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EM BUSCA DO SUPER-HOMEM - Nietzsche profetizou para um futuro adiante à sua vida a chegada

de um super-homem, um messias que colocasse a plebe em seu devido lugar e restabelecesse a associação de
"bom" e "justo" com "nobre" e "digno", substituindo assim os tortos valores do cristianismo.

A transformação do homem

"Was gross ist am Menschen, das ist, dass er eine Brücke und kein Zweck ist: was
geliebt werden kann am Menschen , das ist, dass er ein Übergang und ein Untergang
ist"

"A grandeza do homem é ser ele uma ponte, e não uma meta; o que se pode amar no
homem é ser ele uma transição e um ocaso." - F.Nietzsche - Assim falou Zaratustra, I,4

Num primeiro momento da história espiritual do homem, pelo menos o de espírito


sadio, ele não passa de um camelo, que, como o desgraçado animal, apenas ajoelha-se e
agradece quando lhe dão uma boa carga. Carrega pelo deserto as culpas por ter nascido.
Na sua humilde corcova avoluma-se as penas do mundo, sobrecarregado pelas regras
morais e pelas imposições que lhe fazem, que lhe dizem - tu deves (Du-sollst!)! Porém,
no deserto, isolado, dá-se uma transformação. O camelo vira um leão. É o espirito que,
liberto, quer ser "o senhor do seu próprio deserto". Agora é ele quem, rugindo
desafiante, responde - eu quero! (Ich will!). Se bem que o leão não consiga ainda criar
os novos valores, ele pelo menos, assentado na sua força e vigor, sacode para fora a
canga que afligia o pobre camelo. Dá-se então a derradeira transformação - o leão vira
criança. Sim porque a criança é esquecimento, é um novo começo, é o embrião do
super-homem que, ao crescer e desenvolver-se, "quer conseguir o seu mundo".

O camelo (Kamele) O leão (Löwe) A criança (Kind)


O espirito do homem na sua A emergência do espirito de A nova era que nasce. O
época religiosa e cordata, rebeldia. A insubordinação tudo por fazer que se
conforme com seu destino contra os valores tradicionais e descortina numa nova
de animal de carga, contra as imposições morais e situação, num mundo
submetido ao grande convencionais. - Afirma-se novo que se livrou do
dragão. - Encontra-se sob o através do "Eu quero!" passado opressivo. - "Ele
imperativo do "Tu deves!" alcançará!"

O livro narra as andanças e ensinamentos de um filósofo, que se auto-nomeou


Zaratustra após a fundação do Zoroastrismo na antiga Pérsia. Para explorar muitas das
ideias de Nietzsche, o livro usa uma forma poética e fictícia, frequentemente satirizando
o Novo testamento.

O centro de Zaratustra é a noção de que os seres humanos são uma forma transicional
entre macacos e o que Nietzsche chamou de Übermensch, literalmente "além-do-
homem", normalmente traduzido como "super-homem". O nome é um dos muitos
trocadilhos no livro e se refere mais claramente à imagem do Sol vindo além do
horizonte ao amanhecer como a simples noção de vitória.

Os Limites do Humano: O Além-do-Homem


Em Ecce Homo, Nietzsche assimila Zaratustra a Dioniso, concebendo o primeiro como
o triunfo da afirmação da vontade de potência e o segundo como símbolo do mundo
como vontade, como um deus artista, totalmente irresponsável, amoral e superior ao
lógico. Por outro lado, a arte trágica é concebida por Nietzsche como oposta à
decadência e enraizada na antinomia entre a vontade de potência, aberta para o futuro, e
o "eterno retorno", que faz do futuro numa repetição; esta, no entanto, não significa uma
volta do mesmo nem uma volta ao mesmo; o eterno retorno nietzschiano é
essencialmente seletivo. Em dois momentos de Assim falou Zaratustra (Zaratustra
doente e Zaratustra convalescente), o eterno retorno causa ao personagem-título,
primeiramente, uma repulsa e um medo intoleráveis que desaparecem por ocasião de
sua cura, pois o que o tornava doente era a idéia de que o eterno retorno estava ligado,
apesar de tudo, a um ciclo, e que ele faria tudo voltar, mesmo o homem, o "homem
pequeno". O grande desgosto do homem, diz Zaratustra, aí está o que me sufocou e que
me tinha entrado na garganta e também o que me tinha profetizado o adivinho: tudo é
igual. E o eterno retorno, mesmo do mais pequeno, aí está a causa de meu cansaço e de
toda a existência. Dessa forma, se Zaratustra se cura é porque compreende que o eterno
retorno abrange o desigual e a seleção. Para Dioniso, o sofrimento, a morte e o declínio
são apenas a outra face da alegria, da ressurreição e da volta. Por isso, "os homens não
têm de fugir à vida como os pessimistas", diz Nietzsche, "mas, como alegres convivas
de um banquete que desejam suas taças novamente cheias, dirão à vida: uma vez mais".

