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CONAEND&IEV2016 - 064

Uso de ondas SH para inspeção de defeitos subsuperficiais em aços cladeados.

Allan R. P Dias¹, Thomas G. R. Clarke¹, Channa Nageswaran³

Copyright 2016, ABENDI, PROMAI.


Trabalho apresentado durante o XXXIV – Congresso Nacional de Ensaios Não
Destrutivos e Inspeção.
19ª IEV – Conferencia Internacional sobre Evaluación de Integridad y Extensión de
Vida de Equipos Industriales.
As informações e opiniões contidas neste trabalho são de exclusiva responsabilidade
do(s) autor(es).

Resumo

O recente aumento do volume de produção de derivados do petróleo tem alavancado o


emprego de materiais resistentes à corrosão na construção de equipamentos para transporte de
fluídos. Com isso, aços cladeados com ligas resistentes à corrosão (CRA) tem sido
crescentemente utilizados; aliando a resistência mecânica do aço carbono e excelente
resistência à corrosão ao baixo custo quando comparados à tubos construídos com CRA
sólidos. Contudo, esses materiais ainda representam um desasfio para a inspeção por ensaios
não destrutivos (END). Além da dificuldade de acesso à regiao dos defeitos, como no caso de
tubos, a macroestrutura de grãos colunares, associada à constituição de materiais em camadas,
que causam o desvio e atenuação do feixe sônico de métodos ultrassônicos convencionais.
Tais inconvenientes deixam em aberto a possibilidade da geração de ondas horizontalmente
polarizadas transduzidas por Transdutores Eletromagnéticos Acústicos (EMAT). EMATs são
transdutores de ultrassom que, em contraste aos cristais piezoelétricos, a perturbação do
material se dá através da geração de forças eletromagnéticas através da interação de um
campo magnético constante com correntes parasitas induzidas sob a superfície da peça. Com
isso, o feixe sônico é gerado logo abaixo da profundidade de pele do material. Além disso,
EMATs são a única ferramenta capaz de gerar ondas SH de forma eficiente. Sendo assim,
neste trabalho é feito um estudo da viabilidade do uso de EMATs para a geração de ondas SH
para a inspeção de defeitos subsuperfícias em materiais cladeados com Inconel 625. Para
tanto, construiu-se corpos de prova planos de aços cladeados com trincas de fadiga
localizadas na interface entre materiais. Visando o planejamento da inspeção, utilizou-se das
curvas de dispersão para o material para a seleção de modos utilizados na inspeção. Através
de trabalho é possível buscar directivas para a criação de uma ferramenta e método de
inspeção de tubos dessa natureza.

__________________
1
Me. Em Engenharia de Materiais – PPGEM/UFRGS.
2
Professor – Departamento de Metalurgia – DEMET/UFRGS.
3
Pesquisador – The Welding Institute (TWI).
1. Introdução

Equipamentos em aço carbono C-Mn, por muitos anos, foram a base para transporte e
armazenamento de fluídos industriais. Porém, esses materiais tem o inconveniente de sofrem
por corrosão. Com isso, diversas alternativas foram testadas ao longo do tempo; desde o uso
de inibidores químicos de corrosão, peças sólidas construídas com ligas resistentes á corrosão
(CRA) entre outras. Contudo, essas alternativas demonstraram-se inviáveis, uma vez que, no
caso das primeiras, contaminavam o produto e o meio-ambiente, enquanto a outra apresentava
elevado custo, visto que ligas CRA não apresentam a mesma performance em resistência
mecânica que o aço C-Mn. Com isso, a indústria encontrou nos aços C-Mn cladeados com
CRA a alternativa de baixo custo para esse fim. Uma vez que utilizam apenas uma camada de
poucos milímetros de liga CRA, eles aliam a resistência mecânica do aço carbono ás
propriedades anticorrosivas do CRA (BAI e BAI, 2005).

Nesses materiais, o revestimento é aplicado em camadas por métodos semelhantes aos


de soldagem – TIG, Plasma, etc – que tem por finalidade emparelhar alguma propriedade de
interesse do substrato. Como consequência disso, o revestimento estará completamente ligado
ao substrato, apresentando superfície bruta de fusão ou polida; dependendo da destinação final
do produto (J.R. DAVIS, DAVIS & ASSOCIATES, 1994). Ainda, em razão dos
procedimentos empregados para aplicação do revestimento, ele será composto de grãos
austeníticos colunares verticalmente orientados, como representado na Figura 1 (DIAS,
NAGESWARAN e CLARKE, 2015).

Na imagem, uma análise de EBSD de um aço cladeado de SAE304, fica evidente a


constituição do revestimento em grãos refinados de ferrita na base do revestimento que logo
mudam para e grãos austeníticos colunares orientados na direção de extração do calor. Com
tal anisotropia cristalina, as constantes elásticas do material do revestimento serão
severamente alteradas, as constantes elásticas serão também alteradas, fazendo com que o
material exiba comportamento transversalmente isotrópico.

