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de um super-homem, um messias que colocasse a plebe em seu devido lugar e restabelecesse a associação de
"bom" e "justo" com "nobre" e "digno", substituindo assim os tortos valores do cristianismo.
A transformação do homem
"Was gross ist am Menschen, das ist, dass er eine Brücke und kein Zweck ist: was
geliebt werden kann am Menschen , das ist, dass er ein Übergang und ein Untergang
ist"
"A grandeza do homem é ser ele uma ponte, e não uma meta; o que se pode amar no
homem é ser ele uma transição e um ocaso." - F.Nietzsche - Assim falou Zaratustra, I,4
O centro de Zaratustra é a noção de que os seres humanos são uma forma transicional
entre macacos e o que Nietzsche chamou de Übermensch, literalmente "além-do-
homem", normalmente traduzido como "super-homem". O nome é um dos muitos
trocadilhos no livro e se refere mais claramente à imagem do Sol vindo além do
horizonte ao amanhecer como a simples noção de vitória.
Para Nietzsche, portanto, o verdadeiro oposto a Dioniso não é mais Sócrates, mas o
Crucificado. Em outros termos, a verdadeira oposição é a que contrapõe, de um lado, o
testemunho contra a vida e o empreendimento de vingança que consiste em negar a
vida; de outro, a afirmação do devir e do múltiplo, mesmo na dilaceração dos membros
dispersos de Dioniso. Com essa concepção, Nietzsche responde ao pessimismo de
Schopenhauer: em lugar do desespero de uma vida para a qual tudo se tornou vão, o
homem descobre no eterno retorno a plenitude de uma existência ritmada pela
alternância da criação e da destruição, da alegria e do sofrimento, do bem e do mal. O
eterno retorno, e apenas ele, oferece, diz Nietzsche, uma "saída fora da mentira de dois
mil anos", e a transmutação dos valores traz consigo o novo homem que se situa além
do próprio homem.
Compreende-se, assim, porque Nietzsche desacredita das doutrinas igualitárias, que lhe
parecem "imorais", pois impossibilitam que se pense a diferença entre os valores dos
"senhores e dos escravos". Nietzsche recusa o socialismo, mas em Vontade de Potência
exorta os operários a reagirem "como soldados".
A loucura não passa de uma máscara que esconde alguma coisa, esconde um saber fatal
e "demasiado certo". A técnica utilizada pelas classes sacerdotais para a cura da loucura
é a "meditação ascética", que consiste em enfraquecer os instintos e expulsar as paixões;
com isso, a vontade de potência, a sensualidade e o livre florescimento do eu são
considerados "manifestações diabólicas". Mas, para Nietzsche, aniquilar as paixões é
uma "triste loucura", cuja decifração cabe à filosofia, pois é a loucura que torna mais
plano o caminho para as idéias novas, rompendo os costumes e as superstições
veneradas e constituindo uma verdadeira subversão dos valores. Para Nietzsche, os
homens do passado estiveram mais próximos da idéia de que onde existe loucura há um
grão de gênio e de sabedoria, alguma coisa de divino: "Pela loucura os maiores feitos
foram espalhados foram espalhados pela Grécia". Em suma, aos "filósofos além de
bem e mal", aos emissários dos novos valores e da nova moral não resta outro recurso,
diz Nietzsche, a não ser o de proclamar as novas leis e quebrar o jugo da moralidade,
sob o travestimento da loucura. É dentro dessa perspectiva, portanto, que se deve
compreender a presença da loucura na obra de Nietzsche. Sua crise final apenas marcou
o momento em que a "doença" saiu de sua obra e interrompeu seu prosseguimento. As
últimos cartas de Nietzsche são o testemunho desse momento extremo e, como tal,
pertencem ao conjunto de sua obra e de seu pensamento. A filosofia foi, para ele, a arte
de deslocar as perspectivas, da saúde à doença, e a loucura deveria cumprir a tarefa de
fazer a crítica escondida da decadência dos valores e aniquilamento: "Na verdade, a
doença pode ser útil a um homem ou a uma tarefa, ainda que para outros signifique
doença... Não fui um doente nem mesmo por ocasião da maior enfermidade".
