Documenti di Didattica
Documenti di Professioni
Documenti di Cultura
do exército, na província de Cabo Delgado, pode ser uma indicação de que este grupo radical
sabe que tem irmãos a lutar no país que, eventualmente, possa ajudar, mas que o suposto ataque
da passada segunda-feira, não passa de uma propaganda no dia do Eid.
Foi a primeira vez que o grupo radical se pronunciou sobre os ataques armados que têm
ocorrido em alguns distritos da província nortenha de Cabo Delgado.
O político moçambicano, Raúl Domingos, diz que não se deve desprezar esta alegação, tanto
mais que até aqui ninguém tinha reivindicado os ataques a aldeias e cidadãos em Cabo Delgado.
De acordo com aquele político, "o que se dizia é que se tratava de forças não identificadas que
estão a desenvolver acções de terrorismo em Moçambique, pelo que, para mim, o assunto é mais
sério do que se imaginava.
Entretanto, o analista Dércio Francisco considera que a reivindicação do Estado Islâmico "é uma
propaganda, mas isso mostra que o grupo pode ter interesse em Moçambique".
Francisco realça que o Estado Islâmico está agora a viver o seu pior momento, porque perdeu o
território e o exército que tinha na Síria, e o que está a fazer agora é aquilo que se chama
guerrilha de mídia, tentando fazer passar a ideia de que é tão forte que até ataca Moçambique".
As Forças de Defesa e Seguranca estão mobilizadas nos distritos de Mocimboa da Praia, Nangade,
Palma e Macomia na província de Cabo Delgado, no norte de Mocambique, para combater o
extremismo e restabelecer a ordem e segurança pública.
Esta garantia foi dada pelo Comandante Geral da Polícia moçambicana, Bernardino Rafael.
A eliminação em Olumbi no distrito de Palma, nas últimas vinte e quatro horas de nove elementos
supostamente pertencentes a um grupo radical de inspiração islâmica, que no passado Domingo
decapitou 10 pessoas, é o resultado mais visível da presença das Forças de Defesa e Segurança na
região, assegurou o Comandante Geral da Polícia, Bernardino Rafael.
Durante o confronto com o grupo de islamistas também conhecido pelo nome de Al-shabab, as
forças de segurança moçambicanas recuperaram catanas, bem como uma arma do tipo AK47.
Rafael efectuou declarações a sua chegada à Maputo depois de ter participado na semana finda em
Angola na reunião de polícias da África austral, onde foi informado sobre a existência de
mocambicanos em grupos radicais que actuam na República Democrática do Congo e na Tanzânia.
O SITE Intelligence, plataforma que monitora as atividades dos jihadistas no mundo, informou que o
grupo extremista Estado Islâmico reivindicou pela primeira vez, nesta terça-feira (04.06.), um ato de
insurgência em Cabo Delgado, província do norte de Moçambique.
O comunicado da plataforma, citado pela agência AFP, indica que os combatentes do califado
conseguiram repelir um ataque do exército moçambicano na aldeia de Metubi, na região de
Mocimboa da Praia, fazendo mortos e feridos, mas não cita números.
Conhecer a o inimigo é entendido como uma vantagem para o Governo moçambicano. Em
declarações à DW África, o analista moçambicano Pedro Nhacete afirmou que "já há possibilidade de
se apurar ou procurar saber quais são as motivações do Estado Islâmico. Pelo menos já há pistas ou
aparece uma reivindicação do Estado Islâmico que o Governo pode procurar saber o que se
reivindica. Esse é um passo importante que se pode dar", disse Nhacete.
Cimeira EUA-África debate extremismo
O grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI) afirmou hoje ter causado esta segunda-feira
mortos e feridos entre militares moçambicanos, ao deter um ataque do Exército, na
região de Cabo Delgado, norte do país.
O ISIS, ISIL, Estado Islâmico (EI) ou Daesh - o grupo tem várias denominações - afirma autoridade
religiosa sobre todos os muçulmanos e aspira controlar as regiões de maioria islâmica, a começar
pelo território da região do Levante, que inclui a Jordânia, Israel, Palestina, Líbano, Chipre e
Turquia. No entanto, o objetivo deste grupo fundamentalista é expandir-se também pelo sul da
Europa e Norte de África. O grupo é composto e apoiado por várias organizações terroristas sunitas,
como a Al-Qaeda. É considerado uma organização terrorista estrangeira por organizações como a
União Europeia, Nações Unidas e países como os Estados Unidos, Israel e Austrália. O seu líder atual
é Abu Bakr al-Baghdadi, que pretende criar um califado global.
Outubro de 2017
Os primeiros ataques de grupos armados desconhecidos na província de Cabo Delgado aconteceram no dia 5 de
outubro de 2017 e tiveram como alvo três postos da polícia na vila de Mocímboa da Praia. Cinco pessoas
morreram. Cerca de um mês depois, a 17 de novembro, as autoridades dão ordem de encerramento a algumas
mesquitas por se suspeitar terem sido frequentadas por membros do grupo armado.
Ouvir o áudio03:23
Moçambique: PM e o trabalho difícil contra o terrorismo em
Cabo Delgado
"As autoridades têm que decidir se isto é terrorismo… Mas o nível dos ataques que nós vemos é muito
parecido e pode-se relacionar com atos de terrorismo", classifica Guedes.
Terrorismo ou não, a verdade, é que em conexão com os ataques, a Justiça moçambicana já condenou
130 indivíduos a penas que variam entre dois e 40 anos de prisão por crimes de homicídio qualificado
ou posse de armas proibidas, por exemplo.
Prisões preventivas
Outras 250 pessoas estão em prisão preventiva. Os advogados de defesa não se têm pronunciado
publicamente sobre o assunto.
Questionada sobre se os processos até agora não teriam dado pistas às autoridades moçambicanas
sobre as causas dos ataques e os seus mandantes, a Procuradora-Geral Adjunta de Moçambique
limita-se a dizer que este é um fenómeno complexo. E salienta que é preciso dotar os agentes
criminais de capacidades técnicas e materiais.
Especialistas em matéria de combate ao terrorismo da Espanha, Holanda e das Nações Unidas estão,
desde terça-feira (16.07.), na cidade de Pemba a capacitar oficiais do Ministério da Defesa,
investigadores criminais do SERNIC, magistrados do Ministério Público e Judiciais.
Moçambicanos pertencentes a
grupos armados são detidos na RDC
Doze moçambicanos estão detidos na República Democrática do Congo por supostamente
pertencerem a grupos armados responsáveis por ataques naquele país e em Moçambique. A
informação foi confirmada pela polícia moçambicana.
Ouvir o áudio04:20