Sei sulla pagina 1di 37

Prazo prescricional na responsabilidade contratual é de 10 anos e na responsabilidade

extracontratual 3 anos
Direito Civil Contratos Noções gerais sobre contratos
Origem: STJ

Nas controvérsias relacionadas à responsabilidade contratual, aplica-se a regra geral (art. 205
CC/2002) que prevê 10 anos de prazo prescricional e, quando se tratar de responsabilidade
extracontratual, aplica-se o disposto no art. 206, § 3º, V, do CC/2002, com prazo de 3 anos. Para
fins de prazo prescricional, o termo “reparação civil” deve ser interpretado de forma restritiva,
abrangendo apenas os casos de indenização decorrente de responsabilidade civil extracontratual.
• Responsabilidade civil extracontratual: 3 anos. • Responsabilidade contratual: 10 anos. STJ. 2ª
Seção. EREsp 1280825/RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 27/06/2018.

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Locatário, ao ajuizar ação renovatória, deverá demonstrar a quitação tributária, sendo
suficiente, para tanto, a certidão de parcelamento fiscal
Direito Civil Contratos Locação de bens imóveis urbanos
Origem: STJ

A certidão de parcelamento fiscal é suficiente para suprir a exigência prevista no inciso III do art.
71 da Lei nº 8.245/91 (Lei de Locações) para efeito do ajuizamento de ação renovatória de
locação empresarial. STJ. 3ª Turma. REsp 1698814-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino,
julgado em 26/06/2018 (Info 629).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Descabimento da repetição do indébito com os mesmos encargos do contrato
Direito Civil Contratos Outros contratos

Origem: STJ

Pessoa celebrou contrato de mútuo feneratício com instituição financeira. Por algum motivo (ex:
nulidade, ato ilícito, abusividade etc.) o mutuário ingressou com ação judicial pedindo a resolução
do contrato e a restituição das parcelas pagas. Se esta ação for julgada procedente, o mutuário
terá direito de receber os valores pagos acrescidos de juros remuneratórios no mesmo percentual
que era previsto no contrato para ser cobrado pelo banco mutuante? NÃO. O mutuário que
celebrar contrato de mútuo feneratício com a instituição financeira mutuante, não tem direito de
pedir repetição do indébito com os mesmos índices e taxas de encargos previstos no contrato.
Tese aplicável a todo contrato de mútuo feneratício celebrado com instituição financeira
mutuante: “Descabimento da repetição do indébito com os mesmos encargos do contrato”. STJ.
2ª Seção. REsp 1552434-GO, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 13/06/2018
(recurso repetitivo) (Info 628).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Se houver o desfazimento da promessa de compra e venda, o promitente comprador terá
que pagar ao proprietário a taxa de ocupação pelo período em que esteve na posse do bem
Direito Civil Contratos Compra e venda
Origem: STJ

É devida a condenação ao pagamento de taxa de ocupação (aluguéis) pelo período em que o


comprador permanece na posse do bem imóvel, no caso de rescisão do contrato de promessa de
compra e venda, independentemente de ter sido o vendedor quem deu causa ao desfazimento do
negócio. Ex: João e Pedro celebraram promessa de compra e venda de um apartamento. Pedro
(promitente comprador) estava morando no imóvel há 6 meses e pagando regularmente as
prestações. Ocorre que o contrato foi desfeito por culpa de João. Todo o valor pago por Pedro
deverá ser devolvido, assim como ele terá que ser indenizado pelas benfeitorias que realizou. Por
outro lado, Pedro terá que pagar taxa de ocupação (aluguel) pelos meses em que morou no
apartamento. O fundamento para isso não está na culpa, mas sim na proibição do enriquecimento
sem causa. STJ. 3ª Turma. REsp 1613613-RJ, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em
12/06/2018 (Info 629).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Se o devedor de empréstimo consignado morrer, a dívida continua existindo
Direito Civil Contratos Outros contratos
Origem: STF e STJ

O falecimento do consignante não extingue a dívida decorrente de contrato de crédito consignado


em folha de pagamento. STJ. 3ª Turma. REsp 1498200-PR, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em
05/06/2018 (Info 627).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Atraso no pagamento do prêmio e necessidade de comunicar previamente o segurado
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ

Súmula 616-STJ: A indenização securitária é devida quando ausente a comunicação prévia do


segurado acerca do atraso no pagamento do prêmio, por constituir requisito essencial para a
suspensão ou resolução do contrato de seguro. STJ. 2ª Seção. Aprovada em 23/05/2018, DJe
28/05/2018.

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Prazo prescricional para ação de restituição de prêmios
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ

O prazo prescricional para a propositura de ação objetivando a restituição de prêmios em virtude


de conduta supostamente abusiva da seguradora, amparada em cláusula contratual considerada
abusiva, é de 1 (um) ano, por aplicação do art. 206, § 1º, II, "b", do Código Civil. STJ. 3ª Turma.
REsp 1637474/RS, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 15/05/2018.

Ver julgado Adicionar aos favoritos


É vedada a exclusão de cobertura de seguro de vida em razão da embriaguez do segurado
Direito Civil Contratos Seguro

Origem: STJ

É vedada a exclusão de cobertura do seguro de vida na hipótese de sinistro ou acidente


decorrente de atos praticados pelo segurado em estado de embriaguez. Tal cláusula é abusiva,
com base nos arts. 3º, § 2º, e 51, IV, do CDC. STJ. 2ª Seção. EREsp 973725-SP, Rel. Min.
Lázaro Guimarães (Desembargador Convocado Do TRF 5ª Região), julgado em 25/04/2018 (Info
625).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Seguro de vida não cobre suicídio nos dois primeiros anos de contrato
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ

Súmula 610-STJ: O suicídio não é coberto nos dois primeiros anos de vigência do contrato de
seguro de vida, ressalvado o direito do beneficiário à devolução do montante da reserva técnica
formada. STJ. 2ª Seção. Aprovada em 25/04/2018, DJe 07/05/2018 (Info 624).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Possibilidade de redução de ofício da cláusula penal manifestamente excessiva
Direito Civil Contratos Noções gerais sobre contratos
Origem: STJ

Constatado o caráter manifestamente excessivo da cláusula penal contratada, o magistrado


deverá, independentemente de requerimento do devedor, proceder à sua redução. Fundamento:
CC/Art. 413. A penalidade deve ser reduzida equitativamente pelo juiz se a obrigação principal
tiver sido cumprida em parte, ou se o montante da penalidade for manifestamente excessivo,
tendo-se em vista a natureza e a finalidade do negócio. STJ. 4ª Turma. REsp 1.447.247-SP, Rel.
Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 19/04/2018 (Info 627).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Promessa de compra e venda, mesmo sem registro, gera efeitos que podem atingir
terceiros
Direito Civil Contratos Compra e venda

Origem: STJ

Nos contratos de compra e venda de imóveis, a falta de registro da incorporação imobiliária não
compromete os direitos transferidos ao promissário comprador, os quais podem ter efeitos
perante terceiros. A ausência do registro da incorporação não torna nulo o contrato de compra e
venda. O descumprimento, pela incorporadora, da obrigação prevista no art. 32 da Lei nº
4.591/64, consistente no registro do memorial de incorporação no Cartório de Imóveis e dos
demais documentos nele arrolados, não implica a nulidade ou anulabilidade do contrato de
promessa de compra e venda de unidade condominial. Assim, a promessa de compra e venda,
ainda que não registrada, é oponível ao próprio vendedor ou a terceiros, haja vista que tal efeito
não deriva da publicidade do registro, mas da própria lei. STJ. 3ª Turma. REsp 1490802/DF, Rel.
Min. Moura Ribeiro, julgado em 17/04/2018.

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Doença preexistente e recusa de cobertura securitária
Direito Civil Contratos Seguro

Origem: STJ

Súmula 609-STJ: A recusa de cobertura securitária, sob a alegação de doença preexistente, é


ilícita se não houve a exigência de exames médicos prévios à contratação ou a demonstração de
má-fé do segurado. STJ. 2ª Seção. Aprovada em 11/04/2018, DJe 17/04/2018.

Ver julgado Adicionar aos favoritos


O contratante do seguro de vida em grupo não tem direito à renovação da apólice sem a
concordância da seguradora nem pode exigir a restituição dos prêmios pagos
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ

Não é abusiva a cláusula contratual que prevê a possibilidade de não renovação automática do
seguro de vida em grupo por qualquer dos contratantes, desde que haja prévia notificação da
outra parte. À exceção dos contratos de seguro de vida individuais, contratados em caráter
vitalício ou plurianual, nos quais há a formação de reserva matemática de benefícios a conceder,
as demais modalidades são geridas sob o regime financeiro de repartição simples, de modo que
os prêmios arrecadados do grupo de segurados ao longo do período de vigência do contrato
destinam-se ao pagamento dos sinistros ocorridos naquele período. Dessa forma, nos contratos
de seguro de vida em grupo não há direito à renovação da apólice sem a concordância da
seguradora ou à restituição dos prêmios pagos em contraprestação à cobertura do risco no
período delimitado no contrato. Vale ressaltar que a seguradora pode decidir não mais renovar o
contrato de seguro de vida, mesmo que não comprove que houve desequilíbrio atuarial-
financeiro. Trata-se de um verdadeiro direito potestativo. STJ. 2ª Seção. REsp 1569627-RS, Rel.
Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 22/02/2018 (Info 622).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


É dever do alienante transmitir ao adquirente o direito sem vícios, de forma que se
caracteriza a evicção se existir um gravame que impede a transferência do bem
Direito Civil Contratos Noções gerais sobre contratos
Origem: STJ

Caracteriza-se evicção a inclusão de gravame capaz de impedir a transferência livre e


desembaraçada de veículo objeto de negócio jurídico de compra e venda. Caso concreto: foi
vendido um carro, mas, antes que pudesse ser transferido à adquirente, houve um bloqueio
judicial sobre o veículo. Foi necessário o ajuizamento de embargos de terceiro para liberação do
automóvel, sendo, em seguida, desfeito o negócio. Neste caso, caracterizou-se a evicção,
gerando o dever do alienante de indenizar a adquirente pelos prejuízos sofridos. STJ. 3ª Turma.
REsp 1713096-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 20/02/2018 (Info 621).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Se a parte quiser arguir a nulidade da cláusula arbitral, deverá formular esse pedido, em
primeiro lugar, ao próprio árbitro, não sendo possível que proponha diretamente ação
judicial
Direito Civil Contratos Arbitragem
Origem: STJ

A previsão contratual de convenção de arbitragem enseja o reconhecimento da competência do


Juízo arbitral para decidir com primazia sobre o Poder Judiciário as questões acerca da
existência, validade e eficácia da convenção de arbitragem e do contrato que contenha a cláusula
compromissória. Ex: a empresa 1 celebrou contrato com a empresa 2; neste contrato há uma
cláusula arbitral; a empresa 2 notificou extrajudicialmente a empresa 1 cobrando o cumprimento
do ajuste; a empresa 1 ajuizou ação declaratória de falsidade alegando que a assinatura
constante no contrato é falsa e, portanto, o pacto seria nulo; esta ação deverá ser extinta sem
resolução do mérito (art. 485, VII, do CPC/2015); isso porque, nos termos do art. 8º, parágrafo
único, da Lei nº 9.307/96, a alegação de nulidade da cláusula arbitral, bem como do contrato que
a contém, deve ser submetida, em primeiro lugar, à decisão do próprio árbitro, sendo prematura a
apreciação pelo Poder Judiciário. Trata-se da aplicação do princípio da kompetenz-kompetenz,
que confere ao árbitro o poder de decidir sobre a própria competência. STJ. 3ª Turma. REsp
1550260-RS, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, Rel. Acd. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva,
julgado em 12/12/2017 (Info 622).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Falecimento do parceiro outorgante não extingue o contrato de parceria rural
Direito Civil Contratos Outros contratos
Origem: STJ

O falecimento do parceiro outorgante não extingue o contrato de parceria rural. Os herdeiros


somente poderão exercer o direito de retomada ao término do contrato e desde que obedeçam às
regras do Decreto nº 59.566/1966 quanto ao prazo para notificação e às causas para retomada.
STJ. 3ª Turma. REsp 1459668-MG, Rel. Min. Ricardo Villas BôasCueva, julgado em 05/12/2017
(Info 618).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Seguradora não é obrigada a conceder indenização por invalidez total pelo simples fato de
o segurado estar recebendo aposentadoria por invalidez do INSS
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ

A aposentadoria por invalidez permanente concedida pelo INSS não confere ao segurado o
direito automático de receber indenização de seguro contratado com empresa privada, sendo
imprescindível a realização de perícia médica para atestar o grau de incapacidade e o correto
enquadramento na cobertura contratada. STJ. 2ª Seção. EREsp 1508190-SC, Rel. Min. Ricardo
Villas Bôas Cueva, julgado em 08/11/2017 (Info 616).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


O prazo de 30 meses previsto no art. 46 da Lei de Inquilinato não pode ser alcançado pela
prorrogação de contratos
Direito Civil Contratos Locação de bens imóveis urbanos

Origem: STJ

Se a locação residencial foi celebrada por escrito e com prazo igual ou superior a 30 meses,
quando chegar ao fim o prazo estipulado, termina o contrato e o locador poderá pedir a retomada
do imóvel sem a necessidade de apresentar qualquer justificativa. Diz-se, assim, que o locador
pode fazer a chamada “denúncia vazia”. Isso está previsto no art. 46 da Lei nº 8.245/91. Vale
ressaltar, contudo, que não é cabível a denúncia vazia quando o prazo de 30 meses, exigido pelo
art. 46 da Lei nº 8.245/91, é atingido com as sucessivas prorrogações do contrato de locação de
imóvel residencial urbano. Em outras palavras, o art. 46 da Lei nº 8.245/91 somente admite a
denúncia vazia se um único instrumento escrito de locação estipular o prazo igual ou superior a
30 meses, não sendo possível contar as sucessivas prorrogações dos períodos locatícios
(accessio temporis) para se atingir esse prazo de 30 meses. Ex: o contrato de locação foi
celebrado por 12 meses; depois foi prorrogado mais duas vezes, totalizando 36 meses; não se
aplica o art. 46 porque o período mínimo de 30 meses foi alcançado com prorrogações. STJ. 3ª
Turma. REsp 1364668-MG, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 07/11/2017 (Info
615).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Se houve reconhecimento da culpa do segurado e pagamento de parte da indenização pela
seguradora ao terceiro, não se aplica a Súmula 529 do STJ
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ

A vítima de acidente de trânsito pode ajuizar demanda direta e exclusivamente contra a


seguradora do causador do dano quando reconhecida, na esfera administrativa, a
responsabilidade deste pela ocorrência do sinistro e quando parte da indenização securitária já
tiver sido paga. Não se aplica, neste caso, a Súmula 529 do STJ. Isso porque, mesmo não
havendo relação contratual entre a seguradora e o terceiro prejudicado, a sucessão dos fatos
(apuração administrativa e pagamento de parte da indenização) faz com que surja uma relação
jurídica de direito material envolvendo a vítima e a seguradora. Súmula 529-STJ: No seguro de
responsabilidade civil facultativo, não cabe o ajuizamento de ação pelo terceiro prejudicado direta
e exclusivamente em face da seguradora do apontado causador do dano. STJ. 3ª Turma. REsp
1584970-MT, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 24/10/2017 (Info 614).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


O árbitro e a instituição de arbitragem não têm legitimidade para figurarem no polo passivo
de eventual ação anulatória
Direito Civil Contratos Arbitragem
Origem: STJ

A instituição arbitral, por ser simples administradora do procedimento arbitral, não possui
interesse processual nem legitimidade para integrar o polo passivo da ação que busca a sua
anulação. STJ. 3ª Turma. REsp 1433940-MG, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em
26/09/2017 (Info 613).

Ver julgado Adicionar aos favoritos

Se a pessoa somente foi reconhecida como filha após a alienação ter acontecido, ela não
poderá pleitear a anulação com base no art. 496 do Código Civil
Direito Civil Contratos Compra e venda
Origem: STJ

O reconhecimento de paternidade post mortem não invalida a alteração de contrato social com a
transferência de todas as cotas societárias realizada pelo genitor a outro descendente. STJ. 4ª
Turma. REsp 1356431-DF, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 8/8/2017 (Info 611).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Se o vício redibitório foi sanado, o adquirente não tem mais direito ao abatimento do preço
Direito Civil Contratos Compra e venda
Origem: STJ

O saneamento de vício redibitório limitador do uso, gozo e fruição da área de terraço na cobertura
de imóvel objeto de negócio jurídico de compra e venda – que garante o seu uso de acordo com a
destinação e impede a diminuição do valor –, afasta o pleito de abatimento do preço. João
comprou apartamento no último andar do edifício, estando previsto no contrato que ele poderia
fazer construções na cobertura. Por ter comprado a cobertura, ele pagou 25% a mais.Ocorre que,
depois que o prédio ficou pronto, João não pode realizar nenhuma construção na cobertura
porque isso foi negado pelo Município sob o argumento de que o prédio já teria alcançado o limite
máximo de altura previsto para aquela localidade.Diante disso, João ajuizou ação de abatimento
de preço contra a construtora. Três anos após o ajuizamento, houve uma mudança nas regras
municipais e o limite de altura dos prédios naquela localidade aumentou. Com isso, passou a ser
permitido que ele construísse na cobertura. João não terá mais direito ao abatimento do preço.
STJ. 4ª Turma.REsp 1478254-RJ, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 8/8/2017 (Info 610).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


É de 3 anos o prazo para o fiador cobrar do locatário inadimplente o valor que pagou ao
locador
Direito Civil Contratos Locação de bens imóveis urbanos
Origem: STJ

É trienal o prazo de prescrição para fiador que pagou integralmente dívida objeto de contrato de
locaçãopleitear o ressarcimento dos valores despendidos contra os locatários inadimplentes. O
termo inicial deste prazo é a data em que houve o pagamento do débito pelo fiador, considerando
que é a partir daí que ocorre a sub-rogação, e, via de consequência, inaugura-se ao fiador a
possibilidade de demandar judicialmente a satisfação de seu direito. STJ. 3ª Turma. REsp
1432999-SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 16/5/2017 (Info 605).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


É de 1 ano o prazo prescricional das ações do segurado/mutuário contra a seguradora
pedindo a cobertura de sinistro relacionado a contrato de mútuo firmado no SFH
Direito Civil Contratos Sistema Financeiro de Habitação
Origem: STJ

Aplica-se a prescrição ânua do art. 206, § 1º, II, "b", do Código Civil para a ação proposta pelo
mutuário/segurado para recebimento da indenização do seguro adjeto a contrato de mútuo
habitacional (SFH). O termo inicial da prescrição conta-se da data da ciência inequívoca da
incapacidade do segurado (Súmula 278 do STJ). STJ. 3ª Turma. AgInt no REsp 1420961/SP, Rel.
Min. Nancy Andrighi, julgado em 16/05/2017.

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Seguro de vida e sinistro causado pelo segurado em estado de embriaguez: haverá
indenização
Direito Civil Contratos Seguro

Origem: STJ

No SEGURO DE VIDA (seguro de pessoas) é devida a indenização securitária mesmo que o


acidente que vitimou o segurado tenha decorrido de seu estado de embriaguez? SIM. Ocorrendo
o sinistro morte do segurado e inexistente a má-fé dele (ex: deixar de revelar que possuía doença
grave antes de fazer o seguro) ou o suicídio no prazo de carência, a indenização securitária deve
ser paga ao beneficiário, visto que a cobertura neste ramo é ampla. Assim, é vedada a exclusão
de cobertura do seguro de vida na hipótese de sinistro ou acidente decorrente de atos praticados
pelo segurado em estado de embriaguez. STJ. 3ª Turma. REsp 1665701-RS, Rel. Min. Ricardo
Villas Bôas Cueva, julgado em 9/5/2017 (Info 604).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


A criação de nova espécie de seguro não possui a proteção da Lei de Direitos Autorais
Direito Civil Contratos Seguro

Origem: STJ

O direito autoral não pode proteger as ideias em si, mas apenas as formas de expressá-las. Isso
porque as ideias constituem patrimônio comum da humanidade. Assim, não há proteção autoral a
ideia de fazer uma determinada espécie de contrato, por mais inovadora e original que seja. No
máximo, o texto das cláusulas pode ser protegido. A Lei de Direitos Autorais não pode tolher a
criatividade e a livre iniciativa, nem o avanço das relações comerciais e da ciência jurídica, que
ficaria estagnada com o direito de exclusividade de certos tipos contratuais. Assim, a criação de
nova espécie de seguro não possui a proteção da Lei de Direitos Autorais. STJ. 3ª Turma. REsp
1627606/RJ, Rel. Min. Ricardo Villas BôasCueva, julgado em 02/05/2017 (Info 603).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


O STJ não irá homologar a sentença arbitral estrangeira se constatar que o árbitro que
participou do procedimento não gozava de imparcialidade
Direito Civil Contratos Arbitragem
Origem: STJ

A prerrogativa de imparcialidade do julgador aplica-se à arbitragem e sua inobservância resulta


em ofensa direta à ordem pública nacional – o que legitima o exame da matéria pelo Superior
Tribunal de Justiça, independentemente de decisão proferida pela Justiça estrangeira acerca do
tema. STJ. Corte Especial. SEC 9412-EX, Rel. Min. Felix Fischer, Rel. para acórdão Min. João
Otávio de Noronha, julgado em 19/4/2017 (Info 605).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


O termo inicial em caso de abuso de mandato é a data da citação
Direito Civil Contratos Noções gerais sobre contratos
Origem: STJ

Reconhecido o abuso de mandato por desacerto contratual, em razão de o advogado ter


repassado valores a menor para seu mandatário, o marco inicial dos juros moratórios é a data da
citação. O termo inicial dos juros moratórios deve ser determinado a partir da natureza da relação
jurídica mantida entre as partes.No caso, tratando-se de mandato, a relação jurídica tem natureza
contratual, sendo o termo inicial dos juros moratórios a data da citação (art. 405 do CC). STJ. 3ª
Turma. REsp 1.403.005-MG, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 6/4/2017 (Info
602).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Em caso de compra e venda com reserva de domínio, é possível a comprovação da mora
por meio de notificação extrajudicial enviada pelo RTD
Direito Civil Contratos Compra e venda
Origem: STJ

A mora do comprador, na ação ajuizada pelo vendedor com o intuito de recuperação da coisa
vendida com cláusula de reserva de domínio, pode ser comprovada por meio de notificação
extrajudicial enviada pelo Cartório de Títulos e Documentos (RTD). Assim, em caso de cláusula
de reserva de domínio, existem três formas pelas quais o vendedor (credor) poderá comprovar a
mora do comprador (devedor): a) mediante protesto do título; b) por meio de interpelação judicial;
c) por notificação extrajudicial enviada pelo Cartório de Títulos e Documentos. STJ. 3ª
Turma.REsp 1629000-MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 28/3/2017 (Info 601).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


A interrupção do prazo prescricional operada contra o devedor principal prejudica o fiador
Direito Civil Contratos Fiança

Origem: STJ

A interrupção do prazo prescricional operada contra o devedor principal prejudica o fiador Em


regra, o ato interruptivo da prescrição apresenta caráter pessoal e somente aproveitará a quem o
promover ou prejudicará aquele contra quem for dirigido (persona ad personam non fit interruptio).
Isso está previsto no art. 204 do CC. Exceção a esta regra: interrompida a prescrição contra o
devedor afiançado, por via de consequência, estará interrompida a prescrição contra o fiador em
razão do princípio da gravitação jurídica (o acessório segue o principal), nos termos do art. 204, §
3º, do CC: § 3º A interrupção produzida contra o principal devedor prejudica o fiador. A
interrupção do prazo prescricional operada contra o fiador não prejudica o devedor afiançado,
salvo nas hipóteses em que os devedores sejam solidários Como regra, a interrupção operada
contra o fiador não prejudica o devedor afiançado. Isso porque o principal não segue a sorte do
acessório. Existe, no entanto, uma exceção: a interrupção em face do fiador poderá, sim,
excepcionalmente, acabar prejudicando o devedor principal nas hipóteses em que a referida
relação for reconhecida como de devedores solidários, ou seja, caso o fiador tenha renunciado ao
benefício ou se obrigue como principal pagador ou devedor solidário. STJ. 4ª Turma.STJ. 4ª
Turma. REsp 1.276.778-MS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 28/3/2017 (Info 602).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Se o locatário foi à falência, mas não houve denúncia do contrato de locação, o fiador
permanece vinculado à obrigação
Direito Civil Contratos Locação de bens imóveis urbanos
Origem: STJ

A decretação de falência do locatário, sem a denúncia da locação, nos termos do art. 119, VII, da
Lei nº 11.101/2005, não altera a responsabilidade dos fiadores junto ao locador. Art. 119. Nas
relações contratuais a seguir mencionadas prevalecerão as seguintes regras: VII – a falência do
locador não resolve o contrato de locação e, na falência do locatário, o administrador judicial
pode, a qualquer tempo, denunciar o contrato; STJ. 3ª Turma. REsp 1.634.048-MG, Rel. Min.
Nancy Andrighi, julgado em 28/3/2017 (Info 602).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Não é devida a indenização prevista em contrato de seguro de RC D&O caso o segurado
tenha praticado insider trading
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ

O seguro de RC D&O (Directors and Officers Insurance) não abrange operações de diretores,
administradores ou conselheiros qualificadas como insider trading. O RC D&O é um tipo de
seguro feito por grandes executivos (exs: CEOs) por meio do qual a seguradora assume os
custos caso eles sejam responsabilizados por algum ato culposo praticado durante a gestão da
empresa. O insider trading ocorre quando uma pessoa (insider), por força do exercício
profissional, possui informações relevantes sobre a empresa e utiliza tais dados para negociar as
ações dessa companhia antes que essas informações sejam reveladas ao público em geral. O
administrador que praticou insider trading não tem direito à cobertura securitária do seguro RC
D&O por dois motivos: 1) o insider trading não é um ato culposo, mas sim doloso (fraudulento); 2)
o insider trading não configura ato de gestão, mas sim um ato pessoal do administrador com o
objetivo de gerar proveitos financeiros próprios, em detrimento dos interesses da companhia.
STJ. 3ª Turma. REsp 1601555-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 14/2/2017
(Info 598).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


A capitalização de juros, seja qual for a sua periodicidade, somente será considerada
válida se estiver expressamente pactuada no contrato
Direito Civil Contratos Outros contratos
Origem: STJ
A cobrança de juros capitalizados nos contratos de mútuo é permitida quando houver expressa
pactuação. Isso significa que a capitalização de juros, seja qual for a sua periodicidade (anual,
semestral, mensal), somente será considerada válida se estiver expressamente pactuada no
contrato. A pactuação da capitalização dos juros é sempre exigida, inclusive para a periodicidade
anual. O art. 591 do Código Civil permite a capitalização anual, mas não determina a sua
aplicação automaticamente. Não é possível a incidência da capitalização sem previsão no
contrato. STJ. 2ª Seção. REsp 1388972-SC, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 8/2/2017 (recurso
repetitivo) (Info 599).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Fiança limitada e honorários advocatícios
Direito Civil Contratos Fiança
Origem: STJ

A fiança limitada decorre da lei e do contrato, de modo que o fiador não pode ser compelido a
pagar valor superior ao que foi avençado, devendo responder tão somente até o limite da garantia
por ele assumida, o que afasta sua responsabilização em relação aos acessórios da dívida
principal e aos honorários advocatícios, que deverão ser cobrados apenas do devedor afiançado.
Por se tratar de contrato benéfico, as disposições relativas à fiança devem ser interpretadas de
forma restritiva (art. 819 do CC), razão pela qual, nos casos em que ela é limitada (art. 822), a
responsabilidade do fiador não pode superar os limites nela indicados. Ex: indivíduo outorgou
fiança limitada a R$ 30 mil; significa que ele não terá obrigação de pagar o que superar esta
quantia, mesmo que esse valor a maior seja decorrente das custas processuais e honorários
advocatícios. STJ. 3ª Turma. REsp 1482565-SP, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em
6/12/2016 (Info 595).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Embriaguez ao volante e agravamento do risco
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ

No seguro de automóvel celebrado por uma empresa com a seguradora, é devida a indenização
securitária se o condutor do veículo (funcionário da empresa segurada) estava embriagado? • Em
regra: NÃO. • Exceção: será devido o pagamento da indenização se a empresa segurada
conseguir provar que o acidente ocorreria mesmo que o condutor não estivesse embriagado. Não
é devida a indenização securitária decorrente de contrato de seguro de automóvel quando o
causador do sinistro – preposto da empresa segurada – estiver em estado de embriaguez, salvo
se o segurado demonstrar que o infortúnio ocorreria independentemente dessa circunstância.
STJ. 3ª Turma. REsp 1485717-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 22/11/2016
(Info 594).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Herdeiros de consorciado falecido e liberação da carta de crédito em razão da quitação do
saldo devedor pelo seguro prestamista
Direito Civil Contratos Outros contratos
Origem: STJ

Em 2006, Maria celebrou com a “Caixa Consórcios” contrato de participação em grupo de


consórcio destinado à aquisição de um bem imóvel. Neste contrato havia uma cláusula prevendo
um seguro prestamista com cobertura para o risco de morte. Isso significa que havia uma espécie
de seguro de vida como pacto acessório ao contrato de consórcio. Por meio deste seguro
prestamista, a administradora do consórcio afirmou o seguinte: se a contratante falecer antes de
quitar todas as parcelas do consórcio, a contratada (Caixa Consórcios) irá quitar o saldo devedor
relativo à cota da consorciada falecida, viabilizando não só a continuidade do grupo consorcial,
como também a proteção financeira da família da segurada. Antes do fim do consórcio, Maria
faleceu. Ocorre que a Caixa Consórcios recusou-se a pagar a indenização do seguro (quitação do
saldo devedor do consórcio) O STJ decidiu que: 1) Os herdeiros de consorciado falecido antes do
encerramento do grupo consorcial detêm legitimidade para pleitear a liberação, pela
administradora, do montante constante da carta de crédito, quando ocorrido o sinistro coberto por
seguro prestamista. 2) Os herdeiros de consorciada falecida têm direito à liberação imediata da
carta de crédito, em razão da quitação do saldo devedor pelo seguro prestamista,
independentemente da efetiva contemplação ou do encerramento do grupo consorcial, nos
termos da norma regulamentar vigente à época da contratação do consórcio (Circular Bacen
2.766/97). STJ. 4ª Turma. REsp 1406200-AL, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em
17/11/2016 (Info 596).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Imóveis vinculados ao SFH não são suscetíveis de usucapião
Direito Civil Contratos Sistema Financeiro de Habitação
Origem: STJ

O imóvel da Caixa Econômica Federal vinculado ao Sistema Financeiro de Habitação, como está
afetado à prestação de um serviço público, deve ser tratado como bem público, sendo, pois,
imprescritível (insuscetível de usucapião). STJ. 3ª Turma. REsp 1448026-PE, Rel. Min. Nancy
Andrighi, julgado em 17/11/2016 (Info 594).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Prazo prescricional da ação de indenização na eviccção
Direito Civil Contratos Noções gerais sobre contratos
Origem: STJ

A pretensão deduzida em demanda baseada na garantia da evicção submete-se ao prazo


prescricional de 3 anos. Em outras palavras, é de 3 anos o prazo prescricional para que o evicto
(que perdeu o bem por evicção) proponha ação de indenização contra o alienante. STJ. 3ª
Turma. REsp 1577229-MG, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 8/11/2016 (Info 593).
ATENÇÃO Obs: esse entendimento tem grandes chances de ser revisto tendo em vista que,
posteriormente, o STJ decidiu que o art. 206, § 3º, V, do CC não se aplica para prescrição
decorrente de ilícitos contratuais. Para responsabilidade civil contratual incide o prazo de 10 anos
(STJ. 2ª Seção. EREsp 1280825/RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 27/06/2018).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Termo inicial do prazo para purgação da mora. Não cabimento de purgação complementar
da mora caso os valores tenham sido contestados pelo locatário
Direito Civil Contratos Locação de bens imóveis urbanos
Origem: STJ

Termo inicial do prazo para purgação da mora Na ação de despejo por falta de pagamento, o
locatário ou o fiador poderão evitar a rescisão da locação efetuando, no prazo de 15 dias, contado
da citação, o pagamento do débito atualizado mediante depósito judicial (art. 62, II, da Lei nº
8.245/91). A partir de quando começa a ser contado este prazo que o requerido possui para
purgar a mora? O que o art. 62, II, da Lei quer dizer quando fala "contado da citação"? O prazo de
15 dias para purgação da mora deve ser contado a partir da juntada aos autos do mandado de
citação ou aviso de recebimento devidamente cumprido. Não cabimento de purgação
complementar da mora caso os valores tenham sido contestados pelo locatário A contestação de
parte do débito na ação de despejo por falta de pagamento é incompatível com a intimação do
locatário para fins de complementação do depósito em relação às parcelas tidas por ele como
indevidas. Não se deve intimar o locatário para efetuar a purgação complementar da mora (art.
62, III, da Lei nº 8.245/91) se houve manifestação contrária de sua parte, em contestação, quanto
à intenção de efetuar o pagamento das parcelas não depositadas. Em outras palavras, se o
locatário, regularmente citado, contesta parte da dívida, não cabe a sua intimação para
complementar o depósito de emenda da mora e pagar tais parcelas. STJ. 3ª Turma. REsp
1624005-DF, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 25/10/2016 (Info 593).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Cláusula penal em contratos de serviços advocatícios
Direito Civil Contratos Noções gerais sobre contratos
Origem: STJ

Não é possível a estipulação de multa no contrato de honorários para as hipóteses de renúncia


ou revogação unilateral do mandato do advogado, independentemente de motivação, respeitado
o direito de recebimento dos honorários proporcionais ao serviço prestado. É direito do advogado
renunciar ou da parte revogar o mandato a qualquer momento e sem necessidade de declinar as
razões. Isso porque a relação entre advogado e cliente é pautada pela confiança, fidúcia, sendo
um contrato personalíssimo (intuitu personae). Apesar de o advogado não poder exigir multa pelo
fato de o contratante ter revogado o mandato, ele poderá cobrar o valor dos honorários
advocatícios na proporção dos serviços que já foram prestados. Cláusula penal em contratos
advocatícios: • é lícita para situações de mora e/ou inadimplemento (ex: multa pelo atraso no
pagamento dos honorários). • não é permitida para as hipóteses de renúncia ou revogação do
mandato (ex: multa pelo fato de o cliente ter decidido revogar o mandato e constituir outro
advogado). STJ. 4ª Turma. REsp 1346171-PR, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em
11/10/2016 (Info 593).

Ver julgado Adicionar aos favoritos

A cláusula contratual que transfere ao comprador a responsabilidade pela desocupação do


imóvel que lhe é alienado pela CEF não é abusiva
Direito Civil Contratos Sistema Financeiro de Habitação
Origem: STJ

A cláusula contratual que impõe ao comprador a responsabilidade pela desocupação de imóvel


que lhe é alienado pela CEF não é abusiva. Não há abusividade porque a alienação se dá por
preço consideravelmente inferior ao valor real do imóvel, exatamente pela situação peculiar que o
imóvel possa se encontrar. A obrigação do adquirente de ter que tomar medidas para que o
terceiro desocupe o imóvel é um ônus que já é informado pela CEF aos interessados antes da
contratação. Tal informação consta expressamente no edital de concorrência pública e no
contrato que é celebrado. A rápida alienação do imóvel, no estado em que se encontre, favorece
o SFH porque libera recursos financeiros que serão revertidos para novas operações de crédito
em favor de famílias sem casa própria. STJ. 3ª Turma. REsp 1509933-SP, Rel. Min. Ricardo
Villas Bôas Cueva, julgado em 4/10/2016 (Info 592).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Direito de a seguradora ser ressarcida pelos gastos que houve com o segurado mesmo
que este tenha dado quitação integral para o autor do dano
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ

Em regra, mesmo que o proprietário do veículo segurado tenha dado termo de quitação ou
renúncia ao causador do sinistro, a seguradora continuará tendo direito de ajuizar ação regressiva
contra o autor do dano e de ser ressarcida pelas despesas que efetuou com o reparo ou
substituição do bem sinistrado. Ex: o segurado combina com o causador do dano que este irá
pagar apenas o valor da franquia do seguro, em troca de um termo de quitação. A seguradora
paga, então, os prejuízos e poderá cobrar do causador do dano porque ela tem direito à sub-
rogação por força de lei (art. 786, CC) e este acordo não é eficaz perante ela (art. 786, § 2º).
Exceção: a seguradora não terá direito de regresso contra o autor do dano caso este demonstre
que indenizou realmente o segurado pelos prejuízos sofridos, na justa expectativa de que
estivesse quitando, integralmente, os danos provocados por sua conduta. Neste caso, protege-se
o terceiro de boa-fé e a seguradora poderá cobrar do segurado com base na proibição do
enriquecimento ilícito. Ex: o causador do dano paga todas as despesas do segurado e recebe um
termo de quitação; de má-fé, o segurado, mesmo já tendo sido indenizado, aciona o seguro para
consertar seu carro. Se a seguradora ajuizar ação regressiva contra o causador do dano, ele
poderá provar que pagou integralmente as despesas e, neste caso, a ação será julgada
improcedente. Protege-se a boa-fé do terceiro. STJ. 3ª Turma. REsp 1533886-DF, Rel. Min.
Nancy Andrighi, julgado em 15/9/2016 (Info 591).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Para que haja cláusula compromissória no contrato de franquia deverá ser observado o
art. 4º, § 2º, da Lei nº 9.307/96
Direito Civil Contratos Arbitragem
Origem: STJ

A franquia não é um contrato de consumo (regido pelo CDC), mas, mesmo assim, é um contrato
de adesão. Segundo o art. 4º, § 2º da Lei nº 9.307/96, nos contratos de adesão, a cláusula
compromissória só terá eficácia se o aderente: • tomar a iniciativa de instituir a arbitragem; ou •
concordar, expressamente, com a sua instituição, por escrito, em documento anexo ou em
negrito, com a assinatura ou visto especialmente para essa cláusula. Todos os contratos de
adesão, mesmo aqueles que não consubstanciam relações de consumo, como os contratos de
franquia, devem observar o disposto no art. 4º, § 2º, da Lei nº 9.307/96. Assim, é possível a
instituição de cláusula compromissória em contrato de franquia, desde que observados os
requisitos do art. 4º, § 2º, da Lei nº 9.307/96. STJ. 3ª Turma. REsp 1602076-SP, Rel. Min. Nancy
Andrighi, julgado em 15/9/2016 (Info 591).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Competência para declarar nulidade de cláusula de compromisso arbitral
Direito Civil Contratos Arbitragem
Origem: STJ

O Poder Judiciário pode decretar a nulidade de cláusula arbitral (compromissória) sem que essa
questão tenha sido apreciada anteriormente pelo próprio árbitro? Regra: Não. Segundo o art. 8º,
parágrafo único da Lei de Arbitragem (Lei nº 9.307/96), antes de judicializar a questão, a parte
que deseja arguir a nulidade da cláusula arbitral deve formular esse pedido ao próprio árbitro.
Exceção: compromissos arbitrais patológicos. O Poder Judiciário pode, nos casos em que prima
facie é identificado um compromisso arbitral "patológico", isto é, claramente ilegal, declarar a
nulidade dessa cláusula, independentemente do estado em que se encontre o procedimento
arbitral. STJ. 3ª Turma. REsp 1602076-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 15/9/2016 (Info
591).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Impossibilidade de revisão de cláusulas contratuais em ação de prestação de contas
Direito Civil Contratos Noções gerais sobre contratos
Origem: STJ

