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1) ASPIRAR
Ele aspirou o ar poluído daquela cidade (aspirar no sentido de sorver não exige
preposição)
2) OBEDERCER
Obedeça ao regulamento
Obedeça à sinalização
3) VISAR
O caçador visou o alvo. (Visar no sentido de ter na mira não exige preposição)
O turista visou o passaporte. (Visar no sentido de dar o visto não exige
preposição)
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Mariana Balby Mendonça Santos
4) ASSISTIR
O fisioterapeuta assiste em Maceió. (O verbo assistir com acepção de
morar/residir exige a preposição)
Esse benefício não assiste aos clientes do plano Delta (O verbo assistir com
acepção de caber/ser do direito exige preposição)
O governo não assistiu os desabrigados (O verbo assistir com acepção de
socorrer/ajudar/dar assistência não exige preposição)
Assistimos ao jogo no bar do Zeca. (O verbo assistir com acepção de ver exige
preposição)
5) CUSTAR
(Uso coloquial)
Isabela custou a perceber os equívocos daquele relatório. EQUIVOCADO
(Uso culto: o verbo custar não pode ter como sujeito pessoas, quando tiver
acepção de ser árduo/demorado ou trabalhoso)
Custou à/a Isabela perceber os equívocos daquele relatório. > sujeito oracional
Custou a ela perceber os equívocos daquele relatório.
Custou-lhe perceber os equívocos daquele relatório.
6) PREFERIR
Prefiro metrô a ônibus. (quando nenhum dos complementos (metrô e ônibus) veio
precedido de artigo, o a é apenas preposição - paralelismo)
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7) PAGAR / PERDOAR
Pagamos o débito ao dentista.
Perdoamos a dívida ao devedor.
Pagamos aos professores.
Perdoamos ao traidor.
9) IMPLICAR
Ele implica com a namorada.
Aqueles deputados se implicaram em negócios escusos. (no sentido de se
envolver, exige preposição)
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(no sentido de acarretar, gerar consequência, pode vir com ou sem preposição
desde que o complemento não seja preposicionado – “uma coisa implica outra ou
noutra”)
ATENÇÃO
Avisei-lhe do perigo. (o pronome lhe representa “a alguém”, logo é
preposicionado, logo o segundo complemento não poderia vir com a preposição
“do”. Deveria ser “Avisei-lhe o perigo” ou “Avisei-o do perigo”)
Notifiquei-o a multa. (O certo seria “Notifiquei-o da multa” ou “Notifiquei-lhe a
multa”)
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Aula 02
2. PRONOME RELATIVO
Os pronomes relativos, em regra, substituem os substantivos a fim de que não haja
repetições desnecessárias, além de conectar as várias informações que podem vir
contidas na mesma oração. Que palavras a gramática pode classificar como
pronome relativo: que, quem, onde, o qual, cujo (e suas variações de gênero e
número).
Algumas vezes pode aparecer o como, porém, é raro e ele sempre virá precedido
de “maneira, jeito, forma” e similares.
“A abelha fazendo o mel vale o tempo que não voou.” > esse que substitui a palavra
tempo.
“O destino que se cumpriu” > esse que se refere a destino.
a) QUE
A palavra “que” nem sempre é classificada como pronome relativo, pode ser
classificada como conjunção. O que será pronome relativo quando puder ser
substituído por “o qual” e suas variações. O mesmo se aplica aos pronomes “quem”
e “onde” que só serão classificados como pronome relativo se puderem ser
substituídos por “o qual” e suas variações. “O qual” e “cujo” serão sempre pronome
relativo.
ATENÇÃO: EXCEÇÃO!!!
Existe uma única situação em que a palavra “que” não equivale a “o qual”,
mas pode ser pronome relativo.
Exemplo: “Desde os primórdios até hoje em dia, o homem ainda faz o que o
macaco fazia”.
Esse “que” não pode ser substituído por “o qual”, porém, é pronome relativo.
Isso ocorrerá nas sequências “o que”, “os que”, “a que”, “as que” quando esses
“o, a, os, as” puderem ser substituídos por “aquilo”, situação em que eles não
serão artigos e, sim, pronomes demonstrativos.
O pronome relativo deve, ainda, obedecer à regência do verbo que é núcleo da ação
a que se liga o substantivo referente.
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Exemplos:
O pai da minha amiga, que também curte rock, já está com os ingressos.
Nesse último par de orações o verbo (confiar) e o pronome (quem) são os mesmos,
porém o sentido muda com a alteração da preposição (em > a).
ATENÇÃO
Esta é a mulher que amo. (CORRETO)
Esta é a mulher quem amo. (ERRADO)
Neste caso, em que pese amar seja VTD, usa-se preposição. Não por exigência do
verbo, mas do próprio pronome quem. É o que se chama de objeto direto
preposicionado. A oração correta seria:
Esta é a mulher a quem amo.
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c) ONDE
Em regra, é sempre um pronome que exige preposição. O pronome onde SOMENTE
pode ser usado para fazer referência a lugares. O uso de onde ou aonde é algo que
depende exclusivamente da regência do verbo da oração. Deve-se ser cuidado com
o macete segundo o qual o aonde remete a movimento, porque ele pode ser
perigoso.
