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Capítulo 25:
Sessenta e Quatro Técnicas Clínicas

Tradução: Priscila B. Mulin 1

P. 385 2

Este capítulo fornece uma taxonomia de técnicas clínicas


comumente utilizadas na musicoterapia de improvisação. Uma técnica se
define como uma operação ou interação iniciada pelo terapeuta para
facilitar uma reação imediata por parte do paciente, ou para dar forma à
sua experiência imediata. Como explicado na unidade I, uma técnica
difere de um procedimento, que é uma estratégia simples ou operação
que aspira uma resposta imediata.

1 NOTA DA TRADUTORA: Tradução realizada no ano de 2010 a partir do livro em espanhol para ser utilizado como
recurso didático no ensino da disciplina Técnicas Musicoterápicas do curso de Graduação em Musicoterapia, não deve ser
divulgada, distribuída ou comercializada. Para esclarecer a diferenciação de possíveis termos utilizados na língua
portuguesa, faz-se necessário ressaltar que outra tradução para o nosso idioma foi realizada anteriormente pela
musicoterapeuta Márcia Cirigliano. Com intuito de evitar confusões referentes aos termos traduzidos, sempre que houver
diferença de termos entre a tradução atual e a anterior, isto será destacado em nota de rodapé, bem como o termo em
espanhol utilizado na referência e quando possível o termo original em inglês.

2 NOTA DA TRADUTORA: Paginação referente à fonte da edição em espanhol.

BRUSCIA, Kenneth E. Sesenta y cuatro técnicas clínicas in ________. Modelos de Improvisación em


Musicoterapia.
Musicoterapia Vitória-Gasteiz: Agruparte, 1999. Cap. 25, p. 385-411.
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Sumário3
DESENVOLVENDO UMA TAXONOMIA ........................................................................................ 4
DEFINIÇÕES E USOS ................................................................................................................... 6
TÉCNICAS DE EMPATIA ............................................................................................................ 13
1. Imitar................................................................................................................................... 13
2. Sincronizar ........................................................................................................................... 14
3. Incorporar............................................................................................................................ 16
4. Regular/ Ajustar-se .............................................................................................................. 17
5. Refletir................................................................................................................................. 18
6. Amplificar/Exagerar ............................................................................................................. 19
TÉCNICAS DE ESTRUTURAÇÃO ................................................................................................. 20
7. Fundo Rítmico:..................................................................................................................... 20
8. Centro Tonal ........................................................................................................................ 21
9. Dar Forma............................................................................................................................ 22
TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO ...................................................................................................... 23
10. Repetir............................................................................................................................... 23
11. Modelar ............................................................................................................................. 24
12. Criar Espaços ..................................................................................................................... 25
13. Interpor ............................................................................................................................. 25
14. Estender ............................................................................................................................ 26
15. Completar .......................................................................................................................... 27
TÉCNICAS DE REDIREÇÃO ......................................................................................................... 28
16. Introduzir Mudança ........................................................................................................... 28
17. Diferenciação ..................................................................................................................... 29
18. Modular ............................................................................................................................. 30
19. Intensificar ......................................................................................................................... 31
20. Acalmar ............................................................................................................................. 32
21. Intervir............................................................................................................................... 32
TÉCNICAS DE INTIMIDADE ....................................................................................................... 33
22. Compartilhar Instrumentos ................................................................................................ 33
23. Dar (de Presente) ............................................................................................................... 34
24. Unir/ Criar Laços (Bonding) ................................................................................................ 34
25. Solilóquios ......................................................................................................................... 35
TÉCNICAS DE PROCEDIMENTO ................................................................................................. 36
26. Permitir/ Capacitar ............................................................................................................ 36
27. Trocar ................................................................................................................................ 36
28. Pausa ................................................................................................................................. 37
29. Retirar-se ........................................................................................................................... 37

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Sumário inserido para facilitar a localização das técnicas no material.

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Musicoterapia.
Musicoterapia Vitória-Gasteiz: Agruparte, 1999. Cap. 25, p. 385-411.
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30. Experimentar ..................................................................................................................... 38


31. Conduzir ............................................................................................................................ 39
32. Ensaiar ............................................................................................................................... 40
33. Executar............................................................................................................................. 40
34. Rebobinar .......................................................................................................................... 41
35. Informar/ Relatar: .............................................................................................................. 41
36. Reação ............................................................................................................................... 42
37. Analogia............................................................................................................................. 42
TÉCNICAS REFERENCIAIS .......................................................................................................... 43
38. Parear ................................................................................................................................ 43
39. Simbolizar .......................................................................................................................... 43
40. Recordação ........................................................................................................................ 44
41. Associação Livre ................................................................................................................. 44
42. Projetar ............................................................................................................................. 45
43. Fantasiar ............................................................................................................................ 45
44. Contar Estória .................................................................................................................... 46
TÉCNICAS DE EXPLORAÇÃO EMOCIONAL.................................................................................. 47
45. Conter/Holding .................................................................................................................. 47
46. Substituir (sósia – fazer/ dobrar o papel de) ....................................................................... 48
47. Contrastar.......................................................................................................................... 49
48. Fazer Transições ................................................................................................................ 50
49. Integrar.............................................................................................................................. 51
50. Sequenciar ......................................................................................................................... 52
51. Dividir ................................................................................................................................ 52
52. Transferir ........................................................................................................................... 53
53. Desempenhar um papel ..................................................................................................... 54
54. Ancorar. ............................................................................................................................. 54
TÉCNICAS DE DEBATE .............................................................................................................. 56
55. Conectar ............................................................................................................................ 56
56. Investigar ........................................................................................................................... 57
57. Esclarecer .......................................................................................................................... 57
58. Resumir ............................................................................................................................. 58
59. Feedback ........................................................................................................................... 58
60. Interpretar ......................................................................................................................... 58
61. Metaprocessar ................................................................................................................... 59
62. Reforçar ............................................................................................................................. 59
63. Confrontar ......................................................................................................................... 60
64. Revelação .......................................................................................................................... 60

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Musicoterapia.
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DESENVOLVENDO UMA TAXONOMIA

Para desenvolver uma taxonomia de técnicas foi necessário ao autor isolar e


definir múltiplas técnicas de forma consistente. Uma das dificuldades que se encontra
ao revisar a literatura é que o mesmo termo é frequentemente usado para se referir à
técnicas diferentes, e que termos diferentes são frequentemente usados para se referir
à mesma técnica. Como consequência, a terminologia pode ser bem confusa, quando se
comparam técnicas usadas em diferentes modelos de terapia.

Devido à confusão na terminologia, um vocabulário especial teve de ser


desenvolvido. O vocabulário é baseado mais nas semelhanças e diferenças das técnicas
em si, do que em suas utilizações idiossincráticas e terminologias de terapeutas
individuais. Quando possível, mantivemos os termos e definições comumente aceitos.

Para isolar e distinguir as técnicas foi necessário identificar maneiras de se


comparar as técnicas. As semelhanças e diferenças foram encontradas nas três
seguintes áreas, cada uma delas envolvendo diversas variáveis:

Foco/centro. As técnicas variam em quais aspectos da experiência de


comportamento do paciente estará em foco de observação e intervenção.
Quando se utiliza uma técnica, o terapeuta pode observar e/ou responder
à música, movimento, verbalizações, etc. do paciente.

Objetivos. Cada técnica tem seus próprios objetivos e utilizações


clínicas. Portanto, para comparar diferentes técnicas, é importante
perguntar o que se consegue ao utilizá-las. Que respostas ou reações do
paciente proporcionam cada técnica? O paciente vai explorar um novo
padrão de resposta, continuar e elaborar o mesmo padrão, ou vai
modificá-lo, trocá-lo, ou descontinuá-lo? Que tipos de relações vão ser
favorecidas: intramusicais, intrapessoais, intermusicais ou interpessoais?

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Implementação. Quando se implementa uma técnica, o terapeuta pode


engajar o paciente através da música, do movimento, da verbalização,
etc. Algumas técnicas podem ser implementadas nas diversas
modalidades, outras podem ser implementadas em somente uma. A
modalidade do terapeuta pode ser a mesma do paciente, ou diferente. O
terapeuta pode implementar a técnica enquanto o paciente dá uma
resposta (simultaneamente) ou depois (sucessivamente). A técnica pode
envolver, seguir ou adaptar ao que o paciente está fazendo, propiciar
uma nova resposta, ou intervir. E, finalmente, se a técnica envolve
improvisação, ela pode ser referencial ou não referencial.
P. 386

Como ficará evidente, as técnicas coincidem consideravelmente. Algumas


técnicas compartilham o mesmo foco, mas diferem em sua implementação e em seus
objetivos. Outras são implementadas de forma semelhante, mas focalizam aspectos
diferentes da experiência do paciente, e possuem diferentes objetivos clínicos.

As técnicas raramente são utilizadas isoladamente. Frequentemente, elas se


implementam em diversas combinações com outras técnicas. As técnicas podem se
combinar simultaneamente, ou em várias sequencias, produzindo, portanto, variações
infinitas em seu foco, objetivo e implementação.

Devido às muitas semelhanças, coincidências e combinações, é frequentemente


difícil isolar uma técnica, ou distingui-la das outras. Ainda assim, sob o ponto de vista
clínico, tal separação e definição são essenciais para a sua utilização eficaz. Ao se
revisar os vários modelos de terapia de improvisação, dois critérios foram usados para
identificar e isolar as técnicas. Primeiro, a técnica pode ser utilizada isoladamente como
uma estratégia de intervenção, embora possa ser combinada, ou frequentemente usada
em conjunto com outra. Segundo, quando utilizada isoladamente, a técnica é diferente
de todas as outras técnicas pelo seu foco de objetivo, ou padrão de implementação,
embora possa ter certas semelhanças e coincidências.

Utilizando esses critérios, se identificaram sessenta e quatro técnicas clínicas na


prática da musicoterapia de improvisação. A tabela XXXVI fornece uma breve definição
de cada técnica. A maioria dessas técnicas são aplicáveis a quadros individuais ou
grupais.

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DEFINIÇÕES E USOS
Cada técnica possui múltiplas aplicações quando utilizada isoladamente, e muito
mais quando usada em conjunto com outras. Por questões de clareza, as 64 técnicas
têm sido agrupadas sob títulos, de acordo com sua aplicação ou uso principal dentro de
uma sessão de improvisação. As técnicas se utilizam normalmente para: transmitir
empatia, proporcionar uma estrutura musical para a improvisação do paciente,
organizar o processo de improvisação, estimular a improvisação referencial, explorar
emoções e discutir temas terapêuticos. Deve-se notar que cada técnica, na verdade, se
encaixa em diferentes títulos, e que não há um número limitado de títulos que podem
ser utilizados.

