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Nono Dia

O discipulado de um ministro
A Palavra de Deus declara enfaticamente que há somente um mediador
entre Deus e os homens (I Tm. 2:5). Todo crente acredita nessa verdade,
mas eu convivo com centenas de irmãos que estão esperando que eu seja
mediador entre elas e Deus. São pessoas que não conseguem assimilar a
visão.
O que isso realmente tem a ver com a visão? É muito simples. Nós
declaramos que cada crente é um ministro ou sacerdote, isso significa
que ele não precisa de ninguém para ser o seu mediador diante de Deus.
Não estou dizendo que nós não precisamos uns dos outros ou do
conselho de irmãos mais velhos, mas é pecado procurar alguém para
ajudá-lo antes de buscar a Deus. Você espera que alguém resolva o seu
problema, mas você não levou esse problema em oração ao Senhor. Isso
significa que você confia mais no homem do que em Deus, ou pelo menos
acredita que ele está mais perto de Deus e por isso mesmo pode ser o seu
mediador.
Alguns esperam que eu lhes diga qual é a vontade de Deus para a vida
deles, outros esperam que eu explique o significado de coisas que têm
acontecido com eles, ainda outros esperam que lhes revele os mistérios
que eles não entendem. Agora eu gosto de abençoar as pessoas e,
obviamente, eu faço o meu melhor para ajudá-los. Mas esse tipo de
questão deve ser levada diante de Deus e não diante de homens.
Sendo cada crente um ministro, o nosso trabalho como líderes é equipá-
las para que sejam capazes de falar com Deus e receber dele direção
sobre essas dúvidas e problemas.
O papel de um pastor não é ser a voz de Deus, mas é
ajudar as pessoas a se conectarem com Deus - para
que eles possam ouvir a voz do Senhor por eles
mesmos. É evidente que Deus fala conosco através de
nossos irmãos, inclusive do pastor, mas precisamos
ter cuidado para não transformá-los em voz de Deus.
Quando você enfrenta uma situação difícil, para quem você liga
primeiro? Para o seu pastor ou para Deus?
Quando você não entende um versículo da Bíblia para quem você se
volta? Para o seu pastor ou a Deus?
Não entenda errado. Nós precisamos uns dos outros e Deus certamente
usa nossos irmãos para falar conosco. O que estou tentando lhe dizer é
que infelizmente a mentalidade de muitos crentes é a de um mediador.
Há um oráculo que falará para você tudo o que Deus quer lhe dizer. Isso
talvez fosse verdade no Velho Testamento, mas já não é mais assim.
Nesses dias do Novo Testamento cada crente foi feito um sacerdote e
cada um pode ouvir de Deus individualmente sem nenhum mediador
que não seja Cristo Jesus.
Não faça do seu pastor, discipulador ou líder uma muleta do seu
relacionamento com Deus. Tudo bem ter uma muleta
momentaneamente enquanto não podemos andar, mas devemos ser
capazes cada vez mais de andar sem muletas na medida em que
crescemos.
Se não compreendermos claramente a visão transformaremos o
discipulado numa distorção do cristianismo. Muitos discipuladores
estão inadvertidamente se transformando em mediadores entre Deus e
seus discípulos.

