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Princípios
Considerando que as vulnerabilidades e riscos sociais, objetos da Assistência Social, são:
◦ Diferenciadas para cada faixa etária, região ou grupo social
◦ Determinados por fatores econômicos (renda, distribuição de renda) e processos sociais
potencializadores de exclusão associados a raça/cor, gênero e faixa etária.
◦ Estruturados na Tipificação Nacional dos Serviços da Assistência.
◦ Proporcionais as populações, isto é, em certo sentido obedecem a lei dos grandes números.
◦ Estabilizados, maximizados ou minimizados, conforme o direcionamento da aplicação dos
recursos das diversas políticas nas três esferas de governo, Federal, Estadual e Municipal.
Desta figura depreende-se que é possível ainda definir um outro vetor : a Ação Institucional. Pode-se
então definir que a diferença entre as projeções dos vetores de Vulnerabilidade e de Ação
Institucional sobre o Vetor que caracteriza a População Priortárias como o Resultado da Politica de
Assistência Social (nas três esferas de governo):
⃗
Resultado= ⃗ ⃗ (não apresentado acima) pode ser interpretado como a resposta institucional às
R +V
vulnerabilidades e riscos e a sua minimização como sendo o foco do trabalho da Assistência Social
(temos que ter o cuidado de definir as componentes do vetor Vulnerabilidades como negativas). O
número que representa este resultado é expresso pela diferença entre as projeções de ⃗ R e V⃗
sobre C ⃗ , isto é, sobre o eixo que representa a população prioritária. No entanto, a maioria dos
indices existentes, que refletem vulnerabilidades ou riscos são objeto de outras polítcas, como
Educação, Saúde, Renda, Segurança Pública e Saneamento fica bastante dificil mensurar a eficiência
da Política de Assistencia Social e obviamente a ação desta política nunca irá reduzir a zero o valor
⃗
do vetor Resultado= ⃗ V
C+ ⃗ , o que significaria dizer que as vulnerabilidades e riscos estão
inteiramente absorvidas pela Ação Institucional Estrita (somente da Assistência Social).
Abaixo seguem alguns indices e a forma como são obtidos, a partir de equações simples. Chamamos
a atenção em particular ao Indice de Metas, que é um indice exclusivo da Assistência Social, e reflete
a presença ou não da respectiva política na região.
A Matriz de Escolha ME
⃗
Diversas situações de vulnerabilidades podem ser incluídas no cálculo do Indicador de
Vulnerabilidades a medida que puderem ser mensuradas e transformadas em índices. Existe um
questionamento que antecede ao cálculo dos índices neste momento, isto é: quais os índices serão
incluídos, por que e como eles são incluídos. O como eles são incluídos, do ponto de vista
matemático, é mais simples de responder através de mais uma ferramenta matemática que é a Matriz
de Escolha ou ME ⃗ , matriz esta que assume um caráter estratégico, apresentado como exemplo na
figura abaixo:
Esta matriz apresenta todos os índices considerados e eles serão incluídos no cálculo da composição das
vulnerabilidades quando marca-se com o valor “1” a célula correspondente ao índice e a faixa-etária ao
qual o índice será aplicado. Trata-se, portanto, de uma matriz de “zeros” e “uns” que se constitui como
uma ferramenta estratégica e técnica de gestão, uma vez que a inclusão de determinado item está
relacionado com o objetivo social do órgão público em questão, neste caso a Assistência Social. Desta
forma a Matriz de Escolha é determinante para a constituição do Vetor de Vulnerabilidades, V⃗r , da
seguinte maneira:
⃗ id⃗m , onde
V⃗r = ME⋅ ⃗ é a Matriz (ou vetor) de Escolha e id⃗ m o vetor de índices elencados.