Para Nietzsche, portanto, o verdadeiro oposto a Dioniso não é mais Sócrates, mas o
Crucificado. Em outros termos, a verdadeira oposição é a que contrapõe, de um lado, o
testemunho contra a vida e o empreendimento de vingança que consiste em negar a
vida; de outro, a afirmação do devir e do múltiplo, mesmo na dilaceração dos membros
dispersos de Dioniso. Com essa concepção, Nietzsche responde ao pessimismo de
Schopenhauer: em lugar do desespero de uma vida para a qual tudo se tornou vão, o
homem descobre no eterno retorno a plenitude de uma existência ritmada pela
alternância da criação e da destruição, da alegria e do sofrimento, do bem e do mal. O
eterno retorno, e apenas ele, oferece, diz Nietzsche, uma "saída fora da mentira de dois
mil anos", e a transmutação dos valores traz consigo o novo homem que se situa além
do próprio homem.

Esse super-homem nietzschiano não é um ser, cuja vontade "deseje dominar". Se se


interpreta vontade de potência, diz Nietzsche, como desejo de dominar, faz-se dela algo
dependente dos valores estabelecidos. Com isso, desconhece-se a natureza da vontade
de potência como princípio plástico de todas as avaliações e como força criadora de
novos valores. Vontade de potência, diz Nietzsche, significa "criar", "dar" e "avaliar".

Nesse sentido, a vontade de potência do super-homem nietzschiano o situa muito além


do bem e do mal e o faz desprender-se de todos os produtos de uma cultura decadente.
A moral do além-do-homem, que vive esse constante perigo e fazendo de sua vida uma
permanente luta, é a moral oposta à do escravo e à do rebanho. Oposta, portanto, à
moral da compaixão, da piedade, da doçura feminina e cristã. Assim, para Nietzsche,
bondade, objetividade, humildade, piedade, amor ao próximo, constituem valores
inferiores, impondo-se sua substituição pela virtù dos renascentistas italianos, pelo
orgulho, pelo risco, pela personalidade criadora, pelo amor ao distante. O forte é aquele
em que a transmutação dos valores faz triunfar o afirmativo na vontade de potência. O
negativo subsiste nela apenas como agressividade própria à afirmação, como a crítica
total que acompanha a criação; assim, Zaratustra, o profeta do além-do-homem, é a pura
afirmação, que leva a negação a seu último grau, fazendo dela uma ação, uma instância
a serviço daquele que cria, que afirma.

Compreende-se, assim, porque Nietzsche desacredita das doutrinas igualitárias, que lhe
parecem "imorais", pois impossibilitam que se pense a diferença entre os valores dos
"senhores e dos escravos". Nietzsche recusa o socialismo, mas em Vontade de Potência
exorta os operários a reagirem "como soldados".

Assim Falou Zaratustra


Em Ecce Homo, Nietzsche intitulou seus capítulos: "Por que sou tão finalista?", "Por
que sou tão sábio?", "Por que sou tão inteligente?", "Por que escrevo livros tão bons?".
Isso levou muitos a considerarem sua obra como anormal e desqualificada pela loucura.
Essa opinião, no entanto, revela um superficial entendimento de seu pensamento. Para
entendê-lo corretamente, é necessário colocar-se dentro do próprio núcleo de sua
concepção da filosofia: Nietzsche inverteu o sentido tradicional da filosofia, fazendo
dela um discurso ao nível da patologia e considerando a doença "um ponto de vista"
sobre a saúde e vice-versa. Para ele, nem a saúde, nem a doença são entidades; a
fisiologia e a patologia são uma única coisa; as oposições entre bem e mal, verdadeiro e
falso, doença e saúde são apenas jogos de superfície. Há uma continuidade, diz
Nietzsche, entre a doença e a saúde e a diferença entre as duas é apenas de grau, sendo a
doença um desvio interior à própria vida; assim, não há fato patológico.

A loucura não passa de uma máscara que esconde alguma coisa, esconde um saber fatal
e "demasiado certo". A técnica utilizada pelas classes sacerdotais para a cura da loucura
é a "meditação ascética", que consiste em enfraquecer os instintos e expulsar as paixões;
com isso, a vontade de potência, a sensualidade e o livre florescimento do eu são
considerados "manifestações diabólicas". Mas, para Nietzsche, aniquilar as paixões é
uma "triste loucura", cuja decifração cabe à filosofia, pois é a loucura que torna mais
plano o caminho para as idéias novas, rompendo os costumes e as superstições
veneradas e constituindo uma verdadeira subversão dos valores. Para Nietzsche, os
homens do passado estiveram mais próximos da idéia de que onde existe loucura há um
grão de gênio e de sabedoria, alguma coisa de divino: "Pela loucura os maiores feitos
foram espalhados foram espalhados pela Grécia". Em suma, aos "filósofos além de
bem e mal", aos emissários dos novos valores e da nova moral não resta outro recurso,
diz Nietzsche, a não ser o de proclamar as novas leis e quebrar o jugo da moralidade,
sob o travestimento da loucura. É dentro dessa perspectiva, portanto, que se deve
compreender a presença da loucura na obra de Nietzsche. Sua crise final apenas marcou
o momento em que a "doença" saiu de sua obra e interrompeu seu prosseguimento. As
últimos cartas de Nietzsche são o testemunho desse momento extremo e, como tal,
pertencem ao conjunto de sua obra e de seu pensamento. A filosofia foi, para ele, a arte
de deslocar as perspectivas, da saúde à doença, e a loucura deveria cumprir a tarefa de
fazer a crítica escondida da decadência dos valores e aniquilamento: "Na verdade, a
doença pode ser útil a um homem ou a uma tarefa, ainda que para outros signifique
doença... Não fui um doente nem mesmo por ocasião da maior enfermidade".

