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2
3
ISBN 978-85-64442-01-6
CDD 615
NLM QV4
Curitiba
2015
www.erastogaertner.com.br
6
Presidente
Cleide Anastacio Rando
INSTITUTO DE BIOENGENHARIA
Coordenador
Emerson Czachorowski
Superintendente
Adriano Rocha Lago
Coordenador Geral
Drª Carla Regina Worliczeck Martins
Diretor Clínico
Dr. Alceu Correia
Coordenador de Apoio
Adriana Kraft
Coordenador Assistencial
Heleno de Sousa Faria
Coordenador de Operações
Janaína de Souza Ibrahim
8
COORDENADOR
Marcela Bechara Carneiro
Monica Cristina Cambrussi
AUTORES
Anabel de Oliveira
Amanda Martinez Slomp
Deisy Filipak
Gilian Graziele Tomporoski
Jeanine Marie Nardin
Jamile Machado dos Santos
Morgana Crasnhak Jasko
Priscila Silva Ceccon
Renne Rodrigues
Solane Picolotto
COLABORADORES
Farmacêuticos Residentes do Programa de Residência
Multiprofissional em Cancerologia
REVISÃO E DIAGRAMAÇÃO
Adriana Vieira
Adriele Scariot
9
10 SUMÁRIO
PREFÁCIO
ABREVIATURAS
1. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NO HOSPITAL ERASTO GAERTNER
2. RESIDÊNCIA MULTIPROFISSIONAL EM CANCEROLOGIA
3. FARMÁCIA CLÍNICA NO HOSPITAL ERASTO GAERTNER
3.1 Trabalho em Equipe
3.2 Qualificação Profissional
3.3 Profissionalismo e Ética
3.4 Desenvolvimento do Plano de Cuidados Farmacêutico
3.4.1 Análise do Histórico de Saúde
3.4.2 Reconciliação Medicamentosa
3.4.3 Avaliação da Prescrição Médica com Foco na Otimização da
Terapia Medicamentosa Proposta
3.4.4 Controle do Uso de Antimicrobianos
3.4.5 Orientações à Equipe Multiprofissional
3.4.6 Atividades de Cunho Logístico
4. CUIDADOS COM A TERAPIA ANTINEOPLÁSICA
4.1 Seguimento dos Protocolos de Terapia Antineoplásica pelo
Farmacêutico Clínico
4.2 Ordem de Infusão de Antineoplásicos
4.3 Extravasamento e Acidentes com Derramamento de Anti-
neoplásicos
SUMÁRIO 11
AMP Ampola
FR Frasco
G Grama
IM Intramuscular
IT Intratecal
IV Intravenoso
MCG Micrograma
Mg Miligrama
Min Minuto
mL Mililitro
National Coordination Council for
NCCMERP Medication Error Reportingand Prevention
OMS Organização Mundial da Saúde
TA Terapia Antineoplásica
VO Via Oral
PREFÁCIO 15
Atualmente os profissionais
formados pelo programa atuam
em várias regiões do estado e
do país. Esses profissionais são
parte integrante das equipes
que atendem a demanda de
pacientes oncológicos nas mais
variadas instituições oncológicas
do Brasil e oferecem seus servi-
ços com bases nos ensinamen-
tos adquiridos durante os anos
de residência no HEG.
Farmácia Clínica no Hospital Erasto Gaertner 31
A programação de compra
de medicamentos para o setor
de transplantes ocorre na última
semana de cada mês, durante a
reunião clínica multidisciplinar
semanal. Definem-se quais pa-
cientes irão realizar o procedi-
mento e quais protocolos serão
utilizados. A partir disso, o farma-
cêutico clínico verifica a dispo-
nibilidade dos medicamentos
antineoplásicos que serão uti-
lizados durante os regimes de
condicionamento e faz os enca-
Farmácia Clínica no Hospital Erasto Gaertner 47
48 3. ANEXO II
Vincristina
D1 05/09/2015 Doxorrubicina
Dexametasona
Vincristina
D2 06/09/2015 Doxorrubicina
Dexametasona
Vincristina
D3 07/09/2015 Doxorrubicina
Dexametasona
Vincristina
D4 Não realizado por Doxorrubicina
intercorrência clínica
Dexametasona
A intervenção consistente
e rápida reduz os riscos de le-
sões permanentes, portanto é
extremamente necessário que
os profissionais de enfermagem
estejam habilitados e treinados
para a administração de antine-
oplásicos. O desenvolvimento e
aplicação de um protocolo insti-
tucional bem definido garantirá
condutas eficazes em casos de
extravasamento.
