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F
iel a sua missão de interiorizar o ensino superior no estado Ceará, a UECE,
como uma instituição que participa do Sistema Universidade Aberta do
Fundamentos de Geociência
Brasil, vem ampliando a oferta de cursos de graduação e pós-graduação
na modalidade de educação a distância, e gerando experiências e possibili-
dades inovadoras com uso das novas plataformas tecnológicas decorren-
Ciências Biológicas
tes da popularização da internet, funcionamento do cinturão digital e
massificação dos computadores pessoais.
Comprometida com a formação de professores em todos os níveis e
a qualificação dos servidores públicos para bem servir ao Estado, Fundamentos de Geociência
os cursos da UAB/UECE atendem aos padrões de qualidade
estabelecidos pelos normativos legais do Governo Fede-
ral e se articulam com as demandas de desenvolvi-
mento das regiões do Ceará.
Geografia
12
História
Educação
Física
Ciências Artes
Química Biológicas Plásticas Computação Física Matemática Pedagogia
Ciências Biológicas
Fundamentos de Geociência
Geografia
2ª edição
Fortaleza - Ceará 9
12
História
2015
Educação
Física
Ciências Artes
Química Biológicas Plásticas Computação Física Matemática Pedagogia
Copyright © 2015. Todos os direitos reservados desta edição à UAB/UECE. Nenhuma parte deste material
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prévia autorização, por escrito, dos autores.
Editora Filiada à
ISBN:
1. Matemática. 2. Ciências biológicas. I. Paiva, Rui
Eduardo Brasileiro. II. Título.
CDD: 510
Tabela 1 Fossilização
Processo de conservação,
Cronologia do Big Bang (TEIXEIRA et al., 2000) ao longo do tempo geológico,
Raio do dos seres que viveram
Tempo universo Temperatura (K) Eventos no passado, mediante
(metros) interrupção da cadeia
Zero (inicial) Zero Infinita Aparecimento do espaço, tempo e energia. alimentar, passando o fóssil
5,4 x 10 -44s 1,6 x 10-35 1032 Fim do periódo Planckiano. – forma de conservação da
10 s-43
3 x 10 -35
10 31
Separação da Gravidade. estrutura viva – da biosfera
para a litosfera (MENDES,
10 -35s 3 x 10 -27 1028 Separação das forças Nuclear-Forte e Elétrica-Fraca.
1988 e CARVALHO, 2004).
Separação das forças Nuclear-Fraca e
10 -33s - 10 -32s 3 x 10 -27 até 0,1 1027 até 1022
Eletromagnética.
10 -10s 0,3 1015 Fase inflacionária. Período Planckiano
10 s
-9
0,4 7,5 x 10 14
Estabilizam-se os quarks do tipo t (massa ~ 50 u). Observa-se que, até 5,4
7,5 x 1013 Estabilazam-se os quarks do tipo b (massa = 5 u). x 10-44s, passou-se o
10 s
-6
300 1,3 x 10 13
Estabilizam-se os quarks do tipo c (massa = 1,8 u). período Planckiano, cujos
acontecimentos a ciência não
tem condições de esclarer,
A Tabela 1 mostra que as grandezas tempo e espaço nasceram junto
no qual podem ter surgido,
com a grande explosão e que a energia era infinita sendo medida, por sua for- inclusive, universos paralelos.
ma de transição entre os corpos, o
calor, expresso por uma temperatura
infinita.
0
K
Medida da temperatura
A temperatura até 10-10s era de expressa na escala absoluta
10 K, expressando uma quantida-
15 0 Kelvin, que tem origem no
de de energia calorífica alta demais zero absoluto, valendo,
aproximadamente, – 2730C.
para a estabilidade da matéria. Tudo
era radiação.
A radiação predominou sobre a
matéria por mais de mil anos, como
nos mostra o Gráfico 1, porém, com o
decréscimo da temperatura e da den-
sidade de energia, a matéria come-
çou a predominar sobre a radiação,
Gráfico 1 - Relação de dominância entre num processo de formação denomi-
radiação e matéria (http: //astroweb.iag.
nado nucleogênese, com o apareci-
usp.br/~dalpino/aga215/notas/cosmol)
mento de prótons, nêutrons, núcleos
de Hidrogênio (H), elétrons, núcleos
de Hélio (He), e, depois, diminutas quantidades de Lítio (Li) e Berílio (Be).
O raio do universo era de 6,6 x 1018 Km, quando sua idade era de 8 x 105
anos, tornando-se, então, transparente à luz. A constituição do Universo era,
então, de 74% de H, 24% de He e diminutas quantidades de Li e Be. Naquela
mesma ocasião, surgiram os primeiros sistemas moleculares, formados por
moléculas de H2, como mostra a Tabela 2.
12
PORTO, V. B.
Tabela 2
Esclarece quanto à formação inicial da matéria
Radiação
Processo físico de
propagação e emissão de
energia.
Primeiros sistemas
atômicos
Os átomos de H, He e as
diminutas quantidades de
Li e Be só se completariam
decorridos 8 x 105 anos
do momento inicial, com a
captura dos seus elétrons
pelos núcleos já formados
anteriormente, caracterizando
a estabilização dos primeiros
sistemas atômicos, num
ambiente cuja temperatura
era de 3.0000K.
Partículas atômicas
Os átomos são formados por
prótons, nêutrons e elétrons,
Adaptado do arquivo Sem Autor, aga15Cosmologia2.pdf
cujas relações entre si podem
ser constatadas no quadro
abaixo: A constituição do Universo foi estável, em relação à diversidade de matéria,
Regiões Partículas Carga elétrica Massa durante algum tempo, já que, com o decréscimo da temperatura, a níveis abaixo
Tipo Valor de alguns milhões de graus, não houve mais condição de formação de matéria.
Núcleo Próton Pos +1 1
A matéria só continuou a se formar mais tarde, quando o universo se
Nêutron SC 0 1
Fusão Nuclear
Nas estrelas, acontece o
processo de fusão nuclear.
Inicialmente, há fusão do
H, produzindo He, que vai
se concentrando no núcleo
estelar. Quando todo o
hidrogênio é consumido,
o Hélio que estava
concentrado no núcleo da
estrela passa, então, a se
fundir, produzindo outros
elementos químicos, entre
os quais está o carbono, que
é concentrado no núcleo da
estrela. O processo de fusão
espontânea continua até a
formação de ferro no núcleo
da estrela. A fusão nuclear
cessa quando toda a matéria
de número atômico inferior
ao ferro é fundida. Destarte, é
totalizada a concentração do
ferro no núcleo da estrela.
Supergigante Vermelha
O carbono produzido
se concentra no núcleo,
aumentando ainda mais o
tamanho da estrela, é a fase
de supergigante vermelha.
Porém, quando acaba a fusão
do He, há nova contração
do núcleo e, se o tamanho
da estrela não for suficiente
para suportar novas fusões
nucleares, no caso, a fusão
dos átomos de C, então, ela
regride para anã branca.
Na fase de anã branca, ela
perderá sua energia restante,
transformando-se, ao longo
dos bilhões de anos que se
seguem, em anãs marrons
e em anãs negras. Isto,
provavelmente, acontecerá Tabela 3 – Abundância Solar dos elementos químicos. A abundância solar é tida como
com o Sol daqui a 5 bilhões um valor médio representativo da constituição química do Universo (TEI-
de anos, quando atingir XEIRA et al., 2000).
a fase de supergigante
vermelha, com o seu As estrelas caminham para a senilidade quando crescem e atingem
tamanho ultrapassando a
uma coloração vermelha. O crescimento se dá em consequência da queima
órbita de Marte.
do H2, concentrando He no interior do núcleo, que resulta numa expansão
acentuada da parte externa estelar, adquirindo a cor vermelha. É o estágio de
gigante vermelha da estrela. Há, então, nesta fase de existência da estrela,
nova contração do núcleo, que atinge a temperatura de 108 0K, iniciando-se
a fusão do He, com duração de vários milhões de anos, produzindo Carbono
(C), em consequência da fusão de 3 partículas α.
Fundamentos de Geociência 15
Safranov
Cientista russo que, em 1969,
propôs o modelo atualmente
reconhecido “como o que
melhor descreve a formação
do Sistema Solar e recebe
o nome de “modelo padrão”,
segundo Veiga (http://www.
on.br/site_edu_dist_2009/
site/modulos/modulo_1/7-
formacao-sistema/7-
formacao-sistema.html).
Fundamentos de Geociência 17
“A maior parte dos conhecimentos que se tem sobre o interior da Terra pro-
vém de meios indiretos. Na realidade, dos 6.300 Km que separam a super- Professores!
fície terrestre do seu núcleo, conseguiu-se perfurar pouco mais que 0,1% Ides ensinar?
(cerca de 7 Km). As rochas mais profundas conhecidas provêm das erup- “aprendei a aprender”.
ções vulcânicas, sem que, no entanto, possa-se afirmar sua profundidade
exata” (POPP, 1998, p. 7). O processo evolutivo da
origem à atual constituição
da Terra deve ser explicitado
por uma teia de relações,
1. O Tempo Geológico levando-se em conta a
O estudo da Terra realizado com fundamentos nas Geociências enfoca pri- escala de ocorrência destes
fenômenos e a peculiar
mariamente aspectos geológicos, quando é apresentado o conjunto de fa- sucessão de transformações
tores físicos, químicos e biológicos, relacionados ao seu processo evolutivo, resultantes do acúmulo
envolvendo a estrutura – sua forma e composição interna e externa – e a sua energético inicial, dissipado
dinâmica de funcionamento. por estruturas em interação
que surgiram da explosão da
Entretanto, a compreensão da fenomenologia, que envolve o seu pro- supernova, que deu origem
cesso evolutivo, da origem à atual constituição da Terra, só se torna clara ao Sistema Solar.
quando se coloca a escala temporal diante da teia de relações resultantes das
sucessivas transformações, originando as regularidades, ou seja, as estruturas
Tempo Geológico
provenientes da dissipação energética acumulada na supernova que explodiu. O Tempo Geológico, idade da
Doravante, passaremos a denominar essa escala de Tempo Geológi- Terra, começa a ser contado
co, apresentando, de um lado, categorias hierarquizadas de classificação – o a 4,56 bilhões de anos atrás,
datação relativa estimada
éon, a era, o período, a época e a idade –, e, do outro, a denominação que pela datação absoluta
recebem ao longo do tempo, iniciando o nosso estudo geológico pela origem realizada nos meteoritos
do planeta Terra. Veja a Tabela 5. diferenciados que caem no
nosso planeta, vide capítulo
anterior.