Não é possível a revisão de cláusulas contratuais em ação de exigir contas (ação de prestação de
contas). STJ. 2ª Seção. REsp 1497831-PR, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, Rel. para
acórdão Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 14/9/2016 (recurso repetitivo) (Info 592).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Nulidade de contrato de compra e venda de imóvel localizado em terreno de marinha sem
pagamento de laudêmio
Direito Civil Contratos Compra e venda
Origem: STJ

É nulo o contrato firmado entre particulares de compra e venda de imóvel de propriedade da


União quando ausentes o prévio recolhimento do laudêmio e a certidão da Secretaria do
Patrimônio da União (SPU), ainda que o pacto tenha sido registrado no Cartório competente.
Antes de o ocupante vender o domínio útil do imóvel situado em terreno de marinha, ele deverá
obter autorização da União, por meio da SPU, pagando o laudêmio e cumprindo outras
formalidades exigidas. Somente assim esta alienação será possível de ser feita validamente. STJ.
2ª Turma. REsp 1590022-MA, Rel. Min. Herman Benjamin, julgado em 9/8/2016 (Info 589).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


O atraso do segurado em comunicar o seguro que houve um sinistro com o veículo nem
sempre irá gerar a perda da indenização securitária
Direito Civil Contratos Seguro

Origem: STJ

O art. 771 do CC determina que o segurado deverá comunicar imediatamente à seguradora


quando ocorrer algum sinistro envolvendo o veículo, já que isso possibilita que esta tome medidas
que possam amenizar os prejuízos da realização do risco, bem como a sua propagação. Esse
dispositivo legal prevê que, se não houver esta comunicação imediata, o segurado perderá o
direito à indenização. Vale ressaltar, no entanto, que, para que ocorra a sanção prevista no art.
771 do CC, é necessário que fique demonstrada a ocorrência de uma omissão dolosa do
segurado, que beire a má-fé, ou culpa grave e que, com isso, prejudique, de forma
desproporcional, a atuação da seguradora. Assim, se o segurado demorou três dias para
comunicar à seguradora que o veículo foi roubado porque foi ameaçado pelo criminoso, ele não
perderá o direito de ser indenizado já que, neste caso, não poderia ser dele exigido
comportamento diverso. Resumindo: o segurado que, devido às ameaças de morte feitas pelo
criminoso a ele e à sua família, deixou de comunicar prontamente o roubo do seu veículo à
seguradora não perde o direito à indenização securitária (art. 771 do CC). STJ. 3ª Turma. REsp
1404908-MG, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 2/8/2016 (Info 590).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Ação de consignação em pagamento proposta por mutuário regido pelo Plano de
Comprometimento da Renda e que não quer a renegociação da dívida
Direito Civil Contratos Sistema Financeiro de Habitação
Origem: STJ

No contrato de financiamento habitacional regido pelo Plano de Comprometimento da Renda –


PCR (Lei nº 8.692/93) as parcelas que irão ser pagas pelo mutuário deverão ser fixadas em um
valor que não ultrapasse 30% da sua renda bruta mensal. Em caso de redução da renda, a Lei
determina que o mutuário deverá procurar a instituição financeira e renegociar as condições de
amortização. Assim, a parcela irá ser reduzida para ficar no máximo legal, mas haverá dilação do
prazo de liquidação do financiamento. Determinado mutuário adquiriu uma casa por meio de
financiamento bancário regido pelo SFH em conformidade com o PCR. Houve uma redução de
sua renda mensal e, em razão disso, ele ajuizou ação de consignação em pagamento pedindo a
quitação e extinção de suas obrigações tão somente por meio da consignação dos valores que
ele unilateralmente entende como devidos. Esta ação deverá ser julgada improcedente. A solução
prevista pela Lei para esta situação é a renegociação da dívida, com a redução negociada das
parcelas mediante prolongamento do prazo de pagamento. STJ. 4ª Turma. REsp 886846-DF, Rel.
Min. Raul Araújo, julgado em 7/6/2016 (Info 586).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Inexistência de direito de retenção por benfeitorias realizadas antes de adjudicação de
imóvel vinculado ao SFH
Direito Civil Contratos Sistema Financeiro de Habitação
Origem: STJ

O ex-mutuário de imóvel dado em garantia hipotecária em financiamento do Sistema Financeiro


da Habitação (SFH) não tem direito à retenção pelas benfeitorias realizadas no bem antes da
adjudicação. Quanto às benfeitorias realizadas após a adjudicação, deve-se analisar se há boa-fé
ou má-fé na posse. Havendo má-fé do ex-mutuário possuidor (o que é a regra), ele não tem
direito de retenção pelas benfeitorias realizadas no imóvel após a adjudicação, mas poderá ser
indenizado pelas benfeitorias necessárias (art. 1.220 do CC). STJ. 3ª Turma. REsp 1399143-MS,
Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 7/6/2016 (Info 585).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Prazo mínimo de contrato de arrendamento rural para a criação de gado bovino
Direito Civil Contratos Outros contratos
Origem: STJ

É de cinco anos o prazo mínimo para a duração de contrato de arrendamento rural em que ocorra
pecuária de gado bovino, independentemente da maior ou menor escala da atividade exploratória
ou da extensão da área a que se refira o contrato. STJ. 3ª Turma. REsp 1336293-RS, Rel. Min.
João Otávio de Noronha, julgado em 24/5/2016 (Info 584).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Empresa rural de grande porte não tem direito de preferência previsto no Estatuto da Terra
Direito Civil Contratos Outros contratos
Origem: STJ

O direito de preferência para a aquisição do imóvel arrendado, previsto no art. 92, § 3º, do
Estatuto da Terra, não é aplicável à empresa rural de grande porte (arrendatária rural). STJ. 3ª
Turma. REsp 1447082-TO, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 10/5/2016 (Info
583).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Indenização securitária pelo valor do automóvel no momento do sinistro
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ

No caso de contrato de seguro de automóvel, havendo perda total, a seguradora deverá indenizar
o segurado com base na tabela vigente na data do sinistro, e não na data do efetivo pagamento
(liquidação do sinistro). É abusiva a cláusula de contrato de seguro de automóvel que, na
ocorrência de perda total do veículo, estabelece a data do efetivo pagamento (liquidação do
sinistro) como parâmetro do cálculo da indenização securitária a ser paga conforme o valor médio
de mercado do bem, em vez da data do sinistro. STJ. 3ª Turma. REsp 1546163-GO, Rel. Min.
Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 5/5/2016 (Info 583).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Cláusula de invalidez total deve abranger a incapacidade de exercer qualquer profissão
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ

O fato de o beneficiário de seguro de vida ter sido reformado pelo Exército em razão de
incapacidade total para sua atividade habitual (serviço militar) não implica, por si só, o direito à
percepção de indenização securitária em seu grau máximo quando a apólice de seguro estipula
que esse grau máximo é devido no caso de invalidez total permanente para qualquer atividade
laboral. STJ. 3ª Turma. REsp 1318639-MS, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em
26/4/2016 (Info 582).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Locador de locação comercial não tem a obrigação legal de adaptar o imóvel às
peculiaridades da atividade que será explorada pelo locatário
Direito Civil Contratos Locação de bens imóveis urbanos
Origem: STJ

Na hipótese de locação de imóvel comercial, salvo disposição contratual em sentido contrário, a


obrigação do locador restringe-se tão somente à higidez e à compatibilidade do imóvel ao uso
comercial e não abrange a adaptação do bem às peculiaridades da atividade a ser explorada pelo
locatário ou mesmo o dever de diligenciar perante os órgãos públicos para obter alvará de
funcionamento ou qualquer outra licença necessária ao desenvolvimento do negócio. Em outras
palavras, na hipótese de locação comercial, a Lei não impõe ao locador o encargo de adaptar o
imóvel às peculiaridades da atividade que será explorada pelo locatário. Também não obriga o
locador a diligenciar junto aos órgãos públicos para obter alvará de funcionamento ou qualquer
outra licença necessária ao desenvolvimento do negócio. Essas são obrigações do locatário,
salvo se houver alguma previsão contratual em sentido contrário. STJ. 3ª Turma. REsp 1317731-
SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 26/4/2016 (Info 583).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Termo inicial do prazo para herdeiro pleitear anulação de fiança
Direito Civil Contratos Fiança
Origem: STJ

O prazo decadencial para herdeiro do cônjuge prejudicado pleitear a anulação da fiança firmada
sem a devida outorga conjugal é de dois anos, contado a partir do falecimento do consorte que
não concordou com a referida garantia. STJ. 4ª Turma. REsp 1273639-SP, Rel. Luis Felipe
Salomão, julgado em 10/3/2016 (Info 581).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Contrato de arrendamento rural como prova escrita para ação monitória
Direito Civil Contratos Outros contratos
Origem: STJ

É nula cláusula contratual que fixa o preço do arrendamento rural em frutos ou produtos ou seu
equivalente em dinheiro, nos termos do art. 18, parágrafo único, do Decreto nº 59.566/66. Essa
nulidade não obsta que o credor proponha ação de cobrança, caso em que o valor devido deve
ser apurado, por arbitramento, em liquidação. Além disso, o contrato de arrendamento rural que
estabelece pagamento em quantidade de produtos pode ser usado como prova escrita para se
ajuizar ação monitória com a finalidade de determinar a entrega de coisa fungível, considerando
que é indício da relação jurídica material subjacente. STJ. 3ª Turma. REsp 1266975-MG, Rel.
Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 10/3/2016 (Info 580).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Período de incidência do valor estipulado em ação revisional de aluguel de imóvel não
residencial
Direito Civil Contratos Locação de bens imóveis urbanos
Origem: STJ

O valor estabelecido em ação revisional de aluguel de imóvel não residencial não tem sua
incidência limitada ao período compreendido entre a citação e o termo final do contrato original de
locação, devendo incidir até a efetiva entrega das chaves caso a locação venha a ser prorrogada
por prazo indeterminado em razão da permanência do locatário no imóvel (art. 56, parágrafo
único, da Lei nº 8.245/91). STJ. 3ª Turma. REsp 1566231-PE, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas
Cueva, julgado em 1º/3/2016 (Info 578).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Processamento de ação de despejo cumulada com cobrança de aluguéis durante o
recesso forense
Direito Civil Contratos Locação de bens imóveis urbanos

Origem: STJ

A Lei nº 8.245/91 prevê que alguns processos envolvendo locações urbanas tramitam mesmo
durante as férias forenses e não se suspendem mesmo neste período (art. 58, I). São eles: a)
ações de despejo; b) ações de consignação em pagamento de aluguel e acessório da locação; c)
ações revisionais de aluguel; d) ações renovatórias de locação. A ação de despejo cumulada com
ação de cobrança de alugueis irá tramitar durante as férias forenses? Não. A ação de despejo
enquadra-se no art. 58, I, mas a ação de cobrança não. Assim, a partir do momento em que o
autor ajuíza ambas, de forma cumulada, a situação não mais se amolda ao dispositivo legal
acima mencionado. Em suma, nos casos em que há cumulação da ação de despejo com a
cobrança de aluguéis, os prazos processuais (inclusive para recursos) ficam suspensos durante o
recesso forense. STJ. 3ª Turma. REsp 1414092-PR, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino,
julgado em 1º/3/2016 (Info 578).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Requisitos do instrumento procuratório para a validade da doação por meio de procurador
Direito Civil Contratos Doação
Origem: STJ

É inválida a doação realizada por meio de procurador se o instrumento procuratório concedido


pelo proprietário do bem não mencionar o donatário, sendo insuficiente a declaração de poderes
gerais na procuração. STJ. 4ª Turma. REsp 1575048-SP, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em
23/2/2016 (Info 577).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Validade de cláusula arbitral que reserve a solução de determinadas situações para a via
judicial
Direito Civil Contratos Arbitragem
Origem: STJ

É válida a cláusula compromissória que excepcione do juízo arbitral certas situações especiais a
serem submetidas ao Poder Judiciário. STJ. 4ª Turma. REsp 1331100-BA, Rel. Min. Maria Isabel
Gallotti, Rel. para acórdão Min. Raul Araújo, julgado em 17/12/2015 (Info 577).