O certo é a seguinte lógica: se o verbo exige a preposição em, o correto é usar
ONDE e, se o verbo exigir a preposição a, o correto é usar AONDE. Isso porque o
aonde nada mais é que onde + a preposição "a”.
d) CUJO
É um pronome muito pouco utilizado, hoje, praticamente restrito à escrita.
O pronome cujo em hipótese alguma poderá vir precedido ou seguido de artigo.
O pronome cujo também só pode entrar em cena se houver um cenário específico,
que é figurar entre dois substantivos. Logo, para o uso do pronome cujo SEMPRE
deve haver um substantivo antes e outro depois dele, não necessariamente colados
a ele. A ligação que o cujo faz entre esses substantivos conectados SEMPRE será
uma relação de posse.
O cujo concordará em gênero e número SEMPRE com o substantivo subsequente.
O cujo também deve sempre observar a regência, pois em alguns momentos o verbo
pode exigir preposição.
Exemplos:
Morreu o filósofo por cujas ideias eu sempre lutei.
Premiaram o filme de cujo enredo gostamos.
Foi demolida a casa em cujas paredes havia paredes.
O escritor a cuja obra me referi é húngaro.
Função Sintática dos pronomes relativos (CESP é a banca que mais cobra)
O pronome relativo sempre começa uma oração (oração subordinada adjetiva).
Então, para uma análise adequada de sua função sintática, o ideal é quebrar as
orações isolando-as.
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Esse “que” resgata episódios. “Eu não lembro dos episódios”. Logo, o que é objeto
indireto.
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Aula 03
3. PRONOMES PESSOAIS
ATENÇÃO: Para que seja mantida uma uniformidade, não pode haver cruzamento
de pronomes de pessoas diferentes referindo-se à mesma pessoa.
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Eu o vi na esquina.
Ele irá me levar ao médico.
Pronomes pessoais do caso reto não podem exercer essa função, eles só podem
atuar como sujeito da oração.
Deixa eu ver isso aqui. (ERRADO) > Deixe-me (certo)
Ela não deixa eu entrar em casa. (ERRADO) > me deixa (certo)
O pronome “lhe” poderá exercer essa função, desde que o complemento seja um
objeto indireto, uma vez que ele substitui “a alguém” ou “de alguém” e, portanto,
sempre exigirá preposição.
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Aula 04
4. CRASE
Preciso (de)
Confio (em) (regentes) + a palavra dela (complemento)
Refiro-me (a)
O detento não terá direito a água nem a alimento. (não teve crase porque a oração
tem dois complementos, água e alimento, e com relação ao complemento masculino,
a oração optou por descartar o artigo, usando apenas a preposição “a” e não “ao”.
Assim, por paralelismo, ainda que coubesse o a craseado antes de água não haverá
crase por paralelismo entre os complementos)
Nesse caso, esse “A” só será pronome demonstrativo quando aparecer antes de
“que” ou “de”. Pode aparecer antes de “que” ou “de” sem ser pronome demonstrativo,
mas sempre que for pronome demonstrativo aparecerá antes de “que” ou “de”. O
truque é substituir por “aquela” ou “aquilo”. Se couber, é pronome demonstrativo.
Alguns gramáticos entendem que, mesmo nestes casos, o segundo “a” não é
pronome demonstrativo e sim um artigo se referindo a um substantivo oculto em
eplipse.
Nossa história está ligada à da expansão marítima. (exige crase porque o “a” é
preposição e pronome demonstrativo porque foi usado antes de “de” e pode ser
substituída por aquela)
Esta análise é análoga à que foi feita pelo professor. (exige crase porque o “a” é
preposição e pronome demonstrativo porque foi usado antes de “de” e pode ser
substituída por aquela)
b) Casos Facultativos
c) Casos Proibidos
Ficamos frente a frente. > É proibido o uso de crase entre expressões compostas
por palavras repetidas (como gota a gota, face a face, dia a dia, lado a lado). Nestes
casos o “a” é apenas preposição, não é artigo.
De segunda a sexta. > Não tem crase por paralelismo, se não teve artigo “a” antes
de segunda, não pode ter antes de sexta e o “a” será só preposição.
Compre o aquecedor a gás. > Não existe crase antes de palavras do gênero
masculino.
OBS: Nas construções como “Filé à Oswaldo Aranha” há crase antes de Oswaldo
(masculino) porque está implícita a expressão “à moda”. Isso não se aplica a “Bife a
cavalo” ou “Frango a passarinho”, que não tem crase porque cavalo e passarinho
não “lançam” moda.
Envie as fotos a uma agência. > Não há crase antes de artigo indefinido
Envie as fotos a qualquer agência. > Não há crase antes de pronome indefinido.
Envie as fotos a esta agência. > Não há crase antes de este, esta, estes, isto, essa,
esse, isso.
Envie as fotos a ela. > Não cabe crase antes de pronomes pessoais.
