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DESÂNIMO E RENOVAÇÃO

Texto Bíblico: Is 40.27-31

INTRODUÇÃO

Ânimo vem do latim “ANIMUS”, que possui as acepções de “alma,


coragem, desejo, mente”. “ANIMUS” está relacionado à outra palavra, “ANIMA”,
que significa “ser vivo, espírito, coragem, disposição”. O Dicionário Etimológico
Online definiu “ANIMUS” como “o lado psicológico do homem, a sede dos
pensamentos, das ideias, da vontade, das emoções e do
caráter. Animus representava a parte do homem que não é física, mas que
forma a identidade. Todas as ações dos homens derivam dos processos que
acontecem dentro do animus. Em português, o animus seria a alma, a mente, o
coração”1. O equivalente hebraico dessa palavra é “coração”, que é como a
sala de controle dos processos espirituais, psicológicos, mentais e biológicos
do ser humano (Pv 4.23). Ter ânimo, nessa perspectiva, é estar vivo, animado,
como quando falamos de coisas animadas, desenho animado, porque essas
coisas estão em movimento.

Desânimo é a falta do sopro de vida. A energia é gasta, e o desalento, o


desestímulo, o esmorecimento se instala na nossa vida. A sensação é a de que
não resta mais nada a ser feito, os sonhos estão mortos, os desejos frustrados,
a esperança desvanecida. Não importa quanto me esforce, a derrota já está
fixada antes da luta.

Não é por acaso, portanto, que o Antigo e o Novo Testamento abundam


em exortações para se “ter bom ânimo” (Josué 1:9, 10:25; 2 Crônicas 32:7;
Salmos 31:24 Mt 9.2,22; 14.27; Mc 6.50; 10.49; Lc 8.48; Jo 16.33; At 23.11). A
expressão significa que o povo de Deus deve estar cheio de coragem, estar
confiante, pôr-se em boa disposição, ser ousado2. O fundamento da exortação
é a promessa da presença de Deus com seu povo. Os planos de Deus não
podem ser frustrados. Confie e seja ousado!

No capítulo 40 do livro do profeta Isaías vê-se essa verdade reluzindo


intensamente. O próprio Deus convoca embaixadores para consolar o seu
povo. O cenário é dado no capítulo 39. O povo será levado para o cativeiro em
Babilônia. Haverá perdas, destruição e mortes. Mas haverá também libertação
no tempo designado. Deus iria disciplinar o seu povo, não destruí-lo.

O texto que lemos fala do desânimo do povo de Israel no cativeiro. O


povo estava perdendo as forças, a esperança, a fé. O cansaço era geral. Por
isso, o profeta primeiro declara o problema da nação (v. 27), para depois
apresentar a solução de Deus. A solução apresentada por “Isaías é primeiro a
teologia (vv. 28,29) na forma de uma reiteração penetrante da doutrina de Deus

1 Disponível em: <https://www.dicionarioetimologico.com.br/animo/>. Acesso em 13 jun 2019.


2 Dicionário Vine.
— ‘Será que você não sabe?’ ‘A inferência errada da transcendência de Deus é
que ele é grande demais para se importar; a certa é que ele é grande demais
para falhar’. Segundo, Isaías aponta para a experiência — o descanso, a
confiança e a espera (30,31). Estes, juntos e nessa ordem, constituem a forma
bíblica de renovação”3.

I. DESÂNIMO: O PROBLEMA DO POVO.


1) O uso de tempos verbais contínuos (“dizes”, “falas” [ARC]) indica uma
disposição prevalecente de queixa e desânimo. Não se tratava mais de
um sentimento passageiro, mas de um estado de espírito.
2) A designação Jacó /.../ Israel é uma das favoritas de Isaías, e
provavelmente a intenção da sequência é lembrar duas coisas:
a. Gênesis 32.22-32, como o lutador divino deu um novo nome e
uma nova força ao indefeso, incapacitado e inferior Jacó.
b. A referência não é a qualquer povo; é ao povo pactual de Deus, a
quem este pessoalmente se deu como sua possessão especial.
Como era possível que imaginassem que ele poderia esquecê-los
(49.14–16)?
3) O Desânimo do povo se manifesta por meio de duas perguntas:
a. A primeira pergunta é teológica, “O Senhor não se interessa pela
minha situação” (NVI), “o Senhor não sabe do seu sofrimento”
(VIVA), referindo-se à natureza de Deus, como se dissessem que
“Ele não pode ver isso”;
b. A segunda é experimental, “não atende às suas justas
reclamações” (VIVA), “o meu Deus não considera a minha causa"
(NVI), referindo-se à experiência da pessoa, como se quisessem
dizer “minhas orações nunca são respondidas”.
Aplicação: Você está desanimado? Qual a causa do seu desânimo? É a
mesma do povo de Israel? Você se sente como eles? Você também se queixa
de que Deus não sabe do seu sofrimento ou não responde à sua oração?
Saiba que Deus é o Pai de Misericórdias e o Deus de toda consolação.

Pergunta de transição: Qual a resposta de Deus para o seu povo?

