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Além de serem soluções aos desafios industriais, esses projetos também são os trabalhos
realizados como parte das unidades curriculares ou trabalhos de conclusão de curso
desses alunos. Dessa forma, o SENAI incentiva os seus alunos no desenvolvimento do
comportamento empreendedor e inovador, aproximando-os da prática industrial por
meio da atividade pedagógica. Ressalta-se que o ambiente maker é pedagogicamente
planejado para desenvolver outras competências, além das técnicas, como as habilida-
des socioemocionais para trabalhar em equipe, solucionar problemas e ser resiliente.
Com isso, apresentamos este Guia de Gestão SENAI Lab, cujo objetivo é orientar tecnica-
mente os docentes e os gestores de escolas com estratégias de gestão, funcionamento
e estruturação de um Espaço SENAI Lab. Ele aborda os principais elementos que devem
ser trabalhados nos espaços criativos para facilitar o alcance de um modelo próspero e
sustentável, de tal forma que o SENAI Lab seja uma poderosa ferramenta de inovação em
larga escala, favorecendo a promoção de muitas mudanças nos âmbitos da educação,
do empreendedorismo e do bem-estar social.
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O QUE É UM
SENAI LAB?
GUIA DE GESTÃO
Para que isso aconteça, este espaço é fundamentado em práticas da cultura Maker, a
qual traz, no seu cerne, o conceito de trabalhar em rede, gerando conhecimento por
pares e por compartilhamento, motivada pela diversão e pela autorrealização. É uma
cultura que encoraja novas aplicações da tecnologia e a exploração das intersecções
entre o pensar e o fazer, o material e o imaterial, o real e o virtual. Um ponto também
característico deste espaço é fazer a mediação da interação com a comunidade e a troca
de conhecimento por meio de tecnologias como blogs, fóruns virtuais, mídias sociais
e repositórios de documentos e projetos on-line. Pelo ambiente ser de colaboração,
os makers apropriam-se do espaço como algo divertido e significativo e não porque
precisam aprender para realizar uma competição, uma prova ou um exame. O objetivo
final, neste caso, não é ser o melhor, mas ser criativo, inovador e colaborar para que os
outros usuários1 também o sejam.
Uma das habilidades mais valorizadas atualmente, a criatividade, está fortemente ligada
à capacidade de fabricar coisas, sejam físicas, sejam virtuais. Engendrar a criatividade
requer a superação dos limites entre os conteúdos formativos e os ambientes formais
e informais de aprendizagem, bem como entre a própria barreira entre quem ensina e
quem aprende. No SENAI Lab, todos (estudantes, docentes e demais usuários) passam
a ser makers e são convidados a criar e produzir juntos. Importante ainda ressaltar o
papel do docente para que este processo aconteça. Seguindo o que prega a própria
metodologia SENAI de educação:
1 Por usuário entendemos todas as pessoas que utilizarem o SENAI Lab, seja aluno, docente, empreendedores externos ou
qualquer visitante.
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2. O QUE É UM SENAI LAB?
Neste contexto, a relação A mediação é, portanto, um aspecto-chave no SENAI Lab e deve ser realizada
tradicional entre o docente de maneira horizontal entre os próprios usuários, os mentores, os docentes,
(que possui o conhecimento) os facilitadores e toda a comunidade escolar. Neste contexto, a relação
e o aluno (que irá recebê-lo) tradicional entre o docente (que possui o conhecimento) e o aluno (que
também deverá ser revista irá recebê-lo) também deverá ser revista e, portanto, reconstruída onde
e, portanto, reconstruída a complementaridade ganha espaço na estrutura. O Mentor (docente) é
onde a complementaridade um interlocutor dos objetivos da aprendizagem e um mediador do pro-
ganha espaço na estrutura. cesso de construção do conhecimento que se dá por meio das interações.
O usuário é parte de um contexto social e deve ter iniciativa para questio-
nar, descobrir e compreender o mundo a partir das trocas e das interações
com os demais. Os usuários do Lab devem ser instigados a buscar e unir
conhecimentos, sendo capazes de interagir com os objetos e modificá-los,
construindo, assim, seu próprio conhecimento.
