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Sumário
Introdução......................................................................................................................1
1. Um breve histórico sobre a sexualidade e fases psicossexuais..............................4
2. Fases do desenvolvimento sexual (fases psicossexuais)........................................6
2.1. Período pré-genital, pré-fálico ou infantil............................................................8
2.2. Período intermediário.......................................................................................15
3. A sexualidade infantil e a psicanálise......................................................................26
4. Os transtornos de sexualidade...............................................................................30
4.1. Disfunção sexual não causada por transtorno ou doença orgânica (F52)......31
4.2. Transtornos de identidade sexual (F64)...........................................................33
4.3. Transtornos de preferência sexuais (F65)........................................................34
4.4. Tratamento........................................................................................................35
Bibliografia...................................................................................................................37
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SEXOLOGIA
Introdução
Freud mostrou que a vida sexual começa logo após o nascimento e que
posteriormente na puberdade tem o objetivo à reprodução.
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A vida sexual inclui a função de obter prazer das zonas corporais que,
subseqüentemente, são postas a serviço da reprodução. Muitas vezes as duas
funções não coincidem completamente, pois existem pessoas que são atraídas por
indivíduos do mesmo sexo, desconsiderem o órgão sexual ou tem um interesse
muito precoce por seu órgão genital.
Como relatamos acima, a palavra sexo tem vários significados: pode indicar o
gênero (masculino ou feminino), a atividade sexual e os órgãos genitais. Já o termo
sexualidade, tem uma designação mais complexa, pois abrange todos os
pensamentos, emoções e comportamentos relacionados ao sexo. Como sexo e
sexualidade envolvem estruturas físicas e psicológicas, e estas estão sujeitas a
alterações, a sexualidade dos indivíduos poderá ser comprometida. Estes
comprometimentos podem resultar em disfunções sexuais. As disfunções sexuais
definem-se como o não funcionamento ou o mau funcionamento da sexualidade de
homens e mulheres.
Até o final do século passado havia a noção de que o sexo era um instinto que
despertava com a puberdade e tinha como objetivo a reprodução. O sexo era
entendido em termos da sexualidade genital do adulto. A sexualidade infantil era
negada ou considerada como anomalia.
Freud foi o primeiro a nos fornecer um quadro claro da grande importância que
tem, para nossa vida e desenvolvimento psíquicos e sexuais, a relação com outras
pessoas. A primeira delas é naturalmente, a relação da criança com os pais, relação
esta que, a princípio, na maior parte dos casos se restringe principalmente à mãe ou
à sua substituta. Um pouco mais tarde surge a relação com os irmãos, ou outros
companheiros próximos, e o pai.
Nos estágios iniciais da vida, a criança não percebe os objetos como tais e só
gradativamente, ao longo dos primeiros meses de seu desenvolvimento, aprende a
distinguir sua própria pessoa dos objetos. Também entre os objetos mais
importantes da infância, se incluem as várias partes do próprio corpo da criança, isto
é, seus dedos, artelhos e boca. Todos eles são importantes como fonte de
gratificação, razão pela qual admitimos que sejam altamente catexizados pela libido.
Para sermos mais precisos, deveríamos dizer que os representantes psíquicos
dessas partes do corpo da criança são altamente catexizados, já que não mais
acreditamos, que a libido seja como um hormônio que se pode transmitir a qualquer
parte do corpo e lá se fixar. A este estado de libido autodirigida Freud (1914)
denominou de narcisismo, segundo a lenda grega do jovem Narciso, que se
enamorou de si mesmo.
Antes disso, seu seio, ou a mamadeira, sua mão, seu rosto, etc., consistiam,
cada um, objetos separados na vida mental da criança, e pode bem ser que mesmo
aspectos diferentes do que fisicamente constitui um único objeto seja também, para
a criança, objetos distintos, e não unidos ou relacionados.
É a fase em que a libido se concentra na região anal, que se torna uma área
carregada de emoção agradável, sendo que em primeiro lugar está a satisfação
física do “vazio” que sentimos após a saída das fezes, o esvaziar o intestino e em
seguida na satisfação mental que a criança sente na execução desta função para os
seus pais. Essa região compreende a junção da pela e a membrana mucosa anu-
retal. As junções de pele e mucosas do corpo são sensíveis e ao receberem suave
estimulação, produzem sentimentos de prazer.