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Tabela XXXVII4

64 Técnicas em Clínicas na Musicoterapia de


Improvisação
Por Kenneth Bruscia

TÉCNICAS DE EMPATIA5
03. INCORPORAR:
01. IMITAR: 02. SINCRONIZAR: utilizar um motivo ou
fazer eco ou reproduzir uma fazer o que o paciente está comportamento musical do
resposta do paciente, depois fazendo ao mesmo tempo. paciente como tema para uma
de a resposta estar completa. improvisação, ou composição
pessoal, e elaborá-lo.

04. REGULAR/AJUSTAR 05. REFLETIR: 06. AMPLIFICAR/


(movimento regulado)6: ajustar-se ao estado de EXAGERAR:
Ajustar-se ao nível de energia ânimo, atitude e sentimento extrair algo que seja diferente ou
do paciente (intensidade e exibidos pelo paciente. único sobre a resposta ou
velocidade). comportamento do paciente e
exagerá-lo.

TÉCNICAS DE ESTRUTURAÇÃO7
7. FUNDO RÍTMICO8: 8. CENTRO TONAL: 9. DAR FORMA:
manter um compasso proporcionar um centro ajudar o paciente a definir a
básico ou proporcionar um tonal, escala, ou fundo duração de uma frase e dar a
fundo rítmico para a harmônico como base ela uma forma expressiva.
improvisação do paciente. para a improvisação do
paciente.

4
Técnicas numeradas pela tradutora.
5 Do original em inglês EMPATHY
6 Da tradução em espanhol: PASSEO/ Do texto em inglês: PACING
7 Do original em inglês STRUCTURING.
8
Tradução anterior: BASE RÍTMICA/ Espanhol: FONDO RÍTMICO

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8

TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO9
(favorecer, proporcionar)

10. REPETIR: 11. MODELAR: 12. CRIAR ESPAÇOS:


reiterar o mesmo padrão apresentar ou demonstrar deixar espaços em toda
rítmico, melódico ou de algo para o paciente o estrutura da improvisação
movimento, ou de letra imitar ou imitá-lo. própria para o que o paciente
etc., contínua ou se interponha.
intermitentemente.

13. INTERPOR10: 14. ESTENDER: 15. COMPLETAR:


esperar que haja um adicionar alguma coisa responder ou completar a
espaço na música do para ao final da resposta pergunta musical do paciente,
paciente para preenchê-lo. do paciente para ou a frase antecedente.
complementá-la.

TÉCNICAS DE REDIREÇÃO11

16. INTRODUZIR UMA 17. DIFERENCIAR:


MUDANÇA: improvisar música 18. MODULAR:
iniciar um novo material simultânea, que esteja mudar a métrica ou
temático (ritmo, melodia, separada, distinta e tonalidade da improvisação
letra) e levar a independente da música com o paciente.
improvisação em direção do paciente, mas
diferente. compatível.

19. INTENSIFICAR: 20. ACALMAR: 21. INTERVIR:


aumentar a dinâmica, o reduzir ou controlar a interromper, desestabilizar ou
andamento, ritmo e/ou dinâmica, o andamento, a redirecionar fixações,
tensão melódica. tensão melódica ou a perseverações, ou condutas
tensão rítmica. estereotipadas.

9 Do original em inglês ELICITATION. Na tradução anterior foi utilizado o termo TÉCNICAS DE DEDUÇÃO. A versão espanhola utiliza o

termo TÉCNICAS DE FACILITACIÓN.


10 A tradutora da versão anterior optou pelo termo INSERIR. A versão espanhola utiliza o termo INTERPONER. Do original em inglês

INTERJECTING.
11
Do original em inglês REDIRECTION.

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TÉCNICAS DE INTIMIDADE 12

23. DAR 13: 24. UNIÃO 14


:
22. COMPARTILHAR
presentear o desenvolver uma 25. SOLILÓQUIO:
INSTRUMENTOS:
paciente com um peça ou uma canção improvisar uma canção
utilizar o mesmo curta baseada na
regalo como uma como se falasse a si
instrumento que o resposta do paciente
execução musical, mesmo sobre o
paciente, ou tocá-lo e utilizá-la como
um instrumento, paciente.
cooperativamente. tema para a relação.
etc.

TÉCNICAS DE PROCEDIMENTO 15

26. PERMITIR/ 27. TROCAR 17: 28. FAZER 29. RETIRAR-SE18:


CAPACITAR16: mudar de uma PAUSAS: desempenhar um papel
instruir o paciente modalidade e/ou fazer com que o menos ativo ou de
sobre a meio de paciente descanse controle e permitir que
improvisação ou expressão para em diversos o paciente dirija a
ajudá-lo de alguma outro. momentos da experiência.
outra maneira. improvisação.

30.EXPERIMENTAR: 31. CONDUZIR: 32. ENSAIAR: 32. EXECUTAR: fazer


proporcionar uma dirigir uma O terapeuta faz com que o paciente
estrutura ou ideia improvisação com que o refaça uma
para guiar a musical por meio paciente participe improvisação depois de
improvisação do de gestos ou em uma parte ou ter ensaiado.
paciente e fazê-lo sinais. da totalidade de
experimentar esta. uma improvisação.

12
Do original em inglês INTIMACY.
13
A tradutora anterior optou pelo termo DAR DE PRESESNTE. A versão espanhola utiliza simplesmente o termo DAR.
14
Do original em inglês BONDING ./ CRIAR LAÇOS foi o termo sugerido na tradução anterior/ A versão espanhola utiliza o termo
UNIÓN.
15 Do original em inglês PROCEDURAL
16
Versão espanhola utilizou o termo PERMITIR.
17
Do original em inglês SHIFTING.
18 A tradutora anterior optou pelo termo RECUAR. A versão espanhola utiliza a expressão RETIRAR-SE.

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34. REBOBINAR 19: 35. INFORMAR/ 36. REAGIR: 37. ANALOGIA:


RELATAR:
fazer com que o após uma após uma improvisação
O terapeuta
paciente escute uma improvisação pedir ao paciente que
pede ao paciente
gravação de sua perguntar ao cite uma situação em
que relate vários
própria paciente o que ele sua vida que seja
aspectos da
improvisação. gostou, o que ele análoga à experiência
experiência de
não gostou. de improvisação.
improvisação.

TÉCNICAS REFERENCIAIS 20

38. PAREAR/ NIVELAR: 39. SIMBOLIZAR: 40. RECORDAÇÃO21:


o terapeuta improvisa fazer com que o paciente fazer com que o paciente
diferentes motivos utilize algo musical recorde ou imagine sons que
musicais para respostas (instrumento, motivo) acompanharam uma situação
selecionadas do paciente e para descobrir ou ou acontecimento particular e
depois toca o motivo cada representar algo mais os reproduza.
vez que o cliente emite (acontecimento ou
uma resposta. pessoa).

41. ASSOCIAÇÃO 42. PROJETAR:


LIVRE:
fazer com que o
levar o paciente a
paciente improvise 43. FANTASIAR: 44. CONTAR UMA
dizer o que quer
música que fazer com que o ESTÓRIA:
que venha à mente
descreva uma paciente a improvisar música e
ao escutar uma
situação real, improvise uma estimular o paciente a
improvisação,
sentimento, fantasia, estória, inventar uma estória.
incluindo imagem,
acontecimento ou mito ou sonho.
lembranças ou
relação.
associações.

19 REPRODUZIR – termo utilizado na tradução anterior/ REBOBINAR – termo utilizado na edição em espanhol.
20
Do original em inglês REFERENTIAL.
21
RECOLETAR – tradução anterior/ RECUERDO – edição espanhola.

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TÉCNICAS DE EXPLORAÇÃO EMOCIONAL 22

45. CONTER/HOLDING: 46. SUBSTITUIR


quando o paciente (sósia, fazer/ dobrar o papel de)23: 47. CONTRASTAR:
improvisa, o terapeuta expressar sentimentos fazer com que o paciente
fornece um fundo musical que o ele tenha improvise qualquer dos seus
que ressoe com os dificuldade de reconhecer, sentimentos opostos.
sentimentos do paciente, ou liberar completamente.
enquanto os contém.

48. FAZER 49. INTEGRAR: 50. 51. DIVIDIR/


TRANSIÇÕES: introduzir SEQUENCIAR: CISÃO24:
fazer com que o elementos de ajudar o paciente improvisar com o
paciente a encontre contraste na a colocar coisas pacientes, dois
diversas maneiras, improvisação, em uma ordem aspectos conflitantes
dentro de uma combiná-los e sequencial (ex.: do eu do paciente.
improvisação, de ir depois equilibra- partes de uma
de uma qualidade los e depois fazê- improvisação,
de sentimento para los compatíveis. acontecimentos de
seu oposto. uma estória, ou
informação
autobiográfica).

54. ANCORAR:
associar uma experiência
52. TRANSFERIR: 53. DESEMPENHAR UM significativa em terapia com
improvisar duetos com o PAPEL 25: algo que capacite o paciente a
paciente que explorem trocar diversos papéis lembrar facilmente ou refazer
relações significativas em com o paciente enquanto a experiência em uma
sua vida. improvisa. modalidade, meio ou forma
que facilite a exteriorização ou
a consolidação.

22
Do original em inglês EMOTIONAL EXPLORATION.
23 Do inglês DOUBLING e do espanhol DOBLAR.
24 SPLITTING – termo original em inglês/ CISÃO – termo utilizado na tradução anterior/ DIVIDIR – termo utilizado na edição em

espanhol.
25
TOMADA DE PAPEL – termo utilizado na tradução anterior/ TOMADA DE ROLES – termo utilizado na edição em espanhol.

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TÉCNICAS DE DEBATE/DISCUSSÃO 26

55. CONECTAR: 56. INDAGAR27: 57. ESCLARECER28:


verbalizar ou perguntar ao fazer perguntas ou fazer com que o paciente
paciente quantos aspectos afirmações para facilitar a elabore, esclareça ou verifique
da experiência ou informação precedente do informação que já tenha sido
expressão se relacionam paciente. oferecida.
entre si.

58. RESUMIR:
recapitular
verbalmente os 61.METAPROCESSAR:
acontecimentos da 59. FEEDBACK: 60. INTERPRETAR: fazer com que o
terapia e colocá-los verbalizar como o oferecer possíveis paciente mude para um
concisamente, ou paciente soar, explicações para nível de consciência
revisar as sentir ou parecer as experiências do que o capacite a
experiências ou para outra pessoa. paciente. observar e reagir sobre
respostas do o que está fazendo ou
paciente durante sentindo.
uma fase particular
da terapia ou
situação de vida.

62. REFORÇAR: 63. CONFRONTAR: 64. REVELAR:


recompensar paciente desafiar o paciente a revelar algo pessoal ao
positivamente ou indicar discrepâncias, ou paciente, falar sobre si
negativamente de acordo contradições em suas mesmo durante uma sessão.
com seu comportamento. respostas.

