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Este trabalho objetiva abordar alguns tópicos introduzidos pela Lei Complementar n.º
123, de 2006, e sua repercussão tanto no que diz respeito ao princípio constitucional e
administrativo da igualdade que deve regrar a conduta do Poder Público, a paridade de
tratamento que deve ser dispensada a todas as entidades empresariais que exploram
atividade econômica de produção e circulação de bens e prestação de serviços e participam
de licitações (art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal), as dificuldades operacionais para
realização dos certames por força dos comandos introduzidos pela Lei Complementar, a
apresentação de soluções pontuais ao Administrador Público, até a edição de regulamento
específico, e o desmonte de uma sólida construção jurisprudencial e doutrinária acerca da
aplicação de normas de licitação e sua vinculação com o princípio da boa-administração.
A Constituição Federal, em seu art. 170, instituiu que a ordem econômica, fundada na
valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por finalidade assegurar a todos
existência digna, conforme os ditames da justiça social. Neste dispositivo, introduziu os
princípios gerais da atividade econômica, entre eles: o tratamento favorecido para as
empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e
administração no País, inserido no inciso IV, com redação dada pela Emenda Constitucional
n.º 06, de 1995.
O art. 179 do mesmo diploma, preceitua que a União, os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim
definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando incentivá-las pela simplificação de
suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação
ou redução destas por meio de lei.
Para essa finalidade foram editadas a Lei n.º 9.317, de 05 de dezembro de 1996, que
dispõe sobre o regime tributário das microempresas e das empresas de pequeno porte,
instituindo o Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das
Microempresas e das Empresas de Pequeno Porte – SIMPLES e a Lei n.º 9.841, de 05 de
outubro de 1999, que criou o Estatuto das Microempresas.
De acordo com a Lei n.° 9.841, de 1999, nos órgãos de registro (Junta Comercial ou
Registro Civil das Pessoas Jurídicas) deverá ser feito o arquivamento dos atos constitutivos
de sociedades que se enquadrarem como microempresa ou empresa de pequeno porte,
sendo que a microempresa adotará, em seguida ao seu nome, a expressão "microempresa"
ou, abreviadamente, "ME", e a empresa de pequeno porte, a expressão "empresa de
pequeno porte" ou "EPP".
Em 14 de dezembro de 2006 foi publicada a Lei Complementar n.º 123, que trouxe
disposições acerca do acesso aos mercados das empresas de pequeno porte e
microempresas, disciplinando a participação dessas entidades nas licitações, concedendo a
possibilidade de regularizarem a situação fiscal quando constatada a existência de restrições,
autorização acerca da comprovação de regularidade fiscal somente para efeito de assinatura
do contrato, além de assegurar-lhes a preferência nas contratações com o Poder Público
quando houver empate1 com os valores das propostas/lances ofertados originariamente por
outras entidades empresariais que não se enquadram nas categorias empresas de pequeno
porte e microempresas.
O Poder Público não contrata segundo as mesmas práticas do setor privado, fosse
assim, seria desnecessária a edição de uma Lei de Licitações que, inclusive, é categórica ao
dispor que o procedimento licitatório caracteriza ato administrativo formal, seja ele praticado
em qualquer esfera da Administração Pública.
Competiu à Lei n.º 8.666, de 1993, por força do disposto no art. 22, inciso XXVII, da
Constituição Federal, regulamentar o art. 37, inciso XXI, do mesmo diploma, instituindo
1
O art. 44 da LC estabeleceu uma espécie de empate simulado, quando a proposta ou lance ofertados pela
empresa de pequeno porte ou microempresa apresentar percentual acima da proposta ou lance ofertados pelas demais
entidades empresariais participantes do certame: iguais ou até 10% (dez por cento) nas licitações convencionais e 5%
(cinco por cento) na modalidade pregão.
normas gerais para licitações e contratos da Administração Pública e a Lei n.º 10.520, de 17
de julho de 2002, dispor sobre normas gerais para a realização da licitação na modalidade
pregão, no âmbito da União, Estados, Distrito Federal e Municípios, também nos termos do
art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal. Estes dois diplomas apresentam as diretrizes
gerais para a realização das licitações convencionais e para a modalidade pregão, entre elas
a estipulação da fase de habilitação e apresentação das propostas de preços e as condições
para sua operacionalidade.