Conclusão

Procuramos relacionar a importância da questão pedagógica na tradição do pensamento


ocidental através de alguns conceitos da obra de um dos maiores críticos da tradição
metafísica. A filosofia de Nietzsche encontra-se no núcleo de uma série de questões a serem
pensadas no tocante não somente a problemas metafísicos ou ontológicos, mas também a
questões até muito mais palpáveis, como a tradição de nosso ensino e os valores que regem
este ponto crucial de nossa cultura.
O núcleo da discussão encontra-se a priori na oposição entre conceito e poesia, como formas
de exposição de uma dada ontologia. É a maneira da exposição que vai marcar não só a
ontologia, como a discussão pedagógica, que é a questão da formação do mestre. Nossa
leitura da obra nietzschiana baseia-se na de Roberto Machado, particularmente em seu ensaio
Zaratustra Tragédia nietzschiana. Na perspectiva apresentada nesta obra, vimos que o mestre
é aquele que passa por constantes metamorfoses, está portanto em constante processo de
aprendizado. A concepção de Zaratustra da superação do mestre é fundamental por ser
instauradora de um pensamento crítico, de que toda tradição deve ser revista, criticada,
principalmente em seu caráter dogmático. Outro fator de destaque é a importância da arte
como um saber que não se prende a rigidez de conceitos, de verdade e erro. A arte apresenta-
se, portanto, como um antídoto ao projeto epistemológico socrático-platônico e ao moralismo
cego. Não no sentido radical de destruí-los ou aniquilá-los, mas na condição de pensá-los
criticamente, de relê-los, uma vez que tal atividade é fundamental para a cultura, dentro da
perspectiva nietzschiana. A cultura não pode ser estática ou dogmática: ela deve afirmar-se e
superar sempre os seus antigos mestres, rever seus velhos valores, esse é o paideuma de
Nietzsche presente no ideal do super-homem.

Toda genialidade tem uma pitada de loucura. Algumas idéias são tão avançadas para a
racionalidade da maioria (a massa) que acaba por se tornar loucura, daí o fato de que
grandes pensadores, em sua maioria, sempre foram tidos como loucos em seu tempo.
Segundo uma obra de Nietzsche intitulada ‘Assim falou Zaratustra’, logo no início
lemos:
“... O homem é algo que deve ser superado. Que fizeres para superá-lo? Todos os
seres, até agora, criaram algo acima de si mesmos; e vós quereis ser a baixa-mar dessa
grande maré cheia e retrogradar ao animal, em vez de superar o homem?...”
É a partir deste ponto que Nietzsche, através de seu personagem Zaratustra, propõe a
morte do homem, mas não a morte como a conhecemos – a morte física, mas sim o
apagar de um passado, uma morte-superação, uma morte para culminar em um
renascimento.
Exatamente nesse ponto do pensamento do filósofo que ele deixa de forma clara que ao
se matar D’us, acaba-se por matar o homem, ou seja, uma vez que D’us morre, resta ao
homem tão somente morrer. O homem já é o fim em si mesmo se não tornar-se
diferente do que é. Isso é muito mais do que simplesmente ‘trocar de pele’, é
transformar-se, renascer-se, é não ser mais homem, mas sim um supre-homem.
A morte de D’us é um fenômeno da era moderna que implicará na morte do homem.
Isso que dizer que ao homem niilista (do latim nihil [nada] - corrente filosófica que, em
princípio, concebe a existência humana como desprovida de qualquer sentido) e ateu,, o
cético, só resta a alternativa de sucumbir, desaparecer. Em outras palavras, ou ele se
supera – para melhor – tornando-se capaz de criar coisas boas acima do materialismo
dominante, ou restará a ele ser o último e, portanto, segundo Nietzsche, homem-morto.
Dando continuidade ao pensamento de Nietzsche, eis que surge o pensamento de
Michel Foucault, completando que, o humanismo substituirá a cultura não dialética
(dialética - a arte de, no diálogo, demonstrar uma tese por meio de uma argumentação
capaz de definir a distinguir claramente os conceitos envolvidos em uma discussão), nos
nossos dias podemos afirmar que essa cultura não dialética são imposições
incontestáveis que surgem do comportamento das massas, construindo através da
comunicação da mass-media (mídia de massa ou para massa), onde em uma sociedade
alicerçada sobre a economia, a relação custo/benefício, alienação/libertação,
manipulação/livre pensar, lhes são mais favoráveis (ao grupo emissor dominante da
mensagem/pensamento).
Nesta nova era em que vive o homem, todo cuidado é pouco, a terceira grande guerra
mundial está deflagrada, é a guerra onde o resultado final não é o da morte física, mas
sim o da morte da essência do homem. Mate D’us e você estará condenado a ‘morte’...
assim falou Zaratustra...