20
PORTO, V. B.
Outros Dados
O perímetro da Terra é cerca
de 40.000 Km, para uma
superfície aproximada de 510
milhões de Km2, um volume
em torno de 1,08 bilhões
de Km3 e uma densidade
calculada em 5,52 g/cm3.
2. Estrutura da Terra
A estrutura da Terra, analisada quanto à forma, apresenta-se como um esferoi-
de, cujo achatamento nos polos em relação à dilatação no equador é estimado
por uma pequena diferença nos cálculos dos respectivos diâmetros, de modo
Fundamentos de Geociência 21
Tabela 6
Concluindo Sobre Por outro lado, a Biosfera, lugar do planeta que abriga os seres vivos foi
Terremotos responsável, também, por modelar parte da estrutura da Terra, particularmen-
Devido às diferentes
velocidades e aos diversos
te, sua estrutura externa.
percursos, os três tipos A atmosfera é a camada gasosa que recobre as terras emersas e co-
de ondas chegam a um bertas pelos mares, completando assim um quadro estrutural, que é sintetiza-
sismógrafo em tempos
distintos, e um simples
do na Tabela 8.
registro, além de fornecer a
localização exata do foco do Tabela 8
terremoto, fornece dados de Síntese dos aspectos mais relevantes que compõem
subsuperfície. a estrutura da Terra, segundo Popp (1998)
As velocidades mostram
Nome Caracteres químicos Caracteres físicos
pronunciadas mudanças
a certas profundidades no Atmosfera N2,O2,H2,O,CO2, gases inertes. Gasosa.
interior da Terra (Figura Biosfera H2O, substâmcias orgânicas e materiais esqueletais. Sólido, Líquido, muitas vezes coloidais.
14). As principais estão a Hidrosfera Água doce, salgada, neve e gelo. Líquido (em parte sólida).
profundidades de: (a) 10 Crosta Rochas normais de silicatos. Sólido.
a 15 Km, crosta; (b) 30 a
Material de silicatos (Mg, Fe)2, SiO4; alguns sulfetos
40 Km, descontinuidade Manto Sólido.
e óxidos de Fe.
de Mohorovicic; (c) 2.900
Parte exterior líquida e mais interna,
Km, descontinuidade de Núcleo Liga de ferro e níquel.
possivelmente, sólida.
Dahm ou Gutenberg. Estas
descontinuidades significam
que a Terra é constituída A superfície terrestre é formada por feições litológicas, cujas unidades
por uma série de capas constituintes são as rochas, formadas por um dinamismo cíclico, explicado
concêntricas de materiais pela tectônica de placas. As rochas, por sua vez, são constituídas por unida-
diferentes e em estados
des denominadas minerais, sistemas moleculares que se formaram e passa-
físicos distintos ao redor de
um núcleo (Figura 14). Cada ram a se transformar, a partir dos elementos químicos pulverizados pela su-
uma dessas capas tem uma pernova que originou o Sistema Solar e que deu origem a Terra, mercê desta
condutividade diferente. teia de relações, que se engendrou no seu processo evolutivo.
Como as velocidades
dependem das propriedades
e das densidades dos
materiais através dos quais
passam as ondas, as
mudanças de velocidades
Síntese do Capítulo
a diferentes profundidades
são atribuídas a diferentes A Parte I abordou o assunto “As Origens”, quando foi estudada, primeira-
composições e densidades e, mente, “A Origem do Universo, dando-se ênfase à Teoria do Big Bang, que
talvez, a diferentes estados, explica como surgiram as diversas grandezas fundamentais, entre as quais
sobretudo no núcleo, (POPP,
a matéria produzida nas estrelas, que está organizada em níveis hierarqui-
zados de sistemas (átomos, moléculas, substâncias) que formam uma teia
de relações, as quais expressam realidades produzidas por transformações,
processadas pela variação da energia resultante da interação entre os sis-
temas. A compreensão disto nos remete à escala de acontecimento do fe-
nômeno. A Origem do Sistema Solar foi resultado destas transformações,
a partir da explosão de uma supernova, que formou uma estrela central,
Fundamentos de Geociência 25
o Sol, e seus planetas, que se formaram pela condensação da matéria que Biosfera
orbitava em torno do disco central. O estudo dos meteoritos permite que se Formada por água,
compreenda a diferença entre os tipos de planetas, esclarecendo como se substâncias orgânicas,
materiais esqueletais e seres
formaram os planetas telúricos, ou seja, de estrutura rochosa como a Terra.
viventes harmonizados
Por fim, estudamos a Origem e Estrutura da Terra, explicada pelo processo de com fatores abióticos,
acresção planetária, resultando numa estrutura que concentra Níquel e Ferro como temperatura, clima,
no seu Núcleo, o NIFE, material de maior densidade na estrutura do planeta. composição atmosférica etc.
Modelou os diversos tipos de
A densidade decresce quando se caminha para a superfície, passando-se,
ecossistemas, que evoluíram
primeiro, pelo SIMA, material do manto formado à base de Silício e Magnésio, para abrigar uma diversidade
chegando-se ao manto superior e à crosta, formados pelo SIAL, onde predo- crescente de seres vivos,
mina o Silício e o Alumínio, sendo o sítio de localização das placas litosféricas, cuja história é contada pela
sua filogenia.
que compõem a superfície terrestre. A Biosfera, onde se localizam os seres vi-
Os fósseis, restos ou
vos, é composta de uma mistura de gases toda especial, a atmosfera, corpos vestígios dos seres viventes
d’água e solos próprios para formar os ecossistemas. do passado e incorporados
à litosfera são exemplos
concretos desta história
de ancestralidade e
descendência, podendo ser
Atividades de avaliação usados, indiretamente, para
estimar o tempo geológico,
por aparecerem em
1. Por que podemos nos considerar (os seres vivos) restos mortais de uma litologias específicas, como
estrela, ou dizendo de outra forma, poeira das estrelas? estudaremos oportunamente.
2. Como a meteorítica pode contribuir para estimar a idade do nosso planeta?
3. Qual a importância do estudo dos terremotos para que se decifre a estrutura
interna da Terra?
4. Quais as estruturas notáveis, quando se percorre o raio terrestre, da super-
fície para o interior da Terra?
5. DIÁRIO REFLEXIVO: Produza o seu diário reflexivo, a partir das discussões
realizadas no decorrer da disciplina, registrando os aspectos que lhe levem
a agir de forma crítica e reflexiva.
26
PORTO, V. B.
Livros
1. TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M. C. M.; FAIRCHILD, T. R.; TAIOLI, F. Decifran-
do a Terra. São Paulo: Editora Oficina de Textos/USP, 2000. 557 p.
Compreender que a Terra tem uma história que deve ser decifrada é impres-
cindível para entender o que acontece no nosso planeta, no âmbito das Geo-
ciências. O presente livro é bastante citado nesta publicação, e ainda é didá-
tico e de leitura muito agradável, permitindo um aprofundamento adequado,
para os querem dedicar mais atenção ao estudo desta disciplina.
2. NOVELLO, M. O que é cosmologia? São Paulo: Editora Jorge Zahar,
2006. 176 p.
Mário Novello, um dos mais brilhantes cosmólogos contemporâneos, faz uma
extraordinária afirmação: a cosmologia, na realidade, deve refundar a física,
reexaminar os fundamentos sobre os quais ela repousa e se sustenta, forne-
cendo para todos nós um rico material de reflexões acerca do passado e do
futuro do conhecimento científico relativo do Universo.
Vídeos
•• http://www.roda_viva_com_mario_novello_320x240_15fps_130kbps_1h13
min.wmv
Mário Novello é físico e fundador do Instituto de Cosmologia. No vídeo discute
sobre a Teoria do BigBang, assegurando que não se trata de um conhecimen-
to acabado, mas, sim, em construção. Enfatiza que a problematização é uma
forma de avanço da Ciência, no sentido da construção do seu conhecimento.
Fundamentos de Geociência 27
Referências
AMORIM, D. S. Fundamentos de sistemática filogenética. Ribeirão Preto:
Holos Editora, 2002. 156 p.
CARVALHO, I. S. Paleontologia. 2. ed. Rio de Janeiro: Editora Irterciência,
2004. v. 1, 861 p.
DAL PINO, E. M. G. Cosmologia AGA 215. São Paulo: Acrobat Distiller (Win-
dows), 2009. cap. 18. Disponível em: <http://astroweb.iag.usp.br/~dalpino/
AGA215/NOTAS/COSMOLOGIA-Bete.pdf>. Acesso em: 27 dez. 2009.
EVOLUÇÃO de gigantes vermelhos. Disponível em: <http://www.if.ufrgs.br/
oei/stars/rgb/rgb_evol.htm>. Acesso em: 27 dez. 2009.
MATÉRIA e radiação, uma breve história. Disponível em: <http://www.aga-
15cosmologia2.pdf>. Acesso em: 27 dez. 2009.