ME
Descrição e Cálculo dos Índices
( x +1)
• Índice de domicílios indigentes, I Di= , percentual de domicílios com renda de até ¼ do
2
( 2∗domicílios indigentes−total de domicilios da região)
salário mínimo (fonte IBGE), onde x=
total de domicilios da região
( y+1)
• Indice de domicilios pobres, I Dp= , percentual de domicilios com renda de até ½ do salário
2
(2∗domicílios pobres−total de domicilios da região)
mínimo (fonte IBGE), onde y=
total de domicilios da região
PBF
• Indice PBF, I pbf = , fonte (Fonte: Observa POA/FASC)
domicilios região
homicidios região
• Índice de violência, I v = , aqui pode-se agregar também os homicídios de
homicidios
jovens, violência contra a mulher, idoso e fazer o recorte raça cor, (Fonte Observa POA)
• O índice de genero (Ig), aplica-se a todas as faixas etárias; porém, diferencia-se de acordo com o
campo que pretendemos comparar as desigualdades sociais relativas ao gênero. Para obter este indice
usaremos uma função apropriada para medir desigualdades relativas entre duas grandezas, sendo
(x− y )
ideal para determinação de desigualdades sociais: F ( x , y)= . Assim vamos medir a
(x + y )
desigualdade entre a renda mediana mensal do trabalho dos homens (Rm) e e renda mediana mensal
( Rm−Rf )
do trabalho das mulheres (Rf). Se I g = temos os valores do índice oscilando entre -1 e
( Rm + Rf )
1. Quanto mais próximo de zero menores são as desigualdades relativas ao genero (isto é, não há
desigualdades relativas ao genero no que se refere a renda). Valores próximo de 1 indicam uma
desigualdade maior para os homens (homens ganham mais que as mulheres) e valores próximo de -1
a desigualdade é favorável às mulheres (as mulheres ganham mais que os homens). Como estamos
interessados em obter somente o valor absoluto da desigualdade para caracterizar a uma
vulnerabilidade tomamos
(Rm−Rf )
I g =∣ ∣ , no quesito renda, este índice aplica-se somente a faixa etária entre 18 e 59 anos
( Rm+ Rf )
de idade.
• O índice raça/cor (Irc), assim como o índice de genero (Ig) deve medir uma desigualdade social,
aplicar-se a faixa etária que se refere a desigualdade medida. Devido a falta de dados quanto ao
recorte raça/cor regionais, para aplicar a equação que mede as desigualdades sociais, anteriormente
citada, necessitaremos construir o indice de maneira a contemplar a proporcionalidade das etnias
regionais. Além disso, baseado nas informações dos serviços da FASC, vamos alerar a definição dos
segmentos “População Negra” e “População Não-Negra” para incluir no primeiro segmento (por
definição) a população indigena haja vista o seu elevado grau de vulnerabilidade e risco social.
Dados os parametros, a taxa de desemprego para negros e não negros (fonte Observa POA), que são
considerados para toda cidade, passamos a definir este indice como segue :
Sejam tx pn=9,9 e tx pnn =5,7 as respectivas taxas de desemprego das populações negra e não
negra para toda a cidade de Porto Alegre.
Considerando:
1. Que não há dados relativos a população indigena neste quesito e que esta população
apresenta elevado grau de vulnerabilidade e risco social, de acordo com informações dos
serviços de Assistência Social da FASC.
2. Que não há dados ou informações dos serviços da FASC relativos a população amarela neste
quesito.
3. As respectivas taxas são calculadas pelo quociente
nº de desempregados na etnia considerada
tx (desempregona etnia considerada)=
total da população da etnia considerada
(x− y )
4. Para aplicar a equação F ( x , y)= no intuito de medir a desigualdade social neste
(x+ y)
quesito é necessário obter-se o número de desempregados de cada segmento (população
negra e não-negra) da seguinte forma:
nº de desempregados da população negra=0,099∗população negra
nº de desempregados da população não−negra=0,057∗ população não−negra
Das considerações anteriormente expostas passamos a definir, para cada região:
E x=0,099∗( população negra + populaçãoindigena ) e
E y=0,057∗( populaçãobranca + populaçãoamarela)
15−T
• Indice de tempo de estudo (Ies), dado por , se T ⩽15e Ies=0 se T >15 , é calculado em razão
15
inversa ao tempo estudado e considerando o tempo médio de 15 anos.para a conclusão do ensino
médio e fundamental. (Fonte: Observa POA/FASC)
Para fins de ilustração segue o processo de cálculo dos IVr das regiões, iniciando pelo cálculo das
Vulnerabilidades de uma determinada região do Orçamento Participativo da cidade: