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Educação Infantil – Base do Desenvolvimento Humano

Sabemos que até seis anos de idade o ser humano atinge cerca de 80% do seu
desenvolvimento bio-psico-social. A falta de atendimento adequado nesta fase provoca danos
irreversíveis na maturação da criança. Aléxis Carrel disse: “O tempo da primeira infância
deve ser utilizado de todas as maneiras imagináveis para a educação. A perda desses
momentos é irreparável. Em lugar de deixar improdutivos os primeiros anos de vida, é
preciso cultivá-los com o mais minucioso dos cuidados”.
Apesar da expansão do atendimento à primeira infância dos últimos anos
estimulada pela participação das mulheres no mercado de trabalho continuamos esbarrando na
falta de vagas para as crianças de zero a seis anos.
Kramer (1998) aponta: “Sentimos, entretanto, que os movimentos sociais
embora tenham tido a influência na expansão das vagas, apresentam até agora,
expressividade, força e organização insuficientes para pressionar a formulação de uma
política global e coerente de educação pré-escolar”.
Atender as crianças de zero a seis anos, não só pedagogicamente, mas também
nas questões relativas a higiene e saúde, deveria ser prioridade nacional.
As crianças percebem e sentem o mundo que as cerca de uma forma bastante
peculiar.
É um desafio para o educador atender as necessidades fisiológicas e
psicológicas de uma criança, permitindo a elas, uma aprendizagem significativa, que estimule
sua capacidade e habilidade.
Sabemos que um ambiente estimulador favorecerá os desenvolvimentos
físicos, afetivos, cognitivos, éticos, estéticos e sociais.
Qualquer objetivo educacional a ser atingido pressupõe a existência de um
“programa” a ser seguido.
Digo que a criança está naturalmente disposta a aprender tudo que se relaciona
às suas próprias necessidades, sejam elas físicas ou psicológicas, e ao meio em que vive.
Partindo da base de experiências que a criança traz para a escola, devemos
proporcionar atividades que vão estimular seu desenvolvimento pleno. É importante lembrar
que a aprendizagem é um processo contínuo, gradativo e dinâmico.
Tudo é construído e reconstruído de forma gradual, num ritmo espiralado.
Exemplo: para a criança aprender uma adição ela deve ter tido experiência com os
agrupamentos de objetos. Para facilitar o entendimento e o agrupamento de atividades vamos
dividi-las em áreas lembrando que elas são intimamente relacionadas entre si.
As áreas aqui colocadas estão de acordo com as referências curriculares
nacionais.

Linguagem

O desenvolvimento da inteligência humana está intimamente ligado ao


desenvolvimento da linguagem. Tudo que ela vivencia deve ser reproduzido nas formas de
expressão verbal e não verbal. É importante que ela “interprete” o mundo que a cerca e que
comunique esta “leitura” do mundo para as pessoas de sua convivência.
Somos seres de linguagem e a aquisição desta tem seu início desde a fase intra-
uterina quando a mãe “conversa” com seu bebê.
Todas as atividades devem ser aproveitadas para estimular a linguagem: a troca
da fralda, a hora da roda de conversa, a contação de histórias e posteriores dramatizações, a
declamação de versos e rimas, as músicas cantadas e como conseqüência de tudo, a leitura
para os mais velhos.

Matemática

Aqui vamos falar do desenvolvimento do conhecimento lógico-matemático


que é construído a partir do “pensar” sobre as experiências com os objetos e as situações
vivenciadas, experimentadas.
É no estabelecimento de uma relação simples (- o meu cabelo é curto e o seu é
cumprido) que a criança desenvolve seu pensamento lógico-matemático.
Na educação infantil as noções matemáticas estão nas brincadeiras, nos jogos
inteligentes e recreativos, nas músicas (com seus ritmos variados), na construção de regras
simples, enfim, tudo que existe no contexto escolar deve ser aproveitado para o
desenvolvimento lógico-matemático.
Dos conceitos básicos como maior/menor, cheio/vazio, aberto/fechado,
mais/menos, idéias de quantidade, etc. Posteriormente, ela passará a fazer registros com o uso
dos números entendendo a utilização dos mesmos no dia-a-dia: datas, telefones, endereços,
placas de carro, documentos, etc...
Natureza e sociedade