A Lei Complementar n.º 123, de 2006, veio instituir o acesso ao mercado das empresas
de pequeno porte e microempresas nos negócios públicos e, ao mesmo tempo, estabelecer
normas gerais acerca do procedimento licitatório, quando estas participam das licitações
promovidas pelo Poder Público, concedendo benefícios de constitucionalidade duvidosa ao
estabelecer tratamento diferenciado quando um dos princípios constitucionais norteadores da
atuação estatal, na área das licitações e contratos, é o de assegurar igualdade de condições a
todos os concorrentes2 (art. 37, XXI, da Constituição Federal).
2
“ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão
contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os concorrentes,
com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da proposta, nos termos da
lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica indispensáveis à garantia do
cumprimento das obrigações.”
Importa dizer que o principal fundamento que autoriza o Administrador a conferir
tratamento diferenciado nas hipóteses dos artigos 47 e 48 é a demonstração, motivada, de
que a contratação será economicamente vantajosa, não representando prejuízo ao conjunto
ou complexo do objeto a ser contratado.
Na dicção do art. 113 da Lei n.° 8.666, de 1993, as autoridades administrativas têm o
dever de demonstrar a regularidade e a legalidade dos atos que praticam, numa inversão do
tradicional princípio da presunção de legitimidade.
A fim de dar efetividade ao propósito da Lei Complementar, a saída é efetuar uma única
licitação para o objeto que a Administração necessita, dividindo-a por itens, estabelecendo
quais deles, em quota de até 25% (vinte e cinco por cento), devam ser adquiridos de
empresas de pequeno porte ou microempresas, estipulando-se para estes itens, requisitos de
habilitação reduzidos e distintos das demais categorias empresariais.
A solução nada mais é que a aplicação da Súmula n.º 247, do Tribunal de Contas da
União, que dispõe:
“é obrigatória a admissão da adjudicação por item e não por preço global, nos editais
das licitações para a contratação de obras, serviços, compras e alienações, cujo objeto
seja divisível, desde que não haja prejuízo para o conjunto ou complexo ou perda de
economia de escala, tendo em vista o objetivo de propiciar a ampla participação de
licitantes que, embora não dispondo de capacidade para a execução, fornecimento ou
aquisição da totalidade do objeto, possam fazê-lo com relação a itens ou unidades
autônomas, devendo as exigências de habilitação adequar-se a essa divisibilidade”.
Art. 44. Nas licitações será assegurada, como critério de desempate, preferência de
contratação para as microempresas e empresas de pequeno porte.
Art. 45. Para efeito do disposto no art. 44 desta Lei Complementar, ocorrendo o
empate, proceder-se-á da seguinte forma:
§ 2o O disposto neste artigo somente se aplicará quando a melhor oferta inicial não
tiver sido apresentada por microempresa ou empresa de pequeno porte.
Pelo princípio da vinculação ao edital imposta no art. 41, da Lei n.° 8.666, de 1993, no
qual a Administração não pode descumprir as normas e condições estabelecidas, tais
disposições que concedem condições e prazos diferenciados devem estar expressamente
previstas no ato convocatório.
Pela redação do art. 43, § 1.º, da Lei Complementar, após a Comissão de Licitação
emitir o ato administrativo que declara o vencedor, é permitida a regularização da situação
fiscal, o que deveria, tecnicamente, ser efetivada durante a fase de habilitação, após o ato
administrativo que reconhece a restrição, garantindo agilidade à conclusão da licitação.
Como mencionado, o correto seria fixar o prazo de 2 (dois) dias úteis após a notificação
do ato administrativo que reconhece a restrição.
