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Fichamento

Marcos Antonio Viana de Oliveira GRR: 20183121

Coluna: ‘’PIB X Pibb: rumo à Venezulea, pela direita’’. Escrita por Conrado Hubner Mendes para a
Revista Época.

Texto:

A tese central de Conrado Hubner Mendes em sua coluna para a revista Época é a de que a
plataforma política que elegeu o atual presidente da república do Brasil, Jair Messias Bolsonaro,
ignora a conexão existente entre crescimento econômico e a qualidade do estado de direito. Nesse
sentido, Hubner divide o eleitorado de Bolsonaro em dois grupos: o primeiro seria o daqueles que
votaram no candidato por motivos torpes, como aumentar a violência contra minorias, contra os
marginalizados, dentre outros índices de barbárie, índices esses que o autor denomina ‘’Pibb’’,
Produto interno da Brutalidade Brasileira. A figura de linguagem serve ao propósito de contrastar
com o objetivo do segundo grupo de eleitores do candidato, isto é, o aumento do Pib, o produto
interno bruto. Dessa forma, esta parte da plataforma política de Bolsonaro teria feito um voto de fé
na habilidade da equipe econômica do governo, representada pelo ministro Paulo Guedes, de
alavancar a economia do país.

Quanto ao primeiro time, o autor não procura perder seu tempo tecendo críticas, pois não cabe e
não é possível haver discussão com a irracionalidade. O objeto do artigo é, pois, o segundo
contingente de eleitores. Para estes, o possível aumento do Pibb que adviria da eleição do atual
presidente, e que já se fez presente antes mesmo dessa se perpetuar, seria apenas um preço do
avanço econômico, um revés que seria potencialmente compensado pelo disparo econômico. Para
Hubner, não poderiam estar mais enganados. Dessa forma, o colunista assinala que, ainda que possa
haver uma correlação positiva entre a violência e a economia, se prejudicando, aqui, a primeira
quando se manifestasse o benefício da segunda, o que ocorre no meio do caminho é que um
governo de viés autoritário, como é suposto pelo autor do texto o governo atual, irá prejudicar as
instituições que necessitam funcionar segundo os padrões do estado de direito. Sem a obediência as
liberdades, aos procedimentos estáveis, as regras claras e previsíveis as quais governos
democráticos pautam seus governos, tais instituições não podem prosperar.

Destarte, é aqui que se revela o erro desse eleitorado: a violência e a instabilidade seriam pesados
obstáculos ao crescimento econômico, ao passo em que uma democracia não facciosa, ao contrário,
facilitaria o desenvolvimento econômico consistente. O ‘’voto racional’’ em Bolsonaro ignora isso.
Nesse sentido, Bolsonaro seria o suprassumo da violência e da instabilidade. Seu ódio ‘’includente’’
se direciona aos mais diversos grupos sociais e parte de um partido desestruturado e inexperiente
que em uma única eleição se tornou um dos que mais dispõe de cadeiras.

Um dos motivos que determinou esse ‘’voto racional’’ no atual presidente seria o medo de que o
Brasil se convertesse no pesadelo que permeia o imaginário comum dos eleitores que tem como
prioridade o crescimento econômico: o medo de que o Brasil se convertesse em uma nova
Venezuela, país este visto como o maior exemplo a ser evitado. Aqueles que carregam tal
pensamento veem na Venezuela uma moldura daquilo em que se converteria um país que brincasse
com o esquerdismo por tempo demais. Ao eleger uma sucessão de governo de esquerda, estaríamos
trilhando esse caminho. Novamente aqui, Hubner aponta outro erro: não foi através da eleição de
governos de esquerda que a Venezuela se converteu num exemplo a ser temido, mas através da
cartilha de manipulação política, de desrespeitos ao estado de direito e as instituições democráticas.
De fato, a história institucional brasileira dos últimos 20 anos não parece convencer essa parcela do
eleitorado da ilogicidade de sua lógica.

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