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PORTUGUÊS

Professor: Alexandre Luz


Aula 01

1. REGÊNCIA VERBAL: Quando o verbo não vem com seu complemento


devidamente preposicionado

“Por isso eu vou na casa dela, ai, ai” (ERRADO) > à

Quando cheguei em casa, todos estavam dormindo (ERRADO) > à

Senhor morador, obedeça o regulamento (ERRADO) > ao

O projeto visa o bem-estar da comunidade (ERRADO) > ao

Vamos assistir o filme (ERRADO) > ao

Vamos assistir o filme novo do Woody Allen (ERRADO) > a

 VERBOS MAIS COBRADOS

1) ASPIRAR
Ele aspirou o ar poluído daquela cidade (aspirar no sentido de sorver não exige
preposição)

Aspiramos ao cargo de analista judiciário (aspirar no sentido de pretender/almejar


exige preposição)

2) OBEDERCER
Obedeça ao regulamento
Obedeça à sinalização

3) VISAR
O caçador visou o alvo. (Visar no sentido de ter na mira não exige preposição)
O turista visou o passaporte. (Visar no sentido de dar o visto não exige
preposição)

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Mariana Balby Mendonça Santos

O projeto visa ao aperfeiçoamento das habilidades adquiridas (Visar no sentido


de almejar, objetivar exige preposição)

ATENÇÃO: Em que pese visar/aspirar no sentido de almejar exija


preposição, o próprio verbo almejar NÃO exige preposição.

O candidato almeja o cargo.

O projeto visa ao aperfeiçoamento das habilidades adquiridas (Visar no sentido


de almejar, objetivar exige preposição)
O projeto visa _ aperfeiçoar as habilidades adquiridas (Visar no sentido de
almejar, objetivar NÃO exige preposição quando seguido de verbo no infinitivo)

4) ASSISTIR
O fisioterapeuta assiste em Maceió. (O verbo assistir com acepção de
morar/residir exige a preposição)
Esse benefício não assiste aos clientes do plano Delta (O verbo assistir com
acepção de caber/ser do direito exige preposição)
O governo não assistiu os desabrigados (O verbo assistir com acepção de
socorrer/ajudar/dar assistência não exige preposição)
Assistimos ao jogo no bar do Zeca. (O verbo assistir com acepção de ver exige
preposição)

5) CUSTAR
(Uso coloquial)
Isabela custou a perceber os equívocos daquele relatório. EQUIVOCADO

(Uso culto: o verbo custar não pode ter como sujeito pessoas, quando tiver
acepção de ser árduo/demorado ou trabalhoso)
Custou à/a Isabela perceber os equívocos daquele relatório. > sujeito oracional
Custou a ela perceber os equívocos daquele relatório.
Custou-lhe perceber os equívocos daquele relatório.

No primeiro exemplo, a crase é opcional porque Isabela é feminino, mas é nome


próprio.

6) PREFERIR
Prefiro metrô a ônibus. (quando nenhum dos complementos (metrô e ônibus) veio
precedido de artigo, o a é apenas preposição - paralelismo)
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Prefiro o metrô ao ônibus. (como o primeiro complemento veio com artigo, a


preposição imposta pelo regente ao segundo complemento também virá com
artigo - paralelismo)
Prefiro a cachaça à cerveja.
Prefiro à cerveja a cachaça.
À cerveja prefiro cachaça.

Prefiro cinema a teatro. / Prefiro cinema ao teatro.

ATENÇÃO: Em que pese o paralelismo indique que a primeira construção


é a correta, houve um concurso que considerou a segunda correta porque
a questão pedia a REGÊNCIA correta e tirou o paralelismo da questão
como pegadinha.

ATENÇÃO: Apenas do texto “Prefiro x a y” não se pode concluir que o


autor gosta de x e não gosta de y, ele pode somente gostar mais de um
que do outro.