Essas características dos revestimentos cladeados fazem com que sua inspeção por
NDT ainda seja um desafio, pois a interação do feixe sônico com a microestrutura do material
tende a defletir e atenuar o feixe. Esses fenômenos de atenuação e deflexão são especialmente
críticos para ondas compressivas (P) e ondas transversais verticais (SV), tipicamente
empregadas na inspeção por métodos ultrassônicos, devido ao acoplamento de sua
componente vertical de deslocamento com as constantes elásticas do material orientadas nessa
direção. Contudo, pelo mesmo motivo, as ondas transversais horizontalmente polarizadas
(SH) sofrem menor influência que as demais, fazendo com que sejam potenciais candidatas
para a inspeção desses materiais. Todavia, em virtude do baixo coeficiente de Poisson de
fluidos, ondas SH não propagam em meios fluídos como ar, ou acoplantes, transdutores com
piezelétricos não geram ondas SH eficientemente (HUDGELL, 1994).

Nesse cenário, inserem-se os transdutores eletromagnéticos acústicos (EMAT), pois,


através do uso de transdutores adequados, possibilitam a geração de ondas SH, tanto como
ondas volumétricas quanto ondas guiadas. Outra característica interessante para a inspeção de
revestimentos cladeados é a capacidade de geração sem necessidade de contato com a
superfície da peça.
Figura 1 - Análise de EBSD de um revestimento cladeado de aço SAE 304 (DIAS,
NAGESWARAN e CLARKE, 2015).

Em um EMAT, o processo de transdução ocorre pela interação de forças


eletromagnéticas com a peça. O arranjo composto por um imã permanente montado sobre um
fio com corrente elétrica gerará forças de Lorentz de acordo com o produto vetorial entre o
vetor indução magnética e corrente elétrica. Quando esse arranjo é colocado sobre uma peça
condutora, as correntes parasitas geradas abaixo da superfície do material e, como
consequência, haverá a perturbação da rede cristalina do material. Quando o fio é percorrido
por corrente alternada de alta frequência, ocorrerão vibrações no retículo cristalino na mesma
frequência da excitação da corrente. A orientação relativa entra direção da corrente elétrica e
campo magnético determinarão a orientação da vibração da rede.

Para o caso da geração de ondas planas SH, faz-se necessária o cumprimento da


condição de periodicidade com EMATs, seja pela aplicação de um campo tangencial paralelo
à direção da corrente aplicada na bobina, ou seja, por um campo magnético normal,
perpendicular à bobina com polarização alternada. Essa condição garante que será produzida à
tensão na superfície necessária para a geração da vibração da estrutura cristalina do material.
Aqui, o trabalho será limitado á descrição da dinâmica de transdução de EMATs de imãs
periódicos, PPM-EMAT (HIRAO e OGI, 2003).

Transdutores de imãs periódicos são construídos com uma bobina de alta frequência
montada abaixo de um arranjo de imãs com polaridade alternada em relação ao próximo. Esse
arranjo garante que as forças de Lorentz sejam orientadas tangencialmente á superfície do
material, gerando ondas elásticas no material com comprimento de onda (λ) igual à distância
entre os centros de cada par de imãs. Como a indução de forças de Lorentz é dependente da
corrente elétrica passante no fio e, essa varia alternadamente à uma frequência 𝑓, o vetor 𝐹⃗
será defletido de acordo com a frequência através da relação da Eq. 1. Uma consequência
dessa interdependência faz com que EMATs periódicos sejam hábeis à geração de ondas SH
planas com o ângulo de entrada do feixe controlável através do controle adequado da
frequência do sinal. Para um melhor entendimento do fenômeno associado à transdução, um
PPM-EMAT encontra-se representado na parte a da Figura 2, enquanto seu mecanismo de
transdução é descrito na parte b.

𝑐
sin 𝜃 = ± (1)
𝑓𝜆

Onde θ representa o ângulo de incidência; c é a velocidade do som no meio, f é o


comprimento de onda (distância entre 2 imãs adjacentes) (THOMPSON, 1990).

S N Imãs S N

Bobina N S Superfície N S
. . . . Correntes . . .
x x x x x x
parasitas
x x x x ....
Forças de
Lorentz

a) b) S-wave P-waveS-wave

Figura 2 - EMAT de imãs permanentes para geração de onda SH por forças de


Lorentz. a) representação do funcinoamento do transdutor e, em b), Mecanismo de transdução
por forças de Lorentz (HIRAO e OGI, 2003).

