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Epifania. Súbita iluminação.

Quando de repente, nos deparamos com uma verdade maior,


transcendente, que nos abala, que nos atinge como um raio. A epifania, termo, de origem
grega, portanto pagã, pré-cristã, foi melhor incorporado pela filosofia cristã da idade média.
São Tomás de Aquino tem um livro chamado a suma teológica, a manifestação do divino. O
pressuposto do encontro com a divindade jamais pode se dar no plano da existência terrestre,
segundo o cristianismo.

Primeira parte: iluminação, clarão. Ela nos apresentaria diante de um conhecimento total,
verdade absoluta, susto flash, uma verdade transcendente, algo que abre, que amplia. Como
se fosse um holofote no rosto, um excesso de luz que ilumina mas também cega.

Segunda parte: a experiencia mística encontra o seu lugar, encontra uma moldura, um sentido
que permite a compreensão.

Terceira parte: quando a verdade é incorporada e passa a modificar nossa percepção do


mundo, encontra o seu lugar o seu sentido em nós, na experiencia huamana e passa a
modificar a maneira como se vê as coisas. (Consonantia = consonância).

Clarice toma a experiencia epifância, revelação súbita do sentido das coisas, ela toma essa
experiência e a assimila como dado da construção literária. Vários textos de clarice passam por
essa experiencia mística, de iluminação. Em muitos momentos, há essa cena decisiva, que
modifica tudo ou pelo menos promete isso. Que tipo de verdade eles podem trazer.

A epifania revela um conhecimento transcendental. Não é um raciocínio dedutivo. É um


conhecimento total, absoluto, muito maior do que a esfera de nossa existência, que se
apresenta de repente entre nós. Súbita, que se esgota rapidamente.

A teoria do medalhão – Machado de Assis

Conto o Amor

Esmero nos detalhes, na descrição. A vida da personagem fica confusa, assim como quando os
ovos se quebram e ficam gosmentos.

Nodari le a obra de clarice a partir do diálogo de mundo. Em ALGUMa medida, o texto dele
fala de animalidade, ancestralidade. A animalidade ganha um impulso distinto, ao mesmo
tempo que projeta e acrescenta outros conceitos, desdobramentos de outras formas de leitura
da obra de Clarice.

TRECHO: O ENCONTRO DE G.H com a barata...”

Encontro de formas de vida, ancestrais, e muito atuais. A cena fundamental do romance, da


barata, se apresenta como um encontro de tempos, um encontro abstrato, se dá no presente
da narrativa, conforme os poucos traços da narrativa nos faze entender, Rio de Janeiro, anos
60, em plena glória do capitalismo. Nesse momento histórico, uma senhora de classe média,
ao entrar em um cômodo escondido de sua casa, entra em contato com um ser, que remete a
gruta da natureza, os primórdios. Esse encontro dá acesso a um portal do tempo. Ela é
apresentada como uma guardiã (a barata). O que precede a transformação, suposta, que se dá
na devoração. Suscita na narradora todo um conjunto de reflexões de temporalidade larga. Ao
se pensar na origem da vida na terra, não se esta pensando na vida humana. A experiencia
mística se dá no presente como um encontro de temporalidades.

Hetairismo significa promiscuidade sexual, de modo direto. Na biologia, mistura entre


espécies. Encontro de vidas, que necessariamente vão se tocar, se misturar. Essa mistura
necessariamente nos coloca naquilo que é nojento, mas também naquilo que é sublime.

Hetairismo uso na filosofia que tem sido feito, sugere promiscuidade cruzamente ontológico,
isto é, existencial. Não se trata mais da formação de novas espécies pelo cruzamento de
espécies diferentes, mas o cruzamento que gera a mistura, o hibridismo, o alargamento do ser.
Esse sentido vai ser aproximado a noção de devoração.

O ato da devoração é decisivo porque é se abrir para o mundo e incorporar esse mundo,
crescer com ele. Um gesto de confusão entre um e outro.

Ôntico tem a ver com a ideia do existência. Já a ontologia tem a ver com o ser.

A experiencia mística, o encontro com a barata, todo o ritual de comunhão, dá acesso a um


local perigoso, chamado de contraontologia. É o lugar dos limites. A ruptura dos limites do ser.
O ritual de devoração simbólica que o encontro de gh com a barata abre o humano a outras
formas de existência, outras formas de ser. Daí o termo contraontologia. A experiencia do
romance dá lugar, abre caminho para a ruptura dos limites dos seres. Um ser passa a também
poder existir como outro. O ritual antropofágico, de devoração simbólica do imundo, do sujo,
do rebaixado, que tem lugar no romance, dá abertura para que o humano se desfaça no não
humano. O não humano e o humano, a partir da devoração simbólica da barata, do imundo,
abre espaço para que os limites entre elas se caiam, se desfaçam.

De um lugar neutro na casa, o cômodo da empregada, vem a sensação do vazio, daquilo que
ainda está para ser delimitado. O quartos e coloca numa posição exterior e distinta, e também
mais acima, porque ele é também um espaço de ritual, de sacrifício, tem uma função religiosa.

Primeira Disposição vazia, branca do quarto. A segunda dimensão a do desenho. Nesse sentido
ele é um confronto, uma pergunta sobre a natureza do humano. A metáfora é a da múmia. A
simplicidade tosca do rupestre nos encaminha a algo menos ligado ao rupestre. Pintura
rupestre e principalmente as múmias geram reconhecimento. O desenho a carvão seria a
imagem das múmias depuradas ao longo do tempo ligada ao horror. É como se dentro do
apartamento, entre as paredes, estivesse enterrados. Como se houvesse uma decomposição,
suderese, em que grava-se somente o contorno.

G.H . Iniciais Não são so de uma mulher, mas talvez o gênero humano. A toda a humindade. A
paixão de toda a humanidade é narrada. Um ritual que ´da conta de toda a humanidade.

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