Fonte: http://www.webartigos.com/articles/21225/1/ASSIM-FALOU-
ZARATUSTRA/pagina1.html#ixzz10jngJCIQ

Assim Falou Zaratustra de Nietzsche é uma grande obra filosófica que condena a moralidade
do cristianismo e a realidade da sociedade anunciando o supra-homem, que é considerado
alguém superior, capaz de colocar-se acima dos outros e criar seus próprios valores. A história
se trata de Zaratustra, um sábio que aos 30 anos resolveu se isolar durante quase 10 anos nas
montanhas até que em uma manha ensolarada ele resolveu sair de casa para compartilhar a
sua sabedoria com a humanidade.

Super-homem

Nietzsche, como dissemos, opõem-se a todas as ideias igualitaristas,


humanitaristas e democráticas. De acordo com o seu pensamento as mesmas
apresionam o Homem, não o libertam. O seu modelo de Homem está nos
príncipes do Renascimento: valente, hábil, sem moral (acima do Bem e do
Mal), apenas se guiando pela sua vontade de poder, a sua energia vital. O
super-homem é aquele que aceita a vida como ela é: incerta, conflituosa e sem
ilusões. Ele aceita as forças cósmicas incertas e contraditórias que os outros
negam e temem.

Quem é o super-homem?

Este poderoso e tão popular personagem da imaginação nietzscheana derivou do


romantismo alemão (com sua incontida celebração do gênio, do indivíduo dotado de
virtudes incomuns) mas também da secularização da mitologia, encarnada num
Prometeu redivivo, já assinalado por Goethe. O gênio é uma força irracional, um
fenômeno da natureza, quase divino e absolutamente extraordinário: assim o
enalteceram Goethe, Fichte e Hegel (que afinal conviveram com Napoleão Bonaparte).
Ele encontrava-se bem acima dos demais mortais, sendo característico dele usar os
outros seres humanos apenas como degrau para sua ascensão. É um forte, um aristocrata
(não no sentido de sangue, mas de personalidade), um colossal egocêntrico que faz suas
próprias leis e regras e que não segue as da manada. Mas o super-homem pode ser visto
também como o resultado último da uma concepção evolucionista. Se, no passado
remoto, como ensinou Darwin, fomos precedidos pelos símio, sendo o homem do
presente apenas uma ponte, o futuro seria irremediavelmente dominado pelo super-
homem.

ÜBERMENSCH – SUPER-HOMEM OU ALÉM


DO HOMEM

Friedrich Wilhelm Nietzsche (15/10/1844 - 25/08/1900), filósofo nascido na Prússia,


em região que atualmente pertence à Alemanha. O conceito do Übermensch foi
apresentado em "Assim Falou Zaratustra". Não há um "super-homem" real, nem mesmo
Nietzsche foi, mas segundo o autor, Napoleão Bonaparte, Júlio César, Leonardo da
Vinci, Michelangelo, Shakespeare, Goethe e até mesmo Jesus Cristo chegaram perto de
ser.

Seguindo o rastro dos comentários sobre o Superman, eu decidi pesquisar um pouco sua
origem, induzido pela curiosidade em entender a antítese gerada pela criação de Jerry
Siegel e Joe Shuster, dois judeus, e o conceito de Übermensch do prussiano Nietzche,
que comentam por aí, foi influenciador direto da campanha pela pureza da raça ariana
do nazismo.

Colocando de lado valores políticos e ideológicos, o que conta aqui é o valor filosófico
do Übermensch. Nietzche diz haver uma maneira de se atingir um estado de perfeição
humana, ou pelo menos buscá-lo, física e mentalmente. “O que é bom?”, perguntava
ele, e o próprio respondia: tudo que aumenta no homem a sensação e a vontade de
poder. O livro “O Anti Cristo”, base para nossa pesquisa, é assim chamado porque
Nietzche vê no cristianismo a contrariedade do que acredita, ou seja, ele condena o
contentamento, a compaixão e a humildade. Mas vamos dar um salto nisso tudo e cair
direto no ponto que nos interessa.

