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CIÊNCIA E CONSTRUÇÃO

Apontamento: 
 
“As teorias nunca são verificáveis empiricamente. (…) é a falsificabilidade e não a verificabilidade 
de um sistema, que é preciso tomar como critério de demarcação” – Popper, in A Lógica da 
pesquisa científica 
 
O que faz da Ciência uma forma específica e diferente de outras formas de conhecer é a utilização 
de um método preciso e rigoroso. 
Ciência e método cientifico são duas realidades interdependentes, pois é o método que: 
Dá credibilidade aos resultados da investigação 
É o critério que permite distinguir os conhecimentos verdadeiramente científicos dos que o não são; 
É responsável pela eficácia da investigação. 
 
Método científico​ é o conjunto de procedimentos e técnicas que se utilizam nas diversas ciências 
para descobrir, investigar e alcançar os seus objectivos. Abrange os procedimentos ordenados e 
sistematizados que as diversas ciências seguem para estabelecer leis e teorias científicas. 
 
Método indutivo​ – é o conjunto de procedimentos que, partindo dos factos, formulam hipóteses a 
partir de dados de observações. 
A indução infere do particular para o geral. 
 
O modelo indutivo do método científico parte de dados de observação, analisa os dados para 
estabelecer relações entre eles e submete-os a verificação experimental. Uma vez confirmados, 
transforma-se em leis aplicáveis a todos os fenómenos do mesmo tipo. 
O ​método indutivo​, também designado por método experimental, é comumente associado às 
ciências naturais (designadas ciências exactas ou experimentais que durante o século XIX e princípio 
do século XX, eram consideradas o padrão de cientificidade, constituindo-se como modelos a seguir 
por todas as ciências. 
 
Passos fundamentais do método indutivo: 
 
1 – ​Observação cientifica​ – Imparcial, rigorosa e neutra (o investigador não pode deixar-se 
influenciar pelas suas crenças); Metódica e sistematicamente preparada (não ocasional nem 
fortuita); Utiliza instrumentos e uma sofisticada aparelhagem técnica para prolongar e precisar o 
alcance dos nossos sentidos; Os dados são medidos, quantificados e registados com a máxima 
precisão e rigor. 
 
2 – ​Formulação de uma hipótese​ – Propor uma explicação ou solução provisória para o problema que 
se está a investigar. Supõe: análise e interpretação dos factos observados; Sentido criativo do 
investigador, para descobrir uma relação entre os dados de observação e a causa que os provocou. 
 
3 – ​Experimentação​ – Verificação da hipótese, para a confirmar ou rejeitar; Implica a utilização de 
instrumentos e técnicas; A conformação da hipótese transforma a hipótese em lei científica. 
 
4 – ​Generalização​ – A lei que explica os dados observados passa a ser considerada uma lei universal, 
aplicável a todos os fenómenos do mesmo tipo, mesmo os ainda não observados; Com base nesta lei 
podemos prever o que irá acontecer no futuro. 
 
 
 
O método hipotético – dedutivo 
 
Defendido por Galileu, Descartes e outros criadores da ciência moderna, o método 
hipotético-dedutivo sustenta que as hipóteses são criações do espírito humano, propostas 
livremente como conjecturas para melhor relacionar e explicar os fenómenos da natureza. 
 
Lei científica​ – é um enunciado universal, postulado a partir do processo de experimentação, que 
sintetiza numa fórmula um padrão contaste de funcionamento da Natureza. 
 
Teorias Científicas​ – são modelos teóricos descritivos e interpretativos que combinam e interligam 
conjuntos de leis e hipóteses explicativas coerentes, permitindo deduzir novas leis ou formular 
hipóteses com vista à explicação de novos factos. 
 
MOMENTOS FUNDAMENTAIS DO MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO 
 
1 – ​Formulação de uma hipótese​ – Invenção de uma solução ou construção de um cenário (o 
momento criativo e inovador da pesquisa) que deve ser verificável 8isto é, deve poder ser 
confirmado ou rejeitado por experimentação). A hipótese deve ser compatível com os dados que se 
querem explicar; ser coerente com outras hipóteses anteriormente admitidas; ser susceptível de 
verificação; servir para prever e explicar os acontecimentos com ela relacionados. 
 
2 – ​Dedução de consequências preditivas da hipótese​ – Inferir consequências é deduzir da explicação 
proposta que é geral, consequências menos gerais. Exemplo: dois corpos com massas diferentes 
lançados da mesma altura chegam ao solo ao mesmo tempo. 
Dedução de consequências da hipótese: então, uma bola de chumbo e uma folha de papel lançadas 
em simultâneo de uma janela terão de chegar ao solo ao mesmo tempo. 
 
3 – ​Submissão das consequências da hipótese e as provas experimentais​ – confronto das 
consequências deduzidas da hipótese com a experimentação para confirmar ou refutar a hipótese. 
Implica: definir e precisar as condições do uso de grandezas; criar e ou aperfeiçoar instrumentos de 
investigação. 
Consequência derivada da hipótese a demonstrar: uma bola de chumbo e uma folha de papel 
lançadas em simultâneo de uma janela terão de chegar ao solo ao mesmo tempo. Os dados de 
observação contrariam esta consequência. 
Formulação de uma nova hipótese: o ar oferece maior resistência à folha de papel do que à bola de 
chumbo, por isso, no vácuo, a bola de chumbo e a folha de papel chegam ao solo ao mesmo tempo. 
Experimentação: fazer cair estes objectos no vácuo e registar os resultados. 
 
4 – ​Conclusão​ – Se a experimentação confirma a hipótese, esta passa a lei explicativa dos 
fenómenos. Se a experimentação refuta a hipótese, segue-se a formulação de uma nova hipótese. 

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