Ver julgado Adicionar aos favoritos

Termo inicial da taxa de ocupação de imóvel alienado fiduciariamente no âmbito do SFH


Direito Civil Contratos Sistema Financeiro de Habitação
Origem: STJ

Na hipótese em que frustrados os públicos leilões promovidos pelo fiduciário para a alienação do
imóvel objeto de alienação fiduciária no âmbito do Sistema Financeiro da Habitação (SFH), a taxa
de ocupação será exigível do fiduciante em mora a partir da data na qual se considera extinta a
dívida (art. 27, § 5º, da Lei nº 9.514/97), e não desde a data da consolidação da propriedade em
nome do fiduciário (art. 27, caput, da Lei nº 9.514/97). STJ. 3ª Turma. REsp 1401233-RS, Rel.
Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado em 17/11/2015 (Info 574).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Arrendamento mercantil (leasing): impossibilidade de purgação da mora
Direito Civil Contratos Outros contratos
Origem: STJ

Em contrato de arrendamento mercantil de veículo automotor — com ou sem cláusula resolutiva


expressa —, a purgação da mora realizada nos termos do art. 401, I, do CC deixou de ser
possível somente a partir de 14/11/2014, data de vigência da Lei 13.043/2014, que incluiu o § 15º
do art. 3º do Decreto-Lei 911/1969. STJ. 4ª Turma. REsp 1381832-PR, Rel. Min. Maria Isabel
Gallotti, julgado em 5/11/2015 (Info 573).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Venda com reserva de domínio e proteção possessória requerida por vendedor
Direito Civil Contratos Compra e venda

Origem: STJ

Ainda que sem prévia ou concomitante rescisão do contrato de compra e venda com reserva de
domínio, o vendedor pode, ante o inadimplemento do comprador, pleitear a proteção possessória
sobre o bem móvel objeto da avença. STJ. 4ª Turma. REsp 1056837-RN, Rel. Min. Marco Buzzi,
julgado em 3/11/2015 (Info 573).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Cobertura securitária em caso de perda total do bem
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ

Ainda que o sinistro tenha ocasionado a perda total do bem, a indenização securitária deve ser
calculada com base no prejuízo real suportado pelo segurado, sendo o valor previsto na apólice,
salvo expressa disposição em contrário, mero teto indenizatório. A indenização a ser recebida
pelo segurado no caso de sinistro deve corresponder ao real prejuízo do interesse segurado. Há
de ser apurado por perícia técnica o alcance do dano. O limite máximo é o da garantia fixada na
apólice. Se os prejuízos forem menores do que o limite máximo fixado na apólice, o segurador só
está obrigado a pagar por aquilo que realmente aconteceu. STJ. 3ª Turma. REsp 1473828-RJ,
Rel. Min. Moura Ribeiro, julgado em 27/10/2015 (Info 573).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Cláusula que prevê prorrogação da fiança em caso de prorrogação do contrato principal
Direito Civil Contratos Fiança
Origem: STJ

É válida a cláusula que prevê a prorrogação automática da fiança em caso de prorrogação do


contrato principal? SIM. É lícita (e, portanto, válida) cláusula em contrato de mútuo bancário que
preveja expressamente que a fiança prestada prorroga-se automaticamente com a prorrogação
do contrato principal. Em regra, a fiança não se estende além do período de tempo previsto no
contrato. Justamente por isso, para que a fiança seja prorrogada, é preciso a concordância
expressa do fiador. Sobre o tema, o STJ editou, inclusive, um enunciado: Súmula 214-STJ: O
fiador na locação não responde por obrigações resultantes de aditamento ao qual não anuiu. No
entanto, o STJ decidiu que é válido que o contrato preveja uma cláusula dizendo que, em caso de
prorrogação do contrato principal, a fiança (pacto acessório) também será prorrogada. Havendo
expressa e clara previsão contratual da manutenção da fiança, em caso de prorrogação do
contrato principal, o pacto acessório também é prorrogado automaticamente, seguindo a sorte do
principal. STJ. 2ª Seção. REsp 1253411-CE, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 24/6/2015
(Info 565). STJ. 3ª Turma. AgRg no AREsp 731315/RS, Rel. Min. Moura Ribeiro, julgado em
03/09/2015.

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Prazo decadencial para ajuizamento de ação anulatória no procedimento arbitral
Direito Civil Contratos Arbitragem

Origem: STJ

O art. 32 da Lei nº 9.307/96 elenca hipóteses nas quais a sentença arbitral é nula. Essa nulidade
é declarada pelo Poder Judiciário. Verificando alguma das situações do art. 32, a parte
interessada poderá propor ação de declaração de nulidade da sentença arbitral. A ação de
declaração de nulidade deve ser proposta em, no máximo, 90 dias após o recebimento da
notificação da sentença arbitral. Imagine agora a seguinte situação: em fevereiro de 2014 foi
proferida sentença arbitral parcial; em abril de 2014, foi prolatada sentença arbitral final.
Suponhamos que a parte interessada deseja anular a sentença arbitral parcial. O prazo para a
ação anulatória começou a correr em fevereiro ou em abril? Em fevereiro. O prazo decadencial de
90 dias para o ajuizamento de ação anulatória (art. 33, § 1º, da Lei nº 9.307/96) em face de
sentença arbitral parcial conta-se a partir do trânsito em julgado desta (sentença parcial), e não
do trânsito em julgado da sentença arbitral final. Obs: neste julgado o STJ afirmou que, mesmo
antes da alteração promovida pela Lei 13.129/2015, era possível a prolação de sentença arbitral
parcial, especialmente na hipótese de as partes signatárias assim convencionarem. STJ. 3ª
Turma. REsp 1519041-RJ, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 1º/9/2015 (Info 568).
Ver julgado Adicionar aos favoritos
Base de cálculo de multa em caso de cláusula com desconto de bonificação
Direito Civil Contratos Locação de bens imóveis urbanos

Origem: STJ

Na hipótese em que, na data de vencimento, o valor do aluguel seja cobrado com incidência de
desconto de bonificação, a multa prevista para o caso de atraso no pagamento deverá incidir
sobre o valor do aluguel com o referido desconto. STJ. 4ª Turma. REsp 832293-PR, Rel. Min.
Raul Araújo, julgado em 20/8/2015 (Info 572).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Pagamento da indenização na ausência de indicação do beneficiário na apólice do seguro
de vida
Direito Civil Contratos Seguro

Origem: STJ

Na hipótese em que o segurado tenha contratado seguro de vida sem indicação de beneficiário e,
na data do óbito, esteja separado de fato e em união estável, o capital segurado deverá ser pago:
• metade aos herdeiros (segundo a ordem da vocação hereditária); e • a outra metade será
dividida entre a cônjuge não separada judicialmente e a companheira. Ex: João fez um contrato
de seguro de vida. Na apólice, contudo, não constou quem seriam os beneficiários que deveriam
receber a indenização quando o segurado morresse. O valor da indenização previsto no contrato
era de R$ 200 mil. Na época em que assinou o contrato de seguro, João era casado com Maria,
sob o regime da comunhão universal de bens, e tinha com ela 3 filhos. Ocorre que, ainda na
vigência do contrato, João deixou de viver com Maria e, apesar de não se divorciar nem se
separar judicialmente, passou muitos anos fora de casa e iniciou uma união estável com Antônia.
Determinado dia, João faleceu. Os 3 filhos (herdeiros) receberão R$ 100 mil; Maria receberá R$
50 mil; Antônia terá direito a R$ 50 mil. STJ. 3ª Turma. REsp 1401538-RJ, Rel. Min. Ricardo Villas
Bôas Cueva, julgado em 4/8/2015 (Info 566).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Nos contratos agrários, é nula a cláusula de renúncia à indenização pelas benfeitorias
necessárias e úteis
Direito Civil Contratos Outros contratos
Origem: STJ

No contrato de parceria agrícola, é possível a previsão de uma cláusula por meio da qual o
outorgado (que irá trabalhar a terra) renuncia ao direito às benfeitorias que realizar? NÃO. Nos
contratos agrários, é NULA a cláusula de renúncia à indenização pelas benfeitorias necessárias e
úteis. Os contratos de direito agrário são regidos tanto por elementos de direito privado, como por
normas de caráter público e social, de observância obrigatória e, por isso, irrenunciáveis, tendo
como finalidade principal a proteção daqueles que, pelo seu trabalho, tornam a terra produtiva e
dela extraem riquezas, conferindo efetividade à função social da propriedade. Apesar de sua
natureza privada e de ser regulado pelos princípios gerais que regem o direito comum, o contrato
agrário sofre repercussões de direito público em razão de sua importância para o Estado, do
protecionismo que se quer emprestar ao homem do campo, à função social da propriedade e ao
meio ambiente, fazendo com que a máxima do "pacta sunt servanda" não se opere em absoluto
nestes casos. A legislação dos contratos de parceria agrícola preconiza o direito à indenização
pelas benfeitorias como sendo uma cláusula obrigatória. Logo, não pode o contrato de parceria
agrícola prever a renúncia à indenização pelas benfeitorias necessárias e úteis, sendo nula
qualquer disposição nesse sentido. STJ. 4ª Turma. REsp 1182967-RS, Rel. Min. Luis Felipe
Salomão, julgado em 9/6/2015 (Info 564).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Reajuste do valor do prêmio nos contratos de seguro de vida
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ

A cláusula de contrato de seguro de vida que estabelece o aumento do prêmio do seguro de


acordo com a faixa etária mostra-se abusiva quando imposta ao segurado maior de 60 anos de
idade e que conte com mais de 10 anos de vínculo contratual. STJ. 3ª Turma. REsp 1376550-RS,
Rel. Min. Moura Ribeiro, julgado em 28/4/2015 (Info 561).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Ilegitimidade ativa do fiador para pleitear em juízo a revisão do contrato principal
Direito Civil Contratos Fiança
Origem: STJ

Pedro faz um contrato de mútuo bancário, ou seja, toma dinheiro emprestado de um banco. João
aceita figurar no contrato como fiador. Depois de algum tempo, João vê que os juros bancários
são muito altos e, preocupado com eventual inadimplência, resolve ingressar, em nome próprio,
com uma ação contra o Banco pedindo a revisão do contrato sob a alegação de que os juros são
abusivos e, por isso, merecem ser reduzidos. João tem legitimidade para propor essa demanda?
NÃO. O fiador de mútuo bancário NÃO tem legitimidade para, exclusivamente e em nome próprio,
pleitear em juízo a revisão e o afastamento de cláusulas e encargos abusivos constantes do
contrato principal. O fiador até possui interesse de agir, mas falta-lhe LEGITIMAÇÃO, já que ele
não é titular do direito material que se pretende tutelar em juízo (não foi ele quem assinou o
contrato de mútuo). STJ. 3ª Turma. REsp 926792-SC, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva,
julgado em 14/4/2015 (Info 560).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Seguro de vida e suicídio
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ

No seguro de vida, se o segurado se suicidar, a seguradora continua tendo obrigação de pagar a


indenização? • Se o suicídio ocorreu ANTES dos dois primeiros anos do contrato: NÃO. O
beneficiário não terá direito ao capital estipulado quando o segurado se suicida nos primeiros dois
anos de vigência inicial do contrato ou nos dois primeiros anos depois de o contrato ter sido
reiniciado (recondução) depois de um tempo suspenso (art. 798 do CC). Obs: o beneficiário não
terá direito à indenização, mas receberá o valor da reserva técnica já formada, ou seja, terá
direito à quantia que o segurado pagou a título de prêmio para a seguradora. A seguradora será
obrigada a devolver ao beneficiário o montante da reserva técnica já formada mesmo que fique
provado que o segurado premeditou o suicídio. • Se o suicídio ocorreu DEPOIS dos dois
primeiros anos do contrato: SIM. Se o suicídio ocorrer depois dos dois primeiros anos do contrato,
será devida a indenização ainda que exista cláusula expressa em contrário. Obs: é nula a
cláusula contratual que exclua a indenização da seguradora em caso de suicídio ocorrido depois
dos dois primeiros anos do contrato (art. 798, parágrafo único). Assim, se o suicídio ocorre depois
dos dois primeiros anos, é devida a indenização ainda que exista cláusula expressa dizendo que
a seguradora não deve indenizar. Atenção: estão SUPERADAS a Súmula 105 do STF, a Súmula
61 do STJ e o Enunciado 187 da Jornada de Direito Civil. STJ. 2ª Seção. REsp 1334005-GO, Rel.
originário Min. Paulo de Tarso Sanseverino, Rel. para acórdão Min. Maria Isabel Gallotti, julgado
em 8/4/2015 (Info 564).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Incidência da Lei 10.931/2004 nas ações judiciais que envolvam o SFH
Direito Civil Contratos Sistema Financeiro de Habitação
Origem: STJ

Aplicam-se aos contratos de financiamento imobiliário do Sistema de Financiamento de Habitação


(SFH) as disposições da Lei 10.931/2004, mormente as referentes aos requisitos da petição
inicial de ação de revisão de cláusulas contratuais (art. 50). STJ. 4ª Turma. REsp 1163283-RS,
Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 7/4/2015 (Info 561).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Legitimidade para cobrança de aluguéis vencidos antes da alienação do imóvel
Direito Civil Contratos Locação de bens imóveis urbanos
Origem: STJ

O proprietário de um imóvel alugado vende este bem para outra pessoa. Se houver alugueis
atrasados, quem tem legitimidade para cobrá-los: o antigo ou o novo proprietário? Em regra, o
antigo. O antigo proprietário (alienante) tem legitimidade para cobrar os aluguéis que tenham
vencido em data anterior à alienação do imóvel. O novo proprietário (adquirente) só terá direito
sobre tais parcelas caso tenha ficado previsto no contrato de compra e venda do imóvel essa
cessão do crédito. STJ. 4ª Turma. REsp 1228266-RS, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em
10/3/2015 (Info 558).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Contrato de corretagem e responsabilidade pelo pagamento da comissão
Direito Civil Contratos Outros contratos
Origem: STJ