MENDES, J. C. Paleontologia básica. São Paulo: Editora da Universidade
de São Paulo, 1988. 349 p.
POPP, J. H. Geologia geral. 5. ed. Rio de Janeiro: Editora Livros Técnicos e
Científicos, 1998. 376 p.
TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M. C. M.; FAIRCHILD, T. R.; TAIOLI, F. Decifrando
a Terra. São Paulo: Editora Oficina de Textos/USP, 2000. 557 p.
TEORIA nebular de origem do sistema solar. Disponível em: <http://www.
ccvalg.pt/astronomia/sistema_solar/introducao/nebulosa_solar.JPG>. Aces-
so em: 15 set. 2009.
VEIGA, C. A Formação do sistema solar. Observatório Nacional/Minis-
tério da Ciência e Tecnologia. Disponível em: <http://www.on.br/site_edu_
dist_2009/site/modulos/modulo_1/7-formacao-sistema/7-formacao-sistema.
html>. Acesso em: 27 dez. 2009.
Parte 21
Procedimentos
Transformações de ensino
Geocêntricas
Capítulo 2
O Ciclo das Rochas
Objetivo
l Reconhecer os minerais como unidades constituintes das rochas;
l Explicar como as rochas são formadas; Professores!
l Classificar as rochas; Ides ensinar?
“aprendei a aprender”.
l Identificar os produtos gerados do dinamismo planetário.
O relevo terrestre é explicado
pelo encadeamento das
“Para estudarmos o planeta Terra, é necessário, inicialmente, conhecer transformações que
as características dos materiais que o constituem, especialmente os mais modelaram as feições
superficiais do planeta, cujo
superficiais e com os quais temos maior contato. Na superfície terrestre,
ciclo das rochas faz parte
podem ser observados materiais inconsolidados (por exemplo, os solos dos deste processo evolutivo,
nossos jardins, as areias dos rios e das praias) e rochas consolidadas, am- tornando-se fundamental
bos constituídos por associações mais ou menos características de mine- o entendimento da
rais” (TEIXEIRA et al., 2000, p. 28). complexidade sistêmica, que
é fruto dessa teia de relações.
1. Os Minerais
O estudo da complexidade sistêmica envolvida na compreensão do atual rele-
vo terrestre, modelado por suas unidades constituintes, as rochas, deve partir
do nível de organização que caracteriza os minerais, considerando-os os sis-
temas moleculares que originaram a maior parte das rochas.
Daí, concentrando o nosso estudo nas rochas, examinar-se-á, primei-
ramente, o nível de organização que explicita a sua constituição, os minerais,
compreendidos como suas unidades constituintes.
A teia de relações estabelecida desde o início da formação dos mine-
rais permite que se reconheçam os níveis de organização que crescem de
complexidade de acordo com a escala em que são considerados, elementos
químicos, minerais, rochas, relevo.
Sabe-se que são considerados minerais os próprios elementos quí-
micos, sistemas atômicos que formam os sistemas moleculares denomina-
dos minerais, como é o caso do Ouro (Au), da Prata (Ag), do Diamante e do
Grafite, ambos formados de Carbono (C) etc. Outros minerais são sistemas
32
PORTO, V. B.
Formação dos Minerais moleculares com composição química definida, organizados na forma de cris-
Os minerais foram formados tais, oriundos “de misturas líquidas ou gasosas no interior da crosta terrestre,
a partir do processo de
acresção planetária, que principalmente junto de lavas vulcânicas ou próximo de zonas que sofreram
continha energia suficiente dobramentos ou falhamentos”, segundo Popp (1998). Os óxidos de silício são
para amalgamar a matéria os mais abundantes.
aglutinada da fertilização
proporcionada pela Os minerais, segundo LENZ (1998), são adequadamente compreendi-
supernova, a qual originou o dos se considerarmos suas características fundamentais: propriedades físi-
sistema solar como sistemas cas, ópticas e químicas, e os principais tipos.
moleculares inorgânicos,
que reuniam os elementos
químicos naturais, nas 1.1. Propriedades físicas dos minerais
estruturas denominadas 1.1.1. Estrutura
minerais, principalmente
os enumerados no quadro Quase todos os minerais ocorrem no estado cristalino, no qual os átomos
abaixo: ou agrupamentos de átomos são dispostos regularmente, segundo sistemas
fixos e constantes, ou seja, conservando-se invariáveis as distâncias entre os
átomos que se repetem, numa linha, assim como as distâncias entre as fileiras
de átomos ou entre os planos formados pelas fileiras paralelas e coplanares.
Assim, os átomos, no cristal de halita (sal de cozinha), são organizados de
modo tal que os iontes positivos de Na e os negativos de Cl se acham dispos-
tos em uma rede cúbica (Figura 11).
Proporcionalidade, expressa
em termos de percentuais,
dos elementos químicos
presentes na crosta terrestre,
evidenciando a abundância
do Oxigênio, que forma os
óxidos (POPP, 1998).
1.1.2. Clivagem
É a propriedade que tem uma substância cristalina em dividir-se em planos
paralelos. Ela se dá graças à estrutura íntima do respectivo mineral. Os pla-
nos de clivagem são sempre paralelos a uma face possível do cristal. Pode
ocorrer uma clivagem segundo uma ou mais direções. Assim, a mica possui
apenas uma direção, enquanto que a galena se cliva segundo três planos
perpendiculares entre si, formando cubos, qualquer que seja a forma do cristal
antes da sua ruptura. A fluorita cliva-se segundo quatro planos que formam
um sólido octaédrico. Quando os minerais apresentam uma única direção de
clivagem, costumam formar-se placas, fato observado no topázio, nas micas,
no talco etc.
Fala-se em clivagem excelente ou preeminente no caso da mica, gip-
sita etc. Neste caso, a clivagem realiza-se com tal facilidade que as lâminas
paralelas do mineral se destacam sob a pressão da unha ou da lâmina de um
canivete. A clivagem é perfeita quando realizada sob uma ligeira percussão de
um pequeno martelo, como no caso da galena, da calcita ou do feldspato. É
indistinta no caso da apatita, no qual é difícil distinguir-se a face onde se deu a
clivagem das regiões simplesmente fraturadas.
Um mineral sem clivagem apresenta fratura, que pode ser concoidal
(quartzo, vidro), terrosa (ocre), granular (magnetita) ou fibrosa (limonita).
1.1.3. Dureza
Exprime a resistência que um mineral oferece à penetração de uma ponta
aguda que tenta riscar o mineral. Esta ponta aguda poderá ou não riscar o
mineral. Riscando, o sulco produzido poderá ser profundo e bem nítido se o
mineral tiver baixa dureza. Se a dureza for pouco inferior à da ponta aguda, o
sulco será fino e pouco profundo. Esta ponta tanto pode ser de aço ou vidro
como pode ser de um outro mineral qualquer. Frequentemente se forma um
traço produzido pelo pó do próprio mineral, que funciona como ponta aguda,
podendo enganar o observador.
Para a comparação da dureza dos diferentes minerais, usa-se uma es-
cala relativa, segundo MOHS, na qual os intervalos não obedecem à propor-
cionalidade dos números, que simplesmente ordenam os minerais.
Assim, o mineral mais duro, o diamante (dureza 10), é, de fato, 140 ve-
zes mais duro que o coríndon (dureza 9). A escala de MOHS, muito usual na
prática, é a seguinte:
1 – Talco; 2 – Gipsita; 3 – Calcita; 4 – Fluorita; 5 – Apatita; 6 – Ortoclásio;
7 – Quartzo; 8 – Topázio; 9 – Corindon; 10 – Diamante.
34
PORTO, V. B.
•• Olivina - (Mg, Fe)2 Si04. Chamado também de peridoto. De cor verde até
verde escura, castanha ou opaca e de brilho vítreo. Dureza 6 a 7, densi-
dade 3,27 a 3,37, prismática ou granular. Clivagem imperfeita, sendo mais
comuns as superfícies irregulares quando fraturadas. É comum em rochas
magmáticas escuras e, às vezes, nas metamórficas.
•• Granada - É um grupo de minerais de composição variada, como a va-
riedade almandina, Fe3Al2 (SiO4)3. Outros tipos de granada podem tam-
bém conter Mg, Ca e Mn. A cor depende da composição: a almandina é
vermelho-castanha, a grossulária é branco-esverdeada, e a espessarti-
ta, vermelha a jacinto. Podem ser translúcidas, opacas, de brilho vítreo
e dureza 6,5 a 7,5. Densidade 3,15 a 4,3. Forma cristais bem perfeitos,
com tendência a superfícies arredondadas e massas granulares. Ocor-
rem principalmente em rochas metamórficas, sendo também comuns nas
rochas magmáticas claras.
•• Turmalina - É um mineral comum nas rochas ígneas quartzosas (granitos
e pegmatitos), bem como em muitas rochas metamórficas. É um silicato de
boro e alumínio, podendo conter Mg, Fe, Ca e F. Caracteriza-se pela sua
dureza elevada (risca o vidro), fratura concoidal e forma prismática alonga-
da. Sua seção transversal, muitas vezes, é triangular. A coloração é variável,
podendo ser preta, verde, vermelha ou azul. Distingue-se dos anfibólios ou
piroxênios pela ausência de clivagem e pela seção triangular ou hexagonal.
•• Calcita – CaCO3 – Cor branca, rósea, cinza, amarela, opaca, raramente
incolor (espato-de-islândia). Brilho vítreo, dureza 3, densidade 2,7. Ótima
clivagem segundo 3 planos, dando romboedros. Pode possuir aspecto ter-
roso ou apresenta-se como agregados cristalizados, ou ainda como cristais
isolados. Efervesce com HCl. Ocorre como um dos minerais mais comuns
em numerosos sedimentos, assim como em rochas metamórficas (trata-se
do mineral que forma os mármores), em veios e como produto de alteração
de diversos minerais. Importante matéria-prima para cimento, cal, fundente,
corretivo para a acidez do solo etc.
•• Dolomita - CaMg (CO3)2 - Cor branca, cinza-amarelada, brilho vítreo, dure-
za 3,5, densidade 2,85. Ótima clivagem segundo 3 planos, formando rombo-
edros. Distinguível da calcita pela pequena ou por nenhuma efervescência
com HCl a frio. Efervesce com HCl quente. Apresenta-se como agregados
terrosos e cristalinos. Ocorre em sedimentos, rochas metamórficas e veios.
Usada para fabricação de cal ou como corretivo da acidez do solo.
•• Gipsita – CaSO4. 2H2O – Cor branca, brilho vítreo ou sedoso, dureza 2,
densidade 2,3. Clivagem perfeita segundo 1 plano. Forma agregados fibro-
sos, laminares. Ocorre em sedimentos. É usada na fabricação do gesso e
é incorporada ao cimento na proporção de 2%.
38
PORTO, V. B.
so, traço amarelo-castanho, dureza 3,5 a 4, densidade 3,9 e 4,2, clivagem Importância dos minerais e
boa segundo 3 planos. Ocorre em filões com galena e pirita. É o mais im- das rochas
“A importância dos
portante minério de zinco. minerais e das rochas no
desenvolvimento tecnológico
2. O Ciclo das Rochas da humanidade cresceu
continuamente desde a
As rochas são aglomerados naturais, ou seja, produtos consolidados, resul- época da pedra lascada.
tantes da reunião de um ou mais minerais, sendo encontradas como unidades Entre outras coisas, a
sociedade tecnológica
constituintes da crosta terrestre, formando o seu relevo. não teria conseguido
Por outro lado, os fósseis são restos ou vestígios de seres vivos que chegar à Lua não fosse o
existiram no passado e que se encontram no interior das rochas. seu conhecimento sobre
as características e as
Segundo LENZ (1998, p. 40), “são elas, as rochas, juntamente com os propriedades dos minerais.
fósseis, os elementos que o geólogo usa para decifrar os fenômenos geológi- A dureza excepcional do
cos atuais e do passado. A Petrografia ou Petrologia, ramo de ciência geológica, diamante, por exemplo, foi
responsável pela fabricação
dedica-se ao estudo das rochas, da sua constituição, origem e classificação”. de peças mecânicas de
Distinguem-se, quanto ao seu processo de formação, três grandes gru- altíssima precisão que
pos de rochas, as magmáticas ou ígneas, as sedimentares e as metamórfi- auxiliaram a ida do homem à
Lua. Além dessas aplicações
cas, em contínuas transformações, o que constitui o ciclo das rochas, confor- muito especializadas, muita
me mostra a Figura 13. coisa que usamos no nosso
dia-a-dia vem do reino
2.1. Rochas Ígneas
Como se percebe na Figura 13, as rochas
ígneas se formam a partir do resfriamento
do magma, o qual pode ocorrer no interior
do globo, formando as rochas ígneas intrusi-
vas ou chegar à superfície da crosta, quan-
do o seu resfriamento produzirá as rochas
ígneas extrusivas.
Como principais tipos de rochas ígne-
as, o granito e o basalto se diferenciam pela
composição química, composição minera-
lógica e textura. Enquanto o granito é con-
siderado uma rocha ácida, por apresentar
um teor de SiO2 superior a 65%, o basalto Figura 13 – O ciclo das rochas segundo Teixeira et al. (2000).
é uma rocha básica, cujo teor de SiO2 varia
entre 52% e 45%.
O granito apresenta, como minerais essenciais, o ortoclásio, quartzo,
plagioclásio sódico e biotita, sendo uma rocha de coloração clara ou leucocrá-
tica, enquanto o basalto é constituído de plagioclásio cálcico e piroxênio (mag-
netita e ilmenita), sendo uma rocha de coloração escura ou melanocrática. Já
40
PORTO, V. B.
O Quadro 1 apresenta os principais tipos de rochas ígneas. Principais rochas magmáticas segundo
Rochas Ígneas
As rochas ígneas são
a composição mineralógica, a textura e o teor em SiO2
também denominadas de Subácidas e neutras
Ácidas Básicas
rochas magmáticas, por se (sem quartzo) Ultrabásicas
(com quartzo) SiO2 entre
formarem em decorrência do SiO2 entre SiO2 < 45%
SiO2 > 65% 52% e 45%
65% e 52%
resfriamento do magma.
As rochas ígneas intrusivas Ortoclásio, quartzo, Ortoclásio, PLagioclásio
Olivina, piroxênio:
plagioclásio plagioclásio sódico, cálcico, piroxênio:
são também denominadas Mineral melanocráticas
sódico, biotita biptita (anfibólio ou (magnetita, ilmenita)
de rochas plutônicas, cujo essencial
piroxênio): leuco a
exemplo mais abundante é melanocráticas
leucocráticas mesocráticas) (melanocráticas)
o granito, que constitui 95%
Peridotito
deste tipo de rocha. Plutônica Granito
Sienito (leucocrático)
Gabro
Jacupiranguito
Entretanto, no caso do (textura equi- Pegmatito
Diorito (mesocrático) (rico em piroxênio
magma conseguir atingir granular Granodiorito (melanocrático)
e magnetita)
a superfície, passará a Sienito-Pórfiro
se denominar de rochas Hipabissal Diabasio (textura
(leucocrático)
vulcânicas, cujo exemplo (textura Granito-Pórfiro granular) ―
Diorito-Pórfiro
porfiroide) Tinguaíto
mais abundante é o basalto, (mesocrático)
que constitui 98% deste tipo Vulcânica Riólito Traquito (leucocrático)
de rocha. Basalto
(textura porfirí- Quartzo-Pórfiro Fonólito (mesocrático) ―
Vidro Basáltico
tica ou vítrea) Obsidiana Andesito (mesocrático)
“Argilito, Argila, Folhelho - Possuem cor de cinza até preta, amarela, verde
ou avermelhada. Granulação finíssima, de poucos mícrons, por isto untuosa
ao tato. A presença da argila, seja como impureza num sedimento qualquer
(por exemplo, um arenito ligeiramente argiloso), seja no estado puro, faz com
que o sedimento produza o cheiro característico de moringa nova, quando
umedecido com um simples bafejar bem próximo à amostra. Quando endu-
recida, se formar estratos finos e paralelos esfolheáveis recebe o nome de
folhelho. O mineral principal de argila pertence ao grupo do caulim.
44
PORTO, V. B.
Erosão Pelo Vento Siltlto ou Silte - São de cor cinza, amarela, vermelha, de granulação de tal
Segundo Popp (1999), “a forma fina que, às vezes, podem-se perceber grãos individualizados com
erosão eólica processa-se auxílio de uma lupa de forte aumento. É ligeiramente áspero ao tato e bas-
por deflação e por corrosão.
tante áspero entre os dentes. Entre os pequenos grãos, costumam predo-
Deflação. Processo de
rebaixamento do terreno, minar os de quartzo.
removendo e transportando Arenito, Areia ou Arcózio - Podem ter diversas cores: as mais comuns são
partículas incoerentes
cinza, amarelo ou vermelho. Enquanto a areia é um sedimento clástico, não
encontradas na superfície.
Efeitos da deflação. Produz consolidado, formado mais comumente de grãos de tamanho que variam
a formação de grandes entre 0,2 a 2mm; o arenito é a rocha sedimentar proveniente da consolida-
depressões. Quando tais ção de areia por um cimento qualquer. Os grãos que formam os arenitos e
depressões atingem o nível as areias são geralmente de quartzo, podendo, contudo, ser de qualquer
do lençol subterrâneo, mineral, uma vez que tenham as dimensões do grão de areia. Ocorrem
formam-se os lagos.
comumente junto às areias, às vezes, em alta concentração, a monazita,
A deflação é o tipo de erosão
eólica mais importante devido ilmenita, zirconita e muitos outros minerais. Diversos adjetivos, como fluvial,
ao vulto de seus efeitos. marinho, desértico, e outros, explicam a sua origem.
Corrosão. É produzida pelo
Nos arenitos, observa-se, com frequência, uma nítida estratificação, cujas
impacto das partículas de
areia transportadas pelos causas são várias: mudança na granulação, na cor etc.
ventos contra a superfície das O arcózio é um arenito que possui, como constituinte, uma grande quanti-
rochas, polindo-as. O impacto
dade de feldspato.
dos grãos entre si, bem como
contra as rochas, produz o Conglomerado - Trata-se de uma rocha elástica formada de fragmentos
desgaste, resultando em um arredondados (seixos ou cascalhos, quando soltos, não cimentados) e de
alto grau de arredondamento
tamanho superior ao de um grão de areia (acima de 2 mm na classificação
e em uma superfície fosca
de WENTWORTH apud LENZ, 1998), reunidos por cimento. Há todas as
dos grãos, que caracteriza o
arenito de ambiente eólico. transições entre o conglomerado e a brecha.
Efeitos da corrosão: Brecha - Composta de fragmentos angulares maiores que 2 mm, cimenta-
São maiores em
dos por material da mesma natureza ou de natureza diversa. A sua origem
rochas sedimentares,
principalmente as é variável: 1) brecha sedimentar originada, por exemplo, de depósitos de
arenosas e argilosas. tálus; neste caso, a matriz geralmente não difere muito dos blocos inclusos;
Rochas heterogêneas ou 2) brecha de atrito, originada por esforços mecânicos, por exemplo, nos
irregularmente cimentadas falhamentos (brecha de falha). Nesta circunstância, a brecha se compõe de
sofrem erosão diferencial, material idêntico ao da rocha fraturada pelos esforços mencionados, sendo
o que dá origem a formas
este tipo de rocha colocado na categoria das metarmórficas.
muito curiosas. Quando
o vento tem uma direção Tilito - É uma espécie de conglomerado de alta importância pela sua ori-
predominante, formam-se gem glacial, ocorrendo com frequência no Sul do Brasil, a partir do Estado
sulcos orientados segundo
de São Paulo.
essa direção”.
