SIGNIFICAÇÃO DAS PALAVRAS Uma palavra pode ter mais de uma significação.
A
SENTIDO PRÓPRIO E FIGURADO DAS PALAVRAS
Sentido Próprio - é o sentido literal, ou seja, o sentido
comum que costumamos dar a uma palavra.
Sentido Figurado - sentido "simbólico", "figurado".
CONOTAÇÃO E DENOTAÇÃO:
Conotação é o emprego de uma palavra ou
expressão no sentido figurado.
Denotação é o emprego de uma palavra ou
expressão no sentido literal.
SINÔNIMOS
Palavras de sentido igual ou aproximado. Sinonímia:
relação entre palavras de significado igual. Ex:
Alfabeto, abecedário / Brado, grito, clamor /
Adversário, antagonista.
ANTÔNIMOS
Palavras de significação oposta. Antonímia: relação
entre palavras de significado oposto. Ex: Ordem e
anarquia / Soberba e humildade / Mal e bem.
HOMÔNIMOS
São palavras que têm a mesma pronúncia, e às vezes
a mesma grafia, mas significação diferente.
1. Homógrafos heterofônicos: iguais na escrita e
diferentes no timbre ou na intensidade das vogais.
 Rego (substantivo) e rego (verbo);
 Colher (verbo) e colher (substantivo);
 Providência (substantivo) e providencia
(verbo).
2. Homófonos heterográficos: iguais na pronúncia e
diferentes na escrita.
 Acender (atear, pôr fogo) e ascender (subir);
 Concertar (harmonizar) e consertar (reparar,
emendar);
 Censo (recenseamento) e senso (juízo).
3. Homófonos homográficos (homônimos
perfeitos): iguais na escrita e na pronúncia.
 Caminha (substantivo) e caminha (verbo);
 Cedo (verbo) e cedo (advérbio);
 Livre (adjetivo) e livre (forma do verbo livrar).
PARÔNIMOS
São palavras parecidas na escrita e na pronúncia.
Ex: Coro e couro / Eminente e iminente / Descrição e
discrição.
POLISSEMIA
esse fato linguístico dá-se o nome de polissemia:
 Pena: pluma; peça de metal para escrever;
punição; dó.
 Velar: cobrir com véu; ocultar; vigiar; cuidar.
HIPERONÍMIA E HIPONÍMIA
Hiperonímia: + abrangente.
Ex: País é hiperônimo de Brasil / Mamífero é
hiperônimo de cavalo / Jogo é hiperônimo de xadrez.
Hiponímia: + restrito.
Ex: Brasil é hipônimo de país / Cavalo é hipônimo de
mamífero / Xadrez é hipônimo de jogo.
PROCESSOS DE FORMAÇÃO DE
PALAVRAS
Palavras primitivas: são aquelas que não derivam de
outras palavras. Ex: dia, casa, flor.
Palavras derivadas: são aquelas que derivam de
outras palavras. Ex: diário (de dia), casarão (de casa),
floreira (de flor).
Os principais processos de formação de palavras são
a derivação e a composição.
Derivação
Consiste na formação de palavras novas (derivadas) a
partir de palavras já existentes na língua (primitivas).
Há diferentes tipos de derivação:
1. Derivação Prefixal
Faz-se pela anexação de prefixo à palavra primitiva.
Ex: desfazer, refazer.
2. Derivação Sufixal
Faz-se pela anexação de sufixo à palavra primitiva.
Ex: alegremente, carinhoso.
3. Derivação Parassintética
Faz-se pela anexação simultânea de prefixo e sufixo à
palavra primitiva. Ex: desalmado, entristecer.
4. Derivação Regressiva
Faz-se pela redução da palavra primitiva.
Ex: trabalho (trabalhar), choro (chorar).
O processo de derivação regressiva produz os
substantivos deverbais, esses são substantivos
derivados a partir de verbos.
5. Derivação Imprópria
Forma-se quando uma palavra muda de classe
gramatical sem que a forma da primitiva seja alterada.
Exemplos: O infeliz faltou ao serviço hoje. (adjetivo
torna-se substantivo).
Composição Substantivo + Substantivo que especifica a função/tipo
O processo de composição forma palavras através da do termo anterior (palavra-chave, palavras-chave).
junção de dois ou mais radicais. Ex: guarda-roupa,
pombo-correio. Há dois tipos de composição: - Permanecem invariáveis, quando:
aglutinação e justaposição. Verbo + Advérbio (o bota-fora, os bota-fora).
Verbo + Subst. no plural (o saca-rolhas, os saca-
1. Composição por Aglutinação rolhas).
Ocorre quando um dos radicais, ao se unirem, sofre
alterações. Ex: planalto (plano + alto), embora (em + ARTIGO
boa + hora). DEFINIDO INDEFINIDO
O, a, os, as Um, uma, uns, umas
2. Composição por Justaposição
Ocorre quando os radicais, ao se unirem, não sofrem ADJETIVO
alterações. Ex: pé-de-galinha, passatempo, Expressar características, qualidades ou estados dos
cachorro-quente, girassol. seres.
SIMPLES COMPOSTO
CLASSES DE PALAVRAS Vermelha, linda, brava. Verde-escuro, amarelo-
canário.
SUBSTANTIVO
SIMPLES COMPOSTO PRIMITIVO DERIVADO
Casa, amor, roupa. Passatempo, arco-íris. Feliz, bom, azul. Magrelo, avermelhado.

PRIMITIVO DERIVADO Adjetivos pátrios: paulista; cearense; brasileiro.