7) PAGAR / PERDOAR
Pagamos o débito ao dentista.
Perdoamos a dívida ao devedor.
Pagamos aos professores.
Perdoamos ao traidor.

8) LEMBRAR (LEMBRAR-SE) / ESQUECER (ESQUECER-SE)


Ela lembrou a senha (se o verbo aparecer sem pronome, o complemento vem
sem preposição)
Ela lembrou-se da senha (se o verbo aparecer com pronome, o complemento vem
com preposição)

9) IMPLICAR
Ele implica com a namorada.
Aqueles deputados se implicaram em negócios escusos. (no sentido de se
envolver, exige preposição)

O acidente implicou num grande engarrafamento.


O acidente implicou um grande engarrafamento.

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(no sentido de acarretar, gerar consequência, pode vir com ou sem preposição
desde que o complemento não seja preposicionado – “uma coisa implica outra ou
noutra”)

Ocorre que para alguns examinadores a formação “implicar em” está


INCORRETA > FGV
Já o verbo ACARRETAR admite sempre a formação “acarretar em”.

10) INFORMAR, AVISAR, NOTIFICAR, CIENTIFICAR


Informei o resultado ao aluno. (informar algo a alguém)
Informei o aluno do resultado. (informar alguém de algo ou sobre algo)

É sempre um complemento sem preposição e o outro preposicionado. NUNCA


podem vir os dois com preposição. Isso vale só para estes verbos

ATENÇÃO
Avisei-lhe do perigo. (o pronome lhe representa “a alguém”, logo é
preposicionado, logo o segundo complemento não poderia vir com a preposição
“do”. Deveria ser “Avisei-lhe o perigo” ou “Avisei-o do perigo”)
Notifiquei-o a multa. (O certo seria “Notifiquei-o da multa” ou “Notifiquei-lhe a
multa”)

Os oblíquos átonos (o / lhe) são usados de acordo com a regência do verbo


quando empregados na função de complemento verbal. São pronomes que
não substituem “alguém”, substituem “a alguém”. Por isso a expressão da
novela “hoje eu vou lhe usar” está errada. Quem usa, usa algo ou alguém.

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Aula 02

2. PRONOME RELATIVO
Os pronomes relativos, em regra, substituem os substantivos a fim de que não haja
repetições desnecessárias, além de conectar as várias informações que podem vir
contidas na mesma oração. Que palavras a gramática pode classificar como
pronome relativo: que, quem, onde, o qual, cujo (e suas variações de gênero e
número).

Algumas vezes pode aparecer o como, porém, é raro e ele sempre virá precedido
de “maneira, jeito, forma” e similares.

“A abelha fazendo o mel vale o tempo que não voou.” > esse que substitui a palavra
tempo.
“O destino que se cumpriu” > esse que se refere a destino.

a) QUE
A palavra “que” nem sempre é classificada como pronome relativo, pode ser
classificada como conjunção. O que será pronome relativo quando puder ser
substituído por “o qual” e suas variações. O mesmo se aplica aos pronomes “quem”
e “onde” que só serão classificados como pronome relativo se puderem ser
substituídos por “o qual” e suas variações. “O qual” e “cujo” serão sempre pronome
relativo.
ATENÇÃO: EXCEÇÃO!!!
Existe uma única situação em que a palavra “que” não equivale a “o qual”,
mas pode ser pronome relativo.
Exemplo: “Desde os primórdios até hoje em dia, o homem ainda faz o que o
macaco fazia”.
Esse “que” não pode ser substituído por “o qual”, porém, é pronome relativo.
Isso ocorrerá nas sequências “o que”, “os que”, “a que”, “as que” quando esses
“o, a, os, as” puderem ser substituídos por “aquilo”, situação em que eles não
serão artigos e, sim, pronomes demonstrativos.

Quando o “que” é utilizado como pronome relativo, não há nenhuma preocupação


com o gênero e o número do referente porque ele é invariável. Já “o qual” deve
SEMPRE concordar com o gênero e o número do referente.

O pronome relativo deve, ainda, obedecer à regência do verbo que é núcleo da ação
a que se liga o substantivo referente.

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Exemplo: O filme que vimos foi indicado ao Oscar.

O filme a que/ao qual assistimos foi indicado ao Oscar.

Os verbos significam a mesma coisa, porém a equivalência semântica não significa


equivalência sintática. Ver é VTD, enquanto assistir é VTDI, logo, o pronome relativo
exigirá preposição.

A FGV costuma aplicar questões em que o uso do pronome relativo compromete a


clareza do texto, viabilizando uma dupla interpretação.

Exemplos:

Este é o projeto da aluna que me deixou encantado.

O pai da minha amiga, que também curte rock, já está com os ingressos.

b) QUEM (geralmente vem acompanhado de preposição)

Vocês são os amigos com quem sempre podemos contar.


Aquelas alunas de quem falávamos são muito sagazes.
A advogada em quem confio vai orientar você.
A advogada a quem confiei a missão me cobrou caro.

Nesse último par de orações o verbo (confiar) e o pronome (quem) são os mesmos,
porém o sentido muda com a alteração da preposição (em > a).

ATENÇÃO
Esta é a mulher que amo. (CORRETO)
Esta é a mulher quem amo. (ERRADO)
Neste caso, em que pese amar seja VTD, usa-se preposição. Não por exigência do
verbo, mas do próprio pronome quem. É o que se chama de objeto direto
preposicionado. A oração correta seria:
Esta é a mulher a quem amo.

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c) ONDE
Em regra, é sempre um pronome que exige preposição. O pronome onde SOMENTE
pode ser usado para fazer referência a lugares. O uso de onde ou aonde é algo que
depende exclusivamente da regência do verbo da oração. Deve-se ser cuidado com
o macete segundo o qual o aonde remete a movimento, porque ele pode ser
perigoso.
O certo é a seguinte lógica: se o verbo exige a preposição em, o correto é usar
ONDE e, se o verbo exigir a preposição a, o correto é usar AONDE. Isso porque o
aonde nada mais é que onde + a preposição "a”.

d) CUJO
É um pronome muito pouco utilizado, hoje, praticamente restrito à escrita.
O pronome cujo em hipótese alguma poderá vir precedido ou seguido de artigo.
O pronome cujo também só pode entrar em cena se houver um cenário específico,
que é figurar entre dois substantivos. Logo, para o uso do pronome cujo SEMPRE
deve haver um substantivo antes e outro depois dele, não necessariamente colados
a ele. A ligação que o cujo faz entre esses substantivos conectados SEMPRE será
uma relação de posse.
O cujo concordará em gênero e número SEMPRE com o substantivo subsequente.
O cujo também deve sempre observar a regência, pois em alguns momentos o verbo
pode exigir preposição.
Exemplos:
Morreu o filósofo por cujas ideias eu sempre lutei.
Premiaram o filme de cujo enredo gostamos.
Foi demolida a casa em cujas paredes havia paredes.
O escritor a cuja obra me referi é húngaro.

 Função Sintática dos pronomes relativos (CESP é a banca que mais cobra)
O pronome relativo sempre começa uma oração (oração subordinada adjetiva).
Então, para uma análise adequada de sua função sintática, o ideal é quebrar as
orações isolando-as.
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Referente Sujeito da oração


Português é a matéria | que faz a diferença nos concursos públicos.
Oração Principal Oração subordinada adjetiva

O livro | que você indicou | me ajudou bastante.

O livro me ajudou bastante. = Oração principal


Que você indicou. = Oração subordinada adjetiva
Esse “que” resgata livro. Quem indica (você) é o sujeito e o que foi indicado (o
livro) é objeto. Logo, o “que” será objeto direto.

São vários episódios | de que não me lembro mais.

Esse “que” resgata episódios. “Eu não lembro dos episódios”. Logo, o que é objeto
indireto.

