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PROFª VALDÊNIA PORTO

IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS


POR QUE ESTUDAR
IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS?
Propriedades de alguns materiais
são influenciadas pela presença
de imperfeições.
Ex: Ag+Cu e Ag puro.

Assim, é importante conhecer os


tipos de imperfeições e como
estes afetam o comportamento
dos materiais
IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS
• Os defeitos afetam:

O comportamento dos semicondutores;


A ductilidade dos metais;
A resistência mecânica das ligas e etc.
É possível, através da introdução de
defeitos/impurezas, do controle do número e do
arranjamento destes defeitos “desenhar” e criar
novos materiais com a combinação desejada de
propriedades.
IMPERFEIÇÕES NOS SÓLIDOS

• A impureza nos sólidos podem ser:

DESEJÁVEIS INDESEJÁVEIS

Latão – custo No próprio latão menor


condutividade elétrica.
menor; SiO2 em Al2O3 – Menor
maior dureza TF
TIPOS DE IMPERFEIÇÕES

DEFEITOS Associados a uma ou duas


PONTUAIS posições atômicas

DEFEITOS Associados a uma


LINEARES dimensão
DEFEITOS
PLANOS OU Contornos bidimensionais
INTERFACIAIS

DEFEITOS
VOLUMÉTRICOS
Associados a 3 dimensões
DEFEITOS
Podem envolver uma irregularidade:

• na posição dos átomos

• no tipo de átomos

O tipo e o número de defeitos dependem do


material, do meio ambiente e das circunstâncias
sob as quais o cristal é processado.
DEFEITOS PONTUAIS

 Vacâncias, lacunas ou vazios

 Átomos Intersticiais

 Schottky
Ocorrem em sólidos iônicos
 Frenkel
VACÂNCIAS, LACUNAS OU VAZIOS
 Envolve a falta de um átomo;
 São formados durante a solidificação do cristal
ou como resultado das vibrações atômicas (os
átomos deslocam-se de suas posições normais)
VACÂNCIAS, LACUNAS OU VAZIOS
 São essenciais em processos de difusão;
 Quantidade aumenta exponencialmente
com a temperatura.

Nv = número de lacunas por cm3


N = número de átomos por cm3
Qv = energia requerida para produzir um mol de
lacunas , em cal/mol ou J/mol
K = constante de Boltzman = 1,38x1023J/at.K ou
8,62x105 eV/ at.K
T = temperatura em K
VACÂNCIAS, LACUNAS OU VAZIOS

Ql
( )
N1V  N e kT

NA = número de
Avogadro (6,023 x 1023
átomos/mol)
 = densidade ou massa
NA  específica (g/cm3)
N
A A = massa atômica
(g/mol)
EXEMPLO
Calcule a fração dos sítios atômicos que estão
vagos para o Chumbo na sua temperatura de fusão
(327 0C), considerando que a energia para
formação de vacâncias seja 0,55 eV/átomo.
EXERCÍCIO
Calcule o número de vacâncias por metro cúbico do
Ferro a 850 0C. Considere que a energia de formação
de vacâncias é de 1,08 eV/átomo, a densidade do Fe
é 7,65 g/cm3 e seu peso atômico 55,85 g/mol.
RESPOSTA
INTERSTICIAIS
 Envolve um átomo extra no interstício (do próprio cristal)
 Produz uma distorção no reticulado, já que o átomo geralmente é
maior que o espaço do interstício
 A formação de um defeito intersticial implica na criação de
uma vacância, por isso este defeito é menos provável que uma
vacância
DEFEITOS FRENKEL
• Ocorre nos materiais cerâmicos
(sólidos iônicos).

• Quando um íon sai da sua


posição normal e vai para um
interstício.

• A eletroneutralidade é mantida,
assim, os defeitos não ocorrem
sozinhos.

Lacuna de cátion e cátion intersticial.


DEFEITOS SCHOTTKY
• Ocorre nos materiais cerâmicos
(sólidos iônicos).

• Composto por uma lacuna de


um cátion e uma de um ânion.

São vacâncias encontradas em compostos


envolvendo a falta de um par de íons de
cargas opostas, onde o balanço de cargas é
mantido.

• A razão entre o número de


cátions e o de ânions é mantida.
IMPUREZAS NOS SÓLIDOS
• Metais com pureza da ordem de 99,9999% 1022 a 1023 átomos de
impureza por m3;
• Metais mais usuais não são puros LIGAS !!!
• Exemplo:

A prata de lei (92,5% de prata + 7,5% de cobre) é muito


mais dura e ainda resistente à corrosão do que a prata pura.

