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MULTIDISPLINAR
LICENCIATURA EM HISTÓRIA
Nova Iguaçu
2019
CHRISTOPHER ALVES GUIMARÃES
BANCA EXAMINADORA
_______________________________________
Professor Doutor Marcos Caldas
_______________________________________
Professora Doutora Lúcia Helena
________________________________________
Professora Doutora Surama Conde Sá
Primeiramente quero agradecer à minha irmã, melhor amiga e porto seguro:
Teca, que sempre me apoiou antes e durante a graduação e que sempre me
incentivou a ser eu mesmo. Este trabalho também não seria possível sem a
orientação de meu mestre Jedi Luke Skywal ... Professor Marcos Caldas, pelas
conversas nas reuniões de orientação, sua atenção, compreensão e por nunca ter
duvidado da viabilidade do tema e nem de minha capacidade para escrevê-lo (deve
ser difícil orientar um desorientando, mas ele conseguiu). Quero agradecer também
aos meus amigos de graduação, professores, colegas e funcionários, pelas
conversas, orientações e indicações.
Por último, quero agradecer a toda à equipe terceirizada do IM: desde os que
trabalham no bandejão aos que trabalham na limpeza. O funcionamento da
universidade, e o meu aprendizado e o de muitos, é devido ao trabalho, muitas
vezes despercebido e desvalorizado, destas pessoas.
RESUMO
4. Conclusão ............................................................................................................ 44
6.Bibliografia ............................................................................................................ 51
8.Anexos .................................................................................................................. 53
7
1
Isto é, com a publicação de seu livro A crítica da razão pura
2
P.68.
12
3
P.48-57.
4
P.41-48.
5
Ibidem.
13
ciência faz parte da consciência que a sociedade industrial tem de si, é, portanto
uma ideologia, uma falsa consciência. Para um historiador materialista histórico
dialético o conhecimento que não esteja aliado à uma práxis é alienante e faz parte
da ideologia.6 Há aqui um avanço em relação aos paradigmas mencionados
anteriormente: enquanto o positivismo entende que o conhecimento serve como um
instrumento para encontrar leis gerais da história , e o historicismo entende que o
conhecimento histórico sirva para uma melhor compreensão do passado e sua
singularidade, o materialismo histórico dialético entende que o conhecimento além
de servir para compreender a realidade (sem esgotá-la) é também um instrumento
de transformação do presente.
O paradigma do positivismo entra em declínio no auge do século XIX,
principalmente com a primeira guerra, que faz com que a crítica ao projeto de
racionalidade da modernidade entre em cheque. A crise de 29 e ascensão do
fascismo e a criação da União Soviética colocam novos problemas para a história.
Como a história factual poderia explicar um fenômeno profundo como a crise de 29?
Qual é o espaço, dentro da história política tradicional, para explicar a ascensão do
nazi-fascismo não apenas na Europa, mas no mundo?
O paradigma materialista histórico, com o sucesso da revolução de outubro
de 1917, ganha prestígio e passa a disputar espaço dentro do meio acadêmico.
Começam a surgir historiadores que pensam a história dentro do prisma proposto
por Marx e Engels. A escola marxista inglesa é um exemplo dessa tentativa dos
historiadores em aplicar propostas marxistas ao estudo da história.
Conjuntamente ao marxismo, as contribuições da “escola dos annales” (não
confundir com um paradigma) para a ciência histórica foram tamanhas que muitas
das suas propostas para pensar a história, hoje, fazem parte da matriz disciplinar da
história. Não se imagina hoje uma história que não seja problematizadora,
interdisciplinar e historicista. (BARROS, 2012)
Um pequeno parágrafo sobre a relação entre a escola dos annales e o
marxismo é necessário. Não há uma oposição ou rejeição total por ambas as partes
das contribuições propostas e elaboradas.. A escola dos annales não propunha, em
seu programa, a adesão a um paradigma, ou que seus membros se envolvessem
6
Importante ressaltar que o conceito de ideologia possui mais de uma acepção que varia de autor para autor.
A de ideologia como falsa consciência é uma delas e é a que nós escolhemos para fins deste trabalho.
14
7
P.194-206.
8
P.109-140
15
9
P.22-38.
18
10
P.40
19
numa moto seja tipificado como crime e não como desconto na folha de pagamento?
O que esse acontecimento traduz sobre a moral dessa sociedade?
