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PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA

ELADIO JOAQUIM PEREIRA 1


GEOVANNO MAIA DA SILVA 1
MARCELO JOSÉ DE OLIVEIRA 1
CHANDRÉLIN DE PAULA CARDOSO DOS REIS 2

RESUMO

Este trabalho tem por objetivo realizar uma abordagem acerca da prescrição e
decadência, com vista aos seus efeitos oriundos da violação dos direitos e a pretensão,
ao que compete as relações sociais e individuais. Ficando claro que as peculiaridades
desses dois fragmentos do nosso ordenamento, que versam sobre o tempo, e se
caracterizam por proporcionar ordem social e segurança jurídica.

PALAVRAS- CHAVE: Prescrição. Decadência. Peculiaridades.

INTRODUÇÃO

A prescrição e decadência são conceitos de suma importância no que tange a sua


compreensão e os efeitos dentro do caso concreto, pois apesar da homogeneidade, esses
dois institutos possuem conceitos importantes e distintos, na medida em que resultam
em efeitos ímpares na condução do processo. Foram introduzidas algumas modificações
pelo Novo Código de Processo Civil afim de disciplinar ainda mais dentro do
ordenamento jurídico brasileiro, em institutos do Código Civil, por exemplo, dentre
outros (GAGLIANO; FILHO, 2017).
Nessa perspectiva, o exercício de um direito não deve ficar à margem da
indefinição quanto ao tempo, atribuindo ao titular um caráter ativo na busco por uma
reparação, obedecendo um determinado prazo, pois o direito não auxilia aqueles que se
mantém inertes. Com fundamento na pacificação social, na certeza e na segurança da
ordem jurídica é que surge a matéria da prescrição e da decadência (TARTUCE, 2016).

1. DEFINIÇÃO DE PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA

1.1 PRESCRIÇÃO

O Código Civil de 2002 em seu Art. 189, estabelece a previsão sobre esse
instituto jurídico da prescrição, em que “Violado o direito, nasce para o titular a
pretensão, a qual se extingue, pela prescrição”. Portanto a Prescrição pode ser vista
como uma penalidade (sanção adveniente) na medida que a pessoa que não exerce sua
pretensão no prazo estabelecido em lei (BRASIL, 2002).
1
Acadêmicos do Curso de Direito, Faculdade São Francisco de Barreiras – FASB, Barreiras/BA. Email(s):
eladiojpe@hotmail.com, geovanno_mes@hotmail.com, marcelo9oliveira85@gmail.com.
2
Professora do Curso de Direito, Faculdade São Francisco de Barreiras – FASB, Barreiras/BA. Email:
chandrelin@fasb.edu.br
Por outro lado, a Prescrição também pode ser observado como um elemento de
defesa (exceção), a partir do momento que uma pessoa não sofreu ato proveniente da
pretensão de outra que poderia ter ajuizado a ação, em que nesse momento extinguido o
prazo legal, aquela é emanada de uma proteção, a não mais poder ser acometida pelos
efeitos da ação.
A prescrição possui matéria de cunho social e de ordem pública, na medida que
lhe é conferida segurança às relações jurídicas, pois, sem a sua existência, tal medida
protetiva não possibilitaria essa segurança jurídica. Ao que dispõe, “não é razoável,
para a preservação do sentido de estabilidade social e segurança jurídica, que sejam
estabelecidas relações jurídicas perpétuas, que podem obrigar, sem limitação temporal,
outros sujeitos, à mercê do titular” (GAGLIANO; FILHO, 2017, p. 534). Assim,
ocorreria situações como a eternização da dívida (ficando o Devedor refém do Credor a
vida toda), além de, pela não existência da Prescrição, como a de mesmo o Devedor
cumprindo com o ônus perante o Credor, aquele ter que guardar e acumular papéis
(documentos e comprovantes) eternamente, e transferindo essa responsabilidade à sua
descendência.
Concluindo, dispõe que a Prescrição possui 3 (três) requisitos, sendo elas: a
Violação do Direito; A negligência (inércia) do Titular do Direito que, após esta
violação, não exerceu a sua pretensão no tempo previsto em lei, e; a Observância do
prazo (tempo) determinado na lei para a prescrição TARTUCE (2016).

1.1.1 Exemplo

Carlos não pagou o aluguel para Fernando. Fernando teve seu direito de
receber o aluguel violado. Fernando tem o direito (pretensão) de ajuizar uma ação para
cobrar os aluguéis atrasados.
Conclusão: Se Fernando não exercer a sua pretensão no prazo de 3 anos (Art.
206, § 3º, I, CC/02) ocorrerá a PRESCRIÇÃO, que extinguirá a Pretensão de
Fernando de receber os aluguéis atrasados.

