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MANUAL DE POSSIBILIDADES

PSICOMOTORAS
EM EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR
COM ALUNOS DE CINCO E SEIS ANOS

EDUARDO H. ARANDA

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Apresentação

O propósito desse manual é elencar jogos e


brincadeiras, atividades rítmicas, esportes e gi-
gem positiva, pelo trabalho de aceitação e con-
násticas que contemplem aspectos psicomotores
vivência com as inúmeras diferenças existentes,
auxiliando o processo de aquisição da leitura e es-
entre os mais variados grupos de suas relações
crita em crianças entre cinco e seis anos de idade,
sociais.
inseridos na Educação Infantil, durante as aulas
Para Bracht:
de Educação Física Escolar. Não se tem a pre-
[...] o movimento corporal ou movimento huma-
tensão de colocar o aspecto psicomotor como o
no que é tema da educação física não é qualquer
principal elemento do processo de alfabetização,
movimento, não é todo movimento. É o movimen-
mas apenas um dos caminhos a integrar o rol de
to humano com determinado significado/sentido,
habilidades necessárias a essa jornada. O manual
que por sua vez lhe é conferido pelo contexto his-
não possui a perspectiva de desempenho motor
tórico-cultural (BRATCH, 1997).
e nem de especificidade individual e, sim a pers-
pectiva de desenvolvimento geral da criança em
O ato de aprender a educação física relaciona-
função da concepção da melhoria da alfabetiza-
-se com o ensinar educação física. Para isso, cabe
ção através de uma pluralidade de práticas onde
ao professor ajudar a criança, criando situações
essas crianças serão inseridas de acordo com sua
que possam gerar desafios e desequilíbrios. Au-
realidade.
xilia-la na ação consciente e chegar as hipóteses,
A Educação Física, através do papel do profes-
sem jamais pretender substituir a sua verdade
sor, que conhece e domina as fases de desenvol-
pela verdade do adulto. Aprender – ensinar a edu-
vimento motor e compreende os aspectos psico-
cação física passar por um ato dialógico, em que
motores do aluno na fase de alfabetização, tem o
aluno e professor traçam e criam metas compatí-
papel de auxiliar o desenvolvimento da linguagem
veis para objetivos comuns.
corporal do aluno o que consequentemente con-
Consideramos que as obrigatoriedades da vida
tribui para uma formação integral da criança com
escolar (que hoje em dia inicia-se cada vez mais
o cuidado de fazer com que todas as crianças par-
cedo), estão muitas vezes desvinculadas da rea-
ticipantes desse processo sejam incluídas, respei-
lidade da criança, que necessita, principalmente
tando suas limitações e particularidades.
nas séries iniciais, de tempo para brincar e, por-
O ato de aprender a Educação Física não se
tanto, aprender brincando, o que será sempre
limita apenas a execução mecânica do exercício
mais prazeroso e enriquecedor.
motor, mas constitui-se em atividade relacionada
A proposta é promover e buscar a educação
ao cotidiano da criança, à ludicidade e ao lazer.
com o sentimento de prazer, por meio da alegria
Considerando que a criança se apropria de
e da brincadeira, considerando o vasto conheci-
noções de conhecimento à medida que age (cog-
mento da cultura infantil, repleta de significados,
nição), observa e se relaciona com o mundo, é
historicamente elaborados e muitas vezes ignora-
enfrentando desafios e na troca constante de in-
dos pelas instituições de ensino.
formações com outras crianças e com os adultos
Superando barreiras e preconceitos, descobrin-
que ela se envolve.
do habilidades e belezas, equilibrando eficiência
Queremos garantir a afetividade no desenvolvi-
e eficácia, enfim, vivenciando relações espaciais e
mento infantil, para a busca da autoconfiança, da
temporais, estaremos favorecendo o autoconhe-
livre expressão e da iniciativa. Portanto, é neces-
cimento, sempre em busca da felicidade e da ci-
sário lembrar e valorizar na criança uma autoima-
dadania.

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CONTEÚDOS DA EDUCAÇÃO
FÍSICA ESCOLAR

Segundo ARANDA(2011), ao observarmos as conhecimento de seu próprio corpo, dos movi-


aulas de Educação Física no cotidiano escolar, mentos e dos seus limites.
em relação aos conteúdos e ao encaminhamento Por meio de atividades que permitam a expres-
teórico-metodológico sugerido nas várias abor- são, a criação (em vez de movimentos mecaniza-
dagens da Educação Física escolar, poderemos dos e repetitivos) o corpo entrará em movimento,
constatar que seu desenvolvimento é caracteri- agindo em todas as suas possibilidades de expan-
zado por conteúdos “tradicionais”, os quais são são.
fundamentais, pois são conhecimentos que fora
m elaborados pelos homens ao longo do tempo,
os quais estão representados de várias formas JOGO
no mundo contemporâneo, tais como: os jogos,
os esportes, as atividades rítmicas e danças, as O jogo faz parte da vida do ser humano. O ato
ginásticas e as lutas. de jogar é tão antigo quanto a própria história do
Tais manifestações da cultura de movimento homem.
fazem parte do universo simbólico e das práticas O jogo é uma atividade livre, fundamentalmen-
corporais dos alunos, e possuem processos his- te lúdica, contendo regras não convencionais, de
tóricos singulares. A Educação Física realiza um caráter competitivo ou não e que possui como
tratamento pedagógico dessas manifestações, as característica principal a espontaneidade e possi-
quais têm origem na prática social e são apropria- bilita a expressão de vivências culturais de forma
das e transformadas para que atendam a finalida- intensa e total.
des educacionais. Na infância o jogo é essencial. Brincando e jo-
Ao longo do processo de escolarização, esses gando, a criança reproduz suas vivências e, trans-
conteúdos devem compor o rol de experiências forma a realidade de acordo com seus interesses
que os alunos irão vivenciar nas aulas de Educa- e desejos, de forma dinâmica e criativa.
ção Física, para que possam atribuir-lhes valores Os elementos do jogo, como conjunto de re-
e significados, compreendendo sua presença e gras, a competição, o tempo e o espaço em que
importância em suas próprias vidas. Para elucidar ele ocorre, colocam a criança em situações de
o significado dos conteúdos da Educação Física, adaptação e readaptação, que provocam dife-
segue uma explanação sucinta e objetiva desses rentes atitudes comportamentais e, consequen-
conteúdos nos tópicos a seguir. temente, exigem que ela esteja constantemente
desempenhando seu papel social de criança.
Desta forma, o jogo não representa apenas
GINÁSTICA as experiências vividas, mas prepara o indivíduo
para o que está por vir pois, exercita habilidades
A ginástica, conceituada como “a arte de exer- e, principalmente, estimula o convívio social. Por
citar o corpo”, traz em si uma movimentação cor- tudo isso, ressalta-se o grande valor educativo do
poral cuja construção se deu a partir das relações jogo e a importância de se trabalhar esse conteú-
sociais. do nas escolas, de forma comprometida com a
A ginástica, como meio da educação física, tem formação física, intelectual, moral e social e afe-
o objetivo principal de proporcionar ao aluno o tiva do aluno.

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ESPORTE mento como um meio de expressão, comunicação
e criação. Ela é capaz de liberar sentimentos e
Elaborar um conceito de esporte não é tarefa emoções e, sobretudo, refletir manifestações cul-
fácil. Isto porque o termo esporte pode designar turais, transformando-se em linguagem social.
diferentes focos de interpretação, que podem por Constitui-se em conteúdo importante da Educa-
sua vez sugerir definições contraditórias. ção Física, pois contribui significativamente para
Considerando que o esporte surgiu da atra- o estímulo da livre expressão, para o desenvolvi-
ção do homem pelo jogo e que o princípio lúdi- mento rítmico – por meio do aperfeiçoamento dos
co também se evidencia na sua prática, e surge movimentos naturais – para o favorecimento do
principalmente quando existe a possibilidade de contato social, além de proporcionar momentos
livre escolha, entende-se que deve ser vivenciado de alegria e prazer.
na escola de forma diversificada, propiciando um Utilizando estratégias como: a improvisação,
amplo conhecimento das suas diferentes moda- a experimentação e, consequentemente, a re-
lidades. Mesmo aquelas que não fazem parte do presentação, o professor permitirá aos alunos a
seu cotidiano. construção e/ou a criação de novas possibilidades
de movimento dentro de contextos significativos.
DANÇA Nesse manual que está sendo apresentado, o ter-
mo dança dá lugar ao termo atividade rítmica,
O ritmo é um elemento fundamental presente pois, contempla toda a forma de expressividade
em todas as formas de vida: no movimento huma- rítmica e atente mais especificamente a faixa etá-
no, na natureza e no universo. O ser humano está ria com que estamos trabalhando, isto não tira o
constantemente se movimentando e todo movi- valor da dança que em sua essência também é
mento é rítmico. uma atividade rítmica.
A dança é a arte que utiliza o corpo em movi-

