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JESUS, NOSSO CORDEIRO PASCAL

I Coríntios 5.6-8

A sublimidade da obra de Cristo é maravilhosamente tipificada no livro de


Êxodo nos capítulos 06-14, quando ao manifestar sua glória através dos
admiráveis atos de juízo sobre Faraó e a nação egípcia, Deus institui o cerimonial
da páscoa, no qual os hebreus deveriam comer pães asmos e ervas amargas,
além de sacrificar um cordeiro ou cabrito de um ano, sem defeito, passando seu
sangue nos umbrais das portas. Dessa forma, quando a morte começasse a
afligir os egípcios, não tocaria os hebreus. O Senhor passaria por cima de suas
casas e vendo o sangue não mataria seus filhos. Um cordeiro deveria ser morto
no lugar de alguém. Uma vida seria dada por outra. Este cordeiro que fora morto
e que tivera seu sangue aspergido nos umbrais das portas, apontava para o
Cordeiro de Deus que viria e daria sua própria vida em favor de muitos. Um povo
sem qualquer prerrogativa a seu favor, receberia graciosamente a salvação
Divina. Destarte, quando o apóstolo Paulo exorta e repreende a igreja de Corinto,
por haver ali imoralidade, perversão sexual, intrigas, irmãos levando outros
irmãos aos tribunais, má administração da Ceia do Senhor, dentre tantos outros
problemas, ele traz à lume essa experiência vivida pelos hebreus. Buscando
então, corrigir a igreja que se perdia em meio ao fermento da hipocrisia e orgulho,
traçando um paralelo entre este evento e a instituição da páscoa, Paulo chama a
atenção dos coríntios.

1. Exortando-os a lançarem fora o velho fermento (versos 6-7)


Seja entregue a satanás
O contexto aqui é de disciplina eclesiástica. Paulo estava lidando com a
situação desconfortável e não menos complexa, de ter que excomungar um irmão
que estava mantendo um relacionamento com a esposa de seu pai. E como se
não fosse o bastante, os demais membros daquela igreja estavam envaidecidos,
orgulhosos do seu modo de viver, acreditando ser livres, não tendo que prestar
contas a ninguém. Nesse sentido, Calvino comenta que “eles eram tão
orgulhosos como se estivessem vivendo nas condições de uma Idade de Ouro,
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quando na realidade estavam rodeados por muitas coisas vergonhosas e
impróprias”.

É nessa conjuntura de autoconfiança e vanglória que os coríntios são


A fim de que outros não fossem induzidos ao erro
exortados a lançarem fora o velho fermento, a fim de que este não levedasse
toda a massa, prejudicando a igreja de Cristo. No contexto da primeira páscoa, os
judeus deveriam eliminar de suas casas todo resquício de fermento, pois o
mínimo deste poderia levar à morte. O fermento naquela época, consistia de um
pouco de massa velha que já estava em processo de decomposição e que
acrescentada à massa nova, fazia com que esta apodrecesse e inchasse por
meio da liberação de alguns gases. E aqui Paulo possivelmente tem isso em
mente quando diz nos versos 6-7: “Não é boa a vossa jactância. Não sabeis que
um pouco de fermento leveda a massa toda? Lançai fora o velho fermento, para
que sejais nova massa, como sois, de fato, sem fermento”.

A atitude imoral e profana daquele que se deitava com a mulher de seu pai
se não tratada, poderia levar os demais a agirem em rebelião contra Deus. Assim
como os judeus deveriam lançar fora de suas casas todo tipo de fermento, antes
da preparação da páscoa, os coríntios uma vez que já haviam sido purificados e
lavados pelo sangue de Cristo, o Cordeiro de Deus, não poderiam permitir que o
fermento da iniquidade e do pecado os contaminasse e isto porque...