Folha, chuva, algodão. Dentadura, livraria.
COMUM PRÓPRIO
Caneta, menina, cidade. Bic, Flávia, São Paulo.
CONCRETO ABSTRATO
Mesa, cachorro, chuva. Beleza, amor, calor.
*abstrato: qualidade, ações, sentimentos.
Coletivo: rebanho; cardume; pomar; arquipélago.
- Biformes: o menino, a menina.
- Uniformes:
- Comum de dois gêneros: o estudante, a
estudante.
- Sobrecomuns: a vítima, a pessoa.
- Epícenos: a baleia fêmea, a baleia macho.
Plural dos substantivos compostos:
- Flexionam-se os dois elementos, quando:
Substantivo + Substantivo (couve-flor, couves-flores).
Substantivo + Adjetivo (amores-perfeitos).
Adjetivo + Substantivo (gentil-homem, gentis-homens).
Numeral + Substantivo (quinta-feira, quintas-feiras).
- Flexiona-se o segundo elemento, quando:
Verbo + Substantivo (guarda-roupa, guarda-roupas).
Palavra invariável + Palavra variável (altos-falantes).
Palavras repetidas (reco-reco, reco-recos).
- Flexiona-se o primeiro elemento, quando:
Substantivo + Preposição clara/ocula + Substantivo
(águas-de-colônia, cavalos-vapor).
- Biformes: bonito, bonita, alto, alta.
- Uniformes: competente, fácil.
Nos adjetivos compostos, somente o último termo
receberá a flexão de número. Ex.: Médico-dentário,
Médico-dentários / Luso-brasileiro, Luso-brasileiros /
Verde-claro, Verde-claros / Anglo-germânico, Anglo-
germânicos.
EXCEÇÕES
1) Os adjetivos azul-marinho e azul-celeste são
invariáveis (Blusa azul-marinho, Blusas azul-marinho).
2) No adjetivo surdo-mudo, os dois radicais vão para
o plural (Menino surdo-mudo, Meninos surdos-mudos).
3) Os adjetivos compostos que fazem referência a
cores, são invariáveis quando o segundo elemento é
um substantivo (Blusa verde-oliva, Blusas verde-oliva /
Carro amarelo-canário, Carros amarelo-canário).
4) Também os compostos de cor+de devem ficar
invariáveis em gênero e número, com ou sem hífen:
roupas cor-de-rosa, tênis cor de burro quando
foge.Para adjetivos referentes a cores, o composto
admite dois plurais:
Blusa verde-oliva Blusas verdes-oliva / verdes-
olivas
Carro amarelo- Carros amarelos-canário /
canário amarelos-canários
NUMERAL Consecutivas: que; tanto que; tão que; tal que.
CARDINAL ORDINAL
Um, dois, três. Primeiro, segundo. PRONOME
PRONOME PRONOMES OBLÍQUOS
FRACIONÁRIO MULTIPLICATIVO RETO Átonos Tônicos (OI)
Meio, um terço. Dobro, triplo. Eu Me Mim, comigo
Tu Te Ti, consigo
Numerais coletivos: dúzia; cento; dezena. Ele, ela
Ele O, a, lhe, se
Si, consigo
INTERJEIÇÃO Nós Nos Nós, conosco
Palavras ou expressões que evocam emoções, Vós Vos Vós, convosco
estados de espírito. Os, as, lhes, Eles, elas
Eles
Exemplo: Nossa! Ave Maria! Uau! Que pena! Oh! se Si, consigo
OD: o, a, os, as.
PREPOSIÇÃO OD ou OI: me, te, nos, vos.
A, ante, até, após, com, contra, de desde, dentro de,
em entre, para, por, perante, sem sob. Sobre, trás. O, a, os, as:
- Verbos terminados em z, s ou r  lo, los, la, las.
ADVÉRBIO - Verbos nasais (am)  no, nos, na, nas.
Palavras que modificam um verbo, um adjetivo ou um
advérbio, indicando uma circunstância (tempo, lugar, Pronomes de tratamento
modo, intensidade,…). São invariáveis. Vossa Alteza, Vossa Excelência, Vossa Majestade.
* Verbo na 3ª pessoa!
Advérbio de lugar: aqui; ali; atrás; longe; perto.
Advérbio de tempo: hoje; nunca; cedo; antes. Pronomes possessivos
Advérbio de modo: bem; mal; rapidamente; pior. Meu (s), minha (s) / Teu (s), tua (s) / Seu (s), sua (s)
Advérbio de afirmação: sim; certamente. / Nosso (s), nossa (s) / Vosso (s), vossa (s) / Seus,
Advérbio de negação: não; nunca; jamais. suas
Advérbio de dúvida: talvez; possivelmente.
Advérbio de intensidade: muito; pouco; tão. Pronomes demonstrativos
Advérbio de exclusão: salvo; senão; somente. Este (a/s), isto, esse (a/s), isso, aquele (a/s), aquilo.
Advérbio de inclusão: inclusivamente; também.  Indicando localização no espaço - este (aqui),
Advérbio de ordem: primeiramente; ultimamente. esse (aí) e aquele (lá).
 Indicando localização temporal - este (presente),
CONJUNÇÃO esse (passado próximo) e aquele (passado remoto
Palavras utilizadas como elementos de ligação entre ou bastante vago).
duas orações ou entre termos de uma mesma oração.  Fazendo referência ao que já foi ou será dito no
São invariáveis. texto - este (ainda se vai falar) e esse (já
mencionado).
Conjunções coordenativas:
Aditivas: e; nem; também. Pronomes relativos
Adversativas: mas; porém; contudo. Retoma um termo expresso anteriormente. Qual (a/s),
Alternativas: ou; ou...ou; já…já; ora...ora. Cujo (a/s), Quanto (a/s). Que, que, onde, quando.
Conclusivas: logo; pois (depois do verbo); portanto;
assim. Pronomes indefinidos
Explicativas: que; porque, pois (antes do verbo). Referem-se à 3ª pessoa do discurso quando
considerada de modo vago, impreciso ou genérico.
Conjunções subordinativas integrantes: que; se. Ex.: Quem, alguém, ninguém, outrem, onde, algures,
alhures, nenhures, que, qual, quais, algo, tudo, todo
Conjunções subordinativas (adverbiais): (a/s), algum (a/s), vários (a), nenhum (a/s), certo (a/s),
Causais: porque; que; porquanto; visto que. outro (a/s), muito (a/s), pouco (a/s), quanto (a/s), um
Concessivas: embora; conquanto; ainda que. (a/s), qualquer (s), cada.
Condicionais: se; caso; desde; salvo se.
Conformativas: como; conforme. Pronomes interrogativos
Finais: a fim de que; para que; que. Que, quem, qual (a/s) e quanto (a/s) em frases
Proporcionais: à proporção que; à medida que. interrogativas.
Temporais: quando; enquanto; agora que; logo que.
Comparativas: como; assim como; tal; qual.
 COLOCAÇÃO PRONOMINAL  Modo imperativo: exprime atitude de ordem,
solicitação, convite ou conselho.
PRÓCLISE
1) Quando o verbo estiver precedido de palavras que MODOS TEMPOS
EXEMPLO
atraem o pronome para antes do verbo. São elas: VERBAIS VERBAIS
a) Palavras de sentido negativo: não, nunca, Presente Eu estudo
ninguém, jamais, etc. Ex.: Não se esqueça de mim. Pretérito Perfeito Eu estudei
b) Advérbios. Ex.: Agora se negam a depor. Pretérito
Eu estudava
c) Conjunções subordinativas. Ex.: Soube que me Imperfeito
negariam. INDICATIVO Pretérito Mais- Eu estudara
d) Pronomes relativos. Ex.: Identificaram duas Que-Perfeito (tinha estudado)
pessoas que se encontravam desaparecidas. Futuro do
Eu estudarei
e) Pronomes indefinidos. Ex.: Poucos te deram a Presente
oportunidade. Futuro do Pretérito Eu estudaria
f) Pronomes demonstrativos. Ex.: Disso me Que vocês
acusaram, mas sem provas. Presente
estudem mais
Pretérito Se eu
2) Orações iniciadas por palavras interrogativas ou SUBJUNTIVO
Imperfeito estudasse..
exclamativas. Ex.: Quem te fez a encomenda? / Quando eu
Quanto se ofendem por nada! Futuro
estudar..
Afirmativo Estude mais
3) Orações que exprimem desejo (orações optativas). IMPERATIVO
Negativo Não faça isso
Ex.: Que Deus o ajude.
VOZES VERBAIS
4) Preposição seguida de gerúndio. Ex.: Em se Voz Ativa: Sujeito é agente, pratica a ação expressa
tratando.. pelo verbo. Ex.: Eu comi brigadeiro.