Constitui-se de fragmentos de rochas diversas e de vários tamanhos, arre-
dondados ou angulosos, cimentados por material argiloso e arenoso. Como
principal característica, predomina o cimento em relação aos seixos. A cor
é cinzenta, até azulada, quando fresco, e amarelada, quando decomposto.
Fundamentos de Geociência 45
Tabela 9
Distribuição da água
Localização Volume de água (litros) % de água
Lagos de água doce 124,9 x 10 15
0,009
Água superficial Lagos salgados e mares interiores 104,1 x 1015 0,008
Média nos rios 11 x 1015
0,0001
Água vadosa 66,6 x 1015 0,005
Água Subsuperficial
Água subterrânea (até 800m de profundidade) 4.164 x 10 15
0,31
Água subterrânea profunda 4.164 x 1015 0,31
Sob o estado sólido (geleiras) 39.147 x 10 15
2,15
Outros Locais
Atmosfera 129,1 1015 0,001
Oceanos 1.319.945 x 1015 97,2
Nessa fase, o rio deposita grande parte do material transportado. Seu per-
curso torna-se, então, sinuoso, e aparecem praias de areia e pedregulhos
na parte interna da curva. As curvas tornam-se cada vez mais pronuncia-
das, e o desgaste lateral supera o vertical. As curvas podem estender-se
a ponto de se aproximarem umas das outras, e, finalmente, a parte que
separa as curvas pode desaparecer. Por vezes, o canal segue diretamente,
deixando, na lateral, um lago em forma de ferradura que se mantém pelas
chuvas ou secas. Tais segmentos chamam-se meandros. Nesta fase, tal
configuração decorre da grande deposição de fundo e da erosão que pas-
sou a ser lateral, sendo comuns meandros esculpidos em seus próprios
sedimentos. Os meandros podem constituir uma série de braços mortos
que, por ocasião das inundações, são preenchidos. Quando toda a planície
Fundamentos de Geociência 49
do rio é coberta temporariamente, ocorre a deposição de argila nesses me- Água Subterrânea
andros. Nesta fase, o rio atingiu sua senilidade. Os depósitos argilosos são É a parte da água das chuvas
comumente explorados para fins cerâmicos. que se infiltra no solo através
das aberturas, dos interstícios
Havendo um movimento que provoque emergência da região ou aumento e das fraturas das rochas,
de pluviosidade, o rio pode sofrer um rejuvenescimento e passar a erodir preenchendo todos os
mais intensamente. espaços vazios da superfície
a profundidades variáveis, o
Transporte de materiais - Como se vê em seguida, o transporte de mate- que corresponde a 0,63% do
riais é feito de três formas, a saber: por solução, por suspensão e por saltos. percentual de água da Terra.
Os principais modos
• Transporte por solução. A quantidade de sais, em solução, nos rios, depen- de ação geológica da
de de vários fatores, tais como chuva, constituição das rochas da área, dos água subterrânea são
tipos de solo e do volume de água. discriminados no quadro
abaixo, segundo Teixeira
• Geralmente, expressam, em seus constituintes, os elementos componen- (2000, p. 127):
tes das rochas. Anualmente, os rios levam, aos mares, quase 4 bilhões de
Processo Produto
toneladas de sais dissolvidos. Grande parte destes se precipita, formando
Pedogênese Formação dos
as rochas de origem química, e parte é aproveitada pelos seres vivos que
solos
também acabam por constituir rochas quando morrem. O Rio Amazonas,
Solifluxição Deslizamentos
em sua foz, lança, anualmente, 232 milhões de toneladas de material em Solopamento Boçorocas
solução (dados recalculados por Leinz, 1975).
Carstificação Relevo de
• Transporte por suspensão. Os rios transportam substâncias sólidas em sus-
cavernas
pensão e compostos como os hidróxidos de ferro, hidróxido de alumínio,
argilas, sílica e coloides orgânicos por suspensão coloidal. As partículas só-
Cachoeiras
lidas são transportadas conforme a velocidade do rio, que aumenta de acor- Quando um trecho de rocha
do com a pluviosidade, o gradiente e a largura. Quando as águas do rio não dura se segue a outro de
têm mais competência para transportar o material sólido, este se deposita rocha mais mole no curso de
em parte. Inicialmente, os mais grosseiros, passando pelos intermediários, um rio, esta última desgasta-
e, finalmente, os mais finos. As argilas e o material coloidal depositam-se se mais rapidamente e forma
um declive abrupto; são
após chegarem ao mar, geralmente distante da costa.
as cachoeiras. Cachoeiras
• Transporte por saltos. Os seixos e blocos que constituem a menor percen- podem originar-se ainda por
tagem da carga total rolam ou saltam com maior ou menor velocidade, de- falhas ou diques. As Quedas
do Iguaçu originaram-
pendendo da velocidade das águas, da declividade ou da irregularidade do
se, principalmente, por
terreno. Quando esse material se deposita, forma os leitos de cascalhos, falhamentos de grandes
geralmente alongados no sentido da corrente. Os seixos arredondados e rejeitos constatados no
achatados ficam dispostos com a parte plana, indicando a direção de mon- basalto mais a erosão
tante, e inclinados segundo a direção da corrente, imbricados como telhas diferencial nas várias
em um telhado”. sequências de derrames. O
desfiladeiro do Rio Tibagi,
O gelo se forma a partir da acumulação de neve, formando geleiras, que em sua nascente, no Paraná,
ocupam cerca de 1/10 da superfície terrestre, sendo que essa área superficial originou-se por linhas de
variou ao longo do tempo geológico, como oque ocorreu na última glaciação controle estrutural no arenito
do quaternário: a superfície ocupada pelo gelo era maior. Furnas.
Texto Complementar
Texto 1: Propriedades Químicas dos Minerais
Os minerais podem consistir de apenas um elemento químico, como ouro, diamante,
grafita, enxofre etc., ou de vários, passando a ser compostos químicos, podendo ser
expressos na sua fórmula química.
Esta representa a relação numérica dos elementos do mineral, como, a pirita, FeS2 que
significa um átomo de ferro e dois átomos de enxofre, ou o quartzo, SiO2, com um de
silício e dois de oxigênio.
Existem certas relações entre a forma cristalina e a composição química, chamadas po-
limorfismo e isomorfismo.
Polimorfismo (do grego, poli: muito; e morphê; forma) é a propriedade do mineral de ser
polimorfo, isto é, quando diferentes minerais possuem a mesma composição química,
mas formas cristalinas diferentes, tendo, portanto, muitas outras propriedades físicas e
químicas diferentes também, porque elas dependem da forma cristalina do mineral.
O exemplo clássico é o do carbônio, que pode cristalizar-se sob a forma de diamante ou
de grafita. Ambos possuem propriedades físicas e químicas completamente diferentes.
Outro exemplo é o do carbonato de cálcio CaC03, que ocorre como calcita e aragonita.
Neste caso, as diferenças não são tão marcantes como no exemplo anterior.
De outro lado, fala-se em isomorfismo (isos, igual), quando vários minerais possuem
uma composição química diferente, mas análoga, cristalizando, todavia, na mesma (ou
similar) forma. A forma dos cristais apresenta ligeiras diferenças, porém a estrutura cris-
talina é da mesma natureza.
O grupo de minerais mais comuns no globo terrestre, os feldspatos, apresenta com-
postos isomorfos, quando se trata dos plagioclásios, minerais do grupo dos feldspatos.
Texto 5: Clima
Antes de analisarmos separadamente os fenômenos intempéricos, dediquemos algumas
linhas ao clima, por ser este o principal fator determinante do tipo de intemperismo.
Denomina-se tempo as condições temporárias de um local que se integram no tempo e
no espaço, para formar o clima de uma região.
A Climatologla estuda a temperatura, a umidade, o regime de ventos, a evaporação,
a insolação etc., fatores esses correlacionados com as atividades biológicas, e todos
esses estão ligados ao intemperismo. Tais fatores, por sua vez, dependem de outros,
além da latitude; como exemplo, devem ser citados a topografia da região, os ventos,
as correntes marítimas, as altitudes e a distribuição das águas nos dois hemisférios da
Terra. Este último fator, graças ao elevado calor específico da água, determina variações
de temperatura, que são muito maiores nos continentes do que nos mares, e, entre os
continentes, muito maiores nos situados no hemisfério setentrional (norte). Também a
secura do ar dos continentes determina mudanças mais bruscas na temperatura, em re-
lação às regiões marítimas, cuja atmosfera é, geralmente, de elevado grau de umidade.
A principal causa da variação de temperatura é a inclinação com que os raios solares
atingem a Terra. Assim, na região do equador, o dia dura cerca de 12 horas, havendo,
contudo, 2 máximos e 2 mínimos de insolação, que se verificam na ocasião do maior ou
menor afastamento angular do sol (LEINZ, 1998, p. 55 e 56).