P. 387

26 Do original em inglês DISCUSSION.


27
SONDAR – tradução anterior
28
CLARIFICAR – tradução anterior

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TÉCNICAS DE EMPATIA

Um dos aspectos mais poderosos da terapia de improvisação é o de que o


terapeuta tem muitíssimas maneiras de transmitir empatia diretamente. Isso se
consegue normalmente reproduzindo ou espelhando não verbalmente o que faz o
paciente. Reproduzir o paciente não só serve para transmitir empatia, mas também
para estabelecer relação e fornecer uma resposta interativa. As técnicas nesta categoria
incluem (A) IMITAR, (B) SINCRONIZAR, (C) INCORPORAR, (D) REGULAR, (E)
REFLETIR E (F) AMPLIFICAR29, as quais podem ser implementadas em diversas
modalidades, e com diversos níveis de precisão.

1. Imitar
(TÉCNICA DE EMPATIA)

O terapeuta faz eco ou reproduz uma resposta do paciente, depois de a resposta


ter sido apresentada. O terapeuta pode focar a imitação em qualquer som, ritmo,
intervalo, melodia, movimento, expressão facial, verbalização, resposta ao tocar, etc.,
oferecidos pelo paciente. IMITAR30 deve utilizar-se seletivamente (somente com uma
certa resposta do paciente) e cuidadosamente (de maneira que não conduza mímica).

IMITAR utiliza-se para focar a atenção do paciente em sua própria ação, para
reforçar o paciente em uma reação ou comunicação, para indicar ao paciente quais
aspectos de sua resposta são relevantes à tarefa ou situação, para transmitir aceitação
do que foi oferecido pelo paciente, para verificar a mensagem proposta pelo paciente,
para estabelecer o revezamento como um paradigma de interação, e para dar ao
paciente uma oportunidade de dirigir e controlar o terapeuta e modelar o
comportamento imitativo.

29
Grifos e numeração inseridos por mim para facilitar a localização das técnicas no material.
30
Quando nomes de técnicas aparecerem no texto serão destacados em negrito e itálico para facilitar a localização das mesmas.

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Intimamente relacionadas, porém técnicas diferentes são: a SINCRONIZAÇÃO,


INCORPORAÇÃO, REGULAR e REFLETIR. IMITAR se distingue de SINCRONIZAR,
porque ocorre após a resposta do paciente, em vez de durante. Se distingue de
INCORPORAR porque não envolve elaboração. Se distingue de REFLETIR porque é
uma réplica objetiva de idéias musicais e materiais, em vez de uma interpretação
subjetiva de seu sentimento de base. Se distingue do REGULAR porque focaliza um
material musical temático, em vez da quantidade de energia gasta.

Uma variação desta técnica é que o terapeuta faça com que um paciente imite o
outro, isto se chama de “imitar o companheiro”.
P. 391

A imitação pode também ser implementada verbalmente. Isto envolve repetir


verbalmente o que o paciente diz e, dependendo do propósito, com a mesma ou com
diferente inflexão tonal. A imitação verbal pode ser usada para reforçar as afirmações
do paciente, para facilitar um esclarecimento, ou induzir o auto-conhecimento.

2. Sincronizar
(TÉCNICA DE EMPATIA)

O terapeuta faz o mesmo que o paciente faz, quando o paciente está fazendo,
sincronizando o processo para que suas ações coincidam. A sincronização pode ser
alcançada em diversos níveis de precisão. Quando se sincroniza, o terapeuta pode
tentar encaixar-se em muitos aspectos da resposta do paciente, ou apenas em algumas
dimensões. Além disso, o terapeuta pode permanecer dentro de uma mesma
modalidade de expressão (unimodal) ou mudar para outra (transmodal31).

Em um contexto musical, a sincronia unimodal ocorre quando o terapeuta


encaixa-se aos ritmos e melodias e/ou letras do paciente e permanece em uníssono
com o paciente quando estão produzindo. Na sincronia musical unimodal, o
terapeuta tem várias opções para variar a precisão. O terapeuta pode sincronizar com
apenas um elemento musical em particular da improvisação do paciente (ex.: ritmo) ou

31
Do inglês crossmodal

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com diversos elementos (ritmo melodia, letra, dinâmica). O terapeuta pode usar o
mesmo meio vocal ou instrumental que o paciente ou um diferente. Outra variação
incluí a “imitação de canon” (quando o terapeuta está uma ou dois compassos atrás
do paciente reproduzindo o que este faz). Um “espelho musical” é quando o
terapeuta sustenta a melodia do paciente reproduzindo cada intervalo na direção oposta
ou em sentido contrário.

A sincronia unimodal também pode ser implementada em outras modalidades


como o movimento, a mímica e o jogo. Nestas modalidades, o terapeuta se sincroniza
com alguns de todos os aspectos da postura, movimento, comportamento ou ações do
paciente. Isto pode variar desde a expressão facial a posições corporais, ou de
movimentos sutis reflexivos, como respirar e piscar os olhos até atos motores de
coordenação grossa de âmbito bem concreto. Uma variação muito comum que ocorre
na interação de movimento face a face é o espelho. No espelhamento o terapeuta
executa as mesmas ações, ou movimentos do paciente, mas inverte sua direção, como
numa imagem refletida em um espelho.

Na “sincronia transmodal”, o terapeuta encaixa-se temporariamente à ação


do paciente em uma modalidade diferente, ou realiza um ato completamente diferente
do uníssono temporal. Por exemplo, o terapeuta pode improvisar música em sincronia
com os movimentos do paciente, mover-se em sincronia com a música do paciente, ou
falar em sincronia com a respiração do paciente.

A sincronia é usada para apoiar, estabilizar, ou fortalecer a resposta do


paciente, para promover a auto-conhecimento do paciente, para criar mais intimidade
na relação paciente-terapeuta, para dar ao paciente oportunidades de se expressar,
para transmitir aceitação e identificação, e para desenvolver uma compreensão
empática do paciente.
P. 392

Intimamente relacionadas, mas com técnicas diferentes, estão IMITAR, REFLETIR


E REGULAR. A sincronização envolve imitar as ações do paciente simultaneamente,
em vez de sucessivamente, e embora freqüentemente envolva ir além dos atos
observáveis do paciente, SINCRONIZAR não necessariamente envolve REFLETIR os
sentimentos do paciente, ou CONTER/SUSTENTAR o nível de energia do paciente.

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Musicoterapia Vitória-Gasteiz: Agruparte, 1999. Cap. 25, p. 385-411.
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3. Incorporar
(TÉCNICA DE EMPATIA)

Quando improvisa com o paciente, o terapeuta toma um motivo32 rítmico ou


melódico apresentado pelo paciente e o converte em um tema33 para sua própria
improvisação. INCORPORAR vai mais além de IMITAR, porque o motivo do paciente
pode ser modificado, desenvolvido e exagerado. Além do mais, o motivo se estende em
uma improvisação inteira que pode também incluir outros temas e materiais
pertencentes ao terapeuta ou ao paciente.

A incorporação pode ser implementada no momento em que o paciente


apresenta o motivo, ou em uma sessão posterior. Gravações de sessões anteriores
geralmente revelam uma riqueza de idéias musicais que o paciente ofereceu e não
foram percebidas no momento. Essas idéias podem ser eficazmente usadas como temas
para improvisações posteriores com o paciente.

Esta técnica é usada para motivar o paciente a apresentar um motivo musical,


transmitir aceitação da música do paciente, modelar criatividade e expressão musical,
dar exemplo de diversas maneiras de se trabalhar com um sentimento musical e
constituir um repertório musical para uso em terapia. Geralmente precede a técnica de
UNIÃO.

A incorporação deve ser utilizada cuidadosamente. Dois problemas podem


ocorrer. Alguns pacientes podem se sentir muito pressionados e ameaçados quando sua
música é tomada pelo terapeuta. Para estes, a incorporação simboliza ser consumido
pelo terapeuta. Outros podem reagir com ressentimento. Para eles, a incorporação
simboliza que o terapeuta rouba sua criação e invade sua privacidade.

32
Do original em inglês: motif
33
Do original em inglês: theme

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4. Regular/ Ajustar-se
(TÉCNICA DE EMPATIA)

O terapeuta sustenta o nível de energia do paciente utilizando a mesma


intensidade e velocidade de esforço do paciente. No regular, o terapeuta não
necessariamente executa as mesmas ações na mesma modalidade e ao mesmo tempo.
O foco de atenção esta na quantidade e no fluxo de energia, não importando o
conteúdo musical ou emocional da resposta do paciente.

O regular pode ser unimodal ou transmodal. No regular unimodal, o terapeuta


responde na mesma modalidade do paciente. Por exemplo, na música, o terapeuta
canta ou toca no mesmo andamento e nível de dinâmica que a música do paciente. No
movimento, o terapeuta se move na mesma velocidade e peso que o paciente. Na fala,
o terapeuta fala na mesma velocidade e volume que o paciente. Em todos esses
exemplos, o terapeuta pode, ou não, usar os mesmos ritmos, melodias, movimentos ou
palavras. Deste modo, o conteúdo musical e emocional da expressão do terapeuta pode
ser diferente da do paciente.
P. 393

No regular transmodal, o terapeuta reproduz o nível de energia do paciente,


mas em uma modalidade diferente. Por exemplo, o terapeuta pode sustentar
musicalmente o peso e a velocidade dos movimentos do paciente, ou pode se mover de
acordo com a velocidade e o nível de dinâmica da música do paciente.

Para saber se o regular deve ser feito na mesma ou em outra modalidade, uma
pista importante para o terapeuta é o fraseado do paciente Em geral, o paciente tem
um modo característico de dar forma ou de formar um fluxo de energia de sua música,
movimento ou fala. O regular eficaz pode, portanto, envolver conter e reproduzir a
duração e a forma do fraseado do paciente ou utilizar a técnica chamada “DAR
FORMA”.

O regular é usado para aumentar a relação física do paciente com o meio


ambiente, estabelecer confiança, aumentar o conforto, promover autoconhecimento,
desenvolver empatia e preparar o paciente para modular outro nível de energia.

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5. Refletir
(TÉCNICA DE EMPATIA)

O terapeuta reflete o mesmo estado de ânimo ou sentimento que o paciente. O


terapeuta pode fazer o reflexo na mesma modalidade que o paciente (unimodal) ou em
uma modalidade diferente (transmodal), durante a auto-expressão do paciente ou
imediatamente depois. As modalidades principais de reflexo são: a música, a letra, a
verbalização e o movimento.

No reflexo musical, o terapeuta improvisa para sustentar o estado de ânimo ou


sentimento que o paciente expressa por meio da música (unimodal), linguagem
corporal (transmodal) ou verbalizações (transmodal). O reflexo musical pode também
incluir uma expressão musical da personalidade do paciente.

O reflexo musical pode acompanhar ou seguir a auto-expressão do paciente e


o terapeuta pode ou não usar o mesmo meio (voz, instrumento) ou materiais (ritmo,
melodia) que o paciente. Deste modo, o reflexo musical não necessariamente implica
IMITAR ou SINCRONIZAR-SE com o paciente. O REGULAR, no entanto, é uma parte
integrante do reflexo.