MESÓCLISE Voz Passiva Analítica: Sujeito é paciente, recebe a

1) Quando o verbo estiver no futuro do presente ou
futuro do pretérito, contanto que esses verbos não
estejam precedidos de palavras que exijam a próclise.
ÊNCLISE
1) Quando o verbo estiver no imperativo afirmativo.
Ex.: Quando eu avisar, silenciem-se todos.
2) Quando o verbo estiver no infinitivo impessoal. Ex.:
Não era minha intenção machucar-te.
3) Quando o verbo iniciar a oração. Ex.: Vou-me
embora agora mesmo.
4) Quando houver vírgula ou pausa antes do verbo.
Ex.: Se eu ganho na loteria, mudo-me hoje mesmo.
5) Quando o verbo estiver no gerúndio. Ex.: Recusou
a proposta fazendo-se de desentendida.
EMPREGO DE MODOS E TEMPOS
VERBAIS
MODOS VERBAIS
 Modo indicativo: exprime certeza, precisão do
falante perante o fato.
 Modo subjuntivo: exprime atitude de incerteza,
dúvida, imprecisão do falante perante o fato.
ação do verbo. Ex.: O brigadeiro foi comido por mim.
Voz Passiva Sintética: Constrói-se com o verbo na 3ª
pessoa seguido do pronome apassivador SE. Ex.:
Compram-se carros velhos.
Voz Reflexiva: O sujeito é agente e paciente, ou seja,
faz e recebe a ação. Ex.: Ele feriu-se.
Voz recíproca (sujeito plural ou composto). Ex.: As
crianças machucaram-se. / Noslen e Diego
abraçaram-se.
Voz Neutra: o sujeito nem pratica nem recebe a ação
verbal. Ex.: Maria Joaquina é linda.
FORMAS NOMINAIS DO VERBO
Gerúndio, infinitivo e particípio.
TIPOS DE VERBOS
Verbo Auxiliar: são auxiliares os verbos que
complementam o sentido de outros verbos (chamados
principais). Verbos auxiliares: Ter, Haver, Ser e Estar.
Ex.: “Eu tenho visto muitos pássaros”. “Tenho”, neste
caso, cumpre a função de verbo auxiliar.
Verbos Regulares: o radical permanece invariável
durante toda a sua conjugação. Ex.: louvar, vender.
Verbo Irregular: o verbo irregular sofre modificações
em seu radical quando é conjugado. Ex.: perder, fazer.
Verbos Anômalos: ser, ir. Os verbos anômalos
mudam de radical.
Verbos Defectivos: aqueles que possuem deficiência
na conjugação. Não possuem todas as formas
verbais. Ex.: reaver, precaver, falir.
Verbos Abundantes: verbos que possuem dupla
forma, geralmente no particípio. Ex.: Findado/findo,
Limpado/limpo, Benzido/bento, Envolvido/envolto.
CONCORDÂNCIA VERBAL
Concordância com pronome relativo que: O verbo
concorda com o antecedente do pronome (sou eu que
quero, somos nós que queremos, sou sempre eu que
levo a culpa).
Concordância com pronome relativo quem: O verbo
concorda com o antecedente do pronome ou fica na
3.ª pessoa do singular (sou eu quem quero, sou eu
quem quer, é sempre eu quem leva a culpa).
Concordância com: a maioria, a maior parte, a
metade,...: o verbo concorda com a 3.ª pessoa do
singular ou do plural é igualmente aceitável (a maioria
das pessoas quer/querem).
Concordância com um dos que: O verbo concorda
com a 3.ª pessoa do plural (esse jogador foi um dos
que atuaram na Copa).
Concordância com nem um nem outro: O verbo
concorda com a 3.ª pessoa do singular ou do plural
(nem um nem outro veio, nem um nem outro vieram).
Concordância com cerca de, perto de: O verbo
concorda com o substantivo (Cerca de 20 candidatos
se inscreveram no concurso).
Concordância com mais de um: O verbo permanece
no singular (Mais de uma pessoa se inscreveu no
concurso).
Concordância com substantivo coletivo: O verbo fica
na 3ª pessoa do singular (A multidão saiu aos gritos).
Concordância com substantivo próprio no plural (Os
Estados Unidos são... / Estados Unidos é... /
Memórias Póstumas de Brás Cubas é...).
Concordância com sujeito composto de palavras
sinônimas ou por gradação (Minha vitória, minha
conquista, minha premiação são frutos/é fruto...).
Concordância com porcentagem: O verbo concorda
com o numeral ou com o substantivo (50% dos
funcionários aprovaram... / 50% do eleitorado
aprovou).
Concordância com algum(ns) de nós, qual(is) de vós
(Alguns de nós o receberemos/receberão. / Algum de
nós o receberá).
Concordância com verbos impessoais: O verbo
concorda com a 3.ª pessoa do singular, uma vez que
não possui um sujeito (havia pessoas, houve
problemas, faz dois dias, já amanheceu).
Concordância com a partícula apassivadora se:
vende-se casa, vendem-se casas.
Concordância com a partícula de indeterminação do
sujeito se: precisa-se de funcionário, precisa-se de
funcionários.
* Com sujeito simples: concorda com o sujeito. Com
sujeito composto antes do verbo, fica no plural. Com
sujeito composto depois do verbo fica no plural ou
concorda com o mais próximo.
CONCORDÂNCIA NOMINAL
Concordância com pronomes pessoais: Ela é
simpática, ele é simpático, elas são simpáticas, eles
são simpáticos.
