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UM OLHAR CRÍTICO EM FEIRAS LIVRES NA REGIÃO

METROPOLITANA DE BELEM-PA
MÁRCIO MUNIZ DE BARROS; JORGE YAGO BOTELHO
MARTINS; NELSON ROSA DOS REMÉDIOS; IRACILDA NUNES
DE CAMPOS ELIENAI CARDOSO GUIMARÃES
ESAMAZ – Escola Superior da Amazônia
mackmuniz@hotmail.com

Resumo: A feira livre, tradicional forma de comercialização, na maioria delas as


condições higiênicas são muitas insatisfatórias, contribuindo no processo de
contaminação e proliferação de doenças de origem alimentar. O objetivo deste trabalho
foi realizar um estudo etnográfico e observacional na feira livre do Ver-o-Peso de
Belém-PA, com o intuito de analisar a adequação, a não adequação e não se aplica
presente na feira e na manipulação dos alimentos. Foi aplicado o check-list na visita que
foi realizada no mês de abril de 2019. O trabalho caracteriza-se com um estudo
exploratório, descritivo e qualitativo, focalizando para as condições de higiênico-
sanitária, armazenamento e comercialização de alimentos até a organização dos balcões.
Analisando o check-list, a feira do Ver-o-Peso (Belém) apresentou um percentual de
16,2% de adequação. Diante das problemáticas analisadas, conclui-se que a feira do
Ver-o-Peso, encontra-se em situação precária, esquecida pelo poder publico, e que os
feirantes não possuem boas práticas de manipulação e necessita de capacitação.

Introdução: Nas feiras livres, misturam-se cheiros e odores diversos de muitas


especiarias, em uma vitrine de carne, o odor dos peixes variados, que se misturam com
as hortaliças de outra banca, onde a frente está às frutas, encostada com as aves e que
terminam próximas as barracas de refeição que transmitem ao longe essas frituras e que
sempre estão lotadas (COELHO, 2015). Segundo Almeida filho et al. (2003), na
maioria das feiras as condições higiênicas de comercialização dos produtos alimentícios
são insatisfatórias, constituindo-se importante vetor no processo de contaminação e
proliferação de doenças de origem alimentar. A falta de higiene na manipulação e de
temperatura no armazenamento dos produtos contribui para a contaminação por
microrganismos patogênicos e geram doenças de origem alimentar (DOA’s). De acordo
com a resolução RDC nº 216/2004, os locais onde há manipulação de alimentos devem
possuir lavatórios e estar supridos de produtos destinados à higiene pessoal. A falta de
uma legislação especifica sobre a estrutura física das feiras livres não assegura a
presença de estruturas para a higienização pessoal e dos alimentos durante a
comercialização, o que pode aumentar a exposição e contaminação por microrganismos
(SOARES; CANTOS, 2005). Portanto o presente trabalho objetivou-se realizar um
estudo etnográfico e observacional na feira livre do Ver-o-Peso de Belém-
PA, com o intuito de analisar a adequação, a não adequação e não se
aplica presente na estrutura da feira e na manipulação de alimentos.
Objetivos: Realizar um estudo etnográfico e observacional, analisando a
adequação e a não adequação presente na feira e na manipulação dos alimentos da
cidade Belém-PA. Metodologia: A visita técnica foi realizada no dia 27 de abril de
2019 na feira livre do Ver-o-Peso. O trabalho caracteriza-se com um estudo
exploratório, descritivo e qualitativo, focalizando para as condições de higiênico-
sanitária, armazenamento e comercialização de alimentos até a organização dos balcões.
Utilizou-se, dois modelos de check-list o modelo de observação para a verificação de
carne e pescado, e o quadro de observação para verificação de higiênico-sanitária das
barracas de comercialização de frutas e hortaliças, com opções de conforme, não
conforme e não se aplica. O preenchimento do check-list foi realizado por meio da
observação no próprio local. Resultados e Discussão: Analisando o check-list da feira
do Ver-o-Peso (Belém-PA) apresentou um total de adequação (TAD) de 11 itens, 56
itens total de inadequação (TIN) e 01 item que não se aplica (NA) a feira, totalizando 68
itens analisados. Obteve o percentual de 16,2% de adequação, 82,3% de inadequação e
1,5% de não se aplica. Dentro da classificação de Stangarlin et al. (2013) a adequação
da feira do Ver-o-Peso foi considerada péssimo (0 a 19%), pois tiveram vários itens
observados que precisam de reajustes para se adequar as boas práticas. Verificamos que
62% dos feirantes não utilizavam nenhuma proteção em volta do cabelo, 69%
utilizavam algum tipo de adornos, na feira mostraram uma generalizada falta de
organização, refletindo falta de higiene. Na comercialização das carnes são expostas em
ancoras de ferro enferrujadas, os peixes eram posicionados em papelões ou em bancadas
de madeiras. O feirante não apresenta boas práticas de manipulação, pois permitia que
fumantes fumassem próximo dos produtos, conversam entre si, salivam no chão, e
manipulam dinheiro no ato da venda do produto, 90% dos feirantes não estavam
adequados para o atendimento. Além disso, a falta de equipamentos públicos como:
sanitários, agua potável e energia, para feirantes e/ou consumidores, proporcionando
maior risco de contaminação cruzada. Conclusões: Diante dos resultados analisados,
conclui-se que a feira do Ver-o-Peso da cidade de Belém-PA, encontrasse em situações
precárias, com muitas irregularidades, e esquecida pelo poder publico, e que os feirantes
não possuem boas praticas de manipulação, expostos há a inúmeros problemas que
compromete a qualidade do produto, colocando em risco a saúde do consumidor, e do
próprio feirante, devendo se tomar medidas corretivas. Seria muito
interessante se houvesse fiscalização de profissionais da vigilância
sanitária, mas que punisse aos que cumprirem, havendo treinamento, com
práticas individuais e coletivas de controles, e que entendam a
importância das boas praticas. Além das medidas corretivas, devem-se observar a
estrutura da feira, e fazer a manutenção necessária, para assim contribuir com os
feirantes na sua comercialização, e obter o melhor padrão de qualidade.

Palavras-Chave: Feira Livre, Higiênico-sanitária, Manipuladores,

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALMEIDA FILHO, E. S.; SIGARINI, C. L. O.; BORGES, N. F.; OZAKI, A. S.;


DELMONDES, É. C.; SOUZA, L. C. Pesquisa de Salmonella spp. Em carcaças de
frango (Gallus gallus) comercializadas em feira livre ou supermercado no município de
Cuiabá. Revista de Higiene Alimentar. Cuiabá-MT, Brasil, v.17, n.110, p. 74-79,
2003.

BRASIL. Resolução RDC nº216, 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre regulamento


Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Agência Nacional de
Vigilância Sanitária. Diário Oficial Da União, DF, 16 set. 2004.

COELHO, R. Feiras livres de Macapá: Uma tradição desprezada pelo município.


Macapá/AP. 9 junho 2015. Disponível em:
<http://tribunaamapaense.blogspot.com.br/2015/06/feiras-livres-de-macapa-uma-
tradicao.html>.

SOARES, B.: CANTOS, G.A. Qualidade parasitológica e condições higiênico-


sanitárias de hortaliças comercializadas na cidade de Florianópolis, Santa Catarina,
Brasil. Revista Brasileira de Epidemiologia. V.8. n.4, p.377-384, 2005.

STANGARLIN, P. K. Instrumentos para diagnóstico das boas práticas de


manipulação em serviços da alimentação. 1.Ed. Editora Rubio. Rio de Janeiro, 2014.

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