O SENAI Lab possui uma visão holística do aprendizado, a qual está ali-
nhada à própria metodologia SENAI:
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GUIA DE GESTÃO
INTEGRAÇÃO
ENTRE
TEORIA
CONTEXTU- E PRÁTICA
INTERDISCI-
-ALIZAÇÃO -PLINARIDADE
AVALIAÇÃO
DIAGNÓSTICA, APRENDIZAGEM
FORMATIVA SIGNIFICATIVA
E SOMATIVA
PRÁTICA
DOCENTE
DO SENAI INSENTIVO AO
MEDIAÇÃO DA PENSAMENTO
APRENDIZAGEM CRIATIVO E
À INOVAÇÃO
APROXIMAÇÃO ÊNFASE NO
AO MUNDO APRENDER
DO TRABALHO A APRENDER
DESENVOLVI-
-MENTO
DE CAPACIDADES
Além da cultura de aprendizado, que permeia todas as áreas de atuação do SENAI Lab, este
espaço também funciona como um ponto de conexão com a indústria e a comunidade
externa, prestando serviços desde prototipagem de produtos até a facilitação de sessões
criativas, utilizando as ferramentas e as metodologias baseadas na cultura maker, podendo
provocar a indústria e os demais interessados a trazerem seus próprios problemas para se-
rem resolvidos por meio de abordagens inovadoras.
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2. O QUE É UM SENAI LAB?
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GUIA DE GESTÃO
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3
NÍVEIS DE
MATURIDADE
3. NÍVEIS DE MATURIDADE
Conceito:
Uma frase para resumir o conceito desse espaço seria: “Pensar com as
mãos”. Sabe-se que por meio da experiência do fazer, as pessoas apren-
dem com mais facilidade e expressam suas ideias com maior clareza, e o
SENAI Lab tem a missão de mudar a forma de pensar e criar dos alunos e
docentes para começarem a prototipar suas ideias com maior frequência.
Testar, falhar, criticar, melhorar e acertar, aprendendo com o erro.
Acredita-se que quando se tem um objeto ou algo tangível em mãos, é
muito mais fácil identificar os pontos fracos e fortes do projeto em ques-
tão, para então endereçar as respostas certas aos desafios encontrados.
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3. NÍVEIS DE MATURIDADE
Público-alvo:
Alunos SENAI;
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GUIA DE GESTÃO
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4
PESSOAS
PARA O
SENAI LAB
GUIA DE GESTÃO
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4 PESSOAS PARA O SENAI LAB
4.1 Gestor
Quem é?
Ele é o gestor e conector do espaço com o mundo externo, uma peça-chave em um SENAI
Lab. Além de administrar o espaço, é ele quem irá estabelecer conexão entre usuários,
facilitador, mentores, visitantes, outras instituições, equipes externas e outros Espaços
Makers e Fab Labs. Ele deve trabalhar em parceria com o Facilitador para garantir o bom
funcionamento do espaço.
Gestão de startups ou
Curso de Especialização
empresas de pequeno
Facilidade para escutar em áreas como Gestão,
porte, especialmente
e dar feedback, quando Inovação, Criatividade,
se forem das áreas de
necessário. Arte, Tecnologia ou
Tecnologia, Design e
similares.
Engenharia.
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GUIA DE GESTÃO
4.2 Facilitador
Quem é?
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4 PESSOAS PARA O SENAI LAB
4.3 Mentor
Quem é?
O mentor, na maioria dos casos, será o docente responsável; desta forma, imagina-se
que não existirá um único Mentor escolhido para cada SENAI Lab, e sim o próprio corpo
docente irá fazer esse papel. Sabe-se que os projetos tendem a aumentar as chances
de sucesso quando existe um acompanhamento com orientação por alguém com mais
experiência. Um Mentor também é um Maker, podendo auxiliar em questões como ge-
renciamento do cronograma do projeto, métodos de criação e escolha de ideias, além
de poder explorar momentos “ensináveis” e, por trás daquilo que está sendo vivenciado
e experienciado, explicar conceitos e teorias de matemática, física etc.
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GUIA DE GESTÃO
4.4 Aluno
Quem é?