2. Cristo, nosso Cordeiro Pascal foi imolado (verso 7)

Quando Paulo afirma no verso 7: “Pois também Cristo, nosso Cordeiro


pascal, foi imolado”, certamente ele está lembrando do episódio em que o
cordeiro foi morto e seu sangue passado nas vergas das portas para livrar da
morte, os primogênitos hebreus. Para Paulo, do mesmo modo, como os hebreus
eliminaram todo o fermento de suas casas, a fim de comerem dignamente do
cordeiro pascal, assim também os coríntios deveriam eliminar o fermento do
pecado para participarem dignamente Daquele que foi descrito em João1.29,
como “o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!”. O desejo de Paulo ao
trazer à memória essa perspectiva teológica, seguramente era porque ele
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esperava dos coríntios uma atitude não apenas racional ou ainda emocional, mas
prática. Seu intento era fazer com que aqueles irmãos eliminassem rapidamente
de suas vidas, aquilo que os impedia de ter comunhão com seu Salvador. Como
afirma Simon Kistemaker: “Os seguidores de Cristo são salvos da morte eterna
pelo sangue do cordeiro pascal morto no Gólgota”. Isso significa que um inocente
morreu pelos culpados. Implica em que Cristo se entregou vicária e
substutivamente, morrendo naquela horrenda cruz por amor. Seus algozes
somente o penduraram naquela cruz porque Ele entregou voluntariamente sua
própria vida em sacrifício e aroma suave diante do Pai; Paulo deixa isso muito
claro em Efésios 5.2, quando diz: “e andai em amor, como também Cristo nos
amou e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus, em
aroma suave”.

Como resposta a tão grandioso ato de amor, nosso procedimento deve ser
sempre motivado pela santidade e glória de Cristo, levando-nos a pensar e
repensar os nossos atos que devem seguir o exposto no verso 8, quando...

3. Paulo os exorta a celebrarem a festa com os asmos da sinceridade e


verdade (verso 8)

Quando Paulo conclama os crentes de Corinto a celebrarem a festa, ele


não está dizendo que eles devem celebrar a festa judaica da páscoa. Também
não está falando da Ceia do Senhor, uma vez que ele trata de detalhada sobre
este assunto nos capítulos seguintes. Seu objetivo é antes, que aqueles irmãos
se apresentem em sua festa diária (liberdade e serviço cristão) de forma pura e
santa, não tendo o velho fermento atrapalhando sua comunhão e adoração a
Deus. Assim como Cristo ofereceu a si mesmo de uma vez por todas, abolindo a
escravidão, agora a vida cristã deve ser uma festa contínua. Esse é o sentido do
verbo grego εορταζω heortazo - celebremos: uma comemoração incessante da
obra de Cristo, que morreu, mas ressuscitou e venceu o pecado e a morte. Dessa
forma, parafraseando o puritano John Owen podemos declarar convictos que a
morte morreu na morte de Cristo.

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Na páscoa judaica, o pão não poderia ter fermento. No serviço cristão ele
também não deve estar presente, mas precisa ser substituído por dois outros
ingredientes: a sinceridade e a verdade. A sinceridade e a verdade contrastam
com a maldade e podridão do fermento, representante do pecado. Assim, Simon
Kistemaker, observa que “quando Paulo escreve sinceridade, ele propõe o oposto
da expressão inclinação para o mal”. Semelhantemente, a verdade é oposta à
mentira. E precisamos nos achegar a Deus com um coração puro, transbordante
da verdade Divina. Em seu diálogo com a mulher samaritana, Jesus disse que
Deus procura adoradores que o adorem em Espirito e em verdade. A celebração
de todo cristão, deve ser pautada na verdade, pois somente assim, poderá exalar
o bom perfume de Cristo, revelando seu caráter santo, ao passo que proclama
que somente Nele há salvação. O velho fermento deve ser erradicado da vida
dos filhos de Deus. Destarte, devemos hoje, ser mais santos que ontem e
amanhã mais santos que hoje...

Conclusão

Em vista de tudo o que foi exposto, devemos observar algumas questões:

Devemos encarar o pecado como um mal que precisa ser eliminado


de nossas vidas, desde o mais evidente, até o mais íntimo e oculto.

Precisamos ter consciência da obra de Cristo por nós. Ele é o


Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo. Nele fomos
justificados.

Oferecer a Deus, um culto santo e agradável, implica em viver de


modo digno do Evangelho. Implica, em viver não de acordo com
nossos interesses, mas conforme nossos padrões Divinos, expostos
em sua Palavra. É ter um olhar Cristocêntrico e não antropocêntrico,
sabendo que tudo o que fazemos deve ser para glorificar a Deus,
conforme nos ensina Paulo em I Coríntios 10.31.

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