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No dia 16 de julho, na Igreja Batista Atitude, no Rio de Janeiro, como parte do Congresso
Despertar da Juventude Batista Brasileira, ligada à Convenção Batista Brasileira (CBB),
ocorreria uma mesa redonda sob o tema “Descolonizando o olhar: O racismo atinge a
igreja?”, com o pastor batista Marco Davi de Oliveira e a pedagoga Fabíola Oliveira. Por
ordem do Conselho da CBB, dias antes, essa mesa foi cancelada sem nenhuma
justificativa plausível, senão a pressão de grupos ultraconservadores e fundamentalistas,
que alinhados ao atual governo, encontram eco nas lideranças do referido Conselho.
Nós, da Aliança de Batistas do Brasil, em consonância com seus princípios 1, vimos por
meio desta nota demonstrar nosso repúdio ao cancelamento do Conselho da CBB que
viola inclusive o reconhecimento histórico, mesmo que tardio, da Convenção Batista do
Sul dos Estados Unidos, da qual a CBB é herdeira, do racismo praticado nas igrejas
daquele país. Da condenação da Aliança Batista Mundial, desde 1935, às práticas de
racismos em todas as suas formas e de inúmeros pronunciamentos e documentos como as
feitas no Congresso de Juventude da Aliança Batista Mundial nos anos 1960 contra o
racismo nos Estados Unidos e na África do Sul. Lembramos também de nossa
Constituição de 1988 e do Estatuto da Igualdade Racial.
Expressamos nossa solidariedade ao Pr. Marco Davi de Oliveira e à Fabíola Oliveira, aos
quais nos somamos indignados e irmanados na luta contra o racismo em todas as suas
formas. Convidamos as igrejas, sua juventude e toda a população brasileira a não tolerar
essas práticas e nos enfileirar contra o racismo.
1
Especialmente os que seguem: III. Celebrar a diversidade da vida e da humanidade em todas as suas
formas, respeitar as diferenças e promover o diálogo; V. Defender a causa dos empobrecidos e proscritos
da sociedade; VI. Lutar pela justiça com e para os oprimidos.