A Lei Complementar n.º 123, de 2006, no § 1.º, do art. 43, permitiu que empresas de
pequeno porte e microempresas participem de licitações e entreguem os documentos
referentes à habilitação no prazo estipulado no edital e, mesmo irregulares perante a
Fazenda Pública, comprovem a regularização posteriormente, no prazo de 2 (dois) dias úteis,
podendo ser prorrogado por igual período, sob pena de decadência do direito à contratação.
Por outro lado, o art. 42 determina que, nas licitações, a comprovação da regularidade fiscal
das empresas de pequeno porte e microempresas somente será exigida para efeito de
assinatura do contrato.
Há uma impropriedade técnica absoluta na Lei Complementar, vez que inicia o comando
para exigir a comprovação da regularidade fiscal somente para efeito de assinatura do
contrato e, em seguida, concede prazo para regularização da situação fiscal no prazo de 2
(dois) dias a partir da data da ciência do ato que declarou a vencedora, sob pena de
decadência do direito à contratação. A decadência, também chamada caducidade, vem a ser
a perda do próprio direito material em razão do decurso do tempo, importando no
desaparecimento, na extinção de um direito pelo fato de seu titular não exercê-lo durante um
prazo estipulado na lei. Perdido o prazo, perdido estará o direito.
A Lei Complementar n.° 123, de 2006, permitiu que a licitante, empresa de pequeno
porte ou microempresa, mesmo apresentando restrições quanto à documentação relativa à
regularidade fiscal na fase de habilitação, ainda assim, continue no certame, em igualdade de
condições com as licitantes regulares (sem restrições).
Visando dar efetividade à Lei Complementar n.° 123, de 2006, e com base na Lei n.°
9.841, de 1999, a comprovação da regularidade jurídica (art. 28, da Lei n.° 8.666, de 1993)
da licitante e enquadramento como microempresa e empresa de pequeno porte, será exigida
no edital, como requisito de habilitação, ENVELOPE N.º 1, mediante a apresentação de ato
constitutivo devidamente arquivado na Junta Comercia l ou Registro Civil das Pessoas
Jurídicas, ou documento equivalente expedido por uma destas duas entidades, onde conste
que a licitante é microempresa ou empresa de pequeno porte, ou ainda, mediante declaração
emitida pelo SICAF.
Quando se tratar das licitações convencionais da Lei n.º 8.666, de 1993 (concorrência,
tomada de preços ou convite) - cuja fase de apresentação da documentação relativa à
habilitação precede a de apresentação da proposta de preços, o procedimento sugerido é o
que segue:
1.1 abertura da sessão no dia, horário e local estabelecidos no edital;
1.6 constatada por meio da análise da documentação relativa à habilitação jurídica (art.
28, da Lei n.° 8.666, de 1993) que uma ou algumas das participantes é empresa de pequeno
porte ou microempresa e verificado que há restrições no que diz respeito à regularidade fiscal
exigida no ato convocatório, essa ou essas serão admitas a prosseguir no certame em
igualdade de condições com as demais participantes;
1.7 divulgação da decisão que habilita e inabilita licitantes, com indicação do prazo para
recursos e impugnações;
1.7.1 quando todas as licitantes forem inabilitadas, poderá ser fixado o prazo de 8
(oito) dias úteis para a apresentação de novos documentos, com eliminação das causas
apontadas no ato de inabilitação. No caso de convite, é facultada a redução para três dias. No
caso de inabilitação de todas as licitantes, deverão ser exigidos para reapresentação apenas
os documentos desqualificados e não-aceitos;
1.9 decisão;
1.14 se a proposta de menor preço foi ofertada por entidade empresarial que não se
enquadra na categoria empresa de pequeno porte ou microempresa e existir propostas de
duas ou mais destas últimas categorias com valores que se enquadrem no intervalo igual ou
até 10% (dez por cento) superior à proposta vencedora, será realizado sorteio, no qual todos
as licitantes serão convocados (art. 45, § 3.°, da Lei n.° 8.666, de 1993), para identificação
daquela que primeiro poderá apresentar melhor oferta, no prazo estipulado no instrumento
convocatório, a ser definido segundo critérios da Administração. Se não houver redução,
seguir-se-á com a convocação das licitantes remanescentes que se enquadrem na hipótese
do § 1.°, do art. 44, da LC, na ordem classificatória, para o exercício do mesmo direito, no
prazo fixado no ato convocatório;
1.15 não havendo redução da(s) proposta(s) por parte da(s) empresa(s) de pequeno
porte ou microempresa(s), será mantida a organização das propostas em ordem crescente,
iniciando-se pela licitante que originariamente ofereceu a proposta de menor preço;
1.20 não havendo redução da(s) proposta(s) por parte da(s) empresa(s) de pequeno
porte ou microempresa(s), será declarada vencedora a licitante que originariamente ofereceu
a proposta de menor preço, seguindo-se com a deliberação da autoridade competente quanto
à homologação e adjudicação do objeto licitado, com posterior assinatura do termo de
contrato, ou aceite ou retirada do instrumento equivalente, no prazo estipulado no edital.