De acordo com o filósofo prussiano, a humanidade parou de evoluir quando começamos


a adotar conceitos como compaixão, que não nos deixam permitir que tombem os mais
fracos para que os mais fortes se elevem. Nietzche acusa o cristianismo de ter gerado
uma cultura de “mal” que impede o progresso e a evolução humana. De acordo com
ele, o poder é o destino do homem, e a busca por ser o mais forte é natural e respeitável.
Esse conceito de “maldade” criado pelo cristianismo acaba por estigmatizar essa busca
de evolução, usando a culpa como instrumento de controle.
E a evolução está exatamente nesse entender, nessa cadeia de raciocínio: de que é
preciso negar a questão moral, pois ela fere os instintos do homem. Compaixão é, em
suas palavras, depressora, pois contraria a lei da evolução, impedindo assim a seleção
natural. Logo, alguém que compreenda sua ideologia, que entenda a necessidade da
seleção dos mais aptos, da necessidade de crescer a todo custo, que saiba que são
necessários sacrifícios da espécie para que a raça humana caminhe para a perfeição, esse
alguém seria um Ubermensch em seu meio, ou em nossas palavras, seria um super-
homem.

Superman: Entre a Foice e o Martelo, de Mark Millar, Dave Johnson e Kilian Plunkett
mostram o que aconteceria se o Superman caísse na União Soviética. Nessa realidade,
Lex Luthor é um cientista genial e principal oposição ao Superman, símbolo-mór do
comunismo mundo afora.

Independente de estar certo ou errado, Nietzche cria o conceito do super-homem, no


qual algumas fontes indicam que Siegel e Shuster se basearam ao criar o azulão.
Tomando Clark Kent como fonte de estudo, além da perfeição física e intelectual, o
que mais ele tem do super-homem de Nietzche?

Na verdade, nada, já que, apesar de criado por judeus, está mais ligado aos conceitos
cristãos que o filósofo abominava, como a compaixão, a humildade e a culpa. Se por um
lado ele é a defesa dos ideais filosóficos, comprovada pela descrição de Krypton como
sendo um planeta de homens que atingiram a perfeição, por outro ele é a resposta moral
a esses mesmos ideais.

É então que descubro que em seus primeiros esboços o Super-Homem era um


governante poderoso que dominava com mão de ferro seus súditos. Este Super-Homem
tinha um detalhe digno de nota: era careca.

Claro que o Super-Homem do inicio não era esse de hoje, como podem ver na excelente
matéria do Márcio Teixeira aqui no Fanboy, mas mesmo que tenhamos um Super-
Homem déspota, ele não se enquadra em Nietzche por um motivo: ele não busca a
evolução, já que ele é o ponto final da evolução, e não o caminho que leva a ela. Siegel
e Shuster não criaram um Super-Homem tão forte quanto o de hoje, mas aquele já era
um homem com seu potencial atingido. Lembremos que, apesar de ser uma ficção, seus
poderes eram “plausíveis”, como se fossem evoluídos das capacidades humanas: salto,
resistência à dor, força, velocidade… Todas capacidades humanas, apenas evoluídas.
Portanto, ele era já o objeto final da evolução.

Sendo assim, vamos estabelecer alguns pontos:

Ponto 1: essa qualidade de ser o objeto final impede o homem de fazer seu próprio
caminho. Da mesma maneira que o cristianismo ditava o futuro do homem com seus
objetivos, o Super-Homem marca o ponto máximo onde se pode chegar, e isso é uma
ofensa grave ao ideal filosófico.

Ponto 2: o Super-Homem está lá para impedir que a humanidade sofra com seus
problemas. Ele salva crianças e velhos, pára trens desgovernados, impede a queda de
aviões, chuvas de meteoros destruidores, seres de outros planetas, guerras, etc, etc… E
impede com isso que a humanidade aprenda com seus erros e problemas. Sua
compaixão refreia a evolução humana, como Nietzche previa e proclamava. Se alguém
realmente acredita nisso como o filósofo acreditava, ficaria furioso. Você está anotando,
certo?

A seleção natural foi tese do naturalista inglês Charles Darwin, publicada no livro A
Origem das Espécies, que bateu de frente com a igreja ao afirmar que o homem e o
macaco têm um antepassado em comum. Suas idéias foram mais tarde distorcidas e
usadas como prova de que uma limpeza genética tornaria a humanidade cada vez mais
forte e avançada. Somado ao preconceito, tais idéias provocaram verdadeiros
genocídios.

Ponto 3: ser o super-homem filosófico em pessoa, tendo atingido a perfeição e não


seguir os preceitos filosóficos do mesmo é no mínimo incoerente. Da mesma forma que
alguns neo-nazistas acusam Hitler de tolerância, um homem com a fé focada na
evolução de Nietzche acharia Kal-El uma ofensa gravíssima a toda raça humana.