No reflexo lírico, o terapeuta canta letras que descrevem o que o paciente faz
ou os sentimentos que sofre por meio da música (unimodal), linguagem corporal
(transmodal), ação motora (transmodal) ou jogo (transmodal). O reflexo lírico,
normalmente, acompanha as ações e a auto-expressão do paciente.

O reflexo lírico é semelhante à técnica chamada “SOLILÓQUIO”, mas


diferencia no sentido de descrever o que o paciente faz, em vez de o que o terapeuta
pensa.
P. 394

No reflexo verbal, o terapeuta verbaliza sobre e os estados de ânimo ou


sentimentos expressados pelo paciente, através das palavras (unimodal), música
(transmodal) ou movimento (transmodal). O reflexo verbal pode acompanhar ou
seguir a auto-expressão do paciente na música ou no movimento, mas sempre segue a
expressão verbal do paciente. Quando se reflete as verbalizações do paciente, o

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terapeuta não necessita usar as mesmas palavras que as do paciente para transmitir os
sentimentos e significados expressados por meio destas.

No reflexo do movimento, o terapeuta usa a linguagem corporal e o


movimento para refletir estados de ânimo ou sentimentos que apresenta o paciente
por meio da postura (unimodal), movimentos (unimodal), música (transmodal) ou
verbalização (transmodal). O reflexo do movimento pode acompanhar ou seguir a
autoexpressão do paciente.

Em todos os casos requer que o terapeuta se foque nos sentimentos do paciente


em cada momento. Quando se expressa em uma modalidade particular, refletir
também requer que terapeuta interprete os sentimentos que formam a expressão do
paciente e que os traduza em impressões na mesma modalidade ou em modalidades
diferentes.

O reflexo é usado para promover autoconhecimento emocional do paciente,


para transmitir aceitação das ações e sentimentos do paciente, para estabelecer
confiança e para demonstrar empatia e compreensão.

6. Amplificar/Exagerar
(TÉCNICA DE EMPATIA)

O terapeuta exagera algo que seja único ou distinto sobre o paciente ou sobre o
que o paciente faz. Se o paciente está improvisando, o terapeuta pode exagerar um
timbre, melodia, intervalo, contorno, ou estrutura de frase que esteja sendo usada pelo
paciente ou o sentimento que esteja expressando. Se o paciente não está
improvisando, o terapeuta pode REFLETIR os sentimentos e estados de ânimo
observados na conduta do paciente, e, depois exagerá-los musicalmente.

Esta técnica é usada para levar a qualidade exagerada ao conhecimento do


paciente e para utilizá-la possivelmente como foco para exploração musical. Deve-se
tomar cuidado para não transmitir zombaria.

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TÉCNICAS DE ESTRUTURAÇÃO

7. Fundo Rítmico:
(TÉCNICA DE ESTRURURAÇÃO)

O terapeuta mantém um compasso básico, ou fornece um ostinato rítmico como


base para a improvisação do paciente. O fundo é usado para ajudar o paciente a
organizar sua improvisação de acordo com um pulso base, para estabilizar o andamento
do paciente, para ajudar o paciente a controlar seus impulsos, e para promover
sentimentos de estabilidade e segurança. Proporciona apoio físico e psicológico para os
esforços do paciente, e mantém o paciente assentado em uma realidade física. Deve-se
ter cuidado para evitar controlar ou constranger a improvisação do paciente por meio
do fundo rítmico.

DAR BASE é similar a INTEGRAR e ao CONTER/HOLDING. É diferente de


INTEGRAR porque implica manter o pulso e o metro, em vez de justapor
complexidades rítmicas em cima destes. Além disso, DAR BASE tem a ver apenas com
o ritmo musical, enquanto que INTEGRAR pode também envolver justapor e equilibrar
emoções conflitantes que estão sob investigação.
P. 395

DAR BASE se diferencia de CONTER/ HOLDING porque não envolve encaixar-


se simultaneamente a intensidade emocional da improvisação do paciente.

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8. Centro Tonal
(TÉCNICA DE ESTRURURAÇÃO)

O terapeuta fornece um centro tonal, escala ou fundo harmônica para a


improvisação do paciente. Isto pode envolver limitar os tons que o paciente usa em
uma escala determinada, fornecendo um baixo de base, adicionando um ponto de
pedal, som grave, ostinato melódico, bordão ou oferecer um acompanhamento de
acordes.

O centro tonal é usado para ajudar o paciente a organizar suas melodias,


garantir seu êxito, estimular o pensamento musical, ajudar o paciente a desenvolver
conceitos de dissonância e consonância, tanto na música como na vida, evocar emoções
e estados de ânimo específicos, estabelecer e sustentar os sentimentos expressados
pelo paciente, fornecer a estrutura e a tranquilidade necessária para que o paciente
possa assumir sentimentos dissonantes, de conflito.

O centrar é usado sempre que a atonalidade não seja terapeuticamente


indicada. Em contraste com o centro tonal, a atonalidade fornece poucos limites
melódicos ou harmônicos para estados de ânimo e sentimentos. Assim, a atonalidade
pode servir como um catalisador emocional e como um excelente meio para expressar
sentimentos não formados ou disjuntos. O centro tonal, por outro lado, é indicado
sempre que o paciente não está preparado para enfrentar ou conter sentimentos
incipientes ou quando a natureza imprevisível e volátil da atonalidade for
demasiadamente angustiante.

O centro organiza material atonal, enquanto a base/fundo organiza materiais


rítmicos. Como a base, o centro pode ser usado em conjunção com técnicas de
integrar e conter/holding.

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9. Dar Forma
(TÉCNICA DE ESTRURURAÇÃO)

Em um contexto musical, o terapeuta ajuda o paciente a definir a duração e


forma de uma ideia musical completa. A duração de uma frase pode ser estabelecida
por meio do MODELAR, SINCRONIZAR, parar e iniciar com o paciente, ou através da
adição de letra. A forma da frase pode ser definida proporcionando um acontecimento
focal (ex.: um clímax tonal no início, meio ou final da frase) e quando se dirige o fluxo
de energia através de crescendos, diminuendos, acelerandos e ritardandos.

Há duas formas efetivas de ajudar o paciente a reconhecer ou estabelecer a


forma de sua expressão, são elas: fazer com que o paciente use dois instrumentos, um
para o começo de um crescendo ou acelerando e o outro para a clímax-tonal da
cadência; improvisar com o paciente usando as técnicas de IMITAR, SINCRONIZAR
e REGULAR.

DAR FORMA é usada para moldar os impulsos do paciente. Assim, ajuda-se a


concretizar e exteriorizar ações e sentimentos internos do paciente em formas sonoras
significativas. É frequentemente usada quando o paciente não é capaz de organizar
impulsos motores em unidades expressivas, ou quando o paciente é incapaz de
despejar seus sentimentos em ideias musicais, ou unidades de frase. É também útil
para desenvolver material temático de INCORPORAÇÃO e vincular as técnicas, bem
como para guiar a improvisação do terapeuta, quando este tenta REFLETIR ou
REGULAR/ENCAMINHAR o paciente.

P. 396

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TÉCNICAS DE FACILITAÇÃO
(FAVORECER, PROPORCIONAR)

10. Repetir
(TÉCNICA DE FACILITAÇÃO)

O terapeuta apresenta o mesmo ritmo ou melodia várias vezes em sucessão com


breves intervalos. O ritmo ou melodia podem pertencer ao terapeuta ou ao paciente. A
técnica desempenha duas funções distintas: facilitar a resposta musical e estabelecer
um clima, ou estado de ânimo emocional.

Quando se tenta facilitar uma resposta musical, o terapeuta repete um motivo


que termina com uma pausa. Se o motivo é uma ideia musical completa, a repetição
sinaliza ao paciente que imite o modelo do terapeuta, enquanto a pausa que segue
imediatamente depois do motivo proporciona ao paciente a oportunidade para
responder. Se o motivo não é uma ideia completa a repetição sinaliza ao paciente
responder à questão musical do terapeuta, enquanto a pausa transmite que o terapeuta
está esperando por uma resposta. Em ambos os casos a repetição é usada para engajar
o paciente em uma interação musical e para ajudá-lo a perceber e recordar-se do
motivo musical.

Quando usada para estabelecer um clima emocional, o terapeuta repete o


material musical para criar sentimentos de expectativa e previsibilidade no receptor.
Dependendo de como a música é repetida, a REPETIÇÃO pode levar o paciente a não
esperar nenhuma mudança, a esperar que aconteça alguma coisa em particular, ou a
esperar que aconteça algo imprevisível.

Quando os materiais musicais se repetem de maneira exata, sem mudança nos


elementos, se espera que não apareçam mudanças no futuro. A situação musical é,

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portanto muito previsível. A previsibilidade gera sentimentos de comodidade,


estabilidade e consistência no paciente.

Quando os materiais musicais são repetidos com o mesmo elemento mudado de


uma forma consistente, podem ser previstas expectativas claras do resultado final. Por
exemplo, se a melodia é repetida várias vezes, cada vez em um volume mais alto, o
receptor não apenas espera que ocorra uma mudança em particular, mas também pode
prever o resultado musical. Isso cria sentimentos de previsibilidade e antecipação,
comodidade e aventura, estabilidade e mudança, expectativa e atenção.

Finalmente, quando os materiais musicais são repetidos, mas com elementos


diferentes mudando a cada vez, existem claras expectativas de que alguma coisa vai
acontecer, mas o resultado não é previsível. Nesta situação, o ouvinte tenta
constantemente desenvolver expectativas, mas não pode prever o que acontecerá.
Isso, portanto, gera sentimentos de antecipação, inevitabilidade e alguma inquietude.

11. Modelar
(TÉCNICA DE FACILITAÇÃO)

O terapeuta apresenta ou demonstra um comportamento, qualidade,


sentimento, traço, etc. para o paciente tentar imitar. Modelar pode incluir: apresentar
um motivo ou movimento musical para o paciente imite, demonstrar um instrumento,
improvisar para o paciente observar, exibir um comportamento em particular,
exemplificar um traço pessoal desejável, etc.

A técnica é usada quando há uma resposta específica que o paciente necessita


desenvolver, e quando é apropriado e possível ao terapeuta fornecer o modelo.

Uma variação desta técnica é o terapeuta fazer um paciente modelar para outro.
Isso é chamado “modelar o companheiro”.
P. 397

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12. Criar Espaços


(TÉCNICA DE FACILITAÇÃO)

O terapeuta improvisa e proporciona espaços frequentes na estrutura da


improvisação para que paciente responda ou introduza sons. Ao contrario da técnica de
INTERPOR, na qual o terapeuta preenche espaços na improvisação do paciente, esta
técnica envolve fazer espaços na improvisação do terapeuta para o paciente preencher.

Criar espaços pode ser implementada com música, movimento, dramatização,


ou fala. Na música, os espaços podem ser silêncios vazios (pausas) ou silêncios
preenchidos (tons ou acordes sustentados). Pode também consistir em fornecer fundo
musical que convide a participação do paciente.