Concordância com pronomes de tratamento: Sempre
na 3ª pessoa.
Concordância com vários substantivos: caderno e
caneta nova, caneta e caderno novo, caneta e
caderno novos, caderno e caneta novos.
Concordância com vários adjetivos: o escritor
brasileiro e o chileno, os escritores brasileiro e chileno.
Concordância com é proibido, é permitido, é preciso, é
necessário, é bom: É permitida a entrada, é permitido
entrada, é proibida a venda, é proibido venda.
Concordância com bastante, muito, pouco, meio,
longe, caro e barato: concordam quando exercem
função de adjetivo (comi meio chocolate, comi meia
maçã, há bastante procura, há bastantes pedidos).
Concordância com menos, alerta: A palavra menos
permanece sempre invariável, quer atue como
advérbio ou como adjetivo: menos tristeza, menos
medo, menos traições, menos pedidos.
Concordância com mesmo, próprio, anexo, obrigado,
quite, incluso: resultados anexos, informações anexas,
as próprias pessoas, o próprio síndico, ele mesmo,
elas mesmas.
Concordância com um(a) e outro(a), num(a) e noutro
(a): sempre no plural (um e outro aluno estudiosos,
uma e outra pergunta respondidas).
Concordância com só: Apenas, somente (advérbio).
Sozinho (adjetivo).
Concordância com tal que: “tal” concorda com o
antecedente, “qual” com o consequente (As garotas
são bonitas tais qual a tia / Os pais vinham
fantasiados tais quais os filhos).
Concordância com possível: Qual acompanho de
“mais”, “menos”, “melhor” ou “pior” acompanha o
artigo que precede as expressões (A mais possível
das alternativas é que... / Os melhores cargos
possíveis estão...).
FUNÇÃO SINTÁTICA
FRASE: todo e qualquer enunciado de sentido
completo, não importando se é formado por uma ou
várias palavras, ou se possui verbos ou não; caso não
os possua passa a ser chamada de frase nominal.
Frases têm como objetivo exprimir ideias, emoções,
ordens, apelos etc.
 Frases interrogativas (Você gostaria de
dançar? / Desejamos saber quando ocorrerá o
pagamento da dívida).
 Frases imperativas: ordem, pedido ou conselho
(Cale-se! / Não deixe a porta aberta).
 Frases exclamativas (Que filme horrível).
 Frases declarativas: o emissor constata um fato,
informa ou declara alguma coisa (Hoje é nosso
último dia de aula. / Ontem a merenda escolar não
foi servida)
 Frases optativas: nelas o emissor manifesta um
desejo (Deus te abençoe!).
ORAÇÃO: frases que possuam sentido completo e
verbo (ou locução verbal) são consideradas orações.
Uma frase pode conter uma ou mais orações, a
depender do número de verbos e que possua (Murilo
brincou no parquinho. / Hoje levarei o Murilo ao
parquinho, ele brincará bastante. (duas orações).
PERÍODO: frases formadas por uma ou mais orações,
tendo no seu todo um sentido completo. O período
pode ser simples ou composto.
 Período simples: é formado por apenas uma
oração, chamada de oração absoluta (O almoço
hoje será um assado. / Crianças precisam de
amor e disciplina).
 Período composto: é formado por duas ou mais
orações (Quando o demitiram sua vida ficou sem
sentido. / Comprarei aquela bola para presentear
meu filho).
SUJEITO
 Sujeito simples (O navio quebrou)
 Sujeito composto (As vacas e os bois
andavam)
 Sujeito oculto (Estamos felizes por você)
 Sujeito indeterminado (Precisa-se de livros)
 Oração sem sujeito
 Verbos indicando fenômeno da natureza
(Choveu muito)
 Verbo haver no sentido de existir (Houve
muitos gritos)
 Verbo fazer indicando tempo ou clima (Faz
anos que não a vejo)
VERBO
Verbo de ligação: expressam estados, sentimentos e
ligam o sujeito a uma característica (Eu sou linda).
Exemplos de VL: continuar, andar, ficar, estar, ser,
parecer, permanecer.
Verbo significativo: expressa ação ou fenômeno da
natureza (Eu corri feliz).
PREDICADO
Os estudantes / tiraram boas notas no ENEM.
Nominal: núcleo não é um verbo, usa verbo de ligação
(Eu sou reconhecida).
Verbal: núcleo é um verbo, usa verbo significativo (A
empreiteira demoliu a casa).
Verbo-nominal (Os manifestantes desciam a rua
desesperados).
TRANSITIVIDADE VERBAL (para verbo significativo)
Verbo intransitivo: não precisa de complemento para
ter sentido completo (Vovô morreu ontem).
Verbo transitivo: necessita de complemento.
 Verbo transitivo direto: sem preposição (Eu
comi brigadeiro).
 Verbo transitivo indireto: com preposição (Eu
gosto de brigadeiro).
 Verbo transitivo direto e indireto (Eu os
convidei para um jantar / Maria dava roupa
aos pobres).
ADJUNTO ADVERBIAL
Expressa uma circunstância (de tempo, lugar, modo,
etc.) de um verbo (Hoje estudei muito no youtube).
ADJUNTO ADNOMIAL
Caracteriza ou determina os substantivos (meu irmão
veste roupas vistosas).