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ASPECTOS PSICOMOTORES IMPORTANTES
PARA O PROCESSO DE ALFABETIZAÇÃO
E CONTEMPLADOS NO MANUAL

A fundamentação teórica do presente trabalho Segundo Sabóia (1984), a lateralidade é a ca-


aborda os principais aspectos psicomotores des- pacidade de se vivenciar as noções de direita e
critos e analisados por diferentes autores como esquerda sobre o mundo exterior, independente-
Jean Le Boulch e Vitor da Fonseca. Porém, torna- mente de sua própria condição física. Difere, por-
-se necessária um apontamento mais próximo da tanto, do conceito de dominância lateral que é a
Educação Infantil e relevante para a proposta de propensão que o ser humano possui de utilizar
construção do manual. Apontamentos esses que preferencialmente mais um lado do corpo que o
perpassam pela experiência profissional do autor outro em três níveis: mão, olho e pé. Isto significa
da dissertação e de suas percepções didático pe- que existe um predomínio motor, ou melhor, uma
dagógicas. dominância de um dos lados.
O lado dominante apresenta maior força mus-
ESQUEMA CORPORAL cular, mais precisão e maior rapidez. É ele que ini-
cia e executa a ação principal. O outro lado auxilia
O esquema corporal ou consciência corporal, esta ação e é igualmente importante. Na realida-
resulta das experiências que possuímos, prove- de os dois não funcionam isoladamente, mas de
nientes do corpo e das sensações que experi- forma complementar.
mentamos. Não é um conceito aprendido e que Podemos observar a dominância dos membros
depende de treinamento. Ele se organiza pela ex- inferiores quando pedimos à criança que brinque
perienciação do corpo da criança. É uma constru- de amarelinha com um pé e depois com o outro.
ção mental que a criança realiza gradualmente, Verificamos então, qual o lado que teve mais faci-
de acordo com o uso que faz de seu corpo. lidade, isto é, qual apresentou mais precisão, mais
A criança percebe-se e percebe as coisas que a força, mais rapidez e também mais equilíbrio.
cercam em função de seu próprio corpo. Portanto, Podem ocorrer, alguns casos em que a criança
o desenvolvimento de uma criança é o resultado contrarie essa tendência natural e passe a utili-
da interação de seu corpo com os objetos de seu zar a mão não-dominante em detrimento da do-
meio, com as pessoas com quem convive e com o minante. Diremos que tem lateralidade cruzada,
mundo onde estabelece ligações afetivas e emo- quando usa a mão direita, o olho e o pé esquerdo
cionais. ou qualquer outra combinação.
O corpo deve ser entendido não somente como De acordo com Mattos 2003, quando uma
algo biológico e orgânico que possibilita a visão, criança apresenta problemas relativos à sua op-
a audição, o movimento, mas é também um lugar ção pelo lado dominante, uma quantidade enor-
que permite expressar emoções. me de dificuldades surge e atrapalha o processo
Um esquema corporal organizado, portanto, de alfabetização desde a posição do caderno e da
permite a uma criança se sentir bem, na medi- mão até o espelhamento das letras e dificuldades
da em que seu corpo lhe obedece, em que tem de orientação na escrita.
domínio sobre ele, em que o conhece bem, em A partir dessa visão, a proposta desse manual,
que pode utilizá-lo para alcançar um maior poder quanto ao desenvolvimento dessa função psico-
cognitivo. motora, é possibilitar que o aluno decida qual o
lado de seu corpo, direito ou esquerdo será o lado
LATERALIDADE dominante, para não corrermos o risco de causar
sérios danos a evolução psicomotora do aluno.

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Neste contexto, as atividades propostas aos suas possibilidades de ações eficazes.
alunos deverão contemplar a vivência com os dois Um indivíduo que possui orientação espacial no
lados do corpo, experimentando ao máximo os papel mentalmente organiza sua folha ao escre-
movimentos que requerem o uso diferenciado de ver ou ao desenhar, antes de passar para estas
um lado e do outro do corpo. atividades.
 
ESTRUTURAÇÃO ESPACIAL ESTRUTURAÇÃO TEMPORAL
 
A estruturação espacial é essencial para que vi- As noções de corpo, espaço e tempo têm que
vamos em sociedade. É através do espaço e das estar intimamente ligadas se quisermos entender
relações espaciais que nos situamos no meio em o movimento humano. O corpo coordena-se, mo-
que vivemos, em que estabelecemos relações en- vimenta-se continuamente dentro de um espaço
tre as coisas, em que fazemos observações, com- determinado, em função do tempo, em relação a
parando-as, combinando-as, vendo as semelhan- um sistema de referência. É por esta razão que
ças e diferenças entre elas. neste manual será posposto, sempre iremos nos
Em primeiro lugar, a criança percebe a posição referir à orientação espaço-temporal de forma in-
de seu corpo no espaço. Depois, a posição dos tegrada.
objetos em relação a si mesma e, por fim, aprende Nós vivemos no tempo dinâmico, onde o fluxo
a perceber as relações das posições dos objetivos do tempo perpassa pelas noções de passado, pre-
entre si. sente e futuro. Este fluxo do tempo significa que
Todas as percepções sensoriais (visão, audição, os acontecimentos do passado são conhecidos,
tato) nos levam às propriedades dos diversos ob- os do futuro, desconhecidos ou então podem ser
jetos e nos permitiriam a catalogação, a classifi- previstos, e os do presente podem ser experimen-
cação e o agrupamento deste no sentido de uma tados diretamente. Esse fluxo é contínuo no qual
maior organização do espaço. os acontecimentos do futuro passam pelo presen-
A estruturação espacial não nasce com o in- te e se torna passado. Possuímos e vivenciamos
divíduo. Ela é uma elaboração e uma construção um horizonte temporal.
mental que se opera através de seus movimentos Para uma criança aprender a ler, é necessária
em relação aos objetos que estão em seu meio. que possua domínio do ritmo, uma sucessão de
Para que uma criança perceba a posição dos ob- sons no tempo, uma memorização auditiva, uma
jetos no espaço, precisa, primeiramente, ter uma diferenciação de sons, um reconhecimento das
boa imagem corporal, pois usa seu corpo como frequências e das durações dos nos das palavras.
ponto de referência. Ela só se organiza quando A dimensão temporal não só deve auxiliar na
possui um domínio de seu corpo no espaço. Isto localização de um acontecimento no tempo, como
significa que ela apreende o espaço através de também proporcionar a preservação das relações
sua movimentação e é a partir de si mesma que entre os fatos no tempo.
ela se situa em relação ao mundo circundante. De início a criança vivência seu corpo, tentan-
Para a criança assimilar os conceitos espaciais do conseguir harmonia em seus movimentos. Mas
precisa, também, ter uma lateralidade bem defini- este corpo não existe isolado no espaço e tempo
da, o que se dá por volta de seis anos. Ela torna-se e a criança vai, pouco a pouco, captando essas
capaz de diferenciar os dois lados de seu eixo cor- noções. Essa etapa é caracterizada pela aquisição
poral e consegue verbalizar este conhecimento, dos elementos básicos. Seus gestos e seus movi-
sem o que fica difícil distinguir a diferentes posi- mentos vão se ajustando ao tempo e aos espaços
ções que os objetos ocupam no espaço. exteriores.
Ao aprender estes conceitos, diremos que ela O ritmo envolve, a noção de ordem, de suces-
atingiu a etapa da orientação espacial. Isto signi- são, de duração e de alternância. O ritmo permite
fica que a criança tem acesso a um espaço orien- uma maior flexibilidade de movimentos, um maior
tado a partir de seu próprio corpo multiplicando poder de atenção e concentração, na medida que