OBS: Objeto, direto ou indireto, é complemento verbal.

A casa | em que morei | deu lugar a um bar.


Isso vira “Eu morei na casa”. O “em que” resgata “na casa”, logo, é adjunto
adverbial de lugar.

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Aula 03

3. PRONOMES PESSOAIS

Os pronomes pessoais da 1ª pessoa fazem referência ao autor do texto, ao emissor


da mensagem. Já os da 2ª pessoa se referem à pessoa com quem se fala. Os da
3ª pessoa, por sua vez, referem-se à pessoa de quem se fala.

ATENÇÃO: A língua pessoa permite que os pronomes de 3ª pessoa, em algumas


situações, façam referência à pessoa com quem se fala.
Exemplo: Olá, Carol! Eu acho que a vi semana passada. (esse “a” é pronome
pessoal oblíquo átono da terceira pessoa do singular e está se referindo à pessoa
com quem se fala, em que pese a regra seja a referência à pessoa de quem se fala)

ATENÇÃO: Para que seja mantida uma uniformidade, não pode haver cruzamento
de pronomes de pessoas diferentes referindo-se à mesma pessoa.

ATENÇÃO: Os pronomes pessoais do caso reto, em regra, quase sempre exercem


a função de sujeito (portanto, conjugam o verbo). Para alguns autores, eles podem
exercer a função de predicativo (Ex: A cor dessa cidade sou eu).

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ATENÇÃO: Os pronomes oblíquos tônicos podem exercer qualquer função desde


que seja uma função preposicionada (sujeito não pode, regra abaixo) porque ele
sempre será preposicionado.

ATENÇÃO: NÃO existe núcleo de sujeito preposicionado.


Chegamos lá antes dela sair. (esse dela seria sujeito do verbo sair)
Esse dela é uma contração que não é aceira pela norma culta da gramática. Porque
funcionaria como sujeito. O correto seria: Chegamos lá antes de ela sair.

o Pronomes pessoais oblíquos átonos na função de complemento verbal

Eu o vi na esquina.
Ele irá me levar ao médico.

Pronomes pessoais do caso reto não podem exercer essa função, eles só podem
atuar como sujeito da oração.
Deixa eu ver isso aqui. (ERRADO) > Deixe-me (certo)
Ela não deixa eu entrar em casa. (ERRADO) > me deixa (certo)

O pronome “lhe” poderá exercer essa função, desde que o complemento seja um
objeto indireto, uma vez que ele substitui “a alguém” ou “de alguém” e, portanto,
sempre exigirá preposição.

Entreguei-lhe o material. (“a alguém” > objeto indireto do verbo entregar)


O material foi-lhe útil. (“a alguém” > complemento nominal de útil)
Roubaram-lhe o material. (“de alguém” > adjunto adnominal – dá ideia de posse)

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Aula 04

4. CRASE

A maioria das questões, ultimamente, não tem se limitado a perguntar se ocorre ou


não a crase num exemplo concreto. As questões tem ido além, perguntando também
a justificativa do uso da crase em casa situação.
Crase significa fusão de vogais idênticas. O nome do acento é “grave”. Ocorre
sempre antes de palavras do gênero feminino.

Preciso (de)
Confio (em) (regentes) + a palavra dela (complemento)
Refiro-me (a)

Preciso da (de + a) palavra dela.


Confio na (em + a) palavra dela;
Refiro-me à (a + a) palavra dela.

a) Casos Estruturais (obrigatórios):

a.1. Preposição “A” + “A(s)” Artigo definido

Refiro-me à água contaminada.

