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COLÉGIO ESTADUAL PEDRO MACEDO - EFMP

AS MUDANÇAS OCORRIDAS COM AS LEIS TRABALHISTAS APÓS


APROVAÇÃO DA LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017

CURITIBA
2018
PEDRO CORDEIRO NEVES

AS MUDANÇAS OCORRIDAS COM AS LEIS TRABALHISTAS APÓS


APROVAÇÃO DA LEI Nº 13.467, DE 13 DE JULHO DE 2017

Trabalho apresentado à disciplina de


Legislação do Trabalho do Curso Técnico em
Segurança do Trabalho, do Colégio Estadual
Pedro Macedo, sob a orientação do (a)
professor José Airton

CURITIBA
2018
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ......................................................................................................... 4
2 DESENVOLVIMENTO .............................................................................................. 5
2.1 SUBTITULO (SE HOUVER) .................................. Error! Bookmark not defined.
2.2 SUBTITULO (SE HOUVER) .................................. Error! Bookmark not defined.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 14
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 15
ANEXOS ......................................................... ERROR! BOOKMARK NOT DEFINED.
4

1 INTRODUÇÃO

A Lei Nº 13.467, de 13 de julho de 2017, também conhecida como a “Lei da


Reforma Trabalhista”, altera a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada
pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1° de maio de 1943, e as Leis n° 6.019, de 3 de janeiro
de 1974, 8.036, de 11 de maio de 1990, e 8.212, de 24 de julho de 1991, a fim de
adequar a legislação às novas relações de trabalho. Esta Lei causou um grande
debate nacional sobre as vantagens e as desvantagens que a mesma traria para o
trabalhador e os empregadores. O objetivo deste trabalho é levantar as principais
mudanças causadas pela aprovação da lei comparada a legislação anterior.
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2 DESENVOLVIMENTO

As principais alterações serão abordadas em tópicos para facilitar a consulta


e o debate.

2.1 O QUE PODE SER NEGOCIADO

 Jornada de trabalho
 Banco de horas
 Intervalo para almoço
 Plano de cargos e salários
 Representação dos trabalhadores no local de trabalho
 Teletrabalho, trabalho intermitente e regime de sobreaviso
 Remuneração por produtividade, incluindo gorjetas e prêmios
 Participação nos lucros ou resultados
 Trabalho em ambientes insalubres

2.2. O QUE NÃO PODE SER NEGOCIADO

 Salário mínimo
 FGTS
 Valor do 13º salário
 Remuneração do trabalho noturno superior à do diurno
 Horas extras, no mínimo de 50%
 Repouso semanal remunerado
 Férias anuais, com adicional de um terço
 Salário-família
 Licença-maternidade e licença-paternidade
 Aviso prévio
 Seguro-desemprego
 Normas de saúde, higiene e segurança do trabalho
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 Adicional para atividades penosas, insalubres ou perigosas


 Seguro contra acidentes de trabalho
 Prazo de prescrição para ações trabalhistas
 Proibição de discriminação de deficientes
 Proibição do trabalho de menores de 16 e restrições para menores de 18
 Liberdade de associação sindical
 Direito de greve

2.3 JORNADA DE TRABALHO

Patrões e empregados podem negociar de várias maneiras a jornada de


trabalho a ser cumprida, desde que os limites previstos pela Constituição e pela
legislação sejam respeitados. Esses arranjos dão mais flexibilidade aos trabalhadores
e às empresas e podem regularizar situações que atualmente ocorrem na
informalidade.

2.3.1 Banco de horas

Trabalhadores poderão negociar individualmente com as empresas seu banco


de horas, desde que a compensação das horas ocorra em no máximo seis meses. A
vantagem apontada por quem é a favor da lei é a flexibilidade nas negociações do
sistema, ao qual muitos sindicatos se opõem.