COMPLEMENTO NOMINAL
Termo que completa o sentido de um substantivo,
advérbio, adjetivo. Sempre iniciado com preposição
(Eu tenho medo de altura).
COMPLEMENTO VERBAL
OD: normalmente não é regido de preposição (As
árvores purificam o ar).
OI: regido de preposição (Assisti ao jogo).
PREDICATIVO DO SUJEITO
Refere-se a uma característica do sujeito (A bandeira
é o símbolo da Pátria / Todos partiram alegres).
PREDICATIVO DO OBJETO
Refere-se a uma característica do objeto (Comprei um
carro quebrado / O juiz declarou o réu inocente).
VOCATIVO
Termo que evoca, chama algo ou alguém na oração,
sempre isolado de vírgula (José, lave meu pé! / O que
vou fazer, meu Deus?).
APOSTO
Termo responsável em explicar ou justificar outro
elemento anterior a ele (Pedro, amigo de Amanda,
deu aula para mim).
AGENTE DA PASSIVA
Complemento de um verbo na voz passiva (As flores
são umedecidas pelo orvalho).
PERÍODOS COMPOSTOS
PERÍODO COMPOSTO POR COORDENAÇÃO
As orações não mantêm entre si dependência
gramatical, são independentes.
Assindéticas: não utiliza conjunção.
Sindética: utiliza conjunção.
Aditivas: e, nem só, mas também. Ex.: Discutimos
várias propostas e analisamos possíveis soluções.
Adversativas: mas, no entanto, porém. Ex.: O país é
extremamente rico; o povo, porém, vive em miséria.
Alternativas: ou, ora... ora, já... já, quer... quer, seja...
seja, etc. Ex,: Diga agora ou cale-se para sempre.
Conclusivas: logo, portanto e pois (posposto ao
verbo), então, assim, por isso, de modo que, em vista
disso, etc. Ex.: Não tenho dinheiro, portanto não posso
pagar. / O time venceu, por isso está classificado.
Explicativas: que, porque e pois (anteposto ao
verbo). Ex.: Vou embora, que cansei de esperá-lo. /
Vinícius devia estar cansado, porque estudou o dia
inteiro.
Atenção: Cuidado para não confundir as orações
coordenadas explicativas com as subordinadas
adverbiais causais.
Orações Coordenadas Explicativas: caracterizam-se
por fornecer um motivo, explicando a oração anterior.
Ex.: A criança devia estar doente, porque chorava
muito. (O choro da criança não poderia ser a causa de
sua doença.)
Orações Subordinadas Adverbiais Causais: exprimem
a causa do fato. Ex.: Henrique está triste porque
perdeu seu emprego. (A perda do emprego é a causa
da tristeza de Henrique.)
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO
A oração subordinada (termo sintático) é a parte de
um enunciado que não tem sentido próprio, mas
precisa de uma oração que a subordine, que seja a
principal.
Oração Subordinada Substantiva (OSS)
Subjetiva: função de sujeito da OP.
É importante sua colaboração. É importante que você
colabore.
Objetiva direta: função de OD da OP.
O grupo quer a sua ajuda. O grupo quer que você
ajude.
Objetiva indireta: função de OI da OP.
Necessito de sua ajuda. Necessito de que você me
ajude.
Completiva nominal: função de complemento
nominal.
Estou convencido de sua inocência. Estou convencido
de que é inocente.
Predicativa: função de predicativo para a OP.
O importante é sua felicidade. O importante é que seja
feliz.
Apositiva: função de aposto da OP.
Eu tinha um sonho: a união de todos. Eu tinha um
sonho: que todos se unissem.
Orações Subordinadas Adjetivas
Explicativa: Acrescenta uma informação acessória,
ampliando ou esclarecendo um detalhe de um
conceito que já se encontra definido. Aparece sempre
separada por vírgulas e pode ser retirada da frase
sem que haja alteração do sentido da mesma. Ex.: O
leão, que é um animal selvagem, atacou o domador.
Restritiva: Especifica o sentido do nome a que se
refere, restringindo seu significado a um ser único,
definido por ele. Não existe marca de pausa, como
vírgulas, entre este tipo de oração e a OP. São
indispensáveis para a compreensão da frase. Ex.: Ele
é um dos poucos diretores que é apreciado por todos
os funcionários.
Comparei o seu comportamento com o – ao – de uma
criança.
Chamar
 Chamar por: invocar, conclamar.
 Chamar: convocar, fazer vir.
 Chamar de/ Chamar a: apelidar.

Orações Subordinadas Adverbiais Esquecer/(Re)Lembrar

 VTI – pronominais: Lembrei-me de nossa reunião
Causais: porque, como, pois que, uma vez que, já  VTD – não pronominais. Esqueci a carteira.
que, dado que. Ex.: Voltou tarde porque estava na
festa. Preferir (introduzido pela preposição a).

Comparativas: como, tanto... como, tanto... quanto, Responder

mais (do) que. Ex.: Paulo é tão estudioso quanto  Responder a: dar resposta.
Luana.  Responder: ser malcriado.
 Responder que: falar, responder.
Consecutivas (consequência): que.. (dependendo
de tão, tanto, tal, tamanho) Ex.: A criança tanto pulou
Agradar
que caiu.
 Agradar: acariciar.
 Agradar a: satisfazer, ser agradável.
Concessivas (fato contraditório): embora,
conquanto, ainda que, posto que, (se) bem que,
Assistir
apesar de que, apesar de. Ex.: Ela saiu a noite,
 Assistir a: ver.
embora estivesse doente.
 Assistir em: morar.
Condicionais (hipótese/condição): caso, uma vez  Assistir: ajudar.
que, a não ser que, desde que, com a condição que.  Assistir + pronome lhe: favorecer, caber (direito a
Ex.: Irei à sua casa se não chover. alguém).

