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Colégio Municipal Dr.

Antenor Lemos
Educando (a): _________________________ Série 9º Turma: __
Disciplina: Língua Portuguesa II Trimestre
Professora: Michele L., de Oliveira

O QUE É O PARÁGRAFO

O parágrafo é uma unidade de composição constituída por um ou mais de um


período, em que se desenvolve determinada ideia central, ou nuclear, a que se
agregam outras, secundárias, intimamente relacionadas pelo sentido e logicamente
decorrentes dela.

A Estruturação do Parágrafo

O parágrafo compõe-se de:

- Tópico frasal ou frase-núcleo: contém a síntese da ideia central de todo o


parágrafo.

- Frases de desenvolvimento: são utilizadas para comentar, exemplificar,


desenvolver, ampliar o tópico frasal.

- Frases de conclusão: são utilizadas para fechar o parágrafo, arrematando a ideia.

Eles são as estruturas que compõem um texto e podem ser: longos, médios e curtos,
dependendo do tipo de produção textual.

Longos: estão mais presentes em textos científicos e acadêmicos, os quais exigem


uma explicação mais complexa, com exemplos e especificações.

Médios: livros, revistas, jornais são exemplos de onde encontrar esse tipo de
parágrafo.

Curtos: estão presentes em chamada de notícia, artigos, cartas sociais, editoriais,


livros infantis, por exemplo.

Existem alguns tipos de parágrafos que acompanham o tipo de texto: O narrativo


apresentará parágrafos que relatam uma série de ações e diálogos; no descritivo, os
parágrafos estarão envoltos em adjetivos, comparações, argumentos detalhados do
que está sendo descrito. Já nos textos dissertativos, os parágrafos estarão divididos,
geralmente, entre o que introduz, os que desenvolvem as ideias e o que finaliza a
exposição dos argumentos.

O importante é visualizar se no texto há uma coesão (ligação semântica) entre os


parágrafos e se há coerência no que se diz, ou seja, uma sequência de ideias que
possuem sentido e caminham para uma conclusão.

Atenção: Parágrafos muito longos não são muito recomendados - a não ser nos tipos
de textos que necessitam de maiores detalhes - pois confundem e dispersam a
atenção do leitor. Em uma dissertação, por exemplo, o ideal é transmitir um argumento
de cada vez, de modo conciso e simples!

Tópico frasal

A ideia central do parágrafo é enunciada através do período denominado tópico frasal


(também chamado de frase-síntese ou período tópico). Esse período orienta ou
governa o resto do parágrafo; dele nascem outros períodos secundários; ele vai ser o
roteiro do escritor na construção do parágrafo; é o período mestre, que contém a frase-
chave.

A ideia central ou tópico frasal geralmente vem no começo do parágrafo, seguida de


outros períodos que explicam ou detalham a ideia central.

Ex.: “Viver é mesmo uma ginástica. O coração se contorce para bombear o sangue
que, por sua vez, corre o corpo inteiro. A respiração estica e encolhe os pulmões. O
aparelho digestivo se dobra e desdobra com o alimento. Tudo na vida animal é
movimento - músculos que se contraem, músculos que se estendem. Graças a cerca
de 650 músculos o homem pode, além de viver, ficar em pé, andar, dançar, falar,
piscar os olhos, cair na gargalhada, prorromper em lágrimas, expressar no rosto suas
emoções, escrever e ler este texto. Portanto, o desempenho da musculatura é muito
mais forte que mera força bruta. ” (Revista Superinteressante, n.2, 1988)

A IMPORTÂNCIA DO TÓPICO FRASAL

O tópico frasal é de suma importância tanto para quem escreve quanto para quem lê
o parágrafo.

• Para quem escreve, é importante para que não “se perca” ao escrever, pois terá
aquela ideia como base do parágrafo, evitando assim um aglomerado de ideias
soltas. O tópico frasal será o seu “Norte”.

• Para o leitor, é importante porque, ao iniciar a leitura do parágrafo tópico frasal, ele
já sabe que ideia irá encontrar ao longo do parágrafo.

TIPOS DE TÓPICO FRASAL

Veremos a seguir os principais tipos de tópico frasal:

a) DECLARAÇÃO INICIAL

Faz-se uma declaração inicial, que será comentada em seguida.


Ex.: “O conhecimento nasceu como uma extensão do corpo, para ajudá-lo a
viver. O corpo sentiu dor, e a dor fê-lo usar a inteligência a fim de encontrar uma
receita para pôr fim à dor. O corpo sentiu prazer, e o prazer fê-lo usar a inteligência a
fim de encontrar uma receita para repetir a experiência de prazer. Esse é o início do
conhecimento. Foi assim que nasceu a ciência. ”

(RUBEM ALVES. Folha de S. Paulo, 12.09.99.)

b) DEFINIÇÃO

É uma forma de iniciar parágrafos sobre termos que pedem uma ligeira conceituação.
Ex.: “O mito, entre os povos primitivos, é uma forma de se situar no mundo, isto
é, de encontrar o seu lugar entre os demais seres da natureza. É um modo
ingênuo, fantasioso, anterior a toda reflexão e não-crítico de estabelecer algumas
verdades que não só explicam parte dos fenômenos naturais ou mesmo a construção
cultural, mas que dão, também, as formas da ação humana.