2.3.2 Jornada 12 x 36

Trabalhadores poderão negociar jornadas de até 12 horas se forem seguidas


de 36 horas de descanso, modelo que já é comum em áreas como saúde e segurança.
Quem votou a favor da lei defende que a mesma permite negociação individual desses
contratos, sem participação de sindicatos, mas a medida provisória elimina essa
possibilidade.
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2.3.3 Jornada parcial

Contratados para cumprir jornada parcial podem trabalhar até 30 horas por
semana, ou 26 horas mais 6 horas extras. Antes, o limite para esses contratos era de
25 horas. As vantagens mencionadas são os horários mais flexíveis para estudantes
e quem tem filhos pequenos, e redução de custos para empresas.

2.4 LIMITES MANTIDOS

2.4.1 Jornada

Os novos contratos de trabalho devem respeitar os limites que já eram previstos


pela legislação antiga

 8 horas por dia


 44 horas por semana
 220 horas por mês
 2 horas extras por dia

2.4.2 Horas extras

Quanto a lei manda pagar, além do valor da hora normal

 50% no mínimo
 100% em domingos e feriados
 20% adicionais para horas extras cumpridas entre 22h e 5h
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2.5 CONDIÇÕES DE TRABALHO

A negociação do tempo de descanso e do tempo gasto no trajeto da casa para


o trabalho fica mais fácil. Com isso, a reforma abre caminho para redução de custos
nas empresas. O artigo da nova lei que permite o trabalho de mulheres grávidas em
ambientes insalubres pode criar controvérsia mesmo após ajustes feitos pela medida
provisória.

2.5.1 Descanso

O intervalo para descanso e alimentação durante a jornada de trabalho pode


ser de no mínimo 30 minutos. Antes, a lei exigia no mínimo uma hora. Quem votou a
favor da lei acredita que os trabalhadores podem encerrar o expediente e voltar para
casa mais cedo, e empresas podem evitar horas extras.

2.5.2 Horas de trajeto

O tempo gasto até o trabalho e na volta para casa não deve ser contado como
parte da jornada quando a empresa fornece transporte aos empregado. A vantagem
mencionada por quem aprovou a lei é a garantia de transporte a empregados com
custo menor para empresas.

2.5.3 Férias

Poderão ser parceladas em até três vezes, desde que um dos períodos seja de
pelo menos 14 dias corridos e os outros de pelo menos 5. Quem é a favor da lei
menciona a maior flexibilidade para trabalhadores e empresas.

2.5.4 Grávidas e lactantes

Mulheres grávidas ou lactantes poderão trabalhar em ambientes insalubres se


o risco para a mãe e o bebê for considerado baixo por um médico. A vantagem citada
por quem é a favor da lei, cita que o trabalho nesses ambientes só será permitido para
uma mulher grávida se ela apresentar atestado médico apontando risco médio ou
mínimo, e as lactantes poderão ser afastadas se apresentarem atestado em qualquer
situação.
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2.5.5 Trabalhadores hiperssuficientes

Profissionais com ensino superior e salário maior do que R$ 11 mil poderão


negociar individualmente com as empresas. A maior flexibilidade para trabalhadores
e empresas é vantagem mencionada por quem é a favor da alteração.

2.6 SALÁRIOS E BENEFÍCIOS

A nova lei procura dar maior segurança jurídica às empresas ao definir limites
para pedidos de equiparação salarial dos trabalhadores e isentar de encargos verbas
pagas eventualmente como incentivo à produtividade dos empregados, mas pode
haver polêmica nos tribunais mesmo assim.

2.6.1 Planos de cargos e salários

Planos de carreira poderão ser negociados sem registro em contrato de


trabalho nem homologação pelo Ministério do Trabalho, uma exigência da legislação
antiga. A maior flexibilidade para trabalhadores e empresas, é mencionada como a
principal vantagem dessa mudança.

2.6.2 Isonomia salarial

Para pedir equiparação com colegas que ganham mais na mesma função,
trabalhadores precisarão ter pelo menos quatro anos na empresa e dois anos na
função. A maior segurança jurídica para empresas é a citada como a principal
vantagem com a aprovação da lei.