Onde ocorreu a fixação anal (neurose anal) , mesmo que as próprias fezes não
possam ser acumuladas indefinidamente, o indivíduo acumulará o que de valor
puder adquirir, entesourando, sem contudo atingir o seu uso apropriado. Vejamos
alguns casos de neurose anal: o caso do avaro que junta dinheiro, o colecionador
que compra quadros valiosos, e não os exibe, e nem mesmo os olha; dos indivíduos
obsessivos, que insistem longo tempo e improdutivamente em tarefas não
completadas; pontualidade exagerada; tendência ao uso de roupa íntima suja; sede
de poder; prazer na descarga de uma linguagem chula.
As crianças que foram obrigadas a defecar por meio de ordens, quando adultas
apresentam acentuada tendência a terem seus problemas solucionados por outras e
tendem a realização de várias atividades simultaneamente, que se manifesta numa
obsessão à leitura durante a defecação.
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Como sublimação das tendências da fase anal, ou seja, os desvio das pulsões
para fins aceitos pela cultura, temos as atividades de artes-plásticas, que são
transformações mais ostensivas do prazer infantil de brincar com as fezes.
É a fase precursora da forma final assumida pela vida sexual e que muito se
assemelha a ela, que se dá por volta do quarto ano de vida. Nesta fase a criança
descobre o prazer na região genital, seja pelo contato do vento, ou da mão de quem
realiza sua higiene, ainda que inconsciente. Assim, os garotos passam a pegar com
mais freqüência no o pênis e as garotas no clitóris, daí o termo “fálico”.
Não existem libidos orais, libido anal e libido genital específicas; existe apenas
uma libido, a qual se desloca de uma zona erógenas para outra. Nos casos, porém,
em que se desenvolveram certas fixações, operam forças que resistem a
deslocamento desta ordem, de modo que, por exemplo, as fixações pré-genitais dos
neuróticos obstam a concentração genital progressiva da excitação durante o ato
sexual.
Há indivíduos com fixações orais que temem lhes seja o pênis arrancado a
mordidas, de onde resultam idéias confuso compostas de elemento tanto orais
quanto genitais. Existem homens que têm medo obsessivo consciente de terem o
pênis pequeno demais, cujo resultado foi alguma observação impressionante, na
infância, do tamanho do pênis de outrem, quando o deles era realmente pequeno.
A idéia de que as meninas tiveram um pênis, mas de que este lhes foi cortado
representaria tentativa no sentido desta negação. Certo é que vem, ao mesmo
tempo, a angústia: “Isto pode acontecer também comigo”, com a vantagem, porém,
de que se nega a existência primária dos temidos genitais femininos. Não se tem a
impressão, contudo, de que os meninos se consolem, de qualquer modo, por saber
que certas criaturas tiveram o pênis cortado; pelo contrário, esta idéia afigura-se
muito assustadora.
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De mais a mais, parece natural que o menino presuma, enquanto não lhe
ensinam o contrário, que todas as pessoas sejam construídas tal qual ele o é, de
modo que esta presunção não se baseia, necessariamente, no medo; mas, sim, a
idéia de que a presunção é incorreta é que cria o medo.
O clitóris nas meninas, é a parte do aparelho genital que se apresenta mais rica
em sensações e que atrai e descarrega toda excitação sexual; é o ponto central de
práticas masturbatórias tanto quanto de interesse psíquico. Em segundo lugar,
significa que também a menina classifica as pessoas em “fálicas” e “castradas”; ou
seja, a menina tipicamente reage à noção de que existem criaturas com pênis tanto
com a atividade “Gostaria de ter isto” quanto com a idéia “Já tive isto, mas perdi”.
É o estágio que vai por volta do 3º-4º ano até o 6º-7º ano de vida. É também, o
mais importante no desenvolvimento da personalidade. É nele que a criança
desenvolve um grande interesse pelo genitor do sexo oposto e conseqüentemente,
um forte sentimento de rivalidade em relação ao genitor do mesmo sexo, com o
desejo de deslocar este.
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Durante este tempo, a criança aprende que seus desejos sexuais são
proibidos, apresentando sentimentos de amor e ódio em relação ao genitor do
mesmo sexo. Isso leva a sentimentos de ansiedade e de culpa, bem como de medo,
de punição pelo crime.