Conformativas: conforme, como, segundo, Atender

consoante. Ex.: Luana conseguiu redigir o texto  Atender / Atender a: para pessoa.
conforme a professora pediu.  Atender: para coisa.

Finais (intenção/objetivo): para que, a fim de que, Chegar/ir (preposição a ou para)

para, que (=para que), a fim. Ex.: Fizeram a excursão
para conhecer os costumes daquela gente. Comunicar (algo a alguém)

Proporcionais (ideia de proporcionalidade): quanto Cientificar (alguém de algo)

mais... (tanto) mais, quanto mais ....(tanto) menos.., à
medida que, à proporção que, enquanto. Ex.: Quanto
mais rezo, mais fantasmas me aparecem.
Temporais: enquanto, quando, agora que, logo que,
sempre que, assim que, antes que, de, depois que,
desde que. Ex.: Saiu antes que a esposa chegasse.
Custar
 Custar: ter preço.
 Custar: acarretar, exigir, obter por meio de (O
carro custou-me todas as economias).
 Custar a: ser custoso, ser difícil (Custou ao
aluno entender a matéria).

REGÊNCIA VERBAL Informar (alguém de algo OU a alguém algo)

Informou todos do ocorrido. Informou a todos o
Aspirar ocorrido.
 Aspirar a: pretender, almejar (não utiliza o
pronome lhe). Implicar
 Aspirar: cheirar, respirar.  Implicar com, irritar: não concordar com.
 Implicar: acarretar.
Comparecer (preposição em ou a)
Morar/residir (preposição em).
Comparar (preposição a ou com)
Namorar (não usa "com" como preposição). COM (para (para com) (para com)
 Gabriel namora Giulia. com)
Misericórdia Satisfeito
Respeitoso COM
Obedecer/desobedecer COM (para COM/DE/EM/PO
(para com)
 Coisa: sem preposição com) R
 Pessoa: com preposição (a). Atento Acostumado Permissivo
A/PARA/EM A/COM A/COM
Simpatizar/antipatizar (preposição com) Capaz
Culpado DE Distante DE
DE/PARA
Ver (Sem preposição) Maior DE Natural DE Necessidade DE
Ambicioso
Suspeito DE Querido DE/POR
Visar DE/POR
 Visar: mirar, apontar a mira. Indeciso EM Residente EM Versado EM
 Visar: dar visto. Ansioso
 Visar a: pretender. DE/PARA/PO Bacharel EM Hábil EM
R
Querer Longe DE Perto DE Vazio DE
 Querer: ter vontade, desejar. Diferente DE Desejoso DE Descontente DE
 Querer a: estimar, amar, ter afeição. Leal A Necessário A Nocivo A
Obediência A Paralelo A Relativo A
Proceder Devoção
 Proceder: ter fundamento, ter cabimento, portar-se Simpático A A/PARA/COM/PO Idêntico A
(Suas queixam não procedem). R
 Proceder de: ter origem, derivar-se. Proeminência Capacidade
Medo DE
 Proceder a: fazer, executar. SOBRE DE/PARA
Impaciência
(In) Sensível A Contrário A
Pagar/Perdoar COM
 Coisa: sem preposição (Ele pagou a conta) Semelhante A Impróprio PARA Contíguo A
 Pessoa: com preposição (a) (Perdoou a todos). Agradável A Equivalente A Entendido EM
Essencial
Escasso DE Passível DE
Suceder A/PARA
 Suceder a: substituir, vir depois. Fácil DE Preferível A Fanático POR
 Suceder: ocorrer. Prejudicial A Prestes A Ávido DE
Generoso Relacionado
Propício A
Ensinar COM COM
 Ensinar: educar (VI – o professor ensina bem).
 Ensinar: castigar, adestrar (VTD – a experiência PONTUAÇÃO
ensina os professores).
Ponto final
REGÊNCIA NOMINAL  Para encerrar uma frase declarativa (Preste
atenção.);
Análogo A Benéfico A Estranho A  Para finalizar frases imperativas (Olhe para mim.);
Favorável A Fiel A Habituado A  Nas abreviações (Sr.).
Curioso
Apto A/PARA Atenção A/PARA
A/DE/POR Exclamação
Odiável Propenso Tendência  Usado nas frases que exprimem surpresa,
A/PARA A/PARA A/PARA felicidade, indignação, admiração, susto (Claro!
Admiração Aversão Quero me casar com você!).
Útil A/PARA
A/POR A/PARA/POR  Depois das interjeições ou vocativos (Ei! Oi! João!)
Respeito
Preferencia
A/COM/PARA Simpatia A/POR Interrogação
A/POR
COM/POR  Para indagação, questionamento.
Acessível A Alheio A/DE Próximo A/DE
Ódio Vírgula
Grato A/POR Alusão A
A/CONTRA  Isolar o vocativo (Maria, venha cá!);
Compatível Cuidadoso COM Liberal COM  Isolar o aposto (Natália, engenheira, é linda);
 Isolar datas e endereços (Curitiba, 21/10 / Rua
Matheus Leme, 54);
 Elementos de enumeração (Comprei pão, uva,
queijo e ovo);
 Separar orações coordenadas assindéticas (Ivo
gritou, Ana chorou, Pedro dançou);
 Isolar elipses (Ele fala inglês e eu, francês);
 Isolar orações intercaladas (Somos um time, o
professor lembrou, neste desafio);
 Isolar orações subordinadas adjetivas explicativas
(O homem, que é um ser racional, vive pouco);
 Isolar conjunções adversativas e conclusivas (Fui
ao jogo, mas não o encontrei);
 Isolar elementos explicativos (Isto é, ou melhor,
por exemplo, digo);
 Isolar adjuntos e orações adverbiais deslocadas
(com certeza, ele era o mais interessado no
assunto).
Ponto e vírgula
 Separa várias partes do discurso, que têm a
mesma importância (Os pobres dão pelo pão o
trabalho; os ricos dão pelo pão a fazenda).
 Separa partes de frases que já estão separadas
com vírgulas (Alguns quiseram verão, praia e
calor; outros, montanhas, frio e cobertor).
 Listar.