Vamos falar do conhecimento social sobre o qual os grupos sociais e culturais


estabelecem leis, valores as questões éticas.
Nosso ponto de partida está num instinto humano: a curiosidade. Tal
curiosidade deve ser aproveitada par que a criança conheça o mundo que a cerca ampliando e
sistematizando a experiência que ela traz em sua “bagagem”. Conhecer e entender a natureza
e a sociedade é preparar-se para os estudos de Ciências, História e Geografia que um dia elas
terão contato.
Devido o egocentrismo característico desta faixa etária, devemos sempre partir
da criança, lembrando que ela sente-se como o “centro do universo”. Primeiro ponto a ser
trabalhado é o cuidado com o próprio corpo, logo após, o reconhecimento de suas partes e seu
funcionamento adequado. Quando a criança “se percebe” fica mais fácil trabalhar com o
intrapessoal e o interpessoal, ou seja, sua socialização.
A história de sua própria vida vai remetê-la ao entendimento de que todos
possuem uma história.
O reconhecimento do espaço que ocupa vai fazê-la perceber que existem
outros espaços ocupados por pessoas diferentes.
Seu tempo de vida a fará compreender que existiram “outros tempos”.
As regras rotineiras a farão perceber que existem outras regras, que organizam
grupos em vários lugares, com idéias diferentes.

Afetividade

A questão do desenvolvimento afetivo se encontra intimamente relacionado ao


desenvolvimento cognitivo, uma vez que e a criança está bem afetivamente ela aprende, ela
faz.
A questão do afeto diz respeito aos sentimentos, aos interesses, desejos, valores
e emoções nas suas variadas dimensões. Sentimentos subjetivos como amor e raiva, aspectos
expressivos como sorrisos e lágrima devem ser considerados no desenvolvimento afetivo,
pois tem a ver com motivação para o aprender (- ninguém dá um passo se não tem motivos).
O desenvolvimento afetivo tem profunda influência no desenvolvimento
intelectual acelerando, diminuindo, estagnando, direcionando as atividades intelectuais.
Conclusão
O benefício de um bom atendimento à infância é indiscutível.
Estabelecer um “currículo de atividades” para os pequeninos pode parecer
inapropriado visto que todas as situações devem ser aproveitadas para o desenvolvimento das
crianças de forma global e harmônica.
O importante é que saibamos organizar nossas atividades objetivando o
desenvolvimento pleno do ser humano facilitando sua adaptação à sociedade.
Lembrando também quatro pilares básicos da educação, é preciso desenvolver
o SER para que ele possa CONVIVER, em harmonia com a sociedade. Se ele é um ser
humano melhor, será receptivo ao CONHECER e sua ação, ou seja, seu FAZER será capaz de
provocar as mudanças tão necessárias ao mundo de hoje.
É preciso preparar nossas crianças para um ethos mundial caracterizado pelas
crises sociais, ecológicas e do trabalho, todas elas de dimensões planetárias.

Bibliografia

DISTRITO FEDERAL, Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de


Educação Fundamental. Referencial curricular nacional para a Educação Infantil. Brasília,
DF.
FIQUEMONT, Jeanne Evard. Jardins de Infância. 2ª ed. Flamboyant, 1963.
ROSSINI, Maria Augusta Sanches. Pedagogia Afetiva. Petrópolis: Vozes,
2001.
ROSSINI, Maria Augusta Sanches. Aprender tem que ser gostoso. Petrópolis:
Vozes, 2003.
ROSSINI, Maria Augusta Sanches. Educar para SER. Petrópolis: Vozes,
2005.

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