• Adição de átomos de impureza em um metal SOLUÇÃO SÓLIDA

Solvente Soluto
Elemento ou Elemento ou
composto em maior composto em menor
quantidade quantidade
IMPUREZAS PODEM SER ADICIONADAS
INTENCIONALMENTE
IMPUREZAS NOS SÓLIDOS
SOLUÇÕES SÓLIDA
Ocorre quando os átomos de impureza (soluto) são adicionados ao material
hospedeiro (solvente) sem que ocorra a destruição da estrutura cristalina
Solubilidade x solução sólida
• Limite de solubilidade: é a
concentração máxima de átomos de soluto que
pode dissolver-se no solvente, a uma dada
temperatura, para formar uma solução sólida;

Solução sólida

Soluto Solvente
Átomos Rede
dissolvidos cristalina
TIPOS DE SOLUÇÕES SÓLIDAS

Solução sólida

Substitucionais Intersticiais

Os átomos do soluto Os átomos do soluto


(impurezas) podem (impurezas) ocupam
substituir os átomos do os espaços entre
solvente na rede os átomos de
cristalina. solvente.
SOLUÇÃO SÓLIDA SUBSTITUCIONAL

Para que haja total miscibilidade entre dois metais, é preciso


que eles satisfaçam as seguintes condições :

1. Seus raios atômicos não difiram de mais de 15%


2. Tenham a mesma estrutura cristalina
3. Tenham eletronegatividades similares
4. Tenham as valências o mais próximas possível
SOLUÇÃO SÓLIDA SUBSTITUCIONAL

Obedecem as 4 regras !!!!

No Monel (Cu + Ni)

Os átomos de Ni substituem os átomos de Cu na rede cfc de 0% -


100%.
Ni age como soluto dissolvendo-se no solvente que é o cobre.

RCu = 0,128 nm e RNi = 0,125 nm


Ambos possuem estrutura CFC
Eletronegatividades = 1,9 (Cu) e 1,8 (Ni)
Valências = +1 e as vezes +2 (Cu) e +2
(Ni)
SOLUÇÃO SÓLIDA INTERSTICIAL
• É necessário que o raio do
átomo da impureza seja bem
menor que o raio do átomo
hospedeiro.

• Quanto maior for o “FEA” menor


será o tamanho do interstício.

•A concentração máxima
permitida de impurezas
intersticiais é baixa em torno de
10%.
SOLUÇÃO SÓLIDA INTERSTICIAL
Nos Aços (Fe + C):

A concentração máxima de C é de  2%

 RC = 0,071 nm e RFe = 0,124 nm

SSS em cerâmicas

Solução sólida aleatória de NiO em MgO.

 A substituição ocorre entre Ni2+ e Mg2+.


 O arranjo do O2- não é afetado.
DEFEITOS LINEARES: DISCORDÂNCIAS

 É um defeito linear ou unidimensional em torno


do qual alguns átomos estão desalinhados.

 A presença deste defeito é responsável pela


deformação, falha e rompimento dos materiais.

 A quantidade e o movimento das discordâncias


podem ser controlados pelo grau de deformação
e/ou por tratamentos térmicos.
DEFEITOS LINEARES: DISCORDÂNCIAS

Aresta ou cunha

Discordâncias
Espiral ou hélice
(Defeitos lineares)

Mista  aresta + espiral


DISCORDÂNCIA ARESTA OU LINHA
• Envolve um plano extra de átomos.
DISCORDÂNCIA ARESTA OU LINHA

Nesta região, os átomos


são pressionados uns
contra os outros.
Compressão
Linha de discordância
Tração
Nesta região, os átomos
são puxados um para
longe do outro.

 - quando o semiplano adicional está localizado na fração


superior do cristal.
T - quando o semiplano adicional está localizado na fração
inferior do cristal.
DISCORDÂNCIA ARESTA OU LINHA
DISCORDÂNCIA ESPIRAL OU HÉLICE

• Formada por uma tensão cisalhante.

• A região da esquerda
do cristal é deslocada a
uma distância atômica
para cima em relação à
fração da direita.
DISCORDÂNCIA MISTA

•São caracterizadas por uma mescla entre as discordâncias


em aresta e espiral.
•A maioria das discordâncias nos materiais cristalinos são
mistas.
VETOR DE BURGER
 Dá a magnitude e a direção de distorção da rede
 Corresponde à distância de deslocamento dos átomos ao redor da
discordância
DEFEITOS VISTO EM MICROSCÓPIO
ELETRÔNICO DE TRANSMISSÃO
DEFEITOS LINEARES

 São originadas durante a solidificação dos materiais


cristalinos, por deformação ou como uma conseqüência
das tensões térmicas que resultam de um resfriamento
rápido .

