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Aula 08 – VAGINOSE 2019

DISCIPLINA: CITOLOGIA APLICADA


MONITORA: BÁRBARA COSTA

VAGINOSE:
 O ambiente vaginal é um ecossistema onde há interação entre as mais diversas espécies
como fungos, bactérias, além da presença de secreções de diferentes origens,
transudatos e células esfoliadas.
 A colonização normal da vagina é predominada por bactérias, como o Lactobacillus que
são responsáveis pelo pH ácido vaginal, o que funciona como uma barreira de proteção
contra bactérias patogênicas.

VAGINOSE BACTERIANA:
 Na vaginose bacteriana (VB) ocorre um desequilíbrio da microbiota com aumento do
número de bactérias anaeróbias e diminuição dos Bacilos de Döderlein.
 São responsáveis pela etiologia das vaginoses:
o Gardnerella vaginalis, Bacterioides sp., Mobilluncus sp. (M. curtisii é um gram
variável curto e o M. mulieris é um gram negativo longo, mas ambos são de difícil
diferenciação e para sua identificação é necessário cultura), Mycoplasma hominis
(este MO está presente na flora em 5-10%, e na VB em 65-75%), Ureaplasma
urealyticum (causadores de uretrites quando em grandes quantidades), e cocos
anaeróbios são os microorganismos envolvidos na etiologia das vaginoses.
 Patogenia:
o As bactérias patogênicas produzem ácidos graxos, também em processo via
glicose, os quais vão aumentar o pH do meio melhorando o ambiente para
potenciais patógenos.
 Sintomatologia:
o Corrimento com odor fétido decorrente da volatilização das aminas (putrescina e
cadaverina) produzidas pelos MO anaeróbios.
 O diagnóstico é feito de forma clínico-laboratorial
o Uma das características importantes é a pobreza de leucócitos nos esfregaços,
devido às hemolisinas liberadas que atuam inibindo a quimiotaxia.
o Existe uma forte associação entre o desequilíbrio e a presença de Gardnella
devido à produção de succinato o que é importante para a proliferação de
anaeróbios.
o O microambiente anormal seria constituído por um pH alcalino (>4,5), redução do
número de Lactobacillus produtores de peróxido, e proliferação de anaeróbios.
 Para se realizar o diagnóstico de vaginose bacteriana, pelo menos 3 de 4 critérios devem
ser observados:
o Corrimento homogêneo
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o pH > 4,5
o Presença de odor no teste de KOH a 10%
o Presença de bacilos supracitoplasmáticos na microscopia (que podem ser
Gardnerella e/ou Mobiluncus).
 Na composição do quadro citológico pode-se observar os cocobacilos da Gardnerella, ou
os bacilos curvos do Mobiluncus, onde eles ocupam o citoplasma da célula (bacilos
supracitoplasmáticos).
o Mobiluncus spp formam no esfregaço um "tapete de pêlo" devido à presença dos
seus bacilos cruvos em forma de vírgula sobre as células escamosas (comma
cells).
o Gardnerella vaginalis são cocobacilos que se dispõem ao longo da margem da
membrana celular, formando as clue cells.
o A pobreza de leucócitos é evidentes mas pode também não ocorrer devido à
presença de outros agentes.
 O tratamento é feito através de derivados nitroimidazólicos (metronidazol VO ou vaginal,
secnidazol e etc.) ou penicilinas.
o Em gestantes o uso de nitroimidazólicos deve ser feito de maneira ajustada (vide
dose no slide da prof.)
 O trato genital superior pode ser acometido gerando as seguintes infecções:
endometrites, salpingites, e infecções da gravidez (endometrite pós-parto, aminionites, e
preaturidade). Além de doenças inflamatórias pélvicas e morbidade pós-histerectomia.
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VAGINOSE CITOLÍTICA:
 É o desequilíbrio da microbiota vaginal, com abundante crescimento de Lactobacillus e
com citólise excessiva.
 Patogenia
o Os bacilos de Döderlein produzem enzimas que destroem as células epiteliais
escamosas intermediárias que contém glicogênio. Esse glicogênio é metabolizado
em ácido lático que mantém o pH vaginal entre 3 a 4,2 e isso serve de mecanismo
de defesa contra a proliferação de MO patógenos.
 A sintomatologia inclui corrimento, prurido e ardor.
 O quadro citológico é composto por intensa citólise apresentando numerosos núcleos
nus, com pobreza de leucócitos e sem presença de quadro inflamatório.
 Critérios diagnóstico para a vaginose citolítica:
o Presença de corrimento e prurido
o pH < 4,5
o Quadro citológico evidenciado a citólise
o Ausência de outros patógenos, principalmente leveduras, e tal informação deve
estar presente no laudo.
 O tratamento pode ser realizado por meio de alcalinização do ambiente vaginal visando o
aumento do pH e diminuição da superpopulação lactobacilar.
 Se houver presença de leucócitos deve-se buscar associação com outros patógenos.

LISTA – AULA 08

1) Cite três microorganismos envolvidos nos processos de vaginose bacteriana.


Gardnerella vaginalis, Bacterioides sp., Mobilluncus sp., Mycoplasma hominis, Ureaplasma
urealyticum, e cocos anaeróbios são os microorganismos envolvidos na etiologia das
vaginoses.
2) Como é dado um laudo de vaginose bacteriana?
Negativo para lesão intraepitelial ou malignidade (NLM), ausência de infiltrado leucocitário
(ou leve) e de alterações degenerativas, presença de bacilos supracitoplasmásticos.
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3) Como é dado um laudo de vaginose citolítica?


Negativo para lesão intraepitelial ou malignidade (NLM), presença de citólise, núcleos
desnudos, pobreza de leucócitos e ausência (ou leve) de quadro inflamatório, ausência de
leveduras.
4) Cite duas diferenças entre a vaginose bacteriana e a vaginose citolítica.
A VB decorre de um aumento do pH ao contrário da VC, e na VB o esfregaço mostra
bacilos supracitoplasmáticos e na VC o esfregaço mostra o quadro citolítico.
5) Como apresentam-se nos esfregaços as duas principais bactérias associadas à
vaginose bacteriana.
Há a presença de uma "nuvem de bactérias" cobrindo boa parte do esfregaço. Tais
bactérias podem ser bacilos curvos (Mobiluncus) que ocupam o citoplasma de algumas
células, ou cocobacilos (Gardnerella) que ocupam as margens do citoplasma celular.

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