Sei sulla pagina 1di 3

NOTÍCIAS / CULTURA

C U LTU R A

Elke Erb, a grande dama da poesia alemã contemporânea
ESCRITORES ALEMÃES CONTEMPORÂNEOS Ênfase no concreto e visão
aguçada do cotidiano
caracterizam obra da
poeta. Mas Erb acrescenta o experimento linguístico e sua ironia particular. Uma referência importante para as jovens
gerações de autores.

Espécie de matriarca da cena poética berlinense contemporânea, Elke Erb nasceu numa pequena cidade da Renânia do Norte, mas
passou parte da infância e adolescência na República Democrática Alemã (Alemanha Oriental), para onde seu pai, o crítico literário
Ewald Erb, decidira emigrar em 1949. Ela se formou em Germanísitica, Eslavística, História e Pedagogia na Universidade de Halle.

Também conhecida como tradutora do russo, inglês e georgiano, Elke Erb verteu para o alemão escritores de gerações diversas, como
Alexander Pushkin, Marina Tsvetáieva, Anna Akhmátova, Velimir Khlébnikov, Oleg Yuriev e Olga Martynova. Sua vida como escritora na
Alemanha Oriental encontrou os obstáculos comuns a todos os que se recusaram a uniformizar­se de acordo com a estética do regime, e
ela foi vigiada pela polícia secreta Stasi, do mesmo modo que Peter Huchel e outros poetas e escritores.

Erb costuma combinar contos, poemas e ensaios num mesmo volume. Estreou em 1975, com Gutachten. Poesie und Prosa (Avaliações.
Poesia e prosa), ao qual seguiram­se, até a queda do Muro de Berlim, Einer schreit: Nicht! Geschichten und Gedichte (Alguém grita: Não!
Histórias e poemas, 1976), Trost. Gedichte und Prosa (Consolo. Poemas e Prosa, 1978), Vexierbild (Ilusão de ótica, 1983), e
Kastanienallee. Texte und Kommentare (1987), cujo título evoca uma avenida berlinense.

Detalhe realista e experimentalismo linguístico

Elke Erb seguiu vivendo no leste da capital alemã após 1989, e hoje tem papel importante para as gerações mais jovens de poetas, como
editora e por seu próprio trabalho poético. A exemplo de outros poetas que iniciaram e conduziram grande parte de seu trabalho sob a
vigilância dos controles estéticos de um Estado comunista, há na obra de Elke Erb uma ênfase sobre o concreto e material e uma visão
aguçada sobre a vida cotidiana.

A essas características, porém, ela une um trabalho sintático pessoal, com ironia bastante particular. Por vezes, recorre até mesmo a uma
linguagem quase infantil, num trabalho sonoro e semântico que remete à poesia do absurdo do inglês Edward Lear, ou, em alemão, a
Christian Morgenstern e o dadaísta Hans Arp.

Os experimentos sintáticos de Elke Erb demonstram afinidades com o trabalho das escritoras norte­americanas ligadas à revista
L=A=N=G=U=A=G=E, e ela encontrou em Rosmarie Waldrop uma tradutora e interlocutora congenial. Em 1995 a editora Burning Deck
Books, de Waldrop, lançou Mountains in Berlin, uma antologia de poemas de Elke Erb traduzidos
para o inglês.

Grande dama da poesia

Nos últimos anos, a autora alemã publicou basicamente coletâneas de poemas, vários pela importante
editora de Urs Engeler, entre os quais: die crux(2003), Gänsesommer (2005), Sonanz. 5­Minuten­
Notate (2008), assim como Freunde hin, Freunde her (2005). Em 2012 foi convidada a integrar a
Academia de Artes de Berlim.

Numa resenha do livro Sonanz, Tom Pohlman discute como Erb oscila entre gêneros literários
distintos. Ele menciona o mal­estar de pertencer a um gênero delimitado – comum entre os poetas
contemporâneos, mas que os une por um interesse quase científico no funcionamento da linguagem. A
esse grupo, Pohlman subscreve Elke Erb, assim como os franceses Francis Ponge e Philippe Jaccottet,
"Poeta do absurdo" Christian ou a dinamarquesa Inger Christensen, entre outros. Mas é possível também incluir aqui a própria
Morgenstern influenciou Erb
Rosmarie Waldrop, tradutora de Erb nos Estados Unidos, ou Hilda Hilst, do Brasil, ainda que de
maneiras distintas.

Com a chegada de mais uma geração de poetas na língua alemã nestes últimos anos e o respeito que também têm dedicado ao trabalho de
Elke Erb, parece cada vez mais clara e certa sua ascensão à posição de uma das Grandes Damas da poesia germânica contemporânea, ao
lado de Ulla Hahn e Friederike Mayröcker, entre outras.

Autor: Ricardo Domeneck
Revisão: Augusto Valente

L EIA M AIS

Poesia na rede e a malha da palavra
Após uma fase de experimento com a internet como mídia lúdica de poesia, a rede passa a servir de suporte para projetos literários de maior
consistência. (27.01.2006)  

1909: Lançado Manifesto Futurista
No dia 20 de fevereiro de 1909 o poeta italiano Emilio Marinetti publicou no "Le Figaro" primeiro de 11 artigos anunciando uma nova orientação nas
artes. De espírito anarquista, "Manifesto" continha sementes do fascismo. (20.02.2013)  

Milton Hatoum: "A literatura exige uma entrega passional"
Um dos 11 escritores brasileiros na Feira de Frankfurt, autor fala sobre a carreira e literatura em entrevista à DW Brasil. Homenagem ao Brasil em 2013
é uma oportunidade para traduzir clássicos e contemporâneos, diz. (13.10.2012)  

Data 27.02.2013

Assuntos relacionados Nina Hagen, Fidel Castro, Stasi, Bas Böttcher, Erich Honecker, Pacto de Varsóvia, Schiller, Heinrich Heine, Carlos Drummond de Andrade

Palavras­chave Elke Erb, RDA, DDR, poesia, Halle, comunismo

Compartilhar  Facebook   Twitter   google+   Mais

Imprimir  Imprimir a página

Link permanente http://dw.com/p/17i07

M AIS D A M ESM A ED ITOR IA

Castelo de Malbork 06.02.2017
O castelo de Malbork é o maior
prédio de tijolos da Europa e levou
mais de 700 anos para ser
concluído devido a mudanças
estruturais, guerras e pilhagem.
Paisagens alemãs que O alemão que mapeou o
inspiraram quadros Brasil 07.02.2017
07.02.2017 Há dois séculos, Carl von Martius
chegou ao país junto com a
Paisagens sempre foram fontes de imperatriz Leopoldina. Partiu após
inspiração de artistas, sejam as três anos, deixando como legado
falésias brancas na ilha de Rügen um meticuloso levantamento da
ou o próprio jardim da casa do flora brasileira: o maior já
pintor Emil Nolde.  realizado até hoje.

Potrebbero piacerti anche