Dois pontos
 Abrir diálogo em um discurso;
 Para começar uma explicação ou enumeração
(Observe:);
 Antes de uma citação.
Aspas
 Com estrangeirismos, gírias, expressões
populares, arcaísmos e neologismos (“backup”,
“trombadinhas”);
 Citação da fala de outra pessoa;
 Assinalar palavras ou expressões irônicas
(“anjinhos”).
Parênteses
 Referências bibliográficas;
 Retirar trechos de texto (...).
Travessão
 Para enumerações;
 Diálogos em narrativas;
 Para enfatizar alguma palavra ou expressão em
um texto em substituição à vírgula.
Reticências
 Indica que palavras foram suprimidas (Comprei
lápis, canetas, cadernos..);
 Indica interrupção violenta da frase (Não.. quero
dizer.. é verdade...);
 Indica interrupções de hesitação ou dúvida (Este
mal.. pega doutor?);
 Indica que o sentido vai além do que foi dito
(Deixa, depois, o coração vai falar...).
CRASE
Casos em que a crase SEMPRE ocorre:
 Diante de palavras femininas (Amanhã iremos à
festa da Mariana);
 Diante da palavra “moda”, com o sentido de “à
moda de” (O jogador fez um gol à (moda de)
Pelé);
 Na indicação de horas (Acordei às sete horas);
 Em locuções (às pressas, às claras, à direita, à
toa, à medida que, à tarde).
Casos em que a crase NÃO ocorre:
 Diante de substantivos masculinos (Fomos a pé);
 Diante de verbos no infinitivo (A criança começou
a falar);
 Diante de pronomes em geral e pronomes de
tratamento, porém dona, senhora e senhorita
aceitam a crase (Diga a ela que eu não estarei
aqui);
 Diante de numerais cardinais (Chegou a duzentos
o número de feridos);
 Entre palavras repetidas (Cara a cara);
 Antes de nomes de cidades, porém se estiver
especificado aceita a crase (Cheguei a Curitiba.
Cheguei a Curitiba dos pinheirais).
Casos facultativos
 Diante de nomes próprios femininos (Entreguei o
cartão a/à Roberta);
 Diante de pronome possessivo feminino (Cedi o
lugar a/à minha avó);
 Depois da preposição até (Fui até a/à praia).
Casos especiais
 Casa: se estiver especificado usa crase (Volte a
casa cedo. Volte à casa dos seus pais);
 Terra: se estiver especificado usa crase (Já
chegaram a terra. Já chegaram à terra de seus
antepassados);
 Antes de pronomes relativos:
o Antes dos pronomes quem e cujo não usa
crase (Achei a pessoa a quem procuravas.
Compreendo a situação a cuja gravidade
você se referiu);
o Antes dos relativos qual ou quais ocorrerá
crase se o masculino correspondente for ao
qual, aos quais (Esta é a festa à qual me
referi. Este é o filme ao qual me referi).
Regras:
 Trocar a palavra feminina por uma masculina se
aparecer AO, haverá crase (Amanhã iremos ao
colégio/à escola).
 Trocar o verbo (Refiro-me a você / Gosto de você.
Refiro-me à menina / Gosto da menina).
 Usar o verbo “vim, volto” (Vou a Roma / Voltei de
Roma. Vou à Bahia / Voltei da Bahia. Vamos à
praia / Vamos para a praia).
VOU A, VOLTA DA, CRASE HAVERÁ. VOU A,
VOLTO DE, CRASE PARA QUÊ?
ACENTUAÇÃO GRÁFICA
1. Acentuam-se as palavras monossílabas tônicas
terminadas em a, e, o, seguidas ou não de s. Ex: já,
fé, pés, pó, só, ás.
2. Acentuam-se as palavras oxítonas terminadas em
a, e, o, seguidas ou não de s, em, ens. Ex: cajá, café,
jacaré, cipó, também, parabéns, metrô, inglês alguém,
armazém (feri-la, reduzi-la).
3. Acentuam-se as palavras paroxítonas exceto
aquelas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de s,
em, ens, bem como prefixos paroxítonos terminados
em i ou r. Ex: dândi, júri, órfã, César, mártir, revólver.
Atenção: Acentuam-se as paroxítonas terminadas em
ditongo oral seguido ou não de s. Ex: jóquei,
superfície, água, área, aniversário, ingênuos.
4. Acentuam-se todas as palavras proparoxítonas.. Ex:
ótimo, incômoda, podíamos, abóbora, bússola,
cântaro, dúvida, líquido, mérito, nórdico, relâmpago.
5. Acentuam-se os ditongos abertos ei, oi, eu,
seguidos ou não de s em palavras monossílabas e
oxítonas. Ex: carretéis, dói, herói, chapéu, anéis.
Atenção: não se acentuam ditongos abertos ei, oi, eu,
seguidos ou não de s em palavras paroxítonas. Ex:
ideia, plateia, assembleia.
6. Não se acentua palavras paroxítonas com hiato oo
seguidos ou não de s. Ex: voos, enjoo, abençoo.
7. Não se acentuam as palavras paroxítonas com
hiato ee. Ex: creem, leem, veem, deem.
8. Acentuam-se sempre as palavras que contenham i,
u: tônicas; formam hiatos; formam sílabas sozinhas ou
são seguidos de s; não seguidas de nh; não
precedidas de ditongo em paroxítonas; nem repetidas.
Ex: aí, balaústre, baú, saúde, viúvo, juízes, Piauí. Pela
regra, não se acentuam: rainha, xiita, ruim, juiz, feiura.
9. Não se acentua com acento agudo u tônico dos
grupos que, qui, gue, gui: argui, arguis, averigue,
oblique, apazigues.
10. Não se usa mais o trema: aguento, frequente,
tranquilo. Emprega-se o til para indicar a nasalização
de vogais: afã, coração, devoções, maçã, relação etc.
 Acento agudo: timbre aberto.
 Acento circunflexo: timbre fechado.
 Acento til: timbre nasal.