Além de usuários, os alunos podem ser gestores. Por exemplo, seguindo o mesmo
modelo de gestão adotado pelo NEP (Núcleo de Educação Prevencionista DR/PR), a
ideia é que os próprios alunos SENAI possam desempenhar a função de gerir, de forma
compartilhada, um SENAI Lab. Essa situação será mais comum nos Níveis 1 e 2, uma vez
se sugere a gestão compartilhada. Já o Nível 3 requer que exista pelo menos um profis-
sional com dedicação exclusiva. É muito valiosa esta aproximação do aluno da gestão,
independentemente do nível de maturidade do espaço, tanto para tratar de questões
ligadas à segurança, como já é o caso do NEP, quanto para ouvir sugestões de melhorias
que eles podem trazer. Aplica-se também a necessidade de suporte aos alunos por um
Coordenador Pedagógico e de um treinamento prévio sobre a gestão do SENAI Lab e
as funções que o grupo deverá assumir durante o mandato. Em geral, os alunos irão
exercer um papel misto de Gestor e Facilitador.
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4 PESSOAS PARA O SENAI LAB
Na tabela a seguir serão mostradas as funções de cada perfil, os quais foram descritos
anteriormente, de acordo com cada Nível de maturidade do SENAI Lab. Com o intuito
de não deixar a tabela repetitiva, as funções listadas que um perfil executa no Nível 1
também devem ser executadas nos Níveis 2 e 3, assim como as do Nível 2 também de-
vem ser executadas pelo Nível 3. Além disso, muitas vezes os Níveis 1 e 2 não terão uma
equipe, ou alguma pessoa dedicada para realizar estas funções; sendo assim, a ideia é
que por meio de uma gestão compartilhada, os participantes realizem estas funções de
forma colaborativa, podendo até ser o grupo de alunos responsável pela gestão, conforme
citado anteriormente em alguns níveis. Ainda sobre a tabela, os perfis mentor e aluno
Gestor Facilitador
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GUIA DE GESTÃO
É importante realçar que todos os níveis necessitam de todos os perfis acima descritos.
A diferença é que, nos laboratórios Nível 1 e 2, os perfis podem acumular funções, visto
que são laboratórios com menor complexidade técnica.
Mentor Aluno
• Estar sempre curioso e interessado em aprender, • Ser um canal direto entre os usuários e a
inclusive com os usuários; coordenação do Lab, com o intuito de mantê-
• Priorizar os interesses dos usuários, não os seus la atualizada sobre os acontecimentos, sejam
próprios; positivos, sejam negativos, assim como
• Tentar não se posicionar como o detentor do oportunidades de melhoria e feedback coletados
conhecimento; ao invés disso, fazer perguntas com os usuários;
e criar modelos mentais que possam ajudar • Ter noção das possibilidades de uso e exploração
os usuários a descobrir as respostas por conta de um SENAI Lab e transpor isso ao usuário;
própria (mesmo que isso leve mais tempo!); • Mostrar aos usuários métodos para o
• Ser flexível e saber procurar soluções e respostas desenvolvimento de uma ideia;
para novos desafios de maneira geral; • Compartilhar os principais erros e acertos já
• Aceitar e adotar o erro como uma etapa que faz cometidos ali pelos usuários;
parte do processo de aprender fazendo; • Ficar atento às questões de segurança durante o
• Encorajar o sentimento de comunidade e uso do espaço;
colaboração mútua; • Reportar aos responsáveis as necessidades de
• Orientar o desenvolvimento de cada projeto; compra ou coleta no caso de reaproveitamento
• Dar feedback durante o processo, visando de materiais consumíveis.
alcançar os melhores resultados possíveis, sempre
em uma dinâmica positiva, criativa e respeitando
as limitações de cada um;
• Identificar estudantes que precisam de mais
suporte;
• Motivar os usuários a serem resilientes e encorajá-
los a perseguir seus objetivos;
• Despertar a atenção individual dos usuários
baseando-se nos interesses de cada um e nos
modelos mentais que são únicos e determinam
como aquela pessoa pode ser melhor tocada;
• Engajar os usuários no processo de
documentação dos projetos, com fotos, vídeos e
tutoriais.
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COMO GERIR
UM SENAI
LAB?
GUIA DE GESTÃO
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GUIA DE GESTÃO
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5 COMO GERIR UM SENAI LAB?
Um website é uma ótima porta de entrada para novos membros, e também de conexão
com os que já fazem parte da comunidade. Pode ser utilizado para documentar proje-
tos feitos no Lab, divulgar a programação e a agenda de eventos, assim como recrutar
novos usuários. A construção de um website está cada dia sendo mais facilitada, com
diversas ferramentas de rápida aprendizagem, sem a necessidade de um especialista no
assunto. Porém, caso exista alguma pessoa, aluno ou docente, que tenha experiência
no assunto e esteja disposta a ajudar, pode ser uma ótima oportunidade para ter um
site customizado. Caso contrário, são indicadas duas ferramentas poderosas e com uma
interface amigável:
• WordPress: <https://br.wordpress.com/>;
• Google Sites: <https://sites.google.com/>.