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Envie as fotos a agências credenciadas. > Não ocorre crase com artigo no singular
antes de substantivo no plural.
Envie as fotos a Sua Excelência. > Não ocorre crase antes de pronomes de
tratamento iniciados com Vossa ou Sua, porque eles não admitem artigo.
Aula 05
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d) Casos especiais
Casa: em verbos que exigem preposição, a palavra casa quando usada sem
nenhum complemento que faça o papel de seu acompanhante, não deve ser
precedida de artigo. Porém, quando usada com complemento que lhe faça
referência, é precedida de artigo. Ex: Eu fiquei em casa. | Eu fiquei na casa de praia
Após dias do mar, chegamos a terra | Após dias no mar chegamos à terra de João
O agricultor tem amor à terra (outro significado, por tanto tratamento comum e não
o especial).
Sairemos à noite.
Às vezes ele aparece por aqui.
OBS: Alguns autores sugerem que as locuções femininas que passarem a ideia de
instrumento não devem ser precedidas de crase, mas não há consenso.
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Adição
Não tenho medo do escuro, mas (porém, contudo, entretanto, todavia, etc) deixe as
luzes acesas.
Ainda que (conquanto, malgrado, embora, posto que, não obstante, mesmo que,
apesar de, por mais que) eu falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.
Aula 06
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Condição
Caso (contanto que, uma vez que) vença logo mais, o flamengo será campeão
novamente.
ATENÇÃO: “A menos que vença logo mais, o Vasco será rebaixado outra
vez.” (é uma condicional com valor negativo, equivalente a “a não ser que” e,
portanto, não pode ser simplesmente substituída pelas outas condicionais
sem outras alterações no texto)
Finalidade
A fim de conter gastos, ela jogou fora o cartão de crédito. (Aqui até existe uma
relação de causa e efeito, mas esta é secundária, a relação principal é a de
finalidade)
Na linha temporal (e não necessariamente a textual) dos fatos, o que vier primeiro é
causa e o que vier depois é consequência.
Essa mina é louca, quando (assim que, logo que, enquanto) eu tô bolado, ela quer
beijo na boca.
Proporção
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À medida que estudo, o conteúdo flui mais naturalmente. (não confundir com na
medida em que, que passa ideia de causa)
ATENÇÃO
6. VOZES VERBAIS
Voz ativa: O sujeito é quem pratica o núcleo da ação e o objeto sofre. Ex.: Os
candidatos questionaram o gabarito.
Voz passiva: O sujeito da oração é quem sofre a ação e quem a pratica é o objeto.
Ex.: O gabarito foi questionado pelos candidatos (voz passiva analítica) ou
Questionou-se o gabarito (voz passiva sintética com partícula apassivadora “se”).
Voz reflexiva: passa a ideia de uns aos outros ou a si mesmo, o sujeito pratica e
sofre a ação ao mesmo tempo, é agente paciente. Ex.: Ela se impõe muitos desafios
ou Eles se cumprimentaram após a aula.
Aula 07
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O que é sujeito na voz ativa vira a gente da passiva na voz passiva. O objeto na voz
ativa vira o sujeito na voz passiva.
Na transformação das vozes, o verbo da voz ativa irá para a voz passiva no particípio
precedido do verbo ser/estar/ficar.
7. PONTUAÇÃO
OBS: Essa regra só pode ser excepcionada quando o emprego da vírgula for
essencial para a manutenção da clareza no sentido do texto. Ex: “quem teme,
ameaça” é diferente de “quem teme ameaça”.
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Vírgulas isolando adjunto adverbial deslocado > vírgulas facultativas (regra mais
cobrada do emprego de vírgulas)
Hoje (,) vamos estudar o fenômeno da crase. > adjunto adverbial de tempo (com ou
sem vírgulas
Vamos estudar (,) hoje (,) o fenômeno da crase. > adjunto adverbial de tempo (com
ou sem vírgulas
Vamos estudar o fenômeno da crase hoje.
ATENÇÃO
No ano do centenário da morte de Machado de Assis, li uma obra do autor. > é um
adjunto adverbial deslocado, porém a vírgula é obrigatória. (a extensão, tamanho,
do adjunto adverbial deslocado importa na obrigatoriedade da vírgula) = aqui a
vírgula é obrigatória porque o adjunto adverbial é longo, se ele fosse curto, ela seria
facultativa.
A norma culta não diz quantas palavras deve ter um adjunto adverbial para ser
considerado longo, deve-se usar o bom senso.
Vírgulas isolando oração adverbial > vírgulas obrigatórias quando na ordem inversa
e facultativas na ordem direta.
A diferença entre oração adverbial e adjunto adverbial é que a primeira contém verbo
e o segundo não.
fato de vir uma informação intercalada (seja por travessões ou parênteses) não torna
a vírgula inoportuna.
São orações adjetivas aquelas que são introduzidas por um pronome relativo. Porem
elas podem ser explicativas (com vírgula) ou restritivas (sem vírgulas).
Aqueles candidatos que estudam são aprovados sempre. (restritiva) – nem todos os
alunos estuam e só os que estudam são aprovados
Aula 08
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