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ALIENAÇÃO PARENTAL
SAMAMBAIA-DF
2019
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RESUMO
O objetivo deste trabalho é demonstrar que a Alienação Parental consiste em uma forma
grave de abuso cometi do contra o menor, que precisa ser prevenida e combatida
com rigor. Pretende também demonstrar as consequências nefastas desta prática, que
atinge todos os envolvidos, mas principalmente os menores que tem seu
desenvolvimento psicológico totalmente prejudicado. Discute algumas questões
referentes à lei nº 12.318/2010, que veio com a importante missão de facilitar a
compreensão e a identificação da Alienação Parental e impor medidas de prevenção
e combate a esta prática. Como fonte utiliza basicamente a pesquisa bibliográfica.
Este estudo mostra -se relevante à medida que esclarece a necessidade de se
reconhecer a Alienação Parental, a fim de possibilitar a adoção de medi das
adequadas quando diante de um caso dessa natureza.
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 4
1 DISSOLUÇÃO DA SOCIEDADE E DO VÍNCULO CONJUGAL ............................ 5
1.1 PRINCÍPIO DO MELHOR INTERESSE DA CRIANÇA ..................................... 06
1.2 GUARDA ................................................................................................................. 07
1.3 COMPARAÇÃO ENTRE A GUARDA UNILATERAL E A COMPARTILHADA
.........................................................................................................................................08
2 ALIENAÇÃO PARENTAL ....................................................................................... 10
2.1 DEFINIÇÃO ............................................................................................................ 10
2.2 DIFERENÇA ENTRE SAP E ALIENAÇÃO PARENTAL ................................... 11
2.3 EFEITOS COMUNS ................................................................................................ 12
3 IDENTIFICAÇÃO DA ALIENAÇÃO PARENTAL .............................................. 13
3.1 FALSA ACUSAÇÃO DE ABUSO SEXUAL ....................................................... 14
3.2 IMPLANTAÇÃO DE FALSAS MEMÓRIAS ....................................................... 14
3.3 DIFERENÇAS ENTRE O REAL E O FALSO ABUSO ....................................... 14
4 MEDIDAS DE PROTEÇÃO E EFETIVIDADE ....................................................15
4.1 MEDIDAS PREVI STAS NA LEI N° 12.318/2010............................................... 15
CONSIDERAÇÕES FINAIS .........................................................................................17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ . ........ 18
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INTRODUÇÃO
sofrimento causado aos filhos é muito maior, pois estes são obrigados a assistir a
guerra travada pelos pais, e mu itas vezes são utilizados por eles para ferir o outro.
A relação entre pais e filhos não pode ser abalada pela separação do casal.
A convivência entre p ai s e filhos tem que permanecer mesmo que estes passe m
a não viver mais sob o mesmo teto.
Para assegurar este e outros direito s dos menores foi adotado pelo ordenamento
jurídico brasileiro o princípio do melhor interesse da criança , que fundamenta-se
essencialmente no artigo 227 da Constituição Brasileira e na Convenção
Internacional dos Direitos da Criança, em seu artigo 3.1. Esse princípio também
está previsto nos artigos 4º e 6º do Estatuto da Criança e do Adolescente .
O princípio do melhor interesse d a criança veio para garantir que prevaleçam
os interesses dos filhos sobre os dos pai s, ou seja, deixa - se de lado a disputa
dos pais, para adotar as medidas que mais beneficiarem a criança. Os filhos deixam
de ser considerados como meros objetos de uma disputa e passam a ser tratado s
como sujeitos de direitos que merecem ter respeitada a sua dignidade e o direito
a convivência familiar.
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1.2 GUARDA
2. ALIENAÇÃO PARENTAL
2.1 DEFINIÇÃO
Como vimos o primeiro a tratar do assunto foi o Doutor Richard Gardner que
a denominou de Síndrome d e Alienação Parental. Essa expressão , porém, tem si
do alvo de muitas críticas quanto a sua utilização.
Em primeiro lugar esclareceremos o significado da palavra Síndrome que é um “
conjunto de sinto mas que se a presentam numa doença e que a caracterizam.” Enquanto
alienar significa “t ornar alheio, alucinar, perturbar, indispor, malquistar, afastar, desviar,
endoidecer, enlouquecer, desvirtuar.”
Portanto , podemos concluir que a expressão Síndrome da Ali enação Parental
corresponde ao conjunto d e sintomas (sequelas) apresentados pelos filhos submetidos
à prática da Alienação Parental. Enquanto que Alienação Parental são os ato s
praticados pelo alienador, com a finalidade de promover o afastamento dos filho s
com o outro genitor.
Ressaltamos que essa síndrome não consta nem no CID -10 (Classificação
Internacional de Doenças) nem no DS M-IV (Manual Diagnóstico e Estatístico de
Doenças Mentais).
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Reconhecer uma situação de Ali enação Parental não é uma tarefa fácil , e
pode ser necessário o auxílio de uma equipe de profissionais como psicólogo,
psiquiatra, assistente social. Esses analisarão todos os envolvidos no caso para
verificar a veracidade das informações.
Como já citamos anteriormente a nova lei trouxe algumas diretrizes para
facilitar essa identificação quando, além de defini -la , citou alguns exemplos de
hipóteses de ocorrência da Alienação Parental, que, no geral, dizem respeito ao
comportamento do alienador. Portanto, podemos conclui r que o melhor modo de
identificar a presença deste fenômeno é através da análise do padrão de
comportamento do alienador.