9.2 Pregão, na forma presencial
A comprovação da regularidade jurídica (art. 28, da Lei n.° 8.666, de 1993) da licitante
e enquadramento como microempresa e empresa de pequeno porte, será exigida no edital,
como requisito de habilitação, constante no ENVELOPE N.° 2, mediante a apresentação de
ato constitutivo devidamente arquivado na Junta Comercial ou Registro Civil das Pessoas
Jurídicas, ou documento equivalente expedido por uma destas duas entidades, onde conste
que a licitante é microempresa ou empresa de pequeno porte, ou, ainda, poderá ser
efetivada a comprovação mediante consulta ao SICAF.
Quando se tratar da modalidade licitatória pregão, na forma presencial - que inicia pela
apresentação de propostas escritas, seguindo-se a fase de lances e verificação dos requisitos
de habilitação da licitante vencedora, o procedimento sugerido é o que segue:
1.1 início, no dia, horário e local determinados no edital para início da identificação dos
representantes legais das licitantes, mediante apresentação de carteira de identidade e
procuração ou instrumento de constituição da entidade empresarial conforme o caso;
1.7.1 quando não existirem, no mínimo, 3 (três) propostas com valores superiores em
até 10% (dez por cento) à proposta de menor preço, devem ser selecionadas as melhores
até o máximo de 3 (três), quaisquer que sejam os preços ofertados;
1.8 colocação das propostas em ordem crescente de preço cotado para que os
representantes legais das licitantes, devidamente credenciados, participem da etapa
competitiva, por meio de lances verbais;
1.9 fase de lances, iniciando-se pelo detentor da proposta de maior preço, continuando
com as demais, pela ordem decrescente dos preços ofertados;
1.10 a licitante que não quiser dar lances verbais, quando convocada pelo pregoeiro,
será excluída da respectiva etapa e terá mantido, para efeito de ordenação das propostas, o
seu último preço apresentado;
1.11.1 se o preço final obtido estiver muito acima da estimativa 3 estabelecida no edital,
ou acima do máximo 4 fixado no edital, o pregoeiro deve negociar com a licitante para
obtenção de preço melhor, sob pena de desclassificação;
1.12 se o menor lance foi ofertado por entidade empresarial que não se enquadra na
categoria empresa de pequeno porte ou microempresa e existir proposta de uma destas
últimas categorias em valor igual ou até 5% (cinco por cento) superior à proposta vencedora,
a mesma será convidada a apresentar proposta de preço inferior ao lance vencedor, no prazo
de 5 (cinco) minutos. Caso haja redução a preço inferior ao menor lance originariamente
apresentado, seguir-se-á para a fase de habilitação com a verificação do cumprimento dos
requisitos de habilitação desta, caso contrário será verificado o cumprimento dos requisitos
de habilitação da licitante que originariamente ofereceu a proposta de menor preço;
1.12. se o menor lance foi ofertado por entidade empresarial que não se enquadra na
categoria empresa de pequeno porte ou microempresa e existir propostas de duas ou mais
destas últimas categorias com valores que se enquadrem no intervalo igual ou até 5% (cinco