2.6.3 Comissões, gratificações e prêmios

Verbas de caráter eventual como comissões, gratificações e prêmios por


produtividade, auxílio-alimentação e ajudas de custo limitadas a 50% da remuneração
total não devem ser consideradas parte do salário. A principal vantagem para as
empresas são os custos menores, com redução de encargos.
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2.7 DEMISSÃO

A reforma cria um novo tipo de demissão, que poderá ser negociada por patrões
e empregados, e estabelece normas que podem reduzir a interferência dos sindicatos.
O objetivo é facilitar o desligamento de trabalhadores em algumas situações e torná-
lo mais barato para as empresas

2.7.1 Demissão em comum acordo

Patrões e empregados poderão rescindir o contrato de trabalho em comum


acordo. Nesse caso, trabalhadores têm direito a 50% do aviso prévio e da multa do
FGTS e podem sacar 80% do saldo do FGTS, mas não podem receber seguro
desemprego. A principal vantagem para os trabalhadores, é que os mesmos ganham
mais com novo modelo do que se pedissem demissão, e empresas pagam menos do
que se demitissem sem justa causa.

2.7.2 Homologação da rescisão

Em caso de demissão, a rescisão do contrato de trabalho não precisa mais


ser homologada pelos sindicatos. Menos burocracia para patrões e empregados,
que podem receber a indenização mais rapidamente, é mencionada como a principal
vantagem dessa alteração

2.7.3 Demissão coletiva

Demissões coletivas poderão ser feitas sem negociação com sindicatos, que
não precisam mais ser comunicados da decisão da empresa. A principal vantagem
para as empresas é a flexibilidade e redução de custos.

2.8 NOVOS TIPOS DE CONTRATO DE TRABALHO

São regulados o teletrabalho, à distância da empresa, e as jornadas


intermitentes. A reforma também cria garantias para funcionários que prestam
serviços terceirizados.
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2.8.1 Teletrabalho

A nova lei cria regras para o teletrabalho, regime em que o empregado trabalha
fora da empresa, em casa ou na rua, e se conecta com o empregador pela internet ou
por telefone. A principal vantagem de quem votou a favor da lei é a flexibilidade para
patrões e empregados e economia para empresas, que devem custear equipamentos,
mas não precisam pagar horas extras.

2.8.2 Trabalho intermitente

Prestação de serviços por horas, dias ou meses, sem continuidade, em que o


empregado é convocado para trabalhar com pelo menos três dias de antecedência.
Uma regra válida até 2020 estabelece que trabalhadores demitidos só podem ser
recontratados como intermitentes 18 meses após o desligamento. A principal
vantagem de quem é a favor da mudança é a flexibilidade para patrões e empregados,
com regularização de bicos e outras situações que já ocorrem na informalidade.

2.8.3 Autônomos

Contratos de trabalho autônomo não podem incluir cláusulas de exclusividade,


permitindo que os trabalhadores prestem serviços a mais de uma empresa e se
recusem a realizar atividades exigidas pela contratante, ao contrário dos funcionários
da empresa. A principal vantagem fica para as empresas com custos menores, com
redução de encargos, e menor risco de ações trabalhistas.

2.8.4 Benefícios a terceirizados

Empresas são obrigadas a oferecer a terceirizados os mesmos benefícios de


alimentação, transporte e atendimento médico oferecidos a contratados diretamente.
A principal vantagem fica para os trabalhadores terceirizados.

2.8.5 Pejotização

Trabalhadores demitidos só podem ser recontratados como prestadores de


serviços terceirizados 18 meses após o desligamento. A principal vantagem para
quem era a favor da lei é evitar a perda de arrecadação que o governo sofre quando
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empresas demitem empregados para recontratá-los como pessoas jurídicas, que


recolhem menos imposto sobre a renda, e evitar que trabalhadores sejam pejotizados
com redução de seus ganhos.

2.9 REPRESENTAÇÃO SINDICAL

Sindicatos de trabalhadores podem ficar enfraquecidos com o fim de sua


principal fonte de financiamento, o imposto sindical obrigatório, mas a necessidade de
convencer os trabalhadores a financiá-los pode levá-los a atuar de forma mais efetiva.

2.9.1 Imposto sindical

Com a reforma, o imposto passa a ser recolhido apenas de quem autorizar o


desconto no salário. A liberdade de escolha para trabalhadores e empresas, que
poderão deixar de recolher contribuições não autorizadas é citada como a principal
vantagem de quem é a favor da lei.