Uma sugestão de estrutura de páginas para o site seria a seguinte:
Além do website, outra importante e poderosa ferramenta são as redes sociais. Elas
podem servir para se aproximar dos usuários e divulgar os projetos incríveis que estão
acontecendo, além de publicar os eventos seguintes e as novidades em geral.
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GUIA DE GESTÃO
• Propósito: Por que esse espaço existe e qual é a sua função principal?
• Uso do espaço: Quem pode usar o espaço e para quais atividades?
• Emergências: Quais são os procedimentos caso aconteça algum aci-
dente e onde se encontram os extintores e kits de primeiros socorros?
• Ferramentas e Máquinas: Quais são os prerrequisitos para usar
as ferramentas disponíveis? Treinamentos necessários para novos
usuários e boas práticas de uso. Fornecer checklists com os principais
requisitos para utilizar as ferramentas que apresentam maiores riscos.
5.2.1 Abertura
Abrir um SENAI Lab pode parecer uma tarefa bastante desafiadora, visto O maior e mais importante
que se tratam de novas tecnologias, habilidades e metodologias para ativo de um Lab são os seus
serem digeridas e implementadas, porém esse processo torna-se mais membros e usuários.
fácil quando é feito em grupo ou comunidade; ele não deve ser uma
iniciativa individual. O maior e mais importante ativo de um Lab são os
O SENAI Lab é um lugar onde
seus membros e usuários. O SENAI Lab é um lugar onde poderosas capa-
poderosas capacidades
cidades em todas as pessoas, de todas as idades, podem ser descobertas,
em todas as pessoas, de
compartilhadas e nutridas, para o benefício de toda a comunidade. Ele
todas as idades, podem ser
pode tornar o que é importante para os jovens visível e valorizado, de
descobertas, compartilhadas
maneiras que também são transformadoras e fortalecedoras, despertando,
e nutridas, para o benefício
assim, novos interesses e alimentando o crescimento de um entusias-
de toda a comunidade.
mo guardado. Quando isso acontece, ou seja, os interesses pessoais de
cada membro são encorajados, o retorno direto é o nascimento de uma
comunidade conectada. Cria-se um senso comum de valorização dos Para que este caminho
interesses alheios. Consequentemente, o entusiasmo e a apreciação são aconteça, é necessário
compartilhados por todos, uma vez que todos estão se sentindo enco- colocar em prática um dos
rajados por buscar aquilo que acreditam. Desta forma, a inspiração e as princípios básicos de um
ideias criativas sempre estarão permeando o Lab. espaço maker: ser “aberto”
à comunidade interna e/ou
Para que este caminho aconteça, é necessário colocar em prática um dos
externa à instituição.
princípios básicos de um espaço maker: ser “aberto” à comunidade interna
e/ou externa à instituição. Estes mecanismos de troca, como peer-to-peer
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5 COMO GERIR UM SENAI LAB?
O primeiro contato muitas vezes vem da curiosidade em saber do que se trata esse novo
espaço, seguida de uma visita sem compromissos. Esse é um momento muito oportuno
para conquistar um novo membro, o qual já está dedicando o seu tempo e a sua energia
para estar ali presente, portanto, as chances de conectá-lo ao Lab são grandes.
Uma prática comum em Espaços Makers é separar um ou mais horários semanais para
realizar tours pelo espaço para visitantes externos e internos, podendo coincidir com
o Open Day. Por exemplo, agendar horários na semana para trazer uma classe de alu-
nos de algum dos cursos do SENAI e explicar rapidamente os princípios de trabalho ali
utilizados, assim como quais os recursos disponíveis e o que se pode fazer. O mesmo
aplica-se a demais instituições que queiram se tornar parceiras, tanto educacionais
quanto profissionais.