O propósito deste exercício foi o de mostrar que o nosso cotidiano é imbuído
de história. Sendo assim, o nosso presente também o é. Nossos questionamentos
sobre o presente nos levam a buscar a história. Nesse exercício trabalhamos o
presente (o cotidiano) a partir das três contribuições dos annales para a história. E
se neste conseguimos mostrar que um simples trajeto ao local de trabalho é história
então o que dizer de outras dimensões do presente? O historiador trabalha com
fontes, conjecturar sobre cada uma das perguntas feitas acima não é fazer história,
para que um trabalho de história do tempo presente seja um trabalho histórico, ele
precisa usar do método da observação histórica.
2.1 As fontes.
11
P.33-35
12
Ibidem.P.30.
22
2.2 Historicidade.
Sobre o risco de seu trabalho não ser histórico, esse problema é envolvido
por um outro problema que é o de que: se questionar sobre história do tempo
presente é se questionar sobre o que é história e como ela se diferencia da
sociologia, antropologia e jornalismo. Ou seja, é entender qual a especificidade e o
objeto da ciência história.
Em relação ao campo da política, um sociólogo se pergunta sobre e/ou
analisa a correlação de forças, os atores políticos, as estruturas partidárias,
institucionais, os projetos em disputa, os interesses, as alianças, os programas da
conjuntura e do tempo que está inserido. O antropólogo problematiza, estuda e
analisa as relações de alteridade e identidade que existem em campos políticos
distintos e como eles se relacionam. Os jornalistas se questionam sobre coisas
factuais como quem faz acordo com quem, de quem é o triplex, quem ganhou a
eleição e quando, se a faca era de aço inox ou de plástico, quem é o delator, quem é
chefe da quadrilha e assim por diante. Tais considerações não tem como intenção
desmerecer nenhuma dessas disciplinas, pelo contrário, busca apenas mostrar as
suas especificidades. Aliás, a própria história aprendeu muito com os diálogos
interdisciplinares. Os historiadores, sociólogos, antropólogos ou jornalistas são
24
13
P.114.
14
P.41-44.
25
15
Revisto isto é nº 2128. 2010. Versão digital disponível em:
https://istoe.com.br/edicao/600_NUNCA+FOMOS+TAO+FELIZES/ (Acesso em: 21.02.2019)
16
Plano de governo (2019-2022): coligação O povo feliz de novo. (2018)
29
entanto, não é esse argumento que queremos defender, nosso argumento é de que
a polarização mortadelas e coxinhas não é falsa, mas frágil.
Personagens como Eduardo Cunha e Michel Temer se apresentam como um
incômodo aos mortadelas e coxinhas pois eles não se enquadram nessa
polarização. São exemplos em carne e osso do fisiologismo que é característico do
presidencialismo de coalizão17. Além disso, essas ideologias querem se firmar como
algo novo, inédito na política, descontaminado desses fisiologismos 18. Ainda que
seus referenciais tenham presença de longa data na política (e ainda que eles
também atuem conforme as regras do fisiologismo), eles servem como um
amálgama intergeracional dentro dos mortadelas e coxinhas: uma ponte entre o
velho e o jovem. É em figuras altamente controversas, rejeitadas e aprovadas
simultaneamente, que a ideologia mortadela e coxinha ganha representantes, mas é
nas conjunturas políticas que ela ganha conteúdo.
A polarização brasileira entre mortadelas e coxinhas é, portanto um fenômeno
político e social, urbano, construído no meio virtual e material. Esse é o retrato da
ideologia de mortadelas e coxinhas: firmar-se como uma ideologia virtual-material e
desprendida da velha política ao mesmo tempo que mantém referenciais desta.
O nosso marco temporal será o período analisado será aquele que vai de
junho de 2013, tendo as jornadas de junho como marco inicial e outubro de 2018,
com o fim do segundo turno e a eleição de Jair Bolsonaro para a presidência da
república. Escolhi as jornadas de junho como marco inicial por causa do alcance
nacional que elas tiveram, a ponto de terem provocado uma resposta da presidenta
eleita na televisão, mas também porque foram manifestações de múltiplas
ideologias, tornando-se o observador incapaz de enquadrá-las num espectro
ideológico, mas apenas afirmar de que esse era um movimento plural. Além disso as
jornadas de junho inauguraram a presença da internet na organização, agitação e
formação da ação política. Ela consagrou a importância da internet como
instrumento para organização e debate, instrumento este que desempenhou um
17
A discussão sobre o conceito de presidencialismo de coalizão será feita no momento oportuno neste
capítulo, mas para início de discussão o conceito serve para designar a característica do sistema político
brasileiro: o poder executivo é chefiado pela figura do presidente e a forma como este mantém a sua política e
executa seus projetos, isto é, a forma como ele exerce sua governabilidade, é feita através da formação de
coalizões partidárias e regionais, que estabelecem um programa com demandas e expectativas que definem o
campo de ação do presidente.