Bia entregou o projeto à vereadora.= Marcela é candidata a vereadora. (sem crase)


Aqui a dica pra não errar e saber se o A, além de preposição, é artigo, é trocar o
substantivo feminino por um masculino. Se couber ao (a + o), o a é preposição e
artigo, logo, exige crase (ex. acima da vereadora, se trocar por vereador na 2ª frase
não cabe ao, logo não cabe crase)

O detento não terá direito a água nem a alimento. (não teve crase porque a oração
tem dois complementos, água e alimento, e com relação ao complemento masculino,
a oração optou por descartar o artigo, usando apenas a preposição “a” e não “ao”.
Assim, por paralelismo, ainda que coubesse o a craseado antes de água não haverá
crase por paralelismo entre os complementos)

Santo Agostinho uniu filosofia a religião (sem crase por paralelismo)


Santo Agostinho uniu a filosofia à religião (com crase porque a regência exige e o
paralelismo permite)
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a.2. Preposição “A” + “Aquela(s)” / “Aquele(s)” / “Aquilo”

Refiro-me àquilo que você me disse.


Àqueles que estavam com sede demos água.
Àquela altura, todos comemoravam a aprovação.

Quando aquela equivaler a “a esta”, aquele a “a este” e aquilo a “a isto”, sempre


haverá crase.

a.3. Preposição “A” + “A(s)” Pronome demonstrativo

Nesse caso, esse “A” só será pronome demonstrativo quando aparecer antes de
“que” ou “de”. Pode aparecer antes de “que” ou “de” sem ser pronome demonstrativo,
mas sempre que for pronome demonstrativo aparecerá antes de “que” ou “de”. O
truque é substituir por “aquela” ou “aquilo”. Se couber, é pronome demonstrativo.
Alguns gramáticos entendem que, mesmo nestes casos, o segundo “a” não é
pronome demonstrativo e sim um artigo se referindo a um substantivo oculto em
eplipse.

Nossa história está ligada à da expansão marítima. (exige crase porque o “a” é
preposição e pronome demonstrativo porque foi usado antes de “de” e pode ser
substituída por aquela)
Esta análise é análoga à que foi feita pelo professor. (exige crase porque o “a” é
preposição e pronome demonstrativo porque foi usado antes de “de” e pode ser
substituída por aquela)

a.4. Preposição “A” + “a qual” / “as quais”

Esta é a página do livro à qual o professor fez alusão.


Mostre a lei à qual todos devem obedecer.

b) Casos Facultativos

Ofereça uma ajuda a Maria.


Ofereça uma ajuda à Maria.
Nos dois exemplos acima, a crase é facultativa porque usar o artigo antes de nome
feminino não é obrigatório, você “fala com Maria” ou “fala com a Maria”

Fizemos menção a sua tese.


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Fizemos menção à sua tese.


Antes dos pronomes possessivos, desde que no singular e acompanhando
substantivo, também não se exige o artigo, portanto, a crase é facultativa.
Fizemos menção às suas teses. Exige crase porque o possessivo está no plural, o
uso do acento grave não é facultativo. Só se dispensa a crase se o ARTIGO não
acompanhar o possessivo no plural, sendo apenas preposição. “Fizemos menção a
suas teses” também está correto.

Fomos até a praça.


Fomos até à praça.
A crase também é facultativa quando depois de “até”.

c) Casos Proibidos

Ficamos frente a frente. > É proibido o uso de crase entre expressões compostas
por palavras repetidas (como gota a gota, face a face, dia a dia, lado a lado). Nestes
casos o “a” é apenas preposição, não é artigo.

De segunda a sexta. > Não tem crase por paralelismo, se não teve artigo “a” antes
de segunda, não pode ter antes de sexta e o “a” será só preposição.

Compre o aquecedor a gás. > Não existe crase antes de palavras do gênero
masculino.

Estamos dispostos a colaborar. > Não existe crase antes de verbo.

OBS: Nas construções como “Filé à Oswaldo Aranha” há crase antes de Oswaldo
(masculino) porque está implícita a expressão “à moda”. Isso não se aplica a “Bife a
cavalo” ou “Frango a passarinho”, que não tem crase porque cavalo e passarinho
não “lançam” moda.