Não é possível relacionar todas as condutas que o alienador pode adotar , mas
algumas delas são bem conheci das: apresentar o novo cônjuge como novo pai ou
nova mãe; interceptar cartas, e -mails, telefonemas, recados, pacotes destinados aos
filho s; desvalorizar o outro cônjuge per ante terceiros; desqualifica r o outro cônjuge
para os filhos; recusar informações em relação aos filhos (escola , passeios,
aniversários, festas etc.); falar d e modo descortês sobre o novo cônjuge do outro
genitor; impedir a visitação; “esquecer” de transmitir avisos importantes /
compromissos ( médicos, escolares etc.); envolver pessoas na lavagem emocional
dos filhos; tomar decisões importantes sobre os filhos sem consultar o outro;
trocar nomes (atos falhos) ou sobrenomes; impedir o outro cônjuge de receber
informações sobre os filhos; sair de férias e deixar os filhos com outras pessoas;
alegar que o outro cônjuge não tem disponibilidade para os filhos; falar da s
roupas que o outro cônjuge comprou para os filhos ou proibi-los de usá-las; ameaçar
punir os filhos caso eles tentem se aproximar do outro cônjuge; culpar o outro
cônjuge pelo comportamento dos filhos; ocupar os filhos no horário destinado a
ficarem com o outro. Além disso, o alienador também pode utilizar -se de falsas
denúncias de abuso físico , emocional ou sexual.
Também é possível identificar a ocorrência de Ali enação Parental através do
comportamento dos filhos que tornam-se mais agressivos e passam a evitar o
contato com o genitor alienado, utilizando par a isso desculpas bobas. É comum
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Da mesma maneira que um genitor acusa o outro de ter cometido abuso sexual
contra o filho, o outro genitor defende -se acusando aquele de estar utilizando uma
falsa acusação de abuso com a intenção de separá-lo do filho, constituindo ato de
Alienação Parental.
Diferenciar um caso de abuso sexual de um caso de Alienação Parental é
uma tarefa muito difícil. Em primeiro lugar é preciso muito cuidado para colher
o depoimento do menor, o que somente deve ser feito por u m profissional
habilitado e com experiência nesse tipo de caso e com o emprego de técnicas
adequadas, tomando o máximo de cuidado para não induzi-lo a respostas que não são
suas.
Ao longo do tempo, e com o aumento do número desses casos, alguma s
pessoas ligadas à área, conseguiram identificar algumas características que
distinguem u m caso do outro, passaremos então a apresentá-las.
Segundo Richard Gardner, quando se trata de um caso de abuso o menor
lembra-se facilmente do ocorrido , transmitindo informações detalhadas, no caso
de alienação “a criança necessita d e ajuda para “recordar -se ” dos acontecimentos.”
Além disso, na falsa acusação as informações presta da s “carecem de detalhes
e são contraditórios entre os ir mãos.” Quanto ao in ter rogatório, quando é feito
sem a presença do alienador “os filhos dão versões diferentes. Quando interrogados
juntos, se constatam mais olhares entre ele s do que em víti ma s de abuso.”
Outras características diferenciadoras foram publicadas por Manoel Jose Aguilar
, que ressalta que crianças abusadas costumam apresentar conhecimentos sexuais
impróprios para sua idade, como ereção, ejaculação, sabor do sêmen , além disso ,
elas passam a desenvolver condutas voltadas ao sexo como , por exemplo, sedução
e masturbação excessiva, no caso das falsas acusações as crianças não possuem
tal conhecimento nem atitudes. Crianças abusadas sexualmente também costuma m
apresentar indicadores físicos como lesões ou infecções, transtornos funcionais, como
alterações n o sono ou alimentação, atrasos educativos e ainda alterações no padrão
d e interação, como, por exemplo , isolamento social e agressividade.
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A lei n° 12.318, em seu artigo 4°, prevê que quando forem declarados
indícios da prática de Alienação Parental, surge imediatamente a necessidade de o
juiz adotar medidas de cautela a fim de proteger o menor e assegurar seu direito
de convivência familiar .
Determina também que o processo tenha tramitação prioritária, para evitar
que a demora na apuração das a legações acabe por piorar a situação de afastamento
entre filhos e pais.
Entre essas medidas de cautela podemos citar a visita monitorada, que é um
instrumento útil para garantir direito mínimo de visitação, principalmente e m casos
de denúncia de abuso físico ou sexual.
Quando caracterizada a Alienação Parental, a lei determina a adoção de
medidas de proteção direta, que estão elencadas no ar ti go 6° da lei. Cabe ressaltar
que trata-se de rol mera mente exemplificativo, cabendo a aplicação de outras
medidas além das que foram citadas .
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É importante também frisar que essas medi das não tem a intenção de punir
o alienador, mas sim de proteger a criança e o adolescente . Isso pode ser verificado no
inciso IV, deste mesmo artigo, que abre a possibilidade de acompanhamento
psicológico e /ou biopsicossocial par a qualquer um dos envolvidos e não somente
à criança. O que reforça a ideia de que a lei pretende possibilitar a reaproximação
da família e não seu afastamento.
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CONSIDERAÇÕES FINAIS
DIAS, Maria Berenice . Alienação Parental: uma nova l ei para um velho problema!
? IBDFAM – Instituto de direito de Família. 30/08/2010. Disponível em:
http://www.i bdfam.org.br /?artigos&artigo =669. Acesso em: 31/11/2 010.