18
Fisiologismo aqui diz respeito ao comportamento político de se aliar às forças mais fortes do momento ou as
que estão com vantagem. É um comportamento desprovido de ideologia, já que sua motivação vem do
interesse, por parte dos atores políticos, de se manterem no jogo político.
31
formação política tanto dos manifestantes de junho de como seria também para os
mortadelas e coxinhas.
As eleições de 2014 foram polarizadas. No entanto, essa polarização, que se
localiza no período do segundo turno, é diferente daquela que começaria em março
de 2015, pois se trata de uma polarização eleitoral e partidária. Ainda não havia
crise política em outubro de 2014.
É com a crise política que teremos uma polarização entre mortadelas e
coxinhas, a crise fez com que os grupos que reivindicavam suas pautas em junho de
2013 se alinhassem politicamente em torno dos pólos mortadelas e coxinhas,
trazendo uma relativa clareza aos atores. Digo relativa pois as ideologias mortadela
e coxinha são frágeis pois tomam como referência a crise política e esta foi resultado
19
do desgaste da coalizão.
Para entender melhor da fragilidade das ideologias torna-se necessário, um
breve histórico da crise política. A crise que toma forma a partir de 2015, com a
possibilidade no horizonte de deposição da então presidenta Dilma Rousseff, tem
conjunturas bem definidas. Conjunturas estas que são representadas pelas palavras
de ordem que representam cada uma. A crise política brasileira segue conjunturas
que vão desde o “Fora Dilma” até o “Ele não!”. A conjuntura aqui é entendida como o
momento político em que determinado acontecimento na esfera política estava para
acontecer. As palavras de ordem são balizas interessantes pois elas indicam não
apenas a mudança na conjuntura mas quais pautas eram as mais relevantes do
momento.
Na conjuntura do “Fora Dilma!” o eixo central era o encaminhamento do
pedido de impeachment de Dilma Rousseff. A presidenta inicia seu mandato com as
medidas do ajuste fiscal, que fragilizam sua aprovação e dão espaço e munição para
a oposição se organizar. É nesse período que o termo mortadela surge como insulto
àqueles que defendem o mandato de Dilma Rousseff e também é nessa conjuntura
que coxinha passa a ser um termo reconhecido pelos próprios. Outro ponto
importante a ressaltar é a publicação do projeto “Ponte para o futuro”, do (P)MDB,
que mostrava ao empresariado o compromisso com as medidas de austeridade
19
Uma forma de provar essa fragilidade é com a facilidade com que tanto mortadelas como coxinhas se
apropriam de imagens, principalmente os “memes”, como charges e quadrinhos e nisso alteram seu conteúdo
para se adequar às suas visões de mundo. Vide anexo D e E.
33
20
https://www.nexojornal.com.br/demopub/colunistas/2016/Quando-a-met%C3%A1fora-vira-
realidade-reflex%C3%B5es-sobre-o-Muro-de-Bras%C3%ADlia-e-a-intoler%C3%A2ncia (Acesso em
20.02.2019)
34
político tem como característica o fisiologismo, ou seja, o que define as alianças não
são as siglas dos partidos ou suas ideologias, mas os interesses políticos e
particulares de quem essas siglas representam. Os partidos são esvaziados de
ideologia pois esta não possui função pragmática. Quem argumenta que a
polarização do período 2015-2018 é falsa com base no argumento acima ignora as
visões que mortadelas e coxinhas têm do outro (e, consequente, de si) e é isto que
faremos agora.
21
Uma boa mostra disto está no anexo A.
37
22
O mapa da votação no segundo turno das eleições de 2018 ainda mostram essa divisão regional.
38
23
Outro suporte para essa afirmação se encontra no anexo A.
24
Disponível em: http://datafolha.folha.uol.com.br/opiniaopublica/2015/03/1604284-47-foram-a-
avenida-paulista-em-15-de-marco-protestar-contra-a-corrupcao.shtml (Acesso em: 19/02/2019)
39
coalizões, ou seja, o poder executivo que recebe sua legitimidade nacional ao aderir
a um pacto social com as forças políticas regionais (ABRANCHES, 1988).
A dinâmica desse sistema político é baseada na formação de grandes blocos
suprapartidários e regionais que aderem e negociam o programa de governo do
candidato à presidência. Dessa forma, o executivo pode governar sabendo que
alcança a maioria qualificada e que, portanto, seus projetos serão aprovados no
congresso sem dificuldades (ABRANCHES, 1988)25 em caso contrário, o governo
pode se encontrar em situação de paralisia decisória. Além de aprovar projetos que
compõem o programa, o presidente que conta com uma coalizão suprapartidária
pode se proteger da oposição e legitimar-se nacionalmente, isto é, perante as
regiões (e levando em conta as suas complexidades internas).