13. Interpor
(TÉCNICA DE FACILITAÇÃO)

O terapeuta permanece em silêncio e improvisa somente quando o paciente faz


pausas, dando ao paciente a responsabilidade principal pela improvisação, e também
sugerindo opções para continuação. Esta técnica pode ser implementada com música,
movimento ou drama. Na música, a interposição pode ser um tom simples, um acorde
ou motivo curto, pode ter pouco significado temático, ou pode sugerir novas direções.

Uma interjeição é o comentário do terapeuta sobre a frase prévia e sua


antecipação da próxima. A interposição se utiliza para proporcionar uma continuidade
à improvisação, transmitir atenção de uma distância segura, e para indicar prontidão,
para fornecer apoio e para focalizar ou redirecionar a improvisação.

A interposição pode também ser usada em situações verbais. É especialmente


apropriada quando o paciente está falando sobre uma sequência de eventos, ou quando
está criando uma estória. O terapeuta pode interpor uma palavra ou uma frase que
encoraje o paciente a continuar, focar a narração em temas específicos, conectar
eventos sucessivos e facilitar o esclarecimento. Interpor é uma técnica fundamental no
contar estórias musicais.

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Intimamente relacionadas, mas com técnicas diferentes estão CRIAR ESPAÇOS


(já descrito anteriormente), ESTENDER e COMPLETAR. Enquanto interpor envolve
criar comentários provocativos ou cruciais entre segmentos completos da expressão do
paciente, ESTENDER envolve acrescentar algo que aumente a extensão do que o
paciente já ofereceu. Assim, a interposição não é parte estruturada do oferecido pelo
paciente, enquanto que a EXTENSÃO é. Além disso, interpor tem a mais a ver com
guiar futuras respostas, em vez de aumentar ou completar respostas passadas.
P. 398

A interposição se diferencia de COMPLETAR porque pode não ser baseada nas


estruturas de frase prévias do paciente, e porque abre em vez de fechar, unidades
estruturais e idéias.

14. Estender
(TÉCNICA DE FACILITAÇÃO)

Em um contexto musical, o terapeuta aumenta a frase do paciente. Isto se pode


conseguir adicionando sons ao final da frase ou por adição de uma frase que coincida
com a do paciente. Esta técnica é usada para ajudar o paciente a expressar uma ideia
ou sentimento completo, e dar continuidade à improvisação. Quando a extensão
coincide com a frase do paciente, esta técnica pode também servir para conseguir que o
paciente continue tocando.

Em um contexto verbal, o terapeuta estende a declaração do paciente


completando os detalhes ou acrescentando o que o paciente omitiu.

Enquanto a interposição complementa o que o paciente está fazendo, a


extensão suplementa isso com detalhes importantes.

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15. Completar
(TÉCNICA DE FACILITAÇÃO)

O terapeuta responde ou completa a pergunta musical apresentada pelo


paciente. Esta técnica é o oposto de REPETIR e MODELAR, porque em vez de
apresentar a frase antecedente para o paciente responder, o terapeuta espera o
paciente apresentar uma frase antecedente, antes de responder com uma frase
consequente.

O Completar é usado para criar conceitos de forma, e para promover interação


com o terapeuta. Pode ser usado após turnos serem estabelecidos, e o paciente ter sido
motivado a formar sequências musicais com o terapeuta. Normalmente vem depois do
MODELAR e do REPETIR.

Como a EXTENSÃO e ao contrario da INTERPOSIÇÃO, a terminação da


resposta do terapeuta é parte estrutural da resposta do paciente. Uma resposta
necessita de outro para alcançar fechamento. COMPLETAR difere-se de ESTENDER
porque o terapeuta acrescenta uma frase ou seção completa de sua safra, em vez de
suplementar a do paciente com detalhes a mais.

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TÉCNICAS DE REDIREÇÃO

16. Introduzir Mudança


(TÉCNICA DE REDIREÇÃO)

O terapeuta tenta redirecionar a improvisação do paciente introduzindo material


temático novo e começando uma nova seção na improvisação. Isso se consegue
parando o processo musical, fazendo mudanças notáveis nos motivos rítmicos ou
melódicos usados como temas. Quando se introduz uma mudança, o terapeuta pode
também usar a técnica de modular; no entanto, isso não é necessário. Enquanto a
modulação envolve mudar o rítmico ou o fundo tonal, esta técnica envolve mudar o
ritmo ou a figura tonal.

É necessário introduzir mudança quando o paciente fica paralisado no que está


fazendo e não quer mudar para nenhuma outra direção, ou quando o paciente quer
fazer algo novo, mas não encontra saída.

A técnica é o equivalente musical de mudar de assunto em um diálogo verbal.


Ela alcança as mesmas coisas, e possui os mesmos perigos.
P. 399

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17. Diferenciação
(TÉCNICA DE REDIREÇÃO)

Quando improvisa com o paciente, o terapeuta distingue e separa as duas


partes; toca ritmos, melodias, timbres, dinâmicas, registros, configurações de textura,
etc., que sejam muito diferentes dos do paciente, embora compatíveis. O propósito da
técnica é contrastar as duas identidades musicais e estabelecer independência entre os
papéis, porém mantendo uma relação.

Quando o paciente é propenso a anular o terapeuta, a técnica é eficaz para


motivar o paciente a mudar sua música. Quando o paciente se sente ameaçado, a
diferenciação musical tranqüiliza o paciente de que o terapeuta não irá engoli-lo nem
dominá-lo, e que este manterá uma distância segura.

Diferenciar difere de introduzir mudança porque focaliza mais relações


simultâneas do que relações sucessivas, e porque seu propósito é manter as diferenças
entre o terapeuta e o paciente, em vez de motivar o paciente a fazer as mesmas
mudanças que o terapeuta.

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18. Modular
(TÉCNICA DE REDIREÇÃO)

Quando improvisa com o paciente, o terapeuta gradualmente muda o


metro ou a tonalidades. O propósito desta técnica é mudar de um estado de
ânimo ou sentimento para outro. Modular sempre se consegue depois que
paciente e terapeuta estejam improvisando no mesmo metro e tonalidade.

Ao contrário de introduzir mudança, a modulação não


necessariamente envolve mudanças no conteúdo musical da improvisação.
Assim, o material temático prévio pode ser recolocado em novos metros ou
tonalidades. Como o conteúdo pode permanecer igual, esta técnica não é tão
intrusiva quanto mudar o tema em uma discussão verbal, é mais o equivalente
musical de mudar a perspectiva ou atitude pessoal em relação ao tema.

Ao contrario da diferenciação, a modulação não é usada para manter


diferenças com o paciente em metros ou tonalidades. A técnica aspira unir
paciente e terapeuta em um metro ou tonalidade diferente ao do processo.

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19. Intensificar
(TÉCNICA DE REDIREÇÃO)

Quando improvisa com o paciente, o terapeuta estimula a música


aumentando a dinâmica, andamento, tensão rítmica e/ou tensão melódica. A
tensão, em qualquer desses elementos, pode ser sustentada, ou acumulada
através de frases que se repetem.

Esta técnica é utilizada para assegurar a tensão do paciente, para excitar


e energizar a improvisação do paciente, para proporcionar prática em controlar
condutas e impulsos e para proporcionar oportunidades para liberar a tensão de
um modo aceitável. Quando se usa esta técnica, as tensões deveriam ir para um
clímax e não deveriam ser sustentadas depois que uma quantidade apropriada
de energia foi liberada. Deve-se ter cuidado para não superestimular o paciente
através desta técnica.

Esta técnica não deve ser confundida com o exagerar. Exagerar envolve
enfatizar o que quer que se distinga nas respostas do paciente, seja uma alta ou
baixa tensão. Exagerar não é uma tentativa de mudar a música do paciente
aumentando seu nível de tensão.
P. 400

Intensificar também diferente de introduzir mudança e modular,


embora possa ser usada junto com estas. Intensificar não envolve
necessariamente mudanças nos temas rítmicos ou melódicos, metros ou
tonalidades. No entanto, tais mudanças podem ajudar a aumentar a tensão
musical.

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20. Acalmar
(TÉCNICA DE REDIREÇÃO)

Quando improvisa com o paciente, o terapeuta relaxa a música,


mantendo a dinâmica e andamento moderados, mantendo o ritmo e a melodia
simples e repetitivos, e dando forma descendente as frases para liberar tensão.
Esta técnica é usada para induzir o relaxamento, para estabelecer uma ordem
emocional e reduzir a ansiedade. É o inverso de intensificar, tanto em objetivo
quanto em implementação, porque se foca em reduzir a tensão do paciente, ou
seu nível de energia. Deve-se tomar cuidado para não relaxar o paciente
demasiadamente, senão ele não estará motivado para participar da sessão.

21. Intervir
(TÉCNICA DE REDIREÇÃO)

O terapeuta interrompe ou redireciona fixações, perseverações, ou


estereótipos que são manifestos na música, movimento, ação ou verbalização do
paciente. Em um contexto musical: síncopes fortes, ritmos atravessados, atrasos
de compasso ou rubatos são usados para desestabilizar ou romper o ritmo do
paciente. As modulações, alterações cromáticas, e atonalidade são usadas para
desestabilizar respostas tonais ou melódicas. E mudanças de instrumentos e
manipulação de técnicas são usadas para desestabilizar estereótipos em seu
tratamento.

A intervenção é muito mais drástica e intrusiva que simplesmente


introduzir mudança, porque envolve a interação ativa do comportamento do
paciente. É uma técnica para ser usada somente quando o paciente é
extremamente inapropriado, e quando permitir ao paciente continuar for
terapeuticamente contraproducente. Deve-se tomar cuidado para a intervenção
não cause ansiedade severa, histeria, ou completo afastamento.

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TÉCNICAS DE INTIMIDADE

22. Compartilhar Instrumentos


(TÉCNICA DE INTIMIDADE)

O terapeuta e o paciente tocam o mesmo instrumento,


independentemente ou interdependentemente, ou o paciente compartilha um
instrumento com um colega ou pessoa significativa. Esta técnica é usada para
trabalhar questões de limites interpessoais, para explorar temas de controle,
para trazer maior intimidade na relação, para desenvolver cooperação e uma
relação de trabalho, e para estabelecer reciprocidade. Quando partes dos
instrumentos são usadas para representar pessoas simbolicamente, esta técnica
também fornece uma riqueza de informação sobre as relações do paciente com
outras pessoas significativas.

Talvez esta técnica não deva ser indicada para pacientes que tenham
apego excessivo ao território ou que se sintam ameaçados de serem engolidos.
Isto é, deve-se tomar cuidado em usar a técnica com pacientes que tenham
limites pessoais altamente defensivos ou mal delimitados. Os pacientes devem
também ter confiança na pessoa que está compartilhando o instrumento.

P. 401

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34

23. Dar (de Presente)


(TÉCNICA DE INTIMIDADE)

O terapeuta presenteia o paciente com um detalhe, um regalo, como uma


execução musical, um instrumento, uma partitura, uma flor, comida, ou um
pertence pessoal. O regalo pode ser espontaneamente oferecido pelo terapeuta,
ou especificamente requisitado pelo paciente. O regalo transmite que o
terapeuta se importa com o paciente enquanto também simboliza educação.