2.9.2 Comissões de empregados

Empregados poderão eleger comissões de representantes sem vínculo com


o sindicato em empresas com mais de 200 funcionários. As comissões não têm poder
para negociar acordos como os sindicatos, mas podem resolver conflitos no local de
trabalho e apresentar demandas.

2.10 JUSTIÇA DO TRABALHO

Vários dispositivos da reforma têm como objetivo reduzir a pressão nos


tribunais, limitando o acesso gratuito de trabalhadores à Justiça, restringindo o
potencial de ganho com ações de dano moral e protegendo ex-sócios e empresas do
alcance de ações trabalhistas. As vantagens vão depender da interpretação das novas
normas pelos tribunais.
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2.10.1 Acesso gratuito

Trabalhadores com renda inferior a 40% do teto do INSS (R$ 2.212) terão
acesso gratuito à Justiça do Trabalho, mas os demais precisarão comprovar
incapacidade de pagar os custos do processo. Para empresas, menos ações
trabalhistas é a principal vantagem.

2.10.2 Dano moral

Indenizações por dano moral, em casos de ofensa à honra ou assédio no


trabalho, são tabeladas de acordo com o grau da ofensa e limitadas a 50 vezes o teto
dos benefícios da Previdência, o que significaria R$ 276 mil hoje. Para empresas os
custos menores e menos incerteza.

2.10.3 Súmulas do TST e jurisprudência

Para que uma turma do TST adote súmulas e uniformize a jurisprudência, a


nova lei exige o voto de pelo menos dois terços da turma e um histórico de decisões
por unanimidade sobre o assunto. A vantagem de quem votou a favor da lei é a
segurança jurídica para trabalhadores e empresas.

2.10.4 Responsabilidade de ex-sócios

Ex-sócios de uma empresa processada na Justiça só respondem por suas


dívidas trabalhistas na ausência dos atuais donos do negócio e por até dois anos após
saída. A principal vantagem é a proteção para sócios que se afastaram de empresas
com dívidas trabalhistas.

2.10.5 Responsabilidade de grupo econômico

Uma empresa só será tratada como parte do mesmo grupo econômico na


Justiça do Trabalho se forem demonstrados o interesse comum e a atuação conjunta
das empresas do grupo. A principal vantagem é a proteção para empresas na Justiça.
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3 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Percebe-se que desde a criação da CLT em 1943 a legislação trabalhista sofreu


alterações durante os anos, como em 1974, 1990 e 1991. Porém, recentemente em
2017 ela sofreu uma alteração mais profunda que gerou muito debate. Quem é a favor,
argumenta que a nova legislação permite uma maior flexibilidade na negociação das
condições de trabalho. Por outro lado, quuem era contra a alteração argumentava que
só beneficiaria as empresas. pois os trabalhadores não teriam o mesmo poder de
negociação dos empregadores.
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REFERÊNCIAS

BALTHAZAR, R; PORTINARI, N. O que muda com a nova lei trabalhista, e o que os


tribunais ainda podem rever. Mercado. Folha de São Paulo. 2017. Disponível em:
<http://www1.folha.uol.com.br/mercado/2017/11/1934569-o-que-muda-com-a-nova-
lei-trabalhista.shtml>. Acesso em: 07 abr. 2018.

CAVALLINI, M. Reforma trabalhista é aprovada no Senado; confira o que muda na


lei. Economia. G1. Disponível em: <https://g1.globo.com/economia/noticia/reforma-
trabalhista-e-aprovada-no-senado-confira-o-que-muda-na-lei.ghtml>. Acesso em: 07
abr. 2018.

PLANALTO. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2015-


2018/2017/lei/l13467.htm>. Acesso em: 07 abr. 2018.

CNI. Disponível em:


<http://www7.fiemg.com.br/Cms_Data/Contents/central/Media/Documentos/Bibliotec
a/PDFs/SINDICATOS/2017/Modernizacao-Trabalhista_publica-o-CNI.pdf>. Acesso
em: 07 abr. 2018.

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