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2. Os talentos
Ao se ausentar, o senhor chamou os seus servos. Quem são esses servos?
Muitos mestres da Palavra afirmam que os servos aqui descritos são os
judeus. Entretanto não são. Escravos e servos somos nós, que fomos
comprados por preço. O Senhor Jesus possui bens e os confiou aos Seus
servos. Por acaso, o Senhor confiaria os Seus bens para os que não são
servos, para um incrédulo, um ímpio, para os que zombam do Seu nome,
para os que não são mordomos? Não. O Senhor confiou os Seus bens
para nós, Sua Igreja. Essa parábola, portanto, é para nós.
Que bens são esses? O que o Senhor tem que nos foi dado? Os dons. O
versículo quinze nos fala que o Senhor deu talentos aos Seus servos. O
que é um talento? A interpretação comum das pessoas é que talento
constitui os bens, posição, estudo, inteligência, diplomas, status etc. Mas
o Talento não pode ser essas coisas. Deus permite que qualquer pessoa
tenha tudo isso. Até o ímpio as possui e, muitas vezes, em quantidade
maior do que os crentes. Talento não aponta para algo natural. Talentos
são os bens do Senhor, ou seja, os dons espirituais.
A Palavra diz que o Senhor deu cinco talentos para um; a outro, dois e a
outro, um; cada um segundo a sua capacidade (v. 15). Desses versículos,
podemos tirar algumas conclusões práticas:
Em primeiro lugar o talento é algo que somente o crente tem, porque os
talentos são os bens que o senhor deixou somente para os Seus servos,
os nascidos de novo.
Em segundo lugar o talento não é dado indiscriminadamente, mas
segundo a capacidade de cada um. De fato, isso é algo misterioso. Deus
olha e dá o talento de acordo com a capacidade para usá-lo. A capacidade
não é o talento, é algo que nos ajuda, mas não nos habilita a negociar
com o talento, a multiplicá-lo. Precisamos ter a capacidade e o talento.
Certamente existe uma relação entre os nossos dons naturais e os dons
do Espírito. Quando Jesus chamou Pedro, ele estava pescando e depois
o Senhor fez dele um pesacdor de homens. Quando João foi chamado,
ele estava consertando redes e também o seu ministério teve esta
característica: trazer a igreja de volta ao rumo certo. Quando Paulo foi
chamado, ele era um fabricante de tendas e o mesmo aconteceu com seu
ministério: ele foi o maior edificador das bases da Igreja como edifício
de Deus.
A terceira conclusão que tiramos é que o talento pode ser aumentado.
Quem recebeu cinco, ganhou mais cinco, assim como o que recebeu dois,
ganhou mais dois. Disso concluirmos que o talento não é algo fixo e
acabado, mas pode ser incrementado, aumentado. A Palavra demonstra
claramente que cada talento deve ser desenvolvido, o que nos fala de
algo espiritual. Quanto ao que é natural, chega-se a um ponto em que
acaba a nossa capacidade de nos desenvolver, pois temos limites
naturais.
O talento nesta parábola não é natural, mas espiritual. Há um limite em
nosso talento ou habilidade natural enquanto que o talento espiritual
pode ser multiplicado, porque no depósito de Deus não há limites.
O talento é algo espiritual e não algo natural como tocar, falar bem, ser
bom de futebol, ser estudioso etc. Essas coisas evidentemente podem e
devem ser consagradas ao Senhor, mas os talentos são os bens do Senhor
dados unicamente aos Seus servos.
Também precisamos dizer que os talentos podem ser requeridos de
volta. A Bíblia diz que aquele que ganhou um talento o enterrou e, ao
final, o Senhor o tomou de volta e deu ao que tinha ganhado dez.
Mais uma vez, chegamos à conclusão de que não pode ser algo natural,
pois uma vez que eu aprendi a tocar violão, nada pode me tirar o saber
tocar. A não ser que eu perca as mãos, eu vou continuar tocando violão
e mesmo sem elas eu continuarei sabendo tocá-lo. Na parábola, o talento
foi tirado. Portanto este talento não é natural, mas espiritual.
Os dons de Deus são irrevogáveis (Rm 11.29). Mas chegará o Dia, no
Tribunal de Cristo, quando o Senhor requererá o que fizemos com os
talentos que nos foram confiados (Rm 14.12). Se não tivermos
multiplicado estes talentos, seremos disciplinados no Milênio. Aqueles
que forem achados fiéis receberão ainda mais talentos das mãos do
Senhor.
Pois ao que tem se lhe dará, e terá em abundância; mas, ao que não tem,
até o que tem lhe será tirado. (Mt 13.12)
Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez. (Mt 25.28)
O Senhor subiu aos céus e concedeu dons aos seus servos. Portanto,
talentos são coisas espirituais dadas somente aos Seus servos.
Todos os servos receberam pelo menos um talento. Se você é uma pessoa
regenerada, comprada pelo sangue, se você é filho de Deus, você tem
talento, nem que seja apena um. Todos nós temos algum talento
confiado pelo Senhor;
Infelizmente o talento pode ser enterrado. O dom do Espírito é algo que
pode ser inutilizado. Uma pessoa pode ter o dom e não utilizá-lo, ter e
deixá-lo de lado, enterrando-o, como o servo fez.