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CURITIBA
2017
JULIA DE MORAES NOGUEIRA
CURITIBA
2017
Aos cuja sina é se ensinar.
AGRADECIMENTOS
The understanding of the components that underlie, construct and elaborate the
structuring of emotional aspects becomes a fundamental particle for the therapeutic
intervention of the Psychologist. The organic nature and involvement of the
neurobiological systems that process emotion connect to the cognitive processing of
information, perception and attentional processes; and of cultural and social
construction of the environment to which the individual is inserted. This work
contemplates items of the Neuropsychological and Clinical approach considering the
analysis of emotional elements of the individual with direction to the reflection of
environmental and social characteristics that are related to the emotional dimensions
and the psychological intervention. This is a bibliographical review using qualitative
methods that analyzes and describes a conglomeration of information related to the
neurobiological and cognitive structuring and processing of emotional states; in
addition to tonalities for clinical intervention according to the cognitive-behavioral
approach with focus on Emotional Scheme Therapy.
Keywords: emotional states, neuropsychology, clinical, neurobiological systems,
cognitive - behavioral therapy.
LISTA DE FIGURAS
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 11
2. JUSTIFICATIVA ................................................................................................. 13
3. OBJETIVOS ....................................................................................................... 15
5. ANÁLISE ............................................................................................................ 59
8. ANEXOS............................................................................................................. 67
1. INTRODUÇÃO
2. JUSTIFICATIVA
3. OBJETIVOS
3.1 GERAIS
3.2 ESPECIFICOS
4. REFERENCIAL TEÓRICO
4.1 NEUROCIÊNCIA
Para compreender uma emoção como medo, portanto, temos que entender
não apenas como a emoção é representada no córtex, mas também como
as estruturas subcorticais regulam as atividades autonômicas e endócrinas
que medeiam os componentes periféricos da emoção. (KANDEL,
SCHWARTZ, JESSEL, 1997, p. 475)
O reconhecimento do evento produz uma experiência emocional consciente no
córtex cerebral que faz a mediação de sinais de saída para estruturas periféricas.
Segundo esse ponto de vista, o evento primeiramente é reconhecido como uma
situação de risco, e então há o ato cognitivo que gera respostas autonômicas.
Portanto, ocorre primeiro o reconhecimento de um evento gerador de
alterações fisiológicas e corporais, a partir disso, segundo a proposta do filósofo
William James e o psicólogo dinamarquês Karls Lange (KANDEL, SCHWARTZ,
JESSEL, 1997), a experiência consciente que chamamos de emoção ocorre, por
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Uma pessoa pode ter emoções, pensamentos e ações muito tempo depois
de uma ameaça ter cessado. Se o feedback fisiológico fosse o único fator
de controle, as emoções não deveriam durar mais que a alteração
fisiológica. (KANDEL, SCHWARTZ, JESSEL, 1997, p. 476)
É possível considerar tanto a influência de aspectos fisiológicos e corporais
como aspectos sociais e de vivência na experiência consciente da emoção, pois
segundo Kandel, Schwartz e Jessel (1997), pacientes que tiveram acidentalmente
sua medula espinhal seccionada sentem redução significativa da intensidade das
emoções; considerando a correlação com o nível medular, visto que quanto mais
alta a secção, mais reduzida a resposta emocional. As respostas emocionais estão
com conexão direta com aspectos fisiológicos, sendo que o aprendizado e o contato
com o ambiente podem ter efeitos/relação anulados ou reduzidos quando ocorre
uma lesão numa localização cerebral que envolve o processamento cognitivo das
emoções.
Ideias a partir da relação que resulta na experiência emocional tornam-se
grandes descobertas quando experiências cientificas passam a apresentar
resultados que não fundamentam uma definição de emoção, mas embasam sua
existência e sua relação com os comportamentos, estados corporais e cognitivos
considerando a interação entre fatores centrais e periféricos.