por cento) superior ao lance vencedor, será realizado sorteio:
1.12.1. será procedido o sorteio para identificação daquela que primeiro poderá
apresentar melhor oferta. Se houver redução a preço inferior ao lance originariamente
vencedor, seguir-se-á para a fase de habilitação com a verificação do cumprimento dos
requisitos de habilitação da empresa de pequeno porte ou microempresa ou, se não houver,
seguir-se-á com a convocação das licitantes remanescentes que se enquadrem na hipótese
do § 2.°, do art. 44, da LC, na ordem classificatória, para o exercício do mesmo direito, no
prazo de cinco minutos. Caso não haja redução do valor por nenhuma delas, será verificado o
cumprimento dos requisitos de habilitação da licitante que originariamente ofereceu a
proposta de menor preço;
1.14 se for empresa de pequeno porte ou microempresa (verificado por meio da análise
dos documentos relativos à habilitação jurídica ou demonstrado por meio de consulta ao
SICAF), a constatação de que há restrições quanto à regularidade fiscal exigida no edital não
a impedirá de prosseguir no certame, a mesma será habilitada, segundo o art. 43, caput, da
Lei Complementar n.° 123, de 2006;
3
O Tribunal de Contas da União, por meio do Acórdão n.º 64/2004 – Segunda Câmara, fixou entendimento
de que os preços estimados e o critério de aceitabilidade de preços são fundamentais para o futuro julgamento pelo
pregoeiro e que contratar com valores superiores ao orçado, sem justificativa ou comprovação, é falta grave e pode
ensejar multa. Admite-se, uma vez fixado o valor estimado para a contratação decorrente de ampla pesquisa de
mercado, o exame de compatibilidade de preços entre o estimado e a proposta vencedora, devidamente justificado
pelo pregoeiro. O art. 43, inciso IV, da Lei n.º 8.666, de 1993, estabelece que a licitação será processada e julgada
mediante a verificação da conformidade de cada proposta com os requisitos do edital e, conforme o caso, com os
preços correntes no mercado ou fixados por órgão oficial competente, ou ainda com os constantes do sistema de
registro de preços, os quais deverão ser devidamente registrados na ata de julgamento, promovendo-se a
desclassificação das propostas desconformes ou incompatíveis.
4
O art. 40, inciso X, da Lei n.º 8.666, de 1993, estabelece que a Administração adotará critério de
aceitabilidade dos preços unitário e global, conforme o caso, permitida a fixação de preços máximos e vedados a
fixação de preços mínimos, critérios estatísticos ou faixas de variação em relação a preços de referência.
1.15 ato administrativo que declara a licitante vencedora;
1.18 caso alguma licitante manifeste a intenção de interpor recurso, mediante registro
da síntese das suas razões na ata, devem ser aguardados os seguintes prazos:
1.20 adjudicação do objeto à licitante declarada vencedora pelo pregoeiro, caso tenha
havido desistência expressa de todos os licitantes da intenção de interpor recurso;
A realização do sorteio tembém resulta inaplicável ante à regra do art. 24, § 5.º, do
Decreto n.º 5.450, de 2005.