Provavelmente antes mesmo da abertura oficial do SENAI Lab já existirão vários inte-
ressados em participar. Se não, quer dizer que ainda não tem uma comunidade maker
formada. A questão a ser levantada neste tópico refere-se à pergunta de quão grande
pode ser o grupo de pessoas utilizando o espaço ao mesmo tempo. Poucos membros
podem levar a uma queda da energia e da inspiração, além de não chegar a formar
uma massa crítica. Por outro lado, muitos membros podem ser difíceis de gerir, sem
contar o potencial de risco em um espaço com máquinas e ferramentas que requerem
cuidados. Como os SENAI Labs estarão espalhados pelo Brasil, em realidades distintas de
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GUIA DE GESTÃO
layout e área disponível, não é viável determinar aqui neste guia um número específico
de usuários por Lab. Sendo assim, a recomendação mais importante é sempre manter
uma quantidade de usuários simultâneos passível de ser gerenciada sem conflitos e
de maneira confortável. Pode-se começar pequeno nos primeiros meses, para testar
abordagens e dinâmicas do uso do espaço, e, conforme for a evolução do controle, ir
aumentando gradativamente. Recomenda-se, portanto, definir limites de lotação do
espaço, pensando principalmente na segurança de todos, mas também na preservação
da qualidade do trabalho de quem está ali desfrutando da estrutura. Por exemplo, o
docente propõe a realização de uma atividade para uma turma de 30 alunos, e o espaço
comporta no máximo 20. Deve-se então dividir em duas etapas de 15 alunos. Como dito
anteriormente, cada SENAI Lab deverá encontrar o número ideal e a partir deste número
estipular a lotação máxima e respeitá-la, para que não ocorram situações indesejáveis,
visto que a diversidade de realidades das regionais envolve desde espaços Nível 1, que
terão 35 m2 , até outros com 60 m2 ou mais.
5.2.3 Segurança
Não importa quais são os equipamentos e as ferramentas que compõem um SENAI Lab;
é muito provável que, se estiverem acontecendo projetos interessantes, existam alguns
riscos envolvidos. A segurança sempre deve ser enfatizada para todos os membros/
usuários do Lab. Não basta aprender a usar uma ferramenta sem também aprender
todos os riscos e as precauções que precisam ser tomados para executar o seu projeto
e preservar a integridade de todos.
Entretanto, sabe-se que existe uma linha tênue entre informar aos usuários sobre os
potenciais perigos e riscos e assustá-los a ponto de afastá-los e desencorajá-los de usar
qualquer ferramenta. O ideal é prepará-los para que saibam, antes de apertar o botão
de ligar, que fizeram todos os procedimentos necessários, e então possam se sentir con-
fortáveis naquela situação. Sugere-se que sejam inseridos, próximos a cada ferramenta/
máquina, manuais de uso, placas, avisos, frases etc para a utilização das máquinas/
equipamentos/ferramentas, como também sobre a segurança em geral. Abaixo serão
listadas algumas dicas de segurança aplicáveis em Espaços Makers como o SENAI Lab:
• Use proteção para os olhos: óculos de segurança de preferência com cobertura nas
laterais;
• Não use roupas folgadas, gravatas ou joias que sejam penduradas se estiver próximo
de máquinas que tenham movimentos de rotação;
• Amarre ou cubra o cabelo se for comprido, principalmente próximo de máquinas
que se movimentem;
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5 COMO GERIR UM SENAI LAB?
• Segurança é a prioridade: se não está seguro a realizar alguma ação, pergunte e peça
ajuda para quem sabe;
• Saiba onde estão os kits de primeiros socorros e os extintores de emergência;
• Nunca use sozinho uma máquina ou ferramenta sem antes ter aprendido a manuseá-la;
• Não use as máquinas e ferramentas se estiver cansado ou com pressa;
• Não faça brincadeiras ou distrações com outras pessoas enquanto elas ou você estão
utilizando alguma ferramenta;
• Revise o seu projeto antes de começar para evitar retrabalhos ou erros que possam
pôr em risco a sua segurança.
Use corretamente as ferramentas:
• As ferramentas foram projetadas para serem utilizadas de uma forma específica: uma
chave de boca não é um martelo;
• Não use uma ferramenta que está quebrada;
• Não remova as ferramentas do Lab sem permissão;
• Não se afaste de uma máquina ou ferramenta enquanto ela está ligada.
Mantenha a organização e a limpeza do espaço:
Sabe-se que as habilidades técnicas para utilizar um espaço como o SENAI Lab não
são comumente de domínio de todos. Novas competências devem ser desenvolvidas,
como manipular softwares de CAD e CAM, entender o funcionamento das máquinas
de fabricação digital, e ainda ter conhecimento sobre os materiais que são utilizados e
suas propriedades. Também são requeridos temas como Design Thinking, criatividade,
colaboração, resolução de problemas e resiliência. Habilidades que cruzam muitas com-
petências e devem ser integradas em um só lugar.