Somente nos 2 dias do equinócio (do latim, noites iguais para toda a Terra), o Sol atinge
o zênite no equador. Nos dias 22 de junho e 22 de dezembro, o Sol atinge o zênite nos
trópicos de Câncer e Capricórnio, respectivamente. No verão, à medida que se apro-
xima dos polos, o dia vai se tornando cada vez mais longo. Dos trópicos ao respectivo
polo, a obliquidade dos raios solares aumenta progressivamente, diminuindo, assim,
a insolação, embora os dias sejam mais longos. Além da obliquidade, influi também a
maior espessura de atmosfera que os raios solares têm de atravessar nas regiões pola-
res, determinando maior difusão dos raios pelas partículas de poeira e vapor de água, e
também a maior reflexão, decorrente do ângulo de incidência dos raios com a camada
atmosférica. Estes fatores todos, quando somados, determinam a baixa temperatura
dos polos. Abaixo de 10°C constantes, não cresce mais árvore de espécie alguma, tor-
nando-se impossível o plantio de cereais. No entanto, um grande número de vegetais,
sobretudo de Coníferas, resiste a temperatura baixíssimas, diminuindo ao mínimo o seu
metabolismo, se, durante o período de verão, a temperatura ascender a mais de 10°C.
A topografia pode determinar modificações profundas no clima local. Uma corrente de
ar saturado de umidade vinda do oceano, ascendendo por uma barreira montanhosa,
resfria-se, pela expansão que se dá, graças à queda de pressão atmosférica. A diminui-
ção da temperatura faz com que se dê a precipitação local. Este fenômeno verifica-se na
Serra do Mar, que, em certos trechos, recebe quase 5 metros anuais de chuva.
Exemplo interessante é o da ilha do Havaí, onde a quantidade de chuva é de 1,30m a
2,50m por ano no lado que recebe os ventos, e de 13 a 25cm apenas, do lado oposto,
que é o lado noroeste. Muitos desertos têm a sua origem relacionada a esse fenômeno,
pois se localizam atrás de cadeias montanhosas que barram a umidade vinda do mar
(LEINZ, 1998, p. 56 e 57).
54
PORTO, V. B.
Professores!
Ides ensinar? 1. O Dinamismo Planetário
“aprendei a aprender”.
“A Terra é um planeta dinâmico” (TEIXEIRA et al., 2000, p. 98). O estudo dos
No encadeamento das sismos e do paleomagnetismo revelam que o dinamismo planetário é compre-
transformações, que endido à luz de uma nova teoria, a teoria da Tectônica Global, ou dizendo de
modelaram as feições outra forma, da Tectônica de Placas, da qual se percebe a deriva dos conti-
superficiais do planeta, a
nentes ao longo do tempo geológico.
Tectônica de Placas, que
é responsável pela Deriva À luz desta teoria, a superfície terrestre é formada por placas tectônicas,
Continental, explica as que são movimentadas por deslocamentos ascendentes do magma, onde as
mudanças de posições
placas se formam. Contudo, como a superfície da Terra não está se expandin-
dos continentes ao longo
do tempo geológico e o do, nos sítios de convergência de placas tectônicas, as placas mais densas
processo de formação de estão afundando sob as menos densas.
novos oceanos.
A Figura 17 retrata o contorno das placas tectônicas baseado no estudo
dos sismos.
Fundamentos de Geociência 57
Pangea
Segundo Teixeira et al.
Figura 24 – Distribuição geográfica das placas tectônicas da Terra. Os números repre-
(2000), há aproximadamente
sentam as velocidades em cm/ano, e as setas, os sentidos dos movimen-
340 Ma (milhões de anos),
tos (TEIXEIRA et al., 2000).
todas as massas continentais
(que já estiveram juntas)
começaram novamente a
Portanto, a posição atual dos continentes, revelada pela Figura 29, nem se juntar, culminando há
sempre foi a mesma. Os dados oferecidos pela Geocronologia, pelo estudo cerca de 230 Ma com a
dos sismos, pelo paleomagnetismo, e consolidados pela teoria da Tectônica formação do supercontinente
de Placas, atestam “que a aglutinação e a fragmentação de massas conti- Pangea, circundado por um
único oceano denominado
nentais ocorreram diversas vezes no passado geológico e que o Pangea foi Pantalassa.
apenas a última importante aglutinação dos continentes”, (TEIXEIRA et al.,
2000, p. 98). Veja a Figura 25.
62
PORTO, V. B.
A Figura 27 retrata a posição dos continentes há 105 Ma, quando se ve- Dúvidas
rifica que os territórios da Austrália e da Antártida já se encontram separados e Uma das principais
objeções à Teoria da Deriva
que a Índia, que se encontrava na região sul do Gondwana, iniciou sua viagem Continental era que Wegener
com destino ao hemisfério norte, para se chocar com a Ásia, formando, assim, não conseguia explicar as
a Cordilheira do Himalaia, como produto desse encontro abrupto. forças que moveriam os
continentes.
Hoje sabemos qual o motor
que faz as placas tectônicas
se moverem, mas não
sabemos explicar exatamente
como os processos naturais
fazem este motor funcionar.
Entretanto, nós podemos
modelar as causas dos
movimentos e testar estes
modelos com base nas leis
naturais.
O que sabemos é que a
astenosfera e a litosfera estão
intrinsecamente relacionadas.
Se a astenosfera se mover, a
litosfera será movida também.
Sabemos ainda que a
litosfera possui uma energia
cinética cuja fonte é o fluxo
Figura 27 – Posição relativa dos continentes há 105 Milhões de anos, observando-se térmico interno da Terra,
uma grande semelhança com as formas continentais atuais, ressalvando- e que este calor chega
se as posições da Índia, Austrália e a largura do Oceano Atlântico (TEI- à superfície através das
correntes de convecção do
XEIRA et al., 2000).
manto superior.
O que não sabemos com
A atual configuração dos continentes é resultado desta dança dos con- certeza, e as dúvidas
tinentes, conforme está representado na Figura 28. persistem, é como as
convecções do manto iniciam
o movimento das placas
(TEIXEIRA et al., 2000).
Sítio de ocorrência Diante do exposto, torna-se claro que regularidades, tais como o relevo
É em torno do limites das atual e a diversidade de seres que se implantou na contemporaneamente na
placas litosféricas que se
concentra a mais intensa
Biosfera, resultaram de fatores, entre os quais estão as transformações geo-
atividade geológica do cêntricas, que tiveram uma contribuição marcante.
planeta, como sismos, Essas transformações romperam, muitas vezes, o frágil equilíbrio bios-
orogênese etc.
Atividades geológicas
férico, levando os seres vivos a serem extintos em massa, nestes momentos
semelhantes também episódicos de liberação de grande quantidade de energia, resultando em ca-
ocorrem no interior das tastróficos acontecimentos, como ocorrência de grandes falhamentos com
placas, mas em menor rupturas litosféricas, ocasionando terremotos, erupções vulcânicas, formação
intensidade (TEIXEIRA et al.,
2000).
de oceanos, além de outras mudanças, como a inversão de polaridade mag-
nética, soerguimento de cordilheiras etc.
Quando a extinção ou simplesmente a morte levou os restos dos seres
vivos a se depositarem em ambientes sedimentares, ocorreu, então, o pro-
cesso de fossilização, conservando as formas vivas do passado, para serem
exibidas e estudadas, quando reveladas na atualidade dos acontecimentos,
ao serem encontradas na litosfera.
Entretanto, sabe-se que o mais comum é a não ocorrência do processo
de fossilização, já que, nos ambientes continentais soerguidos, a diversidade
biológica sobrepuja largamente os seres fossilizados de ambientes sedimen-
tares, e, mesmo nestes, deve haver a interrupção da cadeia alimentar, que re-
cicla a matéria biológica, transformando-a novamente em matéria inorgânica,
para que aconteça a fossilização.
Conclui-se que os Fundamentos de Geociências devem ser conheci-
dos pelo biólogo, para que ele possa contar a história de ancestralidade e
descendência dos seres vivos. Contudo, sabe-se que o estudo realizado nes-
te âmbito será sempre incompleto, já que, se compararmos a Filogenia a um
livro, faltarão muitas páginas, perdidas ao longo do tempo geológico.
Fundamentos de Geociência 65
Síntese do Capítulo
Esta Parte, ao abordar os temas sobre as Transformações Geocêntricas, procu-
rou dar uma noção sobre como está estruturada a Terra, quanto ao aspecto da
sua composição litológica. Enfatiza, ainda, como a dinâmica planetária modelou
a atual feição dos continentes, assunto abordado no tema Tectônica de Placas.
Atividades de avaliação
1. Descreva, sucintamente, os critérios de classificação dos minerais e espe-
cifique, respectivamente, suas importâncias para as Geociências.
2. Enumere os tipos de rocha e os descreva, conforme o ciclo das rochas.
3. Como são formados os solos?
4. Como se dá a ação geológica do vento, da água e do gelo?
5. Qual a importância dos estudos dos terremotos e do magnetismo para elu-
cidar a teoria da tectônica de placas?
6. Qual a relação entre a teoria da tectônica de placas e a Deriva Continental?
7. Construindo o meu portifólio: Continue fazendo o seu diário reflexivo, a partir
das discussões realizadas no decorrer da disciplina, registrando os aspectos
que levem-no a agir de forma crítica e reflexiva, continuando a construir o
seu portifólio, alimentando-o com os diários produzidos após cada Unidade.
Texto Complementar
Texto 1: Breve História
A teoria da Tectônica de Placas – que revolucionou as Geociências, assim como a
teoria da Origem das Espécies modificou as Biociências e as teorias da Relatividade e
da Gravitação Universal mudaram os conceitos da Física – nasceu quando surgiram os
primeiros mapas das linhas das costas atlânticas da América do Sul e da África.
Em 1620, Francis Bacon, filósofo inglês, apontou o perfeito encaixe entre estas duas
costas e levantou a hipótese, pela primeira vez, historicamente registrada, de que
estes continentes estiveram unidos no passado.
Nos séculos que se seguiram, esta ideia foi diversas vezes retomada, porém raramente
com argumentações científicas que lhe dessem suporte teórico.