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obriga a criança a seguir uma cadência determi- lar, mas que afeta psicologicamente a criança em
nada. Um outro fator fundamental é a aquisição suas relações sociais.
de automatismo elementares. A percepção de al-
ternância de tempos fortes e fracos leva à per- COORDENAÇÃO FINA E ÓCULO-
cepção do relaxamento e das pausas. Além disso, MANUAL
habitua o corpo a responder prontamente às si-
tuações imprevistas. Coordenação fina diz respeito à habilidade e
A atividade psicomotora não tem por objetivo destreza manual e constitui um aspecto particular
fazer a criança adquirir os ritmos, senão favorecer da coordenação global.
a expressão de sua motricidade natural, cuja ca- Só possuir uma coordenação fina não é sufi-
racterística essencial é a psicomotricidade. ciente. É necessário que haja também um contro-
  le ocular, isto é, a visão acompanhando os gestos
EQUILÍBRIO da mão. Chamamos isto de coordenação óculo-
manual ou viso-motora.
Referimo-nos aqui a função em que os indiví- Exemplo: Escrita.
duos mantêm sua estabilidade corporal durante O desenvolvimento da escrita depende de di-
os movimentos e quando em estado de imobili- versos fatores:
dade. Maturação geral do sistema nervoso;
Fonseca (2009) menciona que obter um bom Desenvolvimento psicomotor geral;
equilíbrio é essencial para a conquista da locomo- Coordenação global do ato de sentar;
ção e a independência dos membros superiores. Desenvolvimento da motricidade fina dos de-
A dificuldade em equilibrar-se produz estados dos da mão;
de ansiedade e insegurança, pois a criança não Dissociação e controle dos movimentos;
consegue manter um estado estático ou de movi- Controlar a pressão gráfica exercida sobre o lá-
mento e isto atrapalha a relação entre equilíbrio pis e o papel, para alcançar maior destreza e con-
físico e psíquico. sequentemente maior velocidade no movimento.
Socialmente, a criança pode apresentar ten- Portanto, a escrita implica, em uma aquisição
dência à inibição ou desejo de esconder, e falta de de destreza manual organizada a partir de certos
confiança em si mesmo. Nesse sentido, podemos movimentos, a fim de reproduzir um modelo.
dizer que o equilíbrio não se resume, exclusiva-
mente, a uma atitude referente ao tônus muscu-

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EIXO DE CONTEÚDO
E EIXO PSICOMOTOR

Para poder ilustrar a relação entre os conteú- tão elencados os aspectos psicomotores na pri-
dos tradicionais da Educação Física e os aspectos meira fila e na posição horizontal estão elencados
psicomotores voltados ao apoio ao processo de os conteúdos da Educação Física. As atividades
alfabetização, foi criado uma tabela, onde fica vi- estão inseridas na tabela pelo nome e inseridas
sível em que conteúdo da Educação Física a Ativi- em um eixo de aspecto psicomotor e em outro
dade está inserida e que aspecto psicomotor essa eixo o conteúdo específico.
atividade possui uma maior predominância.
Na coluna da esquerda em posição vertical, es-

Conteúdos da Esporte Atividade Ginástica Jogos e


Educação Rítmica Brincadeiras
Física
Aspectos
Psicomotores

Esquema Caça a Sons do meu Desenhar Brinquedos


corporal Raposa corpo o Corpo

Estruturação Juntar as Dança das Coelho sai Campeão pela


espaço/temporal metades Cadeiras da toca Vista

Trilha dos pés e


Equilíbrio Pega na linha Estátua Amarelinha
mãos

Atender o Bolas, bolinhas


Lateralidade Corrida do Nó
Comando
Robozinho
e bolões

Coordenação fina Bexiga Passar o


Acertar o alvo Prendedores
e óculo-manual Socializadora Cadarço

Fonte: Elaborado pelo autor, 2018

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ATIVIDADES PSICOMOTORAS

As atividades descritas a seguir foram organi- Já a análise pedagógica tem o intuito de mos-
zadas por tópicos para facilitar o entendimento e trar a real possibilidade de aprendizado psicomo-
a visualização. Ela foi dividida em nome da ativi- tor que o aluno está experimentando. Essa análi-
dade, eixo de conteúdo, eixo psicomotor predomi- se indica o que o professor precisa ter em mente
nante, sugestão de materiais, métodos e estraté- para entender o que a atividade está proporcio-
gias, análise pedagógica e observação avaliativa. nando de ajuda no desenvolvimento motor e prin-
Torna-se importante elucidar o objetivo dessa cipalmente para o processo de alfabetização.
divisão e explicar alguns desses tópicos como mé- A observação avaliativa indica como acompa-
todos e estratégias, análise pedagógica e obser- nhar o andamento da atividade no sentido de sa-
vação avaliativa. ber se o aluno está conseguindo realiza-la, para
O tópico método e estratégias ficou com a in- em um segundo momento, poder, realizar uma
cumbência de explicar, em detalhes, o funciona- adequação na atividade.
mento da atividade desde a formação dos alunos,
perguntas para saber os conhecimentos prévios
do aluno, a experimentação prévia do exercício
até a culminância da atividade.

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ATIVIDADE: Desenhar o corpo no chão
EIXO DE CONTEÚDO: Ginástica
EIXO PSICOMOTOR PREDOMINANTE: Cons-
ciência Corporal
SUGESTÃO DE MATERIAIS: Giz de Lousa
(gesso)

MÉTODO E ESTRATÉGIAS: momento do desenho os alunos estão exercitan-


Iniciar a atividade, em forma de roda, pergun- do sua capacidade óculo manual para posicionar
tando aos alunos se eles conhecem as partes o giz ao lado do colega e desenhá-lo. O corpo pas-
constituintes de seu corpo (o professor poderá sa a ser um ponto de referência para se localizar e
mostrar a parte de seu corpo e os alunos poderão situar os objetos e pessoas que estão a sua volta.
nomeá-las) e se conseguem visualizar e distinguir Neste momento assimila conceitos como: direita,
as partes do corpo de seus amigos. Em seguida esquerda e adquire também, através da visualiza-
distribuir um giz para cada aluno e pedir para que ção do corpo que está desenhado, a noção das
de forma aleatória peça para que um amigo ou partes. Tendo essa consciência de seu corpo, o
amiga deite no chão em decúbito dorsal (barri- aluno consegue se colocar diante da carteira, do
ga para cima), com os braços e pernas afastados caderno, do lápis, do livro, etc.
do corpo e faça o contorno total do corpo; dese-
nhando, braços, pernas, pés, mãos, dedos, cabe- OBSERVAÇÃO AVALIATIVA:
ça, olhos, boca, nariz, etc. No momento do desenho, averiguar se o aluno
Cada aluno deverá ter seu corpo desenhado no consegue realizar o contorno do colega e intervir,
chão com o seu nome escrito dentro do contor- ajudando-o a, através de dicas (deixar um peque-
no, e este deverá se posicionar em pé dentro do no espaço entre o giz e o corpo do colega, fazer
contorno. Ao sinal do professor os alunos deverão o contorno completo, sem deixar espaços incom-
trocar de corpo (contorno) e o professor tentará pletos). Também verificar se os alunos conseguem
entrar em um corpo também. O aluno que não posicionar-se corretamente na parte do corpo re-
conseguir encontrar um corpo para entrar deverá querida pelo colega.
falar uma parte do corpo e os alunos e o profes-
sor deverão trocar de corpo e encontrar a parte
do corpo dita pelo aluno e entrar nela. Por exem-
plo: (cabeça, braço, perna, mão, etc.). Lembrando
que para sobrar um aluno cada corpo somente
comportará um aluno, ou o professor.

ANÁLISE PEDAGÓGICA:
A aprendizagem se inicia com a socialização
do grupo de crianças e as estratégias de escolha
do amigo(a) que poderá ser por afinidade ou es-
pontânea. Os alunos mais tímidos tendem a ficar
olhando para os lados a espera de alguém convi-
dá-lo. Cabe ao professor verificar os alunos que
estão em dificuldade e ajuda-los a se agruparem.
Durante a atividade os alunos, além de desem-
penharem a habilidade motora (correr), também
precisam conhecer as partes do corpo para se
posicionarem de maneira correta no desenho. No

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ATIVIDADE: Sons do meu corpo
EIXO DE CONTEÚDO: Atividade Rítmica
EIXO PSICOMOTOR PREDOMINANTE: Esque-
ma Corporal
SUGESTÃO DE MATERIAIS: Nenhum

MÉTODO E ESTRATÉGIAS: ANÁLISE PEDAGÓGICA:


Em roda, o professor inicia a atividade batendo A atividade possibilita que os alunos terem a
palmas. Nesse momento os alunos mecanicamen- experiência de provocar um som a partir de par-
te começarão a bater palmas junto com o profes- tes de seu corpo. Isso faz com que ele tome cons-
sor, até imitarão o seu ritmo. ciência das partes de seu corpo, descobrindo e
O professor passará das palmas a bater os pés criando ritmo pelo som produzido. A criatividade
no chão e em seguida, batendo as mãos nas co- dos alunos é contemplada atividade, dando opor-
xas. Após esse momento de integração, o profes- tunidade de expressão corporal.
sor perguntará se o corpo pode produzir sons e
se alguém souber produzir um outro tipo de som OBSERVAÇÃO AVALIATIVA:
poderá demonstrá-lo. Observar se os alunos conseguem realizar o
Após o término de todas as demonstrações o movimento de maneira a provocar o som e se as
professor propõe uma atividade onde ele começa partes do copo contempladas pelos amigos ou o
um movimento e os alunos imitam (batendo as professor são imitadas de maneira eficiente.
mãos nas bochechas, estalando os dedos, a língua
no fundo da boca, cantando, etc. Esse exercício
deverá durar alguns minutos. Depois outro aluno
pode inventar um novo som com outras partes do
seu corpo e todos imitam.