O centro do discipulado
A ilustração dos corações concêntricos pode ser útil para
compreendermos a prioridade de Deus.
Essa ilustração nos mostra o nível de cada um no entendimento do
propósito eterno de Deus. Alguns estão no nível mais básico de
compreensão do Reino de Deus. Nesse nível estão aquelas pessoas que
querem fazer coisas para Deus. Não se preocupam muito com o desejo
do coração de Deus, só desejam realizar coisas boas, relevantes e úteis
para os necessitados.
No segundo nível estão aqueles que entenderam que há algo mais central
no coração de Deus: a Igreja. Essas pessoas se reúnem nas chamadas
missões paraeclesiásticas. Elas compreendem que o que importa é
pregar o Evangelho, mas não percebem que pregar o Evangelho não é
tudo, é preciso edificar as pessoas e essa edificação só é possível no
âmbito da igreja local.
No próximo nível em direção ao centro estão aquelas pessoas que
compreenderam que a igreja local é algo mais central no coração de
Deus. Muitas igrejas avançaram apenas até esse nível. Por isso vivem de
grande eventos, programas e celebrações.
Outras porém têm avançado na revelação do coração de Deus e
perceberam que uma igreja somente pode ser edificada por meio de
grupos menores que temos chamado de células. Hoje nós estamos nesse
estágio e já é algum avanço, mas ainda há algo mais central que as
células. O estágio seguinte é o discipulado. Na própria célula há um
ponto central. A célula não é o ponto final da visão.
Mas se pararmos aqui teremos apenas uma religião organizada. Existe
ainda algo que é mais central que todas coisas. O discipulado possui um
ponto central e esse ponto é “Cristo dentro de nós”.
O centro do evangelho é Cristo dentro de nós. O alvo de Deus é que cada
um de seus filhos seja guiado pelo Espírito que hoje habita dentro do
nosso espírito humano regenerado.
O alvo do discipulado, portanto, é levar as pessoas a experimentarem o
controle de Cristo em suas vidas por meio do Espírito Santo. Não temos
discípulos nossos realmente, não os temos para nós mesmos, mas para
levar cada um deles a conhecer a Cristo. Todos são na verdade discípulos
do Senhor. Nosso trabalho como discipuladores é levá-los a aprender a
sentir, a ouvir e perceber a voz do Cristo vivo dentro deles. Devemos
ensinar o que o Evangelho diz a respeito a Cristo e da vontade dEle se
cumprindo em cada um. Temos a obrigação de ser modelos de vida, não
para que eles olhem para nós, mas para que vejam a Cristo em nosso
viver diário.
Cristo é o centro de tudo, ninguém é dono de ninguém e tão pouco o
discipulado é um sistema eclesiástico, mas um relacionamento de vida.
Não é questão de morar juntos, nem de ter uma intimidade tal a ponto
de andar juntos o dia inteiro. Não é o discipulador que muda a vida do
discípulo. Isso é obra do Espírito Santo e da Palavra de Deus operando
nele.
Os que buscam muita intimidade supõem de maneira carnal que é a
capacidade do homem que nos muda. Então imaginam que se ficarem
suficientemente próximos e por tempo suficiente do seu discipulador
então eles serão outra pessoa. Mas o que nos transforma é
contemplarmos o Senhor, por isso o bom discipulador aponta para
Cristo.
O discipulado não é uma mera amizade, mas sim um relacionamento
voltado para um propósito, o propósito de ver Cristo sendo formado em
uma pessoa para que essa pessoa possa ser enviada e gerar muitos filhos
para Deus. Todos devem sempre se lembrar: o centro da nossa obra é o
Espírito Santo, que é Cristo em nós.
Todo crente precisa ter um discipulador. Alguém reconhecido como
autoridade para ensiná-lo e conduzi-lo nesse caminho de aprender a ser
guiado pelo Espírito para gerar muitos filhos para Deus e assim
edificarmos a igreja.