Em terapia de improvisação, o terapeuta muito freqüentemente executa


uma composição ou improvisa para o prazer de escuta do paciente. Dando sua
música pessoal ao paciente, o terapeuta o educa musicalmente e também se
expressa tal como é.

24. Unir/ Criar Laços (Bonding)


(TÉCNICA DE INTIMIDADE)

Através de atividades de improvisação, o terapeuta e o paciente


desenvolvem um tema musical que simboliza ou se associa com sua relação. A
música expressa a natureza única de sua relação e significa muitas das coisas
que compartilharam. Esta técnica é usada para estabelecer uma união com o
paciente, transmitir aceitação e carinho, e solidificar os sentimentos de confiança
do paciente.

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Musicoterapia.
Musicoterapia Vitória-Gasteiz: Agruparte, 1999. Cap. 25, p. 385-411.
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25. Solilóquios
(TÉCNICA DE INTIMIDADE)

O terapeuta improvisa uma canção como se falasse consigo mesmo sobre


o paciente. Esta técnica é usada quando o paciente não está pronto para aceitar
questões de comunicação direta sobre um aspecto particular. A letra de um
solilóquio geralmente expressa dúvidas sobre os sentimentos do paciente ou
transmite reações que o terapeuta tenha em relação ao paciente.

Uma variação desta técnica é o paciente improvisar uma canção como se


falasse consigo próprio. Algumas vezes, é necessário determinar um tema para o
solilóquio.

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Musicoterapia.
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TÉCNICAS DE PROCEDIMENTO

26. Permitir/ Capacitar


(TÉCNICA DE PROCEDIMENTO)

O terapeuta dá ao paciente instruções, demonstrações, assistência física


ou conselho técnico. Esta técnica é usada para facilitar a participação do
paciente na experiência musical ou terapêutica, para estabelecer uma relação de
trabalho (ou aliança) com o paciente, e ajudá-lo a alcançar seus próprios
objetivos musicais ou terapêuticos.

27. Trocar
(TÉCNICA DE PROCEDIMENTO)

O terapeuta troca de uma modalidade expressiva para outra (música,


movimento, drama, verbal, arte) ou de um meio para outro dentro da
modalidade (voz, instrumento, sons corporais).

A troca é usada para facilitar a expressão de sentimentos difíceis do


paciente, trazer maior profundidade emocional à expressão do paciente, para
ajudar o cliente a consolidar ou mobilizar seus sentimentos, e para neutralizar o
uso da modalidade como meio de resistência do paciente. Uma razão para
utilizar a troca das várias modalidades e meios, é dada no capítulo anterior, sob
o título de “Meios e Papéis”.

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P. 402

28. Pausa
(TÉCNICA DE PROCEDIMENTO)

O terapeuta faz o com que o paciente descanse ou se congele durante


uma improvisação, e que permaneça suspenso até que o terapeuta lhe indique
que continue. Durante a pausa, o paciente tem a oportunidade de fazer um
inventário de eventos do passado e do presente, e também de antecipar o
futuro.

A técnica pode ser implementada com improvisações de música, dança ou


drama. O terapeuta pode sinalizar descansos e pausas, enquanto a improvisação
progride, ou instruir o paciente antecipadamente em que momento deve realizar
tais pausas.

Esta técnica é usada para promover auto-conhecimento, revisar


objetivos, avaliar o progresso, e definir ou reconsiderar opções para continuação.
É particularmente útil para criar auto-responsabilidade e resolver problemas de
maneira criativa.

29. Retirar-se
(TÉCNICA DE PROCEDIMENTO)

Depois de desempenhar um papel importante na improvisação, o


terapeuta se retira e permite ao paciente dirigir a improvisação. Isso pode
envolver a descontinuidade de um processo ou técnica musical, abandonar um
papel musical, esperar o paciente liderar, seguir o que quer que o paciente faça,
ou parar durante breves períodos de tempos. Quando se retira deve-se dar um

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vazio perceptível na continuidade musical, tornando óbvio ao paciente que o


terapeuta se retirou e está esperando que ele tome o papel de líder.

O retirar-se é usado para dar responsabilidade ao paciente pelo que


acontece e/ou permitir a ele projetar-se na música sem estar sendo influenciado
pelo terapeuta.

Em um processo verbal em grupo, esta técnica pode ser usada para


motivar os pacientes a serem sensíveis uns com os outros quando a necessidade
surge em vez de sempre confiar nas respostas do terapeuta. Nestas situações, o
terapeuta pode retirar-se em silêncio e/ou não contatando oralmente aqueles
que esperam uma resposta.

A retirada deve ser utilizada cuidadosamente. Quando feito muito de


repente ou drasticamente, o paciente pode se sentir abandonado e sem apoio
por parte do terapeuta ou pode se sentir pressionado com a responsabilidade
colocada nele pelo terapeuta.

A retirada pode ser implementada com as técnicas de criar espaços e


interjeição. Seus objetivos são bastante diferentes destas técnicas.

30. Experimentar
(TÉCNICA DE PROCEDIMENTO)

Em um contexto musical ou de movimento, o terapeuta apresenta uma


estrutura, procedimento, ou idéia para guiar a improvisação do paciente e pede
ao paciente ou pacientes que experimentem com todas as suas possibilidades
expressivas. O terapeuta pode também introduzir um instrumento novo diferente
e fazer com que paciente explore suas possibilidades sonoras e de manipulação.

Em um contexto verbal ou de representação, o terapeuta apresenta uma


situação ou problema, e pede ao paciente que desenvolva diferentes reações ou

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soluções; o terapeuta pode apresentar uma solução, e pedir ao paciente que


prove se é eficaz ou apropriada.
P. 403

A experimentação é usada para ajudar o paciente a identificar e testar


diversas alternativas ou escolhas para promover a criatividade, para remover
bloqueios do pensamento do paciente, explorar os efeitos de diversos tipos de
estrutura, e para promover a liberdade com responsabilidade.

31. Conduzir
(TÉCNICA DE PROCEDIMENTO)

A improvisação é dirigida por uma pessoa, através de gestos expressivos,


símbolos musicais, mensagens verbais, ou outros sistemas de sinais. Aquele que
conduz pode ser o terapeuta ou o paciente. Como tal, a pessoa pode determinar
alguns ou todos aspectos da improvisação, incluindo os elementos musicais
(ritmo, melodia, acorde), ou os elementos interpessoais (quem toca cada parte e
quando). A técnica pode ser utilizada em improvisações de música, dança, ou
em drama.

A técnica de conduzir é usada para proporcionar oportunidades de


aprendizado dos papéis de líder e de seguir, criar auto-confiança e criar uma
coesão grupal.

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32. Ensaiar
(TÉCNICA DE PROCEDIMENTO)

O terapeuta faz com que o paciente (ou grupo) participe em uma parte ou
da totalidade de uma improvisação. O ensaiar pode ser usado em improvisação
com música, dança ou em drama.

Esta técnica é utilizada para ajudar o paciente a dominar um aspecto


particular do meio ou da improvisação, ou preparar-se para uma execução.
Serve para fomentar o orgulho pelo trabalho pessoal, fomentar a perseverança e
a disciplina, e obter auto-controle. Com grupos, ensaiar também promove
coesão e domínio do papel.

33. Executar
(TÉCNICA DE PROCEDIMENTO)

O terapeuta faz com que o paciente realize uma execução de


improvisação que já tenha sido trabalhada e ensaiada. A improvisação pode
envolver música, dança ou drama.

Esta técnica é usada para objetivar o processo de improvisação, para


proporcionar um produto para os esforços do paciente, parar motivar e focar os
esforços do paciente, e para proporcionar oportunidades para o auto-controle. A
execução pode ser feita com ou sem platéia. Quando feita para uma platéia,
propicia uma fonte de orgulho dos esforços pessoais, permite a oportunidade de
obter reconhecimento, e fomenta o compartilhar com os outros.

Esta técnica pode ser utilizada como o reverso da técnica de dar, porque
implica mais em o paciente dar sua música ao terapeuta ou ao público.

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34. Rebobinar
(TÉCNICA DE PROCEDIMENTO)

O terapeuta grava a improvisação do paciente ou do grupo e a põe para


tocar novamente, imediatamente depois ou em um outro momento.

Esta técnica é utilizada para promover auto-conhecimento, estimular o


desenvolvimento de uma identidade, e desenvolver capacidades de auto-
reflexão. Com muitos pacientes, proporciona um produto tangível para seus
esforços e uma maior fonte de orgulho. No entanto, para aqueles pacientes que
não estão prontos para este feedback, pode ser uma técnica muito ameaçadora.
P. 403

O rebobinar se separa das três técnicas seguintes, porque pode ser


implementada com qualquer uma delas e porque pode ser implementado sem
qualquer processamento verbal.

35. Informar/ Relatar:


(TÉCNICA DE PROCEDIMENTO)

Esta técnica pode ser usada imediatamente após uma improvisação,


durante ou após escutar-la. O terapeuta pede ao paciente que relate vários
aspectos da experiência de improvisação, incluindo o que ocorreu musicalmente,
qualquer pensamento ou sentimento que o paciente teve em diferentes pontos
da improvisação.

A técnica de relatar é usada para criar auto-conhecimento e para coletar


informação sobre a experiência de improvisação que ajudará sua interpretação.
Esta técnica é especialmente útil quando o paciente está improvisando
referencialmente e o terapeuta necessita informação sobre como vários aspectos
da improvisação se relacionam com o programa.

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Musicoterapia.
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36. Reação
(TÉCNICA DE PROCEDIMENTO)

A técnica de reação pode ser usada imediatamente depois de uma


improvisação, durante ou depois de escutar-la. O terapeuta pede ao paciente
que reaja à improvisação em si. Aqui, em vez de relatar o que ocorreu durante
o processo de improvisação, o paciente diz como se sentiu acerca do produto em
si. As reações podem incluir o que o paciente gosta, ou não gosta, ou como ele
avalia a improvisação esteticamente.

Esta técnica é usada para obter informação sobre a auto-imagem do


paciente. Para esclarecer atitudes e sentimentos que façam qualquer referência
programada e para promover sentimentos positivos em relação ao eu

37. Analogia
(TÉCNICA DE PROCEDIMENTO)

Após o paciente terminar a improvisação, durante ou depois de escutá-la,


o terapeuta pede que ele cite uma situação da vida real que seja análoga à
improvisação.

Esta técnica é usada para ajudar a fazer conexões entre a música do


paciente e sua experiência de vida, estimular a verbalização sobre crenças
pessoais e ajudar o paciente a usar a música como um meio de explorar e
projetar ideias.

Ao contrário de informar/relatar e reagir que não requerem análise ou


reflexão em profundidade, a analogia requer que paciente analise e reflita sobre
a improvisação e a vida, e encontre metáforas e relações. Ao contrário de
imaginar, em que associações livres são feitas, a analogia requer que se
encontrem relações em estrutura e conteúdo entre a música e a experiência de
vida.