Cuidados com a Terapia Antineoplástica 59
Fonte: Manual de Procedimentos, 2015.
60 4.
Fonte: Manual de Procedimentos, 2015.
62 4.
A carboplatina é um agente
BUSSULFANO alquilante que se liga ao DNA
de forma covalente, preferencial-
O bussulfano é um agente al- mente ao nitrogênio da posição
quilante que reage com o nitro- sete da guanina e adenina. O
64 4.
Considerações especiais:
I. Potencial emetogênico de
risco mínimo. Não é recomen-
dada profilaxia antiemética.
CAPECITABINA
Comprimidos de 500 mg Dose: _______ mg/dia.
Tomar ___ comprimidos de manhã e ___ comprimidos de noite por 14 dias.
RECOMENDAÇÕES
• Tomar o comprimido inteiro com um copo d’água, após
uma refeição.
• Não ingerir este medicamento junto com outros medicamentos.
• Se esquecer de tomar os comprimidos, NÃO dobre a próxima dose. Marque
o dia da dose esquecida e continue tomando o medicamento no horário
recomendado.
• Guardar o medicamento em temperatura ambiente, em local
fresco e seco, longe de alimentos, crianças e animais domésticos.
Observar a data de validade.
• Os blísters (cartelinhas) vazios devem ser guardados e levados ao
Hospital Erasto Gaertner para que tenham o descarte correto.
Gerenciamento de Risco e Farmacovigilância 105
Em caso de identificação de
106 6. ANEXO III
6. ANEXO IV 107
108 6. ANEXO V
Farmacoeconomia - Conceitos e aplicações 109
CRF-PR 00000
Na Farmácia Ambulatorial, os
indicadores padronizados são: sa-
tisfação dos pacientes quanto ao
atendimento recebido, número de
atendimentos farmacêuticos presta-
dos a pacientes casos novos, núme-
ro de atendimentos farmacêuticos
prestados a pacientes em acompa-
nhamento e número de evoluções
farmacêuticas em prontuário.
Protocolos Clínicos 127
OBJETIVOS
INDICAÇÃO
1. INTRODUÇÃO
Reposição Hormonal/CCH
Síndrome nefrótica ativa
Trombofilias
Varizes/Insuficiência venosa
4. PROFILAXIA NO PACIENTE
CIRÚRGICO
5. PROFILAXIA NO PACIENTE
CLÍNICO
nal.chestpubs.org. Acesso em
07/02/2012.
INDICAÇÃO
Hospital Erasto Gaertner Pacientes adultos que apresen-
tam dores agudas decorrentes de
pós-operatório, traumatismos, quei-
maduras ou crises de agudização de
doenças crônicas. Pacientes adultos
que apresentam dores crônicas ou
persistentes associadas a doenças
crônicas de origem benigna (diabe-
tes melitus, hérnias discais, artroses,
artrites, fibromialgia, bursistes, etc) ou
2013 relacionadas ao câncer.
140 9.
2. PADRÕES DE DOR
1.2. Incidência de dor em pa- A avaliação e intervenção na dor
cientes com câncer aguda devem ser diferentes da dor
braquial e lombar.