Ponto 4: o super-homem de Nietzche tem que buscar a evolução, ser contra tudo que
provoca o retrocesso e acreditar que o fim justifica os meios. Clark e seu respeito ao
livre-arbítrio da humanidade está longe disso.

Ponto 5: o super-homem filosófico sabe que pode ser necessário o uso da força e do
controle, sabe que suas capacidades o colocam acima dos demais.

Ponto 6: o super-homem de Nietzche ficaria furioso, se, tendo ele todo o entendimento
do que é necessário fazer para que a humanidade atinja seu potencial máximo, de
repente, cai do céu alguém com o poder de Kal-El, mas completamente avesso a suas
teorias.

Espero eu você tenha anotado tudo, e revendo o que foi pensado chegue à mesma
conclusão que eu. A dica mestre é: ele é careca.

Sim, o verdadeiro Super-homem de Nietzche é Lex Luthor. Ele é aquele que sabe que a
evolução é necessária, que acredita nos fins acima dos meios, que se arrisca e se dispõe
a cometer atrocidades pelo ideal de atingir mais e mais poder. Ele que se preparou para
atingir seu potencial máximo e ele que teve de ver um homem como ele queria ser
surgir e praticar o oposto ao que ele acredita.

Psicologicamente, sem Kal-El, Lex talvez não fosse um vilão, ou talvez fosse um
grande líder de estado (mesmo que sob um regime totalitário). Eu gosto muito do Lex
de “Entre A Foice E O Martelo”, pois ele representa bem esse super-homem
filosófico.

Se Nietzche fosse um personagem de quadrinhos, com certeza absoluta, seu grande


nêmesis seria o herói de capa, e não o cristianismo. Primeiro porque o cristianismo não
existe nos quadrinhos, e segundo porque os heróis seriam a grande ameaça ao
pensamento progressivo e evolutivo de sua ideologia. Se Nietzche existisse lá, ele
estudaria em Gotham, onde há o único herói que não se abate com a presença do Super-
Homem e busca de si mesmo atingir seu potencial máximo, ainda que peque pela
qualidade moral e pela compaixão recalcada. Nietzche pode não estar lá, mas tem em
Lex um defensor de suas ideologias. E na cabeceira de Luthor, embaixo dos óculos
meia-lua para leitura, está um exemplar da primeira edição de “O Anti Cristo”, ou
ainda “Assim Falou Zaratustra

« (…)Pequena política significa também a funesta confusão ideológica, essencialmente


democrática, segundo Nietzsche, entre felicidade, por um lado, e segurança,
comodidade, ausência de dor, por outro lado. Essa identificação implica, para ele, em
tomar à inglesa o ideal bem supremo, transformá-lo em wellfare, conforto e bem-estar;
significa apequenar a política, amesquinhar a figura ou o tipo-homem que se pretende
formar por intermédio da política e da cultura; grande política é a política cultural que
se inspira num outro ideal de homem, numa outra figura que não o homem das “ideias
modernas”, do utilitarismo com a sua felicidade de mercearia e dos direitos iguais.

Esse homem, Nietzsche caricatura-o na figura do “último homem”, o homem do


rebanho e da pacífica felicidade das verdes pastagens. Esse tipo-homem é, para
Nietzsche, a verdadeira meta da pequena política; ele é o “último homem” porque se
auto-interpreta como o fim da história, como o telos até então oculto e ora manifestado
do curso do mundo, como se toda a história universal não fosse senão o prelúdio e a
gestação do advento da sua felicidade, enfim assegurada num pacífico reinado universal
da razão, de onde se pode, por fim, fazer desaparecer toda desigualdade, injustiça e
sofrimento; fisiológicamente decadente, esse “último homem” é, sobretudo, impotente
para sofrer e suportar o sofrimento, daí que a banalidade dos prazeres e confortos
moderados constitua o seu supremo ideal de felicidade:

“Ai! Chega o tempo do homem mais desprezível, que não pode mais desprezar a si
mesmo. Olhai! Eu vos mostro o último homem. Que é amor? Que é criação? Que é
anelo? Que é estrela – assim pergunta o último homem, e pestaneja. A terra se tornou
pequena então, e sobre ela saltita o último homem, que torna tudo pequeno. Sua estirpe
é indestrutível, como a pulga; o último homem é o que mais tempo vive. ‘Nós
inventamos a felicidade’ – dizem os últimos homens, e pestanejam. Abandonaram as
regiões onde é duro viver: pois a gente precisa de calor. A gente ama inclusive o vizinho
e se esfrega nele, pois a gente precisa de calor. Adoecer e desconfiar, eles consideram
perigoso: a gente caminha com cuidado. Louco é quem continua tropeçando com pedras
e com homens! Um pouco de veneno de vez em quando: isso produz sonhos agradáveis.
E muito veneno no final, para ter uma morte agradável. A gente continua trabalhando,
pois o trabalho é um entretenimento. Mas evitamos que o entretenimento canse. Já não
nos tornamos nem pobres nem ricos: as duas coisas são demasiado molestas. Quem
ainda quer governar? Quem ainda obedecer? Ambas as coisas são demasiado molestas.”