A cabeleireira se queixou comigo que a filha dela estava chorando quando ela
saia de casa para trabalhar todos os dias. Ela achava estranha esta atitude, pois
desde os 3 anos ela não chorava, e agora com 7 estava tendo estas “crises”. Ela
estava determinada a levá-la em um psicólogo. Eu expliquei que estava estudando
este assunto e provavelmente ela estava na fase edipiana e buscava uma
aproximação dela por algum problema com o pai. Neste momento ela me revelou
que era separada e não tinha ninguém do sexo masculino próximo que ela pudesse
se relacionar. Essa é, pois, da maneira mais sumária, a explanação completa do que
compreendemos por complexo edipiano. É uma atitude dupla em relação aos dois
genitores; de um lado, o desejo de eliminar o pai odiado de forma ciumenta e até de
lhe tomar o lugar em uma relação sensual com a mãe; de outro lado, o desejo de
eliminar a mãe, também odiada com ciúmes, e de lhe tomar o lugar junto ao pai.
a) A formação do superego
Uma porção do Superego será à parte que estabelece o que seja certo ou
errado. A outra parte, que é o chamado Ego-ideal, é composta pelas características
elevadas que todos devem portar, para se tornarem dignos dos elogios e da
aprovação geral. O Superego é, principalmente uma parte inconsciente da psiquê
É aí, que a criança começa a sentir pela primeira vez que os padrões morais e
a exigência de que o mau procedimento deve ser punido, suscitar o arrependimento
e corrigido, vêm de dentro de si própria e não de outra pessoa a quem deve
obedecer. Aos nove ou dez anos de idade, esse processo de internalização se torna
bastante estável para ser absolutamente permanente, mesmo que de maneira
normal, ainda esteja sujeito a ampliações e modificações durante toda a
adolescência e, talvez, até certo ponto, na idade adulta.
Os pais ao educar os filhos, tendem a discipliná-los tal qual o foram por seus
próprios pais durante a infância. Suas exigências morais, particulares, adquiridas na
infância, eles as aplicam aos filhos, cujos superegos, em conseqüência, refletem ou
se assemelham aos superegos dos pais. Esta característica tem uma conseqüência
social importante, como Freud (1923) salientou. Acarreta a perpetuação do código
moral de uma sociedade e é, em parte, responsável pelo conservadorismo e pela
relutância em mudar demonstradas pelas estruturas sociais.
A intensidade dos próprios impulsos hostis da criança para com seus pais,
durante a fase edipiana, é um dos fatores principais para determinar a severidade do
superego, e não o grau de hostilidade ou de severidade dos pais em relação à
criança, e podemos explicar isto da seguinte maneira. Quando os objetos edipianos
são abandonados e substituídos por identificações do superego, a energia do
impulso, que anteriormente catexizava esses objetos, fica, pelo menos em parte, à
disposição da porção do ego recentemente estabelecida, e que chamamos de
superego. Assim, a energia agressiva à disposição do superego deriva da energia
agressiva das catexias de objeto edipianas, e as duas são pelo menos
proporcionais, senão iguais em quantidade. Isto é quanto maior a quantidade de
energia agressiva das catexias de objeto edipianas, maior a quantidade da mesma
que ficará subseqüentemente à disposição do superego. Como conseqüência , a
criança pequena, cujas fantasias edipianas foram violentas, e destrutivas, terá
tendência a sentir maior sentimento de culpa que outra cujas fantasias tenham sido
menos destrutivas.
Do meu pai, a quem amo e odeio (e por isso mesmo temo), não posso me
livrar, mas para que ele não mais me venha castrar, eu vou me tornar como ele
(adotando partes dos seus princípios morais e valores) e aí então ele gostará de
mim e não será mais perigoso para mim.
Nas meninas, a atração pelo pai é também denominada de edipiana para nós
freudianos (os junguianos dizem Complexo de Electra).
Mas acontece que uma mulher sadia, não é capaz, como o homem, de
encontrar substituição para a ligação infantil, pelo que é levada a compensar-se se
propondo ela mesma a vir a ter um filho, tornar-se mãe e assim realizar uma
satisfatória relação mãe-filho.
Acesso ao período edipiano com conflitos na fase oral, ou anal, ou fálica, que
são do período pré-edipiano, trazendo para período novo, alguém sem energia
suficiente para enfrentar as novas circunstâncias.