Conclusão
Toda genialidade tem uma pitada de loucura. Algumas idéias são tão avançadas para a
racionalidade da maioria (a massa) que acaba por se tornar loucura, daí o fato de que
grandes pensadores, em sua maioria, sempre foram tidos como loucos em seu tempo.
Segundo uma obra de Nietzsche intitulada ‘Assim falou Zaratustra’, logo no início
lemos:
“... O homem é algo que deve ser superado. Que fizeres para superá-lo? Todos os
seres, até agora, criaram algo acima de si mesmos; e vós quereis ser a baixa-mar dessa
grande maré cheia e retrogradar ao animal, em vez de superar o homem?...”
É a partir deste ponto que Nietzsche, através de seu personagem Zaratustra, propõe a
morte do homem, mas não a morte como a conhecemos – a morte física, mas sim o
apagar de um passado, uma morte-superação, uma morte para culminar em um
renascimento.
Exatamente nesse ponto do pensamento do filósofo que ele deixa de forma clara que ao
se matar D’us, acaba-se por matar o homem, ou seja, uma vez que D’us morre, resta ao
homem tão somente morrer. O homem já é o fim em si mesmo se não tornar-se
diferente do que é. Isso é muito mais do que simplesmente ‘trocar de pele’, é
transformar-se, renascer-se, é não ser mais homem, mas sim um supre-homem.
A morte de D’us é um fenômeno da era moderna que implicará na morte do homem.
Isso que dizer que ao homem niilista (do latim nihil [nada] - corrente filosófica que, em
princípio, concebe a existência humana como desprovida de qualquer sentido) e ateu,, o
cético, só resta a alternativa de sucumbir, desaparecer. Em outras palavras, ou ele se
supera – para melhor – tornando-se capaz de criar coisas boas acima do materialismo
dominante, ou restará a ele ser o último e, portanto, segundo Nietzsche, homem-morto.
Dando continuidade ao pensamento de Nietzsche, eis que surge o pensamento de
Michel Foucault, completando que, o humanismo substituirá a cultura não dialética
(dialética - a arte de, no diálogo, demonstrar uma tese por meio de uma argumentação
capaz de definir a distinguir claramente os conceitos envolvidos em uma discussão), nos
nossos dias podemos afirmar que essa cultura não dialética são imposições
incontestáveis que surgem do comportamento das massas, construindo através da
comunicação da mass-media (mídia de massa ou para massa), onde em uma sociedade
alicerçada sobre a economia, a relação custo/benefício, alienação/libertação,
manipulação/livre pensar, lhes são mais favoráveis (ao grupo emissor dominante da
mensagem/pensamento).
Nesta nova era em que vive o homem, todo cuidado é pouco, a terceira grande guerra
mundial está deflagrada, é a guerra onde o resultado final não é o da morte física, mas
sim o da morte da essência do homem. Mate D’us e você estará condenado a ‘morte’...
assim falou Zaratustra...
Fonte: http://www.webartigos.com/articles/21225/1/ASSIM-FALOU-
ZARATUSTRA/pagina1.html#ixzz10jngJCIQ
Assim Falou Zaratustra de Nietzsche é uma grande obra filosófica que condena a moralidade
do cristianismo e a realidade da sociedade anunciando o supra-homem, que é considerado
alguém superior, capaz de colocar-se acima dos outros e criar seus próprios valores. A história
se trata de Zaratustra, um sábio que aos 30 anos resolveu se isolar durante quase 10 anos nas
montanhas até que em uma manha ensolarada ele resolveu sair de casa para compartilhar a
sua sabedoria com a humanidade.
Super-homem
Quem é o super-homem?
Seguindo o rastro dos comentários sobre o Superman, eu decidi pesquisar um pouco sua
origem, induzido pela curiosidade em entender a antítese gerada pela criação de Jerry
Siegel e Joe Shuster, dois judeus, e o conceito de Übermensch do prussiano Nietzche,
que comentam por aí, foi influenciador direto da campanha pela pureza da raça ariana
do nazismo.