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GUIA DE GESTÃO
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5 COMO GERIR UM SENAI LAB?
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GUIA DE GESTÃO
• Elo7 (<https://www.elo7.com.br/>);
• Etsy (<https://www.etsy.com/>)
• Shapeways Marketplace (<https://www.shapeways.com/marketplace>);
• Sculpteo Makertplace (<https://www.sculpteo.com/en/gallery>)
• Pinshape (<https://pinshape.com/>);
• Amazon Handmade (<https://www.amazon.com/Handma-
de/b?ie=UTF8&node=11260432011>).
• Catarse (<https://www.catarse.me/>);
• Kickstarter (<https://www.kickstarter.com>);
Se algumas das práticas
• Indiegogo (<https://www.indiegogo.com>). mais importantes são
a colaboração e o
Combinando os tópicos levantados acima com a realidade do SENAI Lab,
compartilhamento, a ideia
surgem outras oportunidades valiosas. São elas:
de estruturar uma rede entre
• Criação de uma rede entre os SENAI Labs - se algumas das práticas os próprios SENAI Labs faz
mais importantes são a colaboração e o compartilhamento, a ideia todo sentido.
de estruturar uma rede entre os próprios SENAI Labs faz todo sen-
tido, tornando-se um ponto de conexão entre eles, com trocas de
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5 COMO GERIR UM SENAI LAB?
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6
DOCUMEN-
TAÇÃO DE
PROJETOS
GUIA DE GESTÃO
6 DOCUMENTAÇÃO DE PROJETOS
Embora não seja tão óbvio, capturar o trabalho do seu espaço é incrivelmente vital para
sustentá-lo. Em médio/longo prazo, alguns dos benefícios dessa prática são:
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6 DOCUMENTAÇÃO DE PROJETOS
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8
ATIVIDADES
INSPIRADORAS
8 ATIVIDADES INSPIRADORAS
Descrição
O critério de seleção do desafio para este exemplo foi apenas a possibilidade de gerar
diferentes soluções, serviços ou produtos diversos como respostas para um mesmo
problema. Alguns desafios encontrados na plataforma acabam direcionando para uma
solução de produto ou serviço apenas, porém é válido sempre pensar em diferentes pos-
sibilidades, aumentando a chance de inovar e alcançar o sucesso. Portanto, neste exemplo
foi possível propor ideias que variam entre serviços e produtos, e todas são passíveis
de prototipagem em um SENAI Lab, independentemente do seu nível de maturidade.
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GUIA DE GESTÃO
Dificuldade: Q Q Q Q Desafio
Tempo: 20 horas (mínimo)
Reduzir a poluição da água de poços
Níveis de maturidade: 1, 2 e 3
artesianos
Materiais:
Passo 1
• Marcadores/Canetas (de preferência
com ponta grossa); Levantar questões sobre o assunto da água com
os alunos. De onde vem a água que consumimos,
• Quadro ou parede escrevível para pra onde vai a água depois de utilizarmos? Fontes
auxiliar na busca por soluções; alternativas? O problema de falta de água no
• Papelão, fita adesiva, cola quente, pa- mundo, qual é a atual situação? Tentando trazer
pel, tinta, canetas coloridas e demais também para a realidade e o contexto deles.
materiais básicos de escritório;
Passo 3
Abrir para pesquisas sobre o problema e possíveis causas influenciadoras. Se possível fazer
com que os alunos tenham contato com quem vive o problema, seja presencialmente,
seja por e-mail, ligação ou videoconferência. Coletar o máximo de dados possível sobre o
problema. Os alunos devem passar a se sentir especialistas no assunto.
Passo 4
Neste caso, as soluções podem ser diversas, variando de serviços a produtos. Alguns
exemplos são:
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8 ATIVIDADES INSPIRADORAS
Passo 5
Passo 6
O método de avaliação pode ser definido pelo docente. Uma sugestão é tentar realizar
uma avaliação holística, ou seja, não olhar apenas para o resultado final, mas sim para
o processo como um todo e sua evolução. Nem sempre uma solução que não obteve
sucesso em resolver o problema merece uma avaliação baixa, desde que o processo
tenha sido bem desenvolvido.
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