Fica evidente que os poderes do presidente são limitados devido aos
múltiplos compromissos que ele assume quando é eleito, caso ele rompa esse
pacto, ele perderá a sua base de apoio partidária e regional. Por causa disso, o
sistema do presidencialismo de coalizão corre altos riscos de instabilidade, já que o
presidente não pode governar com uma coalizão mínima. Essa instabilidade - fruto
das alianças partidárias e regionais que representam interesses sociais e
econômicos múltiplos - pode levar numa fragmentação da coalizão e numa
polarização. (p. 27). A única forma de superar essa polarização é através de um
novo pacto, ou seja, na formação de uma nova coalizão e na elaboração de um novo
programa mínimo.
O papel do programa é essencial pois ele diz quais pontos são inegociáveis,
ou seja, quais são os limites políticos e institucionais do presidente. Quanto mais
flexível e agregador o presidenciável (ou o partido), maiores as suas chances de
montar uma ampla coalizão, garantindo assim, sua vitória eleitoral e estabilidade26.
O problema está nos momentos de crise, em que muitas das vezes os interesses
entram em conflito, o que impede a formulação de um programa de âmbito nacional
que conforme os múltiplos atores partidários e regionais em jogo. Isso resulta numa
ruptura com a coalizão, o pacto, que leva tanto a um aprofundamento da crise, como
numa polarização.
A crise da coalizão liderada pelo PT tem seus primeiros ensaios com a
oposição parlamentar do líder do PMDB Eduardo Cunha que posteriormente seria
25
P.22.
26
Ibidem. P.28.
40
27
Disponível em: https://www.bbc.com/portuguese/brasil-37491488 . Acesso em 19/02/2019
28
Dos treze concorrentes, selecionei aqueles que tinham as maiores intenções de votos: Jair
Bolsonaro (PSL), Ciro Gomes (PDT) e Fernando Haddad (PT). O único programa que propunha uma
revogação nas reformas empreendidas por Temer era o de Fernando Haddad. Para acessar o
programa de cada candidato, acesse o link: http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-2018/propostas-
de-candidatos (acesso em 19/02/2019)
41
29
https://torresdaheresia.wordpress.com/2015/08/07/pobre-de-direita/ (Acesso em 19/02/2019)
30
https://www.pragmatismopolitico.com.br/2018/04/pobre-do-pobre-de-direita.html (Acesso em
19/02/2019)
31
https://www.brasil247.com/pt/colunistas/guilhermecoutinho/306466/A-triste-sina-do-pobre-de-
direita.htm (Acesso em 19/02/2019)
42
32
https://www.deverdeclasse.org/l/as-cinco-principais-caracteristicas-dos-pobres-de-direita-leia-e-
compartilhe/ (Acesso em 19.02.2019)
33
Vide anexo B.
43
34
Ver anexo C e F ou http://editoramulticultural.com.br/capa/Entrada/558-esquerda-caviar-e-
esquerda-p%C3%A3o-com-mortadela-quem-s%C3%A3o-o-que-querem-por-que-lutam.html (Acesso
em 19.02.2019)
44
4. Conclusão
35
(OLIVEIRA, 2007)
36
Esse termo entrou em moda com os resultados da pesquisa de 2008 coordenado por Marcelo Neri,
que posteriormente. Segue o link para acesso à
pesquisa:https://www.cps.fgv.br/ibrecps/M3/M3_TextoFinal.pdf (Acesso em 19.02.2019)
45
37
Para citar alguns exemplos: A crise de refugiados da Síria, o boicote social e político ao governo Venezuelano
que gerou uma massa de imigrantes que se concentra nas fronteiras do País, a falência do Estado do Rio de
Janeiro, que cria condições propícias para o estouro da violência urbana e cotidiana, a invasão de terras
47
polarização brasileira trouxe consigo uma banalização do mal que em seus limites
torna legítimo à população a contestação e desmonte de garantias constitucionais e
do estado democrático de direito, bem como atos cotidianos de crueldade seja
contra negros suspeitos ou à população LGBT. Não é uma polarização que traz uma
radicalidade para uma revolução social, não é uma polarização que põe o
trabalhador consciente de frente com as elites dirigentes, mas é sim uma
radicalidade em que a classe consome a si mesma pelo ódio, violência e apatia
enquanto a soberania nacional se esvazia cada vez mais e as condições de
reprodução da classe trabalhadora se tornam cada vez mais desafiadoras.