Contrato de corretagem é o ajuste por meio do qual o corretor obriga-se a obter para uma pessoa
que o contrata (“cliente” ou “comitente”) um ou mais negócios, conforme as instruções recebidas
(art. 722 do CC). O contrato de corretagem é informal, não precisando ser escrito (pode ser
verbal). De quem é a responsabilidade pelo pagamento da comissão de corretagem: do vendedor
ou do comprador? • Regra: a obrigação de pagar a comissão de corretagem é daquele que
efetivamente contrata o corretor (não importa se é o comprador ou o vendedor). • Exceção: o
contrato firmado entre as partes e o corretor poderá dispor em sentido contrário, ou seja, poderá
prever que comprador e vendedor irão dividir o pagamento, que só o vendedor irá pagar etc. A
remuneração do corretor, se não foi fixada no contrato nem na lei, será arbitrada segundo a
natureza do negócio e os usos locais. No dia-a-dia imobiliário, não havendo previsão contratual,
deverá ser pago ao corretor 6% sobre o valor do imóvel urbano vendido. STJ. 3ª Turma. REsp
1288450-AM, Rel. Min. João Otávio de Noronha, julgado em 24/2/2015 (Info 556).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Ação revisional de contrato por conta da desvalorização do real em face do dólar
Direito Civil Contratos Noções gerais sobre contratos
Origem: STJ
Determinado médico importou um equipamento para utilizar em sua atividade profissional. A
aquisição foi feita por meio de um financiamento celebrado em moeda estrangeira (dólar). Na
época, o valor do dólar e do real eram muito próximos, sendo a conversão próxima de 1 real para
cada 1 dólar. Ocorre que, em janeiro 1999, ocorreu na economia brasileira uma grande
desvalorização do real e o dólar passou a valer cerca de 2 reais. No caso concreto, o médico
pode ser considerado consumidor? NÃO. Não há relação de consumo entre o fornecedor de
equipamento médico-hospitalar e o médico que firmam contrato de compra e venda de
equipamento de ultrassom com cláusula de reserva de domínio e de indexação ao dólar
americano, na hipótese em que o profissional de saúde tenha adquirido o objeto do contrato para
o desempenho de sua atividade econômica. É possível a aplicação da teoria da base objetiva na
presente situação? NÃO. A teoria da base objetiva ou da base do negócio jurídico tem sua
aplicação restrita às relações jurídicas de consumo, não sendo aplicável às contratuais
puramente civis. É possível acolher o pedido do médico para a revisão do contrato com base na
teoria da imprevisão e da onerosidade excessiva? NÃO. Tratando-se de relação contratual
paritária — a qual não é regida pelas normas consumeristas —, a maxidesvalorização do real em
face do dólar americano ocorrida a partir de janeiro de 1999 não autoriza a aplicação da teoria da
imprevisão ou da teoria da onerosidade excessiva, com intuito de promover a revisão de cláusula
de indexação ao dólar americano. O histórico econômico do Brasil já indicava que seria possível
que ocorresse uma desvalorização do real frente ao dólar, não sendo possível, portanto, falar que
isso era um fato imprevisível ou extraordinário. STJ. 3ª Turma. REsp 1321614-SP, Rel. originário
Min. Paulo de Tarso Sanseverino, Rel. para acórdão Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em
16/12/2014 (Info 556).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Prazo decadencial para a ação redibitória
Direito Civil Contratos Compra e venda
Origem: STJ

O prazo decadencial para o exercício da pretensão redibitória ou de abatimento do preço de bem


móvel é de 30 dias (art. 445 do CC). No caso de vício oculto em coisa móvel, o adquirente tem o
prazo máximo de 180 dias para perceber o vício (§ 1º do art. 445) e, se o notar neste período,
tem o prazo de decadência de 30 dias (a partir da verificação do vício) para ajuizar a ação
redibitória. STJ. 4ª Turma. REsp 1095882-SP, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em
9/12/2014 (Info 554).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Utilização de Tabela Price nos contratos do SFH
Direito Civil Contratos Sistema Financeiro de Habitação
Origem: STJ

A análise acerca da legalidade da utilização da Tabela Price — mesmo que em abstrato — passa,
necessariamente, pela constatação da eventual capitalização de juros (ou incidência de juros
compostos, juros sobre juros ou anatocismo), que é questão de fato e não de direito, motivo pelo
qual não cabe ao STJ tal apreciação (Súmulas 5 e 7 do STJ). É exatamente por isso que, em
contratos cuja capitalização de juros seja vedada, é necessária a interpretação de cláusulas
contratuais e a produção de prova técnica para aferir a existência da cobrança de juros não
lineares, incompatíveis, portanto, com financiamentos celebrados no âmbito do Sistema
Financeiro da Habitação antes da vigência da Lei 11.977?2009, que acrescentou o art. 15-A à Lei
nº 4.380?1964. Em se verificando que matérias de fato ou eminentemente técnicas foram
tratadas como exclusivamente de direito, reconhece-se o cerceamento para que seja realizada a
prova pericial. STJ. Corte Especial. REsp 1124552-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, Corte
Especial, julgado em 3/12/2014 (recurso repetitivo) (Info 554).
Ver julgado Adicionar aos favoritos
Prevalência do valor atribuído pelo fisco para aplicação do art. 108 do CC
Direito Civil Contratos Compra e venda

Origem: STJ

A compra e venda de bens IMÓVEIS pode ser feita por meio de contrato particular ou é
necessário escritura pública? • Em regra: é necessário escritura pública (art. 108 do CC). •
Exceção: a compra e venda pode ser feita por contrato particular (ou seja, sem escritura pública)
se o valor do bem imóvel alienado for inferior a 30 salários-mínimos. Art. 108. Não dispondo a lei
em contrário, a escritura pública é essencial à validade dos negócios jurídicos que visem à
constituição, transferência, modificação ou renúncia de direitos reais sobre imóveis de valor
superior a trinta vezes o maior salário mínimo vigente no País. Para fins do art. 108, deve-se
adotar o preço dado pelas partes ou o valor calculado pelo Fisco? O valor calculado pelo Fisco. O
art. 108 do CC fala em valor do imóvel (e não em preço do negócio). Assim, havendo disparidade
entre ambos, é o valor do imóvel calculado pelo Fisco que deve ser levado em conta para verificar
se será necessária ou não a elaboração da escritura pública. A avaliação feita pela Fazenda
Pública para fins de apuração do valor venal do imóvel é baseada em critérios objetivos, previstos
em lei, os quais admitem aos interessados o conhecimento das circunstâncias consideradas na
formação do quantum atribuído ao bem. Logo, trata-se de um critério objetivo e público que evita
a ocorrência de fraudes. Obs: está superado o Enunciado 289 das Jornadas de Direito Civil do
CJF. STJ. 4ª Turma. REsp 1099480-MG, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 2/12/2014 (Info 562).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Via processual adequada para cobrança da indenização em seguro de automóvel
Direito Civil Contratos Seguro

Origem: STJ

A via adequada para cobrar a indenização securitária fundada em contrato de seguro de


automóvel é a ação de conhecimento (e não a ação executiva). Não é possível propor
diretamente a execução nesse caso porque o contrato de seguro de automóvel não se enquadra
como título executivo extrajudicial (art. 585 do CPC 1973 / art. 784 do CPC 2015). Por outro lado,
os contratos de seguro de vida, por serem dotados de liquidez, certeza e exigibilidade, são títulos
executivos extrajudiciais (art. 585, III, do CPC 1973 / art. 784, VI, do CPC 2015), podendo ser
cobrados por meio de ação de execução. STJ. 3ª Turma. REsp 1416786-PR, Rel. Min. Ricardo
Villas Bôas Cueva, julgado em 2/12/2014 (Info 553).

Ver julgado Adicionar aos favoritos

Resultados da busca de jurisprudência137 julgados encontrados

A quitação do saldo residual é de responsabilidade do mutuário nos contratos sem FCVS


Direito Civil Contratos Sistema Financeiro de Habitação

Origem: STJ

Nos contratos de financiamento celebrados no âmbito do Sistema Financeiro de Habitação (SFH),


sem cláusula de garantia de cobertura do Fundo de Compensação das Variações Salariais
(FCVS), o saldo devedor residual deverá ser suportado pelo mutuário. STJ. 2ª Seção. REsp
1447108-CE e REsp 1443870-PE, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 22/10/2014
(recurso repetitivo) (Info 550).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Morte decorrente de AVC não está abrangida em seguro de acidentes pessoais
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ

Determinada pessoa contratou um seguro de acidentes pessoais por meio do qual seus herdeiros
receberiam a indenização caso ela falecesse em decorrência de morte acidental. Se essa pessoa
falecer em decorrência de um AVC, seus herdeiros não terão direito a indenização. Isso porque o
óbito decorrente do AVC não pode ser caracterizado como morte acidental, sendo hipótese de
morte natural. A Resolução CNSP nº 117/2004 do Conselho Nacional de Seguros Privados traz a
definição do que seja acidente pessoal. A distinção básica entre a morte acidental e a morte
natural está no fato de que a primeira decorre de um evento diretamente externo, enquanto a
segunda é causada por um fator de natureza interna, como é o caso das doenças. Para que seus
herdeiros tivessem direito à indenização pela morte decorrente do AVC, essa pessoa deveria ter
feito um seguro de vida. STJ. 1ª Turma. REsp 1443115-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva,
julgado em 21/10/2014 (Info 550).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Antes da entrega da proposta de seguro à seguradora, não há contrato de seguro
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ

O proprietário de automóvel furtado não terá direito a indenização securitária se a proposta de


seguro do seu veículo somente houver sido enviada à seguradora após a ocorrência do furto. No
caso concreto, o proprietário somente entregou a proposta de seguro preenchida e assinada à
seguradora após o seu veículo ter sido furtado. Logo, não tem direito à indenização. STJ. 3ª
Turma. REsp 1273204-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em 7/10/2014 (Info 551).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Sistema de amortização em série gradiente
Direito Civil Contratos Sistema Financeiro de Habitação

Origem: STJ

A utilização do Sistema de Amortização em Série Gradiente em contratos do Sistema Financeiro


da Habitação (SFH) não é incompatível com o Plano de Equivalência Salarial (PES). Obs: o
Sistema de Amortização em Série Gradiente (“Tabela Gradiente”) é uma forma utilizada para
calcular as amortizações dos pagamentos efetuados pelos mutuários nos saldos devedores. STJ.
3ª Turma. REsp 1114035-PR, Rel. originário Min. Sidnei Beneti, Rel. para acórdão Min. João
Otávio de Noronha, julgado em 7/10/2014 (Info 552).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


MP tem legitimidade para ajuizar ACP em defesa de mutuários do SFH
Direito Civil Contratos Sistema Financeiro de Habitação

Origem: STJ

O Ministério Público tem legitimidade ad causam para propor ação civil pública com a finalidade
de defender interesses coletivos e individuais homogêneos dos mutuários do Sistema Financeiro
da Habitação. O STJ entende que os temas relacionados com SFH possuem uma expressão para
a coletividade e o interesse em discussão é socialmente relevante. STJ. 3ª Turma. REsp
1114035-PR, Rel. originário Min. Sidnei Beneti, Rel. para acórdão Min. João Otávio de Noronha,
julgado em 7/10/2014 (Info 552).
Ver julgado Adicionar aos favoritos
Títulos de capitalização
Direito Civil Contratos Outros contratos

Origem: STJ

A capitalização é um contrato por meio do qual uma das partes (aderente/prestamista) se


compromete a pagar, durante um prazo fixado no ajuste, prestações pecuniárias mensais a uma
sociedade de capitalização (capitalizadora) e esta, em contrapartida, se obriga a realizar sorteios
periódicos nos quais o aderente poderá ser contemplado com prêmios ou, então, ao final do
ajuste o contratante receberá de volta parte ou a totalidade das prestações efetuadas (isso irá
depender das condições contratuais). Ex.: “Tele Sena”. Alguns títulos de capitalização permitem o
resgate dos valores antes do fim do prazo. No entanto, a maioria dos contratos possui cláusula
prevendo um prazo de carência, ou seja, um período inicial em que o capital fica indisponível, não
podendo ser resgatado pelo aderente. É válida a cláusula contratual que estipula prazo de
carência para o resgate? SIM. Desde que redigida em estrita obediência ao previsto na legislação
vigente, é válida a cláusula contratual que prevê prazo de carência para resgate antecipado dos
valores aplicados em título de capitalização. A cláusula que estipule prazo de carência nos
contratos de capitalização deve ser clara e precisa, a fim de atender todas as diretrizes
insculpidas no Código de defesa do Consumidor e garantir transparência suficiente nas relações
jurídicas estabelecidas entre aderente e sociedade de capitalização. STJ. 2ª Seção. EREsp
1354963-SP, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 24/9/2014 (Info 550).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Transação feita entre o segurado e a vítima sem anuência da seguradora
Direito Civil Contratos Seguro

Origem: STJ

No seguro de responsabilidade civil, o segurado não pode, em princípio, reconhecer sua


responsabilidade, transigir ou confessar, judicial ou extrajudicialmente, em favor do lesado a
menos que haja prévio e expresso consentimento do ente segurador, pois, caso contrário,
perderá o direito à garantia securitária, ficando pessoalmente obrigado perante o terceiro, sem
direito de reembolso do que despender (§ 2º do art. 787 do CC). No entanto, se não há
demonstração de que a transação feita pelo segurado e pela vítima do acidente de trânsito foi
abusiva, infundada ou desnecessária, mas, ao contrário, sendo evidente que o sinistro de fato
aconteceu e o acordo realizado foi em termos favoráveis tanto ao segurado quanto à seguradora,
não há razão para se interpretar a regra do art. 787, § 2º, do CC em termos absolutos e afastar o
ressarcimento do segurado. STJ. 3ª Turma. REsp 1133459-RS, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas
Cueva, julgado em 21/8/2014 (Info 548).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Denúncia de contrato de locação de imóvel onde funciona hospital
Direito Civil Contratos Locação de bens imóveis urbanos