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TÉCNICAS REFERENCIAIS

38. Parear
(TÉCNICA REFERENCIAL)

O terapeuta associa motivos musicais improvisados às respostas de


comportamento do paciente. Cada motivo é pareado com uma resposta
particular e tocado toda vez que o paciente emite uma resposta. Esta técnica é
usada para transmitir o desejo e a disposição do terapeuta de acompanhar o
paciente, para estabelecer um meio de interação e comunicação com o paciente
e para obter confiança.
P. 405

39. Simbolizar
(TÉCNICA REFERENCIAL)

O terapeuta faz o paciente associe algo musical com algo não-musical, ou


vice-versa. Uma vez que a associação é feita, a entidade musical é usada
simbolicamente em uma improvisação para representar, indicar, ou se referir à
entidade não-musical. A entidade musical pode ser um instrumento, som,
qualidade de sonora, movimento, ritmo, ou melodia. A entidade não-musical
pode ser um acontecimento, ação, pessoa, personagem, fantoche, boneco,
animal, sentimento, etc.

Esta técnica é usada para fomentar a exploração da entidade musical,


para explorar os sentimentos do paciente sobre a entidade não-musical, para
propiciar ao paciente a projetar sentimentos pessoais e experiências pessoais
sobre a música. Também acessa material inconsciente.

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40. Recordação
(TÉCNICA REFERENCIAL)

O paciente imagina acontecimentos ou situações, lembra de seus


sons, e depois reproduz os sons em uma improvisação. Por exemplo, o
paciente imagina como soa normalmente uma cena em casa durante as
férias, e depois reproduz as diversas vozes e sons.

Esta técnica é usada para sensibilizar o paciente de como os sons


se associam aos acontecimentos, situações, pessoas e sentimentos, e
para preparar-lhe para improvisações referenciais de tipo mais abstrato.
Pode também ser usada para acessar material inconsciente associado aos
sons do passado do paciente ou da vida presente, e para descobrir a
história sonora do paciente.

41. Associação Livre


(TÉCNICA REFERENCIAL)

O terapeuta improvisa música para evocar fantasias, memórias, e


associações do paciente. O paciente relata verbalmente suas associações
durante ou depois da improvisação; ou o paciente escuta sua própria
improvisação e relata o que lhe vem à mente.

Esta técnica é usada para preparar o paciente para improvisações


referenciais e também para explorar material inconsciente. A técnica é o
reverso da simbolização e da projeção porque é mais receptiva do que
expressiva.

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42. Projetar
(TÉCNICA REFERENCIAL)

O terapeuta faz com que o paciente improvise um trecho de


música, que descreva uma situação da vida real, um sentimento, um
problema, etc. que necessite investigação terapêutica. O terapeuta ou o
paciente podem selecionar o tema.

Esta técnica é usada para explorar aspectos inconscientes e


conscientes do tema para facilitar a expressão e liberar sentimentos
problemáticos e para contribuir com um maior conhecimento e percepção.

43. Fantasiar
(TÉCNICA REFERENCIAL)

O terapeuta faz com que o paciente improvise música para uma


fantasia, sonho, estória ou mito. A improvisação do paciente serve para
ancorar o mundo imaginário ao mundo da realidade sensorial. Esta
técnica é usada para acessar material inconsciente e exteriorizar o
material de forma que este possa ser analisado e compreendido. Difere
da projeção porque se refere mais a fantasia do que a realidade.
P. 406

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44. Contar Estória


(TÉCNICA REFERENCIAL)

O terapeuta e/ou paciente improvisam segmentos de música e o


paciente inventa uma estória para estes fragmentos. Esta técnica é usada
para fornecer material autobiográfico do paciente, para fomentar a
projeção de sentimentos reprimidos na estória e para converter
sentimentos irracionais em uma seqüência lógica de causa-efeito.

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Musicoterapia.
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TÉCNICAS DE EXPLORAÇÃO EMOCIONAL

45. Conter/Holding
(TÉCNICA DE EXPLORAÇÃO EMOCIONAL)

À medida que o paciente improvisa (geralmente com um título ou


emoção como tema), o terapeuta proporciona uma referência ou
acompanhamento musical que reverbere nos sentimentos do paciente e
também oferece uma estrutura musical para conter sua liberação.

Ao proporcionar uma referência reverberante, o terapeuta capacita


o paciente a expressar e liberar os sentimentos por completo. No entanto,
ao contrário de outras técnicas, o terapeuta não se move no primeiro
plano e expressa sentimentos que o paciente evita e reprime. Em vez
disso, o terapeuta segue a liderança do paciente e permanece em um
segundo plano.

Ao proporcionar uma estrutura musical empática em um segundo


plano, o terapeuta oferece uma contenção segura para os sentimentos do
paciente. Como a estrutura não é imposta sobre os sentimentos, mas
surge a partir destes, proporciona mais um ponto de referência do que
uma força organizadora, ou de base.

O conter é um uso combinado de diferentes técnicas, incluindo


refletir, regular, incorporar (pasar), e centrar. A chave para seu uso
eficaz é saber em que momento os sentimentos do paciente necessitam
ser reverberados e quando necessitam ser contidos.

O conter é utilizado para fomentar a completa expressão de


sentimentos difíceis e também para assegurar ao paciente que esses

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Musicoterapia Vitória-Gasteiz: Agruparte, 1999. Cap. 25, p. 385-411.
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sentimentos podem ser liberados em uma maneira não ameaçadora.


Também é utilizada para transmitir o apoio e compreensão do terapeuta e
para desenvolver uma maior percepção empática.

46. Substituir (sósia – fazer/ dobrar o papel de)


(TÉCNICA DE EXPLORAÇÃO EMOCIONAL)

O terapeuta expressa sentimentos que o paciente é incapaz de


reconhecer ou expressar completamente. Vai além das técnicas do de
refletir e conter porque se foca mais nos sentimentos latentes do que
nos manifestos, e porque expressa por parte do paciente e com o
paciente. Vai além do regular porque mais que ajustar/reproduzir,
exagera a intensidade dos sentimentos do paciente (ou falta destes).

O substituir pode ser unimodal ou transmodal. Frequentemente é


implementado em um enquadre psicodramático por meio da verbalização
ou da improvisação musical. No entanto, pode ser também aplicada em
uma variedade de outras situações. Tanto o substituir verbal quanto
musical, podem acompanhar ou seguir a auto-expressão do paciente. O
substituir pode ser efetuado pelo terapeuta, ou por um grupo sob a
direção do terapeuta.
P. 407

Em um contexto musical, o terapeuta pode substituir os


sentimentos latentes na música do paciente (unimodal), dramatizações
(transmodal), movimentos (transmodal) ou verbalizações (transmodal).
Em um contexto verbal, o terapeuta geralmente desempenha os
sentimentos latentes na dramatização do paciente.

A técnica é usada para trazer sentimentos reprimidos à consciência


do paciente, para estimular sua completa expressão, para facilitar a

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Musicoterapia.
Musicoterapia Vitória-Gasteiz: Agruparte, 1999. Cap. 25, p. 385-411.
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liberação catártica e ajudar o paciente a reconhecer e aceitar os


sentimentos como seus.

Uma variação comum desta técnica é desempenhar o


“companheiro”, quando um paciente substitui o outro no lugar do
terapeuta. Esta técnica é usada quando o papel a ser substituído não é
apropriado para o terapeuta e quando a personalidade do companheiro é
mais adequada. É também usada para ajudar o paciente que está
substituindo a colocar seus próprios sentimentos em favor do paciente
que está sendo substituído.

47. Contrastar
(TÉCNICA DE EXPLORAÇÃO EMOCIONAL)

O terapeuta faz com que o paciente explore qualidades


contrastantes ou sentimentos por meios musicais, movimentos ou
improvisações dramáticas. Pode-se usar a discussão verbal para definir,
esclarecer e consolidar elementos importantes de cada contraste.

Ao explorar os contrastes o terapeuta pode levar o paciente


através de sua própria música, movimento ou papel, ou simplesmente dar
a direção verbal necessária para encontrá-los. O paciente pode improvisar
sozinho ou com o terapeuta.

Os contrastes são explorados mais sequencialmente do que


simultaneamente, e através de mudanças imediatas, em vez de graduais
(estes aspectos distinguem esta técnica de conduzir e de fazer
transições).

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Musicoterapia.
Musicoterapia Vitória-Gasteiz: Agruparte, 1999. Cap. 25, p. 385-411.
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Os contrastes que podem ser explorados incluem: qualidades


musicais (forte-suave, rápido/lento, rítmico/arrítmico, alto/baixo,
tonal/atonal, etc.); instrumentos e timbres (corda/sopro/percussão,
soprar/dedilhar/bater, etc.); qualidades de sentimento (feliz/triste,
tenso/calmo, raivoso/pacífico); e qualidades de movimento (livre/não-
livre, direto/indireto, rápido/sustentado, pesado/leve).

O contraste pode envolver mudanças graduais ou repentinas, de


uma qualidade para outra. Quando se exploram mudanças graduais, os
pacientes têm a oportunidade de aprender como fazer transições
emocionais. Traduzindo essas transições em música ou movimento, os
pacientes aprendem como formar frases de acordo com a vida ou
sentimento. Isso requer o conhecimento do momento apropriado para os
sentimentos, e controle do impulso.
P. 408

A técnica de contrastar é usada para aumentar o âmbito de


expressão do paciente, modelar a liberdade expressiva, separar e definir
sentimentos e suas qualidades de expressão, e preparar para separar
incongruências das emoções do paciente. É também muito útil para
desenvolver conceitos sobre a forma musical.

48. Fazer Transições


(TÉCNICA DE EXPLORAÇÃO EMOCIONAL)

O terapeuta faz com que o paciente descubra como fazer


transições lentas ou graduais, de uma qualidade ou sentimento
contrastante para outro, ou de uma idéia, tema ou acontecimento para
outro. Esta técnica pode ser implementada com a improvisação da
música, do movimento ou dramática, e pode ser facilitada através da
discussão verbal dos contrastes e da transição. O terapeuta pode modelar
uma transição ou estabelecer uma situação para que o paciente a

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Musicoterapia.
Musicoterapia Vitória-Gasteiz: Agruparte, 1999. Cap. 25, p. 385-411.
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descubra. O paciente pode trabalhar sozinho, ou com o apoio do


terapeuta.

Quando o foco está em fazer mudanças graduais, de uma


qualidade ou sentimento de contraste, a técnica proporciona ao paciente
uma oportunidade de aprender como formar frases ou acontecimentos
dramáticos, musicais ou de movimento de acordo com a vida e do
sentimento. Quando se focaliza em conectar idéias, temas ou
acontecimentos em uma modalidade particular, a técnica proporciona
uma oportunidade ao paciente de aprender como fazer transições
emocionais e como estruturar sentimentos em uma experiência
significativa do todo.