A origem da teoria da Tectônica de Placas ocorreu no início do século XX, com as
ideias visionárias, e pouco convencionais para a época do cientista alemão Alfred We-
gener, que se dedicava a estudos meteorológicos, astronômicos, geofísicos e paleon-
66
PORTO, V. B.
tológicos, entre outros assuntos. Wegener passou grandes períodos de sua vida nas
regiões geladas da Groenlândia fazendo observações meteorológicas e misturando,
frequentemente, atividades de pesquisa com aventuras.
Entretanto, sua verdadeira paixão era a comprovação de uma ideia, baseada na ob-
servação de um mapa-múndi no qual as linhas de costa atlântica atuais da América
do Sul e da África se encaixariam como um quebra-cabeças gigante, de que todos os
continentes poderiam se aglutinar formando um único megacontinente.
Para explicar estas coincidências, Wegener imaginou que os continentes poderiam,
um dia, terem estado juntos, e posteriormente, teriam sido separados. Poucas ideias
no mundo científico foram tão fantásticas e revolucionárias como esta (TEIXEIRA et
al., 2000).
Texto 2: Comprovações
Wegener foi o primeiro a pesquisar seriamente a ideia da deriva continental e a in-
fluenciar outros pesquisadores. Para isto, procurou evidências que comprovassem
sua teoria, além da coincidência entre as linhas de costa atuais dos continentes. We-
gener enumerou algumas feições geomorfológicas, como a cadeia de montanhas da
Serra do Cabo na África do Sul, de direção leste-oeste, que seria a continuação da
Sierra de Ia Ventana, a qual ocorre com a mesma direção na Argentina, ou ainda um
planalto na Costa do Marfim, na África, que teria continuidade no Brasil. Entretanto,
as evidências mais impressionantes apresentadas pelo pesquisador foram:
Presença de fósseis de Glossopteris (tipo de gimnosperma primitiva) em regiões da
África e Brasil, cujas ocorrências se correlacionavam perfeitamente, ao se juntarem
os continentes.
Evidências de glaciação, há aproximadamente 300 Ma, na região Sudeste do Brasil,
Sul da África, Índia, Oeste da Austrália e Antártica. Estas evidências, que incluem a
presença de estrias indicativas das direções dos movimentos das antigas geleiras,
sugeririam que, naquela época, grandes porções da Terra, situadas no hemisfério
sul, estariam cobertas por camadas de gelo, como as que ocorrem hoje nas regiões
polares e, portanto, o planeta estaria submetido a um clima glacial. Caso isto fosse
verdade, como explicar a ausência de geleiras no hemisfério norte, ou a presença
de grandes florestas tropicais, que teriam dado origem naquela época aos grandes
depósitos de carvão? Este aparente paradoxo climático poderia ser facilmente ex-
plicado, como mostrado na Figura 25, se os continentes estivessem juntos há 300
Ma, pois, neste caso, a distribuição das geleiras estaria restrita a uma calota polar
no Sul do planeta, aproximadamente como é hoje (TEIXEIRA et al., 2000).
Texto 3: Ressurgimento
No final dos anos 40 e na década seguinte, foi mapeado o fundo do Oceano Atlântico,
utilizando novos equipamentos e coletando amostras de rochas.
Estes trabalhos permitiram cartografar uma enorme cadeia de montanhas subma-
rinas, denominadas Dorsal ou Cadeia Meso-Oceânica, que constituíam um sistema
contínuo ao longo de toda a Terra, estendendo-se por 84.000 Km e apresentando
uma largura da ordem de 1.000 Km; no eixo destas montanhas, constatou-se a pre-
sença de vales de 1 a 3 Km, associado a um sistema de riftes, Figura 17, indicando
a presença de um regime tensional. Posteriormente, foi constatado que, ao longo
da cadeia meso-oceânica, o fluxo térmico era mais elevado que nas áreas contíguas
Fundamentos de Geociência 67
de crosta oceânica, e que esta era uma zona de forte atividade sísmica e vulcânica.
Esta cadeia de montanhas emerge na Islândia, onde seus habitantes levam uma vida
pacata, mas, frequentemente, afetada por sismos e vulcanismo. O mais importante,
porém, era que esta dorsal meso-oceânica dividia a crosta submarina em duas partes,
podendo representar, portanto, a ruptura ou a cicatriz produzida durante a separação
dos continentes. Se assim fosse, a teoria da Deriva Continental poderia ser aceita.
O estudo do magnetismo das rochas também contribuiu para uma melhor com-
preensão dos movimentos da crosta continental. Estudos de paleomagnetismo re-
velaram que as posições primitivas dos polos magnéticos da Terra tinham mudado
ao longo do tempo geológico em relação às posições atuais dos continentes. Como
era sabido que o eixo magnético da Terra coincidia com o seu eixo rotacional, os
dados paleomagnéticos poderiam indicar, em vez de mudanças do eixo magnético,
um movimento relativo entre os continentes. As novas informações provenientes
do estudo da crosta oceânica e de paleomagnetismo fizeram com que parte dos
geofísicos passassem a considerar uma deriva dos continentes mais seriamente
(TEIXEIRA et al., 2000).
Livros:
1. LENZ, V.; AMARAL, S.A. Geologia geral. São Paulo: Editora Nacional,
1998. 399 p.
A presente publicação trata-se de um livro de texto, usado por cursos de
Ciências Biológicas, para introduzir seus alunos no estudo da Geologia. É
bastante usado nas referências desta obra, servindo para aprofundar, ade-
quadamente, os estudos referentes às Geociências.
2. POPP, J. H. Geologia geral. 5 ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Cien-
tíficos, 1998. 376 p.
Da mesma forma que a publicação anterior, é um livro muito próprio
para se aprofundar, adequadamente, nos estudos referentes às Geociências.
Sites:
•• http://www.brasilescola.com/geografia/tectonica-placas.htm
A Tectônica de placas é uma teoria originada a partir da deriva continen-
tal e da expansão dos fundos oceânicos.
Foi desenvolvida em 1960 e tornou-se a mais aceita entre geógrafos
e oceanógrafos.
De acordo com esta teoria, a litosfera se movimenta sobre a astenosfera.
A litosfera, por sua vez, é dividida por placas (denominadas placas tectôni-
cas), e estas deslizam por causa das correntes de convecção no interior da Terra.
Tais movimentações permitiram a formação dos continentes a partir do
Pangeia, continente que existiu há 200 milhões de anos, durante a era Mesozoica.
O presente site traz mais informações a respeito do assunto.
70
PORTO, V. B.
Referências
BONILLA, O. H.; PORTO, V. B. Vida e ambiente. Fortaleza: Edições Demócri-
to Rocha e Editora UECE, 2001. 111 p.
GUERRA, A. T. Dicionário geológico e geomorfológico. 7. ed. Rio de Janei-
ro: Editora Fundação Brasileira de Geografia e Estatística – IBGE, 1989. 446 p.
LENZ, V.; AMARAL, S. A. Geologia geral. São Paulo: Editora Nacional, 1998. 399 p.
POPP, J. H. Geologia geral. 5. ed. Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Cientí-
ficos, 1998. 376 p.
SUGUIO, K. Geologia sedimentar. São Paulo: Editora Edgard Blucher, 2003. 400 p.
TEIXEIRA, W.; TOLEDO, M. C. M.; FAIRCHILD, T. R.; TAIOLI, F. Decifrando
a Terra. São Paulo: Editora Oficina de Textos/USP, 2000. 557 p.
Parte 31
Procedimentos de ensino
Elementos de Cartografia
Capítulo 1
Noções elementares
de cartografia
Objetivo
Professores!
l Reconhecer símbolos e convenções cartográficas. Ides ensinar?
"aprendei a aprender".
O Mapeamento Topográfico congrega o conjunto de procedimentos que
Na pesquisa de campo,
têm por finalidade a representação do espaço territorial brasileiro, de forma torna-se vantajoso, para o
sistemática, por meio de séries de cartas gerais, contínuas, homogêneas e biólogo, saber ler uma carta
articuladas, elaboradas seletiva e progressivamente, em consonância com topográfica?
as prioridades conjunturais, nas escalas-padrão de 1: 1.000.000, 1: 250.000,
1: 100.000, 1: 50.000 e 1: 25.000. Entre outras finalidades, aplica-se ao uso
no posicionamento e na orientação geográfica (site http://www.ibge.gov.br/
home/geociencias/cartografia/).
1. Introdução
A Cartografia, segundo o Ministério da Defesa, 2002, consiste no estudo da
representação gráfica e simbólica do terreno expressa num documento de-
nominado carta topográfica, que deve refletir, com precisão, a fisiografia do
terreno, assim como todos os aspectos naturais ou artificiais que possam au-
xiliar na comparação entre o representado e a realidade levantada no estudo.
É óbvio que, como instrumento de uso, a carta topográfica é um do-
cumento limitado porque reflete a realidade da época do levantamento dos
dados que a compuseram. Sabe-se que a realidade está em constante
transformação, entretanto, o uso adequado da carta topográfica facilita so-
bremaneira a quem se desloca no terreno, como é o caso do biólogo em
suas pesquisas de campo.
A representação gráfica e simbólica do terreno expressa na carta topo-
gráfica é realizada de acordo com o previsto no Decreto-Lei n° 243, de 28 de
fevereiro de 1967, que estabelece as diretrizes e bases das atividades carto-
gráficas e correlatas executadas no Brasil.
São elementos fundamentais para a leitura e uso de cartas topográficas
a escala e as convenções cartográficas.
74
PORTO, V. B.
2. Escala
A escala permite que se reproduza a dimensão espacial real do terreno, na
dimensão espacial virtual da carta topográfica.
A escala é representada por uma fração adimensional, na qual a au-
sência de unidade é reflexo da simplificação que ocorre, em consequência de
numerador e denominador, não possuir a mesma unidade.
