estrutura. O convite é que o corpo experimente de perto esta
estrutura, descobrindo e deixando para trás novas barreiras. Com sua conformação labiríntica e experiência sensorial de descoberta,
Através e seus obstáculos aludem às barreiras da vida e ao nosso desejo, nem sempre claro de superá-las.
Questione:
a) O que você está vendo?
b) Qual a sua interpretação da obra? O que está “dizendo” a você?
c) Isso é Arte contemporânea? Por quê?
d) Quais as cores e os tons predominantes na obra?
e) Que relação você faz da obra com sua vivência (artista–obra–você)?
Informações sobre a obra: Nos anos de censura, medo e silêncio que se seguiram à promulgação do AI-5 (Artigo Institucional - 5),
Cildo Meireles destacou-se pelo seu trabalho em carimbo em notas de um cruzeiro. Com a mensagem explicita, Quem matou Herzog?
(Vladimir Herzog foi um mártir da ditadura militar), e anônima, mostrou sua visão da arte enquanto meio de democratização da
informação e da sociedade - motivo pelo qual costumava gravar em seus trabalhos deste período a frase: “a reprodução dessa peça é
livre e aberta a toda e qualquer pessoa”, ressaltando a problemática do direito privado, do mercado e da elitização da arte.
3. Helio Oiticica
Hélio Oiticica é um dos mais importantes artistas brasileiros das décadas de 50 em diante. Participou do movimento neoconcretista
ao lado de nomes como Lígia Clark, Amílcar de Castro e Ferreira Gullar.
Nascido no Rio de Janeiro, em 1937, Oiticica começou a carreira artística na década de 50. Na virada da década, se uniu ao
movimento neoconcretista, que defendia que a arte não era um mero objeto, e ia além do geometrismo puro.
É autor da conhecida frase "Seja marginal, seja herói", que escreveu em uma bandeira sobre a foto de um bandido morto publicada
em um jornal carioca em 1968, durante a ditadura, e foi um dos grandes inspiradores do movimento tropicalista com sua obra
Tropicália.
No início da década de 60, Oiticica definiu seu papel nas artes plásticas brasileiras e começou a realizar trabalhos que ultrapassavam
a mera contemplação das obras. Seus penetráveis misturavam a visão ao olfato, ao tato, à audição e ao paladar. Em meados dos anos
60, o artista aproximou-se da cultura popular e do carnaval. Entre seus trabalhos mais conhecidos dessa época são designadas
“parangolés”, que consistiam em tendas, estandartes e bandeiras para serem usadas sobre o corpo.
Em 1981, um ano após a sua morte (em 22 de março de 1980), foi criado no Rio de Janeiro o Projeto Hélio Oiticica, para preservar a
obra do artista.
Mais informações sobre o artista, acesse o site Hélio Oiticica (Acesso em: 09/08/2013).
Questione:
a) O que você está vendo?
b) O que esta obra comunica?
c) Isso é Arte contemporânea? Por quê?
d) Que elementos da obra chamaram a atenção?
e) Como a obra foi composta? Descreva alguns dos elementos que a compõem.
Informações sobre a obra: A obra-instalação Invenção da cor, Penetrável Magic Square # 5, De Luxe, de 1977, de Hélio Oiticica
(1937-1980), foi feita a partir das maquetes chamadas de proposições ambientais. O artista começou a criar essas obras em 1960, pois
só poderiam ser construídas em espaços abertos. Magic Square # 5 é composta de nove paredes em alvenaria, tinta acrílica, tela de
arame e cobertura com estrutura de metal e vidro. É importante ressaltar aos alunos que essa obra se trata de uma Instalação. A
Instalação é uma forma de arte que utiliza a ampliação de ambientes que são transformados em cenários do tamanho de uma sala.
Pintura, escultura e outros materiais são usados conjuntamente para ativar o espaço arquitetônico. O espectador participa da obra e,
portanto, não se comporta somente como apreciador.
2ª Aula
Retomar à aula anterior comentando as experiências com as obras de artistas contemporâneos. Em seguida, apresentar o restante do
vídeo iniciado na aula anterior (de 1min58s até o fim).
Vídeo: O que é arte contemporânea? (ícone ao lado)
Arte em si já não é o objetivo final, mas sim um instrumento para que se possa meditar sobre os novos conteúdos impressos no
cotidiano pela rápida transformação do mundo atual.
A Arte contemporânea se caracteriza principalmente pela liberdade de atuação do artista, que não tem mais compromissos
institucionais que o limitem, portanto pode exercer seu trabalho sem se preocupar em imprimir nas suas obras um determinado cunho
religioso ou político.
3ª Aula
Para esta aula será necessário solicitar anteriormente aos alunos que tragam jornais e revistas atuais que apresentem temas da
atualidade. Outra opção, é os alunos fazerem a pesquisa dos temas no laboratório de informática.
Oriente a atividade, dividindo a sala em grupos (os mesmos da aula anterior), da seguinte forma:
4ª Aula
Nessa aula, organize a apresentação dos grupos e, após cada exposição, questione o grupo e os demais alunos:
Como a produção do grupo foi composta? Descreva alguns dos elementos que a compõem. Por que o grupo escolheu fazer dessa
maneira?
Qual a ideia que o grupo quis passar? O grupo alcançou o que desejava?
Qual a relação da produção realizada pelo grupo com a Arte contemporânea?
Quais as características contemporâneas presentes nessa produção?
Quais foram os acertos e erros no percurso?
Quais foram as dificuldades?