Essa felicidade amesquinhada, confundida com segurança e bem-estar, é expressão de


uma vida reduzida ao mínimo possível de intensidade – “a terra tornou-se pequena
então” –, de onde toda a tensão e contraste foram suprimidos, para não restar senão o
tépido aconchego e o monótono atrito dos rebanhos, a igualdade transformada em
igualitarismo da uniformidade, onde não subsiste qualquer diferença ou distância –
“quem ainda quer governar? quem ainda obedecer?” –. Como a intensidade, tensão e
contraste – juntamente com o sofrimento e com a capacidade para suporta-lo
tragicamente – são condições incontornáveis de toda grandeza, de toda elevação do
tipo-homem, a felicidade inventada pelo último homem acoberta a hipocrisia de uma
vontade de poder inconsciente de si mesma, ou seja, a inocente tirania da uniformidade,
o despotismo dos “mais estúpidos e medíocres”, que sufoca e anestesia a singularidade
encarnada em toda verdadeira e grande individualidade. “Nenhum pastor e um só
rebanho! Todos querem o mesmo, todos são iguais: quem sente de outra maneira, vai
voluntariamente para o hospício. ‘Outrora todo mundo desvairava’, dizem os mais
subtis e pestanejam. Hoje somos inteligentes e sabemos o que ocorreu – assim não tem
fim o gracejar. A gente ainda discute, mas logo se reconcilia – senão se estraga o
estômago. Temos nosso prazerzinho para o dia e nosso prazerzinho para a noite, mas
honramos a saúde. ‘Nós inventamos a felicidade’ – dizem os últimos homens e
pestanejam.”

A figura do “último homem” simboliza, pois, o alvo principal da crítica nietzscheana da


modernidade política: a bagatelização do tipo-homem embutida no igualitarismo
uniformizante; um outro conceito polémico para o mesmo fenómeno, Nietzsche fixou-o
no termo: mediocrização (Mittelmässigkeit), com o qual fustiga a prudência mercantil
dessa miúda felicidade dos pequenos prazeres iguais para todos, característica da
moderna sociedade civil-burguesa; para ele, é nela que desemboca, finalmente, a
ideologia da liberdade, igualdade e fraternidade universais. Além desse efeito nivelador,
Nietzsche identifica, na hegemonia das “ideias modernas” ainda um outro perigo
iminente: com o apagamento de todas as diferenças e a dissolução de toda autoridade
legítima, prepara-se involuntariamente o caminho para a barbárie e a tirania.(…)»

http://universofantastico.wordpress.com/2008/07/16/ubermensch-super-homem-ou-alem-
do-homem/

http://ofogodavontade.wordpress.com/2009/09/20/a-era-do-ultimo-homem/

http://educaterra.terra.com.br/voltaire/artigos/nietzsche_super_homem.htmhttp://www.we
bartigos.com/articles/21225/1/ASSIM-FALOU-ZARATUSTRA/pagina1.html

http://www.artigonal.com/ficcao-artigos/assim-falava-zaratustra-paideuma-nietzschiano-a-
formacao-do-mestre-1943937.html

http://www.mundodosfilosofos.com.br/nietzsche.htm

http://www.consciencia.org/nietzsche_sentido_da_terraroberto.shtml

http://ghiraldelli.ning.com/profiles/blogs/o-ultimo-homem-no-prologo-de****

O que é o homem?
Breve relato sobre o que é o homem nas visões filosóficas e antropológicas de alguns
autores como Juvenal Arduini, Marilena Chauí e outros.

01/jul/2003
Neuza Rodrigues Vidal
neuza.vidal@bol.com.br
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Desde os tempos mais remotos, quando o homem se espantou com a natureza e com tudo o
que nela existia, incluindo a si próprio, este nunca mais deixou de ser estudado, admirado e
ainda hoje incognoscível. Pois não deixa de ser um mistério, se a humanidade proveio da
divindade; contrapartida não podemos negar a metafísica e explicar tudo pela ciência e o
físico, afastando com isso, a alma.

Na Antropologia Filosófica que surgiu por volta de 1920, com os estudos de Scheler, Plessner e
Gehlen, seu objetivo maior é saber o que é o homem. Para isso ela usa métodos do tipo:
fenomenológico, dedutivo, histórico, e muitos outros. Diz Scheler que o homem possui
espírito, pode amar, admirar, contemplar, enquanto que os outros animais não dispõem de
nada disso. Pois estes contam com o instinto e aquele com a razão; a esta diferença atribui-se
a limitação dos outros animais.

Quem primeiro se inclinou a estudar o homem foi Sócrates, filósofo grego do final do século V
e IV a.C., que dizia “Conhece-te a ti mesmo”. Para Sócrates o homem era alguém que podia
responder com racionalidade a uma indagação racional. Já para seu seguidor e aluno, Platão, o
homem é alma e que, com isso, ele é imortal.