Origem: STJ

O art. 53 da Lei 8.245/91 estabelece que o locador de imóvel utilizado por hospitais somente
poderá fazer a denúncia do contrato se houver uma dos motivos elencados na lei. É a chamada
“denúncia cheia”. O STJ confere interpretação restritiva ao art. 53 e afirma que ele não protege o
local em que são desempenhadas as atividades administrativas de estabelecimentos de saúde.
Assim, pode haver denúncia vazia de contrato de locação de imóvel não residencial ocupado por
instituição de saúde apenas para o desempenho de atividades administrativas, como marcação
de consultas e captação de clientes, não se aplicando o benefício legal previsto no art. 53 da Lei
de Locações. STJ. 3ª Turma. REsp 1310960-SP, Rel. Min. Paulo de Tarso Sanseverino, julgado
em 4/9/2014 (Info 547).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Seguro de veículo e agravamento do risco pela condução por motorista não habilitado
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ

Caso a sociedade empresária segurada, de forma negligente, deixe de evitar que empregado não
habilitado dirija o veículo objeto do seguro, ocorrerá a exclusão do dever de indenizar se
demonstrado que a falta de habilitação importou em incremento do risco. STJ. 3ª Turma. REsp
1412816-SC, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 15/5/2014 (Info 542).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Incidência da Lei nº 8.245/91 aos imóveis locados por empresa pública
Direito Civil Contratos Locação de bens imóveis urbanos
Origem: STJ

As empresas públicas são dotadas de personalidade jurídica de direito privado e, ressalvadas as


hipóteses constitucionais, sujeitam-se ao regime jurídico próprio das empresas privadas, inclusive
nas relações jurídicas contratuais que venham a manter. Assim, se uma empresa pública realiza
contrato de locação comercial de imóvel de sua propriedade, sendo o imóvel locado bem de
natureza privada, o contrato locatício firmado também é de natureza privada, e não
administrativa, submetendo-se à Lei de Locações. O art. 1º, “a”, “1” da Lei 8.245/91 somente
exclui do seu âmbito as locações de imóveis de propriedade da União, dos Estados e dos
Municípios, de suas autarquias e fundações públicas. Logo, as empresas públicas e sociedades
de economia mista submetem-se à Lei 8.245/91. STJ. 4ª Turma. REsp 1224007-RJ, Rel. Min.
Luis Felipe Salomão, julgado em 24/4/2014 (Info 542).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Quitação dada em escritura pública gera presunção relativa de veracidade
Direito Civil Contratos Compra e venda
Origem: STJ

A quitação dada em escritura pública gera presunção relativa do pagamento, admitindo prova em
contrário que evidencie a invalidade do instrumento eivado de vício que o torne falso. Nos termos
do art. 215 do CC, a escritura lavrada em cartório tem fé pública, o que significa dizer que é
documento dotado de presunção de veracidade. Ocorre que essa presunção legal de que trata o
art. 215 do CC é relativa. Portanto, a quitação dada em escritura pública não é uma “verdade
indisputável” (absoluta), na medida em que admite a prova de que o pagamento não foi
efetivamente realizado, evidenciando, ao fim, a invalidade do instrumento em si, porque eivado de
vício que o torna falso. Assim, entende-se que a quitação dada em escritura pública presume o
pagamento, até que se prove o contrário. STJ. 3ª Turma. REsp 1438432-GO, Rel. Min. Nancy
Andrighi, julgado em 22/4/2014 (Info 541).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Direito de manter o plano de saúde caso seja demitido sem justa causa
Direito Civil Contratos Outros contratos

Origem: STJ
Os trabalhadores demitidos sem justa causa têm direito a manter, pelo período máximo de 24
meses, o plano de saúde com as mesmas condições que gozavam durante o contrato de
trabalho, desde que assumam o pagamento integral da contribuição. O empregado, ao ser
demitido sem justa causa, deve ser expressamente comunicado pelo ex-empregador do seu
direito de permanecer no plano. Enquanto não for informado e não passar o prazo de opção, ele
não poderá ser desligado do plano. STJ. 3ª Turma. REsp 1237054-PR, Rel. Min. Paulo de Tarso
Sanseverino, julgado em 22/4/2014 (Info 542).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Demora excessiva da seguradora para responder proposta de seguro
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ

A seguradora de veículos não pode, sob a justificativa de não ter sido emitida a apólice de
seguro, negar-se a indenizar sinistro ocorrido após a contratação do seguro junto à corretora de
seguros se não houve recusa da proposta pela seguradora em um prazo razoável, mas apenas
muito tempo depois e exclusivamente em razão do sinistro. STJ. 4ª Turma. REsp 1306367-SP,
Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 20/3/2014 (Info 537).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Doação inoficiosa e herdeiro que cedeu sua parte na herança
Direito Civil Contratos Doação
Origem: STJ

Doação inoficiosa é a que invade a legítima dos herdeiros necessários. A pessoa que tenha
herdeiros necessários só pode doar até o limite máximo da metade de seu patrimônio,
considerando que a outra metade é a chamada “legítima” (art. 1.846 do CC) e pertence aos
herdeiros necessários. A doação inoficiosa é nula (art. 549 do CC) Ação cabível para se obter a
anulação: ação de nulidade de doação inoficiosa (ação de redução). Prazo da ação: 10 anos (art.
205 do CC) (STJ REsp 1049078/SP). Quando se inicia esse prazo: conta-se a partir do registro
do ato jurídico que se pretende anular. Quem pode propor: apenas os herdeiros necessários do
doador. Mesmo que o herdeiro necessário tenha cedido sua parte na herança, ele terá
legitimidade para a ação de anulação? SIM. O herdeiro que cede seus direitos hereditários
continua tendo legitimidade para pleitear a declaração de nulidade de doação inoficiosa realizada
pelo autor da herança em benefício de terceiros. STJ. 3ª Turma. REsp 1361983-SC, Rel. Min.
Nancy Andrighi, julgado em 18/3/2014 (Info 539).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Fiança prestada por fiador convivente em união estável sem a outorga uxória do outro
companheiro
Direito Civil Contratos Fiança
Origem: STJ

Ainda que a união estável esteja formalizada por meio de escritura pública, é válida a fiança
prestada por um dos conviventes sem a autorização do outro. STJ. 4ª Turma. REsp 1299866-DF,
Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 25/2/2014 (Info 535).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Validade da cláusula que estabelece a prorrogação automática da fiança em caso de
renovação do contrato principal
Direito Civil Contratos Fiança
Origem: STJ

É válida a cláusula que estabelece a prorrogação automática da fiança com a renovação do


contrato principal, cabendo ao fiador, acaso intente a sua exoneração, efetuar, no período de
prorrogação contratual, a notificação de que reza o art. 835 do Código Civil. STJ. 3ª Turma. AgRg
no REsp 1541364/SC, Rel. Min. Marco Aurélio Bellizze, julgado em 01/09/2015. STJ. 4ª Turma.
REsp 1374836-MG, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 3/10/2013 (Info 534).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Exigência de exames médicos prévios
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ

A seguradora que não exigiu exames médicos previamente à contratação não pode descumprir a
obrigação indenizatória sob a alegação de que houve omissão de informações pelo segurado
quanto à doença preexistente, salvo quando ficar provado que o contratante agiu de má-fé. STJ.
3ª Turma. AgRg no REsp 1286741-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, julgado em
15/8/2013 (Info 529).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Teoria da imprevisão e resolução do contrato por onerosidade excessiva
Direito Civil Contratos Noções gerais sobre contratos
Origem: STJ

A ocorrência de “ferrugem asiática” na lavoura de soja não enseja, por si só, a resolução de
contrato de compra e venda de safra futura em razão de onerosidade excessiva. Isso porque o
advento dessa doença em lavoura de soja não constitui o fato extraordinário e imprevisível
exigido pelo art. 478 do CC/2002, que dispõe sobre a resolução do contrato por onerosidade
excessiva. STJ. 3ª Turma. REsp 866414-GO, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 20/6/2013
(Info 526).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Rescisão de contrato de compra e venda e correção monetária quanto às parcelas pagas
Direito Civil Contratos Compra e venda
Origem: STJ

No caso de rescisão de contrato de compra e venda de imóvel, a correção monetária do valor


correspondente às parcelas pagas, para efeitos de restituição, incide a partir de cada
desembolso. STJ. 4ª Turma. REsp 1305780-RJ, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em
4/4/2013 (Info 522).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Administração de imóveis
Direito Civil Contratos Outros contratos

Origem: STJ

A administradora de imóveis é parte legítima para figurar no polo passivo de ação que objetive
indenização por perdas e danos na hipótese em que a pretensão veiculada na petição inicial diga
respeito, não à mera cobrança de alugueres atrasados, mas sim à sua responsabilização civil
pela má administração do imóvel. A imobiliária deve indenizar o proprietário pelas perdas e danos
decorrentes da frustração de execução de alugueres e débitos relativos às cotas condominiais e
tributos inadimplidos na hipótese em que a referida frustração tenha sido ocasionada pela
aprovação deficitária dos cadastros do locatário e do seu respectivo fiador. STJ. 4ª Turma. REsp
1103658-RN, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 4/4/2013 (Info 519).

Ver julgado Adicionar aos favoritos

Resultados da busca de jurisprudência137 julgados encontrados

Evicção
Direito Civil Contratos Noções gerais sobre contratos
Origem: STJ

Para que o evicto possa exercer os direitos resultantes da evicção, na hipótese em que a perda
da coisa adquirida tenha sido determinada por decisão judicial, não é necessário o trânsito em
julgado da referida decisão. O direito que o evicto tem de cobrar indenização pela perda da coisa
evicta independe, para ser exercitado, de ele ter denunciado a lide ao alienante na ação em que
terceiro reivindicara a coisa. STJ. 4ª Turma. REsp 1332112-GO, Rel. Min. Luis Felipe Salomão,
julgado em 21/3/2013 (Info 519).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Corretagem
Direito Civil Contratos Outros contratos
Origem: STJ

Ainda que o negócio jurídico de compra e venda de imóvel não se concretize em razão do
inadimplemento do comprador, é devida comissão de corretagem no caso em que o corretor
tenha intermediado o referido negócio jurídico, as partes interessadas tenham firmado contrato de
promessa de compra e venda e o promitente comprador tenha pagado o sinal. STJ. 3ª Turma.
REsp 1339642-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 12/3/2013 (Info 518).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Cooperativa (responsabilidade dos cooperados)
Direito Civil Contratos Outros contratos
Origem: STJ

A distribuição aos cooperados dos eventuais prejuízos da cooperativa deve ocorrer de forma
proporcional à fruição, por cada um deles, dos serviços prestados pela entidade, ainda que haja
alteração do estatuto por deliberação da Assembleia Geral Ordinária determinando que a
distribuição dos prejuízos seja realizada de forma igualitária. STJ. 3ª Turma. REsp 1303150-DF,
Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 5/3/2013 (Info 520).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Ação de despejo (legitimidade ativa)
Direito Civil Contratos Locação de bens imóveis urbanos
Origem: STJ

O locador, ainda que não seja o proprietário do imóvel alugado, é parte legítima para a
propositura de ação de despejo fundada na prática de infração legal/contratual ou na falta de
pagamento de aluguéis. STJ. 3ª Turma. REsp 1196824-AL, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva,
julgado em 19/2/2013 (Info 515).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Venda de ascendente a descendente
Direito Civil Contratos Compra e venda
Origem: STJ

Para que a venda de ascendente para descendente seja anulada (art. 496 do CC), é
imprescindível que o autor da ação anulatória comprove, no caso concreto, a efetiva ocorrência
de prejuízo aos herdeiros necessários, não se admitindo a alegação de prejuízo presumido. Isso
porque este negócio jurídico não é nulo (nulidade absoluta), mas sim meramente anulável
(nulidade relativa). Logo, não é possível ao magistrado reconhecer a procedência do pedido no
âmbito de ação anulatória da venda de ascendente a descendente com base apenas em
presunção de prejuízo decorrente do fato de o autor da ação anulatória ser absolutamente
incapaz quando da celebração do negócio por seus pais e irmão. STJ. 4ª Turma. REsp 1211531-
MS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 5/2/2013 (Info 514).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Alienação de imóvel locado
Direito Civil Contratos Locação de bens imóveis urbanos
Origem: STJ

O comprador de imóvel locado não tem direito a proceder à denúncia do contrato de locação
ainda vigente sob a alegação de que o contrato não teria sido objeto de averbação na matrícula
do imóvel se, no momento da celebração da compra e venda, tivera inequívoco conhecimento da
locação e concordara em respeitar seus termos. STJ. 3ª Turma. REsp 1269476-SP, Rel. Ministra
Nancy Andrighi, julgado em 5/2/2013 (Info 515).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Momento em que se apura o excesso na doação (invasão da legítima)
Direito Civil Contratos Doação
Origem: STJ