Ainda de acordo com esses autores (1997), o sistema motor autonômico possui
o controle do musculo liso, musculo cardíaco e das glândulas exócrinas; enquanto o
sistema motor somático controla o músculo esquelético. Entre esses sistemas há
uma semelhança: funcionam para realizar o ajuste do corpo. Portanto há variações
corporais, de acordo com as alterações do ambiente.
Essa relação e seus resultados parecem fundamentais na compreensão do
processo de desregulação e regulação emocional, tendo em vista que, com
exceções, geralmente as alterações corporais ocorrem assim que o indivíduo tem
contato com o objeto/evento/memória que inicia a experiência consciente que
chamamos de emoção.
O sistema nervoso autonômico tem três divisões principais: simpática,
parassimpática e entérica. Focaremos aqui apenas as duas primeiras divisões
(KANDEL, SCHWARTZ, JESSEL, 1997). Em uma situação de perigo será ativada a
divisão simpática, que segundo Cannon (apud KANDEL, SCHWARTZ, JESSEL
1997), governa a reação fight-or-flight (luta ou fuga). O indivíduo precisa reagir a
uma alteração do seu ambiente externo ou interno, por exemplo, para responder
rapidamente a situação de luta e então:
O circuito proposto originalmente por James Papez está indicado pelas linhas
espessas; conexões descritas mais recentemente aparecem representadas pelas
linhas delgadas. O circuito mais elaborado baseado na ideia inicial de Papez inclui
projeções conhecidas do hipocampo através do fórnix para regiões hipotalâmicas
(corpos mamilares e outras áreas hipotalâmicas) e do hipotálamo para o córtex pré-
frontal. A porção ventromedial do córtex pré-frontal, em particular, é importante para
a emoção. Uma via interconecta a amígdala ao hipotálamo e indiretamente ao córtex
pré-frontal. E então as conexões reciprocas entre a formação hipocâmpica e o córtex
de associação são indicadas (KANDEL, SCHWARTZ, JESSEL, 1997).
4.2 NEUROPSICOLOGIA
Espaço interior dos seres humanos que emerge ações concebidas como
intencionalidade para a resolução dos problemas (espaço exterior) na
relação com os outros e com os objetos, relações essas geradoras,
inicialmente, de uma dinâmica interpsicológica e, posteriormente, de uma
dinâmica intrapsicológica, com o que se tem de conceber também o
aparecimento de novas formas de comunicação e aprendizagem.
(FREITAS, 2006, p. 95-96)
Portanto, informações com aspectos intencionais que conduzem as relações do
indivíduo com o meio externo (pessoas ou objetos), e que direcionam para uma
dinâmica de associação resultando, possivelmente, em novos métodos para o
aprendizado.
Lazarus (1982) propôs a partir de seus achados experimentais que uma
avaliação cognitiva precede qualquer reação afetiva, e não necessariamente envolve
um processo consciente. Portanto conforme analisado anteriormente, a avaliação
cognitiva está diretamente relacionada ao reconhecimento do estímulo,
interpretação, busca por recursos e capacidade adaptativa; porém, podem ocorrer
sem o processo de consciência, podendo ser a abertura para as considerações
relacionadas às reações fisiológicas e demais efeitos como, por exemplo, a
memória.
Freud (1915 apud EYSENCK, KEANE, 1994) questionou sobre aspectos
emocionais no processo de memória, sendo que segundo ele, alguns materiais
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emitidas ou recebidas mais rapidamente pelo cheiro do que pelas demais formas de
comunicação do indivíduo. Portanto a sensibilidade a estímulos do ambiente - com
atenção aos de risco - somado ao processamento agilizado de estímulos concebidos
por meio do olfato ligado a audição gerando associações significativas pode ser um
agravante na seletividade atencional como vulnerabilidade cognitiva (FREITAS, K,
N, 2006).