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ATIVIDADE: Brinquedos
EIXO DE CONTEÚDO: Jogos
EIXO PSICOMOTOR PREDOMINANTE: Esque-
ma Corporal
SUGESTÃO DE MATERIAIS: Imagens de brin
quedos

MÉTODO E ESTRATÉGIAS: movimento que ele conhece do brinquedo para


Iniciar a atividade, em forma de roda, pergun- o seu corpo. A mímica usada nessa atividade faz
tando aos alunos se eles possuem brinquedos com que ela possa relacionar o movimento do
antigos em sua casa e se eles costumam brincar brinquedo com a imagem que ela tem de seu pró-
com eles, por exemplo: pião, corda, bambolê, etc. prio corpo.
Dizer que para brincar com esses brinquedos ti- No processo de alfabetização o aluno necessita
dos como tradicionais (passado de pai para filho) transpor em letras o significado da imagem ou do
são necessários alguns gestos específicos como som que ela ouve. Esse exercício de mostrar um
rebolar para fazer o bambolê girar em torno da brinquedo através dos movimentos de seu corpo
cintura. ajuda-o na transferência do som ou da figura para
O professor terá em mãos as figuras dos brin- o movimento de criação das letras que constitui-
quedos para servir de exemplos para os alunos rão a palavra a ser escrita.
que não conseguirem lembrar de nenhum. Nesse
momento o professor solicita um voluntário para OBSERVAÇÃO AVALIATIVA:
iniciar a brincadeira, fazendo gestos específicos Observar se a crianças consegue transpor o
do brinquedo que ele lembrou ou viu na imagem movimento de maneira a contemplar o brinquedo
que o professor mostrou, apenas para ele. Os de- que foi proposto.
mais alunos tentarão adivinhar qual brinquedo
o colega imitou, que conseguir acertar primeiro
poderá ir ao centro para imitar outro brinquedo.

ANÁLISE PEDAGÓGICA:
Para realizar a atividade o aluno precisa usar
seu esquema corporal em relação a ao objeto
(brinquedo) proposto. Ele necessita transpor o

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ATIVIDADE: Caça a Raposa
EIXO DE CONTEÚDO: Esporte
EIXO PSICOMOTOR PREDOMINANTE: Esque-
ma Corporal
SUGESTÃO DE MATERIAIS: Nenhum

MÉTODO E ESTRATÉGIAS: ANÁLISE PEDAGÓGICA:


Iniciar a atividade, em forma de roda, pergun- Os alunos durante a perseguição irão imitar o
tando aos alunos se eles já viram na televisão ou colega que é a presa tendo que observar as par-
na internet uma presa (coelho) fugindo do pre- tes do corpo do colega e transferir o movimen-
dador. O professor poderá dar alguns exemplos to (como um espelho) para o seu próprio corpo.
como o gato e rato, raposa e galinha, etc. Também Nesse momento o aluno está experienciando seu
irá comentar algumas estratégias das presas para corpo em relação ao amigo. A execução eficaz dos
poderem conseguir escapar dos predadores. movimentos (domínio dos movimentos) da presa
Para dar início ao jogo, os alunos deverão estar faz com que ela consiga o seu objetivo que é fugir
espalhados pela quadra ou lugar aberto sem obs- dos predadores. Tanto a presa quanto os preda-
táculos e sem desníveis. Se for em uma quadra dores precisam ter o domínio de seu próprio cor-
poliesportiva, todos os alunos irão se posicionar po para poderem caçar ou fugir.
na linha de fundo perto do gol. Um dos alunos
deverá se posicionar no centro da quadra. Se for OBSERVAÇÃO AVALIATIVA:
em lugar aberto o aluno deverá se posicionar a Observar se o aluno consegue imitar os movi-
uns dez metros da turma. Esse aluno sozinho será mentos do amigo e se a presa usou seu esquema
a Presa e os demais alunos serão os predadores. corporal para fugir dos predadores.
A presa deve fugir dos predadores, porém, tudo
o que ela fizer os predadores devem imitar, pois
em caso contrário, devem ficar no local em que
deixou de imitá-la. Se a presa virar de costas, os
predadores terão que virar de costas para ela, se
erguer uma perna, ou ficar de cócoras, etc., todos
farão o mesmo, até conseguir alcançá-la. A presa
serve-se desta artimanha para despistar os preda-
dores e quem a capturar tomará o seu lugar.

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ATIVIDADE: Robozinho
EIXO DE CONTEÚDO: Ginástica
EIXO PSICOMOTOR PREDOMINANTE: Laterali-
dade
SUGESTÃO DE MATERIAIS: Nenhum

MÉTODO E ESTRATÉGIAS: de papéis a cada cinco minutos e depois da troca


Iniciar a atividade, em forma de roda, mostran- de papéis, troca-se a dupla e troca-se os papéis
do (através do corpo do professor) aos alunos novamente.
que o corpo é dividido em dois lados (direito e Para que a atividade seja ainda mais eficiente,
esquerdo). O professor poderá mostrar uma par- os alunos, no momento do comando deverão di-
te de seu corpo e os alunos deverão falar qual o zer direita, esquerda, frente, traz, em vez de ape-
lado essa parte está inserida (professor demons- nas tocar as partes do corpo. O professor vai sen-
tra de costas para os alunos). Perguntar também tir qual a fase de maturidade desses alunos para
se cada lado do corpo possui a mesma quantida- propor a do toque ou a do som.
de de membros (braços e pernas). Em seguida o
professor chama a frente dois alunos que gosta- ANÁLISE PEDAGÓGICA:
riam de participar de uma demonstração (os dois Essa atividade dá a oportunidade de o aluno
primeiros que mostrarem interesses poderão ser experimentar a execução de movimentos especí-
chamados). ficos de direita e esquerda. No momento que for
O professor coloca um aluno atrás do outro tocado pelo colega, ele internaliza o lado tocado
(com um braço de distância), o aluno que está a e traz o seu corpo todo na direção solicitada, o
frente será o robozinho e receberá comandos do que a faz transpor o seu eixo corporal para um
aluno que está atrás. Quando o aluno (comando) dos lados. Os alunos poderão perceber que seu
encostar a mão na parte de trás do pescoço do corpo possui dois lados e que mesmo sem dizer a
robozinho ele deverá andar de maneira tranquila palavra direita ou esquerda ele consegue realizar
(sem aceleram muito) e se ele tocar novamente o movimento.
no pescoço, o robozinho deve parar. Quando o
robozinho for tocado no ombro direito ele deve OBSERVAÇÃO AVALIATIVA:
imediatamente virar o corpo para a direita e conti- Observar se os alunos comando ou robozinho
nuar andando, e, se for tocado no ombro esquer- conseguem realizar a comanda proposta pelo
do deverá virar para a esquerda. Se o robozinho professor. Tanto no que diz respeito de comanda
for tocado na cabeça ele deverá se abaixar e con- o robô sem que ele se choque com outro colega
tinuar andando abaixado e se for tocado na ca- ou com outros objetos e se o robozinho consiga
beça novamente deverá andar em pé novamente. atender o comando correto.
Depois de explicado os comandos o professor
deixa os alunos realizarem alguns comandos para
demonstrar e depois inverte os papéis (quem era
robozinho passa ser comando e vice e versa).
Explicada a atividade o professor divide a tur-
ma em duplas e pede para que eles se espalhem
pelo local. Para ver que começa como robozinho
ou comando, o professor pede para os alunos de-
cidirem entre eles, quem será robozinho e quem
será o comando.
Ao iniciar a atividade o professor faz a troca

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ATIVIDADE: Atender o Comando
EIXO DE CONTEÚDO: Atividade Rítmica
EIXO PSICOMOTOR PREDOMINANTE: Laterali-
dade
SUGESTÃO DE MATERIAIS: Equipamento de
som

