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IFG-Unidade de Formosa

Disciplina:
Professor:
Acadêmico(a):
Semestre:

CAPÍTULO 7:
“DIFERENÇA E DESIGUALDADE”

Por Melissa de Mattos Pimenta

A apropriação de tal conceito pressupõe a necessidade de entender todo


um conjunto social, da organização entre mulheres e homens. Para teóricos, a
exemplo de Pimenta (2010, p.146) questões de gênero na historiografia ou no
campo sociológico, interagem estritamente no caráter epistemológico. Ou seja, do
método descritivo e da contingência, que são permeadas nas relações conflituosas
que homens e mulheres enfrentam dia pós dia.

De outro lado, podemos perceber que este método epistemológico de


abordar a questão de gênero, se configura no ideário analítico, da percepção destes
horizontes de expectativas, que são por via, conflitantes. Para os adeptos marxistas
e estruturalistas, a concepção de gênero vai mais além.

Falar ou dissertar sobre questões relativas ao conceito de gênero, nos


remete à vastas interpretações, desde ao determinismo biológico até as relações
coexistentes do campo social. Porém, julga-se necessário salientar o enfoque
historiográfico e sociológico sobre tal viés. E discutível que a partir da década de
1960 a historiografia evidenciou um olhar ao passado sobre a contribuição ou
participação da mulher na história.

Por ser um tema amplo, a noção de gênero restrita ao contexto


educacional da diversidade, toma proporção relativa à ideia de discriminação e
estereótipos (sexualidade). Com base nos Parâmetros Curriculares Nacionais1-

1
Ver mais em: http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/ttransversais.pdf. Acesso em 11. Dez. 2018.
PCN’s, voltados para o terceiro e quarto ciclos do ensino fundamental, a noção de
gênero fundamenta-se no seguinte preceito:

“O conceito de gênero diz respeito ao conjunto das representações sociais


e culturais construídas a partir da diferença biológica dos sexos. Enquanto
o sexo diz respeito ao atributo anatômico, no conceito de gênero toma-se
o desenvolvimento das noções de ‘masculino’ e ‘feminino’ como
construção social. O uso desse conceito permite abandonar a explicação
da natureza como a responsável pela grande diferença existente entre os
comportamentos e os lugares ocupados por homens e mulheres na
sociedade. Essa diferença historicamente tem privilegiado os homens, na
medida em que a sociedade não tem oferecido as mesmas oportunidades
de inserção social e exercício de cidadania a homens e mulheres. Mesmo
com a grande transformação dos costumes e dos valores que vêm
ocorrendo nas últimas décadas, ainda persistem muitas discriminações,
por vezes encobertas, relacionadas ao gênero” (BRASIL, 1998, p.321-
322).

Frisa-se, que um dos objetivos dos Parâmetros Curriculares, pelo quais


os professores e gestores escolares devem dar seguridade, consiste na capacidade
dos alunos “compreenderem a ideia de cidadania; cooperação; repúdio às injustiças
e respeitar o outro”.

No campo religioso, é sabido que o Brasil é uma nação laica, dotada de


imparcialidade no que se restringe as vertentes religiosas, respeitando as
diferenças de cada grupo ou entidades religiosas de nossa cultura. Para tanto, não
difere muito do aspecto educacional, em que, o Ensino de religiões deve ser
disponibilizado de forma plena, enfatizando as diversas matrizes existentes.

Não obstante, na própria constituição cidadã de 1988, em seu art.5º,


inciso VI, que no Brasil a liberdade de consciência e crenças são invioláveis, sendo
garantido o exercício da prática litúrgica sob amparo da lei (BRASIL, 1988, p.5)2.

Assim como a perspectiva de gênero, a ideia da diversidade atrelada à


diversidade, configura como uma grande dificuldade das escolas públicas em
estarem discutindo essas noções.

A religião por si só, no campo teórico e analítico, já possui uma enorme


complexidade, na visão educacional, e com disciplinas que atentem para a questão,
Pimenta (2010, p.147) destaca a necessidade das escolas possuírem mecanismos

2 Constituição Federal de 1988


didáticos para aprofundarem a dimensão da qual consiste a religiosidade.
Entretanto, há de se dizer, que no Brasil não tantos embates ou conflitos de
crenças, igual aos países orientais, e em boa parte da Europa Ortodoxa, todavia,
os afloramentos e intolerância religiosa, ainda são presentes de alguma forma no
meio social.

Adentrando no contexto étnico, a autora traz a abordagem acerca do


“preconceito”, correlacionado ao contexto da diversidade de gênero, a abordagem
das “diferenças” étnico-raciais em perspectiva escolar, remete às práticas de
intolerância e discriminação.

O termo (pré)conceito significa ideia ou crença prévia, anteriormente


concebida a respeito de alguém ou algum coisa. No caso do preconceito
racial, trata-se de pré-concepções das qualidades morais, intelectuais,
físicas, psíquicas ou estéticas de alguém, baseadas na ideia de raça. O
preconceito pode se manifestar verbalmente, ou por meio do
comportamento, nas atitudes e ações concretas de uma pessoa ou grupos
de pessoas. Nesse caso, quando a ideia de raça faz com as pessoas
recebam tratamento diferencial, dizemos que se trata de discriminação
racial (PIMENTA, 2010, p.148).

Tanto a Sociologia, Antropologia e a História, na concepção da autora,


possuem exemplaridade para analisar estes artefatos, que nos dão uma clareza
maior dos conceitos de diferença e desigualdade. Haja vista, que tais conceitos no
mundo contemporâneo, vão além do contexto étnico cultural e social, pois há um
pluralismo de desigualdades em termos sociais e de direitos.

Referência Bibliográfica:

MORAES, A.; GUIMARÃES, E.. Metodologias de Ensino de Ciências Sociais:


relendo as OCEM-Sociologia. In: Sociologia:ensino médio / Coordenação Amaury
César Moraes. - Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica,
2010. 304 p.: il. (Coleção Explorando o Ensino; v. 15).

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