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Agravo Interno Cv Nº 1.0000.16.

077586-2/002

<CABBCAADDABACCBACDBAAAADDDACBAADCABAA
DDABCAAD>
EMENTA: AGRAVO INTERNO EM AGRAVO DE INSTRUMENTO -
PREVIDENCIÁRIO - SERVIDOR MUNICIPAL APOSENTADO - TUTELA
ANTECIPADA – APLICAÇÃO DA LEI Nº 21.710/2015 AOS PROVENTOS -
POSSIBILIDADE - VERBA DE NATUREZA ALIMENTAR. Há vedação de
antecipação de tutela contra a Fazenda Pública, nas hipóteses
taxativamente previstas no art. 1º da Lei 9.494/1997, conforme decidido
na Ação Direta de Constitucionalidade 4, pelo STF, ficando, porém, nos
termos da Súmula 729, afastada a aplicabilidade em causa de natureza
previdenciária.
AGRAVO INTERNO CV Nº 1.0000.16.077586-2/002 - COMARCA DE BELO HORIZONTE - AGRAVANTE(S): ESTADO
DE MINAS GERAIS - AGRAVADO(A)(S): MARIA INES ARCHANJO DE OLIVEIRA

ACÓRDÃO

Vistos etc., acorda, em Turma, a 4ª CÂMARA CÍVEL do Tribunal


de Justiça do Estado de Minas Gerais, na conformidade da ata dos
julgamentos, em <NEGAR PROVIMENTO AO RECURSO>.

DES. RENATO DRESCH


RELATOR.

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Número Verificador: 100001607758620022017114589


Agravo Interno Cv Nº 1.0000.16.077586-2/002

DES. RENATO DRESCH (RELATOR)

VOTO

< Trata-se de agravo interno c.c. pedido de efeito suspensivo


interposto por ESTADO DE MINAS GERAIS contra decisão proferida
pelo Relator do agravo de instrumento, apresentado por MARIA INÊS
ARCHANJO DE OLIVEIRA, que concedeu a liminar determinando o
cumprimento do art. 23, §4º, da Lei nº 21.710/15 pelo agravado, com o
consequente pagamento da remuneração em favor da agravante.
Pretende a reforma da decisão, alegando que a Lei Federal nº
8.437/92 proíbe a concessão de providência que esgote, no todo ou
em parte, o objeto da demanda. Afirma que a antecipação de tutela
não pode ser concedida para efeito de pagamento de vencimentos e
vantagens pecuniárias a servidor público. Entende que se admitir que
uma decisão interlocutória possa surtir efeitos práticos mais relevantes
que a decisão definitiva de mérito constitui atropelo da lógica
processual.
Argumenta que por causar o ato grave lesão ao erário, requer a
suspensão do cumprimento até pronunciamento definitivo da turma
julgadora.
Pede seja feito o juízo de retratação para a reconsideração da
decisão e, na eventualidade, caso assim não se entenda, seja
submetido o presente agravo ao órgão colegiado, a fim de ser dado
provimento ao recurso.
Decido.
Verifica-se que o agravante se insurgiu contra o despacho inicial
que, ao receber o recurso de agravo de instrumento interposto por

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Número Verificador: 100001607758620022017114589


Agravo Interno Cv Nº 1.0000.16.077586-2/002

Maria Inês Archanjo de Oliveira, deferiu a antecipação da tutela


recursal.
No caso dos autos, a servidora aposentou-se em 19/10/2009
sendo-lhe reconhecido o direito à percepção de vantagem
correspondente ao cargo de comissão em 11/07/1997, através do
instituto do apostilamento.
A Lei nº 21.710/2015, que dispõe sobre a política remuneratória
das carreiras do Grupo de Atividades de Educação Básica do Poder
Exercutio, assegura aos servidores o direito de optar pelo recebimento
do dobro da remuneração do cargo de provimento efetivo, acrescido de
50% da remuneração do cargo de provimento em comissão.
Vejamos:
Art. 23. O servidor ocupante de cargo de provimento
efetivo nomeado para o exercício do cargo de
provimento em comissão de Diretor de Escola ou de
Secretário de Escola, de que trata o art. 26 da Lei nº
15.293, de 2004, poderá optar:
(...)
§ 4º É assegurado ao servidor inativo apostilado no
cargo de provimento em comissão de Diretor de
Escola que passou para a inatividade em cargo
efetivo com jornada de trabalho igual ou inferior a
vinte e quatro horas semanais optar pelo recebimento
do dobro da remuneração do cargo de provimento
efetivo acrescido da parcela de 50% (cinquenta por
cento) da remuneração do cargo de provimento em
comissão.

Sabe-se que os valores percebidos a título de proventos ou


remuneração têm caráter alimentar
Na Ação Direta de Constitucionalidade 4, o STF, em que foi
Relator o Min. Sydney Sanches, decidiu que não há vedação em toda
e qualquer antecipação de tutela contra a Fazenda Pública, mas
somente nas hipóteses taxativamente previstas no art. 1º da Lei
9.494/1997.

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Número Verificador: 100001607758620022017114589


Agravo Interno Cv Nº 1.0000.16.077586-2/002

Entretanto, nos termos da Súmula 729, ficou estabelecido que a


decisão proferida na ADC-4 não se aplica em causa de natureza
previdenciária.
Assim, é cabível a concessão da antecipação de tutela em face
do Poder Público em casos como o presente, tendo a agravante
demonstrado o preenchimento dos requisitos da lei referida.
Diante do exposto, NEGO PROVIMENTO ao agravo interno,
mantendo inalterada a decisão monocrática recorrida.

DES. MOREIRA DINIZ - De acordo com o(a) Relator(a).

DES. DÁRCIO LOPARDI MENDES - De acordo com o(a) Relator(a).

SÚMULA: "NEGARAM PROVIMENTO AO RECURSO"


Documento assinado eletronicamente, Medida Provisória nº 2.200-2/2001 de 24/08/2001.
Signatário: Desembargador RENATO LUIS DRESCH, Certificado:
6E55B147E839D208D972C0A312236E71, Belo Horizonte, 09 de fevereiro de 2017 às 17:46:52.
Julgamento concluído em: 09 de fevereiro de 2017.
Verificação da autenticidade deste documento disponível em http://www.tjmg.jus.br - nº verificador:
100001607758620022017114589

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