MÉTODO E ESTRATÉGIAS: fio de acertar o pedido do professor. O aluno no


Iniciar a atividade, em forma de roda, pergun- momento em que toca a música já procura sua
tando aos alunos se conseguem colocar a mão di- mão direita e esquerda para realizar o movimen-
reita em uma orelha e a mão esquerda em outra to o que faz com que sua concentração aumente
parte do corpo como o nariz por exemplo. Fazer e que fique atento a comanda. No momento da
um exercício pedindo para colocar a mão esquer- comanda do professor o aluno é solicitado a en-
da no nariz e a mão direita no pescoço, entre ou- contrar o seu braço e sua mão esquerda e colocar
tras. Para incrementar a atividade cantar ou exibir em sua orelha esquerda e encontrar seu braço di-
a música: “Cabeça, ombro joelho e pé”, que está reito e encontrar um amigo para segurar a orelha
descrita abaixo e pedindo para colocar a mão na direita do mesmo. São nesses momentos que o
parte do corpo que a música estiver descrevendo. aluno consegue perceber sua dominância lateral
(lado mais eficiente) de maneira natural e praze-
Cabeça, ombro, joelho e pé; rosa. Essa dominância lateral auxilia no momento
Joelho e pé; da pensão do lápis na hora da escrita, quando for
Cabeça, ombro, joelho e pé; virar a página do caderno e a página do livro.
Joelho e pé;
Olhos, ouvidos, boca e nariz; OBSERVAÇÃO AVALIATIVA:
Cabeça, ombro, joelho e pé; Observar se os alunos possuem dificuldades de
Joelho e pé. encontrar leu lado direito e esquerdo durante a
aplicação da atividade e também se há dificulda-
Após essa parte da atividade pedir para que os de em encontrar o lado direito ou esquerdo do
alunos fiquem dispersos pela quadra ou espaço colega.
destinado a atividade. Colocar uma música alegre
e que faça parte do rol de músicas destinadas a
idade dos alunos envolvidos, pode ser tema de
filme infantil ou trilha sonora de desenhos anima-
dos. Dado o sinal (quando tocar a música), todos
correm; com novo sinal (quando parar a música)
atendem o comando que o professor solicitará: os
alunos deverão tocar com a mão esquerda a sua
orelha e com a mão direita a orelha do amigo. Os
comandos do professor, quando parar a música
poderá alternar com: nariz, orelha, cabelo, torno-
zelo, etc. As ordens devem ser alternadas entre
correr e tocar o companheiro.

ANÁLISE PEDAGÓGICA:
A atividade proposta além de tudo é sociali-
zadora, criando um momento de descontração
e alegria pelo fato de conter a música e o desa-

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ATIVIDADE: Corrida do Nó
EIXO DE CONTEÚDO: Esporte
EIXO PSICOMOTOR PREDOMINANTE: Laterali-
dade
SUGESTÃO DE MATERIAIS: Lenço de pano, co-
lete de esportes, um pedaço de tecido, etc.

MÉTODO E ESTRATÉGIAS: ANÁLISE PEDAGÓGICA:


Em forma de roda, começar a aula perguntando A atividade propõe a destreza manual (coorde-
para os alunos se eles sabem fazer um nó simples. nação motora fina), no momento de criar o nó,
Demonstre aos alunos com um dos lenços previa- mais também, ajuda na memorização e no apren-
mente preparados como se dá um nó usando o dizado da lateralidade. Ele recebe o nó no bra-
braço de um dos alunos da roda. Em seguida dis- ço esquerdo e precisa tirá-lo com a mão direita o
tribua os lenços aos alunos e em duplas façam o que faz com que ele tenha a noção em distinguir
treinamento dos nós nos braços dos amigos. Peça o direito do esquerdo. No momento da escrita o
para que eles deem um nó simples e sem apertar aluno precisa ter internalizado direita esquerda,
muito para facilitar a retirada do lenço posterior- pois parecia saber que a escrita começa no lado
mente (também para não machucar o braço do esquerdo da linha e termina no lado direito da
colega). Após alguns minutos de treino, peça para linha. Isso cabe também a leitura que se inicia na
que eles façam duas colunas de alunos com nú- esquerda e termina na direita.
mero igual de participantes e na posição sentada.
Os últimos das equipes com os lenços nas mãos. OBSERVAÇÃO AVALIATIVA:
Ao sinal do professor, os que tem os lenços, Observar se os alunos possuem maior dificulda-
deem o nó no braço esquerdo do companheiro à de em desatar o nó do seu braço ou fazer o nó no
sua frente, fazendo um nó entre o ombro e o co- braço do colega para posteriormente fazer uma
tovelo. Este participante o desatará com a mão di- intervenção ou a troca dos lados para uma valori-
reita e o atará da mesma maneira no jogador logo zação dos dois lados do corpo (canhoto e destro).
a sua frente, e assim sucessivamente, até que o
primeiro da coluna levante o seu braço esquerdo
com o lenço atado. Demonstra a maior habilidade
de dar nós a equipe que terminar primeiro.

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ATIVIDADE: Bolas, Bolinhas e Bolões
EIXO DE CONTEÚDO: Jogos e Brincadeiras
EIXO PSICOMOTOR PREDOMINANTE: Laterali-
dade
SUGESTÃO DE MATERIAIS: bolas de borracha,
bolas de pano e bolas de esportes diversos co-
mo: tênis, handebol, futsal,etc.

MÉTODO E ESTRATÉGIAS: ANÁLISE PEDAGÓGICA:


Inicia-se a atividade, em roda, perguntando A atividade proposta ajuda aos alunos perce-
para os alunos qual das mãos (direita ou esquer- berem sua dominância lateral e a internalizarem
da) eles percebem uma maior dificuldade em pas- os dois lados do corpo através do movimento de
sar um objeto ao seu amigo. Depois de todos se arremesso da bola. Também é proposto, porem
pronunciarem o professor deverá entregar uma de maneira oculta, a noção de sentido horário e
bola para cada dois alunos e pedir para que eles anti-horário. O movimento de arremesso da bola
realizem arremessos ao colega (dois metros de não solicita apenas o uso dos braços e das mãos
distância) usando a mão esquerda e depois a mão como também a rotação do corpo todo.
direita. Neste momento o professor disponibiliza
uns cinco minutos para que os alunos percebam OBSERVAÇÃO AVALIATIVA:
qual a mão tem mais ou menos força ou habili- Observar se os alunos conseguem atender o
dade. comando do professor quando houver a mudan-
Em seguida o professor recolhe as bolas e pro- ça da direita para a esquerda e da esquerda para
põe aos alunos a formarem duas rodas, que po- a direita.
derá ser aleatória ou uma roda de meninos outra
de meninas ou o professor divide aleatoriamen-
te com números 1 e 2 para formar a roda 1 e a
roda 2.
A roda deverá ter uma distância de dois metros
entre um aluno e outro e deverá ser distribuída
uma bola para cada dois alunos, um com bola,
outro sem bola, assim sucessivamente. Dado o si-
nal, os alunos passam as bolas rapidamente de
mão em mão ao redor da roda pela direita ou pela
esquerda, conforme a ordem dada, que poderá
ser alternada durante a execução da atividade. A
equipe de jogadores que deixar cair a bola perde
um ponto para sua equipe.

17
ATIVIDADE: Coelho sai da toca
EIXO DE CONTEÚDO: Ginástica
EIXO PSICOMOTOR PREDOMINANTE: Estrutu-
ração Espeço/temporal
SUGESTÃO DE MATERIAIS: Bambolês

MÉTODO E ESTRATÉGIAS: ANÁLISE PEDAGÓGICA:


Iniciar a atividade em forma de roda e pergun- Na atividade proposta há a inserção da noção
tando para os alunos se eles sabem que tipo de de dentro e fora e a orientação do seu corpo no
casa os coelhos moram na natureza. Se acaso espaço e no tempo. Espaço, pelo motivo de ter
eles não souberem, dizer que os coelhos moram que se deslocar de um bambolê para o outro com
dentro de suas tocas e que para beber água e obstáculos entre eles que seria os amigos. Tempo,
para conseguir alimento eles precisam ficar fora pois ele tem que chegar antes que outro amigo
de suas tocas. Para o início da atividade o pro- pega aquele lugar primeiro, criando um ritmo pró-
fessor deverá distribuir bambolês espalhados pelo prio de movimento. Essa vivência poderá ajudar
espaço destinado a atividade, de forma aleatória o aluno a realizar suas tarefas e atividades em
e com a distância de pelo menos três metro entre tempo hábil para a aquisição de novos conheci-
um bambolê e outro. mentos.
A quantidade de bambolês deverá se do mes-
mo número de participantes, pois, o professor es- OBSERVAÇÃO AVALIATIVA:
tará participando da atividade também. Os alunos Observar, durante a atividade se os alunos con-
deverão em um primeiro momento estar todos em seguem imprimir um ritmo adequado a atividade
pé dentro dos bambolês. O professor dará início e se conseguem localizar o próximo bambolê an-
a atividade dizendo em voz alta: “Coelho, sai da tes mesmo do comando do professor.
toca”. A partir desse momento, todos os alunos
(coelhos) deverão trocar de toca (bambolê), e fi-
cando na posição abaixada dentro do bambolê
encontrado. O professor também tentará entrar
em um dos bambolês o que significa que sobrará
um aluno (coelho) sem toca. Esse, que ficou sem
toca, deverá dizer: “Coelho, sai da toca” e a brin-
cadeira segue até que haja motivação dos alunos.