As dúvidas são:
2. abertura da sessão pública pelo pregoeiro - pela Internet - com a utilização de sua
chave de acesso e senha, no dia, horário e local estabelecidos;
2.1 todos os horários observarão, para todos os efeitos, o horário de Brasília, Distrito
Federal, inclusive para contagem de tempo e registro no sistema eletrônico e na
documentação relativa ao certame;
5.1 será desclassificada a proposta que não atender a todas as exigências estabelecidas
no ato convocatório para sua apresentação;
8.3 o oferecimento de lances é sucessivo, e deve sempre ser inferior ao último ofertado
pela própria licitante, registrado pelo sistema;
8.4 não são aceitos dois ou mais lances iguais, prevalecendo aquele que for recebido e
registrado primeiro;
10.1 terminada a etapa de lances da sessão pública, o pregoeiro pode encaminhar, pelo
sistema eletrônico, contraproposta à licitante que tenha apresentado lance mais vantajoso,
para que seja obtida melhor proposta;
11.2 os documentos e anexos exigidos, quando remetidos via fax, deverão ser
apresentados em original ou por cópia autenticada, nos prazos estabelecidos no edital;
11.3 para fins de habilitação, a verificação pelo órgão promotor do certame nos sítios
oficiais de órgãos e entidades emissores de certidões constitui meio legal de prova;
14.1 se o menor lance foi ofertado por entidade empresarial que não se enquadra na
categoria empresa de pequeno porte ou microempresa e existir proposta de uma destas
últimas categorias em valor igual ou até 5% (cinco por cento) superior à proposta vencedora,
a mesma será convidada a apresentar proposta de preço inferior ao lance vencedor, no prazo
de 5 (cinco) minutos. Caso haja redução a preço inferior ao menor lance originariamente
apresentado, seguir-se-á para a fase de habilitação com a verificação do cumprimento dos
requisitos de habilitação desta, entre eles a comprovação de que é empresa de pequeno
porte ou microempresa, exigido no edital, caso contrário a contratação efetivar-se-á com a
licitante que originariamente ofereceu a proposta de menor preço;
14.2 se o menor lance foi ofertado por entidade empresarial que não se enquadra na
categoria empresa de pequeno porte ou microempresa e existir propostas de duas ou mais
destas últimas categorias com valores que se enquadrem no intervalo igual ou até 5% (cinco
por cento) superior ao lance vencedor, será realizado sorteio;
15. será suspensa a sessão para realização do sorteio para identificação daquela que
primeiro poderá apresentar melhor oferta, mediante notificação por meio do sistema
eletrônico, do dia, hora e local em que se realizará;
16. efetuado o sorteio, será comunicada por meio do sistema eletrônico a reabertura da
sessão. A licitante sorteada em primeiro lugar terá o prazo de 5 (cinco) minutos para
apresentar proposta de preço inferior ao lance originariamente proposto. Em havendo
redução a preço inferior seguir-se-á para a fase de habilitação com a verificação do
cumprimento dos requisitos de habilitação, entre eles a comprovação de que se enquadra na
categoria empresa de pequeno porte ou microempresa, exigida no edital.
16.1 não havendo redução seguir-se-á com a convocação das licitantes remanescentes
que se enquadrem na hipótese do § 2.°, do art. 44, da LC, na ordem classificatória, para o
exercício do mesmo direito, no prazo de cinco minutos, seguindo-se com a verificação do
cumprimento dos requisitos de habilitação, entre eles a comprovação de que se enquadra na
categoria empresa de pequeno porte ou microempresa, exigida no edital.
16.2 caso não haja redução a preço inferior à proposta original por nenhuma delas,
será efetivada a contratação com a licitante declarada vencedora que originariamente
ofereceu a proposta de menor preço;
17. na análise da documentação referente à habilitação, se apurado que a empresa não
se enquadra na categoria empresa de pequeno porte ou microempresa, a mesma será
inabilitada, seguindo-se na análise dos documentos referentes à habilitação das demais
licitantes, na ordem de classificação, sem prejuízo da aplicação da penalidade prevista no art.
93 da Lei n.° 8.666, de 1993;
21. declarada o vencedora, qualquer licitante pode, durante a sessão pública, de forma
imediata e motivada, em campo próprio do sistema , manifestar sua intenção de recorrer;
21. caso alguma licitante manifeste a intenção de interpor recurso, devem ser
aguardados os seguintes prazos:
As dificuldades criadas pela Lei Comp lementar carecem de solução técnica efetiva, cuja
consolidação dar-se-á a longo prazo, mediante reiteradas práticas por parte da Administração
Pública, de construção jurisprudencial e doutrinária a respeito e de regulamentações técnicas
que visem adaptar as novas fases/etapas fixadas à modalidade de licitação correspondente,
notadamente à operacionalidade da modalidade pregão, no sistema eletrônico.