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BRASILEIRA
AULA 4
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Cervo e Bueno (2010, p. 381) intitularam de uma “nova correção de rumos” na
política externa brasileira, pois a orientação externa do governo de Castelo,
pautada pela bipolaridade, foi revista. Assim, a política externa do governo de
Costa e Silva tornou-se conhecida como a “Diplomacia da Prosperidade”.
Segundo Cervo e Bueno (2010, p. 382) e Vidigal e Doratioto (2014, 91), essa
política deixou de conferir prioridade a temas que receberam maior atenção do
governo de Castelo, como a bipolaridade, a segurança coletiva, a
interdependência militar e o ocidentalismo. Nesse sentido, a política externa de
Costa e Silva conferiu prioridade ao desenvolvimento nacional, por meio da
ampliação do comércio internacional, da cooperação externa do Brasil e da
diversificação dos fluxos financeiros internacionais (Cervo; Bueno, 2010, p. 382).
Como consequência dessa nova linha de atuação externa, o Brasil obteve, em
primeiro lugar, uma ampliação dos contatos com vizinhos da América Latina e
com outros países do Terceiro Mundo, especialmente em fóruns internacionais.
Nesse sentido, o Brasil atuou como uma liderança do Grupo dos 77, uma
coalizão de países em desenvolvimento que foi fundada em 1964, no contexto
da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento. Além
disso, o Brasil exerceu pressões no contexto do GATT (Acordo Geral de Tarifas
e Comércio) para que houvesse um tratamento diferenciado em temas
comerciais para países em desenvolvimento. Ainda no governo de Costa e Silva,
deve ser destacada a rejeição do Brasil ao Tratado de Não Proliferação Nuclear
(TNP), de 1968. Esse tratado baseou-se em três pilares, nomeadamente:
1. a defesa do desenvolvimento de tecnologias nucleares para fins pacíficos;
2. a não proliferação nuclear, no sentido que os Estados sem armas
nucleares deveriam assumir o compromisso de não desenvolver esses
materiais e;
3. o desarmamento nuclear, segundo o qual os Estados nuclearmente
armados deveriam promover um desarmamento progressivo.
Segundo Vidigal e Doratioto (2014, p. 98), “O Brasil não aderiu ao TNP
por considerá-lo injusto e discriminatório, pois restringia de modo horizontal a
disseminação da tecnologia nuclear sem impedir o aumento horizontal dos
arsenais das grandes potências”. Vale destacar, no entanto, que o Brasil
assumiu um compromisso com a proscrição de armas nucleares na América
Latina, no contexto da assinatura do Tratado de Tlatelolco, de 1968 (idem).
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TEMA 3 – MÉDICI, ENTRE O PRIMEIRO E O TERCEIRO MUNDO (1969 –
1974)
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Saiba mais
Para saber mais sobre essa questão, acesse o link a seguir e leia o artigo
de Matias Spektor:
SPEKTOR, M. (2002) O Brasil e a Argentina entre a cordialidade oficial e
o projeto de integração: a política externa do governo de Ernesto Geisel (1974-
1979). Revista Brasileira de Política Internacional, v. 45, n. 1, p. 117-145,
2002.
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a. o pragmatismo referia-se à busca de uma diplomacia pautada pela
eficiência em suas ações externas e direcionada à busca do interesse
nacional;
b. o termo responsável estava relacionado à ideia de que o pragmatismo não
deveria ser entendido como “oportunismo” e;
c. o adjetivo ecumênico referia-se à ideia de que o Brasil deveria promover
a diversificação dos laços externos do país.
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TEMA 5 – FIGUEIREDO E O UNIVERSALISMO SOB PRESSÃO (1979 – 1985)
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NA PRÁTICA
FINALIZANDO
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REFERÊNCIAS
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VIDIGAL, C. E.; DORATIOTO, F. F. M. História das relações internacionais
do Brasil. São Paulo: Saraiva, 2014.
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