A polarização entre mortadelas e coxinhas mostra, em profundidade, a
incompatibilidade entre democracia e capitalismo financeiro 38. Nessa configuração a
formação do indivíduo não o transforma em um cidadão democrático mas num
eleitor consumidor, que escolhe seus representantes usando os mesmos critérios
que usa para comprar uma televisão:o bolso. Isto é o eleitor escolhe, aprova ou
rejeita seu candidato, com base na expectativa de que seu consumo não seja
afetado, já que é a única via pela qual ele pode acessar o mundo. Da mesma forma
que o eleitor pega um empréstimo em 48 vezes para comprar uma televisão de alta
resolução ou carro do ano, sem saber se vai conseguir pagar as prestações em
quatro anos, também elege seu candidato sem possuir garantias de que ele
cumprirá com seu programa.
Sobre o primeiro capítulo, é importante afirmar que não existe uma verdade
que seja pura e imaculada, tampouco existe ou existiu homem ou mulher neutro ou
imparcial o suficiente para descobrir tão verdade. Todo conhecimento é oriundo das
condições materiais de um dado tempo numa dada sociedade, são esses dois
fatores que definem os horizontes de caminhos e ações possíveis. O conhecimento
histórico é, portanto, limitado pelo tempo e espaço no qual está inserido o
historiador. Essa limitação, mais do que um defeito ou falha, é uma característica de
todo conhecimento. Todo conhecimento é limitado pelo tempo e espaço, pelo
momento político, pelas limitações biológicas do cientista e pelo o quanto já se sabe
indígenas nas fronteiras agrícolas do agronegócio, a ascensão de grupos supremacistas brancos nos EUA
neonazistas na Europa.
38
Por capitalismo finaneceiro entendemos que seja uma formação social, que é também a fase atual do modo
de produção capitalista, onde a organização da economia ( levando em conta a influência que a organização da
economia tem numa sociedade de mercado) é baseada na lógica do capital financeiro, isto é, aquele capital
que se reproduz na esfera financeira da sociedade.
48
2015 – Março: Protestos pró (13) e contra (15) o governo Dilma Rousseff marcam o
início da crise política e da configuração da polarização mortadelas e coxinhas.´Tem
início a primeira conjuntura da crise política, representada pela palavra de ordem
“Fora Dilma!”
Outubro: É publicado o texto “ponte para o futuro” que serve como indicativo
para entender o programa mínimo que seria executado.
Maio: Tem início a greve dos caminhoneiros contra o preço do óleo diesel.
6.Bibliografia
ane7.Lista de E-links
http://www.tse.jus.br/eleicoes/eleicoes-2018/propostas-de-candidatos
https://www.cps.fgv.br/ibrecps/M3/M3_TextoFinal.pdf
https://www.fundacaoulysses.org.br/wp-content/uploads/2016/11/UMA-PONTE-
PARA-O-FUTURO.pdf
http://datafolha.folha.uol.com.br/opiniaopublica/2015/03/1604284-47-foram-a-
avenida-paulista-em-15-de-marco-protestar-contra-a-corrupcao.shtml (Acesso em:
19/02/2019)
Notícias de jornal:
https://www.nexojornal.com.br/demopub/colunistas/2016/Quando-a-
met%C3%A1fora-vira-realidade-reflex%C3%B5es-sobre-o-Muro-de-
Bras%C3%ADlia-e-a-intoler%C3%A2ncia (Acesso em 20.02.2019)
https://www.pragmatismopolitico.com.br/2018/04/pobre-do-pobre-de-direita.html
(Acesso em 19/02/2019)
https://www.brasil247.com/pt/colunistas/guilhermecoutinho/306466/A-triste-sina-do-
pobre-de-direita.htm (Acesso em 19/02/2019)
Blogs:
https://torresdaheresia.wordpress.com/2015/08/07/pobre-de-direita/ (Acesso em
19/02/2019)
https://www.deverdeclasse.org/l/as-cinco-principais-caracteristicas-dos-pobres-de-
direita-leia-e-compartilhe/ (Acesso em 19.02.2019)
http://editoramulticultural.com.br/capa/Entrada/558-esquerda-caviar-e-esquerda-
p%C3%A3o-com-mortadela-quem-s%C3%A3o-o-que-querem-por-que-lutam.html
(Acesso em 19.02.2019)
53
8.Anexos
Anexo C - Esquerda caviar e esquerda pão com mortadela: quem são? O que
querem? Por que lutam?
55