Colocando de lado valores políticos e ideológicos, o que conta aqui é o valor filosófico
do Übermensch. Nietzche diz haver uma maneira de se atingir um estado de perfeição
humana, ou pelo menos buscá-lo, física e mentalmente. “O que é bom?”, perguntava
ele, e o próprio respondia: tudo que aumenta no homem a sensação e a vontade de
poder. O livro “O Anti Cristo”, base para nossa pesquisa, é assim chamado porque
Nietzche vê no cristianismo a contrariedade do que acredita, ou seja, ele condena o
contentamento, a compaixão e a humildade. Mas vamos dar um salto nisso tudo e cair
direto no ponto que nos interessa.
Superman: Entre a Foice e o Martelo, de Mark Millar, Dave Johnson e Kilian Plunkett
mostram o que aconteceria se o Superman caísse na União Soviética. Nessa realidade,
Lex Luthor é um cientista genial e principal oposição ao Superman, símbolo-mór do
comunismo mundo afora.
Na verdade, nada, já que, apesar de criado por judeus, está mais ligado aos conceitos
cristãos que o filósofo abominava, como a compaixão, a humildade e a culpa. Se por um
lado ele é a defesa dos ideais filosóficos, comprovada pela descrição de Krypton como
sendo um planeta de homens que atingiram a perfeição, por outro ele é a resposta moral
a esses mesmos ideais.
Claro que o Super-Homem do inicio não era esse de hoje, como podem ver na excelente
matéria do Márcio Teixeira aqui no Fanboy, mas mesmo que tenhamos um Super-
Homem déspota, ele não se enquadra em Nietzche por um motivo: ele não busca a
evolução, já que ele é o ponto final da evolução, e não o caminho que leva a ela. Siegel
e Shuster não criaram um Super-Homem tão forte quanto o de hoje, mas aquele já era
um homem com seu potencial atingido. Lembremos que, apesar de ser uma ficção, seus
poderes eram “plausíveis”, como se fossem evoluídos das capacidades humanas: salto,
resistência à dor, força, velocidade… Todas capacidades humanas, apenas evoluídas.
Portanto, ele era já o objeto final da evolução.
Ponto 1: essa qualidade de ser o objeto final impede o homem de fazer seu próprio
caminho. Da mesma maneira que o cristianismo ditava o futuro do homem com seus
objetivos, o Super-Homem marca o ponto máximo onde se pode chegar, e isso é uma
ofensa grave ao ideal filosófico.
Ponto 2: o Super-Homem está lá para impedir que a humanidade sofra com seus
problemas. Ele salva crianças e velhos, pára trens desgovernados, impede a queda de
aviões, chuvas de meteoros destruidores, seres de outros planetas, guerras, etc, etc… E
impede com isso que a humanidade aprenda com seus erros e problemas. Sua
compaixão refreia a evolução humana, como Nietzche previa e proclamava. Se alguém
realmente acredita nisso como o filósofo acreditava, ficaria furioso. Você está anotando,
certo?
A seleção natural foi tese do naturalista inglês Charles Darwin, publicada no livro A
Origem das Espécies, que bateu de frente com a igreja ao afirmar que o homem e o
macaco têm um antepassado em comum. Suas idéias foram mais tarde distorcidas e
usadas como prova de que uma limpeza genética tornaria a humanidade cada vez mais
forte e avançada. Somado ao preconceito, tais idéias provocaram verdadeiros
genocídios.
Ponto 4: o super-homem de Nietzche tem que buscar a evolução, ser contra tudo que
provoca o retrocesso e acreditar que o fim justifica os meios. Clark e seu respeito ao
livre-arbítrio da humanidade está longe disso.
Ponto 5: o super-homem filosófico sabe que pode ser necessário o uso da força e do
controle, sabe que suas capacidades o colocam acima dos demais.
Ponto 6: o super-homem de Nietzche ficaria furioso, se, tendo ele todo o entendimento
do que é necessário fazer para que a humanidade atinja seu potencial máximo, de
repente, cai do céu alguém com o poder de Kal-El, mas completamente avesso a suas
teorias.
Espero eu você tenha anotado tudo, e revendo o que foi pensado chegue à mesma
conclusão que eu. A dica mestre é: ele é careca.