18
ATIVIDADE: Juntar as Metades
EIXO DE CONTEÚDO: Esporte
EIXO PSICOMOTOR PREDOMINANTE: Estrutu-
ração Espeço/temporal
SUGESTÃO DE MATERIAIS: Várias imagens de
Esportes divididos ao meio.

MÉTODO E ESTRATÉGIAS: ANÁLISE PEDAGÓGICA:


Para dar início as atividades, o professor, em A atividade propõe através da junção das partes
roda com os alunos, deverá mostrar imagens so- que o aluno consiga encontrar a posição correta
bre esporte, perguntando se eles conhecem aque- da imagem para poder completa-la com a outra
les esportes, mostrando apenas as metades para parte. No momento da escrita ela precisa interna-
ver se eles conseguem identificá-las. lizar que a sílaba é formada pela junção de letras
Cada aluno que identificar primeiro o esporte e que a junção de sílabas forma uma palavra e a
ficará com a metade da imagem até que todos te- junção de palavras forma uma frase. Irá trabalhar
nham uma metade de imagem. Deverão ser con- a noção de metade e inteiro.
feccionados uma metade de imagem para cada
aluno. Depois de todos estarem com a sua parte OBSERVAÇÃO AVALIATIVA:
da imagem, deverá ser dividida a equipe da se- Observar se o aluno consegue identificar as
guinte forma: o aluno que estar com uma metade partes e formar o todo e se esse processo aconte-
da mesma imagem vai fazer uma coluna e a que ce de maneira rápida ou lenta.
está com a outra metade daquela imagem irá para
a outra coluna.
Após a divisão das colunas, todas a imagens de-
verão ser colocadas em uma caixa a cerca de dez
metros a frete em uma caixa colocada no chão. Os
dois primeiros de cada coluna saem correndo até
a caixa e pegam duas metades que se completem.
Quando estiverem com as metades certas pode-
rão voltar correndo juntos, que liberarão os próxi-
mos dois da sua coluna até que todos tenham ido.

19
ATIVIDADE: Campeão Pela Vista
EIXO DE CONTEÚDO: Jogos e Brincadeiras
EIXO PSICOMOTOR PREDOMINANTE: Estrutu-
ração Espeço/temporal
SUGESTÃO DE MATERIAIS: Cones, bolas, cor-
das, bambolês, etc.

MÉTODO E ESTRATÉGIAS: Um jogador da equipe escolhida deverá tirar um


Essa atividade é realizada de maneira mais cal- objeto enquanto os outros ficam observando se a
ma, podendo ser dentro de uma sala de aula ou outra equipe não está olhando. Depois da retirada
espaço pequeno. Inicialmente o professor, em do objeto a equipe que está tentando observar
roda, perguntará aos alunos se eles têm a capa- tem duas chances de dizer o que está faltando.
cidade de lembrar de um objeto que foi tirado do Se a equipe acertar marca um ponto, senão passa
local que ele estava. Para ilustrar a atividade, o vez para a outra equipe que tentará acertar usan-
professor coloca fora da roda de alunos e distante do o mesmo procedimento que a equipe anterior.
uns cinco metros deles, alguns objetos que fazem
parte das aulas de educação física como bolas, ANÁLISE PEDAGÓGICA:
cones etc. Nessa atividade, os alunos em grupo terão a
Em seguida o professor deve pedir para que oportunidade de testar a sua memória espacial
eles abaixem suas cabeças e fechem seus olhos. O quando estão tentando descobrir o objeto que
professor retira um dos objetos e pede para que está faltando. Se os alunos conseguirem treinar
eles voltem a olhar, pedindo para que eles digam e desenvolver sua memória espacial, eles terão
que objeto está faltando. Essa fase deve ser re- maior facilidade de lembrar dos símbolos gráficos
petida algumas vezes para que os alunos possam e nem a direção que precisam seguir na leitura e
entender. na escrita.
A partir desse momento o professor divide a
sala em grupo um e grupo dois aleatoriamente. OBSERVAÇÃO AVALIATIVA:
Cada grupo deverá sentar-se em roda e os ma- Observar se todos os alunos estão conseguindo
teriais deverão ficar entre as duas rodas. O pro- observar os objetos que sumiram durante a ativi-
fessor escolherá aleatoriamente uma equipe para dade, mesmo que não seja falando primeiro mais
fechar os olhos e tentar adivinhar e outra equipe concordando com a opinião dos que conseguiram
para tirar o objeto. se lembrar.

20
ATIVIDADE: Dança das Cadeiras
EIXO DE CONTEÚDO: Atividade Rítmica
EIXO PSICOMOTOR PREDOMINANTE: Estrutu-
ração Espeço/temporal
SUGESTÃO DE MATERIAIS: Aparelho de som e
cadeiras

MÉTODO E ESTRATÉGIAS: ANÁLISE PEDAGÓGICA:


Inicia-se a atividade formando uma roda de Na atividade proposta há a inserção da noção
cadeiras voltadas para o centro onde os alunos de em pé e sentado, rápido e lento e a orientação
receberão as explicações do professor que fará do seu corpo no espaço e no tempo. Espaço, pelo
perguntas aos alunos se todas as músicas pos- motivo de ter que se deslocar em volta da roda
suem a mesma velocidade de batidas. E se eles de cadeiras sendo influenciado pela intensidade
acham que as músicas possuem diferentes inten- da música e tendo que encontrar um lugar vazio.
sidade e velocidade em seu arranjo musical cha- Tempo, pois ele tem que chegar antes que outro
madas batidas por minuto. Após essas perguntas, amigo possa sentar antes dele, criando um ritmo
o professor poderá deixar os alunos dizerem com próprio de movimento. Essa vivência poderá aju-
suas palavras sobre uma música mais lenta e ou- dar o aluno a criarem pontos de referência para
tra mais rápida. se localizarem em uma folha no momento do de-
Depois desse momento, o professor pede aos senho e até em cima da linha na hora da escrita.
alunos que virem suas cadeiras com o assen-
to para o lado de fora da roda e posicionem-se OBSERVAÇÃO AVALIATIVA:
em pé em frente o acento de sua cadeira. Nesse Observar se os alunos conseguem respeitar o
momento o professor coloca uma música lenta e ritmo da música e se ele consegue se localizar na
pede para os alunos andarem em volta da roda hora de sentar na cadeira.
de cadeiras tentando acompanhar as batidas da
música e se a música parar eles deverão encontrar
um assento vazio e sentar.
Quando inicia a música o professor tira uma das
cadeiras para que possa sobrar uma das crianças
que irá ficar próximo ao professor para parar a
próxima música e esse tentará sentar em uma ca-
deira vazia. O professor deverá alternar uma músi-
ca lenta com uma música rápida e pedir para que
os alunos respeitem a velocidade.

21
ATIVIDADE: Amarelinha
EIXO DE CONTEÚDO: Jogos e brincadeiras
EIXO PSICOMOTOR PREDOMINANTE: Equilí-
brio
SUGESTÃO DE MATERIAIS: Giz de lousa

MÉTODO E ESTRATÉGIAS: fazer a sequencia, sem pisar nas linhas e pegando


Inicia-se a atividade perguntando aos alunos a pedra no momento certo, ele poderá continuar
se eles já brincaram de amarelinha e se eles cos- com os outros números até o dez, se errar ele pas-
tumam brincar em suas casas das mesmas brin- sa sua vez ao próximo que iniciará do número um
cadeiras que seus pais e avós brincavam quando e ele quando chegar sua vez novamente poderá
eram crianças. Dizer que o jogo da amarelinha é continuar do número que parou da vez anterior.
passado de pais para filhos há muitos e muitos
anos. Preguntar também se eles conseguem sal- ANÁLISE PEDAGÓGICA:
tar em uma perna só. Nesse momento deixar que A atividade proposta trás inúmeros benefícios
eles pulem de uma perna só pelo espaço desti- aos alunos, desde o trabalho com a sequencia nu-
nado a atividade que poderá ser no pátio ou na mérica até o equilíbrio em uma perna só. O aluno,
quadra. durante a atividade executa o equilíbrio dinâmico
Depois do treino de uma perna só o professor (em movimento) e o equilíbrio estático (quando se
desenhará algumas amarelinhas no chão, dividirá equilibra parado para pegar a pedra). Esse equi-
a turma nas amarelinhas e explicará o seu funcio- líbrio é essencial tanto como aprimoramento do
namento: tônus muscular como para o equilíbrio emocional.
O jogo da amarelinha consiste em acertar o sa-
quinho de areia ou pedrinha no número um e o OBSERVAÇÃO AVALIATIVA:
aluno deverá pular o quadrado que está o número Observar se os alunos executam os movimen-
um, e com uma perna só, pular nos outros núme- tos respeitando as regras do jogo e se conseguem
ros até o dez e voltar pelos dez até o dois, pegará manter o equilíbrio dinâmico e estático.
a pedra e pulará o número um. Se ele conseguir

22
ATIVIDADE: Pega-pega na linha
EIXO DE CONTEÚDO: Esporte
EIXO PSICOMOTOR PREDOMINANTE: Equilí-
brio
SUGESTÃO DE MATERIAIS: Nenhum

MÉTODO E ESTRATÉGIAS: bre as linhas demarcatórias da quadra. O aluno


Essa atividade necessita ser feita em uma qua- que for pego deverá se posicionar com as pernas
dra poliesportiva onde serão usadas as suas li- afastadas no local em que foi pego e poderá ser
nhas demarcatórias. liberto pelos amigos que ainda não foram pegos,
Inicia-se a atividade em uma fileira com o pro- passando por baixo de suas pernas. Quando o pe-
fessor colocado a frente da turma. O professor gador estiver cansado ele poderá escolher outro
perguntará aos alunos se eles conseguem andar pegador para ficar em seu lugar.
somente nas linhas demarcatórias da quadra. De-
pois deixar que eles andem por todas as linhas da ANÁLISE PEDAGÓGICA:
quadra e em um segundo momento o professor A atividade proposta dá a oportunidade de os
perguntará aos alunos o que eles precisaram fa- alunos poderem se localizar na quadra como tam-
zer, além de andar, para se manterem em cima da bém usar o equilíbrio dinâmico. No processo de
linha. A palavra equilíbrio deverá surgir e o profes- alfabetização, essa atividade pode ajudar o aluno
sor deverá reforçar que é o equilíbrio (com a ajuda a posicionar as letras logo acima da linha como
dos músculos e ossos) que nos mantêm em pé e ele faz com o seu corpo na brincadeira.
que eles precisam usar o equilíbrio para andar na
linha porque ela é mais estreita que a sola dos OBSERVAÇÃO AVALIATIVA:
nossos pés. Observar se os alunos estão correndo em cima
Em seguida o professor pedirá que os alunos da linha e se estão conseguindo de equilibrar so-
se espalhem por todas as linhas da quadra e es- bre ela. Também observar se os alunos estão res-
colherá um aluno para ser o pegador. Tanto os peitando as regras do jogo.
fugitivos quanto o pegador só poderão correr so-

23
ATIVIDADE: Trilha de Pés e Mãos
EIXO DE CONTEÚDO: Ginástica
EIXO PSICOMOTOR PREDOMINANTE: Equilí-
brio
SUGESTÃO DE MATERIAIS: Giz de lousa

MÉTODO E ESTRATÉGIAS: Os alunos sentam em volta e o professor cha-


O professor deverá antecipadamente desenhar mará um aluno de cada vez para passar pela trilha
formatos de pés e mão no chão distantes de dez que quando terminar receberá uma salva de pal-
a vinte centímetros cada um podendo colocar um mas dos amigos e eles escolherá outro amigo para
par de pés, uma mão, mais um pé direito, duas passar na trilha.
mãos, um pé esquerdo, etc.
O professor inicia a atividade perguntando aos ANÁLISE PEDAGÓGICA:
alunos se eles já viram pegadas de pessoas ou Nessa atividade os alunos irão experimentar a
de animais e que existem animais que andam de locomoção de uma maneira diferente, tendo que
quatro patas e animais que andam em dois pés usar o seu equilíbrio para sobrepor as pegadas
e ainda animais que andam com mãos e pés no criadas pelo professor. Essas pegadas estão em
chão como os gorilas. Deixar nesse momento que diferentes posições como por exemplo as posições
eles falem sobre os animais. das letras.
Após essa conversa o professor mostrar a trilha,
indicando o que é marca de pés e marca demãos OBSERVAÇÃO AVALIATIVA:
e que há mão esquerda e direita e pés direitos Observar se os alunos conseguem sobrepor as
e esquerdo e em seguida deverá passar pela tri- pegadas na posição correta e se conseguem se
lha demonstrando como se pode fazer a atividade equilibrar sobre elas.
que poderá ser devagar ou em pulos.

24
ATIVIDADE: Estátua
EIXO DE CONTEÚDO: Atividade Rítmica
EIXO PSICOMOTOR PREDOMINANTE: Equilí-
brio
SUGESTÃO DE MATERIAIS: Equipamento de
som

MÉTODO E ESTRATÉGIAS: ANÁLISE PEDAGÓGICA:


Inicia-se a atividade com os alunos sentados em Com essa atividade os alunos além de desen-
roda e o professor ao centro que irá perguntar se volver o equilíbrio na hora da estátua, eles exer-
os alunos conseguem permanecer em uma mes- citarão a concentração e a formar uma posição
ma posição por um certo período de tempo como essencial para desenhar a letra no caderno em
contar até dez por exemplo. O professor deverá um certo posicionamento na linha.
permitir que os alunos inventem posições e per-
maneça nela por dez segundos. Cada um poderá OBSERVAÇÃO AVALIATIVA:
criar qualquer posição. Observar se os alunos conseguem criar uma
Depois desse exercício o professor explicará posição de equilíbrio e se permanece pelo tempo
que será colocada uma música e que quando essa estipulado pelo professor.
música parar todos deverão ficar imóveis por dez
segundos a partir da regra que o professor falará
quando a música parar. O professor poderá dizer
para que a posição seja com uma perna só, ou
com uma das mãos no chão ou com as duas mãos
no chão e uma pera para cima, posição livre, etc.
O próprio professor poderá contar até dez e verifi-
car quem conseguiu fazer a posição pedida.

25
ATIVIDADE: Passar o Cadarço
EIXO DE CONTEÚDO: Ginástica
EIXO PSICOMOTOR PREDOMINANTE: Coorde-
nação Fina e Óculo-Manual
SUGESTÃO DE MATERIAIS: Pedaços de papelão
em formato de sapatos com furos de cadarço,
cadarços de sapato.

MÉTODO E ESTRATÉGIAS: ANÁLISE PEDAGÓGICA:


O professor deverá iniciar a atividade com os Nessa atividade, os alunos têm a oportunidade
alunos em roda e perguntar se eles já passaram de desenvolverem uma habilidade que faz parte
o cadarço nos furinhos dos tênis. Pedir para que do seu dia-a-dia que é colocar o cadarço no tê-
eles olhem seus tênis para ver como é passado nis. E para o ato da escrita, a criança necessita
os cadarços. Caso tenha aluno que possui tênis de uma maior movimentação da mão e dos dedos
sem cadarço, pedir para que ele olhe o cadarço do para que o ato de desenhar seja mais eficiente e
amigo. Distribua os papelões com os cadarços, um menos doloroso. Para que os dedos e a mãos pos-
para cada aluno, e peça para que passe o cadarço sua maior mobilidade eles precisam ser treinados
nos buraquinhos do papelão de maneira que so- e estimulados com atividades como essa.
bre as duas pontas na parte superior do papelão.
Não é necessário que os alunos saibam dar o OBSERVAÇÃO AVALIATIVA:
laço para amarrar, somente que eles passem pe- Observar se os alunos conseguem passar o ca-
los buracos. darço pelos buracos do papelão de maneira a fa-
Após eles experimentarem essa fase o profes- zer o uso da mão e dos dedos com facilidade ou
sor pedirá para que os alunos coloquem seus sa- com dificuldade nos movimentos.
patos de papelão a uma distância de uns vinte
metros com os cadarços fora do papelão. O pro-
fessor dividirá a turma em duas equipes que fica-
rão posicionados em colunas e sentados.
Ao sinal do professor os alunos saem correndo,
todos juntos e vão até o papelão, pegam um e co-
locam o cadarço, quando o cadarço estiver coloca-
do, eles voltam correndo para a coluna e sentam
com o papelão nas mãos e levantadas acima da
cabeça para mostrar a prova cumprida.