Associada ao tratamento antitumoral - 5% a 20%:
Pós-operatória: dor aguda, pós-toracotomia, pós
mastectomia, pós-esvaziamento cervical, pós-amputação
(dor fantasma);
Pós-quimioterapia: mucosite, neuropatia periférica, nevralgia
pós-herpética, espasmos vesicais, necrose da cabeça do
fêmur, pseudo-reumatismo (corticoterapia);
Oriunda de 8%- 22% Osteoartrite
desordens
concomitantes Espondiloartrose, entre outras
142 9.
doloroso), alodínea (dor causada descreva sua dor não apenas por
por estímulo que normalmente ser uma experiência diferente de
não é doloroso), hiperpatia (res- qualquer sensação prévia, como
posta explosiva e frequentemente também pela presença de seus
prolongada a um estímulo) e bre- componentes emocional, social e
akthrough pain (dor episódica, inci- espiritual.
dental ou transitória).
O controle da dor deve ser ba-
seado em avaliação cuidadosa
com elucidação das possíveis cau-
3.3. Dor simpatomimética sas e dos efeitos deste sintoma na
vida do paciente, investigando fa-
Diferenciada pelo relato de irra-
tores psicossociais que possam in-
diação arterial normalmente ne-
fluenciar no quadro e seu impacto
cessitando de diagnóstico diferen-
no paciente. Anamnese completa
cial por bloqueio anestésico.
e exame clínico são essenciais e
pode ser necessária investigação
laboratorial ou radiológica.
4. AVALIAÇÃO DO PACIENTE
COM DOR
Princípio Esclarecimento
A via oral é a via de escolha para a administração de qualquer medicação,
inclusive a medicação com propósito analgésico. Ao utilizar esta via, o paciente
1. Pela boca
é poupado do incômodo de vias de administração mais invasivas, além de
garantir a ele maior controle sobre sua situação e autonomia para o autocuidado.
A medicação analgésica para pacientes com dor moderada a intensa deve ser
administrada em intervalos de tempo bem definidos. A formulação de uma
escala de horário fixo assegura que a próxima dose seja fornecida antes que o
2. Pelo relógio efeito da anterior tenha passado, promovendo um alívio efetivo da dor. O
paciente que passa por episódios de dor antes da próxima dose de
medicamento analgésico experimenta sofrimento desnecessário e corre o risco
de desenvolvimento de tolerância e necessidade de maiores doses de
analgésico. Dessa forma, é essencial a educação do paciente em consumir os
medicamentos na posologia prescrita e busca pelo médico quando a medicação
for insuficiente para alívio da dor.
3. Pela escada Prescrição de medicamentos de acordo com a escada analgésica, respeitando a
correlação de medicações com a intensidade da dor apresentada pelo paciente.
As necessidades individuais para analgesia variam enormemente, bem como a
percepção da dor em cada paciente. É necessária a utilização de medicações
4. Para o
adequadas às características clínicas de cada paciente, de acordo com a
indivíduo
intensidade de dor relatada por cada paciente. A dose certa de analgésicos é
aquela que alivia a dor do paciente sem efeitos colaterais intoleráveis.
O uso de medicações adjuvantes visa potencialização do efeito analgésico por
mecanismos diferenciados e manejo de reações adversas. Podem ser utilizados,
por exemplo, corticosteróides e anticonvulsivantes para potencialização do efeito
5. Uso de
analgésico e antieméticos e laxativos no manejo de reações adversas à
adjuvantes
medicação analgésica opioide. Levando em consideração o conceito de dor
total, podem ser administrados medicamentos que contribuem para o equilíbrio
do paciente, como antidepressivos e ansiolíticos.
A prescrição de analgésicos deve fornecer informações completas para
possibilitar ao paciente e/ou cuidador a aderência ao tratamento proposto e
subseqüente controle da dor. Dentre as orientações, é importante comunicar –
6. Prescrição
verbalmente e por escrito – informações sobre posologia, dose, nome do
detalhada
medicamento, possíveis efeitos colaterais e indicação. Explorar a “Dor Total” do
paciente, determinando o que o paciente sabe sobre sua situação, seus medos e
crenças
Tabela 2: Princípios para o controle da dor em pacientes oncológicos
148 9.