49. Integrar
(TÉCNICA DE EXPLORAÇÃO EMOCIONAL)

O terapeuta integra elementos conflituosos ou incoerentes na


experiência do paciente, na relação terapeuta-paciente, ou grupo.
Integrar pode se conseguir através de improvisação musical, de
movimento, dramática, ou discussão verbal. Geralmente implica em
encontrar um denominador comum que unifique os elementos
conflituosos em um todo concordante. As linhas gerais para integrar
podem ser encontradas nos “Perfis Avaliação da Improvisação”.

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Musicoterapia.
Musicoterapia Vitória-Gasteiz: Agruparte, 1999. Cap. 25, p. 385-411.
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50. Sequenciar
(TÉCNICA DE EXPLORAÇÃO EMOCIONAL)

O terapeuta ajuda o paciente a encontrar uma seqüência


significativa para seções de uma improvisação, eventos de uma estória,
ou informação autobiográfica. Embora possa ser implementada não-
verbalmente, é mais alcança-la verbalmente.

O sequenciar é usado quando o paciente necessita experimentar


continuidade ou perceber relações de causa-efeito. É especialmente útil
com pacientes que se distraem com facilidade ou que tenham uma
consciência pobre da realidade.

51. Dividir
(TÉCNICA DE EXPLORAÇÃO EMOCIONAL)

O terapeuta e o paciente exploram divisões ou polaridades na


experiência de eu do paciente. As divisões podem ser idéias
contraditórias, sentimentos incongruentes, tendências musicais ou
motoras conflituosas, papéis incompatíveis, etc. O terapeuta proporciona
uma parte do eu do paciente, enquanto o paciente improvisa a outra. As
partes são exploradas simultaneamente ao coexistirem e se
contradizerem entre si no paciente. O terapeuta e o paciente podem
trocar as partes e repetir o exercício várias vezes.
P. 409

A técnica pode ser implementada através da improvisação musical,


de movimento, ou dramática, e é facilitada através da discussão verbal
das partes.

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Musicoterapia Vitória-Gasteiz: Agruparte, 1999. Cap. 25, p. 385-411.
53

A divisão é usada para trazer aspectos do eu à consciência,


promover conhecimento e percepção de como as partes conflitantes se
relacionam ou se diferenciam, e para preparar o paciente para integrar
aspectos positivos do eu.

52. Transferir
(TÉCNICA DE EXPLORAÇÃO EMOCIONAL)

Através de improvisação em duetos com o terapeuta ou


companheiro, o paciente explora uma relação significativa em sua vida. A
improvisação geralmente focaliza uma interação particular, ou padrão de
interação. O terapeuta desempenha o papel do outro significativo,
enquanto que o paciente desempenha o seu próprio papel. Depois, os
papéis podem ser invertidos. Esta técnica pode ser implementada através
da improvisação musical, do movimento, dramática, e é facilitada pela
discussão verbal dos papéis depois da improvisação. Também pode ser
aplicada em improvisações grupais que descrevem a família do paciente.

Transferir é utilizado para obter informação autobiográfica, para


descobrir tendências de interação do paciente, para promover
conhecimento do papel deste na relação, para revelar projeções do
paciente sobre outra pessoa, e para explorar possíveis áreas de
crescimento na relação.

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Musicoterapia.
Musicoterapia Vitória-Gasteiz: Agruparte, 1999. Cap. 25, p. 385-411.
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53. Desempenhar um papel


(TÉCNICA DE EXPLORAÇÃO EMOCIONAL)

O terapeuta faz com que o paciente realize diferentes papéis


dentro de uma improvisação musical ou uma atividade. Ao contrário de
transferir, esta técnica lida com papéis que são específicos à
improvisação, ou atividade. Na música, esses papéis podem incluir figura-
fundo, solo-acompanhamento, líder-seguidor, partes instrumentais-partes
vocais, soprano-baixo, personagens de uma estória, etc. O paciente pode
trocar papéis dentro de uma mesma improvisação ou atividade, ou de
uma improvisação para outra.

Esta técnica é usada para desenvolver as habilidades implícitas em


cada papel, para promover flexibilidade de papéis e desenvolver
habilidades sociais.

54. Ancorar.
(TÉCNICA DE EXPLORAÇÃO EMOCIONAL)

Quando o paciente tem uma experiência significativa em terapia, o


terapeuta faz algo para ancorar a experiência na memória do paciente.
Isso pode envolver associar a experiência com algo que seja facilmente
lembrado (conectar-lo com experiências sensório-motoras, eventos
memoráveis, sentimentos fortes, etc.), realizar a experiência em outra
modalidade ou meio (criar uma improvisação de dança com música) ou

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Musicoterapia.
Musicoterapia Vitória-Gasteiz: Agruparte, 1999. Cap. 25, p. 385-411.
55

converter a experiência em uma forma ou objeto concreto (fazer uma


gravação, desenho, poema).

O ancorar capacita o paciente a reter o que foi aprendido em


terapia e a generalizá-lo para outras situações fora da terapia.

P. 410

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Musicoterapia.
Musicoterapia Vitória-Gasteiz: Agruparte, 1999. Cap. 25, p. 385-411.
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TÉCNICAS DE DEBATE

55. Conectar
(TÉCNICA DE DEBATE)

O terapeuta verbaliza, ou pede ao paciente que verbalize, um


aspecto da discussão e/ou relação com o outro. Em terapia de
improvisação, as principais conexões a fazer são: entre vários elementos
dentro da música do paciente, entre várias afirmações do paciente (em
sessão e entre sessões), entre a música do paciente e seus sentimentos,
entre vários sentimentos, entre pensamentos e sentimentos, entre o
paciente e outra pessoa, entre o paciente e a música do terapeuta, entre
o paciente e o terapeuta, etc.

O conectar ajuda o paciente a ancorar sua própria experiência, e


também ajuda o terapeuta a interpretá-la. É ainda uma maneira muito
sutil de aproximar-se do paciente. Ao relacionar aspectos da experiência
do paciente que não tinham sido relacionados antes. O terapeuta conduz
o paciente a seu próprio conhecimento e percepção.

(TÉCNICA DE EXPLORAÇÃO EMOCIONAL)

BRUSCIA, Kenneth E. Sesenta y cuatro técnicas clínicas in ________. Modelos de Improvisación em


Musicoterapia.
Musicoterapia Vitória-Gasteiz: Agruparte, 1999. Cap. 25, p. 385-411.
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56. Investigar
(TÉCNICA DE DEBATE)

O terapeuta faz perguntas, ou faz afirmações elaboradas para


conseguir informações sobre o paciente. Esta técnica deve ser usada
escassamente e com sensibilidade. Quando utilizada demasiadamente a
investigação pode parecer um interrogatório que não se aproxima da
experiência terapêutica. O paciente deve se sentir confortável o suficiente
para revelar-se, sem muita pressão.

57. Esclarecer
(TÉCNICA DE DEBATE)

O terapeuta faz perguntas ou afirmações elaboradas para


esclarecer ou verificar a informação já fornecida pelo paciente. Como
conseguir uma nova informação é bem diferente de esclarecer o que já foi
dado, esta técnica é considerada diferente da técnica investigar. Aqui,
novamente, no entanto, a técnica de esclarecer deve ser usada com
parcimônia e com sensibilidade, do contrário, o paciente sente que o
terapeuta não está ouvindo, ou que é incapaz de entender o que ele diz.
A técnica de esclarecer não deve interromper o fluxo de pensamentos do
paciente, nem impedi-lo de fazer seus próprios esclarecimentos.

BRUSCIA, Kenneth E. Sesenta y cuatro técnicas clínicas in ________. Modelos de Improvisación em


Musicoterapia.
Musicoterapia Vitória-Gasteiz: Agruparte, 1999. Cap. 25, p. 385-411.
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58. Resumir
(TÉCNICA DE DEBATE)

O terapeuta revisa uma discussão, improvisação, ou sessão de


terapia, e recapitula os acontecimentos, ou idéias principais. A técnica é
particularmente útil quando o paciente fala por longos períodos de tempo
ou quando revela uma grande quantidade de informação, sendo
necessário um resumo conciso para lembrar os pontos principais. Esta
técnica também é usada para levar ao fechamento, conectar finais soltos
e consolidar a experiência.

59. Feedback
(TÉCNICA DE DEBATE)

O terapeuta verbaliza como o paciente ou grupo podem parecer


soar, ou ser sentido por um terceiro observador objetivo. As
interpretações não estão incluídas no feedback. Esta técnica é usada
para desenvolver o auto-conhecimento e a auto-reflexão.

60. Interpretar
(TÉCNICA DE DEBATE)

O terapeuta oferece explicações, ou significados possíveis para a


experiência do paciente. Esta técnica é usada para dar ao paciente
percepção sobre si próprio, modelar a auto-análise e ensinar o paciente a
fazer suas próprias interpretações.
P. 410

BRUSCIA, Kenneth E. Sesenta y cuatro técnicas clínicas in ________. Modelos de Improvisación em


Musicoterapia.
Musicoterapia Vitória-Gasteiz: Agruparte, 1999. Cap. 25, p. 385-411.
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61. Metaprocessar
(TÉCNICA DE DEBATE)

O terapeuta faz o paciente acesse um nível de consciência que o


capacite observar e reagir ao que está acontecendo. Por exemplo,
enquanto o paciente improvisa, o terapeuta pode pedir-lhe que escute ou
observe o que está fazendo; ou enquanto o paciente descreve um
sentimento, o terapeuta pede que ele descreva como se sente ao ter este
sentimento. Em um grupo, o terapeuta pode perguntar “Onde está o
grupo agora?”. Em termos existenciais, esta técnica move o paciente de
um estado de consciência espontâneo a um estado reflexivo.

62. Reforçar
(TÉCNICA DE DEBATE)

O terapeuta premia o paciente, ou retira uma premiação para


aumentar ou diminuir um comportamento, ou qualidade particular.

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Musicoterapia.
Musicoterapia Vitória-Gasteiz: Agruparte, 1999. Cap. 25, p. 385-411.
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63. Confrontar
(TÉCNICA DE DEBATE)

O terapeuta desafia as respostas do paciente. Em um contexto


verbal, isso pode consistir em informar o paciente sobre discrepâncias em
seus comportamentos, verbalizações, sentimentos, improvisações, etc.
Em um contexto musical, isso pode consistir em criar dissonâncias ou
tensões que desafiem o paciente a modificar sua resposta de alguma
maneira. Esta técnica é usada para dar ao paciente percepção e para
motivar a mudança.

64. Revelação
(TÉCNICA DE DEBATE)

O terapeuta revela algo sobre si mesmo ao paciente ou grupo que


se relacione diretamente com um tema do paciente. Esta técnica se utiliza
somente quando a auto-revelação pode facilitar o processo terapêutico.

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Musicoterapia.
Musicoterapia Vitória-Gasteiz: Agruparte, 1999. Cap. 25, p. 385-411.

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