1.2 DECADÊNCIA

A decadência, não obstante, é uma penalidade para pessoa que não exerceu o seu
direito no prazo fixado em lei ou em um negócio jurídico. Assim, também é
característico que o indivíduo detendo certa garantia, não prolongue em demandar uma
ação, pois caso isso seja negligenciado, poderá perdê-lo. Portanto a decadência é a perda
do direito potestativo em razão da inércia do seu titular, sendo este uma capacidade de
poder jurídico atribuído ao titular do direito no qual uma outra pessoa deve suportar os
efeitos do ato (estado de sujeição) (MELLO, 2017).
Sendo importante ressaltar que a decadência provem do Direito Protestativo, ou
seja, daquele que o indivíduo pode exercer sem a concordância da outra parte e,
também, sem exigir nenhum dever da outra parte. Em que resulta uma exigência perante
o Poder Judiciário não da condenação do indivíduo onerado, mas que o mesmo se
sujeite ao ônus exposto (GAGLIANO; FILHO, 2017).

2
Mas ao se falar de Direito Potestativo, também é importante frisar que os prazos
podem ter ou não prazos para serem exercidos, como o divórcio que é um direito
potestativo do cônjuge, podendo ser exercido tal direito enquanto estiver casado; ou da
demissão de um empregado, sendo conferido o direito potestativo do empregador, que
poderá demiti-lo quando convier diante da relação de trabalho entre elas.
A cerca dessas informações, define que os moldes da Decadência são permeados
por prazos, que podem ser legais (fixados em lei) ou voluntários/convencionados
(determinados entre as partes). E servem para promover uma segurança do negócio
jurídico, tendo em vista que é um intuito de ordem pública e interesse social, pois, sem
os prazos do âmbito decadencial, as pessoas poderiam agir arbitrariamente, sem nenhum
limite de tempo (MELLO, 2017).
Concluindo, acerca da Decadência, pode-se definir 3 (três) requisitos, sendo
elas: A existência de um Direito Potestativo; A negligência (inércia) do Titular do
Direito que, após o nascimento do Direito, não o exerceu em um determinado tempo e;
A observância do prazo (tempo) determinado na lei ou no negócio jurídico que se
consume a Decadência TARTUCE (2016).

1.2.1 Exemplo

João e Maria, ambos com 17 anos querem se casar. Os pais de João e a Mãe de
Maria concordaram, porém, o pai de Maria, militar em missão de paz no exterior, não
foi informado devido a sua rigidez moral, o que presumiria não concordar com este
casamento. Passados 5 meses de casamento dos jovens núbeis, o Pai de Maria volta da
viajem e sabendo do casamento, enfurecido decidi anular o casamento e busca
informações para promover uma ação judicial, porém, mesmo sendo avisado sobre o
prazo para promover a anulação, o Pai de Maria, entre várias tentativas de diálogo dos
demais familiares e do jovem casal, irredutível busca o profissional jurídico para
demandar a ação de anulação 40 dias depois.
Conclusão: A ação do Pai de Maria não logrou êxito, pois conforme disposto
em lei (Art. 1.555, caput, CC/2002) houve a DECADÊNCIA, por não ter se
prontificado a observar o prazo de 180 dias para anular o casamento.

CONCLUSÃO

Ao serem observados as inconstâncias e subjetividades do meio social e as


relações interpessoais, evidencia-se a importância de se apropriar de ferramentas e
conhecimentos que possibilitem uma organização da sociedade, garantindo segurança e
dirimindo as arbitrariedades individuais. Para tanto, o Direito se consolida cada vez
mais no cumprimento desse papel, principalmente dentro do viés do tempo, ou seja, em
institutos que tratam do prazo a se buscar reparação frente aos direitos violados, a
exemplo dos estabelecidos pela prescrição e decadência.
Tanto a prescrição como a decadência, visam limitar os efeitos pela busca ou
não dos direitos que foram lesados, mas são distintas quanto ao campo da objetividade,
tendo em vista que são regimes que causam muita confusão na sua observância ou
aplicação. Com isso, se torna imprescindível a compreensão desses dois institutos da
3
esfera temporal, para que se promova a reparação dos direitos violados e/ou assegure
que seus efeitos não perdurem pela eternidade.

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 10.406, de 10 de Jan. de 2002. Código Civil, Brasília, DF, 2002.

GAGLIANO, Pablo Stolze, FILHO, Rodolfo Pamplona. Novo Curso de Direito Civil,
Volume 1: Parte Geral. 19ª ed. São Paulo: Saraiva, 2017.

MELLO, Cleyson de Moraes. Direito Civil: Parte Geral. 3ª. ed. Rio de Janeiro: Freitas
Bastos Editora, 2017.

TARTUCE, Flávio. Direito Civil - Vol. 1 - Lei de Introdução e Parte Geral. 13ª ed.
Rio de Janeiro: Forense, 2016.

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