A definição mais comum a se perpetuar por mais tempo foi a de que o homem é um animal
racional, defendida por muitos filósofos importantes de gerações passadas como: Descartes,
Spinoza, Kant, Hegel e outros. Mas muito já mudou, e hoje são muitas as definições que
temos, baseadas em características do homem. Como a de que este é um ser livre (Sartre);
para Gabriel Marcel, um ser problemático; para Luckmann, um ser religioso.

Definições de que o homem é corpo e alma também é muito bem aceita pela humanidade.
Porém, muitos outros têm influenciado o mundo a acreditar que não, como defenderam e
duvidaram os intelectuais Marx e Comte. Estes achavam que a alma seria como um
pensamento (que é resultado das operações mentais). Já Kant supunha que a mente humana
não é competente para falar tanto a respeito da alma. A despeito de tantos estudos e
indagações, o homem é a espécie de animal que apresenta o maior grau de complexidade na
escala evolutiva.

Marx defendia que o homem era um animal essencialmente social. E foi a partir desta visão de
mundo novo que se criaram as regras através da união de pessoas e se instituiu a sociedade.
Aristóteles já o teria definido assim, muito antes. Este mesmo homem num desenvolvimento
real e intenso elabora a ciência, aperfeiçoa a religião e incrementa a arte. E progride
relacionando suas invenções e descobertas, e então passa a viver conforme suas regras pré-
estabelecidas (posições morais que acata ou que segue como um dever, cuja mesma
denominaram de ética); assim, cresce o homem, que se movimentando no tempo e no espaço
faz e refaz a própria história.
O ser humano passou de observador a observado, a partir do século XV e se estendeu até o
final do século XX, ou seja, passou a ser objeto de estudo, tendo sua investigação se dado de
três formas distintas: o humanismo (que não separa o homem da natureza, mas o considera
diferente dos demais seres, por ser racional e livre); o positivismo (que cria a sociologia através
do que Comte diz se chamar de a física social e que se propõe a estudar os fatos humanos
usando procedimentos e métodos empregados pelas ciências da natureza, ou seja, fatos
observáveis); e por último, temos o historicismo, desenvolvido no final do século XIX e início
do século XX, por Dilthey, filósofo e historiador alemão, que insiste na diferença profunda
entre homem e natureza e entre ciências naturais e humanas, onde ele as chama de ciências
do espírito ou da cultura. Com isso assegura a não utilização do método de observação-
experimentação, mas sim, o método da explicação e compreensão do sentido dos fatos
humanos. Fatos humanos esses que ele diz ser histórico ou temporal: surge no tempo e se
transforma no tempo.

Agora, finalmente estuda-se o homem pós-moderno. A pós-modernidade, que surgiu a partir


da insatisfação perante a modernidade, foi prenunciada talvez por Nietzsche, que alardeou a
supremacia de Zaratustra, e prometia o “fim das verdades velhas” e a “transmutação dos
valores”. Foi a partir da década de 80 que se intensificou a informática, explodiu o surto
místico-psíquico-religioso e instaurou-se a globalização neocapitalista. Assim, a pós-
modernidade tem revelado uma aceleração histórica. O filósofo Lyotard diz que “hoje a vida
anda depressa”. O homem sente-se acossado pelos acontecimentos e atropelado pelas
inovações tecnológicas.

O significado de pós-modernidade deverá ser avaliado pelo que está acontecendo ao ser
humano. A identidade do ser humano está em crise; o homem está sendo programado pela
ciência, modificado pela engenharia genética, superado pelo mercado, debilitado pelo
ecologismo e submetido a critérios tecnológicos. De todos os estudos desenvolvidos pelo
homem; o homem ainda é o mais interessante. Tendo vários campos de investigação, como: a
Psicologia, a Sociologia, a Economia, a Antropologia, a História, a Linguística, a Psicanálise e
tantas outras ramificações. Mas, por mais que nos aprofundemos e conhecemos a história de
nós mesmos, estamos sempre a nos perguntar: afinal, quem é o ser humano?

Dá significado ao homem, é, portanto, por demais complexo, pensa-se que é fácil, mas ao
mesmo tempo descobre-se que tão complicado o é, pois é; assim também é o homem. Um
enigma indecifrável, conhecido e estranho, transparente e opaco. Lógico e ilógico. Para
Todorov: “O homem é ser incompletamente determinado, potencialmente bom e
potencialmente mau. Tudo é possível. Nada é certo”. (Todorov apud Arduini, 2002, pág. 9).
Dança entre ser e não-ser. Filósofos existencialistas e estruturalistas opinaram de maneira
distinta da usual; para eles o homem é o que ele mesmo quiser e puder ser. Bem, mas a
verdade, é que o homem parece ser mais do que parece ser. O ser humano é
surpreendentemente imprevisível.

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