” (Maria Lucia Aranha, Temas de filosofia. São Paulo: Moderna, 1992, p. 62)

c) DIVISÃO

Usa-se um numeral ou um pronome indefinido no plural como vários, alguns, etc. O


que se faz em seguida é apresentar as ideias como uma enumeração.
Ex.: “O povoamento do sul do Brasil processou-se de dois modos diferentes: no
litoral, pela vinda de colonos açorianos, que chegavam com algumas ferramentas,
sementes, um pouco de dinheiro; no interior, pela chegada de famílias paulistas, que
seguiam os caminhos do altiplano. O duplo aspecto do povoamento dará lugar a dois
tipos de sociedade e dois tipos de economia. ” (Roger Bastide, Brasil: Terra de
Contraste)

d) ALUSÃO HISTÓRICA

Utiliza-se algum fato histórico como ponto de partida para desenvolver o parágrafo.
Ex.: “Após a queda do muro de Berlim, acabaram-se os antagonismos Leste-
Oeste e o mundo parece ter aberto de vez as portas para a globalização. As
fronteiras foram derrubadas e a economia entrou em rota acelerada de competição.
Preparou-se o terreno para a construção da chamada aldeia global. ” (Antônio Carlos
Viana)

e) INTERROGAÇÃO (PERGUNTA)

Inicia-se o parágrafo com uma pergunta que desperta a reflexão do leitor. A pergunta
não é respondida de imediato, mas ao longo da argumentação.
Ex.: “Será que é com novos impostos que a saúde melhorará no Brasil? Os
contribuintes já estão cansados de tirar dinheiro do bolso para tapar um buraco que
parece não ter fim. A cada ano, o cidadão é lesado por novos impostos para alimentar
um sistema que só parece piorar. ” (Antônio Carlos Viana)

f) ADJETIVAÇÃO
O uso de dois ou mais adjetivos servem de base para a argumentação.
Ex.: “O atual e crescente interesse pelo canto gregoriano é notável e
compreensível. Notável porque se dá numa época em que tudo o que está na moda
tem de ser barulhento e acelerado; compreensível porque nenhuma outra música
proporciona uma sensação de tranquilidade e paz interior tão profunda. Os cantos
tranquilizadores conquistaram o mundo em busca de uma nova espiritualidade”

(Encarte do CD Vozes da tranquilidade, Reader’s Digest Música)

g) CITAÇÃO

Inicia-se o parágrafo com a citação de alguma frase interessante dita por alguém
renomado.
Ex.: “Todo brasileiro é mestiço. Se não no sangue nas ideias. ” A observação é
Sílvio Romero, e foi feita há cerca de um século. De fato, o material de que se alimenta
a vida espiritual de todos os brasileiros provém de fontes étnicas muito diversas e
muito misturadas. Tradições culturais europeias se cruzam com raízes africanas e
matrizes indígenas, antes de receberem influências asiáticas, sobretudo através da
imigração japonesa. A riqueza (a universalidade) de uma cultura nacional depende de
muitos fatores. E depende, decisivamente, de sua capacidade de saber assimilar a
diversidade das experiências humanas que lhe chegam, através dos mais distintos
caminhos.

(Leandro Konder, O Globo, 11 out. 1992.

h) UMA SEQUÊNCIA DE FRASES NOMINAIS

Inicia-se o parágrafo com uma série de frases nominais (frases sem verbo). É um tipo
de tópico frasal bastante expressivo.
Ex.: Desabamento de shopping em Osasco. Morte de velhinhos numa clínica do
Rio. Meia centena de mortes numa clínica de hemodiálise em Caruaru. Chacina
de sem-terra em Eldorado dos Carajás. Muitos meses já se passaram e esses fatos
continuam impunes, comprovando a máxima de que no Brasil a impunidade alimenta
o crime.

i) ILUSTRAÇÃO

Inicia-se o parágrafo apresentando um fato para ilustrar o tema.


Ex.: “Na mesma semana que morreu Ayrton Senna, morreu atropelada no Rio,
mais precisamente na Avenida das Américas, na Barra da Tijuca, uma
empregada doméstica chamada Rosilene. Durante uma hora os carros passaram
por cima de seu corpo, a ponto de só ser reconhecida através das impressões digitais
que restaram. O Brasil inteiro chorou a morte de Senna, mas poucos souberam do fim
trágico de Rosilene. Este é bem o retrato do país que habitamos. Somos cada dia
mais dois Brasis. Um, dos ricos e famosos, que faz uma nação inteira chorar ou pelo
menos se interessar pelo caso. Outro, o dos miseráveis, cujas vidas não interessam
a ninguém.”

(Antônio Carlos Viana)

j) OMISSÃO DE DADOS IDENTIFICADORES

Omite-se do leitor a identificação do tema do parágrafo, criando suspense nas


primeiras linhas.
Ex.: “Esta palavra já virou uma das principais bandeiras da juventude. Com certeza
não é algo que se refira somente à política ou às grandes decisões do Brasil e do
mundo. Ela deveria pautar a conduta do ser humano em todos os seus aspectos, pois
sem ela a convivência em sociedade se transformaria em um caos. Infelizmente,
existem espalhados por aí centenas de milhares que fazem pouco caso dela, a ética,
e entre estes está a maioria dos políticos. ” (Paulo Marinho, aluno de Letras)

Referências bibliografia

FIGUEIREDO, Luiz Carlos. A Redação pelo Parágrafo. 1 edição. Brasília, Editora


UnB, 1995. DELMANTO, Dileta. Escrevendo Melhor, 8 séries. 1 edição. São
Paulo, Editora Ática, 1995.
TUFANO, Douglas. Estudos de Redação. 4 edições. São Paulo, Editora Moderna,
1996.

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