Envie as fotos a uma agência. > Não há crase antes de artigo indefinido

Envie as fotos a qualquer agência. > Não há crase antes de pronome indefinido.

Envie as fotos a esta agência. > Não há crase antes de este, esta, estes, isto, essa,
esse, isso.

Envie as fotos a ela. > Não cabe crase antes de pronomes pessoais.
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Envie as fotos a agências credenciadas. > Não ocorre crase com artigo no singular
antes de substantivo no plural.

Envie as fotos a Sua Excelência. > Não ocorre crase antes de pronomes de
tratamento iniciados com Vossa ou Sua, porque eles não admitem artigo.

Aula 05

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d) Casos especiais

Casa: em verbos que exigem preposição, a palavra casa quando usada sem
nenhum complemento que faça o papel de seu acompanhante, não deve ser
precedida de artigo. Porém, quando usada com complemento que lhe faça
referência, é precedida de artigo. Ex: Eu fiquei em casa. | Eu fiquei na casa de praia

Vamos à casa de Mangaratiba. | Vamos a casa pegar os documentos.

Terra: a palavra terra possui várias acepções e merece o mesmo tratamento da


palavra casa quando empregada com o significado de oposição à expressão “a
bordo”, equivalente à terra firme.

Após dias do mar, chegamos a terra | Após dias no mar chegamos à terra de João
O agricultor tem amor à terra (outro significado, por tanto tratamento comum e não
o especial).

Nomes de lugares: os topônimos (nomes de países, estados, cidades, bairros, etc)


merecem tratamento especial no sentido de que, usando vermos como “morar” ou
“chegar”, caso o topônimo exija “em” ele não é precedido de artigo e, portanto, não
tem crase. E caso ele exija “na” ele é precedido de artigo e tem crase.

Moro em Brasília. | Vamos a Brasília.


Moro na Bahia. | Vamos à Bahia.

OBS: Exceção: Quando o topônimo vem seguido de especificador, há emprego de


artigo e, portanto, de crase. Ex.: Vamos à Brasília da minha infância.

Locuções femininas: em regras são precedidas de crase.

Sairemos à noite.
Às vezes ele aparece por aqui.

OBS: Alguns autores sugerem que as locuções femininas que passarem a ideia de
instrumento não devem ser precedidas de crase, mas não há consenso.

Preencha o formulário à máquina. | Preencha o formulário a máquina.

5. VALOR SEMÂNTICO DOS CONECTIVOS

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Adição

Amigo, compre o jornal e venha ver o sol.

Ela não veio nem respondeu à minha mensagem.

Fabiana não só planejou, mas também executou a obra.

Oposição, contraste, concessão

Não tenho medo do escuro, mas (porém, contudo, entretanto, todavia, etc) deixe as
luzes acesas.

Ainda que (conquanto, malgrado, embora, posto que, não obstante, mesmo que,
apesar de, por mais que) eu falasse a língua dos anjos, sem amor eu nada seria.

Aula 06

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Condição

Se chover, não sairei de casa.

Caso (contanto que, uma vez que) vença logo mais, o flamengo será campeão
novamente.

ATENÇÃO: Caso essa mesma construção utilizasse o “se”, seria estruturada


da seguinte forma: Se vencer logo mais, o flamengo será campeão
novamente. Atentar aqui para o fato de que, neste caso, o verbo vencer não
está no infinitivo apenas porque termina em “er”. O verbo vencer aqui está no
futuro do subjuntivo. O truque para identificar o tempo verbal é trocar o pelo
verbo “fazer” que na mesma oração seria conjugado como “se fizer” e não “se
fazer”.

ATENÇÃO: “A menos que vença logo mais, o Vasco será rebaixado outra
vez.” (é uma condicional com valor negativo, equivalente a “a não ser que” e,
portanto, não pode ser simplesmente substituída pelas outas condicionais
sem outras alterações no texto)

Finalidade

Eu faço aulas de inglês para ser bilíngue.