Esta é a fase que vai dos 6-12 até os 11-14 anos ou a puberdade. A
característica desta fase é a repressão das fantasias e das atividades sexuais, onde
os desejos e impulsos sexuais são recalcados no inconsciente.
Este período vai dos 12-15 até os 18 anos. Começa de forma súbita uma
atividade endocrinológica intensa no organismo, que vai resultar numa exacerbação
da libido. É a partir daí que o indivíduo retoma, de forma muita acelerada, as fases
do desenvolvimento sexual, já que vem de sair da quiescência que caracteriza o
Período de Latência que, na realidade, foi uma interrupção do desenvolvimento
sexual intenso experimentado durante os estágios pré-edipiano e edipiano.
Observa-se nesta fase uma tendência para uma reedição dos impulsos orais,
anais e fálicos e um misto de interesse sexual e de conflitos com os pais, como na
fase edipiana.
A pele da mulher, na puberdade, é fina. Pode ter, no momento das regras, uma
coloração ligeiramente azulada, sobretudo nas morenas, mais notável em volta dos
olhos, onde forma um círculo negro escuro.
Alguns meses antes das primeiras regras, o púbis se cobre de pelos, cuja
coloração pode ser diferente da do cabelo. Depois do púbis, as axilas se cobrem por
sua vez de pelos; na maioria das ocasiões, já apareceram as regras quando se
manifesta o sistema capilar nessas regiões.
Todavia, o limite é muito largo para ambos os sexos e, dessa forma, não se
deve considerar um fenômeno patológico a primeira eliminação de células
germinativas, aos 17 anos. Pode-se denominar precoces os fenômenos de
puberdade antes dos 10 anos, e retardados os que iniciam depois dos 18.
b) Menstruação ou regras
Neste período, a partir dos 16-18 anos e pelo resto da vida, podem ser
observados os chamados pontos de fixação, que são correspondentes às fases não-
solucionada, ou pelo mesmos não satisfatoriamente solucionada, que determinam a
existência de uma indivíduo adulto, que passa um quadro de imaturidade em
algumas áreas do seu caráter, de sua identificação sexual, de seu equilíbrio afetivo,
suas tendências a regredir ante o stress, sua incapacidade de formar um
relacionamento estável, suas eleições sexuais e pelas evidentes indicações de
eclosão de um comportamento neurótico.
Freud declara muitas vezes que tal critério deveria ser descoberto na ordem
bioquímica. Em psicanálise, tudo o que se pode postular é dada pela clínica, a qual,
porém, nos mostra a sua evolução e transformações.
Vemos que a reflexão freudiana parece tropeçar numa dupla aporia referente,
por um lado, à essência da sexualidade (em que a última palavra é deixada a uma
hipotética definição bioquímica) e, por outro, à sua gênese, pois Freud contenta-se
em postular que a sexualidade existe virtualmente desde o início.
4. Os transtornos de sexualidade
Total: quando nunca, em momento algum, sentem prazer no coito. Não são
portadoras de libido.
No orgasmo não ocorre ou se faz de modo muito retardado. Isso pode ser
situacional (ocorre sobretudo com determinados parceiros) ou é invariável quando
fatores de natureza física não podem ser excluídos. É mais comum em mulheres do
que em homens. As disfunções orgásticas ou anorgasmias são classificadas em:
C) Incesto: caracteriza pela prática sexual entre pessoas unidas por vínculo
familiar. É normalmente resultante da mudança de objeto no período de
desenvolvimento edipiano, onde ocorre um deslocamento parental, fazendo com que
a libido seja direcionada somente a certo membro da família, tendo mais freqüência
o caso entre irmãos, entre pais e filhos, e parentes próximos.
4.4. Tratamento
Outras drogas usadas de modo abusivo, tais como álcool, cocaína, heroína,
podem comprometer a ereção e a ejaculação. Antidepressivos, como imipramina,
clomipramina, nortriptilina, fluoxetina e sertralina, podem contribuir para a inibição do
orgasmo feminino. Quando o sintoma aparece simultaneamente com essas
medicações, importa avaliar a relação de custo e benefício das mesmas.
Bibliografia
FREUD, SIGMUND Obras Psicológicas Completas versão 2.0
Volume VII - O quadro clínico, o primeiro sonho, o segundo sonho, posfácio.
INTERNET http://www.rio2001negocios.com.br/psicologiaesexologia/index.htm
Introdução à sexologia
http://www.freud.rg3.net/
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