II. RENOVAÇÃO: A SOLUÇÃO DE DEUS.

A solução para o problema deles é reaprender o que já sabem e abrir os


ouvidos para o que já lhes foi dito (sabe e ouviu estão ambos no tempo
perfeito, cf. v. 21). O povo de Deus já possui a verdade, e esta veio de fora
para eles. O que eles sabem? Eles sabem duas coisas:

1) Eles sabem quem Deus é.

Deus é de tal maneira (eterno, Criador, incansável) que eles não precisam
duvidar nunca de Sua capacidade; Ele também é de tal maneira (possui

3 J. Alec Motyer. O comentário de Isaias.


sabedoria incomensurável) que eles não devem nunca esperar entender todos
Seus caminhos.

a. Ele, como (lit.) “Deus de eternidade”, não muda;


b. Ele, como Criador, tem todas as glórias, atributos e poderes
mencionados nos versículos 12-16;
c. Ele, como um ser que não se cansa nem fica exausto, nunca
abandona seus propósitos como não realizáveis nem os adia
enquanto descansa.
d. Ele, como um Deus sábio, opera em um plano eterno, mundial e
incessante, sua sabedoria é insondável para nós, não podemos
“esquadrinhar o seu entendimento” (ARA). Seus caminhos
pertencem à eternidade; nós, ao tempo; sua visão é para o
mundo; a nossa, local; sua continuidade o mantém sempre
adiante do ponto que alcançamos.
Ele, por ser autoexistente, possui um excesso de energia para
distribuir com os que carecem dela. Ele nunca tem falta de nada;
ao contrário, ele ajuda os que têm falta das coisas. O termo
cansado é falhar sob as pressões da vida; sem forças (lit. “aquele
que não tem vigor nem vitalidade”) é a falta de força inata. A
palavra força (TB) está relacionada com a palavra para “osso” e,
por conseguinte, tem o sentido de “durabilidade” e “estabilidade”.
O uso do particípio (Ele é quem dá) enfatiza que esta dádiva é
característica de Deus em todos os tempos. Calvino comenta que
é somente os que sentem e admitem sua debilidade que podem
valer-se desta dádiva (ver 2Co 12.9).
2) Eles sabem em quem esperar.

Os recursos naturais falham, mas é possível ter uma experiência distinta em


Deus. Aqui, um contraste entre os fortes desse mundo e os que esperam no
Senhor é estabelecido. A pessoa natural (30a) não é como Deus (28e), mas o
cristão, quando a força divina incansável e inabalável entra nele, encontra
recursos interiores que não falham diante das exigências da vida. Isso
responde a segunda pergunta do povo judeu.

O que acontece com os fortes desse mundo?

a. Mesmo o mais vital na terra eventualmente seria desgastado;


sua força tem limites. A palavra cansam é a mesma traduzida
por cansado no versículo 29. Os dois verbos significam ser
subjugado, dominado pelas circunstâncias, mas, no primeiro
caso, isso ocorre pela falta de recursos interiores e, no segundo
caso, pela dureza externa da vida — ao contrário do Deus do
versículo 28! Os jovens é um termo genérico para o jovem do
sexo masculino. A palavra jovens, por conseguinte, está
relacionada com “homens escolhidos” (os que prendem o olhar do
selecionador olímpico), “jovens na flor da idade”, “lutadores”,
“homens em idade militar”. A sugestão, de qualquer modo, é de
homens jovens no auge da forma física — mas até mesmo esta
tem seus limites. Mesmo os seres humanos mais vigorosos são
mortais e falíveis. Têm suas limitações físicas. Não precisamos
cultuá-los nem deixar-nos terrificar por eles, se temos alguma
outra fonte para suprir nossas vidas.

O que acontece com os “fracos” desse mundo?

b. Mesmo o mais fraco na terra, quando espera no Senhor, tem


suas forças sempre renovadas.
i. Qual a condição para termos as nossas forças
renovadas?
Só uma: esperar no Senhor. Esta expressão implica duas
coisas: completa dependência de Deus e a disposição de
permitir que ele decida os termos. Esperar nele é admitir
que não temos outro auxílio, nem em nós nem em outros.
Portanto somos impotentes até ele agir. Como prova do
que digo, esperar nele é declarar nossa confiança em sua
eventual ação em nosso favor. Daí, esperar (qāwâ) em
hebraico não é simplesmente deixar o tempo passar, mas
uma vida de confiante expectativa (ver 8.17; 25.9; 33.2;
49.23). Os que renunciam seus próprios e frenéticos
esforços para salvar-se, e se volvem para Deus em serena
expectativa serão capazes de substituir ou de trocar sua
força desgastada por uma nova. Deus tira o inútil e devolve
o bom (53.11).
ii. O resultado de esperar no Senhor é força renovada. Duas
imagens são utilizadas:
a. A do voo da águia. Longe de serem esmagados na
terra por sua própria impotência, os que dependem
de Deus podem estender as asas sem qualquer
esforço, como fazem as águias, e planar sobre o
vento.
b. A da marcha. Aqui provavelmente alguém tomaria a
corrida e a caminhada não como opostas entre si,
mas de comum acordo como se referindo ao firme
avanço daqueles cujos recursos são ilimitados.
Quanto ao segundo membro do par de paralelos,
andar fornece definição ao conceito, mostrando que
é o processo total, não apenas a explosão
temporária de hiperatividade que depende da
provisão divina.

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