A fim de conter gastos, ela jogou fora o cartão de crédito. (Aqui até existe uma
relação de causa e efeito, mas esta é secundária, a relação principal é a de
finalidade)

Causa e consequência: andam sempre juntas

Na linha temporal (e não necessariamente a textual) dos fatos, o que vier primeiro é
causa e o que vier depois é consequência.

Tempo: sempre responde à pergunta “em que momento?”

Essa mina é louca, quando (assim que, logo que, enquanto) eu tô bolado, ela quer
beijo na boca.
Proporção

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Quanto mais rezo, mais assombração me aparece.

À medida que estudo, o conteúdo flui mais naturalmente. (não confundir com na
medida em que, que passa ideia de causa)

ATENÇÃO

Por conseguinte: conclusão, sinônimo de portanto


Porquanto: causa, sinônimo de porque
Conquanto: concessão, sinônimo de embora
Contanto que: condição, sinônimo de se

6. VOZES VERBAIS

As bancas, basicamente, pedem o seguinte:

- Identificação das vozes verbais


- Possibilidade de conversão de uma voz para outra (em tese, só se converte um
texto da ativa para a passiva se o texto tiver um VTD ou VTDI porque o OD
funcionará como sujeito na voz passiva)
- Análise de certo e errado da conversão de vozes feita pela banca

Voz ativa: O sujeito é quem pratica o núcleo da ação e o objeto sofre. Ex.: Os
candidatos questionaram o gabarito.

Voz passiva: O sujeito da oração é quem sofre a ação e quem a pratica é o objeto.
Ex.: O gabarito foi questionado pelos candidatos (voz passiva analítica) ou
Questionou-se o gabarito (voz passiva sintética com partícula apassivadora “se”).

Voz reflexiva: passa a ideia de uns aos outros ou a si mesmo, o sujeito pratica e
sofre a ação ao mesmo tempo, é agente paciente. Ex.: Ela se impõe muitos desafios
ou Eles se cumprimentaram após a aula.

Aula 07

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Como fazer a transposição da voz ativa para voz passiva

A banda gravou um grande sucesso da década passada. (voz ativa)


Um grande sucesso da década passada foi gravado pela banda (voz passiva
analítica)

O que é sujeito na voz ativa vira a gente da passiva na voz passiva. O objeto na voz
ativa vira o sujeito na voz passiva.

Na transformação das vozes, o verbo da voz ativa irá para a voz passiva no particípio
precedido do verbo ser/estar/ficar.

Ela deveria ter estudado a matéria.


A matéria deveria ter sido estudada por ela.

7. PONTUAÇÃO

O mais cobrado na prova é o uso da vírgula.

A vírgula comunica, normalmente, que os elementos da oração não estão na ordem


comum, que é a ordem direta (sujeito + verbo + complementos). Dependendo da
função sintática do termo deslocado, se tem os casos de vírgula obrigatória e vírgula
facultativa.

Não se separa o sujeito do predicado (o verbo) com vírgula

“Quem estuda, não vota em Dilma” ERRADO (toma)


“Quem estuda não separa sujeito e verbo com vírgula” CORRETO

OBS: Essa regra só pode ser excepcionada quando o emprego da vírgula for
essencial para a manutenção da clareza no sentido do texto. Ex: “quem teme,
ameaça” é diferente de “quem teme ameaça”.

“Trabalhe, trabalhe, trabalhe, mas lembre-se: vírgulas significam pausas”

Vírgula nas enumerações (isolando termos coordenados/termos de mesma função


sintática)
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“A prova terá questões de português, matemática, atualidades, constitucional e


administrativo”
“Leio vários jornais: O Globo, Folha de S. Paulo, Estadão etc.” (atentar para o fato
de que o etc. não é necessariamente precedido de vírgula (o emprego é facultativo)
O que é proibido é colocar x, y, z e etc. Também é proibido etc. seguido de
reticencias.