Considerando um sólido com superfícies livres, quando as ondas SH são geradas sobre
um sólido, sua propagarão ocorrerá na guia de onda através de reflexões nas superfícies
superior e inferior, incidindo com o ângulo de geração determinado pela 𝑓. Porém se verifica
o fenômeno de atenuação da onda no caso desse sólido ser constituído por camadas em
virtude da diferença de densidade dos meios que faz com que, quando há interação do feixe
sônico com essa interface, ocorra à geração de ondas interfaciais que propagam junto à ela
durante a propagação. Essa dissipação de energia atuará de forma sinérgica ao espalhamento
da energia pela incidência com os contornos de grãos colunares. Ainda, a determinação
correta do ângulo de incidência do feixe no material garante a completa ausência da
componente longitudinal da onda que poderia gerar modos de vibração espúrios no material
(AULD, 1973).

Com com base nessas informações, buscou-se a correta seleção de parâmetros para o
uso de transdutores PPM-EMAT para a geração de ondas SH visando a inspeção de defeitos
subsuperficiais – como trincas de fadiga, ou defeitos de soldagem – em aços cladeados com
Inconel 625® em substrato de aço X65. Esse trabalho refere-se a primeira etapa de um
trabalho maior que visa a aplicação do método para a inspeção de tubos desse material. Sendo
assim, todos os experimentos e estudos realizados visam o entendimento da técnica e a
verificação da influência dos parâmetros de ajuste na inspeção.
2. Materiais e Métodos

Inicialmente, foi realizado um estudo analítico das curvas de dispersão e forma dos
modos de propagação no interior do material com o software Disperse® visando a seleção do
modo de propagação não dispersivo SH0 no material, bem como a verificação da faixa de
frequências que geraria ondas interfaciais no material. Para esse estudo, foram usadas
constantes elásticas do material como apresentado na Tabela 1.

Tabela 1 - Propriedade dos materiais estudados.

Propriedade Grandeza

Material Inconel 625 Aço X65

Módulo de elasticidade 207 GPa 200 GPa

Densidade 8440 kg/m³ 7800 kg/m³

Construiu-se corpos de prova planos em aço X65, de 15mm de espessura, revestido


com Inconel 625 aplicado por GTAW em três camadas, resultando em um corpo de prova de
18mm de espessura, soldadas à uma camada do mesmo material como laminado. Após o
processo de cladeamento, foram inseridos defeitos reais de fadiga na interface entre os três
materiais com tamanhos distintos. Assim, a detecção dos defeitos foi realizada por reflexão
direta com a transmissão da onda na região com o revestimento cladeado em direção à
interface. No diagrama da Figura 3, é possível visualizar a configuração empregada e a
localização dos defeitos inseridos. Com a intenção de simular a condição mais próxima da
encontrada em campo, a superíficie da camada cladeada foi mantida em sua condição original.
Ainda sobre a inspeção, as informações detectadas foram gravadas com o auxílio de um
encoder.

As amostras foram inspecionadas com um equipamento portátil da Innerspec de 8 kW


e pulsos de 1200 V com sensores de PPM-EMAT de 6 pares de imãs e comprimento de onda
de 6.35mm.

Com isso, foi necessária a seleção correta dos parâmetros de trabalho a fim de gerar-se
apenas o modo fundamental SH0 no material. Assim, partiu-se de um estudo das curvas de
dispersão para o material através do software DISPERSE que as calculou através do método
da matriz global que leva em conta as equações parciais em cada camada da guia de onda.
Contudo, é necessário determinar-se o espectro de frequência da fonte emissora durante a
excitação da onda. As curvas de dispersão da onda SH foram computadas considerando um
material composto de duas camadas; sendo a guia de onda composta por uma camada de
material transversalmente isotrópica, com a camada referente ao aço carbono composto por
um material isotrópico infinito. Ainda, as camadas de material foram consideradas
perfeitamente ligadas.

600 mm

Inconel 625 laminado

300 mm
150mm

Inconel 625 cladeado


R

API X65

0.75 mm 1.5 mm 1.5 mm


70% remanescente 60% remanescente 40% remanescente

Figura 3 - Esquema dos corpos de prova e configuração de inspeção por EMAT.

Para tanto, o transdutor foi alimentado com um sinal senoidal do tipo tone-burst com
10 ciclos, determinados com base na largura de banda do envelope do sinal apresentado na
Figura 4. O sinal de 10 ciclos empregado, sobreposto com a curva representativa do
transdutor com as características citadas resultou no ponto de excitação apresentado
sobreposto ás curvas de dispersão na Figura 5. O ponto de excitação de onda é a região
delimitada entre as retas pontilhadas com máxima intensidade sob a linha diagonal central.