orientações de dosagem:
dos nas seguintes situações:
Diclofenaco sodico 50 mg drg Derivado do ácido fenilacético Dose máxima diária: 200 mg
Tabela 4: Equivalência de doses para os opioides (*A conversão para dose de fentanil
transdérmico maiores que 25 mcg/h é a mesma para pacientes adultos e pediátricos)
Efeito
Prevenção/ Tratamento Na criança Comentários
Colateral
Alcançada a analgesia Avisar ao paciente que a sedação
Descontinuar outras drogas que tentar a redução da dose pode durar os primeiros 3 a 5
Sedação tenham efeito sedativo (ex. de opiáceo associando dias, melhorando a partir de
Benzodiazepínico) analgésico não sedativo. então, embora a sonolência
Acetaminofeno ou AAS ® possa persistir durante inatividade
Consegue ficar fora do leito mais de 50% do dia e realizar alguma atividade
Enfrenta sintomas da doença, mas deambula e mantém atividades diárias
PS 1
PS 2
PS 3
PS 4
170 9.
Opiáceo + AINE
Opiáceo + AINE
OBJETIVOS
INDICAÇÃO
Classificação Sintomas
AGUDA Primeiras 24 horas após o início da administração da QT
TARDIA 24 horas a 120 horas após a administração da QT
Antes e durante a administração da QT (respostas a estímulos
ANTECIPATÓRIA visuais, olfatórios, gustativos e a fatores ambientais)
REFRATÁRIA Sintomas agudos e tardios aparecem a cada ciclo da QT
Nível Características
1 < 10% dos pacientes apresentam êmese - Risco mínimo (não emetogênico)
2 Causam êmese em 10-30% dos pacientes - Risco baixo
Causam êmese em 30-60% dos pacientes - Risco moderado
3 (emetogênico moderado)
Causam êmese em 60-90% dos pacientes - Risco moderado
4
(emetogênico moderado )
5 Causam êmese em > 90% dos pacientes – Alto risco (emetogênico)
Tabela 2: Classificação dos antineoplásicos quanto ao potencial emetogênico
Potencial emetogênico de antineoplásicos IV
176
Nível Agente (Uso INTRAVENOSO
Doxorrubicina ou epirrubicina Ciclofosfamida >
ALTO POTENCIAL com ciclofosfamida 1500mg/m2 Epirrubicina > 90mg/m2
Ifosfamida ≥2g/m2
(> 90%) Dacarbazina
por dose
Cisplatina Doxorrubicina>60mg/m2
RISCO Interferon alfa ≥
Dactinomicina
MODERADO 10.000.000UI/m2
(30-90%) Bussulfano Daunorrubicina Irinotecano
Doxorrubicina ≤60mg/
Carboplatina m2
Melfalana
Interferon alfa
Citarabina 100-200mg/m2 >5<10.000.000UI/m2 Pemetrexede
Interleucina ≤
Docetaxel Topotecano
12.000.000UI/m2
Metotrexato >50mg/
Doxorrubicina lipossomal m2 < 250mg/m2
Etoposídeo Mitomicina
neoplásicos encontram-se classificados, segundo NCCN Guideline, 2013:
Nas tabelas 3 e 4, podemos observar em qual nível os principais anti-
Etoposídeo
RISCO MÍNIMO Bussulfano ≤ 4mg/dia Hidroxiuréia
Capecitabina Imatinibe Tioguanina
Clorambucil Topotecano
Ciclofosfamida < 100mg/m2/dia Melfalano Tretinoína
Dasatinibe Mercaptopurina
Erlotinibe Metotrexato
Fludarabina Nilotinibe
Tabela 4: Potencial emetogênico de antineoplásicos orais
177
178 9.
Ondasentrona 8-16mg (max 32mg/dia) IV dia Dose única IV: máx 16mg
Esteróides
12mg VO ou IV D1 seguido de
Dexametasona OU
8mg VO D2-4
Benzodiazepínico
0,5-2mg VO a cada 4h ou a cada
±Lorazepam
6h D1-4
±Bloqueador H2 ou
Inibidor bomba de
prótons
Tabela 5: Profilaxia para alto risco de êmese (aguda e tardia) em QT intravenosa
180 9.
±Bloqueador H2 ou
Inibidor bomba de prótons