Vírgula isolando aposto explicativo

Eduardo Cunha, presidente da Câmara, mentiu no depoimento. (aposto explicativo)

O deputado Eduardo Cunha mentiu no depoimento. (aposto especificativo > não é


isolado por vírgula)

O aposto especificativo é sempre um elemento contido no elemento geral. Eduardo


Cunha é um dos deputados. Não dá para dizer que o deputado é um dos “eduardos
cunhas”.

Hiperônimo (termo geral) > clubes do rio, cachorro


Hipônimo (termo específico) > flamengo, pastor alemão

Vírgulas isolando vocativos

Folião, não faça xixi na rua.

O vocativo é um chamamento, é um elemento chamado, invocado, pela ação


representada pelo verbo na oração.

Vírgulas isolando predicativo deslocado

O torcedor, revoltado, saiu do estádio. > predicativo


Revoltado, o torcedor saiu do estádio. > predicativo
O torcedor saiu do estádio revoltado. > predicativo sem vírgulas porque não está
deslocado, está na ordem direta (vírgula facultativa).

O predicativo é um atributo. Porém o adjunto adnominal também o é. É, então,


necessário o uso de alguma ferramenta para distingui-los.

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O predicativo tem mobilidade, pode movimentar-se mais livremente na oração. Pode


encabeçar o período, pode vir antes do termo ao qual se refere, pode vir depois dele,
pode vir ao final da oração. Já o adjunto adnominal sempre virá colado ao núcleo do
elemento ao qual ele se refere.

Vírgulas isolando adjunto adverbial deslocado > vírgulas facultativas (regra mais
cobrada do emprego de vírgulas)

Hoje (,) vamos estudar o fenômeno da crase. > adjunto adverbial de tempo (com ou
sem vírgulas
Vamos estudar (,) hoje (,) o fenômeno da crase. > adjunto adverbial de tempo (com
ou sem vírgulas
Vamos estudar o fenômeno da crase hoje.

ATENÇÃO
No ano do centenário da morte de Machado de Assis, li uma obra do autor. > é um
adjunto adverbial deslocado, porém a vírgula é obrigatória. (a extensão, tamanho,
do adjunto adverbial deslocado importa na obrigatoriedade da vírgula) = aqui a
vírgula é obrigatória porque o adjunto adverbial é longo, se ele fosse curto, ela seria
facultativa.
A norma culta não diz quantas palavras deve ter um adjunto adverbial para ser
considerado longo, deve-se usar o bom senso.

Vírgulas isolando oração adverbial > vírgulas obrigatórias quando na ordem inversa
e facultativas na ordem direta.

A diferença entre oração adverbial e adjunto adverbial é que a primeira contém verbo
e o segundo não.

Quando eu voltar pra casa, irei estudar > oração adverbial


Hoje eu irei estudar > adjunto adverbial

Analisei as provas quando cheguei ao curso. (ordem direta, facultativa)


Quando cheguei ao curso, analisei as provas. (ordem inversa - obrigatória)

Quando cheguei ao curso – depois de enfrentar um gigantesco engarrafamento –,


analisei as provas. > O uso dessa vírgula colada ao travessão está CORRETO. Por
se tratar de caso de uso obrigatório (isolando oração adverbial na ordem inversa), o
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fato de vir uma informação intercalada (seja por travessões ou parênteses) não torna
a vírgula inoportuna.

Vírgulas isolando oração adjetiva explicativa

São orações adjetivas aquelas que são introduzidas por um pronome relativo. Porem
elas podem ser explicativas (com vírgula) ou restritivas (sem vírgulas).

Aqueles candidatos que estudam são aprovados sempre. (restritiva) – nem todos os
alunos estuam e só os que estudam são aprovados

Aqueles candidatos, que estudam, são aprovados sempre. (explicativa) – os


candidatos que estudam são aprovados e são aprovados porque estudam.

Aula 08

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