Sem dependência ou manipulação


O discipulado é muito importante, mas ele pode se tornar um problema
se não percebemos que existe algo mais central na vida cristã. O ponto
central da vida cristã é “Cristo em nós”. Isso significa que o alvo do
discipulador é levar ser discípulo a ouvir o Espírito e seguir a sua voz.
Não temos discípulos realmente. Os discípulos são de Cristo. Somos
como placas sinalizadoras apontando para Cristo.
Quando não entendemos a centralidade de Cristo podemos incorrer em
certos desequilíbrios que precisam ser evitados. Podemos cair no buraco
da dominação sobre o discípulo e o discípulo, por sua vez, pode cair no
erro da superdependência.
Qualquer método de discipulado que induz as pessoas a seguirem um
líder e a obedecer a regras e não a Cristo é fundamentalmente maligno!
Todo discipulado deve levar as pessoas a serem como Cristo e este deve
ser o grande alvo de todo discípulo. E tudo o que tirar Cristo do centro,
seja um método bom ou um ótimo sistema de discipulado deve ser
completamente removido do nosso meio.
Discipuladores que não compreendem que o centro do discipulado é
levar o discípulo a ouvir de Cristo em seu espírito normalmente levam
os discípulos a dependerem deles. Eles se colocam como dediadores
entre o discípulo e Deus. Infelizmente estão completamente fora da
visão, na verdade a estão destruindo.
Quando discipulasdores se colocam como mediadores espirituais, os
discípulos passar a depender dele em tudo. Os discipuladores passam a
ser o seu guia espiritual, decidindo tudo pela pessoa. Eles decidem se o
discípulo deve ou não vender o carro, se viaja ou não, se deve ou não se
relacionar com determinada moça ou rapaz! Esse nível de autoridade e
de governo dos discipuladores sobre os discípulos produz uma sensação
de tranqüilidade e passividade naquele que está sendo discipulado.
Afinal, ele já não precisa decidir sobre nada e nem mesmo preocupar-se
em orar a respeito. Seu discipulador cuida de tudo! E tem muita gente
que gosta disto! Os discípulos sentem-se tranqüilos porque já não
precisam orar nem buscar a Deus sobre este ou aquele assunto nem
correm o risco de tomar decisões erradas. Se alguém errar, será o
discipulador. Todavia isto não é discipulado. É manipulação religiosa e
não discipulado.
No discipulado verdadeiro ensinamos os discípulos a dependerem de
Deus e a buscarem sua vontade. Como agir numa situação onde o
discípulo procura orientações? Uma atitude simples é orar junto com o
discípulo e levá-lo a tomar uma decisão. O discipulador deve mostrar
todas as saídas possíveis e deixar que ele decida. Se como discipuladores
não entendemos certos assuntos, devemos recomendá-los a buscar o
conselho de outras pessoas naquela área específica. Em seguida deixe-o
decidir. Se decidir correto, amadurecerá no Senhor. Se errar,
amadurecerá com mais rapidez ainda! E jamais devemos culpá-lo por
um eventual erro, e nem devemos nos culpar também.
O discipulado autoritário ao invés de produzir maturidade, produz
imobilidade espiritual. A pessoa cresce numa eterna dependência em
tudo, não aprende a depender de Deus e buscar a Cristo nas mínimas
coisas.
Tenha muito cuidado com o assenhoreamento sobre a vida do discípulo.
A Palavra de Deus diz para “guardarmos o rebanho de Deus que há entre
nós, não como constrangidos, mas espontaneamente, como Deus
quer...; não como dominadores dos que nos foram confiados, antes
tornando-nos modelos do rebanho” (I Pe. 5:2-3).
A primeira coisa que temos que afirmar com muita clareza e convicção é
que todo discipulado é primeiramente a Cristo, ou seja, todo discípulo é
antes de tudo um discípulo de Cristo. O discipulo deve ser discípulo de
Cristo e não de homens!
Há uma tendência muito sutil no trabalho de discipulado de se deixar
levar pelo legalismo e pelo controle da vida do discípulo. Discipuladores
quando desconhecem as exigências de Jesus, impõe suas próprias
exigências. Já ouvi pastores afirmando que as pessoas gostam de ser
cobradas, de serem exigidas a vestir e a se comportar desta ou daquela
maneira, e que elas gostam de proibições. Alguém já chegou a afirmar
que os crentes gostam de pregadores que batem porque passam a idéia
de um evangelho mais sério. Mas o que temos visto frequentemente é
apenas legalismo religioso.

A autoridade no discipulado
A primeira base de edificação de um discípulo é o reconhecimento do
Senhor Jesus como Rei. Conversão significa mudança de governo. A
partir de agora a palavra de Deus é a base de nossa vida.
No reino há autoridades delegadas. Se uma pessoa não reconhece
autoridade não pode ser edificada, discipulada. A submissão é a
condição básica do discipulado. Sem submissão não há formação ou
discipulado.
Mas um risco que muitos compreensivelmente temem é o abuso da
autoridade por parte do discipulador. Por isso o próprio discipulador
precisa ser discípulo. O princípio básico para ter autoridade é estar
debaixo de autoridade.
Cada discipulador precisa entender que ele é servo do discípulo e não o
dono. Deve ensinar todo o Conselho de Deus e não os seus gostos e
preferências pessoais. Porque não temos discípulos de fato, os discípulos
são de Cristo.
Certos discipuladores presumem que aquilo que pensam deve ser
seguido pelo discípulo cegamente. Mas isso é um absurdo. Um discípulo
pode discordar e até debater uma idéia com seu discipulador e ainda
manter um coração submisso.
A palavra de um discipulador a seu discípulo pode ser de três níveis:

a. A Palavra de Deus
Evidentemente diante da Palavra de Deus a submissão de um discípulo
deve ser completa e absoluta. Se um discípulo ignora a palavra de Deus
podemos então afirmar que ele é rebelde. Mas quando digo “Palavra de
Deus” estou me referindo especificamente a aquilo que está escrito na
Bíblia.
Se por exemplo um líder chega a mim e diz: “Pastor, eu gostaria de
namorar a Joaninha”. Eu lhe pergunto: “Quem é a Joaninha?”. Ele então
me responde que é uma moça que ele conheceu na escola e que ainda
não é convertida. Numa situação assim a Palavra de Deus diz claramente
que ele deve terminar esse relacionamento simplesmente porque não há
comunhão entre luz e trevas e eles estão se constituindo um jugo
desigual (II Cor. 6:14-18).
Nesse caso o discipulador pode ser absolutamente diretivo e se o
discípulo se recusa a ouvir a Palavra ele pode ser considerado rebelde.

b. O Conselho do discipulador
O segundo nível de palavra é o conselho. Conselhos são palavras
baseadas na experiência e no conhecimento do discipulador. Mesmo
sendo um conselho bom e sensato, nesse caso a submissão é relativa.
O discipulador tem mais experiência e está apto a dar um conselho. Mas
ele não pode obrigar o seu discípulo a seguir cegamente seus conselhos.
Nesse caso a submissão ao discipulador é relativa. Por isso o
discipulador deve persuadir e convencer seu discípulo a obedecer.
Vamos imaginar o seguinte exemplo. O discípulo chega em mim e diz
que gostaria de se casar com a Serafina. A menina é crente fiel, mas tem
apenas 16 anos e ele possui só 18. Eu lhe dou então um bom conselho: “é
melhor esperar um pouco mais porque vocês dois são muito jovens.” É
um bom conselho? Com certeza. Mas é Palavra de Deus? A Bíblia de fato
não diz com que idade alguém deve se casar.
Creio que o discípulo deveria ouvir meu conselho, mas e se ele mesmo
assim resolver se casar? Devo rejeitá-lo como rebelde? Claro que não.
Na verdade eu deveria dizer: “O melhor é que não se case, mas já que vai
se casar então vamos trabalhar para dar certo”.
Podemos aconselhá-los sem impor nosso ponto de vista ou nossa
autoridade. Mas o problema está exatamente aqui: Por causa da ênfase
na autoridade, sempre que aconselhamos, achamos que o nosso
conselho tem que ser seguido à risca. Somos os profetas dos últimos
dias, que recebemos toda a verdade para conduzir as pessoas na vida
cristã. Se não somos obedecidos, nossa tendência é rejeitá-los. É claro
que precisamos dar orientações claras aos discípulos. Entre elas a de que
devem buscar em Deus a resposta e não em nosso conselho!
Um discípulo, porém, que nunca ouve um conselho do seu discipulador
é orgulhoso e auto-suficiente. Apesar de não ser necessariamente
rebelde é resistente ao ensino e dificilmente pode ser edificado. O bom
discípulo precisa atentar para o conselho do seu discipulador, mas um
discipulador não pode obrigar o discípulo a seguir seu conselho.

A opinião do discipulador
O terceiro tipo de palavra do discipulador são as suas opiniões. Opiniões
expressam apenas as preferências e gostos pessoais do discipulador. Não
é necessário nenhum tipo de submissão às opiniões e gostos pessoais do
discipulador.
Vamos supor que o discípulo chegue a diga ao discipulador: “Estou
gostando da Cremilda”. O discipulador então rapidamente interfere:
“Mas a cremilda? Ela muito feia. Você pode conseguir algo melhor”.
Nem preciso dizer que essa opinião pode ser solenemente ignorada.
O problema acontece quando o discipulador não compreende esses três
níveis de palavra e resolve exortar seu discípulo para que siga todas as
sua opiniões humanas. Essa é a causa das distorções e abusos que
acontecem em muitas igrejas. Não temos realmente discípulos. Os
discípulos são de Cristo. E os discípulos devem ouvir apenas aquilo que
está em harmonia com a Palavra de Deus.

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