500
450
400
350
Frequência [kHz]

300
250
200
150
100
50
0
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
Número de ciclos

Figura 4 – Dependência da largura de banda de frequência com o número de ciclos de


uma Toneburst.
10.0 0.5

0.6

8.0 0.7
Vph (m/ms)

0.8

6.0 0.9

4.0 1.1

1.2

2.0 1.3

1.4

1.5
0.0
0.0
200 400
0.5
600 800 1000
1.0
1200 1400
1.5
Frequência (MHz)

Figura 5 - Curvas de dispersão da onda SH na estrutura estudada, sobrepostas com o


espectro de frequência da fonte emissora.

A configuração empregada no equipamento gerou um feixe sônico de ondas SH com


energia acompanhando a superfície do material determinado pela relação da Equação 1. Esse
padrão de feixe é apresentado na Figura 6.

Propagação horizontal [mm]


Profundidade [mm]

Figura 6 - Padrão de incidência do feixe para o PPM-EMAT com λ=6.35mm de


acordo com a Eq. 1.

Com base nos ajustes determinados, os corpos de prova da Figura 3 foram


inspecionados e os resultados apresentados abaixo.
3. Resultados

Através do procedimento e configuração descritos na sessão anterior, foi possível


executar a varredura da região da interface entre os materiais, obtendo-se o mapa em B-scan
da Figura 7. Nessa imagem, é possível ver as indicações de defeitos após o sinal de recepção
direta do receptor. Com essa varredura foi possível detectar-se os três defeitos, sendo que os
dois maiores com perfeita clareza, enquanto o menor – de 0,5 mm – menos evidente. Ainda, é
possível verificar no extremo oposto da imagem, em 150 µs, as reflexões da borda oposta da
peça.

Figura 7 - Sinal detectado no formato B-scan do material cladeado.

Para a melhor compreensão dos resultados medidos, são apresentados em detalhes os


A-scan dos defeitos sobrepostos a um de uma região sem falha na Figura 8.

Figura 8 - Sobreposição dos A-scan de cada defeito.

Como evidenciado no B-scan, o primeiro sinal é referente à transmissão direta da onda


enquanto as indicações próximas à 50µs referem-se à indicação das falhas na peça. Contudo,
ainda é possível verificar a presença de outros modos de vibração, possivelmente SH1 para os
defeitos de 1,0 mm e 1,5mm, referidos pelas linhas amarela e preta no gráfico, essa conversão
de modo é resultado da variação na espessura da peça devido à presença dos defeitos. Quanto
ao menor defeito, ainda é possível ver uma indicação clara no A-scan, porém sua detecção
ficou prejudicada por uma falta de acoplamento do receptor com a superfície do material.
Essa perda no acoplamento fica evidenciada pela redução da amplitude do sinal na
transmissão direta. O afastamento excessivo do receptor à superfície deve-se à imperfeições
grosseiras na superfície do material. Contudo, a amplitude pode ser corrigida facilmente
através do ajuste no ganho do equipamento.

4. Conclusões

Com base no procedimento de inspeção descrito e resultados da varredura, é possível


afirmar que EMATs são capazes de detectar defeitos subsuperficiais em estruturas cladeadas.
Contudo, mais estudo será necessário a fim de estimar-se a capacidade da técnica para a
detecção dos mesmos defeitos pela superfície externa do material. Concomitante a isso, foi
possível verificar que, mesmo com acoplamento deficitário, a técnica foi capaz de detectar
defeitos de fadiga com até 80% de seção remanescente.

Contudo, acredita-se que com o uso de um equipamento customizado e de técnicas


mais elaboradas de tratamento de sinal, seja possível a detecção de defeitos ainda menores.
5. Referências

AULD, B. D. Acoustic Fields and Wave in Solids. Stanford, CA: Wiley & Sons, v.
II, 1973. ISBN ISBN: 0-471-03701-x.

BAI, Y.; BAI, Q. Subsea Pipelines and Risers. [S.l.]: Elsevier, 2005.

DIAS, A. R.; NAGESWARAN, C.; CLARKE, T. G. EMAT Capabilities for Stress


Corrosion Crack inspection in Weld Overlay Cladding using Guided Waves. NDT 2015 -
54th Annual Conference. Telford: BINDT. 2015.

HIRAO, M.; OGI, H. EMATs for Science and Industry, Noncontacting Ultrasonic
Measurements. [S.l.]: Springer, 2003.

HUDGELL, R. J. Handbook on the Ultrasonic Examination of Austenitic Stainless


Steel. Luxembourg: European Commission, Joint Research Centre Institute of Advanced
Materials, 1994.

J.R. DAVIS, DAVIS & ASSOCIATES. Stainless Steel Cladding and Weld Overlays.
In: INTERNATIONAL, A. ASM Specialty Handbook: Stainless Steels. [S.l.]: ASM
International, v. 06398G, 1994.

THOMPSON, R. B. Physical Principles of EMAT Transducers. In: ______ Ultrasonic


Measurement Methods. Ames, Iowa: Iowa State University, 1990. p. 157 - 200.

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