O numerador, na escala, frequentemente, é representado pela unidade
e traduz a distância virtual representada na carta, enquanto o denominador
representa a distância real no terreno.
Nas cartas topográficas, as escalas de uso mais comuns são 1:10.000,
1:25.000, 1:50.000 e 1:100.000, estando disponíveis em folhas de tamanho
padronizado.
3. Convenções Cartográficas
As cartas topográficas são quadriculadas, no sentido da parte inferior-superior da
folha (vertical), sentido esquerda-direita da folha (horizontal), apontando as qua-
drículas verticais para a direção Norte, a que denomina-se Norte de Quadrícula.
Nas quadrículas marginais, são registradas as distâncias, pelo sistema
de Projeção Universal Transversa de Mercator (sistema UTM), com origem
nas quilometragens do Equador e do Meridiano 450W de Greenwich, acresci-
dos, respectivamente, das constantes 10.000 Km e 500 Km.
O Norte de Quadrícula não coincide exatamente com o Norte Geográfi-
co ou Norte Verdadeiro, em decorrência da curvatura dos meridianos, estando
marcado por retículos perpendiculares localizados em posições equidistantes
da folha, com correspondentes marcas nas margens da carta, em que são re-
gistradas as Latitudes e as Longitudes, possibilitando, assim, a determinação
das coordenadas geográficas, Figura 29.
Fundamentos de Geociência 75
Aspectos relevantes
Lembre-se, quando for
ler uma carta topográfica,
que sempre quando for
possível e desde que tal
fato não sobrecarregue o
desenho final, os acidentes
constantes da carta devem
ser representados em escala,
de acordo com sua grandeza
real e as particularidades de
sua natureza.
Os formatos e as dimensões
das convenções simbólicas
devem ser representáveis
em escala ou na forma
de símbolos mínimos,
quando não for possível a
representação em escala.
Quando um acidente
for estreito, porém de
Figura 29 – Marcação de uma quadrícula, cujo Norte de Quadrícula é apontado para
comprimento compatível
cima, ladeada pelo retículo correspondente à direção Norte Verdadeiro, a
com a representação em
partir do qual se determinam coordenadas geográficas, estando o retículo escala, deverão ser usadas
apontado pela seta (IBGE, 1991). as prescrições do símbolo
mínimo, para representar
sua largura, sendo traçados
Nas margens superiores e inferiores das cartas topográficas, aparece em escala sua forma e seu
uma série de inscrições, denominadas inscrições marginais, que contêm os comprimento.
seguintes dados: Desta forma, as convenções
cartográficas procuram
•• Margem superior: órgão expedidor, localização e nomenclatura da folha; representar, da forma mais
•• Margem inferior: no centro – posição relativa da folha, e dados técnicos expressiva, os diversos
correspondentes a escalas em forma de fração e gráfica, distância das acidentes naturais e
artificiais que devam constar
curvas de nível, sistemas de coordenadas, órgão confeccionador da carta, das cartas topográficas,
entre outras informações. (MINISTÉRIO DA DEFESA,
Lateralmente se localizam as diversas legendas com a convenções 2002).
Figura 30 – Carta topográfica da região de Campinas – SP, escala 1: 50.000 (IBGE, 1991).
Síntese do Capítulo
A Cartografia é um campo do conhecimento de fundamental importância para
o biólogo, haja vista que, no trabalho de campo, atividade inerente à sua pro-
fissão, necessita-se deste conhecimento, para que se esteja adequadamente
orientado, realizando deslocamentos e posicionamentos de forma referencia-
da. Hoje em dia, o GPS, Sistema de Posicionamento Global, oferece grandes
facilidades para a orientação no campo, via satélite, devido aos seus moder-
nos aparelhos.
Fundamentos de Geociência 77
Atividades de avaliação
1. Calcule a distância real em metros correspondente a 8cm de distância
numa carta topográfica, cuja escala é 1:10.000.
Resposta:
Dados:
Distância na carta → d = 8cm
Escala → E = 1 ⁄ 10.000
Pede-se: Distância real → D = ?
Solução:
8cm / xcm = 1cm/10.000cm
x . 1 = 8 . 10.000
x = 80.000cm → x = 800m
Portanto, a distância real é de 800m.
2. Sabe-se que a distância real, que separa dois pontos no terreno é de 5Km.
Com qual distância estes pontos seriam representados numa carta topo-
gráfica, cuja escala é 1:50.000?
Resposta:
Dados:
Distância real
D = 5Km = 500.000cm
Escala → E = 1 ⁄ 50.000
Pede-se: Distância na carta → d = ?
Solução:
xcm / 500.000cm = 1cm/50.000cm
x . 50.000 = 500.000 . 1
x = 500.000 / 50.000 → x = 10cm
Portanto, a distância na carta é de 10cm.
3. Calcule a escala de uma carta topográfica, onde 4 cm de distância na carta
correspondem a 1 Km no terreno.
Resposta:
Dados:
Distância na carta → d = 4 cm
Distância real
D = 1 Km = 100.000 cm
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PORTO, V. B.
Pede-se: Escala → E = ?
Solução:
4 cm / 100.000 cm = 1 / x
x . 4 = 100.000. 1
x = 100.000 / 4 → x = 25.000
Portanto, a escala é E = 1: 25.000.
Atividades de avaliação
1. Como se usa uma carta topográfica para posicionar-se e orientar-se?
2. Qual a importância do GPS para o biólogo?
3. Concluindo o meu portifólio: Faça o seu diário reflexivo, sobre o assunto
estudado, registre os aspectos que levem-no a agir de forma crítica e refle-
xiva. Conclua o seu portifólio, apresentando-o ao professor.
Texto Complementar
Uso do GPS
O Sistema de Posicionamento Global (GPS) é uma tecnologia norte-americana base-
ada em sistema de radionavegação que fornece um posicionamento confiável, assim
como navegação e datação para os usuários civis em uma base contínua no mundo
inteiro - livremente disponível para todos.
Para qualquer receptor GPS, o sistema fornecerá local e hora, a localização exata e
informações em tempo real para qualquer lugar do mundo.
O GPS é composto por três partes: os satélites que orbitam a Terra; o controle e as es-
tações de monitoramento em terra; e os receptores GPS de propriedade de usuários.
Os satélites GPS transmitem sinais a partir do espaço que são captados e identificados
por receptores GPS.
Cada receptor GPS fornece, então, uma melhor localização tridimensional (latitude,
longitude e altitude) mais o tempo.
Indivíduos podem adquirir aparelhos de GPS que estão disponíveis, por meio dos va-
rejistas comerciais.
Equipados com estes receptores GPS, os usuários podem localizar, com precisão,
onde estão, bem como se guiar facilmente para onde quer ir, seja andando, dirigindo,
voando ou navegando.
O GPS tornou-se importante para as atividades no campo, complementando a carta
topográfica na orientação no terreno, substituindo, com vantagens, a bússola, no pro-
cesso de orientação (http://www.gps.gov/).
Fundamentos de Geociência 79
Livros:
BARROS, G. L. M. Navegar é fácil. Rio de Janeiro: Editora Edições Maríti-
mas, 1993. 510 p.
w no uso de cartas topográficas.
Sites:
•• http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/cartografia/
O presente site traz noções relevantes sobre cartografia, servindo de
base para o discente se aprofundar no assunto estudado.
Referências
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Noções bási-
cas de cartografia. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/geociencias/
cartografia/manual_nocoes/representacao.html>. Acesso em: 06 jan. 2010.
MINISTÉRIO DA DEFESA. Convenções cartográficas: normas para o em-
prego dos símbolos. 2. ed. Brasília: Exército Brasileiro, 2002. v. 1, 112 p. (Ma-
nual Técnico T 34-700).
MINISTÉRIO DA DEFESA. Convenções cartográficas: catálogo de símbolos.
2. ed. Brasília: Exército Brasileiro, 2002. v. 2, 72 p. (Manual Técnico T 34-700).
MINISTÉRIO DA ECONOMIA FAZENDA E PLANEJAMENTO. Região su-
deste do Brasil, carta topográfica de Campinas, folha sf.23.y.a.v-4. Brasí-
lia: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, 1991. 1 p.
NATIONAL SPACE, GOVERNO DOS ESTADOS UNIDOS. Sistema de po-
sicionamento global. Disponível em: <http://www.gps.gov/>. Acesso em: 06
jan. 2010.
80
PORTO, V. B.
Sobre o autor
Valberto Barbosa Porto: possui licenciatura plena e bacharelado em Ciên-
cias Biológicas pela Universidade Federal do Ceará (1989/1990) e mestrado
em Saúde Pública pela Universidade Estadual do Ceará (2000). Atualmente é
Professor Adjunto da Universidade Estadual do Ceará, atuando como regente
da disciplina Paleontologia Básica.
Ciências Biológicas
F
iel a sua missão de interiorizar o ensino superior no estado Ceará, a UECE,
como uma instituição que participa do Sistema Universidade Aberta do
Fundamentos de Geociência
Brasil, vem ampliando a oferta de cursos de graduação e pós-graduação
na modalidade de educação a distância, e gerando experiências e possibili-
dades inovadoras com uso das novas plataformas tecnológicas decorren-
Ciências Biológicas
tes da popularização da internet, funcionamento do cinturão digital e
massificação dos computadores pessoais.
Comprometida com a formação de professores em todos os níveis e
a qualificação dos servidores públicos para bem servir ao Estado, Fundamentos de Geociência
os cursos da UAB/UECE atendem aos padrões de qualidade
estabelecidos pelos normativos legais do Governo Fede-
ral e se articulam com as demandas de desenvolvi-
mento das regiões do Ceará.
Geografia
12
História
Educação
Física
Ciências Artes
Química Biológicas Plásticas Computação Física Matemática Pedagogia