 A presença deste defeito é responsável pela deformação


plástica dos metais.

Importante!!!!
DEFEITOS INTERFACIAIS
• Envolvem fronteiras ou contornos e normalmente
separam as regiões dos materiais que possuem diferentes
estruturas cristalinas.

Superfícies externas
Contornos de grão

Interfaciais Contornos de macla

Falhas de empilhamento
Contornos de fases
INTERFACIAIS: SUPERFÍCIES EXTERNAS

• É a superfície na qual a estrutura do cristal


termina.
• Os átomos nesta superfície estão em um maior
estado de energia. Assim, os materiais tendem a
minimizar essa energia através da redução da
área total da superfície.

• Exemplo: líquidos  gotículas esféricas.

Com os sólidos não é possível, pois estes são


mecanicamente rígidos.
INTERFACIAIS: SUPERFÍCIES EXTERNAS

Superfície  é a fronteira mais óbvia.


Os átomos na superfície não são completamente
comparáveis aos do interior do cristal, pois os
átomos superficiais possuem vizinhos apenas de um
lado, portanto, apresentam energia mais alta que os
átomos do interior.
INTERFACIAIS: CORTORNOS DE GRÃO

• Estão presentes em materiais policristalinos e


corresponde à região (ou contorno) que separa dois ou
mais cristais de orientações diferentes.
INTERFACIAIS: CORTORNOS DE GRÃO
Nos materiais metálicos...
... formam-se durante a solidificação, quando os cristais,
gerados a partir de diferentes núcleos, crescem
simultaneamente e se encontram.
A forma dos
limites de grão
é determinada
pelas restrições
impostas pelo
crescimento
dos grãos
vizinhos.

Limitam a
deformação
plástica.
GRÃOS VISTOS NO MICROSCÓPIO ÓTICO

O tamanho de grão influi nas


propriedades dos materiais
TÉCNICAS DE MICROSCOPIA

Microscopia ótica

 Utilizado para estudar a microestrutura;

 Os contrastes na imagem produzida resultam


das diferenças na refletividade das várias
regiões da microestrutura.

As superfícies devem ser:


• lixadas;
• polidas;
• atacadas quimicamente
MICROSCOPIA
 Monocristal: Material com apenas uma orientação cristalina, ou
seja, que contém apenas um grão.

 Policristal: Material com mais de uma orientação cristalina, ou


seja, que contém vários grãos.

LINGOTE DE ALUMÍNIO
POLICRISTALINO (grãos com
dimensões macroscópicas)
INTERFACIAIS: CORTORNOS DE MACLA

•É um tipo especial de contorno de grão


•Os átomos de um lado do contorno são
imagens especulares dos átomos do outro
lado do contorno
•Ocorre num plano definido e numa direção
específica, dependendo da estrutura cristalina
INTERFACIAIS: CORTORNOS DE MACLA

As maclas constituem um outro tipo de defeito de


superfície e podem surgir a partir de tensões térmicas ou
mecânicas. Tal defeito de superfície ocorre quando parte da
rede cristalina é deformada, de modo que a mesma forme
uma imagem especular da parte não deformada.
IMPERFEIÇÕES VOLUMÉTRICAS
•São normalmente introduzidos durante as etapas de
processamento e fabricação.

INCLUSÕES Impurezas estranha

PRECIPITADOS
são aglomerados de partículas cuja
composição difere da matriz

POROSIDADE
origina-se devido a presença ou
formação de gases

devido à presença de impurezas


FASES (ocorre quando o limite de
solubilidade é ultrapassado).
IMPERFEIÇÕES VOLUMÉTRICAS
EXERCÍCIOS
1. O que é um defeito cristalino?
2. Além da classificação em relação às dimensões que ocupam, os
defeitos podem ser categorizados como intrínsecos e ·extrínsecos
explique por quê.
3. Descreva e ilustre os seguintes defeitos que podem aparecer em
cristais iônicos a) defeito de Schottky e b) defeito de Frenkel .
4. Por que os defeitos são importantes na determinação de algumas
propriedades físicas e mecânicas? Cite alguns exemplos.
5. Descreva e ilustre as discordâncias em linha, cunha ou aresta) e em
hélice, espiral (ou parafuso).
6. Qual a influência das discordâncias nas propriedades mecânicas dos
metais?
7. Descreva a estrutura de um limite de grão e diga por que são favoráveis
para a nucleação e crescimento de precipitados.
8. Defina vetor de Burgers.
9. A presença de impurezas ou a adição de elementos de liga diminui o
número de lacunas em um material metálico? Justifique sua resposta.

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