Sim, o verdadeiro Super-homem de Nietzche é Lex Luthor. Ele é aquele que sabe que a
evolução é necessária, que acredita nos fins acima dos meios, que se arrisca e se dispõe
a cometer atrocidades pelo ideal de atingir mais e mais poder. Ele que se preparou para
atingir seu potencial máximo e ele que teve de ver um homem como ele queria ser
surgir e praticar o oposto ao que ele acredita.
Psicologicamente, sem Kal-El, Lex talvez não fosse um vilão, ou talvez fosse um
grande líder de estado (mesmo que sob um regime totalitário). Eu gosto muito do Lex
de “Entre A Foice E O Martelo”, pois ele representa bem esse super-homem
filosófico.
“Ai! Chega o tempo do homem mais desprezível, que não pode mais desprezar a si
mesmo. Olhai! Eu vos mostro o último homem. Que é amor? Que é criação? Que é
anelo? Que é estrela – assim pergunta o último homem, e pestaneja. A terra se tornou
pequena então, e sobre ela saltita o último homem, que torna tudo pequeno. Sua estirpe
é indestrutível, como a pulga; o último homem é o que mais tempo vive. ‘Nós
inventamos a felicidade’ – dizem os últimos homens, e pestanejam. Abandonaram as
regiões onde é duro viver: pois a gente precisa de calor. A gente ama inclusive o vizinho
e se esfrega nele, pois a gente precisa de calor. Adoecer e desconfiar, eles consideram
perigoso: a gente caminha com cuidado. Louco é quem continua tropeçando com pedras
e com homens! Um pouco de veneno de vez em quando: isso produz sonhos agradáveis.
E muito veneno no final, para ter uma morte agradável. A gente continua trabalhando,
pois o trabalho é um entretenimento. Mas evitamos que o entretenimento canse. Já não
nos tornamos nem pobres nem ricos: as duas coisas são demasiado molestas. Quem
ainda quer governar? Quem ainda obedecer? Ambas as coisas são demasiado molestas.”
http://universofantastico.wordpress.com/2008/07/16/ubermensch-super-homem-ou-alem-
do-homem/
http://ofogodavontade.wordpress.com/2009/09/20/a-era-do-ultimo-homem/
http://educaterra.terra.com.br/voltaire/artigos/nietzsche_super_homem.htmhttp://www.we
bartigos.com/articles/21225/1/ASSIM-FALOU-ZARATUSTRA/pagina1.html
http://www.artigonal.com/ficcao-artigos/assim-falava-zaratustra-paideuma-nietzschiano-a-
formacao-do-mestre-1943937.html
http://www.mundodosfilosofos.com.br/nietzsche.htm
http://www.consciencia.org/nietzsche_sentido_da_terraroberto.shtml
http://ghiraldelli.ning.com/profiles/blogs/o-ultimo-homem-no-prologo-de****
O que é o homem?
Breve relato sobre o que é o homem nas visões filosóficas e antropológicas de alguns
autores como Juvenal Arduini, Marilena Chauí e outros.
01/jul/2003
Neuza Rodrigues Vidal
neuza.vidal@bol.com.br
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Desde os tempos mais remotos, quando o homem se espantou com a natureza e com tudo o
que nela existia, incluindo a si próprio, este nunca mais deixou de ser estudado, admirado e
ainda hoje incognoscível. Pois não deixa de ser um mistério, se a humanidade proveio da
divindade; contrapartida não podemos negar a metafísica e explicar tudo pela ciência e o
físico, afastando com isso, a alma.
Na Antropologia Filosófica que surgiu por volta de 1920, com os estudos de Scheler, Plessner e
Gehlen, seu objetivo maior é saber o que é o homem. Para isso ela usa métodos do tipo:
fenomenológico, dedutivo, histórico, e muitos outros. Diz Scheler que o homem possui
espírito, pode amar, admirar, contemplar, enquanto que os outros animais não dispõem de
nada disso. Pois estes contam com o instinto e aquele com a razão; a esta diferença atribui-se
a limitação dos outros animais.
Quem primeiro se inclinou a estudar o homem foi Sócrates, filósofo grego do final do século V
e IV a.C., que dizia “Conhece-te a ti mesmo”. Para Sócrates o homem era alguém que podia
responder com racionalidade a uma indagação racional. Já para seu seguidor e aluno, Platão, o
homem é alma e que, com isso, ele é imortal.