FIGURAS DE LINGUAGEM
Figuras de som ou sonoras: aquelas que se utilizam
de efeitos da linguagem para reproduzir os sons
presentes nos seres.
Aliteração: repetição de sons consonantais (O rato
roeu a roupa do rei de Roma).
Assonância: repetição de sons vocálicos (O que o
vago e incógnito desejo / de ser eu mesmo de meu ser
me deu).
Paronomásia: repetição de palavras cujos sons são
parecidos, mas de significados distintos (Conhecer as
manhas e as manhãs, o sabor das massas e das
maças).
Onomatopeia: palavras que imitam sons (Chega de
blá-blá-bá).
Figuras de construção ou sintaxe: desvios que são
evidenciados na construção normal do período. Elas
ocorrem na concordância, na ordem e na construção
dos termos da oração.
Elipse: omissão de uma palavra que se identifica de
forma fácil (Tomara você me entenda/Tomara que
você me entenda).
Zeugma: omissão de um termo que já apareceu antes
(Nem ele entende a nós, nem nós a ele).
Pleonasmo: redundância cuja finalidade é reforçar a
mensagem (E rir meu riso e derramar meu pranto...).
Assíndeto: supressão de um conectivo entre
elementos coordenados (Acordei, levantei, comi, saí,
trabalhei, voltei).
Polissíndeto: repetição de conectivos ligando termos
da oração ou elementos do período (...e planta, e
colhe, e mata, e vive, e morre...).
Anacoluto: consiste em deixar um termo solto na
frase. Mudança repentina na estrutura da frase (Eu,
parece que estou ficando zonzo. Parece que eu estou
ficando zonzo).
Hipérbato ou Inversão: alteração da ordem direta da
oração (São como uns anjos os seus alunos. Os seus
alunos são como uns anjos).
Hipálage: atribuição de uma característica que
pertence a outra da mesma frase (Esse sapato não
entra no meu pé! = Eu não entro nesse sapato!).
Anáfora: repetição da mesma palavra ou expressão no
início de várias orações, períodos ou versos (Tudo é
silêncio, tudo calma, tudo mudez).
Silepse: ocorre quando a concordância se faz com a
ideia subentendida, com o que está implícito e não
com os termos expressos. A silepse pode ser:
- De gênero: Vivemos na bonita e agitada São Paulo
(Vivemos na bonita e agitada cidade de São Paulo)
- De número: A maioria dos clientes ficaram
insatisfeitas com o produto (A maioria dos
clientes ficou insatisfeita com o produto).
- De pessoa: Todos terminamos os exercícios. (neste
caso concordância com nós, em vez de eles: Todos
terminaram os exercícios)
Figuras de palavras ou semânticas: emprego de
uma palavra num sentido não convencional, ou seja,
num sentido conotativo.
Comparação ou símile: comparação em que se
utilizam os nexos comparativos explícitos, como tal
qual, assim como, que nem e etc. A principal
diferenciação entre a comparação e a metáfora é a
presença dos nexos comparativos (E flutuou no
ar como se fosse um príncipe).
Metáfora: consiste em empregar um termo com
significado diferente do habitual, com base numa
relação de similaridade entre o sentido próprio e o
sentido figurado. Na metáfora ocorre uma comparação
em que o conectivo comparativo fica subentendido
(Meu pensamento é um rio subterrâneo).
Catacrese: ocorre quando, por falta de um termo
específico para designar um conceito, toma-se outro
por empréstimo (Ele comprou dois dentes de
alho para colocar na comida).
Metonímia: parte pelo todo, autor pela obra
(Costumava ler Shakespeare. Costumava ler as obras
de Shakespeare).
Antonomásia: figura que designa uma pessoa por uma
característica, feito ou fato que a tornou notória (A
cidade eterna - em vez de Roma)
Sinestesia: Trata-se de mesclar, numa expressão,
sensações percebidas por diferentes órgãos
sensoriais (Um doce abraço ele recebeu da irmã -
sensação gustativa e sensação tátil).
Antítese: emprego de palavras ou expressões de
significados opostos (Os jardins têm vida e morte).
Eufemismo: consiste em atenuar um pensamento
desagradável ou chocante (Entregou a alma a Deus).
Gradação ou clímax: é uma sequência de palavras
que intensificam uma ideia, de forma crescente ou
decrescente (Porque gado a gente marca, tange,
ferra, engorda e mata, mas com gente é diferente).
Hipérbole: trata-se de exagerar uma ideia
intencionalmente (Estou morrendo de sede!).
Prosopopeia ou personificação: atribuição a seres
inanimados características dos seres humanos (O
jardim olhava as crianças sem dizer nada).
Paradoxo: consiste no uso de palavras de sentido
oposto que parecem excluir-se mutuamente, mas, no
contexto se completam, reforçam uma ideia e/ou
expressão (Estou cego, mas agora consigo ver).
Perífrase: substituição de uma ou mais palavras por
outra que a identifique (O ouro negro (petróleo) foi o
grande assunto do século).
Apóstrofe: interpelação enfática de pessoas ou seres
personificados (Senhor Deus dos desgraçados!/ Dizei-
me vós, Senhor Deus!).
Ironia: representação do contrário daquilo que se
afirma (Que pessoa educada! Entrou sem
cumprimentar ninguém).
USO DO HÍFEN
1. Letras iguais, separa com hífen (arqui-inimigo).
2. Letras diferentes, junta (neoliberalismo).
3. O “H” não tem personalidade. Separa (super-
homem).
4. O “R” e o “S”, quando estão perto das vogais, são
dobrados. Mas não se juntam com consoantes
(minissaia, sub-reino).
5. Depois dos prefixos “ex-, sota-, soto-, vice- e vizo-.
Separa com hífen (ex-diretor, vice-presidente).
6. Depois de “pós-, pré- e pró-“, quando TEM SOM
FORTE E ACENTO. Separa (pós-tônico, pré-
natal).
7. Não se usa o hífen após os prefixos “CO-, RE-,
PRE” (SEM ACENTO) (cooperar, preexistir,
prever).