A pessoa que tenha herdeiros necessários só pode doar até o limite máximo da metade de seu
patrimônio, considerando que a outra metade é a chamada “legítima” (art. 1.846 do CC) e
pertence aos herdeiros necessários. Doação inoficiosa é a que invade a legítima dos herdeiros
necessários, sendo vedada pelo ordenamento jurídico (art. 549 do CC). O excesso na doação
(invasão da legítima) é apurado levando-se em conta o valor do patrimônio do doador ao tempo
da doação, e não o patrimônio estimado no momento da abertura da sucessão do doador. STJ. 2ª
Seção. AR 3493-PE, Rel. Min. Massami Uyeda, Rel. p/ Acórdão Ministro Luis Felipe Salomão,
julgado em 12/12/2012 (Info 512).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Procedência da ação renovatória e termo inicial do prazo para desocupação
Direito Civil Contratos Locação de bens imóveis urbanos
Origem: STJ

Se a ação renovatória for julgada improcedente e, com isso, a locação comercial não for
renovada, o juiz determinará a desocupação do imóvel alugado (despejo) no prazo de 30 dias. O
termo inicial deste prazo é a data da intimação pessoal do locatário realizada por meio do
mandado de despejo. STJ. 3ª Turma. REsp 1307530-SP, Rel. originário Min. Paulo de Tarso
Sanseverino, Rel. para acórdão Min. Sidnei Beneti, julgado em 11/12/2012 (Info 513).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Doença preexistente e morte por conta de moléstia diversa
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ

A doença preexistente não informada no momento da contratação do seguro de vida não exime a
seguradora de honrar sua obrigação se o óbito decorrer de causa diversa da doença omitida.
STJ. 4ª Turma. REsp 765471-RS, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julgamento em 6/12/2012 (Info
512).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Mora no caso de contrato de aluguel
Direito Civil Contratos Locação de bens imóveis urbanos
Origem: STJ

No contrato de aluguel, a mora é ex re, ou seja, independente de prévia notificação por se tratar
de obrigação positiva, líquida e com termo certo de vencimento. Assim, se o contrato especifica o
valor do aluguel e a data de pagamento, os juros de mora fluem a partir do vencimento das
prestações, e não a partir da citação do devedor na ação de execução. STJ. 4ª Turma. REsp
1264820-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 13/11/2012 (Info 509).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Arbitragem e relação de consumo
Direito Civil Contratos Arbitragem

Origem: STJ

É nula a cláusula que determine a utilização compulsória da arbitragem em contrato que envolva
relação de consumo, ainda que de compra e venda de imóvel, salvo se houver posterior
concordância de ambas as partes. STJ. 3ª Turma. REsp 1169841-RJ, Rel. Min. Nancy Andrighi,
julgado em 6/11/2012.

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Negativa da seguradora de contratar seguro de vida
Direito Civil Contratos Seguro

Origem: STJ

A negativa pura e simples da seguradora de contratar seguro de vida com pessoa que teve
doença grave no passado é ILÍCITA, violando a regra do art. 39, IX, do CDC. STJ. 3ª Turma.
REsp 1300116-SP, Rel. Min. Nancy Andrighi, julgado em 23/10/2012 (Info 507).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Apólice que prevê cobertura para furto e roubo abrange também a extorsão
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ
Se a apólice do seguro do carro previa a cobertura apenas para furto e roubo, a seguradora
mesmo assim terá que pagar a indenização caso o veículo seja perdido por conta de uma
extorsão. Como a distinção entre roubo e extorsão é muito sutil, o STJ entendeu que essa
delimitação trazida pela cláusula do contrato não era clara ao consumidor, razão pela qual
deveria se entender que o seguro, ao mencionar roubo, abrangia também os casos de extorsão.
STJ. 4ª Turma. REsp 1106827-SP, Rel. Min. Marco Buzzi, julgado em 16/10/2012 (Info 506).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Nulidade da cláusula arbitral
Direito Civil Contratos Arbitragem
Origem: STJ

Segundo a Lei de Arbitragem (art. 8º, parágrafo único, da Lei 9.307/96), se a parte quiser arguir a
nulidade da cláusula arbitral deverá formular esse pedido, em primeiro lugar, ao próprio árbitro,
sendo inadmissível que ajuíze diretamente ação anulatória. STJ. 3ª Turma. REsp 1302900-MG,
Rel. Min. Sidnei Beneti, julgado em 9/10/2012.

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Locação de prédio urbano para explorar estacionamento
Direito Civil Contratos Locação de bens imóveis urbanos
Origem: STJ

A locação de prédio urbano para a exploração de serviço de estacionamento submete-se às


disposições da Lei 8.245/1991. STJ. 3ª Turma. AgRg no REsp 1230012-SP, Rel. Min. Massami
Uyeda, julgado em 2/10/2012 (Info 505).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Comodato
Direito Civil Contratos Outros contratos
Origem: STJ

Se o comodatário negar-se a restituir o bem emprestado, ele ficará obrigado ao pagamento de um


“aluguel-pena”, arbitrado unilateralmente pelo comodante. O valor arbitrado pelo comodante não
precisa ser igual à média do mercado locativo. Segundo o STJ, o valor do aluguel-pena pode ser
até o dobro do valor do mercado. STJ. 3ª Turma. REsp 1175848-PR, Rel. Min. Paulo de Tarso
Sanseverino. Julgado em 18/9/2012.

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Transação ou moratória sem anuência do fiador
Direito Civil Contratos Fiança

Origem: STJ

Se houver transação e/ou moratória entre credor e devedor, sem a anuência do fiador, este não
responde pelas obrigações resultantes do pacto adicional (o fiador ficará desonerado). STJ. 4ª
Turma. REsp 1013436-RS, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em 11/9/2012 (Info 504).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Apólice que prevê cobertura para furto qualificado abrange também furto simples
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ

O fato do contrato de seguro ser limitado aos casos de furto qualificado exigiria que fossem
detalhadamente explicadas ao contratante as diferenças entre uma e outra espécie de furto.
Como o consumidor é considerado vulnerável, presume-se que ele não possua esse
conhecimento. Desse modo, se essa distinção não foi expressamente explicada à empresa
contratante, conclui-se que houve uma falha no dever geral de informação, que é direito do
consumidor. Além disso, vale ressaltar que a contratante queria resguardar o seu patrimônio
contra possíveis desfalques, independentemente da sua modalidade, se decorrente de roubo ou
de furto, seja simples ou qualificado, tendo em conta que o segurado deve estar protegido contra
o fato e não contra determinado crime. Assim, esta cláusula é abusiva. STJ. 3ª Turma. REsp
1293006-SP, Rel. Min. Massami Uyeda, julgado em 21/6/2012 (Info 500).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Apólice que prevê cobertura para furto e roubo não abrange apropriação indébita
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ

Se a apólice do seguro previa a cobertura apenas para furto e roubo, a seguradora não terá que
pagar indenização caso ocorra uma apropriação indébita, considerando que tal risco não estava
previsto no contrato de seguro, que é um contrato restritivo. STJ. 4ª Turma. REsp 1177479-PR,
Rel. originário Min. Luis Felipe Salomão, Rel. para o acórdão Min. Antonio Carlos Ferreira, julgado
em 15/5/2012 (Info 497).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Exceção do contrato não cumprido
Direito Civil Contratos Noções gerais sobre contratos
Origem: STJ

Um promitente comprador poderá deixar de pagar as parcelas previstas em contrato alegando a


exceptio non adimpleti contractus (exceção do contrato não cumprido) se o promitente vendedor
não entregar o bem objeto do negócio no prazo previsto, havendo receio concreto de que ele não
transferirá o imóvel ao promitente comprador. STJ. 3ª Turma. REsp 1193739-SP, Rel. Min.
Massami Uyeda, julgado em 3/5/2012.

Ver julgado Adicionar aos favoritos

Responsabilidade objetiva e solidária da seguradora pelos serviços prestados por oficinas


credenciadas
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ

Se a seguradora indica ou credencia determinada oficina mecânica para que realize o conserto
do veículo do segurado, ela passa a ter responsabilidade objetiva e solidária pela qualidade dos
serviços executados no automóvel do consumidor. Ao fazer tal indicação, a seguradora, como
fornecedora de serviços, amplia a sua responsabilidade aos consertos realizados pela oficina
credenciada. STJ. 4ª Turma. REsp 827833-MG, Rel. Min. Raul Araújo, julgado em 24/4/2012 (Info
496).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Mandato
Direito Civil Contratos Outros contratos
Origem: STJ

No contrato de mandato, a morte do mandante ou do mandatário cessa (extingue) o mandato. •


Se o mandante morre, os seus herdeiros têm direito de exigir que o mandatário faça a prestação
de contas do contrato. • Se o mandatário é quem morre, seus herdeiros não têm obrigação de
prestar contas ao mandante. STJ. 3ª Turma. REsp 1122589-MG, Rel. Min. Paulo de Tarso
Sanseverino, julgado em 10/4/2012.

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Óbito em decorrência de cirurgia é considerado morte acidental
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ

A morte em decorrência de lesão no baço ocorrida durante cirurgia bariátrica deve ser reputada
como morte acidental (e não morte natural) para fins de seguro. STJ. 4ª Turma. REsp 1184189-
MS, Rel. Min. Maria Isabel Gallotti, julgado em 15/3/2012 (Info 493).

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Resolução do contrato por onerosidade excessiva e superveniência de evento
extraordinário
Direito Civil Contratos Noções gerais sobre contratos

Origem: STJ

A resolução contratual pela onerosidade excessiva reclama superveniência de evento


extraordinário, impossível às partes antever, não sendo suficiente alterações que se inserem nos
riscos ordinários. STJ. 4ª Turma. REsp 945166-GO, Rel. Min. Luis Felipe Salomão, julgado em
28/2/2012.

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Seguradora e denunciação da lide
Direito Civil Contratos Seguro

Origem: STJ

Súmula 537-STJ: Em ação de reparação de danos, a seguradora denunciada, se aceitar a


denunciação ou contestar o pedido do autor, pode ser condenada, direta e solidariamente junto
com o segurado, ao pagamento da indenização devida à vítima, nos limites contratados na
apólice.

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Não cabimento de ação diretamente contra a seguradora
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ

Súmula 529-STJ: No seguro de responsabilidade civil facultativo, não cabe o ajuizamento de ação
pelo terceiro prejudicado direta e exclusivamente em face da seguradora do apontado causador
do dano.

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Seguro de veículos e transferência sem comunicação à seguradora
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ

Súmula 465-STJ: Ressalvada a hipótese de efetivo agravamento do risco, a seguradora não se


exime do dever de indenizar em razão da transferência do veículo sem a sua prévia
comunicação.

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Contrato de seguro de danos pessoais e danos morais
Direito Civil Contratos Seguro
Origem: STJ

Súmula 402-STJ: O contrato de seguro por danos pessoais compreende danos morais, salvo
cláusula expressa de exclusão.

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Fiança prestada por fiador casado sem a autorização do cônjuge
Direito Civil Contratos Fiança

Origem: STJ

Súmula 332-STJ: A fiança prestada sem autorização de um dos cônjuges implica a ineficácia total
da garantia.

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Fiador que não figurou no processo de despejo não responde pela execução do julgado
Direito Civil Contratos Locação de bens imóveis urbanos
Origem: STJ

Súmula 268-STJ: O fiador que não integrou a relação processual na ação de despejo não
responde pela execução do julgado.

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Fiador não responde pelas obrigações do aditamento que não anuiu
Direito Civil Contratos Locação de bens imóveis urbanos
Origem: STJ

Súmula 214-STJ: O fiador na locação não responde por obrigações resultantes de aditamento ao
qual não anuiu.

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Renúncia à indenização por benfeitorias e direito de retenção nos contratos de locação
Direito Civil Contratos Locação de bens imóveis urbanos
Origem: STJ

Súmula 335-STJ: Nos contratos de locação, é válida a cláusula de renúncia à indenização das
benfeitorias e ao direito de retenção.

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Responsabilidade civil no caso de transporte desinteressado
Direito Civil Contratos Transporte
Origem: STJ

Súmula 145-STJ: No transporte desinteressado, de simples cortesia, o transportador só será


civilmente responsável por danos causados ao transportado quando incorrer em dolo ou culpa
grave.

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Não é válida a cláusula de não indenizar nos contratos de transporte
Direito Civil Contratos Transporte
Origem: STF

Súmula 161-STF: Em contrato de transporte, é inoperante a cláusula de não indenizar.

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Responsabilidade contratual do transportador
Direito Civil Contratos Transporte

Origem: STF

Súmula 187-STF: A responsabilidade contratual do transportador, pelo acidente com o


passageiro, não é elidida por culpa de terceiro, contra o qual tem ação regressiva.

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Taxa de administração dos consórcios
Direito Civil Contratos Outros contratos
Origem: STJ

Súmula 538-STJ: As administradoras de consórcio têm liberdade para estabelecer a respectiva


taxa de administração, ainda que fixada em percentual superior a dez por cento. STJ. 2ª Seção.
Aprovada em 10/06/2015, Dje 15/06/2015.

Ver julgado Adicionar aos favoritos


Lei 9.307/96 pode ser aplicada a contratos anteriores à sua vigência
Direito Civil Contratos Arbitragem
Origem: STJ

Súmula 485-STJ: A Lei de Arbitragem aplica-se aos contratos que contenham cláusula arbitral,
ainda que celebrados antes da sua edição. STJ. Corte Especial, DJe 1/8/2012.

Ver julgado

Potrebbero piacerti anche