A definição mais comum a se perpetuar por mais tempo foi a de que o homem é um animal
racional, defendida por muitos filósofos importantes de gerações passadas como: Descartes,
Spinoza, Kant, Hegel e outros. Mas muito já mudou, e hoje são muitas as definições que
temos, baseadas em características do homem. Como a de que este é um ser livre (Sartre);
para Gabriel Marcel, um ser problemático; para Luckmann, um ser religioso.
Definições de que o homem é corpo e alma também é muito bem aceita pela humanidade.
Porém, muitos outros têm influenciado o mundo a acreditar que não, como defenderam e
duvidaram os intelectuais Marx e Comte. Estes achavam que a alma seria como um
pensamento (que é resultado das operações mentais). Já Kant supunha que a mente humana
não é competente para falar tanto a respeito da alma. A despeito de tantos estudos e
indagações, o homem é a espécie de animal que apresenta o maior grau de complexidade na
escala evolutiva.
Marx defendia que o homem era um animal essencialmente social. E foi a partir desta visão de
mundo novo que se criaram as regras através da união de pessoas e se instituiu a sociedade.
Aristóteles já o teria definido assim, muito antes. Este mesmo homem num desenvolvimento
real e intenso elabora a ciência, aperfeiçoa a religião e incrementa a arte. E progride
relacionando suas invenções e descobertas, e então passa a viver conforme suas regras pré-
estabelecidas (posições morais que acata ou que segue como um dever, cuja mesma
denominaram de ética); assim, cresce o homem, que se movimentando no tempo e no espaço
faz e refaz a própria história.
O ser humano passou de observador a observado, a partir do século XV e se estendeu até o
final do século XX, ou seja, passou a ser objeto de estudo, tendo sua investigação se dado de
três formas distintas: o humanismo (que não separa o homem da natureza, mas o considera
diferente dos demais seres, por ser racional e livre); o positivismo (que cria a sociologia através
do que Comte diz se chamar de a física social e que se propõe a estudar os fatos humanos
usando procedimentos e métodos empregados pelas ciências da natureza, ou seja, fatos
observáveis); e por último, temos o historicismo, desenvolvido no final do século XIX e início
do século XX, por Dilthey, filósofo e historiador alemão, que insiste na diferença profunda
entre homem e natureza e entre ciências naturais e humanas, onde ele as chama de ciências
do espírito ou da cultura. Com isso assegura a não utilização do método de observação-
experimentação, mas sim, o método da explicação e compreensão do sentido dos fatos
humanos. Fatos humanos esses que ele diz ser histórico ou temporal: surge no tempo e se
transforma no tempo.
O significado de pós-modernidade deverá ser avaliado pelo que está acontecendo ao ser
humano. A identidade do ser humano está em crise; o homem está sendo programado pela
ciência, modificado pela engenharia genética, superado pelo mercado, debilitado pelo
ecologismo e submetido a critérios tecnológicos. De todos os estudos desenvolvidos pelo
homem; o homem ainda é o mais interessante. Tendo vários campos de investigação, como: a
Psicologia, a Sociologia, a Economia, a Antropologia, a História, a Linguística, a Psicanálise e
tantas outras ramificações. Mas, por mais que nos aprofundemos e conhecemos a história de
nós mesmos, estamos sempre a nos perguntar: afinal, quem é o ser humano?
Dá significado ao homem, é, portanto, por demais complexo, pensa-se que é fácil, mas ao
mesmo tempo descobre-se que tão complicado o é, pois é; assim também é o homem. Um
enigma indecifrável, conhecido e estranho, transparente e opaco. Lógico e ilógico. Para
Todorov: “O homem é ser incompletamente determinado, potencialmente bom e
potencialmente mau. Tudo é possível. Nada é certo”. (Todorov apud Arduini, 2002, pág. 9).
Dança entre ser e não-ser. Filósofos existencialistas e estruturalistas opinaram de maneira
distinta da usual; para eles o homem é o que ele mesmo quiser e puder ser. Bem, mas a
verdade, é que o homem parece ser mais do que parece ser. O ser humano é
surpreendentemente imprevisível.