26
ATIVIDADE: Prendedores
EIXO DE CONTEÚDO: Jogos e Brincadeiras
EIXO PSICOMOTOR PREDOMINANTE: Coorde-
nação Fina e Óculo-Manual
SUGESTÃO DE MATERIAIS: Prendedores de va-
ral para roupas (cinco para cada aluno)

MÉTODO E ESTRATÉGIAS: ANÁLISE PEDAGÓGICA:


Inicia-se a atividade com o professor pergun- Nessa atividade, fica bem evidente a impor-
tando se os alunos conseguiam fazer o movimen- tância do movimento de pinça. Esse movimento
to de pinça (mostrar o movimento), juntando o é usado pelo aluno em seu processo de escrita,
dedo indicador com o polegar. pintura, desenho e contato com outros objetos
O professor nesse momento deverá retomar escolares como tesoura, cola, entre outros. É no
os nomes dos dedos das mãos: polegar, indica- movimento de pinça que o aluno tem o contato
dor, dedo médio, anelar e mínimo. Orientar os com o lápis e essa experiência faz com que ele
alunos para que eles façam os movimentos usan- encontre a maneira mais confortável de grafar as
do ambas as mãos. Depois o professor distribui letras ou fazer um desenho.
cinco prendedores para cada aluno e peça para
que eles coloquem os prendedores em sua roupa OBSERVAÇÃO AVALIATIVA:
através do movimento de pinça como roupa no Observar se os alunos conseguem usar o movi-
varal (o professor deverá demonstrar). Quando os mento de pinça com os dedos: indicador e o po-
prendedores estiverem todos nas roupas dos alu- legar ou pega com a mão toda, sinalizando assim
nos o professor irá explicar a atividade. uma maior atenção e uma intensificação da de-
Os alunos deverão estar espalhados pela qua- monstração do movimento.
dra e, ao sinal do professor, tentarão pegar o
prendedor que está na camisa ou calça do ami-
go usando o movimento de pinça, podendo pe-
gar apenas um prendedor por amigo, que não o
impedirá de pegar o prendedor. Ao final de um
determinado tempo estipulado pelo professor a
atividade deverá parar para saber quantos pren-
dedores cada aluno conseguiu reunir.

27
ATIVIDADE: Bexiga Socializadora
EIXO DE CONTEÚDO: Atividade Rítmica
EIXO PSICOMOTOR PREDOMINANTE: Coorde-
nação Fina e Óculo-Manual
SUGESTÃO DE MATERIAIS: Aparelho de som e
Bexigas

MÉTODO E ESTRATÉGIAS: ANÁLISE PEDAGÓGICA:


O professor inicia a atividade perguntando aos Nessa atividade o aluno experimenta a veloci-
alunos porque a bexiga quando jogada para cima, dade em que uma bexiga atinge tanto no momen-
demora tanto para cair. Depois dos alunos dize- to da subida quanto no momento da descida. Per-
rem que é por causa do seu peso o professor diz ceberá também que ela terá a mesma velocidade
que é muito importante ao jogar a bexiga para de descida quando jogada na mesma altura. Esse
cima que o aluno fique com os olhos fixos nela e controle motor ajustado com a visualização da be-
coordene suas mãos para pegá-la quando ela se xiga na subida e descida fazem com que o aluno
aproximar. Nesse momento o professor infla uma tenha uma noção de tempo de movimento. No
bexiga e dá um nó para que não vase o ar e jogue momento da leitura e da escrita há uma cadência
a bexiga para cima mostrando sua coordenação na escrita em relação a mão, ao lápis, a escrita.
óculo-manual (olhar para pegar).
A partir desse momento o professor distribui OBSERVAÇÃO AVALIATIVA:
uma bexiga para cada aluno e peça para eles en- Observar se o aluno consegue manter a bexiga
cherem e se souberem dar um nó. Se não sou- no alto e se ela usa estratégias para mantê-la no
berem o professor deverá ajuda-los. Depois de alto e se estiver quase no chão.
cheias os alunos poderão manuseá-las jogando-as
para cima.
O professor colocará uma música animada para
que os alunos dispersos pelo espaço da quadra,
pátio ou sala joguem as bexigas para cima e fi-
quem rebatendo sem deixa-las cair. O professo
poderá pedir para que batam com o braço, lateral
dos cotovelos, ombros, cabeça, pontas dos dedos,
joelhos e etc.

28
ATIVIDADE: Acertar o Alvo
EIXO DE CONTEÚDO: Esporte
EIXO PSICOMOTOR PREDOMINANTE: Coorde-
nação Fina e Óculo-Manual
SUGESTÃO DE MATERIAIS: Cones e bambolês

MÉTODO E ESTRATÉGIAS: esse aspecto psicomotor é contemplado pelo mo-


Inicia-se a atividade em forma de roda com o tivo de haver uma relação do trabalho das mãos
professor perguntando aos alunos se eles sabem e braços em conjunto com a observação do alvo a
que tipo de habilidade é necessária para acertar ser conquistado. No processo de alfabetização, o
um bambolê em um cone. O professor poderá de- aluno tem o lápis e os movimentos a serem reali-
monstrar na prática sua pergunta. Após os alu- zados com a mão e os dedos em consonância da
nos dizerem mira ou pontaria, o professor diz que observação das linhas que deverão ser respeita-
os alunos acertarão o alvo se eles visualizarem o das para a escrita.
cone e aplicarem uma força com a mão e o braço
no bambolê em direção ao cone. OBSERVAÇÃO AVALIATIVA:
A partir desse momento, distribuir um bam- Observar se o aluno está conseguindo progre-
bolê para cada aluno e espalhar diversos cones dir com o distanciamento do alvo, que seria o
pela quadra ou pátio. Os alunos terão a liberdade cone e também se ele está colocado a força corre-
de tentarem acertar o cone de qualquer distân- ta para arremessar o bambolê.
cia para perceberem as dificuldades e estratégias
que usarão para acertar. O professor poderá pedir
para que se o lançamento for assertivo o aluno
poderá ir cada vez mais longe do cone.

ANÁLISE PEDAGÓGICA:
Nessa atividade, os alunos têm a oportunidade
de poderem aprimorar sua habilidade óculo-ma-
nual. Mesmo sendo um alvo em distância e um ob-
jeto relativamente grande para ser arremessado,

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CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Manual apresentado será de grande valia autoconhecimento, proporcionando a ela capaci-


para profissionais de Educação Física e Pedago- dade de pensar, desejar, perceber, raciocinar, a
gos que estão diretamente ligados a crianças en- ter consciência de seu próprio corpo, ajudando-a
tre cinco e seis anos, crianças essas que estão em e beneficiando-a no seu desenvolvimento integral,
pleno processo de alfabetização. Os aspectos liga- ou seja, nas suas aptidões perceptivas, seu com-
dos a psicomotricidade como esquema corporal, portamento psicomotor, como também na manu-
estruturação espaço/temporal, lateralidade, equi- tenção e conservação da saúde física, mental e no
líbrio, coordenação motora fina e óculo manual, equilíbrio sócio afetivo, que são indispensáveis a
segundo os autores citados na fundamentação qualquer ser humano ao desenvolvimento do seu
teórica dessa dissertação, são bases fundamen- intelecto.
tais para aquisição e da maturação psicomotora, Como avaliação se fará necessária a observação
fazendo com que uma possível defasagem nessas dos avanços, dificuldades, conquistas e fracassos
áreas seja minimizada e até melhorada. e a compreensão por parte do professor com o
O objetivo do manual não é uma proposta de objetivo de estabelecer novos caminhos para que
criação conteúdos para o currículo da Educação o processo de ensino e aprendizagem seja um
infantil, mais uma tentativa de elencar atividades momento de reflexão para o professor repensar
lúdico motoras que possam geram instrumentos sua prática pedagógica. O aluno deve ser moni-
facilitadores no processo de leitura e escrita, fase torado e observado o tempo todo pelo professor,
essa que se encontram os alunos que são coadju- que será responsável por detectar os procedimen-
vantes dos estudos aqui descritos. tos para ajudar o aluno no sentido de superar os
Com o auxilio das atividades propostas a crian- obstáculos e adquirir novos conhecimentos.
ça terá circunstância favorável à realização do seu

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