Foram realizadas algumas experiências com pacientes ansiosos, onde uma
série de palavras foram apresentadas visualmente ao mesmo tempo, e a palavra
mais acima tinha que ser lida em voz alta. Nos resultados foi possível observar que
os pacientes ansiosos reagem a uma situação potencialmente danosa, porém, não
reage aos seus aspectos benignos ou positivos (EYSENCK, KEANE, 1994).
Mathews e MacLeod (1986 apud EYSENCK, KEANE, 1994) conseguiram
evidências de que a tendenciosidade do processamento seletivo em pacientes
ocorria mesmo na ausência de consciência.
Considerando as características que envolvem os pacientes ansiosos, é
possível aferir uma série de comportamentos e reações aos estímulos do ambiente e
a possível interpretação de tais indivíduos diante das situações sociais. Estes, como
vimos, são possivelmente mais distraídos, possui dificuldades no desenvolvimento
de tarefas devido sua baixa capacidade atencional disponível além da sua provável
capacidade de seletividade atencional ser maior do que de pacientes sem o
diagnóstico de transtorno de ansiedade generalizado, por exemplo.
Segundo Eysenck e Keane (1994), os pacientes ansiosos exibem então um
engajamento ativo com o ambiente, que pode resultar na dificuldade de
desempenho de tarefas devido o desvio da atenção para o rastreamento do meio
ambiente.
Já os pacientes depressivos em pesquisas e estudos não demonstraram uma
capacidade atencional inferior do que os indivíduos sem um diagnóstico de
depressão, além disso, sua seletividade atencional segundo Hemsley e Zawada
(1976 apud EYSENCK, KEANE, 1994) é inferior comparado aos demais.
Considerando a análise da atenção nos transtornos afetivos, nos pacientes
deprimidos parece que há um desligamento passivo do meio ambiente externo. O
motivo do enfraquecimento da ligação entre indivíduo depressivo e estímulos
ambientais pode envolver uma série de fatores. Beck e Clark (1988 apud EYSENCK,
KEANE, 1994) consideraram a existência de uma tríade cognitiva, sustentada pela
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4.3.2 CRENÇAS
(BECK, 2013). A coleta de dados é realizada por meio da construção entre paciente
e terapeuta, fazendo com que a reestruturação cognitiva seja parte de cada sessão
e adaptada de forma gradativa evitando problemas e colaborando para a construção
do vínculo terapêutico de confiança, além evitar exposição do paciente a frustração
demasiada de sentir se enquadrado e fruto de um padrão geral errôneo que fez
parte da sua vida até aquele momento.
Tendo em vista o caminho citado até aqui para a intervenção clínica, e com
base nos aspectos vistos como importantes na avaliação do paciente, seguimos com
a avaliação e monitoramento dos processos desenvolvidos com o paciente como
linha de trabalho, considerando as fases que constituem a terapia segundo Beck
(2013. pág. 355):
a) Primeira fase: Aliança terapêutica, identificação de objetivos, solução de
problemas, educação do paciente ao modelo cognitivo, identificação e
intervenção com pensamentos automáticos;
b) Segunda fase: O terapeuta continua trabalhando em direção a esses
objetivos, enfatiza a identificação, avaliação e modificação de crenças;
c) Fase final: A ênfase muda para a preparação para o término e prevenção
de recaída. O paciente já está mais ativo nessa fase.
A fase de avaliação e monitoramento constitui a terceira fase do processo
terapêutico, sendo que aqui, o paciente terá suas habilidades mais desenvolvidas
para refletir sobre seus pensamentos, crenças e comportamentos anteriormente
problemáticos e agora adaptativos (BECK. 2013). O monitoramento é realizado
durante a sessão e durante todo o processo terapêutico, e colabora no Feedback
para o terapeuta o que possibilita alterações e adaptações da terapia para aquele
paciente, além de oferecer comparativos que podem servir como pontos de
motivação para o paciente, entre outras contribuições.
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5. ANÁLISE
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
8. ANEXOS
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