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O caso de Mariana

Mariana B. de Souza, 9 anos, foi matriculada no 3º ano da Escola Municipal Paulo Freire. A aluna
chegou transferida de uma escola de outro município com laudo de transtorno do espectro
autista (TEA).

Mariana mora com seu pai, sua mãe e dois irmãos mais novos. Sua mãe relatou à professora
que Mariana sabe escrever palavras simples e consegue associar número a quantidade, fala
frases curtas, ecolálicas e compreende as solicitações mesmo que, muitas vezes, apresenta-se
indiferente a elas. Em casa passa grande parte do tempo vendo televisão, quando para mais e
apresenta mais atenção; em outros momentos fica mais sozinha no quarto e brinca no chão
ordenando em filas os brinquedos que mais usa : bonecas , blocos de encaixe e objetos que
pega nos ambientes da casa. Pode até ficar perto dos irmãos, mas procura brincar sozinha. Nos
outros momentos fica agitada, andando e mexendo nos objetos pela casa. Não dorme bem,
levanta em busca de alimento e come compulsivamente. No outro município que morava
realizava atendimento de fonoaudiologia e tinha um médico que acompanhava
esporadicamente. Ficava um pouco na escola e logo depois do recreio voltava para casa porque
a escola dizia que não tinha como ficar mais porque não parava em sala.

Na nova escola há 7 salas de aula , uma sala de recursos multifuncionais , um refeitório, uma
biblioteca, uma sala de informática, área externa ampla com jardim e um pátio.

Há dois meses, Mariana frequenta regularmente a nova escola, mas sempre chega atrasada e a
auxiliar, que a acompanha na turma, a espera na entrada da escola. Assim que chega, tira a
sandália e começa a correr no pátio, entra na biblioteca e, em pouco tempo vai para outro
espaço, mesmo com a auxiliar tentando levá-la para sala de aula. Quando consegue, Mariana
realiza algumas atividades no papel: desenho, pintura, escrita de palavras e aprecia livros de
histórias com imagens. A professora se admira da atenção dela no momento que interage com
o livro, folheando com atenção página por página. Ela não olha para as pessoas e interage muito
pouco com os colegas, embora já se acostumou com eles. Sua interação maior é com a auxiliar
que a acompanha em todos os momentos em sala e em outros ambientes da escola.

Na hora do lanche, Mariana acompanha a turma até o refeitório e consegue lanchar com os
colegas. Depois do intervalo volta para a sala, mas não permanece por muito tempo, sai e fica
um pouco na sala de informática e na sala de recursos multifuncionais. Se insistir para ficar em
sala, ela se joga no chão e grita. Assim, a auxiliar acaba saindo da sala com ela para outros
espaços.

Neste momento, a professora do AEE realiza atendimento com outra criança e quem a
acompanha e propõe alguma atividade é a auxiliar. A professora do AEE atende nos dois turnos
e Mariana retorna à escola para atendimento duas vezes por semana. Nestes dois meses a aluna
está mais adaptada à escola, identificando as pessoas e o ambiente escolar e, ficando o período
todo na escola.

Fonte: Curso de Atendimento Educacional Especializado - AEE da Universidade Federal Rural do


Semi-Árido-UFERSA, 2018.

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